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2 “Me chamo Allan Menezes, sou engenheiro eletricista, fascinado por conhecimento e melhor ainda, por transmitir parte de todo o meu conhecimento no intuito de ajudar pessoas. O Quadro da Elétrica foi criado para profissionais no ramo da elétrica que buscam sempre as mais diversas formas de aprendizado.”ALLAN MENEZES Engenheiro eletricista e criador do blog Quadro da Elétrica INTRODUÇÃO A instalação elétrica de baixa tensão a ser avaliada deve atender às prescrições da norma NBR 5410/04 e aos regulamentos das autoridades e das concessionárias de energia elétrica. Esse Ebook tem como objetivo Estabelecer parâmetros para a realização de inspeção visual (básica) das instalações elétricas de baixa tensão das edificações. SUMÁRIO 01 --------------------- 02 --------------------- 03 --------------------- 04 --------------------- 05 --------------------- 06 --------------------- 07 --------------------- Por Que Fazer uma Inspeção Elétrica? Inspeção Visual: O que é? Terminologia Como fazer uma Inspeção Elétrica Visual? Exemplos práticos Conclusão Acompanhe o Quadro da Elétrica! 5 01 POR QUE FAZER UMA INSPEÇÃO ELÉTRICA? 6 A inspeção visual exigida pelo corpo de bombeiros nas Instalações elétricas prediais de baixa tensão visa verificar a existência de medidas e dispositivos essenciais à proteção das pessoas e das instalações elétricas contra possíveis situações de choques elétricos e de risco de incêndio. Cabe ao responsável técnico contratado, a respectiva responsabilidade quanto ao projeto, à execução e à manutenção da instalação, conforme prescrições normativas e legislações pertinentes. Cabe ao proprietário ou ao responsável pelo uso do imóvel a manutenção e a utilização adequada das instalações elétricas. 7 VOCÊ SABE QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE FAZER UMA INSPEÇÃO ELÉTRICA ADEQUADA? Esses são os principais objetivos a serem atingidos em uma inspeção elétrica: • Verificar se os componentes elétricos foram instalados em conformidade com a NBR 5410:2004; • Avaliar se os componentes elétricos estão em perfeito estado de conservação e em funcionamento; • Verificar se as identificações dos componentes elétricos foram realizadas corretamente.; • Verificar se os condutores elétricos estão em corres adequadas conforme exige a NBR5410/2004; • Verificar se todas as proteção foram instaladas: contra choque elétricos e surtos elétricos. 8 AGORA VOCÊ JÁ CONHECE OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DESEJADOS NUMA INSPEÇÃO ELÉTRICA. E COMO SÃO FEITAS ESSAS INSPEÇÕES? O tipo de inspeção elétrica abordada nesse E-Book é a inspeção visual. 9 02 INSPEÇÃO ELÉTRICA VISUAL: O QUE É? 10 Como já foi dito anteriormente, o tipo de inspeção elétrica abordada nesse E-book é a visual. Esse tipo de inspeção é verificado visualmente e fotografado aquilo que é possível identificar de problemas, como por exemplo: • Disjuntor quebrado ou manopla; • Fio solto e sinais de aquecimento; • Quadro sem aterramento, sem barramento de neutro; • Sem DR, sem DPS; • Sem identificação nos condutores, sem identificação dos circuitos; • Sem diagrama elétrico; • Falta de acessibilidade ao quadro elétrico; • Sem terminais agulha em cabos flexíveis; • Quadro elétrico desorganizado. 11 A foto acima mostra um exemplo de inspeção visual, onde é possível ver o desgaste no condutor, provocado por um aquecimento devido ao mau contato com o barramento. Note que não foi necessário fazer nenhum tipo de ensaio para detectar um dos problemas nessa instalação, essa é a importância da inspeção visual. 12 03 TERMINOLOGIA 13 Esse capítulo foi feito para facilitar a compreensão de alguns termos técnicos utilizados, são esses os principais: • Cabo multipolar: cabo constituído por 2 ou mais condutores isolados e dotado, no mínimo, de cobertura; • Cabo unipolar: cabo constituído por um único condutor isolado e dotado, no mínimo, de cobertura; • Cobertura (de um cabo): invólucro externo não metálico e contínuo, sem função de isolação (ver definição de invólucro); • Conduto: elemento de linha elétrica destinado a conter condutores elétricos. São exemplos de condutos elétricos os eletrodutos, eletrocalhas, bandejas, canaletas, escadas para cabos etc; 14 • Condutor isolado: fio ou cabo dotado apenas de isolação. • Condutor de proteção: (símbolo pe), condutor prescrito em certas medidas de proteção contra choques elétricos e destinado a interligar eletricamente massas, elementos condutores estranhos à instalação, terminal (barra) de aterramento e/ou pontos de alimentação ligados à terra. O condutor de proteção é popularmente conhecido por “fio-terra”. Quando identificado por cor, o condutor de proteção deve ser verde- amarelo ou todo verde. • Equipotencialização: procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a equipotencialidade necessária para os fins desejados. A equipotencialização é um recurso usado na proteção contra choques elétricos e na proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. 15 • Linha elétrica: conjunto constituído por um ou mais condutores, com elementos de sua fixação e suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos; • Linha elétrica aparente: linha elétrica em que os condutos ou os condutores não são embutidos; • Linha elétrica embutida: linha elétrica em que os condutos ou os condutores são encerrados nas paredes ou na estrutura da edificação, e acessível apenas em pontos determinados; • Massa: parte condutora que pode ser tocada e que normalmente não é viva, mas pode tornar-se viva em condições de falta. Por exemplo, as carcaças metálicas de quadros e painéis elétricos, de equipamentos elétricos etc; 16 • Parte viva: condutor ou parte condutora destinada a ser energizada em condições de uso normal (condutores de fase), incluindo o condutor neutro, mas, por convenção, não incluindo o condutor de proteção em neutro (PEN); • Proteção básica: meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em condições normais. Por exemplo, a isolação de um condutor elétrico, a fita isolante que recobre uma emenda etc. 17 04 COMO FAZER UMA INSPEÇÃO ELÉTRICA VISUAL? 18 Nesse capítulo você vai aprender como realizar uma boa inspeção elétrica visual, seguindo uma série de itens e procedimentos necessários para a realização dessa atividade. 1- Nas linhas elétricas em que os cabos forem fixados diretamente em paredes ou tetos, só devem ser usados cabos unipolares ou multipolares. Os condutores isolados só são admitidos em condutos fechados, ou em perfilados, conforme norma NBR 5410/04. Em particular, nos locais com concentração de pessoas e afluência de público, onde as linhas elétricas são aparentes ou contidas em espaços de construção, os cabos elétricos e/ou os condutos elétricos devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos, conforme norma NBR5410/2004; 19 2- Como regra geral, todos os circuitos devem dispor de dispositivos de proteção contra sobrecorrentes (sobrecarga e curto-circuito); 3- Todo circuito deve dispor de condutor de proteção “fio terra” em toda sua extensão. Um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito. E todas as massas da instalação devem estar ligadas a condutores de proteção; 4- Não devem ser ligadas a condutores de proteção as massas de equipamentos alimentados por transformador de separação elétrica, ou de equipamentos alimentados por sistema de extrabaixa tensão, que é eletricamente separado da terra, ou de equipamentos classe II (isolação dupla); 5- Todas as tomadas de corrente fixas das instalações devem ser do tipo com pólo de aterramento (2 pólos + terra, ou 3 pólos + terra). 20 6- Deve existir um ou mais dispositivo(s) diferencial(is) residual(is) (DR) que deve(m) seccionarautomaticamente a alimentação do(s) circuito(s) ou equipamento(s) por ele(s) protegido(s) sempre que ocorrer uma falta entre parte viva e massa ou entre parte viva e condutor de proteção, no circuito ou equipamento; 7- Deve-se ainda considerar os casos em que o uso do dispositivo DR não é admitido nem recomendável. Por exemplo: em esquemas de aterramento IT, salas cirúrgicas, UTI, motores de sistemas de combate a incêndio, circuitos que não devem ter a sua alimentação interrompida por razões de segurança ou operacionais, entre outras; 8- O sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) deve estar em conformidade com a NBR 5419/2015; 21 9- Os componentes fixos, cujas superfícies externas possam atingir temperaturas suscetíveis de provocar incêndio nos materiais adjacentes, devem: ser montados sobre (ou envolvidos por) materiais que suportem tais temperaturas e sejam de baixa condutividade térmica; ou separados dos elementos construtivos da edificação por materiais que suportem tais temperaturas e sejam de baixa condutividade térmica; ou montados de modo a guardar afastamento suficiente de qualquer material cuja integridade possa ser prejudicada por tais temperaturas e garantir uma segura dissipação de calor, aliado à utilização de materiais de baixa condutividade térmica. 10- Os quadros de distribuição devem ser instalados em locais de fácil acesso e serem providos de identificação do lado externo, legível e não facilmente removível. 22 10- Sinalização de segurança, deve ser afixada, no lado externo dos quadros elétricos, sinalização de alerta (vide figura abaixo). Todos os componentes dos quadros devem ser identificados de tal forma que a correspondência entre os componentes e os respectivos circuitos possa ser prontamente reconhecida. Essa identificação deve ser legível, indelével, posicionada de forma a evitar risco de confusão e corresponder à notação adotada no projeto. 23 05 EXEMPLOS PRÁTICOS 24 Ao realizar a inspeção visual desse quadro elétrico da instalação acima, foi possível detectar várias não conformidades, vejamos abaixo: • Falta de DR e DPS; • Emendas dos condutores inadequadas; • Circuitos não identificados; 25 • Ausência de terminais do tipo olhal; • Sem proteções das partes vivas; • Inserir o diagrama elétrico no porta documentos do quadro. Note que em apenas um quadro de distribuição foi possível detectar vários problemas apenas com uma boa inspeção visual. Cabe ao profissional solicitar o adequamento dos itens analisados, pois a segurança é o principal parâmetro quando tratamos de eletricidade. 26 06 CONCLUSÃO 27 Os requisitos das Normas e Regulamentos específicos, devem ser observados pelos profissionais a fim de respeitar cada critério das mesmas. Portanto, é necessário que todo profissional seja capacitado para realizar uma excelente inspeção visual e não colocar em risco a sua segurança e a segurança da instalação do cliente. Quando o profissional tem a habilidade de inspecionar uma instalação elétrica apenas visualmente, ele consegue detectar seus problemas sem a necessidade da realização de testes mais complexos, que demandam equipamentos mais específicos. 28 07 ACOMPANHE O QUADRO DA ELÉTRICA! 29 Fique ligado nas redes sociais do Quadro da Elétrica para ter mais conteúdos como esse para te ajudar a atingir o próximo nível em sua carreira no ramo da elétrica. Instagram: https://www.instagram.com/quadrodaeletrica/ Blog: https://www.quadrodaeletrica.com.br/ E-mail: contato@quadrodaeletrica.com.br Para acessar, basta clicar nos links acima. https://www.instagram.com/quadrodaeletrica/ https://www.quadrodaeletrica.com.br/
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