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RETROSPECTIVA SETEMBRO 2019

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Atualidades – Retrospectiva Agosto 2019
Prof. Leandro Signori
leandrosignoriatualidades
Leandro Signori
profleandrosignori
Redes Sociais
Envie a sua prova em que foram cobradas as disciplinas de 
Atualidades ou Conhecimentos Gerais para o email:
leandrosignori@gmail.com
Envie a prova e o gabarito preliminar em pdf. Depois envie o 
gabarito definitivo.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
mailto:leandrosignori@gmail.com
ATUALIDADES
RETROSPECTIVA
Prof.Leandro Signori.Setembro 2019
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
FATOS INTERNACIONAIS
Marcha global pelo clima mobiliza ativistas em diversas 
cidades brasileiras
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Em defesa do meio ambiente, jovens e ativistas de diversas partes do mundo se unem na greve mundial pelo clima, nesta
sexta-feira, 20, para cobrar medidas emergenciais contra o aquecimento global. As manifestações ocorrem em mais de
150 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, Grécia, Japão, Austrália e Brasil. Em São Paulo, a mobilização está
marcada para as 16 horas, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.
Pelo menos 40 cidades brasileiras devem participar das mobilizações, em Estados como Amazonas, Rio de Janeiro e Santa
Catarina. No País, o protesto é pelo fim das queimadas na Amazônia.
As ações são organizadas pela Coalização pelo Clima, entidade que reúne mais de 70 organizações não governamentais
(ONGs), como o Greenpeace. As mobilizações são inspiradas no movimento Fridays for Future (Sextas-feiras pelo Futuro),
greve estudantil em favor da defesa do meio ambiente criada no ano passado por Greta Thunberg, uma jovem ativista
sueca de 16 anos.
Em 2018, ela passou a protestar em frente ao parlamento de seu país contra as mudanças climáticas. E suas ações vêm
conquistando o apoio de jovens de diversos países europeus.
Pelo Twitter, Greta acompanha as mobilizações mundiais realizadas nesta sexta-feira. Os eventos estão previstos para
ocorrer até o dia 27. Nas redes sociais, outra jovem ativista também chama a atenção para a urgência de ações em prol do
meio ambiente. Katie Eder, de 19 anos, é diretora executiva da Future Coalition (Coligação Futura), organização norte-
americana que promove mudanças sociais e ambientais.
Esta é a terceira mobilização mundial pelo clima que conta com a participação brasileira. A primeira ocorreu em 15 de
março e a segunda, em 24 de maio.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Saiba o que foi prometido durante a histórica Cúpula de Ação 
Climática da ONU
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, visita Vanuatu em última parada de missão ao Pacífico para ver os efeitos da 
mudança climática. Foto: ONU/Mark Garten
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou aos líderes para que não fossem à Cúpula de Ação
Climática deste ano somente discursar, mas que apresentassem tanto planos concretos para cortar emissões de gases
de efeito estufa quanto estratégias para neutralizar as emissões de carbono até 2050. Mas o que exatamente foi
prometido durante a histórica Cúpula de Ação Climática 2019 que ocorreu na sede da ONU, em Nova Iorque, em 23 de
setembro?
Lucrando de maneira sustentável
O setor privado teve a chance de demonstrar como pode realmente implementar uma mudança positiva, quando 87
das maiores empresas do mundo — detentoras juntas de 2,3 trilhões de dólares em valor de mercado; mais de 4,2
milhões de funcionários; e emissões anuais equivalentes a 73 usinas de carvão — se comprometeram a cumprir metas
climáticas em suas operações.
A lista dessas empresas inclui marcas globalmente conhecidas, como Burberry, Danone, Ericsson, Electrolux, IKEA e
Nestlé. Algumas delas deram um passo além, ao se comprometer com “metas baseadas na ciência”, o que significa
que os cortes de suas emissões corporativas podem ser avaliados de maneira independente.
No setor financeiro, alguns dos maiores fundos de pensão e seguradoras, responsáveis por administrar mais de 2
trilhões de dólares em investimentos, se juntaram para formar a Aliança de Proprietários de Bens, órgão que se
comprometeu a realocar seus investimentos em investimentos que sejam neutros em carbono até 2050. Os membros
da Aliança já estão se engajando com as empresas em que possuem investimentos para garantir que elas
“descarbonizem” seus modelos de negócios, isto é, cheguem à emissão zero de carbono.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Usufruindo da potência da natureza
Acredita-se que usar a potência da natureza seja uma das maneiras mais efetivas e imediatas de se conter a crise climática.
Fortalecer ecossistemas naturais como florestas e manguezais, por exemplo, é uma das soluções: mais florestas significa maior
capacidade de captura de carbono, e conservar os manguezais é uma maneira efetiva e barata de combater a erosão e as
inundações costeiras, por atuarem como uma barreira natural.
A Cúpula de Ação Climática sediou o lançamento de várias iniciativas que têm como objetivo impulsionar soluções naturais,
baseadas na conservação da natureza, no combate às mudanças globais do clima. Algumas dessas iniciativas foram a Campanha
Global pela Natureza, que planeja conservar cerca de 30% dos territórios terrestres e oceânicos da Terra até 2030, e o Painel de Alto
Nível para uma Economia do Mar Sustentável.
Limpando as Cidades
Atualmente, já é possível construir edifícios que sejam 100% neutros em emissões de carbono. A iniciativa Construções Zero
Carbono para Todos promete fazer com que todas as construções — as novas e as já existentes — alcancem a marca de zero
carbono até 2050, um cenário que poderia potencialmente levar 1 trilhão de dólares de investimentos a nações em
desenvolvimento até 2030.
Um total de 2 mil cidades se comprometeram a considerar riscos climáticos como prioridade em suas decisões, planejamentos e
investimentos. Isso inclui lançar projetos urbanos rentáveis e inteligentes para o clima, e criar mecanismos financeiros inovadores.
Combater a poluição e o congestionamento no trânsito urbano é o objetivo da Iniciativa de Ações em favor do Transporte Amigo do
Clima, que pensa ações para planejar o desenvolvimento das cidades de maneira que diminua o tempo de deslocamento, substitua
veículos de transporte urbano à base de combustíveis fósseis para veículos elétricos, e aumente o uso de tecnologias que sejam zero
carbono.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Sobre a Conferência
A Conferência do Clima focou em nove pontos de rastreamento independentes, com o objetivo de impulsionar ações
mais ambiciosas contra as mudanças climáticas e acelerar ações de implementação do Acordo de Paris, firmado em
2015. São eles:
• Aprimoramento das mitigações climáticas dentre as maiores nações emissoras de carbono;
• Impulsionadores sociais e políticos, como saúde, gênero e segurança;
• Mobilização pública da juventude, que facilite a participação dos jovens nas discussões relacionadas;
• Transição energética, que inclui aumentar as fontes renováveis, a eficiência energética e o estoque;
• Transição no setor industrial, criando comprometimentos maiores dentre os setores com maiores emissores, como
do aço e do cimento;
• Infraestrutura, cidades e ações locais que intensificam um comprometimento mais ambicioso com baixas emissões
de carbono e infraestruturas resilientes para o clima;
• Soluções baseadas na natureza, com foco em áreas como floresta, agricultura inteligente e oceanos;
• Resiliência e adaptação, com foco em integrar riscos climáticos no âmbito das decisões e negociações públicas e
privadas;
• Financiamento climático e precificação de carbono, direcionando o setor financeiro para o desenvolvimento
resiliente, com baixas emissões de gases de efeito estufa.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. LeandroSignori
70 Anos da Revolução Comunista na China: como país pobre e 
rural se tornou potência mundial em 4 décadas
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Deng Xiaoping rompeu com o caminho estabelecido pelo líder da revolução, Mao (à esq.) — Foto: Getty Images
Quando Mao Tsé Tung (ou Zedong) chegou ao poder em 1949, a China estava dominada pela pobreza e
devastada pela guerra.
Nesta terça-feira (1º), quando se completam 70 anos do triunfo dos comunistas, o país está radicalmente
diferente: é uma potência mundial de primeira grandeza e aspira chegar ao topo da economia global.
Mas seu "milagre econômico", único na história, não se deve necessariamente ao "Grande Timoneiro",
mas a uma campanha impulsionada por outro líder comunista, Deng Xiaoping.
A chamada "Reforma e Abertura" conseguiu tirar 740 milhões de pessoas da pobreza, segundo dados
oficiais.
Sob a ideia de um "socialismo com traços chineses", Xiaoping rompeu com o status quo e implementou
uma série de reformas econômicas, centradas na agricultura, num ambiente liberal para o setor privado,
na modernização da indústria e na abertura da China para o comércio exterior.
Esse percurso afastou o país do comunismo de Mao Tsé Tung e "rompia as correntes" do passado, nas
palavras do atual presidente chinês, Xi Jinping.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Um país pobre
A mudança de curso começou em 1978.
À época, a China era uma nação bastante diferente do que vemos hoje, em que equipara-se ao nível dos Estados Unidos e
da União Europeia.
Era um país pobre, com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 150 bilhões e uma população de 800 milhões de pessoas.
Hoje, são 1,38 bilhão de habitantes e um PIB de US$ 12 trilhões, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mao, o histórico fundador da República Popular da China, havia morrido anos antes das mudanças de Xiaoping, deixando
um controverso legado.
Entre seus grandes projetos estão o Grande Salto Adiante (1958-62), que buscava transformar a economia agrária do país e
provocou uma escassez de alimentos que levou à morte de ao menos 10 milhões de pessoas (fontes independentes falam
em até 45 milhões de mortos); e a Revolução Cultural (1966-76), uma campanha de Mao contra os partidários do
"capitalismo", que também levou a milhões de mortos e paralisou a economia nacional.
Foi nesse cenário de pobreza e fome que Deng Xiaoping, então secretário-geral do Partido Comunista da China), propôs
suas reformas.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Nova fórmula
Xiaoping optou pelas chamadas "quatro modernizações" e uma evolução da economia na qual o mercado teria um protagonismo
crescente.
Para ele, não importava se o sistema econômico chinês era comunista ou capitalista, mas sim se funcionava. "Não importa se o gato é
preto ou branco desde que cace ratos", afirmou o chinês em um discurso na conferência da Liga da Juventude Comunista da China.
Seu programa foi ratificado em 18 de dezembro de 1978 por parte do comitê central do Partido Comunista da China e tornou a
modernização econômica sua principal prioridade.
Nos anos seguintes, foram colocadas em prática mudanças que até então eram consideradas bastante ambiciosas e enfrentaram
resistência da ala mais conservadora do partido no poder.
O setor agrícola, por exemplo, abandonou progressivamente o sistema maoísta de economia rural planificada, que permitiu
incrementar a produtividade e tirar regiões do país da pobreza, fomentando a migração de mão de obra para zonas urbanas.
Também floresceram as cadeias do setor privado e, pela primeira vez desde a criação da República Popular em 1949, o país se abriu
para investimentos estrangeiros.
Se na economia planificada o Estado determina o tipo, a quantidade e o preço das mercadorias que serão produzidas, na economia de
mercado são as forças da oferta e da demanda que estabelecem o que é comprado e vendido.
Em sua cruzada para modernizar e fazer crescer a economia, o líder chinês incentivou sua equipe a aprender com as potências
ocidentais.
Foram criadas também zonas econômicas especiais, como a da cidade de Shenzhen, que sofreu uma transformação incrível e hoje é
conhecida como o Vale do Silício chinês.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Essa abertura ao exterior contribuiu para aumentar a capacidade produtiva da China e fomentar novos métodos de
gestão.
Depois de um longo processo, as mudanças permitiram que a China conseguisse entrar na Organização Mundial do
Comércio em 2001, ingresso que lhe abriu definitivamente as portas para a globalização e catalisou seu progresso
econômico.
Assim, em 2008, quando a crise econômica global estourou e o Ocidente saiu em busca de novos mercados, a China
conseguiu se destacar entre todos os outros e se converteu na "fábrica do mundo".
Apesar do boom econômico, a China luta agora para se descolar dessa função: quer deixar a manufatura para trás e se
tornar um país conhecido pela inovação.
À medida que o gigante asiático amadureceu, o crescimento do seu PIB desacelerou significativamente.
Se em 2007 era de 14,2%, em 2018 esse percentual de expansão foi reduzido para 6,6%.
Mas se olharmos mais para trás, desde 1980, o tamanho da economia chinesa foi multiplicado por 42.
Até 2030, os economistas estimam que o crescimento do país será reduzido a aproximadamente um terço do
percentual atual.
Mas ainda assim seria suficiente para superar os Estados Unidos como a maior economia do mundo.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
E as mudanças políticas?
A despeito do progresso econômico, as reformas trouxeram também consequências negativas para o país, como a alta
desigualdade social e a grave contaminação do ar em diversas cidades chinesas.
Mas, segue intacto o rígido sistema de governo de partido único no país inaugurado com a revolução.
Críticos e ativistas denunciam uma crescente repressão dos direitos humanos e uma concentração de poder ainda maior em
torno do atual presidente Xi Jinping, responsável por restringir ainda mais as liberdades da população.
Desde que ele aboliu o limite temporal de sua Presidência, no ano passado, as notícias sobre descontentamentos com o governo
cruzaram as fronteiras chinesas.
Seus críticos o acusam de concentrar ainda mais o poder e de promover uma campanha de culto a sua personalidade em nível
inédito desde os tempos de Mao.
O mandatário também tem estado sob a mira da comunidade internacional por conta das denúncias sobre sistemas de vigilância
massiva da população, de queixas de trabalhadores por jornadas laborais desmedidas e de detenções de membros da minoria
muçulmana em campos de detenção na região de Xinjiang.
No aniversário de 40 anos da "Reforma e Abertura", em dezembro passado, o mandatário chinês enfatizou a importância da
"liderança" do Partido Comunista Chinês em seu discurso no Grande Palácio do Povo de Tiananmen, praça de Pequim onde o
Exército reprimiu com violência manifestações a favor de reformas políticas, deixando um número desconhecido de mortos.
Esse obscuro capítulo da história recente da China segue sendo um tabu, como qualquer crítica ao sistema político chinês.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Polícia usa canhão de água e gás lacrimogêneo para dispersar 
manifestantes em Hong Kong
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia foram para as ruas em Hong Kong neste domingo
(15). A polícia usou água e gás lacrimogêneo para dispersar um grupo que tentou atacar o complexo
administrativo do território semiautônomo.
Os manifestantes, entre eles famílias com crianças, reuniram-se neste domingo em Causeway Bay para
comemorar o Dia Internacional da Democracia - em um ato que estava proibido pela administração local.
Mais tarde, pequenos grupos, com roupas pretas, usaram contêineres de lixo e cones de trânsito para
construírembarricadas contra a polícia.
Um grupo usou bombas de gasolina, coquetéis molotov e pedras contra as forças de segurança. A polícia
também disparou jatos de água colorida contra os militantes para tentar dispersar a passeata. Um veículo
policial pegou fogo após ser atingido por uma bomba caseira.
Os confrontos, que começaram cerca de três horas após o início do protesto, encerraram uma relativa
pausa nos últimos dias na intensidade de confrontos entre a polícia e os manifestantes, que protestam
desde 9 junho contra o que consideram uma crescente influência da China e o governo de Carrie Lam,
acusada de ser pró-Pequim.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Reino Unido
No protesto deste domingo, os manifestantes fizeram um ato do lado de fora do consulado britânico em Hong Kong
para pedir que Londres faça mais para proteger os cidadãos de sua antiga colônia e aumente a pressão sobre Pequim
para que mantenha as liberdades de quem mora no território semiautônomo.
Centenas de manifestantes cantaram "God Save the Queen" e "Rule Britannia" do lado de fora da representação
diplomática, bandeiras da era colonial de Hong Kong.
A transferência de Hong Kong para a China, em 1997, a decorreu sob o princípio "um país, dois sistemas". Foi acordado
um período de 50 anos com elevado grau de autonomia no Executivo, Legislativo e Judiciário. O governo central chinês
é responsável, no entanto, pelas relações externas e defesa.
No domingo (8), os manifestantes já tinham feito um apelo para que os Estados Unidos os liberasse do domínio chinês.
Protestos no sábado
Os protestos de sábado também registraram confrontos. Cerca de 200 apoiadores da China tinham se reunido para
agitar bandeiras chinesas e cantar o hino do país no centro comercial Amoy Plaza. Com a chegada de manifestantes
pró-democracia, houve confronto. Pessoas dos dois grupos ficaram feridas.
A polícia interveio e prendeu alguns jovens pró-democracia dentro e fora do centro comercial.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Onda de protestos
Em 9 junho, começou uma série de manifestações populares pró-democracia no território
semiautônomo motivada por um projeto de lei que previa a extradição de cidadãos de Hong
Kong para julgamento na China.
Aos poucos, a pauta de reivindicações se ampliou incluindo a resistência contra a crescente
influência da China no território semiautônomo. O governo de Carrie Lam é considerado
pelos manifestantes pró-Pequim.
A crise é a mais severa em Hong Kong desde 1997, quando o território semi-autônomo foi
devolvido pelo Reino Unido à China.
No início de setembro, a chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a retirada
completa do projeto, que já tinha sido suspenso no início de junho, em uma tentativa de
conter os protestos. O anúncio, porém, não foi suficiente para conter a onda de
manifestações.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Câmara já tem votos necessários para impeachment de Trump, indica 
levantamento
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Ao menos 224 dos 435 integrantes da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos dizem apoiar o avanço
do impeachment do presidente Donald Trump, acusado de ter condicionado repasse à Ucrânia a uma investigação contra
Joe Biden. É o que aponta levantamento da revista norte-americana TIME.
Todos os deputados que compõem o número são democratas (partido de oposição a Trump), exceto o deputado
independente Justin Amash, de Michigan, ex-republicano.
Segundo a contagem da revista, 12 democratas não disseram explicitamente se apoiam a investigação e 1 deles disse que se
opõe. Nenhum membro do comitê republicano disse que apoia a investigação de impeachment.
Para aprovar o impeachment na Câmara e fazer o processo avançar ao Senado, são necessários ao menos 218 votos.
Segundo o jornal The New York Times, o número de democratas que apoiam o inquérito na Câmara cresceu em mais de 80
membros desde 2ª feira (24.set.2019).
A Câmara americana instaurou processo de impeachment contra o presidente Donald Trump após divulgação de
documento relativo a um telefonema entre Trump e o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky.
Na ligação, o presidente norte americano pressiona o líder ucraniano a investigar Joe Biden (pré-candidato democrata às
eleições de 2020 líder nas pesquisas) e seu filho, Hunter Biden.
Em um vídeo que divulgou no último sábado (28.set), Trump se refere ao caso como “maior fraude da política americana”.
Ainda que o processo avance na Câmara, o impeachment não deve prosperar no Senado, onde o partido republicano detém
53 cadeiras, contra 47 dos democratas. Para a deposição de Trump, são necessários 2/3 dos votos no Senado: 67 senadores.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Os democratas precisariam de 20 votos de republicanos para aprovar o deposição de Trump, o que é improvável. O cenário
deve ser similar ao que aconteceu com o ex-presidente Bill Clinton. Em 1998, o democrata foi afastado pela Câmara e
“salvo” pelo Senado. Além de Clinton, os EUA tiveram apenas mais um inquérito de afastamento instaurado. O processo de
Andrew Johnson, em 1868, teve o mesmo destino do que viria a ocorrer 130 anos depois.
Por que Trump será investigado e pode ser alvo de impeachment? Eis um resumo:
• perseguição a Joe Biden – o presidente dos EUA teria incentivado o governo da Ucrânia a investigar seu adversário
político Joe Biden (democrata);
• informante anônimo – em agosto um agente ainda não identificado do setor de inteligência dos EUA disse haver indícios
de que Trump pressionava o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para fazer a investigação contra Biden;
• o filho de Joe Biden – na realidade o caso se referia a uma empresa de energia ucraniana, o Grupo Burisma, na qual
trabalhou Hunter Biden (filho de Joe Biden) como membro do conselho da companhia. Havia suspeita de alguma
irregularidade cometida por Hunter e esse tipo de informação seria útil para Trump usar contra Joe Biden em 2020,
quando o democrata deve ser candidato à Casa Branca;
• pressão por verbas – enquanto Trump teve contato com Zelensky, o governo dos EUA estava segurando milhões de
dólares em ajuda militar para a Ucrânia, uma verba que já havia sido aprovada pelo Congresso;
• crime possível – o possível desvio de Trump foi pressionar um governo estrangeiro a investigar a família de um
adversário político e ao mesmo tempo ter barganhado com verbas federais para incentivar essa ação.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Ataque a tiros deixa ao menos sete mortos no Estado do Texas
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Ao menos sete pessoas foram mortas após um ataque a tiros no Estado do Texas, nos Estados
Unidos, confirmou a imprensa local neste domingo, 1. Cerca de 20 pessoas foram baleadas nas cidades de
Midland e Odessa, neste sábado, 31. A polícia havia confirmado, logo após o ataque, cinco mortos e 21
feridos. Outras duas pessoas morreram após serem atendidas em hospitais.
O suspeito foi identificado pelos policiais como Seth Aaron Ator, de 36 anos, residente de Odessa. Ele foi
morto pelas forças de segurança em frente a um complexo de cinema da cidade. Inicialmente, as
autoridades suspeitaram do envolvimento de um segundo suspeito.
O agente do FBI Christopher Combs afirmou neste domingo que os investigadores não acreditam que o
criminoso tenha conexão com grupos terroristas.
O tiroteio começou quando um policial tentou parar o veículo em que Seth estava na rodovia
Interestadual 20 por volta das 14h30 horário local, entre Odessa e Midland. Ele não teria sinalizado que
iria pegar uma das saídas da rodovia.
Ao ser parado, "o motorista, único ocupante do automóvel, apontou um fuzil pela janela e deu vários tiros
contra a patrulha", informou o Departamento de Segurança Pública do Texas em um comunicado.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro SignoriO atirador feriu um policial, fugiu e continuou atirando contra pessoas inocentes e outros automóveis no
trajeto entre as duas cidades, distantes 32 km uma da outra.
O atirador abandonou o carro em que estava e roubou uma caminhonete dos correios. É possível que o
funcionário do serviço postal esteja entre as vítimas.
Durante a perseguição, que durou mais de uma hora, os habitantes das duas cidades foram orientados a
não sair de casa.
Há menos de um mês, os Estados Unidos enfrentaram dois ataques a tiros em menos de 24 horas. No
dia 3 de agosto, um homem portando fuzil entrou em um centro comercial em El Paso,
também no Texas e assassinou 20 pessoas. No dia 4, um atirador matou 9 frequentadores de um bar
em Ohio, incluindo a própria irmã.
Através de uma mensagem postada no Twitter, o presidente Donald Trump parabenizou a polícia do Texas,
o FBI e as equipes de resgate pela conduta na "terrível tragédia com disparos de ontem... Uma situação
muito difícil e triste!".
Mais tarde, ao falar com jornalistas no jardim da Casa Branca, ele disse que, embora tenham sido
realizadas discussões com congressistas de ambos partidos para conter a violência armada no país, o que
aconteceu "realmente não mudou nada" na política de porte e posse de armas do país.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Torcedora iraniana morre após atear fogo no próprio corpo por 
não poder entrar em estádio
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Uma iraniana que ateou fogo no próprio corpo após ser processada por tentar entrar em
um estádio de futebol morreu por causa das graves queimaduras, informou a imprensa do
país nesta terça-feira (10).
Ela estava internada em um hospital desde que se autoimolou após despejar gasolina no seu
corpo no dia 1º de setembro diante do Tribunal Revolucionário Islâmico de Teerã. O ato
desesperado chocou muitos iranianos.
Sahar Khodayari tinha 29 anos e não queria ir para a cadeia, mas ela corria o risco de
enfrentar até seis meses de prisão. Disfarçada de homem, ela tentou entrar num estádio. No
entanto, a participação em jogos de futebol é proibida para mulheres e meninas no Irã.
Sahar era torcedora do clube Esteghlal Teerã. Os jogadores usam camisas azuis. Vestindo um
longo casaco azul, no último dia 12 de março, ela quis entrar no estádio para assistir à
partida do Esteghlal contra o clube al-Ain dos Emirados Árabes Unidos. Ela foi presa e
libertada sob fiança alguns dias depois, aguardando seu julgamento em 1º de setembro.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Autoridades não querem 'aborrecimentos'
"Ela não era apenas a 'Garota Azul'. Sahar era a garota de um país onde os homens decidem o que as mulheres fazem ou
têm que fazer. Todos nós somos responsáveis por sua prisão e autoimolação", escreveu no Twitter Parvaneh Salahshouri,
líder da bancada feminina no Parlamento iraniano. Nos últimos dias, parlamentares reformistas abordaram repetidamente
o destino da "Garota Azul" no Parlamento em Teerã.
"Sua família foi alertada e não pode falar com a mídia", disse Maziyar Bahari, jornalista e cineasta iraniano-canadense em
entrevista à DW. Bahari está em contato direto com a família de Sahar.
O cineasta afirmou: "Sahar morreu na sexta-feira e as autoridades de segurança a enterraram imediatamente, e elas
disseram à família:
'Sua filha já nos causou problemas demais, não queremos escutar mais nada de vocês'. Os familiares foram duramente
intimidados".
Tentativa de soluções e pressão internacional
O caso de Sahar Khodayari mexeu com a sociedade iraniana. A proibição de mulheres em estádios é justificada
religiosamente e vem sendo, já há bastante tempo, uma questão delicada no Irã. Na opinião de clérigos conservadores
iranianos, para as mulheres, é pecado "assistirem a homens seminus jogando".
Mas muitas mulheres não querem aceitar isso. Elas continuam protestando em frente aos estádios e recorreram várias
vezes à Fifa. Na Copa do Mundo na Rússia em 2018, o Irã foi o único participante com a proibição de mulheres no próprio
país.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
A Fifa pediu ao Irã que suspendesse a proibição, caso contrário, a participação do país na Copa do Mundo de 2022
estaria comprometida. O presidente moderado Hassan Ruhani tentou várias vezes resolver o problema, pelo
menos em parte, com uma tribuna extra para mulheres em vários estádios de Teerã. Até agora, no entanto, ele
fracassou com esses planos devido à resistência dos clérigos.
Devido à pressão internacional, a presença de mulheres em partidas de futebol é possível somente por meio de
licenças especiais.
Ira no Irã
O caso perturbou e irritou muitos iranianos. O ex-capitão da seleção nacional iraniana Masoud Shojaei publicou
no Instagram:
"A proibição de mulheres em estádios é nojenta e vem de cabeças preguiçosas".
Dariush Mostafavi, ex-presidente da Federação Iraniana de Futebol, disse em entrevista: "O amor ao futebol é um
amor puro. O lema do Comitê Olímpico Nacional é a liberdade das pessoas. O que o mundo pensará de nós
quando descobrirem o que aconteceu por aqui."
E é exatamente isso que as mulheres iranianas querem divulgar. Em suas contas do Twitter, elas escrevem em
inglês sob a hashtag #BlueGirl e levam ao mundo a história da "Garota azul".
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Irã vai permitir que mulheres assistam jogos masculinos nos estádios
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
As mulheres iranianas vão poder frequentar jogos de futebol em seu país, mas apenas em jogos da seleção,
segundo anúncio feito, nesta sexta-feira, pelo Ministério do Esporte de Teerã. A medida ocorre após a morte de
Sahar Khodayari, que foi processada por tentar entrar em um jogo disfarçada de homem. A torcedora do Esteghlal
ateou fogo em seu próprio corpo como forma de protesto.
Todas as preparações necessárias foram feitas de maneira que as mulheres , inicialmente permitidas somente em
partidas internacionais possam entrar nos estádios de futebol - anunciou o ministro Masoud.
Outras medidas
A primeira partida masculina com presença feminina nas arquibancadas vai ser no dia 10 de outubro, no Estádio
Azadi, na capital. O Irã vai enfrentar o Camboja. Foram criadas entradas separadas e adaptações dentro dos
banheiros. A segurança também vai ser reforçada. A PROIBIÇÃO Atualmente, as mulheres só podem assistir
partidas de equipes femininas. A Fifa já fez vários apelos para que o governo iraniano mudasse sua posição. Desde
a revolução islâmica, em 1979, as mulheres foram proibidas de frequentas estádios em jogos masculinos. A
proibição se dá para proteger as mulheres "das grosserias dos homens“
Em 2018, o procurador-geral do Irã, Mohamed Jafar Montazeri declarou que não concordava que as mulheres
fossem aos estádios e "encontrassem homens quase pelados com roupas de esporte", e que isso levaria "ao
pecado".
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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Drones atacam instalações petrolíferas na Arábia Saudita
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
Drones atacaram neste sábado (14.set.2019) a maior instalação de processamento de petróleo do mundo
na Arábia Saudita e um grande campo de petróleo operado pela gigante estatal saudita Aramco, anunciou
o Ministério do Interior do país. Os ataques provocaram um grande incêndio.
“Às 4h [horário local], equipes de segurança industrial da Aramco começaram a lidar com incêndios em
duas de suas instalações em Abqaiq e Khurais, que foram provocados por drones. Os dois incêndios já
foram controlados”, afirmou um comunicado do Ministério do Interior saudita.
O comunicado destacou que uma investigação foi aberta após o ataque. O ministério não revelou a
origem dos drones e nem informou se houve vítimas e se as operações das instalações foram afetadas.
Rebeldes iemenitas houthis assumiram a autoria dos ataques na refinaria em Abqaiq, e no campo de
Khurais, no lestedo país. O grupo disse que enviou dez drones para promover os bombardeios e
prometeu ampliar os ataques contra a Arábia Saudita, que lidera uma coalizão militar contra eles no
Iêmen.
A extensão dos danos não está clara. Jornalistas não foram autorizados a se aproximarem das instalações,
que tiveram a segurança reforçada. Em vídeos divulgados na internet, aparentemente gravados em
Abqaiq, é possível ouvir sons de tiros e ver no horizonte muita fumaça e as chamas na refinaria.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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Segundo a Aramco, a refinaria em Abqaiq é a maior planta de estabilização de petróleo do mundo. A unidade processa petróleo bruto
que depois será transportado, por oleodutos, para regiões no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho. Estima-se que o local processe até 7
milhões de barris de petróleo bruto por dia.
Já o campo de Khurais produziria cerca de 1 milhão de barris de petróleo bruto por dia. Segundo a Aramco, estima-se que possa ser
explorado no local mais de 20 bilhões de barris de petróleo.
Nos últimos meses, rebeldes houthis, que são apoiados pelo Irã, realizaram uma série de bombardeios fronteiriços com mísseis e
drones contra bases aéreas sauditas e outras instalações no país. A ONU e países ocidentais acusam Teerã de fornecer armas ao grupo,
algo que o governo iraniano nega.
No mês passado, um ataque reivindicado pelos rebeldes provocou um incêndio na refinaria de liquefação de gás natural próxima à
fronteira com os Emirados Árabes. O grupo também atacou duas estações de bombeamento de petróleo no oleoduto leste-oeste do
país, em maio, paralisando sua operação por vários dias.
Os bombardeiros são uma reação aos ataques aéreos conduzidos pela Arábia Saudita em regiões controladas por rebeldes no Iêmen.
Desde março de 2015, os sauditas lideram uma coalizão contra os houthis, que detém, entre outros, a capital do país Sanaa. O Iêmen é
o país árabe mais pobre e a guerra gerou em seu território a pior catástrofe humanitária do mundo. O conflito já deixou mais 90 mil
mortos.
O ataque deste sábado deve aumentar ainda mais as tensões no Golfo Pérsico, em meio ao confronto entre Estados Unidos e Irã sobre
o acordo nuclear assinado com o país árabe e as potências mundiais Inúmeros incidentes foram registrados na região nos últimos
meses, com Washington e Teerã se responsabilizando mutuamente.
A crise com o Irã começou após o presidente Donald Trump ter retirado os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015 pelos
dois países com a participação ainda da Rússia, da China, do Reino Unido, da França e da Alemanha.
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Irã viola acordo nuclear e reforça enriquecimento de urânio
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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A Agência de Energia Atômica do Irã (AEAI) anunciou neste sábado (7) que ativou dezenas de centrífugas
avançadas a fim de aumentar suas reservas de urânio enriquecido, reduzindo ainda mais os compromissos
firmados pelo país no acordo nuclear internacional de 2015.
"Começamos a abandonar as limitações à nossa pesquisa impostas pelo acordo. Isso inclui o desenvolvimento de
centrífugas mais rápidas e avançadas", informou o porta-voz da agência nuclear iraniana, Behrouz Kamalvandi.
Segundo ele, Teerã tem o direito de reduzir seus compromissos porque outros signatários do pacto nuclear não
estão cumprindo suas respectivas obrigações. "O Irã só reverterá seus passos se a outra parte cumprir os seus
compromissos do acordo".
O pacto de 2015, assinado por Irã, Estados Unidos, Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia, além da União
Europeia (UE), estabeleceu limites ao programa nuclear iraniano, em troca de alívios econômicos ao país. Com a
saída dos EUA do acordo no ano passado, contudo, essas sanções foram reimpostas ao Irã, que também passou a
reduzir seus compromissos.
Neste sábado, Kamalvandi fez um alerta a governos da Europa para que ajam rápido caso tenham interesse em
salvar o acordo nuclear. "Os países europeus devem saber que não resta muito tempo. Se houver alguma ação a
ser tomada, isso deve ser feito o mais rápido possível", afirmou o porta-voz. "Quanto mais progredimos, mais
difícil será de reverter."
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As autoridades do Irã exigem principalmente que a Europa facilite suas exportações de petróleo ou que conceda ao país
islâmico uma linha de crédito para compensar as sanções reimpostas pelos Estados Unidos, sob o presidente Donald Trump.
Sob o pacto nuclear, Teerã havia se comprometido a reduzir em dois terços o número de centrífugas de enriquecimento de
urânio, bem como a utilizar apenas as centrífugas de primeira geração (IR-1), que são menos avançadas.
Agora, segundo Kamalvandi, foram reativadas dezenas de novas centrífugas mais avançadas, sendo 20 do tipo IR-4 e outras
20 IR-6. O porta-voz da AEAI acrescentou que não se trata de "uma violação do acordo, mas uma retificação".
Ele ainda garantiu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) continuará a supervisionar o programa iraniano e
já foi informada das novas medidas do país.
Em resposta às sanções americanas, o Irã começou, em julho, a enriquecer urânio a 4,5%, acima dos 3,67% permitidos pelo
acordo de 2015. Além disso, o país superou em 60 quilos o limite de armazenamento desse material, estipulado
anteriormente em 300 quilos. Assim, o anúncio deste sábado entra na lista como o terceiro passo de Teerã contrário a seus
compromissos com o pacto.
Kamalvandi garantiu que as centrífugas serão desenvolvidas para satisfazer as demandas do Irã, mas que por enquanto o
país não enriquecerá urânio a 20%. Segundo ele, Teerã possui "a capacidade interna de enriquecer a 20% ou mais", mas
atualmente não necessita dessa pureza.
O diretor-geral da agência internacional AIEA, Cornel Feruta, viaja ao Irã neste fim de semana, quando se reunirá com altos
funcionários do governo iraniano. A visita coincide com as novas medidas adotadas pelo país de redução dos compromissos
no âmbito nuclear.
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Ben Ali, ex-presidente da Tunísia, morre na Arábia Saudita aos 
83 anos
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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O ex-presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, morreu nesta quinta-feira, aos 83 anos, na Arábia Saudita, onde estava desde
que foi retirado do poder, em 2011, na chamada Revolução de Jasmim, segundo confirmou à Agência Efe, o advogado da família,
Mounir Ben Salha.
“Ele faleceu às 15h (horário local, 9h de Brasília) após lutar contra sua doença, pela qual ele ficou hospitalizado durante os
últimos três meses, recebendo tratamento intensivo”, declarou Ben Salha.
“Ben Ali será enterrado na Arábia Saudita, segundo sua última vontade”, acrescentou o porta-voz, descartando a possibilidade
do sepultamento acontecer em Túnis.
O estado de saúde do ex-presidente, conhecido entre os tunisianos como “Zaba”, era delicado e estava em tratamento há anos
após ser diagnosticado com câncer de próstata.
Nas últimas semanas surgiram vários boatos sobre sua morte que foram desmentidos por seus familiares.
Ben Ali fugiu da Tunísia, no dia 14 de janeiro de 2011, após semanas de protestos contra as desigualdades sociais que
desencadearam a Revolução do Jasmim, que encerrou seus 23 anos no poder e levou o país a iniciar um processo democrático
no que foi imerso desde então.
Após o exílio, ele foi condenado pela Justiça civil a 35 anos de prisão por crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro,
enquanto a Justiça militar o condenou à prisão perpétua por homicídio voluntário e tentativa de homicídio.
Ben Ali foi militante ativo das Juventudes Socialistas, braço juvenil do PSD de Habib Bourguiba, sendo preso em 1952.
Com apenas 22 anos, foi chefe da Segurança Militar, cargo no qual se manteve durante por 16 anos e que lhe serviu para
conhecer profundamente as Forças Armadas.
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Posteriormente, estudou em centros dos Estados Unidos especializados em espionagem e contra-
espionagem e obteve o diploma de Estado Maior.
Em 1984, foi nomeado secretário de Estado de Segurança e, dois anos mais tarde, assumiu o cargo de
ministro da Segurança Nacional e Interior.
Já em outubro de 1987, virou primeiro-ministro, cargo que conciliou com o Ministério do Interior e com o
posto de secretário-geral do governante Partido Socialista Desturiano (PSD).
No mês seguinte, o então presidente Habib Bourguiba foi considerado incapaz por uma junta médica,
então Ben Ali tomou posse da Presidência, acumulando com o Ministério da Defesa.
Em abril de 1989, foi eleito presidente da Tunísia, em um pleito onde disputou como candidato único,
apoiado por todas as forças políticas, conseguindo 49,27% dos votos.
O referendo realizado em maio de 2002, apoiado pela maioria da população, permitiu uma emenda na
Constituição, assim como a reeleição de Ben Ali quando terminasse seu terceiro mandato, já que até esse
momento era permitido acumular três períodos de cinco anos no poder.
Suas vitórias eleitorais não estiveram isentas de polêmica: em todas elas superava 90% dos votos e alguns
candidatos da oposição foram descartados durante a corrida presidencial.
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Suprema Corte britânica decide que suspensão de Parlamento 
foi ilegal
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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A Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta terça-feira (24) que foi ilegal o pedido feito pelo premiê Boris Johnson para
a rainha Elizabeth II de suspender o Parlamento até poucos dias antes da data prevista para a saída britânica da União
Europeia. Johnson disse discordar totalmente da decisão.
Os 11 juízes consideraram de forma unânime que a solicitação de suspensão do Parlamento foi "ilegal, nula e sem efeito".
Anteriormente, o mais alto tribunal da Escócia já tinha considerado a suspensão ilegal.
A presidente da Suprema Corte, Lady Hale, declarou que "o efeito [da suspensão] sobre os fundamentos da democracia foi
extremo". Boris Johnson, que está em Nova York para a abertura da 74ª assembleia geral da ONU, disse discordar da
decisão judicial. “Nós vamos entregar o Brexit”, declarou ainda o premiê.
A decisão judicial dá abertura para os integrantes da Câmara dos Comuns e dos Lordes decidirem sobre os próximos passos
a serem tomados.
O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, afirmou que o Parlamento "deve se reunir sem demora". "Eu instruí as
autoridades a tomar as medidas necessárias para garantir que a Câmara dos Comuns se reúna amanhã [quarta-feira]", disse
Bercow aos jornalistas diante do Parlamento.
Já o líder do Partido Trabalhista, o deputado Jeremy Corbyn, pediu ao premiê Boris Johnson que renuncie e fez um apelo
para que o Parlamento retome suas funções imediatamente.
"Precisamos responsabilizar o governo por suas ações. Boris Johnson deveria renunciar depois de agir contra a lei", tuitou o
deputado nacionalista escocês Ian Blackford.
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Pedido à rainha
Em 24 julho, Boris Johnson, que substituiu Theresa May, chegou ao poder defendendo a saída do Reino Unido da União
Europeia em 31 de outubro com ou sem acordo, respeitando a promessa feita pelo Partido Conservador após o referendo
que decidiu pelo divórcio em 2016.
No dia 28 de agosto, o premiê pediu à rainha para suspender - ou, no termo técnico, prorrogar - o Parlamento. A decisão é,
em última instância, da monarca. Porém, ela age sob recomendação do primeiro-ministro.
À imprensa, o premiê argumentou que a paralisação era necessária para que ele pudesse apresentar uma nova pauta
legislativa.
Há duas semanas, ao ser indagado se ludibriou a rainha para que ela aceitasse suspender o funcionamento do Parlamento,
Johnson negou: "Certamente não".
A medida foi considerada autoritária pelos parlamentares, que a viam como uma manobra às vésperas de um momento em
que está sendo definido um dos processos mais conturbados e controversos da história recente do Reino Unido, que é o
Brexit.
Antes que a Casa fosse fechada, os parlamentares ainda conseguiram aprovar um projeto de lei contra a saída sem acordo
em 31 de outubro. Na prática, o projeto força o premiê a pedir uma extensão do prazo caso nenhum acordo seja fechado
até o dia 19 de outubro. Johnson afirmou, entretanto, que não pediria adiamento de prazo. O último expediente no
Parlamento aconteceu na segunda-feira (9).
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Ex-presidente francês Jacques Chirac morre aos 86 anos
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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O ex-presidente Jacques Chirac, que governou a França entre 1995 e 2007, morreu nesta quinta-feira (26) aos 86 anos.
A Assembleia Nacional fez um minuto de silêncio em sua homenagem imediatamente após o anúncio da morte feito
pelo genro do ex-presidente.
"Ele morreu cercado por entes queridos. Pacificamente ", declarou Frédéric Salat-Baroux, marido de Claude Chirac,
sem especificar a causa da morte.
Desde que sofreu um derrame, em setembro de 2005, quando ainda era presidente da França, os problemas de saúde
de Jacques Chirac se sucederam. Após deixar o Palácio do Eliseu, em maio de 2007, ele foi hospitalizado várias vezes.
Ao passar 12 anos na presidência, Chirac se tornou o chefe de Estado mais longevo no cargo depois de seu antecessor
socialista, François Mitterrand. Ele foi também duas vezes primeiro-ministro, três vezes prefeito de Paris, ministro em
diversas oportunidades, além de criador e líder do partido Reunião Pela República (RPR). Sua morte encerra um
capítulo da história da direita francesa e da V República.
Em janeiro de 2014, sua mulher, Bernadette Chirac, estimou que o marido, que sofria de “problemas de memória”,
não falaria mais em público.
A última vez que Chirac apareceu oficialmente em público foi em novembro de 2014, em um evento da fundação
Chirac ao Serviço da Paz, que ele fundou em 2008. Enfraquecido, apoiado por um segurança, ele foi muito aplaudido
quando chegou à cerimônia. Recentemente, a morte de sua filha mais velha, Laurence, aos 58 anos, o abalou
profundamente.
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História
Jacques Chirac nasceu em Paris, em novembro de 1932. Filho único, ele cresceu na Corrèze, no centro-oeste francês.
Na juventude, que teve como pano de fundo a Guerra Fria nos anos 1950, foi simpatizante do comunismo. Ele assinou o
Apelo de Estocolmo pró-URSS contra a bomba atômica. Ele chegou a estudar nos Estados Unidos e, ao retornar à França,
concluiu a trajetória clássica de estudos da elite francesa na prestigiosa Escola Nacional de Administração (ENA). Em em
1956, Chirac se casou com uma aristocrata, Bernadette Chaudron de Courcel, com quem teve duas filhas e adotou uma
terceira.
No fim da década de 1950 cumpriu o serviço militar na Argélia, onde participou nas operações militares contra os
independentistas, o que rendeu uma medalha de honra.
Sua carreira política começou no conselho municipal de Sainte-Féréole, em Corrèze, em 1965. Depois, foi eleito deputado.
Em 1967, ele passou a integrar um dos últimos governos do general De Gaulle. Como secretário do Estado para o Trabalho,
negociou com os sindicatos aumentos salariais durante os distúrbios de maio de 1968. Rumores dizem que ele comparecia
armado às reuniões com a CGT, o poderoso sindicato.
Em 1974, aos 41 anos, se tornou o primeiro-ministro de seu grande rival na direita, o presidente Valéry Giscard d'Estaing,
pró-Europa e liberal, que permitiu pouca margem de manobra para governar. Chirac renunciou ao cargo em agosto de 1976.
Adepto de um "trabalhismo à francesa", chamava Giscard e seus simpatizantes de "partido do exterior". Herdeiro
autoproclamado do general De Gaulle, Chirac fundou o próprio partido, Reunião Pela República (RPR), venceu a prefeitura
de Paris, em 1977, e disputou a presidência pela primeiravez em 1981.
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Convertido ao liberalismo dos anos Thatcher e Reagan, Jacques Chirac voltou a ser primeiro-ministro em 1986 em um governo de
"coabitação" com o presidente socialista François Mitterrand, que o derrotou com grande folga nas eleições de 1988.
Em 1995, ele foi eleito presidente pela primeira vez e, em 2002, foi reeleito para um segundo mandato, após uma eleição que marcou a
história recente francesa. Para surpresa geral, o presidente da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, chegou ao segundo turno. Chirac
concentrou, então, o apoio dos opositores da direita radical e obteve 82,21% dos votos.
Herança chiraquiana
Internacionalmente, Jacques Chirac entrou para a história como o presidente que ousou resistir aos Estados Unidos e não entrar na guerra no
Iraque em 2003. Ele também foi o primeiro presidente da República a reconhecer a responsabilidade do Estado francês na deportação dos
judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
A França da era Chirac foi um dos primeiros países desenvolvidos a apoiar a candidatura do Brasil a uma cadeira do Conselho de Segurança
da ONU. Esse apoio, aliás, foi ressaltado durante sua visita à Brasília, em maio de 2006, quando foi recebido pelo presidente Lula. Foi também
durante seu último mandato que foi realizado, em 2005, o bem sucedido "Ano do Brasil na França", que comemorou os laços históricos entre
os dois países.
Em relação a Europa, a política de Chirac é mais contrastada. Sua indefinição é apontada como responsável pelo não francês ao referendo de
2005 sobre a Constituição europeia, o que o enfraqueceu politicamente. Mas o ex-presidente também defendeu a entrada no bloco de
outros países, principalmente do leste europeu.
Condenação judicial
O ex-presidente também tem uma mancha em seu histórico político. Chirac foi o primeiro chefe de Estado francês a ter sido condenado pela
Justiça. Em 2011, depois que tinha perdido sua imunidade como presidente, ele foi condenado a dois anos de prisão, com direito a sursis, por
empregos-fantasmas quando era prefeito de Paris, entre 1977 e 1995. Já sofrendo da doença degenerativa, ele obteve autorização para não
comparecer ao tribunal.
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Prof. Leandro Signori
Maior greve em 12 anos gera caos em Paris contra reforma da 
previdência
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Prof. Leandro Signori
Os parisienses vivem uma sexta-feira caótica devido a maior greve nos transportes públicos da cidade —
a maior em 12 anos — para protestar contra a reforma da previdência preparada pelo governo do
presidente Emmanuel Macron .
Dez das 16 linhas do metrô de Paris não funcionaram nesta sexta-feira, deixando as outras seis bastante
congestionadas. As linhas de ônibus da cidade também circulavam em números reduzido, enquanto
grandes engarrafamentos de 235 quilômetros, mais que o dobro do normal, foram registrados na região
metropolitana parisiense.
Segundo o jornal Le Parisien, o requerimento legal para que o setor de transportes mantenha um nível
mínimo de serviço — legislação estabelecida após grandes greves que aconteceram em 2007 — não
estava sendo respeitado. Profissionais como advogados, funcionários de companhias aéreas e do setor de
saúde convocaram mais paralisações para a segunda-feira.
Esta greve é a primeira grande mobilização contra o plano de Macron de implementar um sistema de
previdência "universal". Os funcionários do metrô de Paris, assim como os trabalhadores de outras
atividades consideradas difíceis ou perigosas, perderiam os benefícios associados a seus regimes
especiais, que atualmente permitem, por exemplo, a aposentadoria antes do resto da população.
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Prof. Leandro Signori
O Tribunal de Contas calculou que a idade média para a aposentadoria daqueles que trabalham no sistema público de
transportes da capital francesa em 2017 era 55 anos, enquanto o resto dos trabalhadores franceses se aposenta, em média,
aos 63. O benefício foi negociado há décadas pelos sindicatos para compensar os funcionários que realizam longas jornadas
debaixo do solo.
— Esta não é uma greve de privilegiados, mas sim uma greve de trabalhadores que afirmam "queremos nos aposentar com
uma idade razoável e em condições razoáveis" — disse Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, um dos principais
sindicatos da França, à rádio FranceInfo.
A reforma da previdência é uma promessa de campanha de Macron, que se comprometeu a eliminar os 43 "regimes
especiais" de aposentadoria e a criar um sistema "universal" com o uso de pontos, no qual "1 euro de contribuição concede
os mesmos direitos" para todos os franceses. A implementação deste modelo removeria as pensões mais vantajosas para
profissionais de diversas áreas, como marinheiros e trabalhadores da Ópera de Paris.
Diante do projeto potencialmente explosivo, o governo diz que busca enfrentar a situação com calma. O plano do Palácio
do Eliseu é que o Parlamento vote a medida no início do ano que vem.
— Levaremos todo o tempo necessário para abordar a reforma das aposentadorias, antes de uma votação prevista para
2020 — afirmou o primeiro-ministro Edouard Philippe.
A paralisação é a maior no setor de transportes de Paris desde 2007 , quando o ex-presidente Nicolas Sarkozy apresentou
uma reforma previdenciária que aumentou a idade de aposentadoria da maioria dos funcionários públicos.
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Prof. Leandro Signori
'Soluções alternativas'
Em meio à dimensão da greve, a Autoridade Autônoma de Transportes de Paris (RATP) pediu na quinta-
feira aos moradores que saíssem de casa apenas em caso de extrema necessidade e anunciou " soluções
alternativas de mobilidade ", que incluem o uso gratuito limitado de motos ou bicicletas elétricas de livre
serviço, subsídios a quem compartilhar o carro ou estacionamento pela metade do preço.
Dié Sokhonadu, 25 anos, esperou em vão em uma plataforma da linha 12, que atravessa Paris de norte a
sul, mas nenhum trem da linha estava em circulação. "Sem metrô, terei que voltar para casa", disse o
operário, que trabalha na reforma da catedral de Notre-Dame, no centro de Paris.
Para evitar o caos, muitos franceses optaram por trabalhar em casa. "Não queria perder tempo tentando
pegar o metrô, minha linha está fechada", declarou à AFP Anne-Sophie Viger, executiva em uma empresa
de seguros.
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Prof. Leandro Signori
Partido conservador vence eleição antecipada na Áustria
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
Prof. Leandro Signori
O Partido Popular (ÖVP), liderado pelo ex-chanceler federal Sebastian Kurz, venceu as eleições legislativas
antecipadas na Áustria, neste domingo (29.set.2019). A sigla conservadora obteve 37,1% dos votos, uma
vantagem de mais de 15 pontos percentuais sobre o Partido Social-Democrata (SPÖ), que limitou-se em
21,8%.
O resultado confirmou as pesquisas de intenção de voto, que apontavam uma vitória clara do premiê,
porém seu triunfo foi mais amplo do que o previsto. Por sua vez, o populista de direita Partido da
Liberdade da Áustria (FPÖ), que governava em coalizão com Kurz, despencou 10 pontos percentuais em
relação ao pleito de 2017, ficando com apenas 16% das urnas. Seu líder, Norbert Hofer, já declarou estar
se “preparando para fazer oposição”.
Os Verdes conquistaram 13,9% dos votos, o que lhes permitirá retornar ao Conselho Nacional. Especula-
se que a legenda possa ser a próxima parceira de coalizão do ÖVP. Na votação de 2017, após a renúncia
de sua líder e disputas internas, o partido ambientalista não alcançou o mínimo de 4% dos votos. Por
último, o econômico-liberal Neos obteve 7,8%, enquanto a lista JETZT ficará de fora do parlamento federal
austríaco.
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Prof. Leandro Signori
Deixando populistas de direita para trás
O democrata-cristão ÖVP foi o principal beneficiário da perda de votos dos ultradireitistas, abalados por um escândalode
corrupção que forçou a renúncia de seu então líder, Heinz-Christian Strache. O ex-vice-chanceler federal foi filmado
secretamente em 2017 na turística ilha de Ibiza, quando oferecia favores políticos a uma falsa milionária russa em troca de
doações ilegais para sua campanha eleitoral.
O escândalo detonou a coalizão ÖVP-FPÖ. O partido de extrema direita vingou-se, lançando propondo uma moção de
censura que catapultou o premiê do cargo e forçou as atuais eleições. Tendo permanecido apenas 17 meses, Kurz se tornou
o chefe de governo austríaco com o mandato mais breve, desde a 2ª Guerra Mundial. Agora, contudo, salvo surpresas, ele
estará de volta à Chancelaria Federal em Viena.
Com 33 anos, Sebastian Kurz deixou de ser uma promessa da política austríaca para se tornar a principal referência da
centro-direita no país. Ex-secretário de Estado e ex-ministro do Exterior, ele comanda o ÖVP desde 2017, quando
reorganizou o partido e lhe garantiu 31,7% dos votos, o maior resultado eleitoral de sua história, até então, superado no
atual pleito em 5,6 pontos percentuais.
O provável novo chanceler federal é, ao mesmo tempo, o político mais popular e mais odiado da Áustria. Celebrado por
seus eleitores como jovem estrela que vai modernizar o país, Kurz é visto pela oposição como sedento de poder e
inescrupuloso.
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Prof. Leandro Signori
Parlamento da Áustria rejeita acordo UE-Mercosul
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Prof. Leandro Signori
O Parlamento da Áustria rejeitou na quarta-feira (18) aprovar o acordo comercial entre a União Europeia e
o Mercosul, de acordo com a Reuters, obrigando o governo local a votar contra a proposta perante o
Conselho Europeu. A decisão é um novo e sério entrave à entrada em vigor do acordo, que precisa da
aprovação de todos os 28 países membros da UE.
A França já havia se manifestado contra o acordo em agosto, quando escritório do presidente
francês, Emmanuel Macron, acusou o presidente Jair Bolsonaro de ter mentido durante o encontro
do G20 em Osaka, no Japão, em junho ao minimizar as preocupações com o a mudança climática.
Fechado em junho deste ano, depois de mais de 20 anos de negociação – mas ainda dependendo da
aprovação do parlamento dos países envolvidos –, o acordo comercial UE-Mercosul prevê, segundo os
europeus, a implementação efetiva do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, que inclui, entre
outros assuntos, combater o desmatamento e a redução da emissão de gases do efeito estufa.
Segundo o ministério da Economia, o acordo poderá representar um aumento do PIB brasileiro de US$
87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a "redução das barreiras
não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos dos fatores de produção".
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Prof. Leandro Signori
Bloqueio pode ser revertido?
De acordo com a Reuters, o governo brasileiro analisa com cautela otimista a decisão do parlamento austríaco, e avalia que
ainda há tempo até que o acordo precise ser efetivamente ratificado e a posição austríaca pode ser revertida.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a avaliação feita até agora é que sempre haverá gente a favor e contrária ao
acordo e qualquer discussão sobre a ratificação é prematura, já que essa etapa precisaria de, no mínimo, mais um ano e
meio para ser iniciada, possivelmente mais.
As fontes lembram que a Áustria passará por novas eleições legislativas daqui a 10 dias. "A moção é boa para a campanha
legislativa. O acordo com Mercosul nunca foi muito popular por lá", diz um diplomata que acompanha o tema.
A eleição legislativa pode mudar a composição do governo e uma nova moção ser votada. Além disso, o processo ainda está
longe de chegar ao ponto de precisar ser ratificado pelos Parlamentos locais. A Áustria precisaria também rejeitar a
ratificação do acordo quando chegasse o momento.
O risco maior seria outros países europeus, insatisfeitos com o acordo, adotarem o mesmo comportamento. Luxemburgo já
teria indicado que pode também não aprovar o seguimento do acordo, por exemplo. "O risco é se criar um precedente a ser
seguido", disse uma das fontes.
O tempo, no entanto, corre a favor do acordo. Até a fase de ratificação do acordo, sul-americanos e europeus favoráveis ao
acordo podem trabalhar para convencer a Áustria a voltar ao acordo. A porta-voz da Comissão reforça essa linha de
raciocínio. "Basicamente, a ratificação ainda não começou. Acho que esse é um aspecto importante a ser lembrado", disse.
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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Presidente do Peru determina dissolução do Congresso, que reage e 
dá posse à vice
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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O Peru mergulhou em uma grave crise constitucional ontem com a decisão do presidente Martín Vizcarra de
dissolver o Congresso unicameral do país, dominado pela oposição fujimorista, e convocar eleições antecipadas
para 26 de janeiro de 2020, depois que os parlamentares se recusaram a modificar o processo de escolha dos
juízes do Tribunal Constitucional , a Suprema Corte peruana.
Em resposta, o Congresso aprovou a suspensão temporária por 12 meses do presidente por “incapacidade
moral”, com os votos de 86 dos 130 deputados da Casa. Logo em seguida, os legisladores deram posse à vice-
presidente Mercedes Aráoz como chefe de Estado interina, deixando o país com dois mandatários.
— Estou buscando dar uma solução democrática e participativa a um problema que o país vem arrastando há três
anos, dando fim a este impasse político que impede que o Peru cresça ao ritmo de suas possibilidades —
justificou Vizcarra em pronunciamento na TV em que anunciou sua decisão. — Que esta medida excepcional
permita que os cidadãos finalmente se expressem e definam nas urnas e mediante sua participação o futuro de
nosso país.
Os congressistas responderam apresentando moção de vacância da Presidência por "incapacidade moral" do
chefe de Estado. Em votação ainda na noite desta segunda, o Parlamento aprovou com 79 votos a admissão do
processo de vacância.
O rito prevê nova apreciação do tema da vacância de três a dez dias após a admissão. Vizcarra poderá fazer sua 
defesa pessoalmente no Parlamento em discurso de no máximo 60 minutos antes da votação da votação da 
vacância em si, que necessita de maioria qualificada de dois terços da Casa, ou 87 dos 130 congressistas, para ser 
aprovada. Nesta segunda, Vizcarra recebeu apoio das cúpulas das forças armadas e da polícia do Peru.
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Em paralelo, os parlamentares aprovaram com 86 votos a favor outra moção que declara a incapacidade
temporária do presidente e sua suspensão do cargo por 12 meses. Logo em seguida, o presidente da Casa, Pedro
Olaechea, ordenou a comunicação imediata ao chefe de Estado "suspendido" e à vice-presidente Mercedes
Aráoz, para sua devida implementação. Aráoz já vinha se distanciando de Vizcarra.
Enquanto isso, dezenas de policiais cercavam o Parlamento. Alguns deles entraram no prédio e se posicionaram
na porta do plenário, onde permaneciam parlamentares que se opunham à ordem de dissolução, em especial do
bloco direitista Força Popular, de Keiko Fujimori.
— Os atos de Martín Vizcarra mostram conduta imoral. É por isso que solicitamos que a declaração permanente
de incapacidade moral do presidente seja processada — afirmou a parlamentar fujimorista Jenny Vilcatoma.
Vizcarra busca evitar que o atual Parlamento, dominado pela oposição da Força Popular, indique quase a
totalidade do Tribunal Constitucional. Candidata derrotada nas eleições presidenciais de 2016 e filha do ex-
presidente Alberto Fujimori, Keiko está presa e sob investigação por sua ligação com o escândalo de corrupção
envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.
Mais cedo, o primeiro-ministro do Peru, Salvador del Solar, havia apresentado pedido de votação de uma
chamada "questão de confiança" quanto a projeto enviadoao Congresso pelo presidente para alterar o processo
de escolha dos integrantes do Tribunal Constitucional. Embora tal escolha seja uma atribuição regular do
Parlamento, segundo Vizcarra, a intenção de seu projeto é deixar esta escolha mais transparente. Na prática,
porém, sua apreciação forçaria uma interrupção do atual processo de substituição dos integrantes da Alta Corte.
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Vizcarra decidiu pela manobra do voto de confiança depois de ver proposta sua de antecipar para o
ano que vem as eleições gerais previstas para 2021 engavetada pelo Congresso. O mandatário acusa o
Parlamento dominado pela oposição de bloquear seu trabalho com sucessivas interpelações a seus
ministros e pressão para renúncia de integrantes do Gabinete.
O que diz a Carta
Pela Constituição peruana, um presidente pode fechar o Congresso e convocar novas eleições
legislativas se o Parlamento rechaçar duas vezes o governo por meio do mecanismo constitucional da
“questão de confiança”, negando respaldo a seu gabinete ministerial, a um projeto de lei ou política
governamental.
Segundo o presidente, essa confiança já havia sido negada duas vezes anteriormente quando o
Parlamento rechaçou projetos de reforma política por ele apresentados este ano, e novamente o foi
agora, de maneira "fática", com o início pelo parlamentares, ainda nesta segunda-feira, da escolha dos
novos integrantes do Tribunal Constitucional, mesmo sob ameaça de dissolução.
Houve marchas em diversas cidades peruanas em apoio a Vizcarra, que substituiu o presidente Pedro
Pablo Kuczynski quando este renunciou em 2018, no rastro do escândalo Odebrecht no país. Desde
então, Vizcarra abraçou a luta contra a corrupção.
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Pela manhã, em desafio a Vizcarra, a Casa aprovou com 87 votos o nome de Gonzalo Ortiz de Zevallos Olaechea, primo do
presidente do Parlamento, Pedro Olaechea, para integrar a Corte Suprema. Já Manuel Sánchez Palacios, com 73 votos a
favor, seis contra e 13 abstenções, fracassou em obter a aprovação mínima de 87 parlamentares, ou dois terços dos 130
assentos do Legislativo. Olaechea anunciou, então, que o processo continuaria nesta terça com a avaliação de mais sete
postulantes ao Tribunal Constitucional do país.
Para complicar ainda mais um dia já confuso, mais tarde, enquanto Vizcarra anunciava a decisão de dissolver o Congresso,
os parlamentares davam o voto de confiança no governo por 50 a 31 (e 13 abstenções) e suspendiam a escolha dos juízes
da Corte Suprema.
A última vez que um presidente do Peru fechou o Congresso foi em 1992, quando Alberto Fujimori alegou obstrução a
temas de segurança e economia e deu um autogolpe com apoio das Forças Armadas. Seus opositores, no entanto, afirmam
que ele fez isso para barrar investigações de corrupção.
O escândalo da Odebrecht também atingiu quatro ex-presidentes do Peru: Pedro Pablo Kuczynski, conhecido pela sigla PPK
e que cumpre prisão domiciliar; Alejandro Toledo (2001-2006), que aguarda decisão sobre sua extradição dos EUA para
responder a processo relativo ao caso em seu país; Ollanta Humala (2011-2016), que aguarda a conclusão de seu processo
em liberdade após a promotoria do Peru pedir pena de 20 anos de prisão; e Alan García (1985-1990 e 2006-2011), que se
suicidou em abril passado antes de ser preso preventivamente por envolvimento no escândalo.
Vizcarra, que era vice-presidente de PPK, assumiu o poder para completar o mandato original da chapa, que vai até 2021,
mas que também seria encurtado caso o Congresso tivesse aceito sua proposta de antecipar as eleições. Pela legislação
peruana, ele está impedido de tentar a reeleição.
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Argentina limita compra de dólares para conter desvalorização 
do peso
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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O governo da Argentina lançou neste domingo ontem (9) uma série de restrições cambiais para conter a alta do dólar e a
fuga de capitais, numa tentativa de recuperar a estabilidade financeira do país após três semanas de fortes turbulências na
economia que resultaram em uma desvalorização acentuada do peso argentino.
O país limitou a compra de dólares por pessoas físicas e ordenou que as empresas estrangeiras liquidem no mercado local
as divisas obtidas em transações externas, em meio a uma série de medidas válidas até 31 de dezembro.
Cada pessoa física poderá comprar no máximo 10 mil dólares por mês. Para somas que excedam esse valor será necessária
autorização prévia. Não haverá limites para retiradas em dólares de contas bancárias de pessoas físicas, e não serão
impostas restrições a turistas.
O limite de 10 mil dólares por mês também é válido para as transferências para contas no exterior. Em setembro, os bancos
foram autorizados a estender o horário de atendimento para melhor absorver o impacto das medidas.
Segundo um comunicado do Banco Central, as diretivas "estabelecem parâmetros no mercado cambial que têm como
objetivo manter a estabilidade do câmbio".
O decreto assinado pelo presidente Mauricio Macri, publicado no do Diário Oficial, determina que as medidas entrassem
em vigor nesta segunda-feira (2), quando as operações financeiras fossem retomadas.
O decreto assinado pelo presidente Mauricio Macri, publicado no do Diário Oficial, determina que as medidas entrassem
em vigor nesta segunda-feira (2), quando as operações financeiras fossem retomadas.
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Na semana passada, o ministro das Finanças, Hernán Lacunza, já havia anunciado uma série de medidas para tentar
prolongar os prazos de pagamento das dívidas a credores privados e ao Fundo Monetário Internacional. As ações do
governo, cujo objetivo era preservar as reservas do Banco Central, foram consideradas por vários analistas como uma
espécie de moratória.
As restrições foram impostas após o chamado "agosto negro" para os mercados, deflagrado pela vitória do oposicionista
Alberto Fernández, candidato presidencial da aliança Frente de Todos, nas eleições primárias para a Presidência, com
47,78% dos votos contra 31,79% de Macri. O resultado gerou pânico entre muitos investidores e desencadeou a alta do
dólar, que chegou a aumentar 35,8%.
Na semana passada, o valor do peso caiu 7,05%, fechando a sexta-feira em 61,55 pesos para 1 dólar, em meio a
intervenções do Banco Central de mais de 300 milhões de dólares diários que não conseguiram estancar a queda da moeda
argentina. Para Lacunza, as novas medidas tendem a estabilizar a cotação até o término do mandato de Macri, no dia 10 de
dezembro.
Na história recente, os argentinos já atravessaram medidas semelhantes de restrição cambial. Durante o governo da ex-
presidente Cristina Kirchner (2007 a 2015), os argentinos foram obrigados a solicitar autorização para comprar dólares e
realizar transferências para fora do país, além da imposição de uma taxa adicional sobre a compra de cartões de crédito no
exterior. Com essas medidas, o país viu surgir um mercado paralelo à moeda oficial.
Na época, as restrições foram criticadas por Macri, que agora se viu forçado a impor medidas semelhantes, as quais podem
gerar abalos à sua popularidade e colocar em risco a sua reeleição nas eleições de outubro.
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3 pontos que chamam atenção no relatório da OMS sobre suicídio
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou nesta segunda-feira (9) um relatório com informações 
de 183 países sobre suicídio. O material indica que, em 2016, a taxa global foi de 10,5 para cada 100 mil 
habitantes. O Brasil ficou abaixo da média: 6,1 para cada 100 mil habitantes. 
Esses números correspondem às “taxas ajustadas à idade”, uma ponderação matemática que considera as 
composições das populações dos diferentes países – se elas, no geral, são mais velhas ou mais novas.Isso 
permite compará-las entre si de forma mais precisa. 
De acordo com os números da OMS, uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio ao redor do 
mundo. A entidade também lançou um manual de informações para prevenção. Esse texto destaca que, 
para cada morte por suicídio, há outras 20 tentativa
800 mil pessoas morreram por suicídio no mundo em 2016 
O relatório com dados de 183 países destaca que, “no geral, a média global de taxa de suicídio está em 
declínio”. “Mas isso não é observado em todos os países do mundo.” Entre 2010 e 2016, as taxas caíram 
4% no Sudeste da Ásia, onde fica a Índia, por exemplo, e 20% na região do Oeste do Pacífico, que inclui 
países como Austrália, Japão e Nova Zelândia. Mas houve alta de 6% nas Américas. 
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O relatório foi lançado um dia antes do Dia de Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro. A data foi criada em 2003 pela
International Association for Suicide Prevention, junto à campanha do Setembro Amarelo. Durante todo o mês, essa campanha
busca chamar atenção para a questão do suicídio. No Brasil, o Setembro Amarelo é encampado desde 2015 pela entidade
filantrópica Centro de Valorização da Vida, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria. O
governo federal também lança relatórios e ações sobre suicídio durante o mês. O relatório da OMS destaca a necessidade de se
continuar a adotar medidas para lidar com a questão.
Países desenvolvidos têm as maiores taxas
Os países com renda baixa e média respondem por 79% dos suicídios no mundo, mas isso se deve principalmente à sua enorme
população, 84% da total. Se a comparação for feita proporcionalmente à população dos países, a taxa é maior onde a renda é
alta. Nesses países desenvolvidos, a média em 2016 foi de 11,5 suicídios para cada 100 mil habitantes, segundo a taxa ajustada à
idade. Na Europa, continente que concentra muitos países ricos, a taxa de suicídio foi de 12,9 para cada 100 mil habitantes. Na
África, região que fica acima da média de países com baixa renda, foi de 12 para cada 100 mil habitantes. Nos países mais ricos,
há um número cerca de três vezes maior de homens que se matam do que de mulheres. Nos países de renda média e baixa, os
números entre os dois gêneros são mais próximos.
2 Segunda principal causa de morte entre jovens
Mais da metade (52,1%) dos suicídios ocorreram antes dos 45 anos. O suicídio foi a segunda maior causa de morte entre jovens
com entre 15 e 29 anos no mundo em 2016, atrás apenas de acidentes de trânsito
Entre jovens meninas de 15 a 19 anos, o suicídio é a segunda principal causa de morte, assim como o grupo mais amplo, dos 15
aos 29 anos, atrás apenas de complicações na gravidez e no parto. Entre meninos de entre 15 e 19 anos, o suicídio é a terceira
principal causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito e violência interpessoal.
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Recomendações para evitar o suicídio
Uma das principais medidas recomendadas pela OMS para lidar com o problema é restringir acesso aos
meios usados para o suicídio, como os agrotóxicos, por exemplo. A ingestão do veneno usado na
agricultura está entre os principais meios usados por quem se suicida, ao lado das armas de fogo e do
enforcamento. “A principal intervenção com o maior potencial de reduzir o número de suicídios é
restringir o acesso a agrotóxicos usados para autoenvenenamento”, diz o relatório. A OMS cita um estudo
que indicou que, no Sri Lanka, uma série de proibições a agrotóxicos poupou 93 mil vidas entre 1995 e
2015.
Na Coreia do Sul, a proibição do agrotóxico paraquat reduziu pela metade os suicídios por
envenenamento por agrotóxicos entre 2011 e 2013. Outras medidas citadas são implementar programas
entre jovens para “construir habilidades vitais que os ajudem a lidar com estresses da vida”. E identificar
pessoas com risco de suicídio, ajudá-las e acompanhá-las. Se você precisa de ajuda, é possível entrar em
contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo telefone 188 ou no site www.cvv.org.br
(www.cvv.org.br).
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Dorian: os recordes do furacão que devastou as Bahamas e 
ameaça a Flórida
Atualidades – Retrospectiva Setembro 2019
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O furacão Dorian chegou às Bahamas neste domingo e causou uma terrível destruição, deixando casas debaixo d'água,
carros virados e linhas de energia derrubadas.
O furacão - o mais intenso deste ano - atingiu o pico da escala Saffir-Simpson (que chega a 5) neste domingo, pouco antes
de atingir as Ilhas Ábaco, no nordeste do arquipélago.
Apesar de ter tocado o chão, a intensidade do furacão continuou a subir. A força dos ventos às 21h GMT no domingo atingiu
297 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).
O furacão Dorian deixou muitas pessoas desabrigadas nas ilhas Ábaco e, nesta segunda-feira (2/9), rumava a oeste. Com a
aproximação do furacão dos Estados Unidos, Carolina do Sul e Geórgia determinaram a evacuação obrigatória de centenas
de milhares de residentes ao longo de suas costas.
O deslocamento de Dorian se desloca lentamente , a apenas 7 km/h, o que implica em um dano potencial maior, já que os
ventos fortes permanecem sobre a região por mais tempo.
Segundo o NHC, isso pode levar a uma "destruição extrema".
Meteorologistas dizem que algumas das características do furacão Dorian já o deixam entre os "mais intensos e
potencialmente catastróficos" já registrados.
Não há consenso entre os cientistas sobre que fatores medir para determinar quais são os piores furacões: velocidade do
vento, tamanho, quantidade de chuva, pressão barométrica, danos materiais ou humanos, Mas o fato é que Dorian já
superou, em termos técnicos, alguns furacões de outras estações.
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O mais intenso dos tempos modernos a tocar terras no Atlântico
Em 1935, um furacão havia estabelecido um recorde que nunca havia sido alcançado - até domingo (1/9).
O furacão surgiu na mesma época do ano e foi batizado Dia do Trabalho (que se comemora em setembro nos Estados
Unidos), devido ao dia em que chegou ao país.
O furacão registrou a maior velocidade de seus ventos máximos sustentados quando atingiu o solo: 295 km/h.
Depois de 84 anos, Dorian empatou: quando chegou às ilhas Ábaco, nas Bahamas, ele tinha a mesma velocidade dos
ventos.
O mais intenso a chegar ao noroeste do Caribe
Antes de tocar o solo nas Ilhas Ábaco, Dorian também atingiu Elbow Cay, nas Bahamas, com ventos máximos sustentados
de 289 km/h.
Segundo o NHC, essa é a maior força de um furacão a tocar o arquipélago na história moderna.
De fato, desde que se começaram os registros, nunca um furacão de categoria 5 havia atingido as Ilhas Ábaco.
Bahamas não recebia um furacão desde 2017, quando Maria e Irma deixaram pequenos danos.
O recorde anterior para o noroeste do Caribe havia sido deixado por Irma, que atingiu Barbuda, San Martin e Ilhas Virgens
Britânicas com ventos de 289 km/h.
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Uma energia descomunal
Os furacões geram mais energia em sua trajetória do que centenas de bombas atômicas juntas: isso é conhecido como Energia
Ciclônica Acumulada (ECA), um dos índices que os cientistas levam em consideração para estimar o possível impacto.
No final de cada temporada, os especialistas também consideram os registros de cada furacão para estimar a quantidade de
energia gerada.
Mas Dorian, até domingo, já tinha gerado mais ECA do que todos os ciclones que se formaram durante toda a temporada de
furacões no Atlântico de 1983.
E, de acordo com o meteorologista Philip Klotzbach, da Universidade Estadual do Colorado, ele também vai superar, antes de
terça-feira, a quantidade de energia gerada durante toda a temporada de furacões no Atlântico de 1977.
Entre os piores desde 1980
Quando o avião de reconhecimento

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