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Indisciplina Escolar no Ensino Médio

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INDISCIPLINA ESCOLAR NA ESCOLA ESTADUAL CARMELITA CANALE REBUÁ NO ENSINO MÉDIO
 MACIEL, Gilca Rosilene Candia[footnoteRef:1] [1: Graduada em geografia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Graduando em pedagogia pela UNINTER .] 
RESUMO
Considerando que os problemas de disciplina escolar são um dos fatores que mais contribuem para a dificuldade de ensino-aprendizagem este torna-se então um assunto imprescindível a ser resolvido quando se fala do ambiente escolar. Neste contexto este trabalho busca trazer informações que possam orientar decisões mais acertadas sobre este tema no âmbito do cotidiano das atividades de docência na Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá principalmente para o Ensino Médio. A partir de uma abordagem qualitativa, um estudo de campo foi realizado baseado no desenvolvimento de pesquisa bibliográfica e coleta de dados junto aos sujeitos da pesquisa: professores, alunos, coordenador pedagógico e diretor de uma escola pública do Ensino Fundamental e de Ensino Médio, e também, a partir da observação direta das aulas de alguns docentes em salas com maiores problemas de indisciplina. Segundo estudos a indisciplina na escola gira em torno de dois agravantes principais: a falta de interesse e a falta de limites dos educandos. Os principais motivos que podem levar o aluno a demonstrar um grau de desinteresse ao realizar as aulas são: a relevância dos conteúdos a serem transmitidos, a didática a ser aplicada pelo professor, as relações interpessoais e o ambiente ou espaço físico reservado para as aulas. Quanto a falta de limites surgem diversas ideias que sustentam este fato como: desestrutura familiar, conflitos e questões sociais, assim como, os transtornos de desenvolvimento global.
PALAVRAS-CHAVE: Escola, Disciplina e Aprendizagem.
ABSTRACT
Considering that the problems of school discipline are one of the factors that contribute most to the difficulty of teaching and learning, this becomes an essential issue to be solved when talking about the school environment. In this context, this work seeks to provide information that can guide more accurate decisions on this topic within the framework of the daily activities of teaching at the Carmelita Canale Rebuá State School. From a qualitative approach, a field study will be carried out based on the development of bibliographical research and data collection with the research subjects: teachers, students, pedagogical coordinator and director of a public elementary school I, and also the from the direct observation of the classes of some teachers in rooms with greater problems of indiscipline. According to studies the indiscipline in the school revolves around two main aggravating factors: the lack of interest and the lack of limits of the students. The main reasons that can lead the student to show a degree of disinterest in the classes are: the relevance of the contents to be transmitted, the didactics to be applied by the teacher, the interpersonal relations and the space or space reserved for the classes. Regarding the lack of limits, there are several ideas that support this fact: family disruption, conflicts and social issues, as well as global development disorders.
KEY WORDS: School, Discipline and Learning.
INTRODUÇÃO 
A indisciplina, no ambiente escolar, é um grande desafio a ser enfrentado pelos educadores, visto que atitudes indisciplinares faz parte do espaço escolar e tem sido alvo frequente de queixas entre professores de escolas públicas e privadas, sendo inclusive motivo para encaminhamento de alunos para psicólogos.
Os professores atribuem aos pais, que não impõem limites e não oferecem bons exemplos, os problemas de disciplina que seus filhos enfrentam na escola.
 O modelo de família ideal e de um aluno ideal estão presentes no discurso de professores e psicólogos que, quando encontram relação com os indivíduos fora desses padrões, interpretam-nos como desviantes e localizam aí a causa da falta de disciplina, porém pode-se observar ainda outros fatores que também levam a uma desestruturação de uma classe, levando a uma indisciplina geral, tais como: A falta de postura do professor perante a sala de aula;  O não planejamento adequado da aula a ser dada; A desestruturação da família e os novos modelos familiares da    socialização; A falta de normas e regras de convivência dentro da escola, entre outros, os quais este trabalho pretende pesquisar e discutir.
Neste contexto, surge a necessidade de questionar indisciplina escolar através das seguintes perguntas de partida: Até que ponto a intolerância de uma gestão pode proporcionar a indisciplina? Os professores têm se utilizado de procedimentos didáticos que ajudem a combater a indisciplina no ambiente escolar? Em que medida a insatisfação dos alunos com as aulas e outros processos da escola é responsável pela indisciplina? De fato, falta de estrutura na Educação no âmbito familiar contribui para que ocorra a indisciplina escolar.
O trabalho proposto pretende examinar, exibir e levantar questões relacionadas à questão da disciplina escolar na Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá em especial nas series do Ensino Médio. Dessa forma, buscou delimitar algumas causas da indisciplina escolar na Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá, tema polêmico e complexo, uma vez que envolvem características fora da escola, como problemas sociais, conflitos familiares. Além de aspectos envolvidos e desenvolvidos na escola como relação educador/educando, prática pedagógica e práticas da própria escola que podem ser excludentes. Assim sendo este projeto de pesquisa visa discutir os sentidos atribuídos por alunos, professores, pais e funcionários de apoio da Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá no Ensino Regular acerca do fenômeno “indisciplina escolar”, as causas que são consideradas por eles como geradoras desse fenômeno e a avaliação das medidas que estão sendo tomadas para resolver ou amenizar o problema. 
E traz, portanto, os diferentes conceitos de disciplina e buscou levantar os fatores que interferem na disciplina escolar na Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá e principalmente almejou discutir posturas e atitudes que devem ser adotadas para a construção da disciplina na Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá.
As etapas definidas para esta investigação buscaram uma metodologia de abordagem qualitativa as técnicas de análise documental, observação direta e entrevista como fontes de evidências para a coleta de dados em conformidade com os objetivos específicos da pesquisa. A obtenção dos dados, no contexto da Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá Miranda MS; sobre as possíveis causas da indisciplina dos alunos vem de encontro à pesquisa realizada no ambiente natural, que é a fonte direta de dados sendo o pesquisador o seu principal instrumento. 
Ainda a análise documental facilita a coleta dos dados uma vez que serviu como base orientadora para as tomadas de decisões. As observações realizadas buscarão investigar e descrever o ambiente de aprendizagem e os procedimentos de inclusão em sala de aula. As entrevistas foram realizadas com as pessoas envolvidas diretamente no processo educativo destes educandos, como as professoras atuantes do Ensino Regular, as coordenadoras e a gestora da escola, e também os pais, a fim de relatar a concepção dos envolvidos nas questões disciplinares e investigar se ainda existem fatores que possam estar determinando os acontecimentos de indisciplina estudantil na Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá no Ensino Regular.
Este trabalho foi realizado portanto em duas etapas, a primeira, bibliográfica e documental e a segunda, de levantamentos através de pesquisa de campo. Na primeira etapa foi feita a leitura e resenha de várias bibliografias relacionada ao tema indisciplina escolar, e também serão analisados os documentos da Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá.
Então de possedo embasamento teórico foi o trabalho de campo, e nesta etapa se realizou entrevistas com a diretora, coordenadores, professores e pais, para tanto foi utilizado um questionário semiestruturado. Finalizada a coleta de dados, através de observações indiretas e entrevistas, deu-se início à fase de análise dos dados coletados, levando-se em consideração a constância das afirmações e/ou negações feitas pelos personagens da pesquisa a respeito na indisciplina escolar.
Finalmente de posse dos resultados e das informações obtidas foram quantificadas e analisadas, tabuladas e produziram os resultados conclusivos que estão apresentados então a seguir.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A indisciplina representa um dos principais fenômenos que geram variedades de dificuldades no contexto escolar. Esse fato vem ainda se agravando de tal forma que nem a escola nem a família conseguem solucionar o problema que se apresenta. Desta forma o que se observa é que tal fenômeno é caracterizado de diversas formas, contudo as ideias acerca desse tema estão longe de serem consensuais. 
Muito se debate sobre ser fundamental que a escola estabeleça regras e regulamentos para que trabalho educativo seja realizado de forma organizada e coerente. Contudo, precisa-se levantar o debate sobre como as regras são elaboradas e aplicadas, pois se observa de modo geral nas escolas públicas que as regras quase sempre partem das instituições escolares, sem a participação dos alunos e muito menos, sem levar em conta a realidade sociocultural que está inserida.
 	Neste contexto o que é sabido, é que a maioria das escolas públicas brasileiras enfrenta um sério desafio que é aprofundar os conhecimentos sobre as causas da indisciplina e, sobretudo conhecer as raízes deste mal que recai sobre aqueles que são rotulados de indisciplinados, enfatizando a necessidade e a importância de um posicionamento mais reflexivo dos professores e dos alunos perante esta questão.
O tema indisciplina escolar passou a ser, atualmente, para os profissionais da educação, um dos principais problemas pedagógicos em nível de sala de aula. Mais que isso, reflete-se que a indisciplina envolve diferentes aspectos e fatores, causando assim uma grande complexidade no ambiente escolar.  Logo as manifestações indisciplinares em sala de aula causa transtornos, falta de atenção, desinteresse e por consequência baixo rendimento escolar.
Paulo Freire (1996) fala que o educador deve conhecer o dia-a-dia do aluno, porque é nessa realidade que o aluno desenvolve seus instintos e desabrocha a indisciplina. Como já se constatou anteriormente o comportamento indisciplinado não é resultante de fatores isolados, mas da multiplicidade de influencias que recaem sobre a criança e ao adolescente ao longo de seu desenvolvimento. E entre estes fatores deve-se destacar que na maioria das vezes por falta de orientação sobre como agir diante da indisciplina em sala de aula, cada professor atua de forma que mais lhe convém, utilizando-se apenas de sua experiência e bom senso, o que na maioria das vezes não tem alcançado sucesso, pelo que se pode constatar, mas então como resolver tal situação.
Para De La Taille (1994,p.120) “se desde cedo a criança aprende que há limites a serem respeitados, aos poucos ela própria vai compreendendo que as regras são como contratos estipulados para que todas as partes sejam beneficiadas”.  Com isso, entende-se então que o aluno deve compreender desde o início de sua formação, que o respeito a regras faz parte do processo educacional e da disciplina, compreensão essa que não se percebe no dia a dia da escola.
Para Aquino (1996, p. 40) “embora o fenômeno da indisciplina seja um velho conhecido de todos, sua relevância teórica não é tão nítida”.  Surge daí então a necessidade de esclarecer e compreender a questão da indisciplina dentro do âmbito escolar, bem como os diferentes fatores que compõem sua origem e o que caracteriza sua complexidade. Com isso observa-se que as queixas e preocupações mais frequentes no âmbito escolar vão de encontro o pensamento de Aquino; pois indiscutivelmente nota-se que a indisciplina passou a ser um dos maiores problemas pedagógicos enfrentados pelos educadores na atualidade.
Então quando nos deparamos com o tema indisciplina no ambiente escolar, isso implica em analisar acerca de diversos fatores que contribui para tal complexidade. E apesar de o tema em questão estar sendo discutido cada vez mais no cotidiano escolar se tornando um desafio para professores e gestores educacionais que se deparam com o problema. 
Para Freire (1996, p.73). “Não é raro depara-se com professor intransigente que se considera o dono da verdade, impondo e dando ordens em sala de aula, isso implica em desencadear indisciplina dos alunos, como uma forma de protesto a atitudes do professor. ” Com isso diante das dificuldades encontradas por todos que fazem parte da comunidade escolar, muitos educadores não se encontram preparado para lhe dar com diferentes conflitos na sala de aula, dificultando todo processo educativo dentro da sala de aula. Então se percebe que a indisciplina não só envolve aspectos externas como: problemas sociais, baixa qualidade de vida e conflitos nas relações familiares, mas principalmente envolve também aspectos internos, desenvolvidos dentro da escola, como a relação professor-aluno por exemplo.
Para Parrat-Dayan (2008,p.07) “os problemas de indisciplina manifestam-se com frequência na escola, sendo um dos maiores obstáculos pedagógicos do nosso tempo.”
É comum o pensamento de que indisciplina no meio educacional ser vista como a manifestação de um aluno com um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência, desacato, traduzido na falta de educação ou desrespeito pelas regras pré-estabelecidas, na bagunça, agitação ou desinteresse, contudo é preciso buscar melhor compreensão dos fatores que geram tal situação.
 Ainda segundo Aquino (1996, p. 09) “há muito os distúrbios disciplinares deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras, para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais.” Mais que isso indisciplina manifesta-se de diferentes formas em sala de aula e o professor muitas vezes não está preparado para lidar com o conflito.
Rocha (1996, p.338) entende que "indisciplina é a falta de disciplina, que significa regime de ordem, imposta ou livremente consentida, a ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização". Então diante da posição de Rocha o que se percebe é que a indisciplina é algo que pode desencadear a desordem no ambiente escolar, afetando assim o regulamento da escola e por consequência o processo de ensino-aprendizagem.                
Por isso a importância do professor estar preparado para lidar com todos os tipos de situações, e está sempre disposto para desenvolver seu papel da melhor forma possível dentro da sala de aula. Pois nas palavras de Paulo Freire, qualquer que seja o tipo de professor ele desencadeia marcas no seu aluno.  Ou seja, se o professor é do tipo autoritário, licencioso, competente, sério, incompetente, irresponsável, amoroso da vida e das gentes, mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca.
Então para que essas marcas de relacionamentos entre professor e aluno sejam positivas o professor precisa combinar autoridade com respeito e afetividade, ou seja, ao mesmo tempo em que o professor precisa estabelecer normas, deixando claro o que se espera dos alunos, deve também respeitar a individualidade dos mesmos, em um respeito mútuo. Ainda na linha de pensamento de   Freire (1996, p.96)
A escola pode usar de ações simples para melhoria da relação professor-aluno. Fazer levantamentos prévios sobre a vida extra-escolar dos alunos pode contribuir para um melhor equilíbrio em situações diversas que gerem indisciplina na sala de aula, se o professor sabe do contexto social em que seu aluno está inserido ele passa a trabalhar formasdiferentes para melhor mediar os conflitos em sala.
Freire (2006, p.27) ressalta que “enquanto os professores não perceberem que é, por meio da dinâmica relacional do docente com a turma, e da análise detalhada do que se passa no seio do grupo que pode melhorar o ambiente de sala de aula, caso isso não ocorra não obterão grandes resultados.”
  Com isso percebe-se que o ideal é que a relação entre educadores e educandos flua naturalmente, de forma bem estabelecida, desencadeando assim uma relação saudável e propicia para o ambiente escolar, com respeito mútuo na construção do saber pautado na diversidade e igualdade de oportunidade.
Fica claro, que o respeito mútuo entre aluno e professor é fator importante no processo educacional, portanto o professor não deve usar de arrogância e considerar-se o portador de todo saber, mas sim estar disposto a ajudar na construção do saber de seus alunos e principalmente estar disposto a aprender com eles, desta forma pode-se pensar em construir um novo caminho na busca da solução do problema da indisciplina que hoje se apresenta no ensino regular. Pois se pode perceber que as ações autoritárias não resolvem o problema e pouco ajuda os alunos, ao contrário disto nota-se que vem na verdade acentuar ainda mais o comportamento inadequado. 
Segundo Oliveira (2005, p. 38) “Toda indisciplina tem uma causa e que a mesma não é simplesmente uma ação, mas uma reação, e que existem vários fatores determinantes da indisciplina, e um deles é a família.” 
Longe de transformar o professor e a escola nos responsáveis únicos pelo problema da indisciplina escolar, temos também na família, um fator de grande importância neste processo educacional do aluno, e problemas familiares de diversas ordens pode motivar a indisciplina escolar. Como por exemplo, um ambiente desestruturado onde ocorrem muitos conflitos, pode fazer com que os alunos reproduzam falta de respeito na escola.   
 Oliveira (2005,p. 47)  enfatiza que na maioria das vezes as atitudes de indisciplina são reflexos de uma educação recebida não apenas pela sociedade, mas no ambiente familiar ressaltar que:
“A "educação oferecida" pela família reflete na relação da criança com os colegas e com os professores, podendo gerar atitudes indesejáveis na escola que culminam em desobediência, agressividade, falta de respeito perante os colegas, professores e outros”.
Com isso entende-se, portanto, que para definir disciplina na escola, é necessário considerar uma série de questões sociais e rever o comportamento dos alunos de diferentes ângulos, e neste contexto a família, entendida como primeiro local de socialização, exerce   grande influência sobre a criança e ao adolescente. Então a escola que busque melhorias no comportamento inadequado dos alunos, deve buscar meios para envolver os familiares na elaboração da proposta pedagógica, estar atenta ao individual de cada aluno, da sua realidade social, familiar e com isso buscar um equilíbrio no que diz respeito à disciplina de seus educandos. 
Por fim a gestão da escola não pode ficar omissa diante deste problema.  Além de procurar identificar as possíveis causas da indisciplina, é necessário que a gestão da escola junto com coordenação e professores faça um levantamento histórico a respeito do problema. E principalmente busque a construção de um Projeto Político Pedagógico que atenda os anseios dos professores, dos pais e dos alunos, com vistas em uma educação de qualidade, ao mesmo tempo em que é prazerosa para todos, cuidando assim de criar um ambiente acolhedor e agradável, para que de fato todos se sintam inseridos neste ambiente escolar. Não esquecer, contudo que a coordenação escolar tem como direito e dever por limites e criar obrigações no âmbito escolar, mas isso não significa que a escola pode conceder medidas abusivas e ilegais.
MATERIAL
A Estadual Carmelita Canale Rebuá tem funcionado desde 1980, por meio do decreto 888 de 16 de fevereiro de 1981, desde então atendendo alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, a escola foi instalada em uma posição geográfica estratégica no município de Miranda MS para que ela pudessem atender os alunos dos bairros mais afastado do centro, hoje a escola funciona com 12 sala de aula sendo que todas elas são ocupadas nos três períodos Matutino, Vespertino e Noturno, oferecendo período integral para os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental e ainda para o 6º Ano do Ensino Fundamental, Ensino regular para as séries finais do Ensino Fundamental e Médio nos períodos matutinos e vespertino. 
Pode-se dizer que a Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá tem como missão oferecer um ensino de qualidade, propiciando assim a oportunidade de formação de cidadãos capazes de integrasse e participarem ativamente de suas comunidades na construção de uma sociedade melhor. A Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá tem tradição no Município de Miranda MS, e é muito bem conceituada diante da comunidade em geral, e tem prestado um serviço de excelências na área de educação deste município. 
Um dos grandes desafios que a escola de propõem a fazer é melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados na área de educação, buscando cada vez mais integrar não somente o aluno à escola, mas também toda a comunidade local, para tal está implantou novos projetos e ampliou seu espaço físico, com a criação da sala de jogos de mesa, tais como tênis de mesa, pinbolim, xadrez, futebol de botão entre outros. A escola adquiriu ainda vários aparelhos para musculação e ginástica e montou uma pequena academia para atividades físicas. Enfim como foi dito antes a Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá é dinâmica buscando sempre melhorar o atendimento aos alunos e a toda a comunidade.
Apesar de ser relativamente antiga a Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá passou por recente processo de reforma, estão em funcionamento 13 salas de aulas distribuídas em três blocos e funcionando nos três períodos, possui ainda laboratório de informática cuja sala foi recentemente construída com recursos levantados com esforço da escola e da comunidade, sala dos professores, secretaria, cantina, três depósitos, quadra coberta, pátio amplo com parte dele calçado e outra parte com gramado.
Ainda a recém inaugurada sala de jogos cujos equipamentos também foram adquiridos com recursos da própria escola, nove banheiros sendo um adaptado a necessidades especiais, as salas de aula são climatizadas e o processo de climatização também foi feito com recursos angariados com esforços da escola e da comunidade, e tem-se a pretensão de construir em breve a cobertura de uma área que será destinada ao espaço de um refeitório e para isso tem sido feito junto com a comunidade promoções para levantar fundos para tal objetivo. 
Todo o espaço físico da escola está em bom estado de conservação e até a horta está sendo replantada, em grande parte o crescimento físico, e o bom estado de conservação deste espaço deve-se ao bom relacionamento da Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá com toda a própria comunidade escolar, como também com a comunidade extraescolar. 
A gestão da Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá é feita pela Diretora Izamara Nunes Albuquerque junto com o Vice-Diretor Gilson Barato, a coordenação é feita por quatro coordenadores, Andreia Martins Meato que coordena do Ensino Fundamental com período e médio integral, Eder Baiaroski que coordena os anos finais do Ensino Médio.
 	Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá possui hoje um número aproximado de 330 novecentos e trinta alunos matriculados nos somatório dos três períodos, nas diversas modalidades de ensino que a escola oferece, o seu corpo docente é composto por um número de quarenta e dois professores todos habilitados e bem conceituados distribuídos nos dois períodos, e com um quadro de doze excelentes funcionários, possui associação de pais e mestres (APM) bastante atuante. 
Como já foi dito antes toda a comunidade, tanto interna, como a externa a escola é bastante atuante o que acaba sendo um diferencial nesta escola, fazendo comque diversos projetos idealizados possam ser realizados com sucesso.
A Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá tem diversos projetos em andamento e outros a serem realizados, entre estes se pode citar o que já estão implantados: a manutenção da horta, a ampliação da sala de jogos, projeto feira de ciências, Sarau cultural, visitações a universidades para visualização dos futuros cursos que desejem cursar, passeios ecológicos, participação em competições esportivas escolares, projetos de Educação Ambiental e de transito, entre outros.
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
	Na oportunidade deste trabalho pode-se tirar resultados bem relevantes entre este pode-se falar com relação as indisciplinas cometidas nas várias faixas etárias as séries, foi possível constatar que as turmas nas quais tem-se maior ocorrências de indisciplinas são 6ª e 7º ano do Ensino Fundamental, sendo que o 6º ano entre estes são os que mais cometeram atos indisciplinares.
Além disso existem diferenças com relação no tipo de indisciplina cometida enquanto nos 6º e 7º do Ensino Fundamental as ocorrências mais comuns são agressões verbais e físicas contra os colegas, já no 8º e 9º anos do Ensino fundamental os atos indisciplinares mais comuns refere-se a bagunça na sala de aula e desinteresse pelas atividades escolares, comportamento rebelde com as regras da escola, porém raramente agressões aos colegas, com acontece nos 6º e 7º ano do Ensino Fundamental.
Neste caso os alunos que fazem piada de tudo e dispersa também os colegas com gracinhas e brincadeiras frequentes durante as aulas. Tal comportamento pode esconder uma carência por atenção. Por isso, é importante que a advertência não seja feita diante da turma, a fim de desencorajá-lo a voltar a fazer graça.
Apesar do foco desta pesquisa estar mais direcionada ao Ensino Médio as informações anteriores são pertinentes para que se possa fazer um comparativo destas ocorrências e assim poder tirar ideias mais conclusivas e acertadas sobre os fatos que motivam estes atos indisciplinares.
Assim sendo o que se pode apurar é que no Ensino Médio da referida escola as ocorrências de indisciplinas são bem mais rara, porém quando estas ocorrem, são agressões verbais direcionadas principalmente aos professores, ou alguém que represente alguma autoridade escolar com coordenadores, inspetores, diretores e vice-diretores.
	O questionamento que fica é; Qual o motivo dos comportamentos tão diferentes relacionadas a indisciplina escolar no âmbito da Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá nestas turmas?
	Acredita-se que os poucos atos de indisciplinas cometidos pelos alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Carmelita Canale Rebua estejam relacionados principalmente a rebeldia que é própria dos adolescentes desta idade, em especial em respeitar figuras de autoridades, ainda assim há que se buscar meios de lidar com tal situação, pois é preciso que estes adolescentes entendam que qualquer ambiente deve ser preservado por regras que regulamentem o comportamento e a convivência daqueles que nele estão inseridos.
Portanto, o descumprimento dessas regras, a desobediência, confusão ou insubordinação, traduzem-se como indisciplina e que terão consequência, pois até mesmo os atos indisciplinares são momentos de aprendizagem para estes jovens e a forma como a escola vai lidar com estes fatos poderá contribuir para que se evite transgressões mais sérias por este individuo no futuro. 
São várias as causas desse comportamento. Porém, antes de qualquer julgamento, é importante avaliar o contexto do desenvolvimento cognitivo e emocional de cada criança.
Assim podemos refletir e compreender melhor por que ela se comporta dessa maneira, além de exercer uma escuta ativa e personalizar o ensino por meio de estratégias pedagógicas que promovem o desenvolvimento dos estudantes de maneira individualizada — sem, entretanto, deixar de estabelecer limites para os alunos.
Possivelmente as agressões que os alunos das primeira etapa do Ensino Fundamental está relacionada ao desconhecimento de certas regras do convívio social, ou seja, regras como respeito ao próximo e qual o limite para as próprias ações. Esta é uma reclamação comum dos professores, as crianças chegam a escola sem conhecer limites e ou regras de convivências “ mal educado” e cada vez mais cabe a escola ensinar estas regras, porém isto demanda tempo e energia.
Porém para todos os alunos são muitos os aspectos que podem influenciar direta e indiretamente os seus comportamentos:
· A realidade que a escola apresenta aos seus estudantes;
· O ambiente familiar;
· A forma como os alunos lidam com as emoções;
· O contexto social em que estão inseridos.
Dessas causas, vamos destacar aqui 3, que estão diretamente relacionadas ao contexto escolar.
Primeiro porque muito alunos comparecem à aula apenas por obrigação, não se envolvem nas atividades propostas e tornam-se apáticos. Tal desinteresse pode ser porque eles não percebem a utilidade dos conteúdos apresentados ou devido a uma didática monótona do professor — quando ele ensina tudo do mesmo jeito, as aulas são sempre iguais.
Segundo Quando os combinados da aula não são respeitados, cabe ao professor balancear as medidas de conscientização conforme a gravidade das ações. Por exemplo: xingamentos e agressões entre colegas precisam de maior intervenção e cuidado do que comportamentos como não realizar as atividades em sala de aula.
Terceiro a falta de medidas preventivas ou de conscientização em casos de violência ou bullying pode nutrir um sentimento de injustiça e abandono por parte das crianças e jovens que são alvos dessas ações. Da mesma forma, aqueles que praticam esses atos podem mais facilmente naturalizá-los e repeti-los, gerando um gatilho para a violência generalizada e um círculo vicioso de indisciplina e hostilidade.
Para lidar com esse problema, as medidas de conscientização são o caminho mais efetivo. Por meio de atividades que estimulem o senso de cooperação e igualdade, é possível dissolver conflitos. Palestras e ações educativas, com o engajamento da família, podem levar à raiz do problema e apontar as razões que motivam a indisciplina e a violência em uma criança.
Outro comportamento está crescendo e ocupando as salas de aula, trazendo consigo um novo desafio para os professores refere-se ao uso dos celulares mesmo durante as aulas. Afinal, é importante não deixar que o uso constante das tecnologias leve esses jovens a se tornarem adultos sem qualificação.
Neste contexto algumas ações indicadas são: Ensinar os alunos a fazerem uso da tecnologia em prol do seu próprio desenvolvimento, mostrar à turma como selecionar mais assertivamente as informações em meio à imensidão de conteúdo, incentivar a utilização dos recursos tecnológicos para o enriquecimento cultural, preparar aulas mais dinâmicas e diversificadas, realizando, preferencialmente, atividades práticas e coletivas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Então o que pode concluir com este trabalho é da importância de o professor e a escola olharem com mais atenção e cuidado para os alunos com os perfis agressivo, distraído, desafiador e engraçadinho. Isso porque esses tipos de comportamento podem estar relacionados a problemas pessoais, familiares, questões emocionais ou até a algum tipo de distúrbio neurológico e também entender que na maioria dos caso ao se adotar a postura correta, tanto por parte do professor como da instituição de Ensino boa parte dos problemas de disciplina podem ser resolvidos.
Não esquecer que a indisciplina pode ser uma forte evidência de que a criança precisa de ajuda e, portanto, é essencial que escola e professor se aproximem dos estudantes para saber mais sobre sua vida pessoal e, assim, poder encontrar um caminho para ajudá-los a lidar com determinadas dificuldades.
E principalmente entender que antes de querer combater a indisciplina, é importante acordar com os alunos quais serão as regras de convivência em sala de aula, a fim de que todos estejam cientes do funcionamento do ambiente, assim como de seu papel no conjunto.
Outro ponto importanteé saber que a participação das crianças e dos jovens na construção dessas regras é fundamental para que eles se sintam envolvidos e entendam as normas que regem o espaço e as relações nos quais estão inseridos, além da razão de cada umas delas existirem e serem respeitadas.
Assim sendo conclui-se este trabalho lembrando que o aluno é o núcleo do processo educativo. É a partir dele e para ele que toda a educação é pensada. Infelizmente, este aluno tem protagonizado cenas de horror nas escolas, através da manifestação da indisciplina explícita. 
Boa parte dos alunos da atualidade perdeu o foco dos estudos e mira um norte divergente daquele apontado pela educação; talvez por esperarem algo diferente da escola, talvez pelos ensinamentos da sociedade das limitações, talvez pelo fracasso da família, ou ainda pela “inadequação” da escola. O importante frisar é que o aluno está cada vez mais distante das boas questões educacionais, menos comprometido com a própria formação e muito mais agressivo.
E que o compromisso dos Educadores é maior do que podem imaginar, pois a formações destas crianças e jovens estão em suas mãos, não por escolha, não porque seja correto assumir toda essa responsabilidade, porém se as escola e os professores também se isentarem, é temerosa a perspectiva para nossa futura sociedade futura. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AQUINO,Julio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 5. ed. São Paulo: Summus, 1996. 
CHAGAS, K.M., Indisciplina na Escola: de quem é a culpa? Monografia do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Qualidade na Educação, Guarapuava –PR, 2001, 48p.,http://virtual.facinter.br/monos/indisciplina_na_escola.pdf, acesso em setembro/ 2016. 
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991.
 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, A.M.A. Paulo Freire: Uma História de vida. 1ª Edição Editora Villa das Letras.Indaiatuba, SP. 2006.
NÉRICI, Imideo. Introdução à didática geral . 7. ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1968. 
OLIVEIRA, Maria Izete. A indisciplina escolar: determinações, conseqüências e ações. Brasília: líber livro, 2005. 
PARRAT-DAYAN, S. Como enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: Contexto, 2008.
PATTO, M.H.S. A produção do fracasso escolar. 2. ed. São Paulo: Queiroz, 1990.
POLATO, Amanda. Sem culpar o outro. São Paulo: Revista Nova Escola, Ano XXIV, n. 225, set/2009.
VIANNA, I.de Almeida. A indisciplina participativa na escola: Um desafio a todos os brasileiros. São Paulo: EPU. 2007
ANEXOS
QUESTIONÁRIO
SERIÉ_____________________
1º Você trata bem os seus colegas e a professora?
              (    )sim                                          (   )não
2º Você acha certo agredir alguém?
              (   )sim                       (   )não
3º como você se auto avalia na escola?
               (    )comportado
              (    )mal comportado
4º Você se acha indisciplinado?
             (   )sim                 (    )não
5º Você concorda com as regras impostas pela escola?
             (   )sim                   (   )não
6º Você respeita seus pais?
             (    )sim                     (    )não
7º você acha que recebe bons exemplos de seus pais?
            (   )sim                       (    )não
8º Você acha que a indisciplina escolar é causada?
a)(   )pela metodologia do professor.
b)(   )pelos colegas.
c)(   )pelas condições financeiras
d)(   )por falta de acompanhamento dos pais.
e)(   )por falta de organizações da escola

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