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1 2 Sumário Conheça o Perfil da banca examinadora Vunesp. ....................................................................................................................................... 5 Entenda o que é uma banca examinadora ................................................................ 5 Banca examinadora Vunesp – Histórico . 5 Banca examinadora Vunesp – Perfil ....... 5 Banca examinadora Vunesp – Principais concursos ................................................ 5 Nível de dificuldade da Vunesp ............... 6 Banca examinadora Vunesp ................... 6 Exigências por matéria ............................ 6 Língua Portuguesa .............................. 6 Matemática e Raciocínio Lógico .......... 6 Direito .................................................. 6 Informática ........................................... 7 Dicas De Como Estudar Leis Para Concurso .................................................................................................................................... 7 Como estudar Leis para concurso ........................................................................................... 7 Direito Penal ............................................................................................................................... 9 DIREITO PENAL: Código Penal - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 293 a 305; 307; 308; 311-A; 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337; 339 a 347; 350; 357 e 359. ...................................................... 9 Direito Constitucional .............................................................................................................. 21 DIREITO CONSTITUCIONAL: Constituição Federal – com as alterações vigentes até a publicação do Edital: Título II - Capítulos I, II e III; e Título III - Capítulo VII com Seções I e II; e também o artigo 92. .................... 21 DIREITO PROCESSUAL .......................................................................................................... 39 CIVIL: ........................................................................................................................................ 39 Código de Processo Civil - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 144 a 155; 188 a 275; 294 a 311 e do 318 a 538; 994 a 1026. ........................................................................................... 39 Processo Penal ................................... 118 DIREITO PROCESSUAL PENAL: .......................................................................................... 118 Código de Processo Penal - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 251 a 258; 261 a 267; 274; 351 a 372; 394 a 497; 531 a 538; 541 a 548; 574 a 667......................................................................................................................... 118 Lei nº 9.099 de 26.09.1995 .............. 154 (artigos 3º ao 19) e (artigos 60 a 83; 88 e 89). .......................................... 154 LEI Nº 12.153, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009. ........................................................................................................................................ 163 DIREITO ADMINISTRATIVO: ................................................................................................. 167 Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo ........................................................................................................ 167 (Lei n.º 10.261/68) - artigos 239 a 323;.................................................................................. 167 (Atualizada até a Lei Complementar nº 1.310, de 04 de outubro de 2017) .......................................................................................... 167 Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado ........................................................ 167 NORMAS DA CORREGEDORIA ............................................................................................ 181 GERAL DA JUSTIÇA .............................................................................................................. 181 CAPÍTULO II .................................... 181 CAPÍTULO III. .................................. 184 CAPÍTULO XI . ................................ 205 Estatuto das pessoas com Deficiência ................................................................................ 210 LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - (Estatuto da Pessoa com Deficiência). ........................................................ 210 Resolução Nº 230 de 22/06/2016 ....... 216 Lei de Improbidade ................................................................................................................ 228 Administrativa ........................................................................................................................ 228 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. ............................................... 228 Algumas Dicas para o ........................................................................................................... 236 concurseiro iniciante ............................................................................................................. 236 Plano de Estudos TJ-SP ....................................................................................................... 238 Encontrado na Internet ......................................................................................................... 238 Estudo por Ciclo ................................ 238 Treino de digitação ................................................................................................................ 240 3 4 5 CONHEÇA O PERFIL DA BANCA EXAMINADORA VUNESP. Conhecer a metodologia da instituição que organiza o concurso é parte impor- tante da estratégia de preparação. Isso porque cada banca tem suas parti- cularidades e conhecê-las a fundo pode fazer toda a diferença na hora da prova e, claro, para a aprovação. A Vunesp, por exemplo, é reconhecida como uma banca bastante tradicional, até mesmo fácil. No entanto, é preciso ficar de olho em suas pegadinhas. Entenda o que é uma banca examina- dora Em linhas gerais, uma banca examina- dora é a responsável pela organização e divulgação de um concurso público. Sua equipe fica a cargo da elaboração das questões das provas para cada discipli- na solicitada no edital, de acordo com instruções do órgão contratante. Da mesma forma, analisam e julgam os re- cursos de questões. Tudo é feito por professores qualificados e profissionais experientes na área de concursos. Banca examinadora Vunesp – Histórico A Vunesp foi criada em 1979 pelo Con- selho Universitário da Universidade Es- tadual Paulista (UNESP) e é a respon- sável pela organização de seus vestibu- lares desde então. Por ser uma entidade sem fins lucrativos, também atua na rea- lização da maioria dos processos seleti- vos do estado de São Paulo (e em al- gumas outras regiões do país). Além disso, a Vunesp está a frente de diversos projetos de pesquisa, extensão e prestação de serviços à comunidade. Banca examinadora Vunesp – Perfil A Vunesp tem fama de ser uma banca mais acessível, mas que vem evoluindo em conteúdo e grau de exigência nos últimos anos. Como é originalmente uma entidade que organiza vestibulares, suas provas são sempre de múltipla escolha, com cinco alternativas. E é comum o enunciado solicitar que o candidato mar- que a respostacorreta ou a incorreta entre as opções. Ou seja, é preciso ter muito cuidado com essas pegadinhas, que podem confundir os mais desatentos em uma questão re- lativamente fácil. Caso você marque mais de uma opção na questão, ou ne- nhuma, ela será anulada (não perde nem ganha pontos). Ademais, mesmo sendo consideradas mais simples, as provas da Vunesp cos- tumam cobrar praticamente todo o conteúdo programático. O que requer uma preparação cuidadosa e extensa de todo os pontos solicitados no edital. Banca examinadora Vunesp – Princi- pais concursos Além do vestibular da Universidade Es- tadual Paulista (UNESP), a Vunesp rea- liza todos os anos um grande número de processos seletivos. Apenas em São Paulo, a entidade é costumeiramente responsável pelos concursos da Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Detran, Prefeitura e Tribunais. 6 A Vunesp é também uma das organiza- doras da prova do Enem (Exame Nacio- nal do Ensino Médio), ao lado da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e da Ces- granrio. Nível de dificuldade da Vunesp Como já falamos, a banca examinadora Vunesp tem um grau de dificuldade mé- dio, com questões relativamente mais fáceis que de outras bancas. No entanto, suas provas vêm ganhando corpo com o passar dos anos e costumam trazer al- gumas questões que são verdadeiras pegadinhas para os candidatos. Sendo assim, não pense que será uma barbada! Afinal, as provas da Vunesp requerem muita atenção aos enunciados e à forma como as perguntas e respostas são for- muladas para evitar confundir-se com algo aparentemente simples. Banca examinadora Vunesp Exigências por matéria Língua Portuguesa A disciplina de Língua Portugue- sa costuma ter um número maior de questões que as demais nas provas da Vunesp. Para essa matéria, são exigidos conhecimentos gerais de gramática: concordância verbal e nominal, sinôni- mos e antônimos e diferentes tipos de textos (narrativos, dissertativos, descriti- vos). No entanto, o foco central da prova de Português da banca examinadora Vunesp é a interpretação de textos. É hábito da enti- dade utilizar charges e quadrinhos para, a partir deles, propor questionamentos sobre temas da atualidade. Matemática e Raciocínio Lógico Já na prova de Matemática, contrariando o grau de exigência mediano das demais disciplinas, as questões trazem uma complexidade maior. Mas ainda assim nada inacessível! Os tópicos mais cobrados em Matemáti- ca são: operações com números reais, razão e proporção, porcentagem, regra de três, MMC e MDC, geometria, aritmé- tica, juros simples, sistema de equações, sistema de medidas, tabelas e gráficos. Em Raciocínio Lógico, os conteúdos mais solicitados são: estrutura lógica, diagramas lógicos, sequências e lógica de argumentação. Essa prova é conside- rada bastante fácil na comparação com outras bancas. Direito As provas da disciplina de Direito da banca examinadora Vu- nesp cobram, em geral, o conhecimento integral da Legislação. Ou seja, doutrina e jurisprudência são pouco (ou nada) exigidas. Em Direito Administrativo, atente aos seguintes temas: licitações, contratos, atos administrativos e regime jurídico único. Em Direito Constitucional, os tópi- cos mais cobrados são: orçamentos, Seguridade Social, direitos e garantias 7 individuais, direitos sociais e processos legislativos. Informática A prova de Informática também tem uma abordagem bastante simples, de fácil resolução. Os temas cobrados são usu- ais e acessíveis, como pacote Office, navegadores, sistemas operacionais e segurança. Nada que possa apavorar um candidato preparado. DICAS DE COMO ESTUDAR LEIS PARA CONCURSO A gente sabe que quando se trata de lei seca, legislação, regimento interno, você fica perdido e pouco concentrado, afinal, são artigos infinitos e todos parecem se repetir, ou parecem tão confusos, com aquelas nomenclaturas jurídicas, ou pou- co usuais no nosso cotidiano. Vou te mostrar algumas dicas de como estudar essa parte do seu edital, para que você vença esse medo e procrastina- ção de uma vez por todas. COMO ESTUDAR LEIS PARA CON- CURSO 1- Leia o Edital. Muitos candidatos chegam no dia da pro- va surpresos com o que está sendo co- brado, pelo simples fato de sequer, terem lido o edital do concurso. Se preocupam apenas com requisitos do cargo e o valor da remuneração. Em todo edital, sempre haverá a parte da legislação. Aqui já começamos a primeira distinção. Uma coisa diz respeito à legis- lação do concurso, comum a todos, por exemplo, a Lei 8112/90, a lei que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Outra coisa é a legislação pertinente ao seu cargo, código de ética do jornalista, como exemplo. Naturalmente, será co- brado apenas ao referido cargo. Você há de concordar que quando estudamos algo que tem a ver com nossa função, a leitura flui. Você dialoga com a lei. Mas quando você tem que aprender termos “juridi- quês”, ai a situação fica complicada. Portanto, a primeira ação a se fazer é se- parar a legislação do seu edital, entre aquilo que é de conhecimento comum a todos os cargos, e aquilo que diz respeito apenas ao seu cargo. Enumere tudo que for Lei, regimento, có- digo, legislação correlata e afins do seu edital, desse modo, você consegue visua- lizar e melhor planejar como estudará ca- da tópico até o dia da sua prova. 2- Material para Estudar a Lei Depois de cumprir as indicações do pri- meiro item, você se questiona: mas onde eu vou encontrar esse material todo para estudar? Primeiramente, cuidado. Sim, cuidado, porque sabemos que você vai jogar o número da lei na internet e baixar 8 a primeira que encontrar. Isso é perigoso, pois há um mundo de materiais gratuitos, mas nem sempre de qualidade e quando se trata de como estudar leis para con- curso, o risco de você baixar algo desatu- alizado é maior ainda. Logo, se o estudo é de lei seca, a refe- rência que você precisa ter é o site do Planalto, aqui ficam reunidos todas as leis, decretos, etc. Aí é a sua fonte oficial. Naturalmente, haverá regimentos de ór- gãos que você não encontrará nesse en- dereço eletrônico, por se tratar de leis que regem determinada atuação de um órgão, dizendo respeito somente a ele. Nesses casos, você deverá acessa a pá- gina oficial do órgão para ter acesso ao regimento dele. Este item dois é muito importante, pois com o material certo de estudo de leis você estará seguro do que encontrará na sua prova. Imagine que você em sua pesquisa pela lei que está no seu edi- tal, baixou a primeira lei que olhou no site de busca. Essa lei já estava desatualiza- da, mas você não notou. Quando chegou o dia da prova, você não consegue apli- car o que estudou, com o que o examina- dor pediu. Vai ser frustrante. 3 – Estude a lei, fazendo marcações e as- sociações Dentre os requisitos de como estudar Leis para concurso, está o uso de algumas técnicas de estudo. Você já sabe o que tem que ser estudado, separou as leis ou adquiriu um bom material. Perfeito. Agora é o momento de sentar e ler. A gente sa- be que diferentemente de uma videoaula de um professor super didático, o estudo de leis para concurso vai exigir muito da sua concentração. São 200 artigos para serem lembrados no dia do seu concurso. A primeira dica é: faça marcações. Mas não faça imediata- mente. Pense comigo: você nuncaleu a lei, e ao término da primeira frase que contém cinco linhas, você já marcou de amarelo quatro delas. Autossabotagem. A marcação de lei serve para facilitar a sua revisão no futuro. Mas como eu vou saber o que é importan- te e grifar de maneira correta? Você só sabe que determinada parte é importante, quando a compara com as demais. Quando o professor falou para você pres- tar atenção naquela parte X da lei. Quan- do você faz questões e percebe o alto índice de cobrança em prova. Você preci- sa ter critérios de marcação. E tais crité- rios têm como base essa sequência indi- cada. 4- Resolver questões sobre Lei Sem a prática de questões, a prova vai ser uma grande novidade para você. Na verdade, um presente de grego. Você precisa estudar a lei para fazer questões, é como um treinamento. Na resolução de questões, você vai poder perceber como 9 a banca cobra essa parte do seu edital na prova. Quando você começar a responder uma bateria de questões, você vai notar que existem bancas que cobram a literalidade da lei. De outro lado, existem as que co- bram a aplicabilidade da lei, a sua inter- pretação. Nesse sentido, só a prática de resolução de questões é que vai deixar você pronto para o que aparecer. Mas claro, que quando o seu edital sair, aí vo- cê poderá ter um estudo voltado ao perfil da banca do seu concurso. 5- Revisão da Lei Se depois de todas essas dicas de como estudar Leis para concurso, você não re- visar o seu material grifado, não revisar as questões que errou, seus resumos, nada adiantará. A parte da revisão é imprescindível para que todo seu esforço em estudar esse item do edital não se perca entre tantos outros que você estudou. Depois que vo- cê encerrar a parte de estudo da lei do seu edital, lembre-se de voltar em suas marcações, mapas mentais, resumos. Só a revisão é que fará com que seu estudo da lei/legislação fique fixado em sua me- mória até o dia da prova. Não esqueça que a melhor forma de fixar o conteúdo é fazendo QUESTÕES. Direito Penal DIREITO PENAL: Código Penal - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 293 a 305; 307; 308; 311- A; 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337; 339 a 347; 350; 357 e 359. CAPÍTULO II. DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS. Falsificação de papéis públicos. Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; III - vale postal; IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V - talão, recibo, guia, alvará ou qual- quer outro documento relativo a arrecada- ção de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja res- ponsável; 10 VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1o Incorre na mesma pena quem: I – usa, guarda, possui ou detém qual- quer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destina- do a controle tributário; III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guar- da, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito pró- prio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou merca- doria: a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatorie- dade de sua aplicação. § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de tor- ná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos pa- péis a que se refere o parágrafo anterior. § 4º - Quem usa ou restitui à circula- ção, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou ou- tros logradouros públicos e em residências. Petrechos de falsificação. Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta par- te. CAPÍTULO III. DA FALSIDADE DOCUMENTAL. Falsificação do selo ou sinal público. Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Mu- nicípio; II - selo ou sinal atribuído por lei a enti- dade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: 11 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º. . - Incorre nas mesmas penas: I - quem faz uso do selo ou sinal falsifi- cado; II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. § 2º - Se o agente é funcionário públi- co, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. Falsificação de documento público. Art. 297 - Falsificar, no todo ou em par- te, documento público, ou alterar documen- to público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º. . - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta par- te. § 2º - Para os efeitos penais, equipa- ram-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de so- ciedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento ou em do- cumento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de se- gurado obrigatório; II – na Carteira de Trabalho e Previ- dência Social do empregado ou em docu- mento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou di- versa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualqueroutro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previ- dência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pesso- ais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. Falsificação de documento particular. Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e mul- ta. Falsificação de cartão. 12 Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particu- lar o cartão de crédito ou débito. Falsidade ideológica. Art. 299 - Omitir, em documento públi- co ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir de- claração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único - Se o agente é funci- onário público, e comete o crime prevale- cendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. Falso reconhecimento de firma ou letra. Art. 300 - Reconhecer, como verdadei- ra, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é parti- cular. Certidão ou atestado ideologicamen- te falso. Art. 301 - Atestar ou certificar falsa- mente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de servi- ço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano. Falsidade material de atestado ou certidão. § 1º. . - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de três meses a dois anos. § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa. Falsidade de atestado médico. Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometi- do com o fim de lucro, aplica-se também multa. Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica. Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: 13 Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Na mesma pena in- corre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. Uso de documento falso. Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Supressão de documento. Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou parti- cular verdadeiro, de que não podia dispor: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclu- são, de um a cinco anos, e multa, se o do- cumento é particular. CAPÍTULO IV. DE OUTRAS FALSIDADES. Falsa identidade. Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a ter- ceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para cau- sar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui ele- mento de crime mais grave. Art. 308 - Usar, como próprio, passa- porte, título de eleitor, caderneta de reser- vista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. CAPÍTULO V. DAS FRAUDES EM CERTAMES DE IN- TERESSE PÚBLICO. Fraudes em certames de interesse públi- co. Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevida- mente, com o fim de beneficiar a si ou a ou- trem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: I - concurso público; II - avaliação ou exame públicos; III - processo seletivo para ingresso no en- sino superior; ou IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1o - Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às in- formações mencionadas no caput. 14 § 2o - Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. § 3o - Aumenta-se a pena de 1/3 (um ter- ço) se o fato é cometido por funcionário pú- blico. TÍTULO XI. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRA- ÇÃO PÚBLICA. CAPÍTULO I. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GE- RAL. Peculato. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá- lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º. . - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo. § 2º - Se o funcionário concorre culpo- samente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Peculato mediante erro de outrem. Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do car- go, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Inserção de dados falsos em siste- ma de informações. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcio- nário autorizado, a inserção de dados fal- sos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (do- ze) anos, e multa. Modificação ou alteração não autori- zada de sistema de informações.Art. 313-B. Modificar ou alterar, o fun- cionário, sistema de informações ou pro- grama de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: 15 Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. As penas são aumen- tadas de um terço até a metade se da modi- ficação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o adminis- trado. Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento. Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qual- quer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. Emprego irregular de verbas ou ren- das públicas. Art. 315 - Dar às verbas ou rendas pú- blicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Concussão. Art. 316 - Exigir, para si ou para ou- trem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Excesso de exação. § 1º. . - Se o funcionário exige tribu- to ou contribuição social que sabe ou deve- ria saber indevido, ou, quando devido, em- prega na cobrança meio vexatório ou gra- voso, que a lei não autoriza: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. § 2º - Se o funcionário desvia, em pro- veito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres pú- blicos: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Corrupção passiva. Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de as- sumi-la, mas em razão dela, vantagem in- devida, ou aceitar promessa de tal vanta- gem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (do- ze) anos, e multa. § 1º. . - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infra- ção de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Facilitação de contrabando ou descami- nho 16 Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. Prevaricação. Art. 319 - Retardar ou deixar de prati- car, indevidamente, ato de ofício, ou praticá- lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 319-A. Deixar o Diretor de Peni- tenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. Condescendência criminosa. Art. 320 - Deixar o funcionário, por in- dulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade com- petente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Advocacia administrativa. Art. 321 - Patrocinar, direta ou indire- tamente, interesse privado perante a admi- nistração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ile- gítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. Violência arbitrária. Art. 322 - Praticar violência, no exercí- cio de função ou a pretexto de exercê-la: Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à vio- lência. Abandono de função. Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. § 1º. - Se do fato resulta prejuízo públi- co: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 2º - Se o fato ocorre em lugar com- preendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Exercício funcional ilegalmente an- tecipado ou prolongado. 17 Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autori- zação, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou sus- penso: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Violação de sigilo funcional. Art. 325 - Revelar fato de que tem ci- ência em razão do cargo e que deva per- manecer em segredo, ou facilitar-lhe a reve- lação: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. § 1o - Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I – permite ou facilita, mediante atribui- ção, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pes- soas não autorizadas a sistemas de infor- mações ou banco de dados da Administra- ção Pública; II – se utiliza, indevidamente, do aces- so restrito. § 2o - Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. Violação do sigilo de proposta de concorrência. Art. 326 - Devassar o sigilo de propos- ta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa. Funcionário público. Art. 327 - Considera-se funcionário pú- blico, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º. - Equipara-se a funcionário públi- co quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contra- tada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previs- tos neste Capítulo forem ocupantes de car- gos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administra- ção direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. CAPÍTULO II. DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRA- ÇÃO EM GERAL. Usurpação de função pública. Art. 328 - Usurpar o exercício de fun- ção pública: 18 Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. Resistência. Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a fun- cionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:Pena - detenção, de dois meses a dois anos. § 1º. - Se o ato, em razão da resistên- cia, não se executa: Pena - reclusão, de um a três anos. § 2º - As penas deste artigo são apli- cáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. Desobediência. Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. Desacato. Art. 331 - Desacatar funcionário públi- co no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Tráfico de Influência. Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. Corrupção ativa. Art. 333 - Oferecer ou prometer vanta- gem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (do- ze) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência. Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração fede- ral, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar con- corrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspon- dente à violência. 19 Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou lici- tar, em razão da vantagem oferecida. Inutilização de edital ou de sinal. Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer for- ma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por de- terminação legal ou por ordem de funcioná- rio público, para identificar ou cerrar qual- quer objeto: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Subtração ou inutilização de livro ou documento. Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou do- cumento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em ser- viço público: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave. CAPÍTULO III. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRA- ÇÃO DA JUSTIÇA. Denunciação caluniosa. Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade ad- ministrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1º. - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contraven- ção. Comunicação falsa de crime ou de contravenção. Art. 340 - Provocar a ação de autorida- de, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Auto-acusação falsa. Art. 341 - Acusar-se, perante a autori- dade, de crime inexistente ou praticado por outrem: Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. Falso testemunho ou falsa perícia. Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou ne- gar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquéri- to policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (qua- tro) anos, e multa. § 1o - As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim 20 de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pú- blica direta ou indireta. § 2o - O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou de- clara a verdade. Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a tes- temunha, perito, contador, tradutor ou intér- prete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação: Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa. Parágrafo único. As penas aumentam- se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destina- da a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. Coação no curso do processo. Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbi- tral: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Exercício arbitrário das próprias ra- zões. Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena corresponden- te à violência. Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em po- der de terceiro por determinação judicial ou convenção: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Fraude processual. Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrati- vo, o estado de lugar, de coisa ou de pes- soa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro. Exercício arbitrário ou abuso de poder. Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder: 21 Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Na mesma pena in- corre o funcionário que: I - ilegalmente recebe e recolhe al- guém a prisão, ou a estabelecimento desti- nado a execução de pena privativa de liber- dade ou de medida de segurança; II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar imedia- tamente a ordem de liberdade; III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexameou a cons- trangimento não autorizado em lei; IV - efetua, com abuso de poder, qual- quer diligência. Exploração de prestígio. Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradu- tor, intérprete ou testemunha: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Parágrafo único - As penas aumentam- se de um terço, se o agente alega ou insi- nua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo. Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito. Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL: Cons- tituição Federal – com as altera- ções vigentes até a publicação do Edital: Título II - Capítulos I, II e III; e Título III - Capítulo VII com Se- ções I e II; e também o artigo 92. TÍTULO II. Dos Direitos e Garantias Fundamentais. CAPÍTULO I. DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS. Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros resi- dentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 22 I - homens e mulheres são iguais em direi- tos e obrigações, nos termos desta Consti- tuição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, pro- porcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercí- cio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas enti- dades civis e militares de internação coleti- va; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelec- tual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida pri- vada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo da- no material ou moral decorrente de sua vio- lação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con- sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóte- ses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer traba- lho, ofício ou profissão, atendidas as qualifi- cações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à in- formação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissio- nal; XV - é livre a locomoção no território nacio- nal em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per- manecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormen- te convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter para- militar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 23 autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser com- pulsoriamente dissolvidas ou ter suas ativi- dades suspensas por decisão judicial, exi- gindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a asso- ciar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimida- de para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em di- nheiro, ressalvados os casos previstos nes- ta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de pro- priedade particular, assegurada ao proprie- tário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito ex- clusivo de utilização, publicação ou repro- dução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da ima- gem e voz humanas, inclusive nas ativida- des desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamen- to econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intér- pretes e às respectivas representações sin- dicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de in- ventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às cria- ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econô- mico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei bra- sileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos ór- gãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, indepen- dentemente do pagamento de taxas: 24 a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclare- cimento de situações de interessepessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adqui- rido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, asse- gurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades funda- mentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançá- veis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entor- pecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e impres- critível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de repa- rar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra decla- rada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; 25 XLVIII - a pena será cumprida em estabele- cimentos distintos, de acordo com a nature- za do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas con- dições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamen- tação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, sal- vo o naturalizado, em caso de crime co- mum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilí- cito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de es- trangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sen- tenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela ine- rentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagran- te delito ou por ordem escrita e fundamen- tada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados ime- diatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direi- tos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da fa- mília e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação ali- mentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas cor- pus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 26 LXIX - conceder-se-á mandado de seguran- ça para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamenta- dora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogati- vas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de infor- mações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judi- cial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de enti- dade de que o Estado participe, à moralida- de administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o au- tor, salvo comprovada má-fé, isento de cus- tas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurí- dica integral e gratuita aos que comprova- rem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecida- mente pobres, na forma da lei: a) o regis- tro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. LXXVIII a todos, no âmbito judicial e admi- nistrativo, são assegurados a razoável du- ração do processo e os meios que garan- tam a celeridade de sua tramitação. § 1º. As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação ime- diata. § 2º. Os direitos e garantias expressos nes- ta Constituição não excluem outros decor- rentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º. Os tratados e convenções internacio- nais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casado Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 27 § 4º. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a mora- dia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternida- de e à infância, a assistência aos desampa- rados, na forma desta Constituição. Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urba- nos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preve- rá indenização compensatória, dentre ou- tros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de de- semprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacio- nalmente unificado, capaz de atender a su- as necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educa- ção, saúde, lazer, vestuário, higiene, trans- porte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aqui- sitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o dis- posto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remunera- ção variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da apo- sentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno supe- rior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcio- nalmente, participação na gestão da empre- sa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do de- pendente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não supe- rior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de ho- rários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reve- zamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, prefe- rencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cen- to à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 28 XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixa- dos em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao tra- balho, por meio de normas de saúde, higie- ne e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigo- sas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e de- pendentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de traba- lho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultan- tes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os traba- lhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; a) (Revogada). b) (Revogada). XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admis- são por motivo de sexo, idade, cor ou esta- do civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, peri- goso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezes- seis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV - igualdade de direitos entre o traba- lhador com vínculo empregatício permanen- te e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à cate- goria dos trabalhadores domésticos os direi- tos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendi- das as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de tra- balho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 72, de 2013). 29 Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, res- salvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma or- ganização sindical, em qualquer grau, re- presentativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou em- pregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da ca- tegoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissio- nal, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindica- tos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candida- tura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste arti- go aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendi- das as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os inte- resses que devam por meio dele defender. § 1º. A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunida- de. § 2º. Os abusos cometidos sujeitam os res- ponsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadorese empregadores nos colegia- dos dos órgãos públicos em que seus inte- resses profissionais ou previdenciários se- jam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade ex- clusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO III. DA NACIONALIDADE. Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, des- de que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasi- leiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 30 deles esteja a serviço da República Federa- tiva do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasi- leiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira compe- tente ou venham a residir na República Fe- derativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a naci- onalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas re- sidência por um ano ininterrupto e idoneida- de moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalida- de, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que re- queiram a nacionalidade brasileira. § 1º Aos portugueses com residência per- manente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os ca- sos previstos nesta Constituição. § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, sal- vo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da Re- pública; II - de Presidente da Câmara dos Deputa- dos; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Fede- ral; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa . § 4º - Será declarada a perda da nacionali- dade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade ori- ginária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela nor- ma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Art. 13. A língua portuguesa é o idioma ofi- cial da República Federativa do Brasil. § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 31 § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- nicípios poderão ter símbolos próprios. TÍTULO III. Da Organização do Estado. CAPÍTULO VII. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Seção I. DISPOSIÇÕES GERAIS. Art. 37. A administração pública direta e in- direta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- nicípios obedecerá aos princípios de legali- dade, impessoalidade, moralidade, publici- dade e eficiência e, também, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preen- cham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego pú- blico depende de aprovação prévia em con- curso público de provas ou de provas e títu- los, de acordo com a natureza e a comple- xidade do cargo ou emprego, na forma pre- vista em lei, ressalvadas as nomeações pa- ra cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro- vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir car- go ou emprego, na carreira; V - as funções de confiança, exercidas ex- clusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carrei- ra nos casos, condições e percentuais mí- nimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assesso- ramento; VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei especí- fica; VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas porta- doras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contrata- ção por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional in- teresse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa pri- vativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; XI - a remuneração e o subsídio dos ocu- pantes de cargos, funções e empregos pú- blicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 32 Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polí- ticos e os proventos, pensões ou outra es- pécie remuneratória, percebidos cumulati- vamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta- dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executi- vo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vin- te e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su- premo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos mem- bros do Ministério Público, aos Procurado- res e aos Defensores Públicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não pode- rão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do ser- viço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; XV - o subsídio e os vencimentos dos ocu- pantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos
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