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SANEAMENTO CURSO: ENGENHARIA CIVIL PROFESSORA: GISELA DE SOUSA RIBEIRO SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO AULA 07 Esgoto sanitário • ORIGEM E DESTINO • CONTRIBUIÇÕES INDEVIDAS • CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO ESGOTO SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO • SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO – COLETA • PARTES DO SITEMA • REDE COLETORA • INTERCEPTORES E EMISSÁRIOS • SIFÕES INVERTIDOS E PASSAGENS FORÇADAS • ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO • ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO • CORPO RECEPTOR TRATAMENTO DE ESGOTO •COMPOSIÇÃO DO ESGOTO SANITÁRIO: •99,9% água •0,1% sólido => 75% matéria orgânica em decomposição. •MICRORGANISMOS HETERÓTROFOS; AERÓBIOS, ANAERÓBIOS E FACULTATIVOS ESGOTO MATÉRIA ORGÂNICA MICRORGANISMOS DECOMPOSITORES AERÓBIOS FACULTATIVOS ANAERÓBIOS DBO – DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO • DBO (Definição): Quantidade de oxigênio requerida por microrganismos aeróbios para a oxidação de compostos orgânicos presentes na fase líquida. • Importância Sanitária: Avaliação da eficiência de sistemas de tratamento de esgotos sanitários e efluentes industriais • O teste de DBO é feito com amostras a 20ºC e encubado por 5 dias então tem-se o DBO5, e sua relação com a DBO total é: DBO5 ≈ 0,67 DBOu • DBO5 esgoto = 300mg/l OD – OXIGÊNIO DISSOLVIDO É a quantidade de oxigênio diluído existente em um rio. Variável de acordo com a temperatura e altitude; • OD=4,0mg/l mínimo para a sobrevivência de animais • OD=14,0mg/l é um valor ótimo. Nível do mar e temperatura 0ºC • OD=6,0 mg/l valor péssimo. Alta altitude e temperatura 30ºC. O OD pode aumentar com a movimentação da água TIPOS DE TRATAMENTO DE ESGOTO • FOSSAS SÉPTICAS E SUMIDOUROS • SISTEMA DE LODO ATIVADOS • LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO FOSSAS SÉPTICAS • Quando não há disponibilidade de uma rede de esgoto pública, torna-se obrigatório o uso de instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuais. Pelo REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA- Decreto nº 16.300 de 31/12/1932. • Os despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças. Cerca de 50 tipos de infecções podem ser transmitidas diretamente via excretas humanas(Ex.: febre tifóide, cólera, disenteria, hepatite infecciosa, dentre outras) FOSSA SÉPTICA • As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas. Existem vários tipos de fossas, alguns já patenteados. • Fisicamente consistem basicamente em uma caixa impermeável onde os esgotos domésticos se depositam. • As fossas sépticas têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nas águas de esgoto, descarregando-a no terreno, onde o se completará o tratamento. • -A altura mínima do líquido no interior da fossa para garantir a ação neutralizante das bactérias é de cerca de 1,20 m. FOSSA SÉPTICA: Funcionamento • Nas fossas, as águas servidas sofrem a ação de bactérias anaeróbicas, ou seja, microrganismos que só atuam sem a presença de oxigênio. • Durante a ação desses microrganismos (em grande parte presentes nos próprios resíduos lançados), parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou em substâncias solúveis, que dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas e lançadas no terreno. Fossa séptica: funcionamento • Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e forma-se na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias insolúveis e mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das bactérias. • Como resultado há a destruição total ou parcial de organismos patogênicos. Fossa séptica: corte Fossa séptica: planta Sistema de Lodo Ativado • O processo de tratamento por Lodos Ativados é estritamente biológico e aeróbio; • O afluente e o lodo ativado são misturados intimamente, agitados e aerados, após este procedimento, o lodo formado é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado, sendo este último descartado. CONCEITO DO PROCESSO DO LODO ATIVADO RECIRCULAÇÃO DE PARTE DO LODO Remoção da matéria orgânica SISTEMA DE LODO ATIVADO • É um processo biológico onde o esgoto afluente, na presença de oxigênio dissolvido, agitação mecânica e pelo crescimento e atuação de microrganismos específicos, forma flocos denominados lodo ativado ou lodo biológico. • Essa fase do tratamento objetiva a remoção de matéria orgânica biodegradável presente nos esgotos. • Após essa etapa, a fase sólida é separada da fase líquida em outra unidade operacional denominada decantador. • O lodo ativado separado retorna para o processo ou é retirado para tratamento específico ou destino final. Lodo ativado: Sistema convencional FASES DO TRATAMENTO • TRATAMENTO PRELIMINAR E PRIMÁRIO - (processo mecânico ou físico) para retirar o material particulado em suspensão; • TRATAMENTO SECUNDÁRIO - (processo biológico) para remoção da carga orgânica solúvel presente; • TRATAMENTO TERCIÁRIO - (processo químico) para reduzir a DBO, os nutrientes, os patógenos e as substâncias tóxicas. TRATAMENTO PRELIMINAR • Gradeamento; • evitar abrasão nas bombas e tubulações; • evitar obstrução em tubulações; • facilitar o transporte do líquido. • Triturador; • Caixa de Areia: • evitar abrasão nas bombas e tubulações; • evitar obstrução em tubulações; • facilitar o transporte do líquido. • Caixa de gordura TRATAMENTO PRIMÁRIO Objetivos • Remoção da matéria orgânica decantável, (30 a 50% dos sólidos em suspensão); • Remoção da escuma que flutua para a superfície. Composto por • Sedimentação Primária; • Flutuação com ar dissolvido; • Coagulação química. TRATAMENTO PRIMÁRIO DECANTADORES PRIMÁRIOS • Os sólidos vão para o fundo do tanque pela ação da gravidade, e são removidos. • Estes sólidos são chamados de lodo primário Eficiência de Remoção • 60 % de sólidos suspensos (S.S.); • 35 % de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) TRATAMENTO SECUNDÁRIO • São os tanques aerados: ocorre a adição de ar no esgoto e passam a atuar as bactérias aeróbias. • DECANTADORES SECUNDÁRIOS: • Os sólidos são retirados por sedimentação e também os que ficam suspensos. • Chamados Lodo secundário. Constituído por sólidos não biodegradáveis e principalmente por massa bacteriana que cresce no reator. Tratamento terciário • Eventual desinfecção FASE SÓLIDA • Lodos primário e secundário vão para os adensadores, passam por processo de desidratação. • O sólido é chamado de “torta” é descartado • O líquido volta para o sistema. LODO ATIVADO: Características • Alta eficiência de remoção de DBO (↑ 90%) • Pequena área para construção • Alto custo envolvendo construção, operação, energia • Amplamente utilizado, a nível mundial • Despejos domésticos e industriais • Índice de mecanização superior ao de outros tratamentos; LODO ATIVADO: Cuidados no processo Para a ocorrência de flocos densos é necessário que as principais condições ambientais dentro dos reatores estejam controladas. • meio neutro em termos de pH; • presença dos principais nutrientes, nitrogênio e fósforo; • oxigênio deve ser adicionado em quantidade suficiente; • Controlar a presença de substâncias tóxicas ou potencialmente inibidoras. LODO ATIVADO • Vantagens - exige pouca área para implantação; - maior eficiência no tratamento; - maior flexibilidade de operação; • Desvantagens - custo operacional elevado; - controle laboratorial diário; - operação mais delicada; • - baixa eficiência na remoção de coliformes LODO ATIVADO: Variantes do processo A) Divisão do lodo quanto a idade: •Lodos ativados convencionais: 4 a 10 dias; • Aeração prolongada:18 a 20 dias; B) Divisão quanto ao fluxo: •Fluxo contínuo; •Fluxo intermitente C)Divisão quanto ao afluente à etapa biológica; • Efluente de decantador primário; • Efluente de reator anaeróbio; • Efluente de outro processo de tratamento de esgoto. LODO ATIVADO: Variantes do processo LODO ATIVADO CONVENCIONAL – FLUXO CONTÍNUO Idade do Lodo: 4 a 10 dias; Tempo de Detenção: 6 a 8 horas (no reator aeróbio); DECANTADOR PRIMÁRIO RETANGULAR TANQUE DE AERAÇÃO TANQUE DE AERAÇÃO COM SISTEMA DE AR DIFUSO AR DIFUSO EM OPERAÇÃO DECANTADOR SECUNDÁRIO CIRCULAR DECANTADOR SECUNDÁRIO – REMOÇÃO DO LODO Lodos ativados convencional (fluxo contínuo) Vantagens • Reduzidas possibilidades de maus odores, insetos e vermes; • Flexibilidade operacional Lodos ativados convencional (fluxo contínuo) Desvantagens • Necessidade de tratamento completo do lodo e disposição final; • Possíveis problemas ambientais ruídos e aerossóis; Aeração Prolongada – Fluxo Contínuo LODO ATIVADO: Aeração Prolongada – Fluxo Contínuo Idade do lodo 18 a 30 dias Tempo de detenção hidráulico de 16 a 24 horas; Mesma carga de DBO(que o convencional); Menor quantidade de alimentos para as bactérias; Maior quantidade de biomassa; Volume de reator aeróbio mais elevado; LODO ATIVADO: Aeração Prolongada (fluxo contínuo) Vantagens • Mais simples conceitualmente que o convencional; • Menor geração de lodo que o convencional; • Satisfatória independência das condições climáticas. LODO ATIVADO: Aeração Prolongada (fluxo contínuo) Desvantagens • Sistema com maior consumo de energia; • Necessidade de operação sofisticada; • Necessidade de remoção da umidade do lodo e da sua disposição final(embora inferior ao convencional); LODO ATIVADO: Fluxo Intermitente • Todas as unidades: •Decantação primária •Oxidação biológica •Decantação secundária • Pode ser utilizado: • Modalidade convencional; • Modalidade aeração prolongada ( mais comum). Único Tanque LODO ATIVADO: Fluxo Intermitente LODO ATIVADO: Fluxo Intermitente CICLOS NORMAIS DE TRATAMENTO • Enchimento Entrada do esgoto bruto ou decantado no reator; • Reação Aeração/mistura da massa líquida contida no reator; • Sedimentação Sedimentação e separação dos sólidos em suspensão no esgoto tratado; • Descarte do efluente tratado Retirada do esgoto tratado no reator • Repouso Ajuste de ciclos e remoção do lodo excedente. LODO ATIVADO: Fluxo Intermitente Vantagens • Mais simples conceitualmente que outros sistemas de lodos ativados; • Flexibilidade operacional; • Decantador secundário e elevatória de recirculação de lodo não são necessários. LODO ATIVADO: Fluxo Intermitente Desvantagens • Maior potência instalada que os demais; • Necessidade de tratamento completo do lodo e disposição final; LODO ATIVADO: Reatores Anaeróbios LODO ATIVADO: Reatores Anaeróbios • O lodo aeróbio excedente é enviado para o reator UASB, onde sofre adensamento e digestão, juntamente com o lodo anaeróbio. • A vazão de retorno do lodo aeróbio é baixa, comparada com a vazão afluente, não há distúrbios operacionais introduzidos no reator UASB
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