Prévia do material em texto
Prof. Dra. Ingrid Thaís B. Botelho 2020 Aula adaptada de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1199482/mod_resource/content/1/Aula10BioqAvan_Carboidratos.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1199482/mod_resource/content/1/Aula10BioqAvan_Carboidratos.pdf ADICIONAR UM RODAPÉ 2 Monossacarídeos ou açúcares simples Oligossacarídeos (Dissacarídeos) Polissacarídeos Fórmula Geral n PODE VARIAR ENORMEMENTE. 4 (CH2O)n OU Cn(H2O)n Exceção: Associados a grupamentos sulfatos, amina, amida e fosfato Carboidratos Hidratos de carbono, glicídeos, sacarídeos, açucares* Baseia-se na estrutura básica 5 Carboidratos são poli- hidroxialdeídos ou poli- hidroxicetonas, ou substâncias que geram esses compostos quando hidrolisadas Baseia-se no número de carbonos 6 Monossacarídeos Os monossacarídeos são sólidos cristalinos e incolores plenamente solúveis em água, mas insolúveis em solventes apolares. 7 Aldoses Cetoses n = 3 C3H6O3 triose triulose n = 4 C4H8O4 tetrose tetrulose n = 5 C5H10O5 pentose pentrulose n = 6 C6H12O6 hexose hexulose n = 7 C7H14O7 heptose heptulose * Heparansulfato (polissacarídeo) 8 • 1º sufixo inicial aldo ou ceto • 2º sufixo da quantidade de carbonos • 3° sufixo final “ose”* aldo hexo ose aldoexose Glicose C6H12O6 9 ceto hexo ose cetoexose Frutose aldo penta ose aldopentose Ribose C6H12O6 C5H10O5 10 Todos os carboidratos, salvo a diidroxicetona, apresentam carbonos assimétricos (quirais) de modo que ocorrem formas Isoméricas ópticas C2 = carbono quiral C2 = carbono simétrico 11 Formas isoméricas conferem diferenças estruturais e funcionais • Monossacarídeos com carbono quiral tem duas formas enantiômeras (imagens especulares uma da outra , que não se sobrepõem). Lehninger Principles of Biochemistry - Fourth Edition Enzimas que agem sobre os açúcares são absolutamente estereoespecíficas 12 • Ver a ordem de importância dos grupamentos químicos 1° aldo/ceto 2° hidroxila (do carbono quiral mais afastado do grupo carbonila - ciclização) 3° carbono Observar as molécula e ver “caminho” /giro para chegar a estes componentes Na natureza a maioria é D!!! 13 • O número de isômeros ópticos varia com o número de carbonos quirais encontrados na molécula • 2n onde n = número de carbonos assimétricos 14 Aldoses e cetoses. As séries de (a) D-aldoses e (b) D-cetoses têm de três a seis átomos de carbono, mostradas como fórmulas de projeção. Os átomos de carbono em vermelho são centros quirais. Em todos estes isômeros D, o carbono quiral mais distante do carbono do carbonil apresenta a mesma configuração do carbono quiral do D-gliceraldeído. Os açúcares com os nomes dentro de retângulos são os mais comuns na natureza; 15 • Em soluções aquosas carboidratos que possuem 5 ou mais carbonos apresentam estrutura molecular cíclica requer menos Energia para se manter em solução. hemiacetal 16 hemicetal O carbono que apresentava o grupo carbonila na forma aberta, e que, consequentemente, não era quiral (pois o grupo carbonila tem uma ligação dupla entre o carbono e o oxigénio), passa a ser quiral, o que significa que, na forma cíclica, os monossacarídeos apresentam mais carbonos quirais e, por isso, mais estereoisômeros. 2 3 1’ ADICIONAR UM RODAPÉ 17 Carbono da carbonila C anomérico e pode assumir 2 conformações espaciais: α e β Observar posição da hidroxila no plano geométrico: Para baixo α (está trans em relação ao grupo álcool em C5) Para cima β (está cis em relação ao grupo álcool em C5 ) Processo Mutarrotacional 18 19 Observar posição da hidroxila no plano geométrico: Para baixo α (está trans em relação ao grupo álcool em C5) Para cima β (está cis em relação ao grupo álcool em C5 ) ADICIONAR UM RODAPÉ 20 ADICIONAR UM RODAPÉ 21 Usada para formação de: - Dissacarídeos - Trissacarídeos .... - Oligossacarídeos (até 20 monossacarídeos) - Polissacarídeos - Ligação do tipo covalente com liberação de água para o meio! - Reversível! - prontamente hidrolisadas por ácido, mas resistem à clivagem por base. • Classificação quanto ao número de monômeros 22 Glicose Glicose Maltose Sempre ponta com carbono anomérico!!! 23 24 Dosagem de Glicemia de Jejum 25 Os carbonos anoméricos também podem se ligar através de ligações glicosídicas para formar carboidratos compostos Não é um carboidrato redutor!!! A nomenclatura comum para di ou oligossacarídeos especifica a ordem das unidades de monossacarídeos, a configuração de cada carbono anomérico e os átomos de carbono participantes da(s) ligação(ões) glicosídica(s). Prof. Dra. Ingrid Thaís B. Botelho Parte 2 Aula adaptada de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1199482/mod_resource/content/1/Aula10BioqAvan_Carboidratos.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1199482/mod_resource/content/1/Aula10BioqAvan_Carboidratos.pdf Maltose (glicose + glicose): açúcar do malte/ resultado digestão Lactose (glicose + galactose): açúcar do leite. [ Sacarose (glicose + frutose): açúcar de cana e da beterraba. 28 29 ADICIONAR UM RODAPÉ 30 Alguns derivados de hexose importantes na biologia. Nos aminoaçúcares, um grupo -NH2 substitui um dos grupos -OH na hexose parental. A substituição de -H por -OH origina um desoxiaçúcar; observe que os desoxiaçúcares mostrados aqui ocorrem como isômeros L na natureza. Os açúcares ácidos contêm um grupo carboxilato, o que confere carga negativa em pH neutro A oxidação do carbono do carbonil (aldeído) a carboxil na glicose produz ácido glicônico, Compõe muitos polímeros estruturais, incluindo aqueles da parede celular de bactérias. encontrada nos oligossacarídeos complexos que compõem glicoproteínas e glicolipídeos encontrada em polissacarídeos vegetais. utilizado na medicina como um contraíon inócuo para a administração de fármacos positivamente carregados (tais como o quinino) ou íons (tais como o Ca21). 31 O Número de monômeros e o tipo de ligação diferenciam os três homopolissacarídeos de maior relevância. Glicogênio Celulose Amido TIPOS ADICIONAR UM RODAPÉ 32Peptidoglicano 33 Cadeia longa, ramificada Cadeia longa, não ramificada 34 Cadeia longa, não ramificada α 1,4 amilase 35 Cadeia longa, ramificada Ponta redutora Pontas não redutoras 1 ramificação a cada 20 a 24 moléculas de glicose 36Proteína glicogenina interage com o única molécula redutora Grande capacidade de armazenamento 37 • Para que a pressão osmótica em hepatócitos e miócitos não seja aumentada de forma demasiada • A pressão exercida por uma molécula de glicogênio é a mesma que a de uma molécula de glicose!!! Fonte: http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/res3.htm http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/res3.htm 38 ADICIONAR UM RODAPÉ 39Peptidoglicano ADICIONAR UM RODAPÉ 40 – substância fibrosa, resistente e insolúvel em água ADICIONAR UM RODAPÉ 41 Não conseguimos hidrolisar estes tipos de ligação! ADICIONAR UM RODAPÉ 42 43 Única diferença química em comparação com a celulose é a substituição de um grupo de hidroxila em C-2 por um grupo de amina acetilado segundo polissacarídeo mais abundante na natureza, depois da celulose; estima-se que 1 bilhão de toneladas de quitina são produzidas a cada ano na biosfera 44 Família de polímeros lineares compostos por unidades de dissacarídeo repetidas Um dos dois monossacarídeos é obrigatoriamente N-acetilglicosamina ou N-acetilgalactosamina; o outro, na maioria dos casos, é um ácido urônico, geralmente ácido D-- glicurônico ou ácido L-idurônico. São poliânions em que os grupos carregados negativamente ou são carboxilas ou ésteres de sulfatos ou ambos O padrão de resíduos de açúcar sulfatados e não sulfatados específico para cada glicosaminoglicano proporciona que diferentes ligantes proteicos, osquais se ligam eletrostaticamente aos glicosaminaglicanos, sejam reconhecidos especificamente. Proteoglicanos ADICIONAR UM RODAPÉ 45 Proteoglicanos ADICIONAR UM RODAPÉ 46 Policarboxilado Hidroxila do C4 abaixo do plano geométrico da molécula Amina ligada ao C estereficado Os outros glicosaminoglicanos diferem do ácido hialurônico em três aspectos: em geral são polímeros muito mais curtos, estão covalentemente ligados a proteínas específicas (proteoglicanos), e uma ou as duas unidades monoméricas são diferentes daquelas do ácido hialurônico. 47 Estimula o metabolismo de condrócitos e a síntese de colágeno e proteoglicanos. Inibe enzimas destrutivas como a hialuronidase e a elastase. Fixa água. Polisulfatado Policarboxi -sulfatado Hidroxila do C4 acima do plano geométrico da molécula Amina ligada ao C estereficado ADICIONAR UM RODAPÉ 48 ADICIONAR UM RODAPÉ 49 50 • Associados , em geral as membranas celulares • fornecem comunicação entre as células e a matriz extracelular circundante; • sinalizam proteínas para o transporte e a localização em organelas específicas, ou para degradação, quando a proteína é malformada ou supérflua; • atuam como pontos de reconhecimento para moléculas de sinalização extracelulares (fatores de crescimento, • por exemplo) ou parasitas extracelulares (bactérias e vírus) • São componentes centrais para reconhecimento e adesão entre células, migração celular durante o desenvolvimento, • Atuam na coagulação sanguínea, resposta imune, cicatrização de ferimentos e outros processos celulares. 51 52 • As glicoproteínas possuem um conteúdo de carboidratos que varia de < 1% até > 90% em peso • Compreendem o espectro inteiro das atividades das proteínas, incluindo enzimas, proteínas de transporte, receptores, hormônios e proteínas estruturais • As cadeias de carboidratos são geradas de forma enzimática e ligadas covalentemente ao polipeptídeo • Tendem a ter uma composição variável de carboidratos – microheterogeneidade • Ex: proteoglicanos peptideoglicanos 53 São macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular nas quais uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente unidas a uma proteína de membrana ou a uma proteína secretada. A cadeia de glicosaminoglicano pode ligar-se a proteínas extracelulares por meio de interações eletrostáticas entre a proteína e os açúcares negativamente carregados do proteoglicano. 54 Proteoglicanos A arquitetura molecular dos proteoglicanos: forma de escova de garrafa, com cerdas ligadas não covalentemente a um suporte filamentoso de ácido hialurônico. 55 Peptidoglicanos Polímero de grandes dimensões formado por aminoácidos (p. ex., peptido-) e açúcares (p. ex., glicanos) encontrados apenas na parede celular de bactérias. Mais açucares do que proteínas conferem apoio estrutural às bactérias, protegendo contra altas pressões osmóticas permite vida em ambientes hipotônicos Relação com virulência bacteriana 56 Streptoccocus sp Pseudomonas sp 57 Lágrima, leite, saliva, muco Antibióticos Beta-lactâmicos 58 Proteínas glicosiladas Quase todas as proteínas secretadas e associadas a membranas de células eucarióticas são glicosiladas ! Os oligossacarídeos são covalentemente acoplados às proteínas por ligações N- glicosídicas ou O-glicosídicas ADICIONAR UM RODAPÉ 59 O processo de glicozilação é essencial para a biossíntese e enrolamento das proteínas, para a atividade de enzimas e hormônios, para o funcionamento de receptores celulares, reconhecimento de anticorpos, transportadores, síntese de fatores de coagulação sanguíneos e ainda para a maioria das proteínas membranares e muitas proteínas intracelulares. Défices Congénitos da Glicosilação: alguns casos, diagnóstico e tratamento,. Disponível em: https://eg.uc.pt/bitstream/10316/83719/1/Trabalho%20final.pdf O carboidrato pode constituir de 1 a 70% ou mais da massa da glicoproteína https://eg.uc.pt/bitstream/10316/83719/1/Trabalho final.pdf https://eg.uc.pt/bitstream/10316/83719/1/Trabalho final.pdf 60 O carboidrato é ligado por meio de seu carbono anomérico por uma ligação glicosídica com o –OH de um resíduo de Ser ou Thr (O-ligado) ou por uma ligação N-glicosil com o nitrogênio da amida de um resíduo de Asn (N-ligado) 61 • agrupamentos altamente hidrofílicos de carboidratos alteram a polaridade e a solubilidade das proteínas com as quais estão conjugados • servem como marcadores do destino da proteína (RE complexo; complexo secreção) • marcam proteínas mal dobradas para a degradação • O volume e a carga negativa das cadeias de oligossacarídeos também protegem algumas proteínas do ataque por enzimas proteolíticas. ADICIONAR UM RODAPÉ 62 ADICIONAR UM RODAPÉ 63 ADICIONAR UM RODAPÉ 64 Algumas das porções oligossacarídicas dos gangliosídeos determinam os grupos sanguíneos humanos ** glicoproteínas, também contribuem para o tipo do grupo sanguíneo. ADICIONAR UM RODAPÉ 65 Como as selectinas controlam as respostasinflamatórias na artrite reumatoide, asma, psoríase, esclerose múltipla e rejeição de órgãos transplantados, existe um grande interesse no desenvolvimento de fármacos que inibam a adesão celular mediada por selectinas 66 ADICIONAR UM RODAPÉ 67 Ex: N-glicolilneuramínico não humano" Neu5Gc x carne O glicoma é o conteúdo total de carboidratos simples e complexos em um organismo. Glicômica é o estudo sistemático das estruturas e das funções de glicomas, como o glicoma humano