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FACULDADE DE ENSINO MINAS GERAIS Autoria : Débora Samyra Mendes Santos CPF 14651389600 Discente da instituição FACEMG matrícula 0150003464 Trabalho de autoria própria, entregue a disciplina de Teoria Geral do processo Penal referente nota do 5° período do curso de Direito. Teoria Geral do processo Penal Sobre a pretensão punitiva e a lide penal O processo penal é o procedimento estatal para punir o infrator. O direito penal é ramo de direito de público, sendo assim o direito de punir se mantém com o estado, sendo subjetivo e abstrato, pois o direito de punir só se torna concreto quando o indivíduo pratica o ato ilícito, até então o mesmo permanece inerte. O direito penal é uma evolução da sociedade, assim como o poder de punir, que já pertenceu ao particular com a autotutela, mas hoje o Estado assume esse papel, a partir desse ponto entra a discussão sobre a lide penal, direito de punir e direito de liberdade e processo penal. O poder estatal de punir está definido desde a Constituição Federal de 1988, assim como algumas pretensões como a prisão desde o transitado em julgado, apesar disso o direito a liberdade também está assegurado na constituição, mas temos aqui um julgamento de valores. Em seu sentido estrito no dicionário brasileiro, lide significa conflito, labuta, luta, combate, no direito penal a parte majoritária da doutrina diz que a lide é tratada como o conflito de interesses entre o direito de punir do Estado e o direito de liberdade do acusado quando ocorrido o ato ilícito, nada mais é que de fato uma luta entre defesa e acusação de lados oposto requerendo pretensões distintas. Temos a parte contrária da doutrina que defende a lide como parte ocasional do processo, dizendo que a mesma não é essencial e não está sempre presente ao contrário da pretensão, sendo comum não haver consenso entre as partes e que a resistência do réu é irrelevante, não existindo aqui essa luta, por fim o fato do réu confessar a autoria demonstra aqui sua não resistência acabando com a lide. Como já falado anteriormente o direito de punir pertence somente ao Estado, não sendo possível a aplicação de pena pelo particular, e se ocorrido a mesma pode ser punida, tal poder do estado é assegurado pelo devido processo legal e seguindo as ordem do direito penal e processual penal para procedimentos e acusação. Conforme CF/88 e o princípio da legalidade ‘’não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem prévia cominação legal.” Esse direito de punir passou por um constante evolução, vários teóricos defendem que para se conhecer um país é necessário se conhecer o Direito penal deste, atualmente esse direito de punir é estrito a lei, sendo vedada pena perpétua, de morte e tortura. O direito a liberdade é um um direito constituído no artigo quinto da CF/88 instituindo a toda pessoa humana que habita o país, assegurando o direito de ir vir pleno, no entanto as penas privativas de liberdade ‘’ameaçam’’, esse direito quando encarceram . Temos como importante figura protetora do direito á liberdade o Habeas corpus, protegendo esse direito de ir vir, uma importante curiosidade é que esse processo pode ser postulado pelo próprio impedido, facilitando ainda mais o acesso o direito á liberdade. È inevitável dizer que não existe conflito entre esses dois direitos, o de punir do estado e o de liberdade individual, no entanto é feito um juízo de valores e de direito no caso do processo penal, a restrição de liberdade é a consequência por cometer ato ilícito, sendo uma das formas do estado exercer a jurisdição e manter a ordem, ao cometer um homicídio o agente se torna julgado ponda o seu direito a liberdade como menos valoroso ao direito a vida da vítima, assim como outros casos, onde o direito da sociedade ali é respaldado ao invés do infrator. Esse conflito só pode ser resolvido por um juiz, aqui representando o Estado com ente estatal e detentor do monopólio da jurisdição, o direito de punir do estado só se sobressai ao direito da liberdade quando o indivíduo for julgado por tal fato, não tratando aqui mais profundamente do instituto da prisão preventiva ou da prisão em flagrante, seguindo o princípio do indubio pro réu, que significa a favor do réu sempre tendo a princípio sua inocência, o estado só exercerá seu poder de punir quando comprovado o contrário através da investigação e julgamento. O processo penal tanto um instrumento de pretensão estatal, assim como instrumento de garantia do cidadão. A pretensão do estado, como já dita anteriormente só pode ser implementada através do devido processo legal, seguindo todas as diretrizes procedimentais e processuais contidas nos códigos vigentes no país, o processo penal é a definitiva efetivação da pretensão de punir, concretizando para o mundo externo aquele direito antes genérico e abstrato. Além de se direcionar para o Estado, o processo penal também tem seu viés voltado para o respaldo das garantias do cidadão, seja ele a vítima o agente infrator, garantido a vítima o cumprimento da jurisdição e justiça e a todos uma prisão e condenação justa não diferenciando características pessoais mas atingindo a todos.
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