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VADE MECUM TJSP-By-Antônio do Tribunal

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1 
 
 
 
2 
 
Sumário 
Conheça o Perfil da banca examinadora 
Vunesp. ....................................................................................................................................... 5 
Entenda o que é uma banca examinadora
 ................................................................ 5 
Banca examinadora Vunesp – Histórico . 5 
Banca examinadora Vunesp – Perfil ....... 5 
Banca examinadora Vunesp – Principais 
concursos ................................................ 5 
Nível de dificuldade da Vunesp ............... 6 
Banca examinadora Vunesp ................... 6 
Exigências por matéria ............................ 6 
Língua Portuguesa .............................. 6 
Matemática e Raciocínio Lógico .......... 6 
Direito .................................................. 6 
Informática ........................................... 7 
Dicas De Como Estudar Leis Para 
Concurso .................................................................................................................................... 7 
Como estudar Leis para concurso ........................................................................................... 7 
Direito Penal ............................................................................................................................... 9 
DIREITO PENAL: Código Penal - com 
as alterações vigentes até a 
publicação do Edital - artigos 293 a 
305; 307; 308; 311-A; 312 a 317; 319 a 
333; 335 a 337; 339 a 347; 350; 357 e 
359. ...................................................... 9 
Direito Constitucional .............................................................................................................. 21 
DIREITO CONSTITUCIONAL: 
Constituição Federal – com as 
alterações vigentes até a publicação do 
Edital: Título II - Capítulos I, II e III; e 
Título III - Capítulo VII com Seções I e 
II; e também o artigo 92. .................... 21 
DIREITO PROCESSUAL .......................................................................................................... 39 
CIVIL: ........................................................................................................................................ 39 
Código de Processo Civil - com as 
alterações vigentes até a publicação do 
Edital - artigos 144 a 155; 188 a 275; 294 
a 311 e do 318 a 538; 994 a 1026. ........................................................................................... 39 
Processo Penal ................................... 118 
DIREITO PROCESSUAL PENAL: .......................................................................................... 118 
Código de Processo Penal - com as 
alterações vigentes até a publicação do 
Edital - artigos 251 a 258; 261 a 267; 274; 
351 a 372; 394 a 497; 531 a 538; 541 a 
548; 574 a 667......................................................................................................................... 118 
Lei nº 9.099 de 26.09.1995 .............. 154 
(artigos 3º ao 19) e (artigos 60 a 83; 
88 e 89). .......................................... 154 
LEI Nº 12.153, DE 22 DE DEZEMBRO DE 
2009. ........................................................................................................................................ 163 
DIREITO ADMINISTRATIVO: ................................................................................................. 167 
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis 
do Estado de São Paulo ........................................................................................................ 167 
(Lei n.º 10.261/68) - artigos 239 a 323;.................................................................................. 167 
(Atualizada até a Lei Complementar nº 
1.310, de 04 de outubro de 2017) .......................................................................................... 167 
Dispõe sobre o Estatuto dos 
Funcionários Públicos Civis do Estado
 ........................................................ 167 
NORMAS DA CORREGEDORIA ............................................................................................ 181 
GERAL DA JUSTIÇA .............................................................................................................. 181 
CAPÍTULO II .................................... 181 
CAPÍTULO III. .................................. 184 
CAPÍTULO XI . ................................ 205 
Estatuto das pessoas com Deficiência ................................................................................ 210 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 
2015. Institui a Lei Brasileira de 
Inclusão da Pessoa com Deficiência - 
(Estatuto da Pessoa com Deficiência).
 ........................................................ 210 
Resolução Nº 230 de 22/06/2016 ....... 216 
Lei de Improbidade ................................................................................................................ 228 
Administrativa ........................................................................................................................ 228 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 
1992. ............................................... 228 
Algumas Dicas para o ........................................................................................................... 236 
concurseiro iniciante ............................................................................................................. 236 
Plano de Estudos TJ-SP ....................................................................................................... 238 
Encontrado na Internet ......................................................................................................... 238 
Estudo por Ciclo ................................ 238 
Treino de digitação ................................................................................................................ 240 
 
3 
 
 
 
4 
 
 
5 
 
CONHEÇA O PERFIL DA BANCA 
EXAMINADORA VUNESP. 
 
Conhecer a metodologia da instituição 
que organiza o concurso é parte impor-
tante da estratégia de preparação. 
 
Isso porque cada banca tem suas parti-
cularidades e conhecê-las a fundo pode 
fazer toda a diferença na hora da prova 
e, claro, para a aprovação. 
 
A Vunesp, por exemplo, é reconhecida 
como uma banca bastante tradicional, 
até mesmo fácil. No entanto, é preciso 
ficar de olho em suas pegadinhas. 
 
Entenda o que é uma banca examina-
dora 
 
Em linhas gerais, uma banca examina-
dora é a responsável pela organização e 
divulgação de um concurso público. Sua 
equipe fica a cargo da elaboração das 
questões das provas para cada discipli-
na solicitada no edital, de acordo com 
instruções do órgão contratante. Da 
mesma forma, analisam e julgam os re-
cursos de questões. Tudo é feito por 
professores qualificados e profissionais 
experientes na área de concursos. 
 
Banca examinadora Vunesp – Histórico 
 
A Vunesp foi criada em 1979 pelo Con-
selho Universitário da Universidade Es-
tadual Paulista (UNESP) e é a respon-
sável pela organização de seus vestibu-
lares desde então. Por ser uma entidade 
sem fins lucrativos, também atua na rea-
lização da maioria dos processos seleti-
vos do estado de São Paulo (e em al-
gumas outras regiões do país). 
Além disso, a Vunesp está a frente de 
diversos projetos de pesquisa, extensão 
e prestação de serviços à comunidade. 
 
Banca examinadora Vunesp – Perfil 
 
A Vunesp tem fama de ser uma banca 
mais acessível, mas que vem evoluindo 
em conteúdo e grau de exigência nos 
últimos anos. Como é originalmente uma 
entidade que organiza vestibulares, suas 
provas são sempre de múltipla escolha, 
com cinco alternativas. E é comum o 
enunciado solicitar que o candidato mar-
que a respostacorreta ou a incorreta 
entre as opções. 
 
Ou seja, é preciso ter muito cuidado com 
essas pegadinhas, que podem confundir 
os mais desatentos em uma questão re-
lativamente fácil. Caso você marque 
mais de uma opção na questão, ou ne-
nhuma, ela será anulada (não perde 
nem ganha pontos). 
 
Ademais, mesmo sendo consideradas 
mais simples, as provas da Vunesp cos-
tumam cobrar praticamente todo 
o conteúdo programático. O que requer 
uma preparação cuidadosa e extensa de 
todo os pontos solicitados no edital. 
 
Banca examinadora Vunesp – Princi-
pais concursos 
 
Além do vestibular da Universidade Es-
tadual Paulista (UNESP), a Vunesp rea-
liza todos os anos um grande número de 
processos seletivos. Apenas em São 
Paulo, a entidade é costumeiramente 
responsável pelos concursos da Polícia 
Militar, Polícia Civil, Ministério Público, 
Detran, Prefeitura e Tribunais. 
 
 
6 
 
A Vunesp é também uma das organiza-
doras da prova do Enem (Exame Nacio-
nal do Ensino Médio), ao lado da FGV 
(Fundação Getúlio Vargas) e da Ces-
granrio. 
 
 
Nível de dificuldade da Vunesp 
 
Como já falamos, a banca examinadora 
Vunesp tem um grau de dificuldade mé-
dio, com questões relativamente mais 
fáceis que de outras bancas. No entanto, 
suas provas vêm ganhando corpo com o 
passar dos anos e costumam trazer al-
gumas questões que são verdadeiras 
pegadinhas para os candidatos. 
 
Sendo assim, não pense que será uma 
barbada! 
 
Afinal, as provas da Vunesp requerem 
muita atenção aos enunciados e à forma 
como as perguntas e respostas são for-
muladas para evitar confundir-se com 
algo aparentemente simples. 
 
 
Banca examinadora Vunesp 
Exigências por matéria 
 
 
Língua Portuguesa 
 
A disciplina de Língua Portugue-
sa costuma ter um número maior de 
questões que as demais nas provas da 
Vunesp. Para essa matéria, são exigidos 
conhecimentos gerais de gramática: 
concordância verbal e nominal, sinôni-
mos e antônimos e diferentes tipos de 
textos (narrativos, dissertativos, descriti-
vos). 
 
No entanto, o foco central da prova de 
Português da banca examinadora Vunesp é a 
interpretação de textos. É hábito da enti-
dade utilizar charges e quadrinhos para, 
a partir deles, propor questionamentos 
sobre temas da atualidade. 
 
 
Matemática e Raciocínio Lógico 
 
Já na prova de Matemática, contrariando 
o grau de exigência mediano das demais 
disciplinas, as questões trazem uma 
complexidade maior. Mas ainda assim 
nada inacessível! 
 
Os tópicos mais cobrados em Matemáti-
ca são: operações com números reais, 
razão e proporção, porcentagem, regra 
de três, MMC e MDC, geometria, aritmé-
tica, juros simples, sistema de equações, 
sistema de medidas, tabelas e gráficos. 
 
Em Raciocínio Lógico, os conteúdos 
mais solicitados são: estrutura lógica, 
diagramas lógicos, sequências e lógica 
de argumentação. Essa prova é conside-
rada bastante fácil na comparação com 
outras bancas. 
 
Direito 
 
As provas da disciplina 
de Direito da banca examinadora Vu-
nesp cobram, em geral, o conhecimento 
integral da Legislação. Ou seja, doutrina 
e jurisprudência são pouco (ou nada) 
exigidas. 
 
Em Direito Administrativo, atente aos 
seguintes temas: licitações, contratos, 
atos administrativos e regime jurídico 
único. Em Direito Constitucional, os tópi-
cos mais cobrados são: orçamentos, 
Seguridade Social, direitos e garantias 
 
7 
 
individuais, direitos sociais e processos 
legislativos. 
 
Informática 
 
A prova de Informática também tem uma 
abordagem bastante simples, de fácil 
resolução. Os temas cobrados são usu-
ais e acessíveis, como pacote Office, 
navegadores, sistemas operacionais e 
segurança. Nada que possa apavorar 
um candidato preparado. 
 
 
DICAS DE COMO ESTUDAR LEIS 
PARA CONCURSO 
A gente sabe que quando se trata de lei 
seca, legislação, regimento interno, você 
fica perdido e pouco concentrado, afinal, 
são artigos infinitos e todos parecem se 
repetir, ou parecem tão confusos, com 
aquelas nomenclaturas jurídicas, ou pou-
co usuais no nosso cotidiano. 
Vou te mostrar algumas dicas de como 
estudar essa parte do seu edital, para 
que você vença esse medo e procrastina-
ção de uma vez por todas. 
COMO ESTUDAR LEIS PARA CON-
CURSO 
1- Leia o Edital. 
Muitos candidatos chegam no dia da pro-
va surpresos com o que está sendo co-
brado, pelo simples fato de sequer, terem 
lido o edital do concurso. Se preocupam 
apenas com requisitos do cargo e o valor 
da remuneração. 
Em todo edital, sempre haverá a parte da 
legislação. Aqui já começamos a primeira 
distinção. Uma coisa diz respeito à legis-
lação do concurso, comum a todos, por 
exemplo, a Lei 8112/90, a lei que dispõe 
sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das autarquias e 
das fundações públicas federais. 
Outra coisa é a legislação pertinente ao 
seu cargo, código de ética do jornalista, 
como exemplo. Naturalmente, será co-
brado apenas ao referido cargo. Você há 
de concordar que quando estudamos algo 
que tem a ver com nossa função, a leitura 
flui. Você dialoga com a lei. Mas quando 
você tem que aprender termos “juridi-
quês”, ai a situação fica complicada. 
Portanto, a primeira ação a se fazer é se-
parar a legislação do seu edital, entre 
aquilo que é de conhecimento comum a 
todos os cargos, e aquilo que diz respeito 
apenas ao seu cargo. 
Enumere tudo que for Lei, regimento, có-
digo, legislação correlata e afins do seu 
edital, desse modo, você consegue visua-
lizar e melhor planejar como estudará ca-
da tópico até o dia da sua prova. 
2- Material para Estudar a Lei 
Depois de cumprir as indicações do pri-
meiro item, você se questiona: mas onde 
eu vou encontrar esse material todo para 
estudar? Primeiramente, cuidado. Sim, 
cuidado, porque sabemos que você vai 
jogar o número da lei na internet e baixar 
 
8 
 
a primeira que encontrar. Isso é perigoso, 
pois há um mundo de materiais gratuitos, 
mas nem sempre de qualidade e quando 
se trata de como estudar leis para con-
curso, o risco de você baixar algo desatu-
alizado é maior ainda. 
Logo, se o estudo é de lei seca, a refe-
rência que você precisa ter é o site 
do Planalto, aqui ficam reunidos todas as 
leis, decretos, etc. Aí é a sua fonte oficial. 
Naturalmente, haverá regimentos de ór-
gãos que você não encontrará nesse en-
dereço eletrônico, por se tratar de leis 
que regem determinada atuação de um 
órgão, dizendo respeito somente a ele. 
Nesses casos, você deverá acessa a pá-
gina oficial do órgão para ter acesso ao 
regimento dele. 
Este item dois é muito importante, pois 
com o material certo de estudo de leis 
você estará seguro do que encontrará na 
sua prova. Imagine que você em 
sua pesquisa pela lei que está no seu edi-
tal, baixou a primeira lei que olhou no site 
de busca. Essa lei já estava desatualiza-
da, mas você não notou. Quando chegou 
o dia da prova, você não consegue apli-
car o que estudou, com o que o examina-
dor pediu. Vai ser frustrante. 
3 – Estude a lei, fazendo marcações e as-
sociações 
 
Dentre os requisitos de como estudar Leis 
para concurso, está o uso de algumas 
técnicas de estudo. Você já sabe o que 
tem que ser estudado, separou as leis ou 
adquiriu um bom material. Perfeito. Agora 
é o momento de sentar e ler. A gente sa-
be que diferentemente de uma videoaula 
de um professor super didático, o estudo 
de leis para concurso vai exigir muito da 
sua concentração. 
São 200 artigos para serem lembrados no 
dia do seu concurso. A primeira dica é: 
faça marcações. Mas não faça imediata-
mente. Pense comigo: você nuncaleu a 
lei, e ao término da primeira frase que 
contém cinco linhas, você já marcou de 
amarelo quatro delas. Autossabotagem. A 
marcação de lei serve para facilitar a sua 
revisão no futuro. 
Mas como eu vou saber o que é importan-
te e grifar de maneira correta? Você só 
sabe que determinada parte é importante, 
quando a compara com as demais. 
Quando o professor falou para você pres-
tar atenção naquela parte X da lei. Quan-
do você faz questões e percebe o alto 
índice de cobrança em prova. Você preci-
sa ter critérios de marcação. E tais crité-
rios têm como base essa sequência indi-
cada. 
4- Resolver questões sobre Lei 
 
Sem a prática de questões, a prova vai 
ser uma grande novidade para você. Na 
verdade, um presente de grego. Você 
precisa estudar a lei para fazer questões, 
é como um treinamento. Na resolução de 
questões, você vai poder perceber como 
 
9 
 
a banca cobra essa parte do seu edital na 
prova. 
Quando você começar a responder uma 
bateria de questões, você vai notar que 
existem bancas que cobram a literalidade 
da lei. De outro lado, existem as que co-
bram a aplicabilidade da lei, a sua inter-
pretação. Nesse sentido, só a prática de 
resolução de questões é que vai deixar 
você pronto para o que aparecer. Mas 
claro, que quando o seu edital sair, aí vo-
cê poderá ter um estudo voltado ao perfil 
da banca do seu concurso. 
5- Revisão da Lei 
 
Se depois de todas essas dicas de como 
estudar Leis para concurso, você não re-
visar o seu material grifado, não revisar 
as questões que errou, seus resumos, 
nada adiantará. 
A parte da revisão é imprescindível para 
que todo seu esforço em estudar esse 
item do edital não se perca entre tantos 
outros que você estudou. Depois que vo-
cê encerrar a parte de estudo da lei do 
seu edital, lembre-se de voltar em suas 
marcações, mapas mentais, resumos. Só 
a revisão é que fará com que seu estudo 
da lei/legislação fique fixado em sua me-
mória até o dia da prova. 
Não esqueça que a melhor 
forma de fixar o conteúdo é 
fazendo QUESTÕES. 
 
 
 
 
Direito Penal 
DIREITO PENAL: Código Penal - com as 
alterações vigentes até a publicação do 
Edital - artigos 293 a 305; 307; 308; 311-
A; 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337; 339 a 
347; 350; 357 e 359. 
 
 
 
CAPÍTULO II. 
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS 
PAPÉIS PÚBLICOS. 
 Falsificação de papéis públicos. 
 Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou 
alterando-os: 
 I – selo destinado a controle tributário, 
papel selado ou qualquer papel de emissão 
legal destinado à arrecadação de tributo; 
 II - papel de crédito público que não 
seja moeda de curso legal; 
 III - vale postal; 
 IV - cautela de penhor, caderneta de 
depósito de caixa econômica ou de outro 
estabelecimento mantido por entidade de 
direito público; 
 V - talão, recibo, guia, alvará ou qual-
quer outro documento relativo a arrecada-
ção de rendas públicas ou a depósito ou 
caução por que o poder público seja res-
ponsável; 
 
10 
 
 VI - bilhete, passe ou conhecimento de 
empresa de transporte administrada pela 
União, por Estado ou por Município: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e 
multa. 
 § 1o Incorre na mesma pena quem: 
 I – usa, guarda, possui ou detém qual-
quer dos papéis falsificados a que se refere 
este artigo; 
 II – importa, exporta, adquire, vende, 
troca, cede, empresta, guarda, fornece ou 
restitui à circulação selo falsificado destina-
do a controle tributário; 
 III – importa, exporta, adquire, vende, 
expõe à venda, mantém em depósito, guar-
da, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, 
de qualquer forma, utiliza em proveito pró-
prio ou alheio, no exercício de atividade 
comercial ou industrial, produto ou merca-
doria: 
a) em que tenha sido aplicado selo que 
se destine a controle tributário, falsificado; 
b) sem selo oficial, nos casos em que a 
legislação tributária determina a obrigatorie-
dade de sua aplicação. 
 § 2º - Suprimir, em qualquer desses 
papéis, quando legítimos, com o fim de tor-
ná-los novamente utilizáveis, carimbo ou 
sinal indicativo de sua inutilização: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, 
e multa. 
 § 3º - Incorre na mesma pena quem 
usa, depois de alterado, qualquer dos pa-
péis a que se refere o parágrafo anterior. 
 § 4º - Quem usa ou restitui à circula-
ção, embora recibo de boa-fé, qualquer dos 
papéis falsificados ou alterados, a que se 
referem este artigo e o seu § 2º, depois de 
conhecer a falsidade ou alteração, incorre 
na pena de detenção, de seis meses a dois 
anos, ou multa. 
 § 5o Equipara-se a atividade comercial, 
para os fins do inciso III do § 1o, qualquer 
forma de comércio irregular ou clandestino, 
inclusive o exercido em vias, praças ou ou-
tros logradouros públicos e em residências. 
 Petrechos de falsificação. 
 Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, 
possuir ou guardar objeto especialmente 
destinado à falsificação de qualquer dos 
papéis referidos no artigo anterior: 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e 
multa. 
 Art. 295 - Se o agente é funcionário 
público, e comete o crime prevalecendo-se 
do cargo, aumenta-se a pena de sexta par-
te. 
CAPÍTULO III. 
DA FALSIDADE DOCUMENTAL. 
Falsificação do selo ou sinal público. 
 Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou 
alterando-os: 
 I - selo público destinado a autenticar 
atos oficiais da União, de Estado ou de Mu-
nicípio; 
 II - selo ou sinal atribuído por lei a enti-
dade de direito público, ou a autoridade, ou 
sinal público de tabelião: 
 
11 
 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e 
multa. 
 § 1º. . - Incorre nas mesmas penas: 
 I - quem faz uso do selo ou sinal falsifi-
cado; 
 II - quem utiliza indevidamente o selo 
ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem 
ou em proveito próprio ou alheio. 
 III - quem altera, falsifica ou faz uso 
indevido de marcas, logotipos, siglas ou 
quaisquer outros símbolos utilizados ou 
identificadores de órgãos ou entidades da 
Administração Pública. 
 § 2º - Se o agente é funcionário públi-
co, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
 Falsificação de documento público. 
 Art. 297 - Falsificar, no todo ou em par-
te, documento público, ou alterar documen-
to público verdadeiro: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e 
multa. 
 § 1º. . - Se o agente é funcionário 
público, e comete o crime prevalecendo-se 
do cargo, aumenta-se a pena de sexta par-
te. 
 § 2º - Para os efeitos penais, equipa-
ram-se a documento público o emanado de 
entidade paraestatal, o título ao portador ou 
transmissível por endosso, as ações de so-
ciedade comercial, os livros mercantis e o 
testamento particular. 
 § 3o Nas mesmas penas incorre quem 
insere ou faz inserir: 
 I – na folha de pagamento ou em do-
cumento de informações que seja destinado 
a fazer prova perante a previdência social, 
pessoa que não possua a qualidade de se-
gurado obrigatório; 
 II – na Carteira de Trabalho e Previ-
dência Social do empregado ou em docu-
mento que deva produzir efeito perante a 
previdência social, declaração falsa ou di-
versa da que deveria ter sido escrita; 
 
 III – em documento contábil ou em 
qualqueroutro documento relacionado com 
as obrigações da empresa perante a previ-
dência social, declaração falsa ou diversa 
da que deveria ter constado. 
 
 § 4o Nas mesmas penas incorre quem 
omite, nos documentos mencionados no § 
3o, nome do segurado e seus dados pesso-
ais, a remuneração, a vigência do contrato 
de trabalho ou de prestação de serviços. 
 
Falsificação de documento particular. 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, 
documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e mul-
ta. 
Falsificação de cartão. 
 
12 
 
Parágrafo único. Para fins do disposto 
no caput, equipara-se a documento particu-
lar o cartão de crédito ou débito. 
 Falsidade ideológica. 
 Art. 299 - Omitir, em documento públi-
co ou particular, declaração que dele devia 
constar, ou nele inserir ou fazer inserir de-
claração falsa ou diversa da que devia ser 
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar 
obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e 
multa, se o documento é público, e reclusão 
de um a três anos, e multa, se o documento 
é particular. 
 Parágrafo único - Se o agente é funci-
onário público, e comete o crime prevale-
cendo-se do cargo, ou se a falsificação ou 
alteração é de assentamento de registro 
civil, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 Falso reconhecimento de firma ou 
letra. 
 Art. 300 - Reconhecer, como verdadei-
ra, no exercício de função pública, firma ou 
letra que o não seja: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e 
multa, se o documento é público; e de um a 
três anos, e multa, se o documento é parti-
cular. 
 Certidão ou atestado ideologicamen-
te falso. 
 Art. 301 - Atestar ou certificar falsa-
mente, em razão de função pública, fato ou 
circunstância que habilite alguém a obter 
cargo público, isenção de ônus ou de servi-
ço de caráter público, ou qualquer outra 
vantagem: 
 Pena - detenção, de dois meses a um 
ano. 
 Falsidade material de atestado ou 
certidão. 
 § 1º. . - Falsificar, no todo ou em 
parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor 
de certidão ou de atestado verdadeiro, para 
prova de fato ou circunstância que habilite 
alguém a obter cargo público, isenção de 
ônus ou de serviço de caráter público, ou 
qualquer outra vantagem: 
 Pena - detenção, de três meses a dois 
anos. 
 § 2º - Se o crime é praticado com o fim 
de lucro, aplica-se, além da pena privativa 
de liberdade, a de multa. 
 Falsidade de atestado médico. 
 Art. 302 - Dar o médico, no exercício 
da sua profissão, atestado falso: 
 Pena - detenção, de um mês a um 
ano. 
 Parágrafo único - Se o crime é cometi-
do com o fim de lucro, aplica-se também 
multa. 
 Reprodução ou adulteração de selo 
ou peça filatélica. 
 Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou 
peça filatélica que tenha valor para coleção, 
salvo quando a reprodução ou a alteração 
está visivelmente anotada na face ou no 
verso do selo ou peça: 
 
13 
 
 Pena - detenção, de um a três anos, e 
multa. 
 Parágrafo único - Na mesma pena in-
corre quem, para fins de comércio, faz uso 
do selo ou peça filatélica. 
 Uso de documento falso. 
 Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos 
papéis falsificados ou alterados, a que se 
referem os arts. 297 a 302: 
 Pena - a cominada à falsificação ou à 
alteração. 
 Supressão de documento. 
 Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, 
em benefício próprio ou de outrem, ou em 
prejuízo alheio, documento público ou parti-
cular verdadeiro, de que não podia dispor: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e 
multa, se o documento é público, e reclu-
são, de um a cinco anos, e multa, se o do-
cumento é particular. 
 
CAPÍTULO IV. 
DE OUTRAS FALSIDADES. 
 
 Falsa identidade. 
 
 Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a ter-
ceiro falsa identidade para obter vantagem, 
em proveito próprio ou alheio, ou para cau-
sar dano a outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, ou multa, se o fato não constitui ele-
mento de crime mais grave. 
 Art. 308 - Usar, como próprio, passa-
porte, título de eleitor, caderneta de reser-
vista ou qualquer documento de identidade 
alheia ou ceder a outrem, para que dele se 
utilize, documento dessa natureza, próprio 
ou de terceiro: 
 Pena - detenção, de quatro meses a 
dois anos, e multa, se o fato não constitui 
elemento de crime mais grave. 
 
CAPÍTULO V. 
 
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE IN-
TERESSE PÚBLICO. 
 
Fraudes em certames de interesse públi-
co. 
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevida-
mente, com o fim de beneficiar a si ou a ou-
trem, ou de comprometer a credibilidade do 
certame, conteúdo sigiloso de: 
 
I - concurso público; 
II - avaliação ou exame públicos; 
 III - processo seletivo para ingresso no en-
sino superior; ou 
IV - exame ou processo seletivo previstos 
em lei: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, e multa. 
§ 1o - Nas mesmas penas incorre quem 
permite ou facilita, por qualquer meio, o 
acesso de pessoas não autorizadas às in-
formações mencionadas no caput. 
 
14 
 
§ 2o - Se da ação ou omissão resulta dano 
à administração pública: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, 
e multa. 
§ 3o - Aumenta-se a pena de 1/3 (um ter-
ço) se o fato é cometido por funcionário pú-
blico. 
 
TÍTULO XI. 
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRA-
ÇÃO PÚBLICA. 
CAPÍTULO I. 
DOS CRIMES PRATICADOS 
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GE-
RAL. 
 
 Peculato. 
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário 
público de dinheiro, valor ou qualquer outro 
bem móvel, público ou particular, de que 
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio: 
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, 
e multa. 
 § 1º. . - Aplica-se a mesma pena, se 
o funcionário público, embora não tendo a 
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, 
ou concorre para que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, valendo-se de 
facilidade que lhe proporciona a qualidade 
de funcionário. 
 Peculato culposo. 
 § 2º - Se o funcionário concorre culpo-
samente para o crime de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano. 
 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a 
reparação do dano, se precede à sentença 
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é 
posterior, reduz de metade a pena imposta. 
 Peculato mediante erro de outrem. 
 Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou 
qualquer utilidade que, no exercício do car-
go, recebeu por erro de outrem: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, 
e multa. 
 Inserção de dados falsos em siste-
ma de informações. 
 Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcio-
nário autorizado, a inserção de dados fal-
sos, alterar ou excluir indevidamente dados 
corretos nos sistemas informatizados ou 
bancos de dados da Administração Pública 
com o fim de obter vantagem indevida para 
si ou para outrem ou para causar dano: 
 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (do-
ze) anos, e multa. 
 Modificação ou alteração não autori-
zada de sistema de informações.Art. 313-B. Modificar ou alterar, o fun-
cionário, sistema de informações ou pro-
grama de informática sem autorização ou 
solicitação de autoridade competente: 
 
15 
 
 Pena – detenção, de 3 (três) meses a 
2 (dois) anos, e multa. 
 Parágrafo único. As penas são aumen-
tadas de um terço até a metade se da modi-
ficação ou alteração resulta dano para a 
Administração Pública ou para o adminis-
trado. 
 Extravio, sonegação ou inutilização 
de livro ou documento. 
 Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qual-
quer documento, de que tem a guarda em 
razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, 
total ou parcialmente: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, 
se o fato não constitui crime mais grave. 
 Emprego irregular de verbas ou ren-
das públicas. 
 Art. 315 - Dar às verbas ou rendas pú-
blicas aplicação diversa da estabelecida em 
lei: 
 Pena - detenção, de um a três meses, 
ou multa. 
 Concussão. 
 Art. 316 - Exigir, para si ou para ou-
trem, direta ou indiretamente, ainda que fora 
da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e 
multa. 
 Excesso de exação. 
 § 1º. . - Se o funcionário exige tribu-
to ou contribuição social que sabe ou deve-
ria saber indevido, ou, quando devido, em-
prega na cobrança meio vexatório ou gra-
voso, que a lei não autoriza: 
 Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) 
anos, e multa. 
 § 2º - Se o funcionário desvia, em pro-
veito próprio ou de outrem, o que recebeu 
indevidamente para recolher aos cofres pú-
blicos: 
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, 
e multa. 
 Corrupção passiva. 
 Art. 317 - Solicitar ou receber, para si 
ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de as-
sumi-la, mas em razão dela, vantagem in-
devida, ou aceitar promessa de tal vanta-
gem: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (do-
ze) anos, e multa. 
 § 1º. . - A pena é aumentada de um 
terço, se, em conseqüência da vantagem ou 
promessa, o funcionário retarda ou deixa de 
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional. 
 § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de 
praticar ou retarda ato de ofício, com infra-
ção de dever funcional, cedendo a pedido 
ou influência de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, ou multa. 
 
Facilitação de contrabando ou descami-
nho 
 
16 
 
 Art. 318 - Facilitar, com infração de 
dever funcional, a prática de contrabando 
ou descaminho (art. 334): 
 Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) 
anos, e multa. 
 
Prevaricação. 
 Art. 319 - Retardar ou deixar de prati-
car, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-
lo contra disposição expressa de lei, para 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, e multa. 
 Art. 319-A. Deixar o Diretor de Peni-
tenciária e/ou agente público, de cumprir 
seu dever de vedar ao preso o acesso a 
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que 
permita a comunicação com outros presos 
ou com o ambiente externo: 
 
 Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 
(um) ano. 
 Condescendência criminosa. 
 Art. 320 - Deixar o funcionário, por in-
dulgência, de responsabilizar subordinado 
que cometeu infração no exercício do cargo 
ou, quando lhe falte competência, não levar 
o fato ao conhecimento da autoridade com-
petente: 
 Pena - detenção, de quinze dias a um 
mês, ou multa. 
 Advocacia administrativa. 
 Art. 321 - Patrocinar, direta ou indire-
tamente, interesse privado perante a admi-
nistração pública, valendo-se da qualidade 
de funcionário: 
 Pena - detenção, de um a três meses, 
ou multa. 
 Parágrafo único - Se o interesse é ile-
gítimo: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, além da multa. 
 
 Violência arbitrária. 
 Art. 322 - Praticar violência, no exercí-
cio de função ou a pretexto de exercê-la: 
 Pena - detenção, de seis meses a três 
anos, além da pena correspondente à vio-
lência. 
 Abandono de função. 
 Art. 323 - Abandonar cargo público, 
fora dos casos permitidos em lei: 
 Pena - detenção, de quinze dias a um 
mês, ou multa. 
 § 1º. - Se do fato resulta prejuízo públi-
co: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, e multa. 
 § 2º - Se o fato ocorre em lugar com-
preendido na faixa de fronteira: 
 Pena - detenção, de um a três anos, e 
multa. 
 Exercício funcional ilegalmente an-
tecipado ou prolongado. 
 
17 
 
 Art. 324 - Entrar no exercício de função 
pública antes de satisfeitas as exigências 
legais, ou continuar a exercê-la, sem autori-
zação, depois de saber oficialmente que foi 
exonerado, removido, substituído ou sus-
penso: 
 Pena - detenção, de quinze dias a um 
mês, ou multa. 
 Violação de sigilo funcional. 
 Art. 325 - Revelar fato de que tem ci-
ência em razão do cargo e que deva per-
manecer em segredo, ou facilitar-lhe a reve-
lação: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, ou multa, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
 § 1o - Nas mesmas penas deste artigo 
incorre quem: 
 
 I – permite ou facilita, mediante atribui-
ção, fornecimento e empréstimo de senha 
ou qualquer outra forma, o acesso de pes-
soas não autorizadas a sistemas de infor-
mações ou banco de dados da Administra-
ção Pública; 
 
 II – se utiliza, indevidamente, do aces-
so restrito. 
 § 2o - Se da ação ou omissão resulta 
dano à Administração Pública ou a outrem: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) 
anos, e multa. 
 Violação do sigilo de proposta de 
concorrência. 
 Art. 326 - Devassar o sigilo de propos-
ta de concorrência pública, ou proporcionar 
a terceiro o ensejo de devassá-lo: 
 Pena - Detenção, de três meses a um 
ano, e multa. 
 Funcionário público. 
 Art. 327 - Considera-se funcionário pú-
blico, para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. 
 § 1º. - Equipara-se a funcionário públi-
co quem exerce cargo, emprego ou função 
em entidade paraestatal, e quem trabalha 
para empresa prestadora de serviço contra-
tada ou conveniada para a execução de 
atividade típica da Administração Pública. 
 § 2º - A pena será aumentada da terça 
parte quando os autores dos crimes previs-
tos neste Capítulo forem ocupantes de car-
gos em comissão ou de função de direção 
ou assessoramento de órgão da administra-
ção direta, sociedade de economia mista, 
empresa pública ou fundação instituída pelo 
poder público. 
CAPÍTULO II. 
DOS CRIMES PRATICADOS POR 
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRA-
ÇÃO EM GERAL. 
 
 Usurpação de função pública. 
 Art. 328 - Usurpar o exercício de fun-
ção pública: 
 
18 
 
 Pena - detenção, de três meses a dois 
anos, e multa. 
 Parágrafo único - Se do fato o agente 
aufere vantagem: 
 Pena - reclusão, de dois a cinco anos, 
e multa. 
 Resistência. 
 Art. 329 - Opor-se à execução de ato 
legal, mediante violência ou ameaça a fun-
cionário competente para executá-lo ou a 
quem lhe esteja prestando auxílio:Pena - detenção, de dois meses a dois 
anos. 
 § 1º. - Se o ato, em razão da resistên-
cia, não se executa: 
 Pena - reclusão, de um a três anos. 
 § 2º - As penas deste artigo são apli-
cáveis sem prejuízo das correspondentes à 
violência. 
 Desobediência. 
 Art. 330 - Desobedecer a ordem legal 
de funcionário público: 
 Pena - detenção, de quinze dias a seis 
meses, e multa. 
 Desacato. 
 Art. 331 - Desacatar funcionário públi-
co no exercício da função ou em razão dela: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, ou multa. 
 Tráfico de Influência. 
 Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou 
obter, para si ou para outrem, vantagem ou 
promessa de vantagem, a pretexto de influir 
em ato praticado por funcionário público no 
exercício da função: 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos, e multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada 
da metade, se o agente alega ou insinua 
que a vantagem é também destinada ao 
funcionário. 
 Corrupção ativa. 
 Art. 333 - Oferecer ou prometer vanta-
gem indevida a funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar 
ato de ofício: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (do-
ze) anos, e multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada 
de um terço, se, em razão da vantagem ou 
promessa, o funcionário retarda ou omite 
ato de ofício, ou o pratica infringindo dever 
funcional. 
Impedimento, perturbação ou fraude de 
concorrência. 
 Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar 
concorrência pública ou venda em hasta 
pública, promovida pela administração fede-
ral, estadual ou municipal, ou por entidade 
paraestatal; afastar ou procurar afastar con-
corrente ou licitante, por meio de violência, 
grave ameaça, fraude ou oferecimento de 
vantagem: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, ou multa, além da pena correspon-
dente à violência. 
 
19 
 
 Parágrafo único - Incorre na mesma 
pena quem se abstém de concorrer ou lici-
tar, em razão da vantagem oferecida. 
 Inutilização de edital ou de sinal. 
 Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer for-
ma, inutilizar ou conspurcar edital afixado 
por ordem de funcionário público; violar ou 
inutilizar selo ou sinal empregado, por de-
terminação legal ou por ordem de funcioná-
rio público, para identificar ou cerrar qual-
quer objeto: 
 Pena - detenção, de um mês a um 
ano, ou multa. 
 Subtração ou inutilização de livro ou 
documento. 
 Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou 
parcialmente, livro oficial, processo ou do-
cumento confiado à custódia de funcionário, 
em razão de ofício, ou de particular em ser-
viço público: 
 Pena - reclusão, de dois a cinco anos, 
se o fato não constitui crime mais grave. 
 
CAPÍTULO III. 
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRA-
ÇÃO DA JUSTIÇA. 
 
 
Denunciação caluniosa. 
 Art. 339. Dar causa à instauração de 
investigação policial, de processo judicial, 
instauração de investigação administrativa, 
inquérito civil ou ação de improbidade ad-
ministrativa contra alguém, imputando-lhe 
crime de que o sabe inocente: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e 
multa. 
 § 1º. - A pena é aumentada de sexta 
parte, se o agente se serve de anonimato 
ou de nome suposto. 
 § 2º - A pena é diminuída de metade, 
se a imputação é de prática de contraven-
ção. 
 Comunicação falsa de crime ou de 
contravenção. 
 Art. 340 - Provocar a ação de autorida-
de, comunicando-lhe a ocorrência de crime 
ou de contravenção que sabe não se ter 
verificado: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, 
ou multa. 
 Auto-acusação falsa. 
 Art. 341 - Acusar-se, perante a autori-
dade, de crime inexistente ou praticado por 
outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a dois 
anos, ou multa. 
 Falso testemunho ou falsa perícia. 
 Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou ne-
gar ou calar a verdade como testemunha, 
perito, contador, tradutor ou intérprete em 
processo judicial, ou administrativo, inquéri-
to policial, ou em juízo arbitral: 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (qua-
tro) anos, e multa. 
 § 1o - As penas aumentam-se de um 
sexto a um terço, se o crime é praticado 
mediante suborno ou se cometido com o fim 
 
20 
 
de obter prova destinada a produzir efeito 
em processo penal, ou em processo civil em 
que for parte entidade da administração pú-
blica direta ou indireta. 
 
 § 2o - O fato deixa de ser punível se, 
antes da sentença no processo em que 
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou de-
clara a verdade. 
 Art. 343. Dar, oferecer ou prometer 
dinheiro ou qualquer outra vantagem a tes-
temunha, perito, contador, tradutor ou intér-
prete, para fazer afirmação falsa, negar ou 
calar a verdade em depoimento, perícia, 
cálculos, tradução ou interpretação: 
 Pena - reclusão, de três a quatro anos, 
e multa. 
 Parágrafo único. As penas aumentam-
se de um sexto a um terço, se o crime é 
cometido com o fim de obter prova destina-
da a produzir efeito em processo penal ou 
em processo civil em que for parte entidade 
da administração pública direta ou indireta. 
 Coação no curso do processo. 
 Art. 344 - Usar de violência ou grave 
ameaça, com o fim de favorecer interesse 
próprio ou alheio, contra autoridade, parte, 
ou qualquer outra pessoa que funciona ou é 
chamada a intervir em processo judicial, 
policial ou administrativo, ou em juízo arbi-
tral: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, 
e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
 
 Exercício arbitrário das próprias ra-
zões. 
 Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias 
mãos, para satisfazer pretensão, embora 
legítima, salvo quando a lei o permite: 
 Pena - detenção, de quinze dias a um 
mês, ou multa, além da pena corresponden-
te à violência. 
 Parágrafo único - Se não há emprego 
de violência, somente se procede mediante 
queixa. 
 Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou 
danificar coisa própria, que se acha em po-
der de terceiro por determinação judicial ou 
convenção: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, e multa. 
 Fraude processual. 
 Art. 347 - Inovar artificiosamente, na 
pendência de processo civil ou administrati-
vo, o estado de lugar, de coisa ou de pes-
soa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o 
perito: 
 Pena - detenção, de três meses a dois 
anos, e multa. 
 Parágrafo único - Se a inovação se 
destina a produzir efeito em processo penal, 
ainda que não iniciado, as penas aplicam-se 
em dobro. 
Exercício arbitrário ou abuso de poder. 
 Art. 350 - Ordenar ou executar medida 
privativa de liberdade individual, sem as 
formalidades legais ou com abuso de poder: 
 
21 
 
 Pena - detenção, de um mês a um 
ano. 
 Parágrafo único - Na mesma pena in-
corre o funcionário que: 
 I - ilegalmente recebe e recolhe al-
guém a prisão, ou a estabelecimento desti-
nado a execução de pena privativa de liber-
dade ou de medida de segurança; 
 II - prolonga a execução de pena ou de 
medida de segurança, deixando de expedir 
em tempo oportuno ou de executar imedia-
tamente a ordem de liberdade; 
 III - submete pessoa que está sob sua 
guarda ou custódia a vexameou a cons-
trangimento não autorizado em lei; 
 IV - efetua, com abuso de poder, qual-
quer diligência. 
 Exploração de prestígio. 
 Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro 
ou qualquer outra utilidade, a pretexto de 
influir em juiz, jurado, órgão do Ministério 
Público, funcionário de justiça, perito, tradu-
tor, intérprete ou testemunha: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e 
multa. 
 Parágrafo único - As penas aumentam-
se de um terço, se o agente alega ou insi-
nua que o dinheiro ou utilidade também se 
destina a qualquer das pessoas referidas 
neste artigo. 
Desobediência a decisão judicial sobre 
perda ou suspensão de direito. 
 Art. 359 - Exercer função, atividade, 
direito, autoridade ou múnus, de que foi 
suspenso ou privado por decisão judicial: 
 Pena - detenção, de três meses a dois 
anos, ou multa. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL: Cons-
tituição Federal – com as altera-
ções vigentes até a publicação do 
Edital: Título II - Capítulos I, II e III; 
e Título III - Capítulo VII com Se-
ções I e II; e também o artigo 92. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO II. 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais. 
CAPÍTULO I. 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS 
E COLETIVOS. 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros resi-
dentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
22 
 
I - homens e mulheres são iguais em direi-
tos e obrigações, nos termos desta Consti-
tuição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, pro-
porcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e 
de crença, sendo assegurado o livre exercí-
cio dos cultos religiosos e garantida, na 
forma da lei, a proteção aos locais de culto 
e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a 
prestação de assistência religiosa nas enti-
dades civis e militares de internação coleti-
va; 
VIII - ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar 
para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelec-
tual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida pri-
vada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo da-
no material ou moral decorrente de sua vio-
lação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem con-
sentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência 
e das comunicações telegráficas, de dados 
e das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas hipóte-
ses e na forma que a lei estabelecer para 
fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
 XIII - é livre o exercício de qualquer traba-
lho, ofício ou profissão, atendidas as qualifi-
cações profissionais que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à in-
formação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissio-
nal; 
XV - é livre a locomoção no território nacio-
nal em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per-
manecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, 
sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde 
que não frustrem outra reunião anteriormen-
te convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade 
competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação 
para fins lícitos, vedada a de caráter para-
militar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma 
da lei, a de cooperativas independem de 
 
23 
 
autorização, sendo vedada a interferência 
estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser com-
pulsoriamente dissolvidas ou ter suas ativi-
dades suspensas por decisão judicial, exi-
gindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a asso-
ciar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimida-
de para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função 
social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento 
para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em di-
nheiro, ressalvados os casos previstos nes-
ta Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de pro-
priedade particular, assegurada ao proprie-
tário indenização ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito ex-
clusivo de utilização, publicação ou repro-
dução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da 
lei: 
a) a proteção às participações individuais 
em obras coletivas e à reprodução da ima-
gem e voz humanas, inclusive nas ativida-
des desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamen-
to econômico das obras que criarem ou de 
que participarem aos criadores, aos intér-
pretes e às respectivas representações sin-
dicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de in-
ventos industriais privilégio temporário para 
sua utilização, bem como proteção às cria-
ções industriais, à propriedade das marcas, 
aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social 
e o desenvolvimento tecnológico e econô-
mico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei bra-
sileira em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da 
lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos ór-
gãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, indepen-
dentemente do pagamento de taxas: 
 
24 
 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos 
em defesa de direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições 
públicas, para defesa de direitos e esclare-
cimento de situações de interessepessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adqui-
rido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de 
exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, 
com a organização que lhe der a lei, asse-
gurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação 
legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação 
atentatória dos direitos e liberdades funda-
mentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançá-
veis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura , o tráfico ilícito de entor-
pecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores 
e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e impres-
critível a ação de grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o 
Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de repa-
rar o dano e a decretação do perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da 
pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra decla-
rada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
 
25 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabele-
cimentos distintos, de acordo com a nature-
za do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito 
à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas con-
dições para que possam permanecer com 
seus filhos durante o período de amamen-
tação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, sal-
vo o naturalizado, em caso de crime co-
mum, praticado antes da naturalização, ou 
de comprovado envolvimento em tráfico ilí-
cito de entorpecentes e drogas afins, na 
forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de es-
trangeiro por crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sen-
tenciado senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela ine-
rentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as 
provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado 
até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será 
submetido a identificação criminal, salvo 
nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes 
de ação pública, se esta não for intentada 
no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade 
dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagran-
te delito ou por ordem escrita e fundamen-
tada de autoridade judiciária competente, 
salvo nos casos de transgressão militar ou 
crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local 
onde se encontre serão comunicados ime-
diatamente ao juiz competente e à família 
do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direi-
tos, entre os quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada a assistência da fa-
mília e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação 
dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente 
relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, 
salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação ali-
mentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á habeas cor-
pus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em 
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade 
ou abuso de poder; 
 
26 
 
LXIX - conceder-se-á mandado de seguran-
ça para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas 
data, quando o responsável pela ilegalidade 
ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo 
pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no 
Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe 
ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em 
defesa dos interesses de seus membros ou 
associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamenta-
dora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogati-
vas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de infor-
mações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter 
público; 
b) para a retificação de dados, quando não 
se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judi-
cial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima 
para propor ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de enti-
dade de que o Estado participe, à moralida-
de administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o au-
tor, salvo comprovada má-fé, isento de cus-
tas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurí-
dica integral e gratuita aos que comprova-
rem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado 
por erro judiciário, assim como o que ficar 
preso além do tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecida-
mente pobres, na forma da lei: a) o regis-
tro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os 
atos necessários ao exercício da cidadania. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e admi-
nistrativo, são assegurados a razoável du-
ração do processo e os meios que garan-
tam a celeridade de sua tramitação. 
 § 1º. As normas definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação ime-
diata. 
§ 2º. Os direitos e garantias expressos nes-
ta Constituição não excluem outros decor-
rentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em 
que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
§ 3º. Os tratados e convenções internacio-
nais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casado Congresso 
Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
 
27 
 
§ 4º. O Brasil se submete à jurisdição de 
Tribunal Penal Internacional a cuja criação 
tenha manifestado adesão. 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a 
saúde, a alimentação, o trabalho, a mora-
dia, o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternida-
de e à infância, a assistência aos desampa-
rados, na forma desta Constituição. 
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urba-
nos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra 
despedida arbitrária ou sem justa causa, 
nos termos de lei complementar, que preve-
rá indenização compensatória, dentre ou-
tros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de de-
semprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacio-
nalmente unificado, capaz de atender a su-
as necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, educa-
ção, saúde, lazer, vestuário, higiene, trans-
porte e previdência social, com reajustes 
periódicos que lhe preservem o poder aqui-
sitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o dis-
posto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao 
mínimo, para os que percebem remunera-
ção variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na 
remuneração integral ou no valor da apo-
sentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno supe-
rior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, 
constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcio-
nalmente, participação na gestão da empre-
sa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do de-
pendente do trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não supe-
rior a oito horas diárias e quarenta e quatro 
semanais, facultada a compensação de ho-
rários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho 
realizado em turnos ininterruptos de reve-
zamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, prefe-
rencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário 
superior, no mínimo, em cinqüenta por cen-
to à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas 
com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal; 
 
28 
 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do 
emprego e do salário, com a duração de 
cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixa-
dos em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da 
mulher, mediante incentivos específicos, 
nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de 
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos 
termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao tra-
balho, por meio de normas de saúde, higie-
ne e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as 
atividades penosas, insalubres ou perigo-
sas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e de-
pendentes desde o nascimento até 5 (cinco) 
anos de idade em creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e 
acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na 
forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de traba-
lho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultan-
tes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os traba-
lhadores urbanos e rurais, até o limite de 
dois anos após a extinção do contrato de 
trabalho; 
a) (Revogada). 
b) (Revogada). 
XXX - proibição de diferença de salários, de 
exercício de funções e de critério de admis-
são por motivo de sexo, idade, cor ou esta-
do civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação 
no tocante a salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho 
manual, técnico e intelectual ou entre os 
profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, peri-
goso ou insalubre a menores de dezoito e 
de qualquer trabalho a menores de dezes-
seis anos, salvo na condição de aprendiz, a 
partir de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o traba-
lhador com vínculo empregatício permanen-
te e o trabalhador avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à cate-
goria dos trabalhadores domésticos os direi-
tos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, 
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, 
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendi-
das as condições estabelecidas em lei e 
observada a simplificação do cumprimento 
das obrigações tributárias, principais e 
acessórias, decorrentes da relação de tra-
balho e suas peculiaridades, os previstos 
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, 
bem como a sua integração à previdência 
social. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 72, de 2013). 
 
29 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou 
sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do 
Estado para a fundação de sindicato, res-
salvado o registro no órgão competente, 
vedadas ao Poder Público a interferência e 
a intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma or-
ganização sindical, em qualquer grau, re-
presentativa de categoria profissional ou 
econômica, na mesma base territorial, que 
será definida pelos trabalhadores ou em-
pregadores interessados, não podendo ser 
inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos 
e interesses coletivos ou individuais da ca-
tegoria, inclusive em questões judiciais ou 
administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição 
que, em se tratando de categoria profissio-
nal, será descontada em folha, para custeio 
do sistema confederativo da representação 
sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a 
manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindica-
tos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar 
e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado 
sindicalizado a partir do registro da candida-
tura a cargo de direção ou representação 
sindical e, se eleito, ainda que suplente, até 
um ano após o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste arti-
go aplicam-se à organização de sindicatos 
rurais e de colônias de pescadores, atendi-
das as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, 
competindo aos trabalhadores decidir sobre 
a oportunidade de exercê-lo e sobre os inte-
resses que devam por meio dele defender. 
§ 1º. A lei definirá os serviços ou atividades 
essenciais e disporá sobre o atendimento 
das necessidades inadiáveis da comunida-
de. 
§ 2º. Os abusos cometidos sujeitam os res-
ponsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos 
trabalhadorese empregadores nos colegia-
dos dos órgãos públicos em que seus inte-
resses profissionais ou previdenciários se-
jam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos 
empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade ex-
clusiva de promover-lhes o entendimento 
direto com os empregadores. 
CAPÍTULO III. 
DA NACIONALIDADE. 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, des-
de que estes não estejam a serviço de seu 
país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasi-
leiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
 
30 
 
deles esteja a serviço da República Federa-
tiva do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasi-
leiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira compe-
tente ou venham a residir na República Fe-
derativa do Brasil e optem, em qualquer 
tempo, depois de atingida a maioridade, 
pela nacionalidade brasileira; 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a naci-
onalidade brasileira, exigidas aos originários 
de países de língua portuguesa apenas re-
sidência por um ano ininterrupto e idoneida-
de moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalida-
de, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos 
e sem condenação penal, desde que re-
queiram a nacionalidade brasileira. 
 
§ 1º Aos portugueses com residência per-
manente no País, se houver reciprocidade 
em favor de brasileiros, serão atribuídos os 
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os ca-
sos previstos nesta Constituição. 
 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção 
entre brasileiros natos e naturalizados, sal-
vo nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os 
cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da Re-
pública; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputa-
dos; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Fede-
ral; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa . 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionali-
dade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por 
sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos 
casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade ori-
ginária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela nor-
ma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; 
 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma ofi-
cial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa 
do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o 
selo nacionais. 
 
31 
 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nicípios poderão ter símbolos próprios. 
 
 
 
TÍTULO III. 
Da Organização do Estado. 
 
CAPÍTULO VII. 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
Seção I. 
DISPOSIÇÕES GERAIS. 
Art. 37. A administração pública direta e in-
direta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios obedecerá aos princípios de legali-
dade, impessoalidade, moralidade, publici-
dade e eficiência e, também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas 
são acessíveis aos brasileiros que preen-
cham os requisitos estabelecidos em lei, 
assim como aos estrangeiros, na forma da 
lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego pú-
blico depende de aprovação prévia em con-
curso público de provas ou de provas e títu-
los, de acordo com a natureza e a comple-
xidade do cargo ou emprego, na forma pre-
vista em lei, ressalvadas as nomeações pa-
ra cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público 
será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto 
no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de pro-
vas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir car-
go ou emprego, na carreira; 
V - as funções de confiança, exercidas ex-
clusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a 
serem preenchidos por servidores de carrei-
ra nos casos, condições e percentuais mí-
nimos previstos em lei, destinam-se apenas 
às atribuições de direção, chefia e assesso-
ramento; 
 
VI - é garantido ao servidor público civil o 
direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei especí-
fica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas porta-
doras de deficiência e definirá os critérios 
de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contrata-
ção por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional in-
teresse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos 
e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados 
por lei específica, observada a iniciativa pri-
vativa em cada caso, assegurada revisão 
geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocu-
pantes de cargos, funções e empregos pú-
blicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos 
 
32 
 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes polí-
ticos e os proventos, pensões ou outra es-
pécie remuneratória, percebidos cumulati-
vamente ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, 
não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu-
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal 
do Governador no âmbito do Poder Executi-
vo, o subsídio dos Deputados Estaduais e 
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o 
subsidio dos Desembargadores do Tribunal 
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vin-
te e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Su-
premo Tribunal Federal, no âmbito do Poder 
Judiciário, aplicável este limite aos mem-
bros do Ministério Público, aos Procurado-
res e aos Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário não pode-
rão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação 
de quaisquer espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de pessoal do ser-
viço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos 
por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de 
acréscimos ulteriores; 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
 
XVI - é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
 
b) a de um cargo de professor com outro 
técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos

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