Material de Apoio - Medicina Legal 01

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MEDICINA 
LEGAL
Prof. Neusa Bittar
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Medicina Legal
conceito / divisão / histórico
importância da Medicina Legal
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Medicina Legal
medicina a serviço da Justiça
ciência
método / objeto / finalidade próprios
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Medicina Legal
Objetivos
▪ orientar os legisladores e magistrados
▪ esclarecer questões processuais
▪ fornecer conhecimentos necessários à 
formulação de quesitos e à interpretação dos 
laudos e pareceres médico-legais
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Medicina Legal
aspectos médico-legais
Código de Hamurabi
leis de Manu
leis hebraicas / Egito
direito romano 
prática da Medicina Legal
séc. XVI - Código Criminal Carolino
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Medicina Legal
França
1575 - era científica da Medicina Legal 
Ambroise Paré
pai da Medicina Legal
Obra: Traité des Relatoires
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Medicina Legal
séc. XVIII
Medicina Legal = disciplina jurídica
escolas francesa, alemã e italiana 
Alemanha
berço da Medicina Legal
1º ensino oficial da matéria
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Medicina Legal
BRASIL
1814
1ª publicação sobre Medicina Legal
1877
inicio da Medicina Legal brasileira
Souza Lima
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Medicina Legal
Raymundo Nina Rodrigues
solução dos problemas
médico-legais / criminológicos
Escola do Rio de Janeiro
Afrânio Peixoto 
Escola de São Paulo
Oscar Freire
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Medicina Legal
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Medicina Legal Geral
ultrapassa o estudo do ser humano
deontologia
diceologia
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Medicina Legal
Medicina Legal Especial
estuda o homem como um todo
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Medicina Legal
Antropologia
ser humano em sua morfologia identificação 
Tanatologia
morte em seus diferentes aspectos 
Traumatologia
modo de ação dos agentes 
lesões causadas
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Medicina Legal
Asfixiologia
agentes externos prejudiciais à oxigenação dos 
tecidos
Sexologia
crimes contra a liberdade sexual
aborto / infanticídio /desvios sexuais
anulação de casamento
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Medicina Legal
Toxicologia
tóxicos / venenos
Infortunística
doenças profissionais / acidentes de trabalho 
Psicologia Jurídica
psiquismo normal / influências emocionais
confissão / testemunho / acareação
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Medicina Legal
Psiquiatria Forense
distúrbios mentais
Imputabilidade / periculosidade
Genética médico-legal ou forense
determinação de paternidade
identificação baseada na herança genética
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Medicina Legal
Medicina Legal Social 
Medicina do Trabalho
+
Medicina Legal Preventiva
+
Medicina Legal Securitária
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Medicina Legal
Perícias e Peritos em Medicina Legal
Corpo de delito
CPP 158 a 184 / 149 / 275 a 281
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Medicina Legal
Perícias 
vivos / mortos / animais / objetos
Corpo de delito
158 CPP
direto indireto
167 CPP
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Medicina Legal
Peritos no Processo penal
Oficial
159 caput CPP
Nomeado / louvado / gracioso / ad hoc
159 § 1º e 2º CPP
Perícia contraditória 180 CPP
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Juiz? 181, § único e 182 CPP
Perícia complexa 159 §7º CPP
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Processo Civil
perito nomeado 
466 CPC/2015
perícia de natureza médico legal
478 CPC/2015
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Função dos peritos
160 caput e § 1º CPP
laudo pericial - prazo máximo de 10 dias
laudo sem formalidades
obscuro / omisso / contraditório
181, caput, CPP
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laudo incompleto
168, caput, e § 1º CPP 
falta de exame complementar 
prova testemunhal
168, § 3º CPP
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Lei 12030/2009, art. 2º
no exercício da atividade de perícia oficial de
natureza criminal, é assegurada autonomia
técnica, científica e funcional do perito.
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Impedimento dos peritos no CEM
93 CEM
O médico não pode ser perito ou auditor do
próprio paciente, de pessoa de sua família ou de
qualquer outra com a qual tenha relações
capazes de influir em seu trabalho ou de
empresa em que atue ou tenha atuado.
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Impedimento dos peritos no CPP
perito oficial = perito nomeado
275 CPP
Podem as partes indicar o perito na área penal?
276 CPP
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obrigação de aceitar o encargo 
pena de multa 277 CPP
▪ recusa sem escusa atendível
▪ deixar de acudir à intimação ou ao chamado da 
autoridade
▪ não comparecer no dia e local designados para o 
exame
▪ não der o laudo, ou concorrer para que a perícia 
não seja feita, nos prazos estabelecidos
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condução coercitiva 278 CPP
Não poderão ser peritos 279 CPP
I os que estiverem sujeitos à interdição de direito 
69, I e IV CPP
II os que tiverem prestado depoimento no 
processo ou opinado anteriormente sobre o objeto 
da perícia
III os analfabetos e os menores de 21 anos
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Local da perícia
Momento da perícia
exceção 162 CPP
antecipação da autópsia?
dispensa exame interno 162, § único, CPP 
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prioridade no exame de corpo de delito
158, § único CPP
I violência doméstica e familiar contra mulher
II violência contra criança, adolescente, idoso ou 
pessoa com deficiência
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Requisição da perícia
• fase de inquérito: autoridade policial 
civil 6º, inc. VII, CPP
militar Sum. nº 6 STJ
federal 
exceção: 149, caput e § 1º, CPP
• fase processual: autoridade judiciária
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Pode o juiz ou a autoridade policial negar-se a 
deferir o exame pericial requerido pelas partes? 
184, CPP
Requisição pelo MP?
Requisição pelas CPIs? 58, § 3º CF
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Assistentes técnicos no processo penal 
admissão - 159, § 3º, CPP
159, § 4º, CPP
acesso a material probatório - 159, § 6º, CPP
perícias complexas - 159, § 7º, CPP
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Nas infrações que deixam vestígios, pode a 
vítima recusar-se a se submeter a exame de 
corpo de delito?
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201, CPP 
Sempre que possível, o ofendido será qualificado
e perguntado sobreas circunstâncias da infração,
quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas
que possa indicar, tomando-se por termo as suas
declarações. 
201, § 1º CPP
Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer
sem motivo justo, o ofendido poderá ser
conduzido à presença da autoridade. 
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Pode o advogado do investigado participar dos 
exames periciais?
art. 7º da Lei 8906 (4/06/1996)
alterado pela Lei nº 13.245 (12/01/2016)
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XIV - examinar, em qualquer instituição
responsável por conduzir investigação, mesmo
sem procuração, autos de flagrante e de
investigações de qualquer natureza, findos ou
em andamento, ainda que conclusos à
autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos, em meio físico ou digital;
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XXI - assistir a seus clientes investigados durante
a apuração de infrações, sob pena de nulidade
absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os
elementos investigatórios e probatórios dele
decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da
respectiva apuração:
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§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade
competente poderá delimitar o acesso do
advogado aos elementos de prova relacionados
a diligências em andamento e ainda não
documentados nos autos, quando houver risco
de comprometimento da eficiência, da eficácia
ou da finalidade das diligências.
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Vestígios no código de trânsito brasileiro
CTB - Lei 9.503/1997
atualizada pela lei 12.760/2012
art. 276. Qualquer concentração de álcool por
litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita
o condutor às penalidades previstas no art. 165.
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art. 277. O condutor de veículo automotor
envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo
de fiscalização de trânsito poderá ser submetido
a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que, por meios técnicos ou
científicos, na forma disciplinada pelo Contran,
permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa que determine
dependência.
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§ 2º A infração prevista no art. 165 também
poderá ser caracterizada mediante imagem,
vídeo, constatação de sinais que indiquem, na
forma disciplinada pelo Contran, alteração da
capacidade psicomotora ou produção de
quaisquer outras provas em direito admitidas.
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art. 306 Conduzir veículo automotor com
capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência:
§ 1º As condutas previstas no caput serão
constatadas por:
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I – concentração igual ou superior a 6 decigramas de
álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3
miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II – sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser
obtida mediante teste de alcoolemia, exame clínico,
perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de
prova em direito admitidos, observado o direito à
contraprova.
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sangue ar alveolar
6 decigramas/litro 0.3 miligramas/litro
(600 miligramas)
4 decigramas/litro 0.2 miligramas/litro
(400 miligramas)
2 decigramas/litro 0.1 miligramas/litro
(200 miligramas)
1 decigrama/litro 0.05 miligramas/litro
(100 miligramas)
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Perícia no Tribunal do júri
473, § 3º CPP
As partes e os jurados poderão requerer
acareações, reconhecimento de pessoas e coisas
e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura
de peças que se refiram, exclusivamente, às
provas colhidas por carta precatória e às provas
cautelares, antecipadas ou não repetíveis.
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480 CPP
A acusação, a defesa e os jurados poderão, a
qualquer momento e por intermédio do juiz
presidente, pedir ao orador que indique a folha
dos autos onde se encontra a peça por ele lida ou
citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-
lhe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato
por ele alegado.
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§ 1o Concluídos os debates, o presidente indagará
dos jurados se estão habilitados a julgar ou se
necessitam de outros esclarecimentos.
§ 2o Se houver dúvida sobre questão de fato, o
presidente prestará esclarecimentos à vista dos
autos.
§ 3o Os jurados, nesta fase do procedimento, terão
acesso aos autos e aos instrumentos do crime se
solicitarem ao juiz presidente.
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481 CPP
Se a verificação de qualquer fato, reconhecida
como essencial para o julgamento da causa, não
puder ser realizada imediatamente, o juiz
presidente dissolverá o Conselho, ordenando a
realização das diligências entendidas
necessárias.
Parágrafo único. Se a diligência consistir na
produção de prova pericial, o juiz presidente,
desde logo, nomeará perito e formulará quesitos,
facultando às partes também formulá-los e indicar
assistentes técnicos, no prazo de 5 (cinco) dias.
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Perícia na revisão criminal
ação autônoma em favor do acusado
impugnação de sentença com trânsito em julgado
condenatória
ou
absolutória imprópria 386, VI CPP
desconstituir sentença contaminada por erro 
judiciário
antes da extinção de punibilidade
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621 CPP
A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária
ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos
autos;
II - quando a sentença condenatória se fundar em
depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos;
III - quando, após a sentença, se descobrirem
novas provas de inocência do condenado ou de
circunstância que determine ou autorize
diminuição especial da pena.
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Documentos médico-legais
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1. Notificações compulsórias
planejamento em saúde
definição de prioridades de intervenção
avaliação do impacto das intervenções
Sigilo?
Falta de notificação → 269 CP
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Medicina Legal
▪ Doenças, agravos e eventos em saúde pública
constantes da Portaria nº 104, de 25/01/2011,
do Ministério da Saúde.
▪ Crime de ação penal pública incondicionada
cujo conhecimento se deu em função do
exercício da medicina.
▪ Comunicação de lesão ou morte causada por
atuação de não médico.
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▪ Esterilizações cirúrgicas.
▪ Diagnóstico de morte encefálica,
independentemente de autorização da família
para a doação de órgãos.
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2. Relatório médico-legal
▪ Preâmbulo
▪ Quesitos padronizados 
exceções: perícias psiquiátricas / exumações
quesitos das partes 159, §3º, CPP
▪ Histórico ou comemorativo
▪ Descrição→ visum et repertum
▪ Discussão
▪ Conclusão
▪ Resposta aos quesitos
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Auto
Laudo
Laudo indireto
Laudo complementar 159, §5ª, I CPP
168 CPP
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3. Parecer médico-legal
▪ Preâmbulo
▪ Exposição dos motivos
▪ Discussão
▪ Conclusão
assistentes técnicos indicados na fase processual
poderão apresentar pareceres em prazo fixado
em audiência. 159, § 5º, II, CPP
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Medicina Legal
4. Atestado médico
Oficiosos / Administrativos / Judiciários
afirma uma inverdade
Falso atestado nega / omite a verdade
302 CP sem exame do paciente
Valor probante relatórios = atestados?
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Atestado de óbito
Declaração de óbito (DO)
documento-base do Sistema de Informações 
sobre Mortalidade do Ministério da Saúde(SIM/MS)
Atestado de óbito
bloco IV da Declaração de Óbito (DO)
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Medicina Legal
Funções 
▪ marcar o fim da pessoa natural (função legal)
▪ conhecer a situação de saúde da população por 
meio dos dados de óbitos
▪ gerar ações, com base nesses dados, visando à 
melhoria das condições de saúde
▪ fornecer dados para as estatísticas de 
mortalidade
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Medicina Legal
DO indispensável para assentamento do óbito no 
Cartório de Registro Civil 
art.77, Lei nº 6.015/1973
↓
cartório retém uma das vias
↓
Certidão de Óbito
↓
sepultamento ou cremação
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Medicina Legal
Quem pode atestar o óbito e assinar a DO?
77 Lei 6015
Nenhum sepultamento será feito sem certidão do
oficial de registro do lugar do falecimento ou do
lugar de residência do de cujus, quando o
falecimento ocorrer em local diverso do seu
domicílio, extraída após a lavratura do assento de
óbito, em vista do atestado de médico, se houver
no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas
qualificadas que tiverem presenciado ou
verificado a morte.
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Portaria nº 116, de 11 de fevereiro de 2009
O médico está:
▪ obrigado a atestar o óbito
morte natural do paciente que acompanha
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Medicina Legal
▪ impedido de atestar o óbito (= autópsia)
1. morte natural sem assistência
SVO sem diagnóstico
(menos de 24 h de internação)
2. morte violenta: crime/suicídio/acidente
morte suspeita
IML
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A família pode se opor à realização da autópsia?
Havendo autópsia, quem atesta o óbito?
Morte tardia em relação à violência torna a 
autópsia desnecessária?
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Sem diagnóstico da causa da morte 
antes da autópsia
causa mal definida / a esclarecer 
após a autópsia ou local sem SVO
causa indeterminada 
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▪ localidades sem SVO 
DO emitida por médicos do serviço público de
saúde mais próximo do local onde ocorreu o
evento e, na sua ausência, por qualquer médico
da localidade. Se a causa da morte for
desconhecida, poderá registrar “causa
indeterminada”
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▪ localidade sem IML 
DO emitida por qualquer médico da localidade, ou
outro profissional investido pela autoridade
judicial ou policial na função de perito legista
eventual (ad hoc), qualquer que tenha sido o
tempo decorrido entre o evento violento e a morte
propriamente. 159 § 1º
▪ localidades onde exista apenas um médico
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▪ DO com duas causas da morte
▪ identidade do cadáver desconhecida 
constar do atestado identidade ignorada, mas
este deve ser acompanhado de meios que
permitam posterior identificação (foto / impressão
digital)
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Óbito de recém nascido
No caso de ter a criança nascido morta ou no de 
ter morrido na ocasião do parto, será, não 
obstante, feito o assento com os elementos que 
couberem e com remissão ao do óbito. 
art. 53 Lei 6015 
• nasceu viva / morreu na ocasião do parto
registro de nascimento e óbito 
art. 53, § 2º Lei 6015 
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Medicina Legal
crianças que morreram pouco tempo após o 
nascimento
os médicos que prestaram assistência à mãe ou à
criança, ou seus substitutos, ficam obrigados a
fornecer a DO independente da duração da
gestação, peso corporal ou estatura do recém-
nascido, devendo ser assegurada neste caso
também a emissão da Declaração de Nascidos
Vivos pelo médico presente ou pelos demais
profissionais de saúde. Portaria nº 116
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Medicina Legal
nasceu morta
registro no livro “C Auxiliar” 53, § 1º Lei 6015
óbitos fetais (nasceu morta) os médicos que
prestaram assistência à mãe ficam obrigados a
fornecer a DO quando a gestação tiver duração
igual ou superior a 20 (vinte) semanas, ou o feto
tiver peso corporal igual ou superior a 500
(quinhentos) gramas, e/ou estatura igual ou
superior a 25 (vinte e cinco) centímetros.
Portaria nº 116
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▪ desobrigado de atestar
RDC Nº 306, de 07 / 12 / 2004 (ANVISA)
Regulamento Técnico para o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde.
7.1 - Peças anatômicas (membros) do ser humano;
produto de fecundação sem sinais vitais, com
peso menor que 500 gramas ou estatura menor
que 25 centímetros ou idade gestacional menor
que 20 semanas, que não tenham valor científico
ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou seus familiares.
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7.1.1 - Após o registro no local de geração, devem
ser encaminhados para:
I - Sepultamento em cemitério, desde que haja
autorização do órgão competente do Município,
do Estado ou do Distrito Federal ou;
II - Tratamento térmico por incineração ou
cremação, em equipamento devidamente
licenciado para esse fim.
Basta a ausência de um dos critérios para 
desobrigar o médico?
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PARECER CREMEC nº 05/2013 – 19/01/2011 
(Ceará)
Em caso de morte fetal, os médicos que
prestaram assistência à mãe ficam obrigados a
fornecer a DO se a gestação tiver duração igual
ou superior a 20 semanas, ou o feto com peso
igual ou superior a 500 gramas e/ou estatura igual
ou superior a 25 centímetros. Não há
obrigatoriedade de emissão da DO no óbito fetal
quando, simultaneamente, as três condições
acima especificadas estiverem ausentes.
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