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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Sentidos da Constituição
Livro Eletrônico
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sentidos de Constituição ................................................................................................3
1. Sentido Sociológico .....................................................................................................3
2. Sentido Político ..........................................................................................................5
3. Sentido Jurídico ..........................................................................................................8
Resumo ........................................................................................................................ 13
Questões de Concurso .................................................................................................. 14
Gabarito .......................................................................................................................24
Gabarito Comentado .....................................................................................................25
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
SENTIDOS DE CONSTITUIÇÃO
Meu(minha) aluno(a), como está?
Já vimos que a Constituição Federal, objeto de estudo do Direito Constitucional, é uma 
norma jurídica suprema que cria o Estado, organizando os seus elementos constitutivos 
(povo, território, governo, soberania e finalidade), perfazendo sua lei fundamental.
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Sistema unitário e harmônico de normas jurídicas que cria o 
Estado, regulamentando a forma de Estado, a forma de governo, 
o sistema de governo, o regime de governo, o modo de aquisição 
e exercício do poder estatal, o estabelecimento de seus órgãos, 
os limites de sua ação e os direitos e garantias fundamentais.
Entretanto, a depender do prisma pelo qual se observa, a Constituição pode assumir três 
sentidos diferentes: o sociológico, o político e o jurídico. Passemos, a partir de agora, a deli-
near as peculiaridades de cada um dos Sentidos de Constituição (também conhecidos como 
Concepções de Constituição).
1. Sentido Sociológico
Ferdinand Lassalle, em sua obra A Essência da Constituição, revelou os fundamentos so-
ciológicos das Constituições: os fatores reais de poder. Segundo ele, a Constituição real (ou 
material) seria, tão somente, o somatório dos fatores reais de poder que regem uma nação, 
quais sejam, os poderes econômicos, políticos, religiosos, militares etc.
É importante saber o nome do doutrinador e de sua obra.
Ele defende que coexistem, no Estado, duas espécies de Constituição: a Constituição es-
crita (também chamada de formal ou jurídica) e a Constituição real (ou material).
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
A Constituição real para Lassalle não seria propriamente uma norma jurídica, mas um fato 
social.
Já a Constituição escrita seria uma “mera folha de papel”, não sendo apta a conduzir o 
processo político por não possuir força normativa. Quem determina o rumo do Estado é a 
Constituição real resultante do somatório dos fatores reais de poder.
Observe que interessante a metáfora que Lassalle usa em sua obra, para explicar sua 
teoria:
Podem meus ouvintes plantar no seu quintal uma macieira e segurar no seu tronco um papel que 
diga: ‘Esta árvore é uma figueira’. Bastará esse papel para transformar em figueira o que é maciei-
ra? Não, naturalmente. E embora conseguissem que seus criados, vizinhos e conhecidos, por uma 
razão de solidariedade, confirmassem a inscrição existente na árvore, a planta continuaria sendo o 
que realmente era e, quando desse frutos, estes destruiriam a fábula, produzindo maçãs, e não fi-
gos. O mesmo ocorre com as Constituições. De nada servirá o que se escrever numa folha de papel, 
se não se justificar pelos fatores reais e efetivos do poder.
Veja como isso é cobrado em prova.
QueStão 1 (BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO/DIREITO/2012) Consoante a concepção so-
ciológica, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais do poder que o regem, 
sendo, portanto, real e efetiva.
Certo.
Exatamente isso que defende Lassale!!!
QueStão 2 (DPF/DELEGADO/2013) No sentido sociológico, a CF reflete a somatória dos fa-
tores reais do poder em uma sociedade.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Certo.
Esse é o ponto central da teoria defendida por Lassalle.
QueStão 3 (DPE-AC/DEFENSOR PÚBLICO/2006) Ferdinand Lassalle, seguidor do conceito 
sociológico, reconhece a Constituição como um instrumento jurídico dotado de força normativa.
Errado.
Para Lassalle, a Constituição escrita é mera folha de papel, não possuindo, portanto, força 
normativa, ou seja, não é capaz de condicionar a atuação do Estado.
Percebeu como as bancas cobram o assunto? É exatamente da maneira cirúrgica que 
trouxemos. Vejamos agora o sentido político de Constituição.
2. Sentido Político
Carl Schmitt, em sua obra Teoria da Constituição, afirma que a Constituição significa a 
decisão política fundamental, que é a decisão concreta sobre o modo e a forma de existência 
do Estado.
Assim, a Constituição representa o resultado da vontade política fundamental do Poder 
Constituinte originário quanto aos temas ligados à estruturação do Estado, tais como forma 
de Estado, forma de Governo, sistema de Governo, regime de Governo, separação dos Po-
deres, Direitos e Garantias Fundamentais, Sistema Tributário, Organização dos Poderes etc.
Schmitt diferencia Constituição de Leis Constitucionais. Para ele, no texto constitucional, 
haveria normas que se destacariam pela enorme relevância política, pois dizem respeito à 
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estrutura do Estado, aos direitos individuais, ao regime político etc. Por outro lado, haveria 
normas que não apresentam essa relevância, que só se encontrariam inseridas na Constitui-
ção para adquirir maior estabilidade jurídica.
Aliás, é importante dizer, desde logo, que essas ideias se identificam com uma dicotomia 
muito difundida na doutrina moderna que distingue normas materialmente constitucionais de 
normas formalmente constitucionais.
As normas materialmente constitucionais (que seriam aquilo que Schmitt chama de 
Constituição) são aquelas que tratam de temas notoriamente constitucionais como os direi-
tos e garantias fundamentais, a organizaçãodo Estado, a separação de Poderes, o modo de 
aquisição e exercício do poder. São normas que sempre estarão nos textos constitucionais 
porque se ligam à estruturação do Estado.
Por sua vez, normas formalmente constitucionais (leis constitucionais segundo Schmitt) 
são todas aquelas inseridas no texto constitucional independentemente do seu conteúdo.
Dito isso, vamos fazer juntos algumas questões para sairmos do mundo das ideias e pi-
sarmos em solo firme!
QueStão 4 (PC-TO/DELEGADO DE POLÍCIA/2008) A concepção política de Constituição, 
elaborada por Carl Schmitt, compreende-a como o conjunto de normas que dizem respeito 
a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade manifestada pelo titular do poder 
constituinte.
Certo.
É isso o que defende Carl Schmitt. Levem exatamente essa ideia para a prova. Constituição é 
igual à decisão política fundamental.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 5 (MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) No sentido sociológico defendido por 
Ferdinand Lassalle, a Constituição é fruto de uma decisão política.
Errado.
Quem defende que a Constituição é uma decisão política fundamental é Carl Schmitt, no sen-
tido político de Constituição.
QueStão 6 (STN/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/2005) Na concepção de constitui-
ção em seu sentido político, formulada por Carl Schmitt, há uma identidade entre o conceito 
de constituição e o conceito de leis constitucionais, uma vez que é nas leis constitucionais 
que se materializa a decisão política fundamental do Estado.
Errado.
Não há uma identidade entre o conceito de Constituição e o conceito de leis constitucionais. 
É  na Constituição que se materializa a decisão política fundamental do Estado. As  outras 
normas inseridas no texto constitucional que não refletem a decisão política fundamental são 
apenas leis constitucionais (ou aquilo que chamamos hoje de normas formalmente constitu-
cionais).
É atribuído, ainda, a Carl Schmitt o conceito ideal de Constituição elaborado no séc. XIX. 
Segundo Schmitt, a  Constituição ideal: 1) deve ser estabelecida na forma escrita; 2) deve 
contemplar a separação de poderes; e 3) deve garantir as liberdades públicas e os direitos 
individuais.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
FERDINAND LASSALE
SS – sociológico
TT – político
CARL SCHMITT
Obra: A Essência da Constituição
Fundamentos sociológicos das Constituições: fatores 
reais de poder (econômico, político, religioso, militar) 
Constituição real: somatório dos fatores reais de poder
Constituição escrita: mera folha de papel
Metáfora da figueira e da macieira
Obra: Teoria da Constituição
Constituição: decisão política fundamental
Constituição (Títulos I a IV) x Leis Constitucionais (art. 242, § 2°)
Conceito ideal de Constituição (séc. XIX)
estabelecida na forma escrita
contemplasse a separação dos 
poderes
consagrasse direitos e garantias 
fundamentais
SOCIOLÓGICO
Tem que saber o nome
POLÍTICO
ou CONCEPÇÕES
SENTIDOS DE 
CONSTITUIÇÃO
DICA:
1) Lassale – sentido sociológico;
2) Schmitt – sentido político.
Por fim, vejamos o sentido jurídico de Constituição.
3. Sentido Jurídico
O sentido jurídico foi concebido por Hans Kelsen em sua obra A Teoria Pura do Direito, em 
que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas jurídicas fundamentais à es-
truturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de conduzir o processo político, 
servindo de fundamento de validade para a produção normativa subsequente.
Perceba o nome da obra: A Teoria Pura do Direito. Esse dado é importante para entender 
sua teoria.
Hans Kelsen considera a Constituição como uma norma jurídica pura, sem qualquer co-
notação sociológica, política ou filosófica.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
Muito embora reconheça a relevância dos fatores reais de poder na condução da vida po-
lítica de um Estado, Kelsen defendeu que o seu estudo não compete ao operador do Direito, 
mas ao sociólogo, ao filósofo etc. Nisso consistia sua Teoria Pura do Direito: afastar a ciência 
jurídica de todo juízo de ordem moral, política, social ou filosófica.
Por tudo isso, ficou fácil perceber que a concepção jurídica de Constituição de Kelsen 
surge exatamente para se contrapor à posição sociológica defendida por Ferdinand Lassalle.
Kelsen cria o que se denomina dogmático-positivismo kelseniano, colocando a Consti-
tuição no ápice do sistema jurídico, acima de todas as demais leis. Vejamos graficamente a 
pirâmide normativa defendida por Kelsen.
Figura: Escalonamento Normativo ou Pirâmide Normativa
A Constituição, sob a ótica jurídica, é  vista como um sistema unitário e harmônico de 
normas jurídicas fundamentais à estruturação do Estado e paradigma de validade de todo o 
ordenamento jurídico.
Agora, sente firme em sua cadeira e aperte o cinto, porque vamos entrar em uma área de 
turbulência.
Querido(a) discente, vamos aprofundar o assunto.
Kelsen desenvolveu dois sentidos para a palavra Constituição: o sentido lógico-jurídico e 
o sentido jurídico-positivo.
Em sentido lógico-jurídico, a Constituição significa a norma fundamental hipotética (NFH), 
cuja função é servir de fundamento de validade da Constituição em sentido jurídico-positivo.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
Kelsen não admitia como fundamento de validade da Constituição algo de índole socio-
lógica, política ou filosófica (lembra da ideia da Teoria Pura do Direito?). Assim, foi obrigado a 
desenvolver um fundamento jurídico para a Constituição, o que denominou de norma funda-
mental hipotética, também chamada de norma pensada ou pressuposta, que existe apenas 
para servir de pressuposto de validade das normas constitucionais.
A norma fundamental hipotética determina a observância da Constituição Federal. Tradu-
z-se em um verdadeiro comando de “cumpra-se a Constituição”.
Por outro lado, em seu sentido jurídico-positivo, a Constituição corresponde à norma jurí-
dica suprema, o fundamento de validade das demais normas do ordenamento jurídico.
As normas infraconstitucionais (aquelas que estão abaixo da Constituição) só existem e 
são aptas a produzir os seus efeitos no mundo jurídico se forem compatíveis com a Constitui-
ção, ou seja, a Constituição, como norma fundamental dotada de supremacia, é o paradigma 
de validade para toda a produção normativa subsequente.
Com isso, surge um ordenamento jurídico (conjunto de normas) unitário e harmônico,concebido de forma escalonada, o chamado escalonamento normativo, também conhecido 
como pirâmide normativa (figura acima).
O escalonamento normativo kelseniano pressupõe que uma norma jurídica inferior se fun-
damente na norma jurídica superior, de modo que a lei possua como fundamento de validade 
a Constituição Federal, e que esta, por sua vez, se apoie na norma fundamental hipotética.
Tudo bem até aqui? Prepare-se, então, para aterrissar. Façamos agora questões comen-
tadas para aferir nosso conhecimento.
QueStão 7 (MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) No sentido jurídico, a Constituição não 
tem qualquer fundamentação sociológica, política ou filosófica.
Certo.
Essa é a ideia principal da “Teoria Pura do Direito”.
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QueStão 8 (MTE/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/2003) Para Hans Kelsen, a norma fun-
damental, fato imaterial instaurador do processo de criação das normas positivas, seria a 
Constituição em seu sentido lógico-jurídico.
Certo.
O fato imaterial é justamente a norma fundamental hipotética, que é a Constituição em sen-
tido lógico-jurídico. É imaterial porque não existe no mundo real, sendo uma premissa criada 
somente para fundamentar a existência da Constituição em sentido jurídico-positivo, esta, 
sim, palpável e concreta.
QueStão 9 (STF/ANALISTA/2008) Considere a seguinte definição, elaborada por Kelsen e 
reproduzida, com adaptações, de José Afonso da Silva (Curso de Direito Constitucional Po-
sitivo. São Paulo: Atlas, p. 41...). A constituição é considerada norma pura. A palavra consti-
tuição tem dois sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. De acordo com o primeiro, cons-
tituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico 
transcendental da validade da constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva 
suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu mais 
alto grau. É correto afirmar que essa definição denota um conceito de constituição no seu 
sentido jurídico.
Certo.
Exatamente nossa explicação sobre o sentido jurídico de Constituição.
Vamos a um mapa mental para facilitar nossa vida!
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
HANS KELSEN
Obra: A Teoria Pura do Direito 
Constituição é uma norma jurídica pura com plena força normativa
Kelsen x Lassale
sentido lógico jurídico (NFH) x sentido jurídico positivo (fundamento 
de validade) 
Pirâmide normativa
SENTIDOS DE 
CONSTITUIÇÃO JURÍDICO
Como fechamento da nossa aula, quero trazer dois lembretes: 1) o Gran Cursos Online 
possui um fórum de dúvidas para que possamos ajudá-lo(a) na plena compreensão do Di-
reito Constitucional; 2) gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito 
importante para nós.
É isso! Você está comigo até aqui? Então, a partir de agora, faça as questões propostas 
para aferir o seu conhecimento.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
RESUMO
Conceito de Constituição: sistema unitário e harmônico de normas jurídicas que cria o 
Estado, regulamentando a forma de Estado, a forma de governo, o sistema de governo, o regi-
me de governo, o modo de aquisição e exercício do poder estatal, o estabelecimento de seus 
órgãos, os limites de sua ação e os direitos e garantias fundamentais.
Sentido Sociológico: Ferdinand Lassalle, em sua obra “A Essência da Constituição”, reve-
lou os fundamentos sociológicos das Constituições: os fatores reais de poder. Segundo ele, 
a Constituição real seria, tão somente, o somatório dos fatores reais de poder que regem uma 
nação, quais sejam, os poderes econômicos, políticos, religiosos, militares etc. Já a Consti-
tuição escrita seria uma “mera folha de papel”, não sendo apta a conduzir o processo político 
por não possuir força normativa. Quem determina o rumo do Estado é a Constituição real 
resultante do somatório dos fatores reais de poder.
Sentido Político: Carl Schmitt, em sua obra “Teoria da Constituição”, afirma que a Cons-
tituição significa a decisão política fundamental, que é a decisão concreta sobre o modo e a 
forma de existência do Estado. É atribuído, ainda, a Carl Schmitt o conceito ideal de Consti-
tuição elaborado no séc. XIX. Segundo Schmitt, a Constituição ideal: 1) deve ser estabelecida 
na forma escrita; 2) deve contemplar a separação de poderes; e 3) deve garantir as liberdades 
públicas e os direitos individuais.
Sentido Jurídico: o sentido jurídico foi concebido por Hans Kelsen em sua obra “A Teoria 
Pura do Direito”, em que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas jurídicas fun-
damentais à estruturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de conduzir o pro-
cesso político, servindo de fundamento de validade para a produção normativa subsequente.
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Sentidos da Constituição
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QUESTÕES DE CONCURSO
QueStão 1 (TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Considerando os diferentes conceitos de 
Constituição, abordados sob a ótica peculiar de diversos doutrinadores, analise as seguintes 
manifestações sobre o tema:
I – Constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem uma determinada nação.
II – Constituição é a decisão política fundamental sem a qual não se organiza ou funda um 
Estado.
Assim, é correto afirmar que os conceitos I e II podem ser atribuídos, respectivamente, a
a) Konrad Hesse e Carl Schimitt.
b) Ferdinand Lassale e Hans Kelsen.
c) J.J. Canotilho e Hans Kelsen.
d) Hans Kelsen e Konrad Hesse.
e) Ferdinand Lassale e Carl Schimitt.
QueStão 2 (BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO/DIREITO/2012) Consoante a concepção so-
ciológica, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais do poder que o regem, 
sendo, portanto, real e efetiva.
QueStão 3 (DPF/DELEGADO/2013) No sentido sociológico, a CF reflete a somatória dos fa-
tores reais do poder em uma sociedade.
QueStão 4 (TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) A concepção sociológica, elaborada por 
Ferdinand Lassale, considera a Constituição como sendo a somatória dos fatores reais de 
poder, isto é, o conjunto de forças de índole política, econômica e religiosa que condicionam o 
ordenamento jurídico de determinada sociedade.
QueStão 5 (TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) O sentido sociológico da Constituição 
como uma folha de papel, cuja verdadeira característica está na organização dos fatores reais 
do poder em uma dada sociedade, contrastacom a visão da força normativa da Constituição, 
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
segundo a qual a Constituição não se pode submeter à vontade dos poderes constituídos e 
ao império dos fatos e das circunstâncias. A Constituição espraia sua força normativa por 
sobre o ordenamento jurídico, e todos os atos estatais que com ela contrastem expõem-se à 
censura jurídica do Poder Judiciário.
QueStão 6 (DPU/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) O termo constituição pos-
sui diversas acepções. Dessa forma, ao se afirmar que a constituição é norma pura, sendo 
fruto da vontade racional do homem e não das leis naturais, considera-se um conceito próprio 
do sentido
a) culturalista.
b) sociológico.
c) político.
d) filosófico.
e) jurídico.
QueStão 7 (INCA/ANALISTA EM C&T JR/2010) Para Carl Schmitt, a constituição de um Es-
tado deveria ser a soma dos fatores reais de poder que regem a sociedade. Caso isso não 
ocorra, ele a considera como ilegítima, uma simples folha de papel.
QueStão 8 (POLÍCIA CIVIL-TO/DELEGADO DE POLÍCIA/2008) A concepção política de 
Constituição, elaborada por Carl Schmitt, compreende-a como o conjunto de normas que di-
zem respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade manifestada pelo titular 
do poder constituinte.
QueStão 9 (ANTT/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) Em sentido jurídico, a constituição é 
considerada norma pura, puro dever ser.
QueStão 10 (INÉDITA) Considerando as diferentes concepções de Constituição, analise as 
manifestações sobre o tema a seguir:
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DIREITO CONSTITUCIONAL
I – A Constituição escrita é uma “mera folha de papel”, não sendo apta a conduzir o pro-
cesso político por não possuir força normativa. Quem determina o rumo do Estado é a 
Constituição real resultante do somatório dos fatores reais de poder.
II – A Constituição é uma norma jurídica pura, sem qualquer conotação sociológica, polí-
tica ou filosófica.
É correto afirmar que os conceitos I e II podem ser atribuídos, respectivamente, a
a) Konrad Hesse e Carl Schimitt.
b) Ferdinand Lassalle e Hans Kelsen.
c) J.J. Canotilho e Hans Kelsen.
d) Hans Kelsen e Konrad Hesse.
QueStão 11 (FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO/PROCURA-
DOR/2018) No tocante ao tema conceito de constituição, existem pensadores e doutrinadores 
que formularam concepções de constituição segundo seus diferentes sentidos. Consequen-
temente, é correto afirmar que Ferdinand Lassale, Carl Schmitt e Hans Kelsen estão ligados às 
concepções de constituição, respectivamente, nos sentidos:
a) substancial, material e formal.
b) sociológico, político e jurídico.
c) pluralista, social e transcendental.
d) pactual, contratualista e compromissório.
e) ideológico, garantista e positivista.
QueStão 12 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/JUIZ/2017/ADAPTADA) Em sentido socio-
lógico, a Constituição deve ser entendida como a norma que se refere à decisão política estru-
turante da organização do Estado.
QueStão 13 (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/
ADAPTADA) Na concepção sociológica, constituição consiste no somatório dos fatores reais 
de poder em uma sociedade, sendo consideradas sinônimas a constituição real e efetiva e a 
constituição jurídica.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 14 (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE/DEFENSOR 
PÚBLICO SUBSTITUTO/2015/ADAPTADA) Consoante Hans Kelsen, a concepção jurídica de 
Constituição a concebe como a norma por meio da qual é regulada a produção das normas 
jurídicas gerais.
QueStão 15 (DEPARTAMENTO DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/AGENTE ADMINISTRATI-
VO/2013) Na concepção sociológica de constituição, constituição e lei constitucional têm a 
mesma acepção.
QueStão 16 (DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2013) 
No sentido sociológico, a CF reflete a somatória dos fatores reais do poder em uma sociedade.
QueStão 17 (BANCO DA AMAZÔNIA S.A./TÉCNICO CIENTÍFICO/2012) Consoante a concep-
ção sociológica, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais do poder que o 
regem, sendo, portanto, real e efetiva.
QueStão 18 (TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/TÉCNICO JUDICIÁ-
RIO/2012) Segundo Ferdinand Lassale, a Constituição de um país somente pode ser conside-
rada legítima se de fato representar o efetivo poder social, ou seja, se refletir as forças sociais 
que constituem o poder.
QueStão 19 (POLÍCIA CIVIL DO PARÁ/DELEGADO DE POLÍCIA/2012/ADAPTADA) Constitui-
ção, em sentido sociológico, conforme concepção de Ferdinand Lassale, é a soma dos fatores 
reais de poder que regem um determinado Estado.
QueStão 20 (POLÍCIA CIVIL DO PARÁ/DELEGADO DE POLÍCIA/2012/ADAPTADA) Em senti-
do político, Constituição é a decisão política fundamental, considerando-se a teoria de Hans 
Kelsen.
QueStão 21 (POLÍCIA CIVIL DO PARÁ/DELEGADO DE POLÍCIA/2012/ADAPTADA) Segundo a 
concepção de Hans Kelsen, a  Constituição, no sentido jurídico-positivo, significa a norma 
hipotética fundamental.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 22 (INÉDITA) Carl Schmitt, em sua obra Teoria da Constituição, afirma que a Cons-
tituição significa a decisão política fundamental, que é a decisão concreta sobre o modo e a 
forma de existência do Estado.
QueStão 23 (INÉDITA) O conceito ideal de Constituição é atribuído à Ferdinand Lassale.
QueStão 24 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESPÍRITO SANTO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) 
A concepção sociológica, elaborada por Ferdinand Lassale, considera a Constituição como 
sendo a somatória dos fatores reais de poder, isto é, o conjunto de forças de índole política, 
econômica e religiosa que condicionam o ordenamento jurídico de determinada sociedade.
QueStão 25 (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO/EXECUTIVO PÚBLI-
CO/2011) “De nada servirá o que se escrever numa folha de papel, se não se justifica pelos 
fatos reais e efetivos do poder. Os problemas constitucionais não são problemas de direito, 
mas do poder, a verdadeira constituição de um país somente tem por base os fatores reais 
e efetivos do poder que naquele país reagem, e as constituições escritas não têm valor nem 
são duráveis a não ser que exprimam fielmente os fatores do poder que imperam na realida-
de social.” O texto citado é de autoria de Ferdinand Lassale, doutrinador clássico do Direito 
Constitucional, que analisa o conceito de constituição sob o aspectoa) jurídico.
b sociológico.
c) histórico.
d) da inconstitucionalidade.
e) político.
QueStão 26 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-
TO/2010/ADAPTADA) O legado de Carl Schmitt, considerado expoente da acepção jurídica 
da constituição, consistiu na afirmação de que há, nesse conceito, um plano lógico-jurídico, 
em que estaria situada a norma hipotética fundamental, e um plano jurídico-positivo, ou seja, 
a norma positivada.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 27 (SECRETARIA DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL/ATENDENTE DE REINTEGRA-
ÇÃO SOCIAL/2010) Hans Kelsen sempre defendeu que o estudo dos fatores sociais em uma 
dada sociedade não compete ao jurista e que a Constituição é considerada norma pura, puro 
dever-ser. Com base na classificação das constituições, é correto afirmar que Hans Kelsen 
está associado à teoria da constituição em seu sentido
a) político.
b) jurídico.
c) sociológico.
d) dogmático.
e) literal.
QueStão 28 (DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) 
O termo constituição possui diversas acepções. Dessa forma, ao se afirmar que a constitui-
ção é norma pura, sendo fruto da vontade racional do homem e não das leis naturais, consi-
dera-se um conceito próprio do sentido
a) culturalista.
b) sociológico
c) político.
d) filosófico.
e) jurídico.
QueStão 29 (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) No sentido 
jurídico, a Constituição não tem qualquer fundamentação sociológica, política ou filosófica.
QueStão 30 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-
TO/2009/ADAPTADA) No sentido sociológico, a  constituição seria distinta da lei constitu-
cional, pois refletiria a decisão política fundamental do titular do poder constituinte, quanto à 
estrutura e aos órgãos do Estado, aos direitos individuais e à atuação democrática, enquanto 
leis constitucionais seriam todos os demais preceitos inseridos no documento, destituídos de 
decisão política fundamental.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 31 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-
TO/2009/ADAPTADA) Segundo Kelsen, a CF não passa de uma folha de papel, pois a CF real 
seria o somatório dos fatores reais do poder. Dessa forma, alterando-se essas forças, a CF 
não teria mais legitimidade.
QueStão 32 (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO/ANALISTA/2006/
ADAPTADA) Na concepção sociológica, defendida por Ferdinand Lassale, a Constituição seria 
o resultado de uma lenta formação histórica, do lento evoluir das tradições, dos fatos so-
ciopolíticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização de determinado 
Estado.
QueStão 33 (AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES/ANALISTA ADMINISTRATI-
VO/2009) Concebido por Ferdinand Lassale, o princípio da força normativa da CF é aquele 
segundo o qual os aplicadores e intérpretes da Carta, na solução das questões jurídico-cons-
titucionais, devem procurar a máxima eficácia do texto constitucional.
QueStão 34 (CÂMARA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP/ADVOGADO/2019) Diversos dou-
trinadores são responsáveis pela formulação de conceitos de Constituição, tendo por base 
distintas concepções. Dentre elas, podem ser mencionadas, as seguintes: (i) “A Constituição 
seria a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade” e (ii) “Constituição 
representa a decisão política do titular do poder constituinte.”. Assim sendo, assinale a alter-
nativa que indica, correta e respectivamente, os autores dessas duas concepções.
a) Hans Kelsen e J.J. Gomes Canotilho.
b) Carl Schmitt e Hans Kelsen.
c) Ferdinand Lassale e Carl Schmitt.
d) Hans Kelsen e Ferdinand Lassale.
e) Konrad Hesse e Carl Schmitt.
QueStão 35 (INÉDITA) Ferdinand Lassalle, em sua obra A Teoria Pura do Direito, revelou os 
fundamentos sociológicos das Constituições: os fatores reais de poder.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 36 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, a Constituição escrita é uma “mera folha de papel”, 
não sendo apta a conduzir o processo político por não possuir força normativa.
QueStão 37 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, a Constituição escrita é uma “mera folha de papel”, 
não sendo apta a conduzir o processo político por não possuir força normativa.
QueStão 38 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, não há uma identidade entre a Constituição e as 
Leis Constitucionais.
QueStão 39 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, a Constituição é um conjunto de normas que dizem 
respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade manifestada pelo titular do 
poder constituinte originário.
QueStão 40 (INÉDITA) No sentido político defendido por Ferdinand Lassalle, a Constituição é 
fruto de uma decisão política fundamental.
QueStão 41 (INÉDITA) No sentido jurídico, Hans Kelsen reconhece que a Constituição possui 
o mesmo status das demais leis.
QueStão 42 (INÉDITA) O sentido jurídico foi concebido por Ferdinand Lassale em sua obra 
A Teoria Pura do Direito, em que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas 
jurídicas fundamentais à estruturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de 
conduzir o processo político, servindo de fundamento de validade para a produção normativa 
subsequente.
QueStão 43 (INÉDITA) O sentido jurídico foi concebido por Ferdinand Lassale em sua obra A Te-
oria Pura do Direito, em que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas jurídicas 
fundamentais à estruturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de conduzir o 
processo político, servindo de fundamento de validade para a produção normativa subsequente.
QueStão 44 (INÉDITA) Em sentido jurídico-positivo, a Constituição significa a norma funda-
mental hipotética, cuja função é servir de fundamento de validade da Constituição.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 45 (INÉDITA) Em sentido jurídico-positivo, a Constituição corresponde à norma ju-
rídica suprema, o fundamento de validade das demais normas do ordenamento jurídico.
QueStão 46 (INÉDITA) No sentido jurídico, a Constituição fundamenta-se em aspectos so-
ciológicos, políticos e filosóficos.
QueStão 47 (INÉDITA) Carl Schmitt, em sua obra A Essência da Constituição, afirma que a 
Constituição significa a decisão política fundamental.
QueStão 48 (INÉDITA) Carl Schmitt, em sua obra A Essência da Constituição, afirma que a 
Constituição significa a decisão política fundamental.QueStão 49 (INÉDITA) Na concepção de constituição em seu sentido político, formulada por 
Carl Schmitt, o autor defende que é nas leis constitucionais que se materializa a decisão po-
lítica fundamental do Estado.
QueStão 50 (INÉDITA) No sentido jurídico de Constituição, Hans Kelsen buscou aproximar o 
Direito de juízos de ordem moral, política, social e filosófica.
QueStão 51 (INÉDITA) No sentido jurídico de Constituição, Hans Kelsen contrapôs-se às 
ideias defendidas por Ferdinand Lassale.
QueStão 52 (INÉDITA) No sentido político de Constituição, Carl Scmitt desenvolveu dois sen-
tidos para a palavra Constituição: o sentido lógico-jurídico e o sentido jurídico-positivo.
QueStão 53 (INÉDITA) Hans Kelsen criou a norma fundamental hipotética porque não ad-
mitia como fundamento de validade da Constituição algo de índole sociológica, política ou 
filosófica.
QueStão 54 (INÉDITA) Carl Schmitt defendeu que, em seu sentido jurídico-positivo, a Consti-
tuição corresponde à norma jurídica suprema, o fundamento de validade das demais normas 
do ordenamento jurídico.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 55 (INÉDITA) Para Ferdinand Lassale, a norma fundamental, fato imaterial instau-
rador do processo de criação das normas positivas, seria a Constituição em seu sentido ló-
gico-jurídico.
QueStão 56 (INÉDITA) A Constituição é considerada norma pura. A palavra Constituição tem 
dois sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. De acordo com o primeiro, constituição sig-
nifica norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcen-
dental da validade da constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva suprema, 
conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
GABARITO
1. e
2. C
3. C
4. C
5. C
6. e
7. E
8. C
9. C
10. b
11. b
12. E
13. E
14. C
15. E
16. C
17. C
18. C
19. C
20. E
21. E
22. C
23. E
24. C
25. b
26. E
27. b
28. e
29. C
30. E
31. E
32. E
33. E
34. c
35. E
36. E
37. E
38. C
39. C
40. E
41. E
42. E
43. E
44. E
45. C
46. E
47. E
48. E
49. E
50. E
51. C
52. E
53. C
54. E
55. E
56. C
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
GABARITO COMENTADO
QueStão 1 (TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Considerando os diferentes conceitos de 
Constituição, abordados sob a ótica peculiar de diversos doutrinadores, analise as seguintes 
manifestações sobre o tema:
I – Constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem uma determinada nação.
II – Constituição é a decisão política fundamental sem a qual não se organiza ou funda um 
Estado.
Assim, é correto afirmar que os conceitos I e II podem ser atribuídos, respectivamente, a
a) Konrad Hesse e Carl Schimitt.
b) Ferdinand Lassale e Hans Kelsen.
c) J.J. Canotilho e Hans Kelsen.
d) Hans Kelsen e Konrad Hesse.
e) Ferdinand Lassale e Carl Schimitt.
Letra e.
O item I retrata o sentido sociológico de Constituição defendido por Ferdinand Lassalle. Já o 
item II cuida do sentido político de Constituição atribuído a Carl Schmitt.
QueStão 2 (BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO/DIREITO/2012) Consoante a concepção so-
ciológica, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais do poder que o regem, 
sendo, portanto, real e efetiva.
Certo.
É exatamente o sentido sociológico de Constituição proposto por Ferdinand Lassalle.
QueStão 3 (DPF/DELEGADO/2013) No sentido sociológico, a CF reflete a somatória dos fa-
tores reais do poder em uma sociedade.
Certo.
É ponto central do sentido sociológico de Constituição defendido por Ferdinand Lassalle.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 4 (TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) A concepção sociológica, elaborada por 
Ferdinand Lassale, considera a Constituição como sendo a somatória dos fatores reais de 
poder, isto é, o conjunto de forças de índole política, econômica e religiosa que condicionam o 
ordenamento jurídico de determinada sociedade.
Certo.
Exatamente isso!
QueStão 5 (TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) O sentido sociológico da Constituição 
como uma folha de papel, cuja verdadeira característica está na organização dos fatores reais 
do poder em uma dada sociedade, contrasta com a visão da força normativa da Constituição, 
segundo a qual a Constituição não se pode submeter à vontade dos poderes constituídos e 
ao império dos fatos e das circunstâncias. A Constituição espraia sua força normativa por 
sobre o ordenamento jurídico, e todos os atos estatais que com ela contrastem expõem-se à 
censura jurídica do Poder Judiciário.
Certo.
A questão retrata justamente a contraposição de ideias propostas por Ferdinand Lassalle 
(sentido sociológico) e Hans Kelsen (sentido jurídico).
QueStão 6 (DPU/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) O termo constituição pos-
sui diversas acepções. Dessa forma, ao se afirmar que a constituição é norma pura, sendo 
fruto da vontade racional do homem e não das leis naturais, considera-se um conceito próprio 
do sentido
a) culturalista.
b) sociológico.
c) político.
d) filosófico.
e) jurídico.
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Sentidos da Constituição
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Letra e.
Hans Kelsen, no sentido jurídico, defende que a Constituição é norma jurídica pura, ou seja, 
sem influência sociológica, política, filosófica, enfim, sem interferência de assuntos extraju-
rídicos.
QueStão 7 (INCA/ANALISTA EM C&T JR/2010) Para Carl Schmitt, a constituição de um Es-
tado deveria ser a soma dos fatores reais de poder que regem a sociedade. Caso isso não 
ocorra, ele a considera como ilegítima, uma simples folha de papel.
Errado.
Quem disse isso foi Ferdinand Lassalle. Percebeu a importância de conhecer o autor da teoria?
QueStão 8 (POLÍCIA CIVIL-TO/DELEGADO DE POLÍCIA/2008) A concepção política de 
Constituição, elaborada por Carl Schmitt, compreende-a como o conjunto de normas que di-
zem respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade manifestada pelo titular 
do poder constituinte.
Certo.
Exatamente conformeexplanamos.
QueStão 9 (ANTT/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013) Em sentido jurídico, a constituição é 
considerada norma pura, puro dever ser.
Certo.
É o que defende Hans Kelsen.
QueStão 10 (INÉDITA) Considerando as diferentes concepções de Constituição, analise as 
manifestações sobre o tema a seguir:
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I – A Constituição escrita é uma “mera folha de papel”, não sendo apta a conduzir o pro-
cesso político por não possuir força normativa. Quem determina o rumo do Estado é a 
Constituição real resultante do somatório dos fatores reais de poder.
II – A Constituição é uma norma jurídica pura, sem qualquer conotação sociológica, polí-
tica ou filosófica.
É correto afirmar que os conceitos I e II podem ser atribuídos, respectivamente, a
a) Konrad Hesse e Carl Schimitt.
b) Ferdinand Lassalle e Hans Kelsen.
c) J.J. Canotilho e Hans Kelsen.
d) Hans Kelsen e Konrad Hesse.
Letra b.
O item I retrata o sentido sociológico de Constituição defendido por Ferdinand Lassalle. Já o 
item II cuida do sentido jurídico de Constituição atribuído a Hans Kelsen.
QueStão 11 (FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO/PROCURA-
DOR/2018) No tocante ao tema conceito de constituição, existem pensadores e doutrinadores 
que formularam concepções de constituição segundo seus diferentes sentidos. Consequen-
temente, é correto afirmar que Ferdinand Lassale, Carl Schmitt e Hans Kelsen estão ligados às 
concepções de constituição, respectivamente, nos sentidos:
a) substancial, material e formal.
b) sociológico, político e jurídico.
c) pluralista, social e transcendental.
d) pactual, contratualista e compromissório.
e) ideológico, garantista e positivista.
Letra b.
Conforme ensinamos, Ferdinand Lassale, Carl Schmitt e Hans Kelsen estão ligados às con-
cepções de constituição, respectivamente, nos sentidos sociológico, político e jurídico.
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lógico, a Constituição deve ser entendida como a norma que se refere à decisão política estru-
turante da organização do Estado.
Errado.
Segundo a concepção sociológica, a Constituição de um país consiste na soma dos fatores 
reais do poder que o regem.
QueStão 13 (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/
ADAPTADA) Na concepção sociológica, constituição consiste no somatório dos fatores reais 
de poder em uma sociedade, sendo consideradas sinônimas a constituição real e efetiva e a 
constituição jurídica.
Errado.
Na concepção sociológica, Ferdinand Lassale defende que coexistem, no Estado, duas es-
pécies de Constituição: a Constituição escrita (também chamada de formal ou jurídica) e a 
Constituição real (ou material). A Constituição real para Lassalle não seria propriamente uma 
norma jurídica, mas um fato social. Já a Constituição escrita seria uma “mera folha de pa-
pel”, não sendo apta a conduzir o processo político por não possuir força normativa. Quem 
determina o rumo do Estado é a Constituição real resultante do somatório dos fatores reais 
de poder.
QueStão 14 (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE/DEFENSOR 
PÚBLICO SUBSTITUTO/2015/ADAPTADA) Consoante Hans Kelsen, a concepção jurídica de 
Constituição a concebe como a norma por meio da qual é regulada a produção das normas 
jurídicas gerais.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Certo.
Para Kelsen, a Constituição em seu sentido jurídico-positivo corresponde à norma jurídica 
suprema, o fundamento de validade das demais normas do ordenamento jurídico. As normas 
infraconstitucionais (aquelas que estão abaixo da Constituição) só existem e são aptas a 
produzir os seus efeitos no mundo jurídico se forem compatíveis com a Constituição, ou seja, 
a Constituição, como norma fundamental dotada de supremacia, é o paradigma de validade 
para toda a produção normativa subsequente.
QueStão 15 (DEPARTAMENTO DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/AGENTE ADMINISTRATI-
VO/2013) Na concepção sociológica de constituição, constituição e lei constitucional têm a 
mesma acepção.
Errado.
Ferdinand Lassale não defende isso.
QueStão 16 (DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2013) 
No sentido sociológico, a CF reflete a somatória dos fatores reais do poder em uma sociedade.
Certo.
É o que defende Ferdinand Lassale.
QueStão 17 (BANCO DA AMAZÔNIA S.A./TÉCNICO CIENTÍFICO/2012) Consoante a concep-
ção sociológica, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais do poder que o 
regem, sendo, portanto, real e efetiva.
Certo.
Exatamente o que diz Ferdinand Lassale.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 18 (TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/TÉCNICO JUDICIÁ-
RIO/2012) Segundo Ferdinand Lassale, a Constituição de um país somente pode ser conside-
rada legítima se de fato representar o efetivo poder social, ou seja, se refletir as forças sociais 
que constituem o poder.
Certo.
A Constituição real (ou material) seria, tão somente, o somatório dos fatores reais de poder 
que regem uma nação, quais sejam, os poderes econômicos, políticos, religiosos, militares etc.
QueStão 19 (POLÍCIA CIVIL DO PARÁ/DELEGADO DE POLÍCIA/2012/ADAPTADA) Constitui-
ção, em sentido sociológico, conforme concepção de Ferdinand Lassale, é a soma dos fatores 
reais de poder que regem um determinado Estado.
Certo.
Exatamente isso.
QueStão 20 (POLÍCIA CIVIL DO PARÁ/DELEGADO DE POLÍCIA/2012/ADAPTADA) Em senti-
do político, Constituição é a decisão política fundamental, considerando-se a teoria de Hans 
Kelsen.
Errado.
O sentido político de Constituição foi defendido por Carl Schmitt.
QueStão 21 (POLÍCIA CIVIL DO PARÁ/DELEGADO DE POLÍCIA/2012/ADAPTADA) Segundo a 
concepção de Hans Kelsen, a  Constituição, no sentido jurídico-positivo, significa a norma 
hipotética fundamental.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
Errado.
A norma fundamental hipotética é a Constituição no sentido lógico-jurídico.
QueStão 22 (INÉDITA)Carl Schmitt, em sua obra Teoria da Constituição, afirma que a Cons-
tituição significa a decisão política fundamental, que é a decisão concreta sobre o modo e a 
forma de existência do Estado.
Certo.
É exatamente o que defende Carl Schmitt.
QueStão 23 (INÉDITA) O conceito ideal de Constituição é atribuído à Ferdinand Lassale.
Errado.
É atribuído a Carl Schmitt o conceito ideal de Constituição elaborado no séc. XIX. Segundo 
Schmitt, a Constituição ideal: 1) deve ser estabelecida na forma escrita; 2) deve contemplar a 
separação de poderes; 3) deve garantir as liberdades públicas e os direitos individuais.
QueStão 24 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESPÍRITO SANTO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) 
A concepção sociológica, elaborada por Ferdinand Lassale, considera a Constituição como 
sendo a somatória dos fatores reais de poder, isto é, o conjunto de forças de índole política, 
econômica e religiosa que condicionam o ordenamento jurídico de determinada sociedade.
Certo.
É o que defende Ferdinand Lassale.
QueStão 25 (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO/EXECUTIVO PÚBLI-
CO/2011) “De nada servirá o que se escrever numa folha de papel, se não se justifica pelos 
fatos reais e efetivos do poder. Os problemas constitucionais não são problemas de direito, 
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
mas do poder, a verdadeira constituição de um país somente tem por base os fatores reais 
e efetivos do poder que naquele país reagem, e as constituições escritas não têm valor nem 
são duráveis a não ser que exprimam fielmente os fatores do poder que imperam na realida-
de social.” O texto citado é de autoria de Ferdinand Lassale, doutrinador clássico do Direito 
Constitucional, que analisa o conceito de constituição sob o aspecto
a) jurídico.
b sociológico.
c) histórico.
d) da inconstitucionalidade.
e) político.
Letra b.
Ferdinand Lassalle, em sua obra “A Essência da Constituição”, revelou os fundamentos so-
ciológicos das Constituições: os fatores reais de poder. Segundo ele, a Constituição real (ou 
material) seria, tão somente, o somatório dos fatores reais de poder que regem uma nação, 
quais sejam, os poderes econômicos, políticos, religiosos, militares etc.
QueStão 26 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-
TO/2010/ADAPTADA) O legado de Carl Schmitt, considerado expoente da acepção jurídica 
da constituição, consistiu na afirmação de que há, nesse conceito, um plano lógico-jurídico, 
em que estaria situada a norma hipotética fundamental, e um plano jurídico-positivo, ou seja, 
a norma positivada.
Errado.
Esse é o conceito desenvolvido por Hans Kelsen.
QueStão 27 (SECRETARIA DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL/ATENDENTE DE REINTEGRA-
ÇÃO SOCIAL/2010) Hans Kelsen sempre defendeu que o estudo dos fatores sociais em uma 
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
dada sociedade não compete ao jurista e que a Constituição é considerada norma pura, puro 
dever-ser. Com base na classificação das constituições, é correto afirmar que Hans Kelsen 
está associado à teoria da constituição em seu sentido
a) político.
b) jurídico.
c) sociológico.
d) dogmático.
e) literal.
Letra b.
O sentido jurídico foi concebido por Hans Kelsen em sua obra “A Teoria Pura do Direito”, em 
que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas jurídicas fundamentais à es-
truturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de conduzir o processo político, 
servindo de fundamento de validade para a produção normativa subsequente.
QueStão 28 (DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) 
O termo constituição possui diversas acepções. Dessa forma, ao se afirmar que a constitui-
ção é norma pura, sendo fruto da vontade racional do homem e não das leis naturais, consi-
dera-se um conceito próprio do sentido
a) culturalista.
b) sociológico
c) político.
d) filosófico.
e) jurídico.
Letra e.
Hans Kelsen, no sentido jurídico, considera a Constituição como uma norma jurídica pura, 
sem qualquer conotação sociológica, política ou filosófica.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 29 (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) No sentido 
jurídico, a Constituição não tem qualquer fundamentação sociológica, política ou filosófica.
Certo.
Mais uma vez: Hans Kelsen, no sentido jurídico, considera a Constituição como uma norma 
jurídica pura, sem qualquer conotação sociológica, política ou filosófica.
QueStão 30 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-
TO/2009/ADAPTADA) No sentido sociológico, a  constituição seria distinta da lei constitu-
cional, pois refletiria a decisão política fundamental do titular do poder constituinte, quanto à 
estrutura e aos órgãos do Estado, aos direitos individuais e à atuação democrática, enquanto 
leis constitucionais seriam todos os demais preceitos inseridos no documento, destituídos de 
decisão política fundamental.
Errado.
O conceito trazido corresponde ao sentido político de Constituição.
QueStão 31 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-
TO/2009/ADAPTADA) Segundo Kelsen, a CF não passa de uma folha de papel, pois a CF real 
seria o somatório dos fatores reais do poder. Dessa forma, alterando-se essas forças, a CF 
não teria mais legitimidade.
Errado.
Quem diz isso é Ferdinand Lassale no sentido sociológico de Constituição.
QueStão 32 (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO/ANALISTA/2006/
ADAPTADA) Na concepção sociológica, defendida por Ferdinand Lassale, a Constituição seria 
o resultado de uma lenta formação histórica, do lento evoluir das tradições, dos fatos so-
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
ciopolíticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização de determinado 
Estado.
Errado.
Na verdade, no sentido sociológico, a CF reflete a somatória dos fatores reais do poder em 
uma sociedade.
QueStão 33 (AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES/ANALISTA ADMINISTRATI-
VO/2009) Concebido por Ferdinand Lassale, o princípio da força normativa da CF é aquele 
segundo o qual os aplicadores e intérpretes da Carta, na solução das questões jurídico-cons-
titucionais, devem procurar a máxima eficácia do texto constitucional.
Errado.
Não é isso que defende Ferdinand Lassale. Para ele, a Constituição escrita seria uma “mera 
folha de papel”, não sendo apta a conduzir o processo político por não possuir força norma-
tiva. Quem determinao rumo do Estado é a Constituição real resultante do somatório dos 
fatores reais de poder.
QueStão 34 (CÂMARA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP/ADVOGADO/2019) Diversos dou-
trinadores são responsáveis pela formulação de conceitos de Constituição, tendo por base 
distintas concepções. Dentre elas, podem ser mencionadas, as seguintes: (i) “A Constituição 
seria a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade” e (ii) “Constituição 
representa a decisão política do titular do poder constituinte.”. Assim sendo, assinale a alter-
nativa que indica, correta e respectivamente, os autores dessas duas concepções.
a) Hans Kelsen e J.J. Gomes Canotilho.
b) Carl Schmitt e Hans Kelsen.
c) Ferdinand Lassale e Carl Schmitt.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
d) Hans Kelsen e Ferdinand Lassale.
e) Konrad Hesse e Carl Schmitt.
Letra c.
Segundo Ferdinand Lassale, “a Constituição seria a somatória dos fatores reais do poder den-
tro de uma sociedade”. Conforme Carl Schmitt, “Constituição representa a decisão política do 
titular do poder constituinte”.
QueStão 35 (INÉDITA) Ferdinand Lassalle, em sua obra A Teoria Pura do Direito, revelou os 
fundamentos sociológicos das Constituições: os fatores reais de poder.
Errado.
Na verdade, Ferdinand Lassalle, em sua obra “A Essência da Constituição”, revelou os funda-
mentos sociológicos das Constituições: os fatores reais de poder.
QueStão 36 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, a Constituição escrita é uma “mera folha de papel”, 
não sendo apta a conduzir o processo político por não possuir força normativa.
Errado.
Foi Ferdinand Lassalle que nos apresentou essa ideia.
QueStão 37 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, a Constituição escrita é uma “mera folha de papel”, 
não sendo apta a conduzir o processo político por não possuir força normativa.
Errado.
Foi Ferdinand Lassalle quem nos apresentou essa ideia.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 38 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, não há uma identidade entre a Constituição e as 
Leis Constitucionais.
Certo.
Schmitt diferencia Constituição de Leis Constitucionais. Para ele, no texto constitucional, ha-
veria normas que se destacariam pela enorme relevância política, pois dizem respeito à estru-
tura do Estado, aos direitos individuais, ao regime político etc. Por outro lado, haveria normas 
que não apresentam essa relevância, que só se encontrariam inseridas na Constituição para 
adquirir maior estabilidade jurídica.
QueStão 39 (INÉDITA) Para Carl Schmitt, a Constituição é um conjunto de normas que dizem 
respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade manifestada pelo titular do 
poder constituinte originário.
Certo.
Schmitt afirma que a Constituição representa o resultado da vontade política fundamental do 
Poder Constituinte originário quanto aos temas ligados à estruturação do Estado, tais como 
forma de Estado, forma de Governo, sistema de Governo, regime de Governo, separação dos 
Poderes, Direitos e Garantias Fundamentais, Sistema Tributário, Organização dos Poderes etc.
QueStão 40 (INÉDITA) No sentido político defendido por Ferdinand Lassalle, a Constituição é 
fruto de uma decisão política fundamental.
Errado.
Quem nos apresentou o sentido político foi Carl Schmitt.
QueStão 41 (INÉDITA) No sentido jurídico, Hans Kelsen reconhece que a Constituição possui 
o mesmo status das demais leis.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
Errado.
Kelsen, ao criar o dogmático-positivismo kelseniano, colocando a Constituição no ápice do 
sistema jurídico, acima das demais leis.
QueStão 42 (INÉDITA) O sentido jurídico foi concebido por Ferdinand Lassale em sua obra 
A Teoria Pura do Direito, em que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas 
jurídicas fundamentais à estruturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de 
conduzir o processo político, servindo de fundamento de validade para a produção normativa 
subsequente.
Errado.
Essa doutrina se deve a Hans Kelsen.
QueStão 43 (INÉDITA) O sentido jurídico foi concebido por Ferdinand Lassale em sua obra 
A Teoria Pura do Direito, em que o autor defende que a Constituição é um corpo de normas 
jurídicas fundamentais à estruturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de 
conduzir o processo político, servindo de fundamento de validade para a produção normativa 
subsequente.
Errado.
Essa doutrina se deve a Hans Kelsen.
QueStão 44 (INÉDITA) Em sentido jurídico-positivo, a Constituição significa a norma funda-
mental hipotética, cuja função é servir de fundamento de validade da Constituição.
Errado.
Na verdade, em sentido lógico-jurídico, a Constituição significa a norma fundamental hipoté-
tica, cuja função é servir de fundamento de validade da Constituição.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 45 (INÉDITA) Em sentido jurídico-positivo, a Constituição corresponde à norma ju-
rídica suprema, o fundamento de validade das demais normas do ordenamento jurídico.
Certo.
Exatamente isso.
QueStão 46 (INÉDITA) No sentido jurídico, a Constituição fundamenta-se em aspectos so-
ciológicos, políticos e filosóficos.
Errado.
Na verdade, no sentido jurídico, a Constituição não tem qualquer fundamentação sociológica, 
política ou filosófica.
QueStão 47 (INÉDITA) Carl Schmitt, em sua obra A Essência da Constituição, afirma que a 
Constituição significa a decisão política fundamental.
Errado.
Carl Schmitt, em sua obra “Teoria da Constituição”, afirma que a Constituição significa a de-
cisão política fundamental.
QueStão 48 (INÉDITA) Carl Schmitt, em sua obra A Essência da Constituição, afirma que a 
Constituição significa a decisão política fundamental.
Errado.
Carl Schmitt, em sua obra “Teoria da Constituição”, afirma que a Constituição significa a de-
cisão política fundamental.
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Luciano Dutra
Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 49 (INÉDITA) Na concepção de constituição em seu sentido político, formulada por 
Carl Schmitt, o autor defende que é nas leis constitucionais que se materializa a decisãopo-
lítica fundamental do Estado.
Errado.
É na Constituição que se materializa a decisão política fundamental do Estado. As outras normas 
inseridas no texto constitucional que não refletem a decisão política fundamental são apenas 
leis constitucionais (ou aquilo que chamamos hoje de normas formalmente constitucionais).
QueStão 50 (INÉDITA) No sentido jurídico de Constituição, Hans Kelsen buscou aproximar o 
Direito de juízos de ordem moral, política, social e filosófica.
Errado.
Muito embora reconheça a relevância dos fatores reais de poder na condução da vida política 
de um Estado, Kelsen defendeu que o seu estudo não compete ao operador do Direito, mas ao 
sociólogo, ao filósofo etc. Nisso consistia sua Teoria Pura do Direito: afastar a ciência jurídica 
de todo juízo de ordem moral, política, social ou filosófica.
QueStão 51 (INÉDITA) No sentido jurídico de Constituição, Hans Kelsen contrapôs-se às 
ideias defendidas por Ferdinand Lassale.
Certo.
A concepção jurídica de Constituição de Kelsen surge exatamente para se contrapor à posi-
ção sociológica defendida por Ferdinand Lassalle.
QueStão 52 (INÉDITA) No sentido político de Constituição, Carl Scmitt desenvolveu dois sen-
tidos para a palavra Constituição: o sentido lógico-jurídico e o sentido jurídico-positivo.
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Sentidos da Constituição
DIREITO CONSTITUCIONAL
Errado.
Essa ideia surge na concepção jurídica de Constituição de Kelsen.
QueStão 53 (INÉDITA) Hans Kelsen criou a norma fundamental hipotética porque não admitia 
como fundamento de validade da Constituição algo de índole sociológica, política ou filosófica.
Certo.
Kelsen não admitia como fundamento de validade da Constituição algo de índole sociológica, 
política ou filosófica (lembra-se da ideia da Teoria Pura do Direito?). Assim, foi obrigado a 
desenvolver um fundamento jurídico para a Constituição, o que denominou de norma funda-
mental hipotética, também chamada de norma pensada ou pressuposta, que existe apenas 
para servir de pressuposto de validade das normas constitucionais.
QueStão 54 (INÉDITA) Carl Schmitt defendeu que, em seu sentido jurídico-positivo, a Consti-
tuição corresponde à norma jurídica suprema, o fundamento de validade das demais normas 
do ordenamento jurídico.
Errado.
Quem defendeu essa ideia foi Hans Kelsen.
QueStão 55 (INÉDITA) Para Ferdinand Lassale, a norma fundamental, fato imaterial instau-
rador do processo de criação das normas positivas, seria a Constituição em seu sentido ló-
gico-jurídico.
Errado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
QueStão 56 (INÉDITA) A Constituição é considerada norma pura. A palavra Constituição tem 
dois sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. De acordo com o primeiro, constituição sig-
nifica norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcen-
dental da validade da constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva suprema, 
conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau.
Certo.
É a doutrina ensinada por Hans Kelsen na obra Teoria Pura do Direito.
Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009. Autor de livros e articulista. Professor de Direito Constitucional com 
ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais 
e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Comentarista jurídico de revistas, jornais, sites e 
rádios. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. 
Graduado e pós-graduado em Ciências Militares.
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	Sentidos de Constituição
	1. Sentido Sociológico
	2. Sentido Político
	3. Sentido Jurídico
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 46:

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