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AD1 de Diversidade Cultural e Educação

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
AD1 – 2020.1
Disciplina: Diversidade Cultural e Educação
Coordenadora(o): Elielma A. Machado
Aluno(a): 
Matrícula: Polo: 
Alteridade x Etnocentrismo
A alteridade é um termo abordado pela filosofia e antropologia, que expressa a qualidade ou estado do que é outro ou do que é diferente. Um dos princípios fundamentais é que o homem em sua vertente social tem uma relação de dependência e interação com o outro. Quando é possível verificar a alteridade, uma cultura não tem como objetivo a extinção de uma outra. Isto porque a alteridade implica que um indivíduo seja capaz de se colocar no lugar do outro, em uma relação baseada no diálogo e valorização das diferenças existentes. A alteridade tem também papel de o ser determinado qualitativamente, está em uma relação de negatividade com o outro, mas está destinado a se tornar em outro, a se alterar, incessantemente, mudando as próprias qualidades.
O etnocentrismo visa uma avaliação pautada em juízes de valor daquilo que é considerado diferente, as separações e assimetrias entre os seres humanos de uma dada sociedade, visando uma diferença que pode ser altamente perceptível ou até mesmo ignorada, para uma mera dissemelhança.
 Uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensar a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. (ROCHA, 1994, p. 7)
O principal ponto não está apenas em se constatar as diferenças, mas sim em aprender a lidar com elas. Dessa maneira, quando ocorre o choque cultural entre os indivíduos, pode-se dizer que cada qual considera sua cultura como mais sofisticada do que as demais. Deve-se lembrar que esta foi a lógica que norteou as ações de estratégia geopolítica das nações dentre as quais nasceu o capitalismo como modo de produção. 
Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e de seus hábitos gera uma visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se desdobrar em conflitos diretos. O etnocentrismo está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia, a visão etnocêntrica vêm na contramão do processo de integração global decorrente da modernização dos meios de comunicação como a internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.
O progresso tecnológico não provoca mudanças apenas de ordem prática; as relações, os valores, a moral, os costumes, enfim o modo de vida, também é alterado. O mundo contemporâneo é desigual, repleto de mutações, migrações, conflitos, contatos que geram crises de identidade e choques culturais. É necessário pensarmos, então, em novas formas de sobrevivência compatíveis com esse momento histórico que ora construímos e vivenciamos.
BIBLIOGRAFIA:
 • DA MATTA, Roberto. Carnavais, Malandros e Heróis. Para uma Sociologia do Dilema Brasileiro. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1983.
• FILHO, Evaristo de Moraes (org.). “O Estrangeiro”. Coleção Grandes Cientistas Sociais - Georg Simmel. Sociologia. São Paulo: Ed. Ática, 1983, p. 182 a 188
•BURITY, Joanildo A. Globalização e identidade – desafios do multiculturalismo. In: As ciências Sociais – desafios do milênio. Natal: EDUFRN/PPGCS, 2001.

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