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PORTFÓLIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 2 Portfólio Profissional Professor Educação Básica disciplina: Geografia Thiago Lima Santana Duarte Este portfólio personalizado pretende, de forma mais aprazível, transmitir competências, habilidades e potencialidades, além de reunir de forma documental as vivências e práticas pedagógicas do docente em determinado período de tempo, que neste caso foi o ano letivo de 2017. Utiliza-se como metodologia o resumo das aulas e dos projetos realizados, bem como o uso de ilustrações (fotografias), sendo as descrições referenciadas. Conhecendo o profissional A prática pedagógica Nascido em Propriá, no interior sergipano, o educador graduou-se em 2008 no curso de Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Obteve o título de especialista em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis (2016), bem como em Gestão de Políticas Públicas com Foco em Gênero e Raça (2013) pela mesma instituição acadêmica. Durante oito anos dedicou-se como tutor da Universidade Aberta do Brasil (UAB) pela UFS no curso de graduação em Geografia, na modalidade à distância. Foi professor da Universidade Vale do Acaraú, lecionando para turmas de Geografia e Biologia; também na rede particular, em turmas de ensino fundamental e médio. Atualmente, é docente da rede pública estadual e municipal do estado de Sergipe. Participa de projetos extracurriculares e estuda idiomas. Seu perfil é norteado num modelo de profissional flexível, sensível, criativo, equilibrado emocionalmente e com espírito empreendedor; um profissional com as competências e habilidades para lidar com as situações cada vez mais complexas, cujo compromisso é fortalecer um projeto sócio-político e educativo emancipatório, voltado ao Projeto de Vida do educando, sendo possível a ele responder aos contextos e desafios, com condições sólidas de atuar sobre a própria realidade. É no trabalho que o professor se define como um profissional. Mas o professor não nasce feito; ele está sempre se fazendo, se construindo, se reinventando. Ele é fruto da sua identidade profissional e das relações que estabelece com o mundo físico e social. Desta maneira, a prática pedagógica precisa estar articulada entre teoria e prática, entre ensino e pesquisa, entre escola e sociedade. Partindo-se desse pressuposto, é preciso aprender a ousar, romper com o hábito e a rotina; isto é um desafio constante, pois o ensino põe em relação sujeitos distintos e com propósitos diferentes, mas que precisam interagir para concretizar suas intenções. Sendo assim, o planejamento de uma aula tem que ter sua prática orientada não somente na aquisição de conhecimentos, mas sobretudo visar ao estímulo de comportamentos, à aquisição de valores, atitudes e habilidades de pensamento. Nesse sentido, formas diversificadas de estratégias de ensino contribuem para a consolidação do aprendizado e à formação de educandos livres, críticos e autônomos, preparados para a vida social. Este é um processo que ocorrerá como resultado de um esforço contínuo, solidário e paciente por parte de todos os agentes envolvidos no ambiente escolar. Conforme STEFANELLO (2009), “A questão é que muitas situações que surgem na escola são únicas e só aprendemos a lidar com elas vivenciando-as”. Contatos Pessoais geologoufs@hotmail.com Dados Profissionais em 2017 Professor efetivo, lotado no Colégio Estadual Senador Paulo Sarasate, SEED/SE CNPJ: 01.900.120/0001-08 INEP: 28021215 Professor efetivo, lotado na Escola Municipal Manoel de Paula Menezes Lima, SEMED/Lagarto/SE CNPJ: 01.940.674/0001-39 INEP: 28011651 Dados Acadêmicos Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/037339 9705628699 https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=96B5303F71D37CF2949A3F2DB2ED6C0C https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=96B5303F71D37CF2949A3F2DB2ED6C0C 3 A Geografia no ambiente escolar A que se presta a escola? O ensino da Geografia na escola contemporânea Diante dos desafios propostos pela escola contemporânea, um dos principais tem sido aquele de que o conhecimento não se constrói sozinho. Para que a aprendizagem seja significante, é necessário atentar-se às dificuldades e potencialidades dos alunos e trabalhá-las de forma integrada. A Geografia visa à leitura do mundo, mediante elementos adquiridos ao longo dos anos escolares, por meio da alfabetização geográfica; permite ao aluno observar, compreender e interpretar as interações ocorridas no espaço geográfico. Entretanto, quando trabalhada de forma articulada, favorece uma leitura complexa do espaço, o reconhecimento do lugar e a construção de identidades. O professor de Geografia, como mediador da aprendizagem, sensibiliza os alunos a construírem, além do vínculo social que têm com a escola, um vínculo maior com o conhecimento. Pois, ao aprofundarem conhecimentos sobre si, seu lugar, sua cultura, desenvolvem a noção de pertencimento e constroem competências para ampliar suas oportunidades de participação social e efetivam sua condição de cidadão. Sendo assim, “faz-se necessário que os professores criem condições de trabalho que favoreçam as diferentes estratégias cognitivas e ritmos de aprendizagem, para que o aluno aprenda de forma ativa, participativa (...) e assumindo uma postura ética, de comprometimento coletivo.” (CASTROGIOVANNI, 2009) Cabe à escola a função de construir um mundo digno, seja nas quadras de esporte, nos pátios do recreio, nas salas de aula; é nesses lugares que são formados os pensamentos desta e das novas gerações. “A escola é um ambiente privilegiado de aprendizagem. Nela, o currículo, a formação de professores, a administração do tempo, o espaço, o material didático estão planejados para ajudar a constituir um ambiente de aprendizagem”. (ALMEIDA & JÚNIOR, 2000, p. 60). Se o objetivo da comunidade escolar se centra em formar cidadãos críticos, é necessário acolher a diversidade, praticar e desenvolver a participação criativa, crítica e atuante nas próprias salas de aula como espaços de ação democrática, legitimando-se em sua função social e extrapolando os limites dos seus muros. Para que isso ocorra, a escola precisa conhecer as visões de mundo, os anseios, as curiosidades e as vivências sociais que os alunos trazem consigo. Ele tem que ser o protagonista da construção do Seu conhecimento. 4 Estratégias de Ensino O que fazer para obter mais qualidade nos resultados? São Cristóvão: ontém e hoje O projeto trabalhado com os alunos dos sextos anos (matutino e vespertino) do ensino fundamental do Col. Est. Paulo Sarasate tencionou aproximar a população sancristovense do espaço geográfico em que constrói sua identidade, passando à valorização do patrimônio histórico material e imaterial. Foi realizado uma excursão pelos prédios públicos que revelam o processo de colonização do município. Conhecer a história e compreender o papel que cabe a cada indivíduo de transformar sua realidade foi o principal objetivo desse projeto. A forma de avaliação utilizada foram as anotações obtidas em entrevistas com moradores e historiadores; mostra de fotografias antigas obtidas em jornais e na internet comparando-as com fotografias atuais; exposiçãode maquetes; por último, foi feito um debate em sala de aula, para dirimir as últimas dúvidas. A aula configura-se como um lugar privilegiado para o processo de aprendizagem; é também espaço de relações, encontros e trocas. Segundo FARIAS (2011, et.al.), professor e alunos precisam relacionar-se, dialogar, interagir, de modo que produzam saberes reais, historicamente situados e necessários à sua formação plena. Por isso, a preocupação deste educador concentra-se em trabalhar de maneira criativa, contextualizada, fazendo uso da interdisciplinaridade e do grupo, sempre que possível. Trabalhar com projetos é um meio de facilitar a atividade, a participação do aluno no processo de produção do conhecimento. “A maioria das atividades criativas com que nos deparamos hoje em dia nas escolas tem sido feita por meio de projetos. Esta é uma forma inovadora de romper com as prisões curriculares e de dar um formato mais ágil e participativo ao nosso trabalho de professores e educadores”. (ALMEIDA & JÚNIOR, 2000, p. 21) A seguir, serão descritos e visualizados alguns projetos (realizados por mim ou grupo de professores) trabalhados com alunos da rede estadual e municipal de Sergipe. “(...) poderíamos ver milhares de professores, que em meio às dificuldades de seu trabalho, conseguem inovar dia a dia. Despertam a curiosidade, mobilizam as energias dos jovens, trazem sorrisos de descobertas, despertam nos alunos o desejo de aprender e de participar da construção do próprio conhecimento. Eles são seres mágicos que sabem transformar grades em libertações curriculares”. (ALMEIDA & JÚNIOR, 2000, p.15) 5 Sequência dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula Maquetes: pontos turísticos de Sergipe Espaço geográfico lagartense representado em maquetes O município de Lagarto, localizado à região centro- sul de Sergipe, é uma cidade-polo e, por isso, a sua importância. Destacar pontos da cidade é valorizar o espaço geográfico e as relações sócio-político- econômicas ocorridas nele. O povo lagartense identifica-se em demasia com o seu território. Promover esse projeto é permitir ao aluno a valorização desse espaço e a construção da sua identidade. A avaliação desse projeto pautou-se no envolvimento do aluno ao escolher um espaço de afeto e convívio que mais lhe aprouvesse. Em seguida, uma mostra foi realizada em sala de aula. O projeto foi desenvolvido com as turmas de sexto ano do ensino fundamental na escola municipal Manuel de Paula Menezes Lima. O estado de Sergipe, embora seja a menor unidade do território brasileiro, apresenta singularidades e expressividades, que se configuram como locais de encontro, lazer e cultura. Escolher pontos turísticos da terra Serigy e representá-los sob a forma de maquetes foi o trabalho desenvolvido pelos sextos anos do ensino fundamental do Col. Est. Paulo Sarasate. A atividade foi avaliada tomando como critérios a representação sob a forma de maquete e a exposição das mesmas nos corredores da escola, com o intuito de que os demais alunos tivessem acesso. “A entrada do aluno na escola estimula a criança a empreender vários tipos de construções e progressivamente chegar à construção da maquete da sala de aula, da casa, da escola, da rua, do bairro, do relevo. O aluno vai defrontar-se com questões referentes à variedade de tipos, ao tamanho e à proporcionalidade dos objetos (...) A construção da maquete na sala de aula merece alguns cuidados por parte do professor, no sentido de enfatizar e incentivar a criatividade na busca de material, no exercício do trabalho coletivo e nas representações dos objetos.” (PONTUSCHKA, Et al., 2009) 6 Continuação dos projetos pedagógicos realizados Viajando pelo Sistema Solar e aterrissando na cultura da gente sergipana Leitura e interpretação de mapas As aulas de campo são eventos pedagógicos que consolidam o aprendizado em classe. Para que sejam um sucesso é preciso saber integrar as saídas com o conteúdo curricular, realizando-as de maneira lúdica, dinâmica e vivencial. Fonte: https://www.nattrip.com.br/blog/passeios-escolares- ajudam-alunos/ De caráter interdisciplinar, este trabalho foi desenvolvido com as turmas dos sextos anos e orientado pelos professores de Ciências, Geografia, História e Língua Portuguesa que ministram na instituição de ensino Manuel de Paula, em Lagarto/SE. O objetivo do projeto é promover uma excursão ao Museu da Gente Sergipana, à CCTECA e ao Planetário da cidade de Aracaju. Como não há laboratórios para se aprender Astronomia, essa temática é sempre ensinada através de montagem de modelos ou vídeos. Estar em um planetário e poder vivenciar os fenômenos celestes permite aos alunos um vislumbre pelo funcionamento do universo. O Museu, inaugurado em 2011, foi criado para contar as tradições do povo sergipano de um jeito muito divertido, mediante um espaço multimídia interativo. Sendo assim, a excursão significará uma nova vivência para os alunos. A avaliação consistiu na escrita de um relatório, a partir das percepções obtidas na excursão. A interpretação de informações cartográficas sobre um lugar decorre do entendimento da leitura de mapas. Castrogiovanni (2009) afirma que “os mapas oferecem uma visão da síntese das relações espaciais e da distribuição dos diferentes elementos que compõem o espaço”. Entretanto, essa é uma das grandes dificuldades por parte dos alunos. Por conta disso, é oportuno que seja bem trabalhado este conhecimento da Geografia desde as etapas iniciais do ensino fundamental. Esse trabalho foi inciado nas turmas de sétimo ano da escola estadual Paulo Sarasate, em São Cristóvão/SE. Ao ler um mapa de forma competente, o aluno consegue se enxergar nele, consegue reconhecer a realidade do que está representado. A avaliação da atividade foi realizada mediante o uso dos seguintes critérios: lateralidade, espacialidade, organização, compreensão, interpretação e análise dos fenômenos representados nos mapas. https://www.nattrip.com.br/blog/passeios-escolares-ajudam-alunos/ https://www.nattrip.com.br/blog/passeios-escolares-ajudam-alunos/ 7 Outros projetos educativos desenvolvidos Vulcão em erupção Halloween Conhecendo o litoral aracajuano Muitos alunos do interior sergipano ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a cidade de Aracaju e nem suas praias. Os alunos do sexto ano do colégio Manuel de Paula, em Lagarto, tiveram esse privilégio. Conheceram a orla de Atalaia e também estudaram a morfologia da praia, numa aula prática de Geografia. Uma vivência que proporcionou aprendizagem significativa. O Halloween é uma data típica dos países anglófilos (Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Austrália). É celebrado no dia 31 de outubro e suas raízes culturais assemelham-se ao nosso Dia de Finados. Nesse evento, promovido na escola Paulo Sarasate, foi possível integrar as diversas disicplinas escolares e trabalhar temas difíceis de forma lúdica por oferecer um universo rico em cultura, espiritualdiadede e sentimentos, despertando o interesse e a curiosidadeda criança/jovem. Os vulcões são responsáveis pela liberação de magma acima da superfície da crosta e funcionam como válvulas de escape desse magma e dos gases que existem na camadas mais internas da Terra. Com o objetivo de tornar esse conteúdo mais real e próximo aos alunos dos sextos anos das escolas Manuel de Paula e Paulo Sarasate, o professor solicitou a confecção de um vulcão de argila e, em sala de aula, orientou a fazer uso de materiais que promoveriam a reação química que se assemelha à atividade vulcânica real. 8 Continuação das atividades e projetos trabalhados São João na escola Criança Feliz A população nordestina é conhecida por sua tradição e fortes raízes culturais. Entretanto, parte da população tende a desvalorizar suas manifestações folclóricas. Em busca desse resgate, a escola lagartense Manuel de Paula criou o projeto São João na escola. O projeto envolveu todas as turmas do ensino fundamental; foram distribuídas atividades para que cada uma delas desenvolvesse. A culminância ocorreu na antevéspera do dia de São João e os alunos foram avaliados com pontuação extra no bimestre, já que fizeram pesquisas sobre músicas, danças, comidas, vestuários, e também costumes da época. endereçamento de uma empresa. A criança tem o direito de ser feliz, de ser valorizada, respeitada e amada. Como ela passa a maior parte do tempo diário na escola, é objetivo desta desempenhar sua função social e proporcionar ao público infanto-juvenil um ambiente feliz e acolhedor. Por isso, durante a Semana da Criança, o colégio Manuel de Paula buscou oportunizar aos alunos momentos agradáveis de vivência intensa de sua infância, por intermédio de atividades lúdicas( em sala de aula e no pátio da escola), contemplando brincadeiras e distribuição de lembrancinhas infantis. te da Web e publique-o. “Com frequência, alunos de classes sociais menos privilegiadas internalizam leituras de mundo distantes de suas realidades e necessidades. (...) Na escola, é preciso dar conta de que nosso papel é oferecer aos estudantes diferentes escolhas, caminhos ou olhares , que os levem à compreensão do mundo”. (COSTELLA & SCHÄFFER, 2012, p. 97) 9 Vista minha pele Mais propostas significativas de aprendizagem Historicamente, o Brasil teve uma postura ativa e permissiva diante da discriminação e do racismo que atinge a população afro- descendente brasileira. Quando comparados os dados que apontam as desigualdades entre brancos e negros, constatou-se a necessidade de políticas específicas que revertam o atual quadro. No campo da educação, promover uma educação ética, voltada para o respeito e convívio harmônico com a diversidade deve-se partir de temáticas significativas, propiciando condições para que os alunos e alunas desenvolvam sua capacidade dialógica e tomem consciência de suas próprias raízes históricas. Desta forma, a Escola Municipal Manoel de Paula se propôs a desenvolver atividades entre todas as suas turmas, (desde o fundamental até a EJA) voltadas à valorização do ser humano bem como da identidade cultural da etnia negra, a fim de que mudanças reais na prática social sejam percebidas e seja efetivado o desenvolvimento da consciência negra entre a população. O processo avaliativo aconteceu de forma contínua e diagnóstica; estimulou os alunos a desenvolverem suas potencialidades em todas as atividades no decorrer do projeto. “(...)refletir sobre situações de interação social e sobre fazer a diferença, mudar de atitude na relação com o outro é construir um mundo melhor (...)” (COSTELLA & SCHÄFFER, 2012, p. 88) 10 Mais atividades e projetos didáticos Passeio cultural em Lagarto O ensino da Geografia nos jogos No mês de abril se comemora o aniversário da cidade de Lagarto. Para festejar, a prefeitura instituiu o Encontro Cultural, visando à valorização das tradições da gente lagartense, assim como reflexões sobre a importância histórica e social de Lagarto no desenvolvimento do Estado de Sergipe. Nesse período, a escola Manuel de Paula pode privilegiar tendas temáticas, danças folclóricas e peças teatrais ao ar livre. Pouco aplicado em sala de aula, esse recurso tem elevado valor pedagógico por desenvolver habilidades cognitivas, de sociabilização, de coordenação motora, raciocínio lógico e em tomadas de decisões. Contribui, também, aos alunos um aprendizado lúdico e motivador. Os jogos pedagógicos são válidos numa variedade de contextos de aprendizagem e oferecem um contato simulado com a realidade. Os jogos podem ser adaptados para aplicação de conceitos trabalhados em sala de aula, podendo ser usado como reforço ou avaliação, colocando os alunos como sujeitos ativos no processo de ensino e aprendizagem. Para elaboração e posterior utilização de um jogo é necessário toda uma preocupação em relação ao material, conteúdo, ambiente, divisão da quantidade de pessoas por jogo ou por partida. Essa estratégia de ensino foi pensada para ser aplicada na turma de nono ano do Colégio Estadual Paulo Sarasate, mas pode ser aplicada a qualquer série/ano. “(...) torna-se fundamental repensar a relação dos professores com o saber , em sua maneira de mediar o processo (...), é necessário construir pedagogias diferenciadas, nas quais o papel dos professores decorra da consideração dos conhecimentos como recursos a serem mobilizados para problematizar situações do mundo .” (COSTELLA & SCHÄFFER, 2012, p. 25) “As características do jogo fazem com que ele mesmo seja um veículo de aprendizagem e comunicação ideal para o desenvolvimento da personalidade e da inteligência emocional da criança. Divertir-se enquanto aprende e envolver-se com a aprendizagem fazem com que a criança mude e participe do processo educativo. (MURCIA et al, 2005). 11 Sequência dos projetos desenvolvidos em sala de aula Mini-IBGE Identificando amostras de minerais e rochas Conhecer o perfil socioeconômico e demográfico dos moradores das comunidades as quais pertencem os alunos dos sétimos anos da escola Paulo Sarasate para possíveis intervenções é o objetivo primordial desta atividade interdisciplinar, que envolve as áreas de Geografia, História, Lingua Portuguesa e Matemática. Esta estratégia de ensino permite aos alunos a experiênccia didática de conhecer e valorizar o trabalho realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os discentes fizeram uso de entrevistas elaboradas pelo professor de Geografia, que continham quesitos quantitativos e qualitativos. Após esta etapa, outras se seguiram, a saber: organização dos dados em tabela, transformação dos dados em gráficos e análise crítica das informações. A finalização da atividade concretizou-se com a exposição de cartazes gráficos, tornando públicos os dados à comunidade escolar. O processo avaliativo foi gradual; os alunos foram avaliados em cada etapa do projeto e por todas as disciplinas envolvidas. A atividade consistiu na manipulação de amostras de minerais e rochas pelos alunos dos sextos anos do colégio Paulo Sarasate. Desta forma, os discentes(entre 11 e 12 anos de idade) buscaram reconhecer as propriedades organolépticas e a construirem ideias sobre os materiais terrestres, bem como a utilidade deles à sociedade humana. 12 Feira das Nações Mais propostas significativas de aprendizagem A Feira das Nações é um projeto típico, desenvolvido desde 2009 na escola sancristovense Paulo Sarasate e engloba a interdisciplinaridade. No ano letivo 2017, deu ênfase ao continente europeu e teve o intuito de projetar vivências nos alunos dos sextos aos nonos anos, a partir do momento que conhecem as culturas do velho continente. Na aplicação do projeto, a avaliação assumiu proporções amplas, considerando todos os parâmetros do processo de aprendizagem, como a execução das tarefas intra e extraclasse; a satisfação em participar das atividades propostas; a cooperação em grupo, também a assiduidade e a responsabilidade. As dificuldades encontradas foram superadas com o auxílio dos professores- orientadores. “Saber de si e dos outros é reconhecer na diversidade a possibilidade de refletir sobre situações muito diferenciadas do cotidiano e colocar-se no lugar do outro”. (COSTELLA & SCHÄFFER, 2012, p. 88) 13 Reuniões, cursos e homenagens Cursos Reuniões de planejamento Homenagens ao profissional As reuniões são instrumentos eficazes na avaliação do processo educativo. ao longo de todo o ano letivo. Reuniões de planejamento escolar são essenciais para que a escola obtenha bons resultados de ensino. Já as reuniões com os pais, os aproximam da escola, contribuindo com professores e gestores na qualidade do rendimento na aprendizagem dos discentes. A velocidade das mudanças, propiciadas pela globalização, transforma o ambiente de trabalho e promove exigências na ampliação da formação de todos os profissionais. Cursos de extensão e atualização devem ser uma constante na carreira do magistério. Diante desse contexto. FARIAS (2011, p. 154) acrescenta: “As experiências vividas pelos professores em seu processo de formação – quer incial quer continuada – interferem nos seus saberes pedagógicos e também nos seus sabers de experiência, fazendo-os apoiar ou refutar teorias e práticas. (…) situações de ensino e de aprendizagem nos espaços formativos concorrem para que esses sujeitos elejam determinadas referências para seu fazer pedagógico.” “O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas também é um momento de pesquisa e reflexão (...)” LIBÂNEO (1994) Ser professor é ser condutor de vidas na busca por novas possibilidades; ser professor é ser o caminho para crianças e jovens transformarem-se em pessoas melhores, sendo protagonistas de si e do mundo que os cercam. Ser professor é ser pai, é ser médico, é ser psicólogo, é ser ator, é exercer multitarefas pela busca na qualidade do aprendizado do aluno. Desta forma, professores brasileiros deveriam ser vistos como heróis, dignos de aplausos pelos tantos feitos que fazem. Mesmo assim, a sociedade brasileira, via de regra, desmerece ou não prioriza efetivamente a profissão de professor. Poucos que sejam, existem ainda aqueles que dignificam, valorizam e reconhecem a importância do profissional da educação. 14 Últimas considerações Informações adicionais sobre o profissional Referências Como seres humanos atuantes, exercemos múltiplos papéis no dia-a-dia: marido, filho, tio, irmão, amigo, vizinho, dirigente de igreja, tesoureiro, missionário voluntário na África, desbravador do mundo e tantos outros. O interessante é que essa pluralidade faz parte de um mesmo ser que constrói suas relações sociais a partir de suas vivências, de sua cultura, de suas intenções e visões de mundo, o que reflete na prática docente: um professor dinâmico que alcança metas, que conquista objetivos e vence desafios; um educador capaz de lidar com pessoas e situações, promovendo motivação, comunicação, respeito, confiança, bem-estar, cooperação, empatia, proatividade e, principalmente, aprendizagem. Porque ser professor é refletir amor naquilo que faz, é encontrar satisfação com os resultados obtidos, é viver a empolgação com o aprendizado do outro. Desde a infância houve dedicação para se alcançar este sonho. E ele não para por aqui. Novos horizontes serão desbravados! ALMEIDA, F, J. de & JÚNIOR, F. M. F. Proinfo: Projetos e ambientes inovadores. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2000. CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. (Org). Ensino da Gegrafia: práticas e textualizações no cotidiano. 7ª edição. Porto Alegre: Editora Mediação, 2009. COSTELLA, Roselane Z. & SCHÄFFER, Neiva O. A Geografia em projetos curriculares: ler o lugar e compreender o mundo. Coleção Entre Nós – Anos finais do ensino fundamental, v. 4. Erecchim: Edelbra, 2012. FARIAS, Isabel M. S. de [et al]. Didática e docência: apreendendo a profissão. 3º edição, nova ortografia. Brasília: Liber Livro, 2011. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. MURCIA, J. A. M. [et al]. Aprendizagem através de jogos. Porto Alegre: Artmed, 2005. PONTUSCHKA, Nídia Nacib. [et al]. Para ensinar e aprender Geografia. 3ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 2009. STEFANELLO, Ana Clarissa. Didática e Avaliação da Aprendizagem no Ensino da Geografia. 1ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
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