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Disciplina: Bases Econômicas Aula 10: Políticas cambial e comercial, balanço de pagamentos, câmbio e noções das condições do mercado global de capitais Apresentação A presente aula explica o que são as políticas cambial e comercial. Ao mesmo tempo, esta aula de�ne balanço de pagamentos e apresenta a estrutura das suas contas. Esta aula explica também os diversos regimes existentes de câmbio. No �nal, apresenta noções sobre as condições do mercado global de capitais. Objetivos Esclarecer as políticas cambial e comercial; Reconhecer balanço de pagamentos e a sua estrutura; Debater as várias formas de regimes cambiais dentro das condições do mercado global de capitais. Políticas cambial e comercial O presente item discorre sobre dois tipos de políticas relacionadas com o setor externo da economia, ou seja, a política cambial e a política comercial. Na verdade, tais políticas dizem respeito às ações do governo que atingem diretamente as transações econômicas entre um país e o resto do mundo. Sendo assim, com a política cambial, o governo administra o mercado de divisas de duas formas, isto é: Independentemente da pressão do mercado, assume diretamente o compromisso de manter a paridade �xa de câmbio por meio do Banco Central. Pode, por livre determinação, deixar as forças do mercado de divisas estabelecerem os valores da taxa de câmbio. Além disso, o governo, por meio do Banco Central (BC), pode fazer com que as taxas de câmbio �utuem livremente dentro de um intervalo (uma banda), com limites mínimos e máximos. E, neste caso, se o mercado pressionar o valor da taxa de câmbio para fora da banda estabelecida, o BC intervém (vendendo ou comprando moeda estrangeira) para segurar os limites da taxa de câmbio dentro da banda. No que diz respeito à política comercial, ela refere-se à maneira pela qual o governo atua sobre os níveis das exportações e importações. Comentário A globalização econômica permite que os países resolvam o problema sistêmico de insu�ciência de demanda interna por meio da exportação de mercadorias. Além disso, de acordo com as suas vantagens competitivas em termos de resultados das contas do balanço de pagamentos, a globalização signi�ca menores restrições de acesso ao mercado internacional. Neste sentido, maiores possibilidades de exportação. Destaca-se ainda que a globalização econômica pode ser entendida como a ocorrência simultânea de três processos: crescimento extraordinário dos �uxos internacionais de produtos e capital, acirramento da concorrência internacional e maior interdependência entre empresas e economias nacionais. Em outras palavras, a política comercial é constituída por diversas formas de “intervencionismo” sobre o comércio internacional de um país, sendo que seus principais instrumentos são as tarifas, que se referem: 1 Aos impostos que o governo cobra sobre produtos estrangeiros. 2 Às quotas de importação isto é, quando o governo limita a quantidade de importações que podem ser realizadas, qualquer que sejam seus preços. 3 Aos subsídios às exportações que se referem às ajudas aos fabricantes nacionais de determinados produtos para que eles possam exportá-los a preços mais competitivos. 4 Às barreiras não tarifárias isto é, regulamentações administrativas que discriminam os produtos estrangeiros em favor dos nacionais. Balanço de pagamentos e câmbio São conceitos extremamente importantes na análise econômica. Estes elementos nos dão uma visão de como as transações com o exterior podem ser apreciadas e, ao mesmo tempo, nos fazem entender como essas transações são importantes para a economia de um país. De�nição e estrutura Leitura Antes de toda e qualquer discussão que aqui possamos realizar, leia o artigo Balanço de Pagamentos é superavitário em US$ 1,8 bilhão em abril <https://oglobo.globo.com/economia/balanco-de-pagamentos-superavitario-em-us-18-bilhao-em-abril-3132713> do Jornal O Globo Online. Acessado em: 23 jan. 2019. Este pequeno artigo diz respeito justamente ao que iremos estudar agora, ou seja, às contas do balanço de pagamentos. Nesse sentido, segundo Tavares (2013), é importante entender que o balanço de pagamentos é um registro sistemático das transações econômicas (e �nanceiras) de um país com o exterior. Ainda segundo Tavares (2013), este registro é composto, basicamente, pelas seguintes rubricas: Balança comercial Balança de serviços Transferências (ou transações) unilaterais Balança de transações correntes (1+2+3) https://oglobo.globo.com/economia/balanco-de-pagamentos-superavitario-em-us-18-bilhao-em-abril-3132713 Movimento de capitais autônomos e �nanceiros Erros e omissões Saldo do balanço de pagamentos (4+5+6) Variação de reservas (internacionais) (-7) Balança comercial, balança de serviços, transações unilaterais e balança de transações correntes A partir das informações anteriores, observe o quadro hipotético a seguir, que diz respeito à estrutura do balanço de pagamentos obtida no site do Banco Central do Brasil e adaptada para esta aula (Fonte: http://www.bcb.gov.br <http://www.bcb.gov.br> . Acesso em: 07 fev. 2019). http://www.bcb.gov.br/ A balança comercial (BC) é composta pelas transações de bens materiais entre o Brasil e o resto do mundo. Constituem a balança comercial as contas de exportações (X) e importações (M). Destaca-se que, de acordo com Tavares (2013), tais bens são mensurados de acordo com o critério FOB (free on board), isto é, os valores dessas contas não incluem os fretes e os seguros incidentes sobre o transporte internacional das mercadorias da origem para o destino. Assim, o saldo da balança comercial é dado por: BC = X – M = NX = saldo das exportações líquidas Ainda de acordo com Tavares (2013), a balança de serviços (BS) é ordenada pelas transações de bens imateriais entre o país e o resto do mundo. A BS compreende duas categorias, ou seja, a balança de serviços, não fatores (ou simplesmente serviços) e a balança de serviços de fatores (ou de rendas). A primeira diz respeito às contas que não representam remuneração aos fatores de produção, tais como: fretes, seguros, turismo, viagens internacionais, despesas diplomáticas etc. A de rendas se refere aos pagamentos (ou recebimentos) aos fatores de produção como, no caso dos juros, dividendos, royalties etc. Comentário A partir das informações sobre balança comercial e balança de serviços, surgem, segundo Tavares (2013), dois conceitos que são utilizados pelo Banco Central e que são importantes para o país: a transferência líquida de recursos (TLR) ao exterior e a renda líquida do exterior (RLE). No que diz respeito à RLE, este conceito já foi discutido nas nossas aulas. Entretanto, no que diz respeito à TLR, esta é constituída pela seguinte equação, ou seja: TLR = (exportações + entrada de serviços não fatores) – (importações + saída de serviços não fatores). As transações (ou transferências) unilaterais (TU) são compostas pelas transações que não implicam em contrapartida, como no caso das doações, das remessas de dinheiro feitas por residentes (e não residentes) que se encontram trabalhando dentro e fora do país de origem. A balança de transações correntes (TC) corresponde à soma algébrica dos saldos da balança comercial (BC), da balança de serviços (BS) e das transações unilaterais (TU). Melhor colocando, tem-se: TC = BC + BS + TU Se observarmos o quadro Estrutura do Balanço de Pagamentos, podemos ver que houve uma queda signi�cativa do saldo da balança comercial de jan-nov/20X2 comparativamente a jan-nov/20X1, que, conjuntamente ao resultado negativo da balança de serviços, mesmo com saldo positivo em transações unilaterais, fez com que ocorresse um maior saldo negativo de transações correntes no mesmo período em questão. Em função das colocações que estamos estudando sobre o balanço de pagamentos, é importante fazer a seguinte pergunta: Por qual motivo os países (no mundo) têm crescimento econômico com taxas tão diferentes? Para isso, deve-se levar em consideração que a demanda depende do consumo,do investimento, dos gastos do governo e, também, do setor externo. É por esta abordagem que devemos considerar que as exportações assumem um papel importante em relação aos outros componentes da demanda agregada, pois, através das exportações, ocorre a entrada de divisas externas para dentro de um país, o que in�uencia positivamente os outros componentes da demanda agregada e, consequentemente, o crescimento do produto interno bruto como um todo. Neste caso, deve-se aqui fazer também a seguinte colocação como adendo, isto é, a diferença entre: Crescimento econômico Que signi�ca a evolução quantitativa do produto da economia. Desenvolvimento econômico Que se refere à evolução qualitativa do bem-estar da população de um país. Além disso, destaca-se também que, dada a mobilidade dos �uxos de capitais, por meio do crescimento econômico, a sociedade pode melhorar o seu padrão de vida, pois, ao desfrutar de renda per capita mais alta, pode consumir maiores quantidades de bens e serviços. Desta forma, o crescimento econômico se repensado de forma adequada, de modo a minimizar os impactos ambientais negativos e colocado a serviço de objetivos socialmente desejáveis, acaba sendo uma condição necessária para o desenvolvimento econômico Movimento de capitais O movimento de capitais autônomos (e �nanceiros): É a rubrica que registra os movimentos de entrada e de saída de capitais do país. Conforme podemos ver no quadro anterior (Estrutura do Balanço de Pagamentos), esta conta esta dividida basicamente em conta capital e conta �nanceira. A primeira destas contas mensura: 1. As transferências de capital relacionadas com patrimônio de migrantes. 2. A aquisição/alienação de bens não �nanceiros não produzidos, tais como cessão de patentes e marcas. Já a conta �nanceira registra �uxos decorrentes de transações com ativos e passivos �nanceiros entre residentes e não residentes. Essa conta é dividida essencialmente em quatro grupos, isto é, 1 Investimento direto 2 Investimentos em carteira 3 Derivativos 4 Outros investimentos (empréstimos, moeda em depósitos, créditos comerciais e outros ativos e passivos). O quadro antecedente (Estrutura do Balanço de Pagamentos) apresenta uma dada evolução positiva de jan-nov/20X2 comparativamente ao mesmo período de 20X1 na conta capital e �nanceira (CF). Destacam-se, principalmente, os dados da conta �nanceira alavancada pela situação positiva dos investimentos diretos no país. Mesmo assim, a conta capital e �nanceira não conseguiu no período jan-nov/20X2 equilibrar o saldo negativo de transações correntes, como aconteceu em 20X1. Erros e omissões, saldo do balanço de pagamentos e as variações de reservas internacionais De acordo com Tavares (2013), a conta erros e omissões (EO), como o próprio nome diz, é uma conta composta por transações com o exterior que não foram corretamente contabilizadas. No caso do saldo do balanço de pagamentos (SBP), esta rubrica corresponde ao seguinte resultado: SBP = TC + CF + EO O resultado do SBP representa a variação das reservas (internacionais - ∆R) do país, detidas pelo Banco Central do Brasil, no conceito de liquidez internacional , deduzidos os ajustes relativos às valorizações ou desvalorizações das moedas estrangeiras em relação ao dólar americano e aos ganhos ou perdas relativas a �utuações nos preços dos títulos e da cotação do ouro. 1 Comentário Segundo Vasconcelos e Garcia (2013), quanto maiores forem as entradas em relação às saídas de moedas estrangeiras, mais o Banco Central (BC) acumula reservas. Inversamente, quando o país é de�citário, há uma saída de divisas que o BC cobre fazendo uso das reservas acumuladas. Além dessa função (de cobrir os eventuais dé�cits nas contas externas) as reservas internacionais também podem ser usadas para evitar ataques especulativos contra a moeda nacional (R$). Assim, quando especuladores do mercado �nanceiro tentam provocar fortes altas ou baixas (por exemplo) do dólar no mercado, o BC pode usar as reservas internacionais para neutralizar esses movimentos. É importante destacar que, em condições de equilíbrio do balanço de pagamentos, o saldo (positivo ou negativo) em transações correntes é (ou deve ser) compensado pela soma dos saldos das contas capital e �nanceira. Segundo Gonçalves (2014), a compensação raramente é completa, de modo que, para zerar (ou equilibrar) o saldo do balanço de pagamentos (SBP), em geral, é necessário utilizar os capitais compensatórios. Ou seja, geralmente o SBP não é zero (conforme podemos observar pelo próprio quadro Estrutura do Balanço de Pagamentos) e, no �m de um ano de operações com o exterior, ou sobram divisas que vão aumentar as reservas ou faltam divisas. Neste último caso, torna-se necessário ou reduzir as reservas internacionais anteriormente acumuladas ou então pedir um empréstimo (na forma de �nanciamento compensatório) ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como aconteceu com o Brasil ao longo dos anos da década de 1980. http://estacio.webaula.com.br/cursos/GO0028/aula10.html Fonte: Banco Central do Brasil O câmbio No item anterior, analisamos a de�nição e a estrutura do balanço de pagamentos. Destaca-se que, antes de qualquer coisa, o câmbio pode afetar o saldo do balanço de pagamentos, principalmente no que diz respeito ao resultado da balança comercial. A partir desse contexto, observe o quadro e o grá�co a seguir a respeito dos valores na média R$/US$ da taxa de câmbio comercial para a venda. Evolução do Dólar: jan/2006 a dez/2018. A questão que �ca é: Como podemos de�nir o que é taxa de câmbio (TC)? Neste sentido, de acordo com Vasconcellos e Garcia (2013), a TC refere-se ao preço de uma moeda estrangeira qualquer em termos (de valor) da moeda nacional. Tal explicação está relacionada mais propriamente ao que chamamos de taxa de câmbio nominal (TCN). Podemos dizer que a taxa de câmbio entre o real (R$) e o Dólar (US$) foi, por exemplo, segundo o quadro, no mês de agosto/2017, na média para venda, de R$3,15 para US$1,00. Mas, temos a taxa de câmbio real (TCR) que é, por de�nição, a taxa de câmbio nominal ajustada pela relação entre os preços externos (PE) e os preços internos (PI). Matematicamente, temos: TCR = [(TCN.PE)/PI] As formas como um país pode regular a sua taxa de câmbio são chamadas de regimes cambiais. Vamos, assim, analisar os principais regimes de câmbio, quais sejam: Clique nos botões para ver as informações. Neste regime são as livres forças de mercado, isto é, a interação entre a oferta e a demanda de divisas, que determinam diretamente a taxa de câmbio. Neste caso, elevações da demanda por moeda estrangeira elevam a taxa de câmbio, enquanto reduções na demanda reduzem o valor desta taxa. Regime �exível (ou �utuante) As taxas nominais, ou seja, o preço das moedas estrangeiras em termos de moeda nacional, são determinadas exclusivamente pelo Banco Central (BC), que assume o compromisso de manter a paridade cambial �xa, independente da pressão do mercado. Regime de câmbio �xo Os regimes de taxa de câmbio �xas e �utuantes são, na verdade, casos extremos, substituídos na maioria dos países por um sistema híbrido, o chamado dirty �oating (no caso do Brasil, vigora o de bandas cambiais). Neste regime, o BC deixa que as taxas de câmbio �utuem livremente dentro de um intervalo (uma banda), com limites mínimos e máximos. Caso o mercado pressione o valor da taxa de câmbio para fora da banda estabelecida, o BC intervém (vendendo ou comprando moeda estrangeira) para segurar os limites da taxa de câmbio dentro da banda. Regime de �utuação suja É importante destacar que a taxa de câmbio frequentemente é um indicador de sensibilidade em relação à atividade econômica de um país. Muitas vezes dadas as incertezas da economia mundial e a imprevisibilidade de algumas nações, acaba sendo gerada uma insegurança sobre os efeitos e resultados que podem ser re�etidos em outras economias, como no caso do Brasil. De acordo com o regime de câmbio administrado no país, essescenários podem provocar �utuações na taxa de câmbio, gerando expectativas opostas para a economia, e o que tende a gerar uma desvalorização (ou depreciação) cambial. Saiba mais • Os termos apreciação e depreciação cambiais referem-se a mudanças na taxa de câmbio quando ela �utua em função das ações do governo e das forças de mercado. • Os termos valorização e desvalorização cambial dizem respeito a mudanças na taxa de câmbio quando ela é �xa, re�etindo decisões deliberadas do governo. Uma desvalorização (ou depreciação) ocorrida com a moeda nacional (no caso do Brasil, o R$) pode ser um fator para melhorar o desempenho dos setores produtivos exportadores a curto prazo, tendendo a gerar condições positivas na balança comercial que irão afetar o desempenho do balanço de pagamentos. Mas, destaca-se que, no caso brasileiro, tal efeito pode acobertar algum problema sério que diga respeito aos investimentos básicos em infraestrutura, assim como a necessidade de maiores investimentos em ciência e tecnologia que possam tornar o setor industrial mais e�ciente, produtivo e não dependente do câmbio. Além disso, uma desvalorização (ou depreciação) da moeda nacional (R$) pode gerar mais dois problemas adicionais, quais sejam: Clique nos botões para ver as informações. O primeiro relaciona-se com o papel que as importações têm em relação à oferta de produtos para a economia nacional. Se o consumo cresce em função da manutenção do emprego e do aumento da renda real do trabalhador, o mercado interno não é capaz de gerar produtos em quantidades su�cientes para atender ao aumento da demanda. Neste caso, portanto, haverá um aumento da in�ação provocada pelo crescimento da demanda. Problema 1 O segundo diz respeito à elevação do custo das importações que no �nal poderá contribuir para o aumento da taxa de in�ação através do acréscimo nos preços dos produtos �nais e nos custos dos fatores de produção importados. Isso acaba fazendo com que o BC eleve a taxa interna de juros na economia. Problema 2 Noções das condições do mercado global de capitais É importante chamar a atenção para que, conforme Gonçalves (2014), o mercado global de capitais está constituído de uma série de regimes, ou regras, cambiais e monetárias que dizem respeito às suas gestões com as suas taxas de câmbio e as suas moedas, respectivamente. Pois bem, tais regras acabam orientando a formação de expectativas, a avaliação de riscos e a evolução de estoques e �uxos �nanceiros e produtivos. Tais regimes monetário-cambiais também têm uma relação com a estabilide das economias, em conjunto com o crescimento econômico e com a dinâmica macroeconômica seja de países desenvolvidos, seja de países emergentes. E estas dinâmicas dos regimes monetário-cambiais acabam muitas vezes in�uenciando o resultado do balanço de pagamentos. Entre 1994 e início de 1999, o Plano Real correspondeu ao uso da âncora cambial como peça central de um programa de estabilização. No início, dado o contexto de taxas reais de juros domésticas colocadas em níveis bem altos e de superabundância de fluxos de capital externo, a livre flutuação cambial levou as taxas nominal e real de câmbio a patamares de supervalorização premeditada da moeda local. Em meados de 1995, após a ruptura da âncora cambial no México, o regime foi alterado, com a adoção de bandas (fixas) de flutuação cambial, com bandas e centro periodicamente reajustados para cima GONÇALVES, 2014, p. 355 2 Atividade 1. Assinale a alternativa que completa corretamente a frase a seguir: “Num regime �xo de taxa de câmbio...” a) O Banco Central (BC) não influencia na determinação da taxa de câmbio. b) O BC tem poder total na determinação da taxa de câmbio. c) O mercado de divisas determina a taxa de câmbio da economia. d) O BC compartilha com o mercado de divisas a formação da taxa de câmbio. e) N.R.A. http://estacio.webaula.com.br/cursos/GO0028/aula10.html 2. Leia atentamente as considerações a seguir que dizem respeito às contas do balanço de pagamentos: I - As exportações de suco de laranja de empresas brasileiras para os Estados Unidos (EUA) são registradas na conta da balança comercial. II - Remessas e recebimentos de lucros e dividendos são contas da balança de serviços. III – Amortização de empréstimos é considerada uma conta de transações unilaterais. IV – Pagamento e recebimento de fretes e transportes se referem à conta de capitais autônomos e �nanceiros a) I, II, III e IV são verdadeiras. b) I, II e III são verdadeiros e IV é falsa. c) I e II são verdadeiras e III e IV são falsas. d) I é verdadeira e II, III e IV são falsas. e) I, II, III e IV são falsas. 3. Uma desvalorização da taxa de câmbio (marcando a a�rmativa correta): a) Eleva as importações na conta balança de serviços. b) Pode gerar um déficit em transações correntes. c) Tende a elevar as exportações, podendo gerar inflação d) Pode gerar uma redução do superávit da balança comercial. e) Tende a manter um superávit e diminuir a inflação. Notas Liquidez internacional A de�nição de liquidez em âmbito internacional está relacionada justamente com o conceito de reservas internacionais. Assim sendo, estas reservas remetem ao total de moeda estrangeira (principalmente dólares, no caso brasileiro) mantido pelo Banco Central (BC), disponível para uso imediato. Conforme de�nição do próprio Banco Central, as reservas internacionais consistem em haveres em moeda estrangeira, ouro, direitos especiais de saque (ou seja, uma conta corrente) junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). 1 Âncora cambial Ancora cambial era o instrumento de política econômica que visava atrelar a moeda nacional a uma moeda estrangeira forte (neste caso, o dólar norte-americano), buscando com isso a estabilização da moeda nacional. 2 Referências BANCO Central do Brasil. Disponível em http://bcb.gov.br <http://bcb.gov.br> . Acessado em: 10 dez. 2018 GONÇALVES, Reinaldo (Org.). Economia internacional: teoria e experiência brasileira. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2014 JORNAL Estado de São Paulo. Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,balanco-de-pagamentos-tem- de�cit-de-us-4-5-bilhoes-em-outubro,170680e <http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,balanco-de-pagamentos-tem- http://bcb.gov.br/ http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,balanco-de-pagamentos-tem-deficit-de-us-4-5-bilhoes-em-outubro,170680e , p // / / g , p g de�cit-de-us-4-5-bilhoes-em-outubro,170680e> . Acessado em: 11 dez. 2018. KRUGMAN, P. & OBSFELD, M. Economia internacional: teoria e prática. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2012. MOCHON, Francisco. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. VASCONCELLOS, M. A. S. & GARCIA, H. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2013. Explore mais Leitura – Capítulos 9, 11, 13, 15 e 16 GONÇALVES, Reinaldo (Org.). Economia internacional: teoria e experiência brasileira. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2014; caps. 9, 11, 13, 15 e 16. Leitura – Capítulos 12 e 15 VASCONCELLOS, M. A. S. & GARCIA, H. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2013; caps. 12 e 15. Além disso, para saber mais sobre o que foi estudado nesta aula, visite as seguintes páginas dos direitos autorais: Banco Central do Brasil <http://bcb.gov.br> . Jornal Estado de São Paulo. <http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,balanco-de-pagamentos-tem-de�cit-de-us- 4-5-bilhoes-em-outubro,170680e > Valor Econômico: BC utilizará ‘com parcimônia’ ferramentas cambiais, diz Illan <https://www.valor.com.br/�nancas/4669953/bc-utilizara-com-parcimonia-ferramentas-cambiais-diz-ilan > . Globo News: Mercado de câmbio repercute manutenção da taxa de juros e dólar tem forte alta <http://g1.globo.com/globo- news/jornal-globo-news/videos/v/mercado-de-cambio-repercute-manutencao-da-taxa-de-juros-e-dolar-tem-forte- alta/4754142/ > . Talking of Money.com: Como o balanço de pagamentos impacta as taxas de câmbio da moeda? <https://pt.talkingofmoney.com/how-does-balance-of-payments-impact-currency-exchange-rates> http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,balanco-de-pagamentos-tem-deficit-de-us-4-5-bilhoes-em-outubro,170680e http://bcb.gov.br/ http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,balanco-de-pagamentos-tem-deficit-de-us-4-5-bilhoes-em-outubro,170680e https://www.valor.com.br/financas/4669953/bc-utilizara-com-parcimonia-ferramentas-cambiais-diz-ilan http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/mercado-de-cambio-repercute-manutencao-da-taxa-de-juros-e-dolar-tem-forte-alta/4754142/ https://pt.talkingofmoney.com/how-does-balance-of-payments-impact-currency-exchange-rates