Buscar

O DESENVOLVIMENTO DA FILOSOFIA COMO CRITICIDADE

Prévia do material em texto

O DESENVOLVIMENTO DA FILOSOFIA COMO CRITICIDADE 
 
Hayan Deonir Flach
*
 
Marcelo Kloch
**
 
José Ananias Fernane Neto
***
 
 
Resumo: Este artigo, oriundo de uma pesquisa bibliográfica, tem como objetivo apresentar, 
de forma sucinta, a importância da filosofia na vida das pessoas, a fim de que elas 
compreendam o sentido da mesma. Com o auxílio de alguns autores, este artigo apresentará 
algumas dificuldades que o ensino de filosofia encontra mediante as escolas e a sociedade em 
um contexto em geral. Neste escrito, será retratada a função de um filósofo na sociedade, e 
como devemos ser iguais as crianças em não se contentar com o superficial das coisas, mas 
sim, buscar, através dos questionamentos, o sentido profundo da realidade.Com base em 
alguns autores, o texto exporá ainda, alguns métodos de como ensinar a filosofia dentro das 
escolas nos dias de hoje. O ensino de filosofia tem como elemento essencial a valorização da 
relação professor e aluno; na qual o professor não é só aquele que transmite o conhecimento e 
o aluno é aquele que somente o recebe. Mas sim uma relação em que tanto professor quanto 
aluno vão construindo um processo de aprendizagem em conjunto. O ato de filosofar é 
realização da reflexão sobre os elementos a serem estudados, ou seja, filosofar é fazer 
filosofia e vice e versa. 
 
Palavras chaves: Filosofia. Ensino. Dificuldades. Métodos. 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Caro leitor, o principal objetivo deste artigo é retratar as dificuldades que o ensino de 
filosofia encontra na realidade atual. Com vistas nisso, exporemos como se dá o processo da 
filosofia em âmbito educacional. Além do mais, veremos que para além de uma compreensão 
de que a filosofia é algo difícil, a sua principal característica é que ela diz respeito àquilo que 
é próprio do ser humano. Propomo-nos, neste artigo a refletir sobre alguns questionamentos 
próprios do ato de filosofar. 
Você já se perguntou sobre a importância que a filosofia tem em sua vida? Se ainda 
não, convide-se a conhecer mais sobre esta temática. Neste artigo abordaremos alguns pontos 
que remetem a esse estudo. Quais são os objetivos que a filosofia possui? Que função a 
filosofia tem em nossa vida? Quais são algumas dificuldades que encontramos no ensino da 
 
*
 Hayan Deonir Flach, acadêmico do primeiro semestre do curso de filosofia na Faculdade Palotina (FAPAS). 
E-mail: hayanflach@hotmail.com. 
**
Marcelo Kloch, acadêmico do primeiro semestre do curso de filosofia na Faculdade Palotina (FAPAS). 
E-mail: marcelo_kloch@hotmail.com. 
*** 
Graduado em filosofia pela faculdade palotina (FAPAS) e acadêmico do quinto semestre do curso de teologia 
na mesma instituição. E-mail: fernaneneto@hotmail.com. 
HAYAN DEONIR FLACH
Realce
HAYAN DEONIR FLACH
Realce
HAYAN DEONIR FLACH
Realce
HAYAN DEONIR FLACH
Realce
HAYAN DEONIR FLACH
Realce
filosofia? Que métodos podem ser utilizados para facilitar a compreensão da filosofia? Neste 
artigo, apontaremos alguns elementos que possam contribuir para a reflexão dessas perguntas, 
que constituem em si o próprio ato de filosofar. 
 
1 FILOSOFIA E SEUS OBJETIVOS 
 
Sabe-se da grande dificuldade em entender o porquê da filosofia na vida humana. Pois 
esta é vista, muitas vezes como sendo de ordem teórica e não de ordem prática; pelo fato de 
não apresentar, na vida prática, retorno financeiro satisfatório. Compreende-se que ela é 
basicamente mais uma matéria na grade curricular dos estudantes, quando na verdade esta 
possui grande influência na razão da existência do ser, pelo fato de trabalhar aquilo que é 
constitutivo do ser humano, sua subjetividade, sua capacidade reflexiva, isto é, sua 
humanidade integral. 
Os objetivos em ensinar a filosofia são: 
 
1) Oferecer um espaço curricular específico no qual crianças e jovens possam 
dialogar investigativamente, com base em questões relativas a certas ‘temáticas de 
fundo’, de tal forma que possam por sob exame, progressivamente, as referências ou 
os ideais reguladores que encontram em seu cultural. 
2) Oferecer, em tal espaço curricular, possibilidades de desenvolvimento do 
pensamento reflexivo, crítico, rigoroso, profundo, abrangente e criativo, bem como 
de atitudes que favoreçam o diálogo investigativo. 
3) Possibilitar investigação dialógica, reflexiva, crítica, rigorosa, profunda, 
abrangente e criativa, a respeito de temáticas concernentes aos ideais reguladores, ou 
valores, implicados no exercício da cidadania. 
4) Oferecer subsídios para o esclarecimento de conceitos básicos, próprios do 
âmbito da investigação filosófica, que se entrelaçam em todos os demais domínios 
do conhecimento e os permeiam. 
5) Oferecer subsídios para o desenvolvimento, nas crianças e jovens, do ‘pensar por 
si próprios’, isto é, do pensamento autônomo, bem como para o desenvolvimento 
das capacidades que possibilitam escolhas autônomas no âmbito das condutas. 
(LORIERI, 2002 p. 46) 
 
Em poucas e sucintas palavras, a filosofia vem ensinar a pensar, refletir e por fim, 
ensinar a “pensar por si mesmo”, ou seja, na atual situação, ela vem auxiliar a cada pessoa, a 
como ter uma visão crítica e reflexiva da realidade, é exercitar a capacidade de raciocínio que 
é próprio do ser humano. 
 
1.1 DIFICULDADES DA FILOSOFIA ATUAL 
 
Haja visto que a filosofia é uma disciplina de suma importância, não apenas para os 
estudantes, mas para a sociedade em geral, que por muitos momentos encontra-se presa em 
uma mesmice superficial filosófica. Algumas atitudes vêm atrapalhando o ensinamento e o 
aprendizado de professores e alunos
1
. 
Um dos problemas da filosofia na atualidade é que a grande maioria dos escritores 
filosóficos não escrevem mais seus livros destinados para o público destituído do 
conhecimento relacionado à filosofia.
2
 (cf. ADLER, 2010, p. 283). 
Uma crítica apontada pelo escritor Matthew Lipman no livro A filosofia vai à escola, 
(p. 173), diz que o problema da filosofia está relacionado com a formação dos professores, 
pois como ele diz, o material para ensinar crianças e adolescentes existe, porém de uma forma 
não adaptada para estes. Deve, portanto, o educador adaptar o material para facilitar a 
compreensão dos alunos. 
Contudo, alguns professores da disciplina possuem dificuldade em expor o seu 
conhecimento sobre tal assunto e com isso optam por simplificar as aulas em filmes, os quais 
não estão relacionados ao tema que deveria ser abordado, ou ainda utilizam-se de assuntos 
aleatórios que nada condizem com o tema proposto. Agindo deste modo, certamente o 
professor de filosofia não estará cumprindo seu papel no ensino; o qual é promover e instigar 
os alunos para o pensamento crítico-reflexivo. 
Muitas pessoas encaram a leitura dos livros filosóficos como sendo uma leitura 
semelhante a de um livro que estão habituados a ler, como: romance, poesia, drama, aventura, 
enfim, com uma linhagem narrativa. Ao se depararem com esse tipo de leitura, percebe-se que 
a grande maioria dos livros de filosofia exige, do legente, uma leitura mais científica e 
interpretativa. 
À medida em que o ser humano vai passando de sua infância para a vida adulta, ele vai 
perdendo sua capacidade de admiração da realidade e, ao mesmo tempo, vai perdendo a 
capacidade de questionar sobre as coisas. 
 
Ao que tudo indica, ao longo da nossa infância nós perdemos a capacidade de nos 
admirarmos com as coisas do mundo. Mas com isto perdemos uma coisa essencial-
algo que os filósofos querem nos lembrar. Pois em algum lugar dentro de nós, 
alguma coisa nos diz que a vida é um grande enigma. E já experimentamos isto, 
muito antes de aprendermos a pensar (GAARDER, 1995, p.30) 
 
 
1
 Como diz São Tomás de Aquino, “o desconhecido não pode ser amado” logo se não se conhece essa filosofia, 
não se tem interesse nenhum em pesquisar e conhecera realidade da mesma, ali se fundamenta a importância 
do incentivo para a leitura filosófica, o que pouco se tem nas escolas. (cf. AQUINO, 1980, p. 2268). 
2
 O autor no livro, aponta como o problema como mencionado acima, pois como ele diz, os cientistas não 
escrevem mais livros de ciência voltado para quem não conhece do assunto, assim também os matemáticos, e 
como ele aponta os filósofos mais atuais, não escrevem suas obras para quem não conhece ou quem está 
iniciando a filosofia. 
Deve-se ser como as crianças, um questionador natural. Não contentar--se com o 
superficial, mas buscar aprofundar-se até encontrar a real essência. Por exemplo: as crianças 
quando ganham algo que para elas ainda é desconhecido, não se contentam com o superficial 
do mesmo, mas elas abrem, desmontam, separam, muitas vezes até quebram para descobrir o 
todo do objeto. (cf. ADLER, 2010, p. 277-278) . 
 
Mas é preciso ser capaz de ver como as crianças veem, de sentir o espanto que elas 
sentem, de questionar como elas questionam. As complexidades da vida adulta 
atrapalham a verdade. (ADLER, 2010, p. 278). 
 
 
O professor Marcos Alexandre Alves, em um de seus artigos voltado para o ensino de 
filosofia, destaca 3 grandes dificuldades, de um modo geral, que a filosofia encontra mediante 
as escolas: 
 
a) Desvalorização da disciplina - a falta de professores preparados para o ensino de 
filosofia; não há uma discussão na escola acerca da importância da filosofia, sendo 
que muitas vezes professores de outras disciplinas ficam encarregados de seu 
ensino; b) Preconceito do aluno quanto à filosofia - está associado ao fato de 
considerar como algo secundário no ensino, ou seja, não necessário, onde ninguém é 
reprovado e na qual se discute um pouco de tudo; c) Preguiça dos alunos - que, aliás, 
pode ser observável em praticamente todas as disciplinas, mas quanto à filosofia 
esse fato é ainda mais evidente, sobretudo, pela dificuldade de que o aluno tem de 
interpretar um texto filosófico simples, construir argumentos com uma coerência 
lógica mínima ou demonstrar a capacidade de refletir sobre uma questão 
determinada, empregando conceitos para além do senso comum. (2015, p.8.) 
 
1.2 FILOSOFIA NAS ENTRANHAS DA SOCIEDADE 
 
Alguns cursos como: Administração, Direito, Ciências Contábeis, Letras, e muitas 
outras áreas, possuem em sua grade curricular uma disciplina voltada para a filosofia. No 
entanto, os acadêmicos não entendem o porquê dessa necessidade de cursar tal disciplina, de 
cunho filosófico e por isso há tantos questionamentos. Marcos Antonio Lorieri, em seu livro 
Filosofia: fundamentos e métodos, pág. 45, salienta a necessidade de estudar esta disciplina 
em todas as grades dos currículos. Como ele aponta, a Filosofia possui uma função 
interdisciplinar, visto que ela nos auxilia no trabalho de pensar, raciocinar e ter uma visão 
mais crítica das coisas que nos são propostas. 
Como já mencionado, o objetivo principal da filosofia, é fazer com que as pessoas 
pensem. Para Lorieri, “homens que não pensam são como sonâmbulos”, pois eles agem sem o 
uso da razão. Em seu livro, ele aponta que o pensar é fundamental e é de grande valia na vida 
humana. É mais fácil contentar-se com o comentário de outras pessoas, a ir em busca de 
conhecimento para formular sua própria opinião. 
 
Pensar por si mesmo significa conhecer o real com os recursos do próprio 
pensamento. A pessoa esclarecida não é aquela que possui muitos conhecimentos, 
mas a que tem a audácia de fazer uso de seu pensamento sem a direção de outrem. 
Servir-se do próprio pensamento, tal o lema de quem filosofa. 
Quem estuda a filosofia se propõe vencer a covardia que impede a maioridade do 
pensamento. É tão cômodo ser de menor! Por causa disso, com facilidade, muitos se 
constituem em tutores e outros se deixam constituir em tutelados. (BUZZI, ano, pág. 
179). 
 
Buzzi nesta citação, diz que é muito fácil e cômodo “ir na onda” dos outros, e que 
pensar criticamente as coisas, nem sempre é simples, ou seja, exige esforço. Faz-se necessário 
um olhar das coisas pelo todo que ela é, para apenas depois formular a opinião; já de maneira 
contraposta é muito simples seguir uma opinião previamente pronta que vem dos outros, mas 
quando as pessoas não têm uma opinião própria, elas se tornam seres sem identidade. 
O papel do filósofo na sociedade é ser um sujeito autônomo, isto é, um sujeito capaz 
de pensar por si, caminhando em contramão de uma sociedade que cada vez mais busca impor 
um modelo de pensamento próprio. 
É próprio no processo de filosofar, que haja um processo natural de humanização, 
que contribua para um mundo mais sensível para as realidades vivenciais. Entretanto na 
atualidade o processo decorrente acontece de forma inversa, onde as pessoas não possuem 
mais essa sensibilidade com a realidade daquele que é seu semelhante. 
Jostein Gaarder, no livro O Mundo de Sofia 1995 (p. 29-30), relata que o maior 
problema do ser humano, é o de acostumar-se com a realidade vivida. Ele diz que o momento 
em que as pessoas param de se questionar sobre as coisas do mundo: como elas são, como se 
originam, de onde vêm, é o momento em que se acomodam com o que lhes são oferecidos 
pela sociedade à qual vivem. No livro, o autor apresenta um exemplo que retrata essa visão: 
uma criança estava na cozinha tomando café junto com seus pais; No momento em que sua 
mãe foi lavar a louça o pai começa a flutuar sob o teto da cozinha. A criança ao se deparar 
com o fato, acha aquilo normal, mas a mãe, se espanta e deixa cair o vidro de geleia e solta 
um grito de pavor. 
Para o autor, a criança não se espantou, pois ela ainda não possui a mente corrompida 
pela sociedade que aos poucos vai moldando o pensamento e o modo de ver as coisas. A mãe, 
em contrapartida, já possui uma visão da realidade em si, pois ela entende que o seu marido 
não poderia flutuar, devido à gravidade local. O escritor fala que isso é uma questão de hábito, 
pois a mãe aprendeu que as pessoas não podem voar, e o menino ainda não tem essa 
concepção, na verdade ainda não tem muita noção do que é possível ou não é neste mundo. 
Gaarder, com o exemplo vem mostrar, que as pessoas muitas vezes se acostumam com a 
realidade vivida a tal ponto de não se questionarem sobre coisas. 
A questão educacional, em âmbito geral, é também cultural, pois ela passa de 
geração em geração. A filosofia por vez, não é algo que perpassa geração após geração, pelo 
fato de que não há preocupação em transmitir algo que para muitos não é visto como um 
estudo importante, e satisfatório para as pessoas. 
 
1.3 COMO ENSINAR FILOSOFIA NA ESCOLA 
 
A tarefa de ensinar a disciplina de filosofia, sobretudo para jovens, não é uma tarefa 
fácil, pois como mencionado anteriormente a Filosofia não é algo que desperta interesse na 
maioria dos jovens, pelo fato de não ter expressividade no mercado de trabalho, isto é, não ter 
um retorno financeiro satisfatório. Com a filosofia, temos elementos que acresce para a vida 
como um todo. Alguns escritores em suas obras, apresentam alguns métodos que podem 
auxiliar nesta tarefa do ensino filosófico: 
Marcos Alexandre Alves em seu artigo, publicado no ano de 2015 (p.12-13), afirma 
que o professor necessita conhecer a realidade de seus alunos e saber propor conteúdos que 
despertem neles o interesse pelo filosofar. Como ele sugere, a autorreflexão crítica pessoal e a 
inquietação pessoal sobre as coisas, para que assim, o sujeito possa chegar ao conhecimento 
profundo e verdadeiro da realidade que o circunda. 
Conforme Marcos Antonio Lorieri, em seu livro Filosofia: fundamentos e métodos, 
2002, p. 134-135, ele aponta cinco objetivos específicos que os professores devem trabalhar 
nas escolas: 
 
1) Trabalhar temáticas que digam respeito ao que é o ser humano e aquilo que se 
pode considerar como características especificamente humanas. 
2) Trabalhar temáticas que digamrespeito às regras de conduta (à moral, portanto) e 
aos princípios e critérios que possam balizar regras de conduta. 
3) Provocar os alunos para que reflitam sobre o que significar tratar as pessoas como 
pessoas e sobre a qualidade desejável das relações entre as pessoas 
4) Desenvolver, com os alunos, dois projetos de pesquisa relativos ao direito que 
devem ser garantidos às pessoas em qualquer sociedade como condição mínima de 
respeito à sua humanidade 
5) Organizar, com os alunos, dois documentos: um em que conste alguns direitos 
básicos das pessoas e outro em que constem alguns deveres que cabe às pessoas 
cumprir. Em ambos os casos, à cada menção de um direito ou dever, deve seguir a 
indicação de ao menos duas razões pela quais aquilo é um direito ou um dever. 
3
 
 
No livro Filosofia e seu ensino de Paulo Arantes e colegas, em um trecho ele cita que 
os professores em suas aulas, devem fazer uso de discursos filosóficos, voltados para a 
realidade em que se vive. Com o uso de textos filosóficos ou conceitos, os alunos aprendem a 
interpretar o “sentido das palavras” e das ideias de cada filósofo. “Onde os ingênuos só veem 
fatos diversos, acontecimentos amontoados, a filosofia proporciona o discernir de uma 
significação, de uma estrutura”. Como o autor expõe neste trecho, com o auxílio da 
interpretação de discursos filosóficos, os alunos aprendem a entender os fatos diários que são 
apresentados. 
Os três autores, em um âmbito geral, expõe métodos os quais sugerem aos professores 
formas de ensinar a filosofia nos dias atuais, fazendo com que os alunos tenham uma visão 
reflexiva e crítica da realidade. 
 
CONCLUSÃO: 
 
Ao chegar ao fim deste artigo, concluímos que a filosofia, bem como as outras 
disciplinas, é indispensável para o bom desenvolvimento de uma sociedade. A filosofia rege o 
pensamento, e o pensamento guia uma sociedade. Percebemos ainda que não é tão simples 
trabalhar a filosofia, pois no geral há pouco interesse, pelo fato de que a esta é complexa e 
alguns educadores não buscam métodos para facilitar a compreensão de tal assunto. 
 Por outro lado, concluímos também que o problema não está apenas nos educadores, 
mas também em muitos alunos que não se dedicam e pouco demonstram interesse. 
Constatamos que de um modo geral, o mundo favorece elementos para que haja o crescimento 
de uma sociedade consumista que não busca seres pensantes, mas adeptos a esse estilo de 
vida. 
Como vimos neste artigo, o sujeito deve romper com o pensamento predominante da 
sociedade, de um modo geral, onde este pensamento muitas vezes sufoca o raciocínio e a ação 
autônoma. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
3
 Neste mesmo livro, em sequência, Lorieri apresenta alguns exemplos para esses objetivos específicos, por 
exemplo:” Como entender o ser humano no mundo e com o mundo? Como entende-lo, comparando-o aos 
outros seres do mundo? Como entender as relações do ser humano com a natureza e com os demais seres 
humanos? O que é uma pessoa boa? Quem é essa pessoa? Todos os seres humanos são mesmo pessoas?” 
ADLER, Mortimer J.. Como ler livros. São Paulo: Realizações Editora, 2010. 
 
ALVES, Marcos Alexandre. Formação de docentes e metodologias para o ensino de 
filosofia. 2015, Literarius, vol. 14, n. 03, p 08. 
 
AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. 2ª parte da 2ª parte. Vol. V. 2 ed. Caxias do Sul: 
Livraria Sulina Editora, 1980. 
. 
ARANTES, Paulo. A filosofia e seu ensino. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1995. 
 
BUZZI, Arcângelo R.. Introdução ao pensar. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2011. 
 
GAARDER, Jostein O mundo de Sofia. São Paulo: Cia das Letras, 1995. 
 
LIPMAN, Matthew. A filosofia vai à escola. São Paulo: Summus Editora, 1990. 
 
LORIERI, Marcos Antonio Filosofia: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora, 
2010.

Continue navegando