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A Vizinha Antipatica que Sabia - Eliana Martins

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Prévia do material em texto

Eliana	Martins
A	vizinha	ANTIPÁTICA
que	sabia
MATEMÁTICA
	
ilustrações	de	Suppa
Para	todos	os	que	acham	estudar	Matemática	horrendo,	mas	não	sabem	o	que
estão	perdendo.
	
SUMÁRIO
	
A	MUDANÇA
O	ROLO	DOS	NOMES
A	VIZINHA	ANTIPÁTICA
ELA	SABIA	MATEMÁTICA
TESTES	RACHACUCALÓGICOS	(quando,	apesar	de	ter	custado	a	aceitar,
acabei	gostando	de	matemática)
Uma	História	para	Descontrair	-	PARTE	1
Uma	História	para	Descontrair	-	PARTE	2
Uma	História	para	Descontrair	-	PARTE	3
Uma	História	para	Descontrair	-	PARTE	4
MANUAL	DO	SÁBIO	MATEMÁTICO	(que	só	pode	ser	aberto	por	aqueles
que	aprenderam	a	gostar	de	matemática)
DESPEDIDA
RESPOSTAS	DE	TODOS	OS	TESTES	DO	LIVRO
BIOGRAFIA	DA	AUTORA
BIOGRAFIA	DA	ILUSTRADORA
CRÉDITOS
A	Mudança
	
Oi!	Você	costuma	responder	às	perguntas	com	honestidade?
Desculpe.	Nós	nem	nos	conhecemos	e	eu	 já	vou	 logo	querendo	saber	uma
coisa	 tão	 íntima.	Então,	pra	gente	se	conhecer,	 lá	vai:	eu	sou	o	Theo.	E	é	Theo
mesmo.	Só	Theo.	Não	é	apelido	de	Teobaldo,	nem	de	Teófilo,	nem	de	nada.	É
Theo	e	pronto.	Theo	Correia.
Perguntei	 se	 você	 costuma	mentir	 porque	 eu	 vou	 confessar	 uma	 coisa:	 eu
odiava,	 tinha	horror,	 detestava,	 abominava,	pa-nificava…	Não;	panificava	 tem	a
ver	 com	pão.	Eu	 tinha	pânico	de	matemática.	Estudava	 feito	um	doido,	enfiava
tudo	na	cabeça,	mas	na	hora	da	prova…	Parecia	que	alguém	tinha	passado	um
aspirador	de	pó	no	meu	cérebro.	Não	lembrava	de	nada!
E	você,	gosta	de	matemática?	Aí	é	que	entra	a	honestidade,	entendeu?
Se	não	gosta,	esta	é	a	hora	de	falar,	pois	o	que	aconteceu	comigo	depois	que
conheci	a	nova	vizinha…
Quer	saber?	Vou	contar	tudo	a	você.
	
Parecia	 uma	 sexta-feira	 como	 outra	 qualquer	 quando	 um	 caminhão	 de
mudança	 parou	 em	 frente	 ao	 número	 134	 da	minha	 rua,	 o	 sobrado	 geminado
com	o	que	eu	moro.
O	pessoal	da	mudança	descarregou	uns	móveis	pesadões,	uma	escrivaninha
irada,	cheia	de	gavetinhas,	parecida	com	a	do	meu	avô.
Do	 meu	 jardim,	 fiquei	 de	 olho	 em	 tudo.	 Quando	 o	 pessoal	 terminou	 de
descarregar	 os	 móveis	 da	 casa,	 começou	 a	 tirar	 do	 caminhão	 umas	 caixas,
milhares	 de	 caixas…	 Talvez	 centenas…	 Bem,	 umas	 dez	 caixas	 eu	 garanto	 que
tinha.
Aí	 apareceu	uma	 senhora	 com	cara	de	 avó.	Mas	não	 vi	 nenhum	neto.	Uma
mulher	nem	alta	nem	baixa,	nem	gorda	nem	magra	e	com	os	cabelos	nem	curtos
nem	compridos.
Ela	pagou	aos	homens	da	mudança	e,	quando	ia	entrando	em	casa,	me	viu.
Não	 sei	por	quê,	mas	me	deu	um	 frio	na	barriga,	 igual	 ao	que	 tinha	antes	das
aulas	de	matemática.
A	mulher	me	olhou,	de	baixo	pra	cima	e	de	cima	pra	baixo,	assoou	o	nariz,
entrou	na	casa	e	fechou	a	porta.
Achei	uma	baita	falta	de	educação.	Ela	podia	ter	dito	alguma	coisa	do	tipo:
“Oi,	você	mora	aí?”.	Ou:	“Oi,	eu	sou	sua	nova	vizinha”.	Mas	nada.	Fez	que	nem
me	viu	e,	ainda	por	cima,	assoou	o	nariz	na	minha	cara…	Quer	dizer,	na	cara	dela.
Vizinha	antipática!
O	Rolo	dos	Nomes
Depois	do	dia	da	mudança,	não	vi	mais	a	vizinha.	Minha	mãe,	ao	contrário,	a
viu.	E	disse	que	era	uma	senhora	muito	educada.
Bem,	continuando	a	história,	após	quase	uma	semana	que	a	“simpatia	pura”
se	mudara,	ao	voltar	da	escola	dei	de	cara	com	ela	colocando	o	saco	de	lixo	na
lixeira	da	rua.
Fiz	que	não	vi	e	passei	reto.	Mas	ela	me	viu,	me	encarou	e	assoou,	de	novo,	o
nariz	na	minha	cara.
Será	que	a	vizinha	cheirava	pó	de	mico,	de	pirlimpimpim,	de	serragem?	Sei	lá
que	tipo	de	pó	provoca	espirros!	“Tô	fora!”,	pensei.	E	apertei	o	passo.	Mas	ela
me	chamou:
–	Olá!	Sou	sua	nova	vizinha.
“Errrrr…	Tá	brincando,	ôoooooo…”,	pensei.
–	A	vizinha	do	1	+	3	=	4	–	completou	ela.
Enquanto	eu	pensava	sobre	o	que	ela	dissera,	a	vizinha	abriu	um	supersorriso.
–	O	número	da	minha	casa	é	134.	Pra	não	esquecer,	uso	a	soma	do	1	com	o	3
e	tenho	o	4.
A	chata,	além	de	antipática	e	assoarenta	de	nariz,	ainda	vinha	me	lembrar	de
matemática,	que	eu	detestava.	Estava	perdido!
Depois	do	trocadilho	matemático,	perguntou	o	meu	nome.
–	É	Theo.
Ela	fez	cara	de	interrogação	e	não	deu	outra:
–	É	Theo	de	Teobaldo,	de	Teófilo	ou	do	quê?	É	o	mesmo	nome	do	seu	avô?
Aí	eu	fiquei	mesmo	superirritado.
–	Meu	nome	é	Theo	de	Theo	mesmo.	Só	Theo.	Não	é	apelido	de	nada	nem	o
nome	do	meu	avô	–	e	continuei	andando.
Mas	a	chatonilda	não	largou	do	meu	pé.
–	 Me	 desculpe.	 Seu	 nome	 é	 muito	 lindo,	 viu?	 Muito	 mais	 bonito	 que
Teobaldo	ou	Teófilo.	E	acho	que	um	garoto	inteligente	como	você	não	deveria	se
aborrecer	 com	 uma	 confusão	 besta	 como	 essa,	 nem	 com	 uma	 idosa	 confusa
como	eu.
Parei	e	olhei	pra	ela.	Não	é	que	dei	de	cara	com	outro	sorriso	legal?
–	Como	é	que	a	senhora	sabe	que	eu	sou	inteligente	se	nem	me	conhece?
Pra	que	eu	fui	inventar	de	perguntar	isso?	Às	vezes	a	gente	paga	os	pecados
por	 não	 saber	 ficar	 de	 boca	 fechada.	 A	 vizinha	 veio	 com	 uma	 porção	 de
perguntas,	tipo:
–	Se	uma	cesta	tem	3	maçãs	e	você	tira	2,	com	quantas	maçãs	fica?
Eu	pensei	e	respondi	certo.
–	Um	 fazendeiro	 tinha	17	ovelhas.	Todas	morreram,	menos	9.	Com	quantas
ele	ficou?
Tornei	a	pensar	e	acertei.	E	a	vizinha	mandou	outra	bomba:
–	Em	uma	dúzia	de	pares	de	meia,	quantos	pares	você	tem?	(ver	respostas)
Foi	aí	que	eu	me	dei	mal.	Quis	dar	uma	de	sabichão,	respondi	correndo	e…
errado.
A	vizinha	fez	uma	cara	de	pena	que	me	deu	nos	nervos.
–	 Você	 errou	 porque	 não	 pensou.	 Apenas	 despejou	 –	 e	 deu	 uma	 gostosa
risada.
Por	 que	 raios	 eu	 tinha	 que	 ficar	 ali,	 de	 pé,	 respondendo	 perguntas
matemáticas	a	uma	fulana	que	eu	nem	conhecia?
E	a	vizinha	pareceu	entrar	na	minha	cabeça…
–	Você	gosta	de	sorvete	de	chocolate,	Theo?	Eu	sei	fazer	um	que	é	coisa	dos
deuses.	Quer	experimentar?
Fui	tomado	de	total	surpresa.	A	vizinha,	além	de	ser	antipática,	ter	mania	de
matemática	e	de	assoar	o	nariz,	também	se	achava.	Coisa	dos	deuses…	Seachilda
no	 último!	 Mas	 que	 sorvete	 de	 chocolate	 sempre	 foi	 meu	 preferido,	 isso	 era
verdade.
–	Vou	guardar	minha	mochila	lá	em	casa	e	já	volto	–	decidi.
–	Está	bem.	Enquanto	 isso,	vou	pegar	o	sorvete	e	tomamos	no	meu	 jardim,
aproveitando	este	fim	de	tarde	tão	bonito.
Deixei	a	mochila,	avisei	minha	mãe	e,	em	menos	de	cinco	minutos,	estava	no
jardim	da	vizinha,	da	qual	eu	não	sabia	nem	o	nome.
A	Vizinha	Antipática
	
–	Se	eu	espirrar	no	meio	da	conversa,	me	desculpe.	Tenho	rinite	alérgica.
Foi	assim	que	ela	me	recebeu	pra	tomar	sorvete.
A	varanda	que	dava	para	o	jardim	tinha	ficado	bem	legal,	com	uma	mesinha	e
duas	cadeiras,	e	lá	nos	sentamos.
–	Fique	à	vontade,	Theo.	Antes	de	qualquer	coisa,	meu	nome	é	Maria	Lúcia…
Maria	Lúcia	Quete.	Mas	todo	mundo	me	chama	de	professora	Malu	Quete.
Eu	quase	cuspi	o	sorvete	de	tanto	espanto.
–	Malu	Quete?!	Ninguém	merece	um	apelido	desses,	hein?
Ela	riu.
–	Pois	é,	Theo.	Meu	nome	 foi	propício,	e	minha	profissão	de	professora	de
matemática	veio	bem	a	calhar	pra	que	meus	alunos	me	dessem	esse	apelido.
–	A	senhora	é	professora	de	matemática?
–	 Fui,	 Theo.	 Agora	 estou	 aposentada.	 Mas,	 uma	 vez	 professora,	 sempre
professora;	uma	vez	 fã	de	matemática,	 sempre	 fã.	Por	 isso	nunca	vou	deixar	de
ser	a	Malu	Quete.	–	E	deu	uma	gostosa	gargalhada.
Eu	também	ri.	Aquela	vizinha	era	mesmo	maluquete.
–	Sabe,	dona	Malu	Quete,	a	senhora	gosta	do	que	eu	mais	odeio.
Ela	me	olhou,	espantada.
–	Hum…	Vou	adivinhar	o	que	você	odeia.
Ela	então	fez	uns	movimentos	com	as	mãos,	direcionados	à	minha	cabeça	e
disse:
–	Pelos	poderes	de	Pitágoras…	Hum…	Você	odeia	matemática.
A	dona	Malu	Quete,	com	certeza,	estava	de	gozação	pra	cima	de	mim.
–	Quem	é	esse	Pitágoras?	–	perguntei.
–	 Pitágoras	 de	 Samos	 é	 o	 pai	 da	 matemática,	 Theo.	 Um	 sujeito
superinteligente.	Filósofo	e	matemático	grego.
Achei	o	cúmulo	a	matemática	ter	pai.	Por	que	o	tal	de	Pitágoras	tinha	que	ter
criado	essa	chatice?	Aposto	que	o	mundo	devia	estar	muito	bem	sem	ela!
E	lá	veio	a	dona	Malu	Quete	ler	meus	pensamentos	de	novo.
–	 Matemática	 não	 é	 chata	 coisa	 nenhuma,	 Theo.	 Basta	 a	 gente	 saber
compreendê-la.
Daí	ela	veio	com	uma	pergunta	que	me	deixoudesconcertado:
–	Você	é	daqueles	que	pensam	ou	que	despejam,	Theo?
–	Bem…	Eu…	meio	que	decoro	o	jeito	de	fazer.
A	dona	Malu	quase	caiu	da	cadeira.
–	Ah,	mas	é	por	 isso	que	você	odeia	matemática.	Quem	decora	não	pensa,
Theo.	 Quem	 decora,	 despeja.	 E	 quem	 despeja	 é	 porque	 não	 entendeu.	 A
matemática	 é	 como	 um	mapa	 do	 tesouro.	 A	 gente	 vai	 olhando,	 pesquisando,
pensando,	imaginando	as	possibilidades…	Tenta	um	caminho,	tenta	outro	e	mais
outro.	De	repente,	lá	está	o	tesouro.	O	resultado	da	questão.
Então	ela	deu	um	sorriso	e	me	contou	um	caso:
–	 Certa	 vez,	 quando	 minha	 sobrinha	 era	 pequena,	 a	 professora	 dela
apresentou	 um	 exercício	 na	 aula	 de	 matemática:	 “Se	 você	 tem	 60	 jacas	 e
empresta	 30	 pra	 sua	 amiga,	 com	 quantas	 jacas	 fica?”.	 E	 sabe	 o	 que	 minha
sobrinha	respondeu,	Theo?
–	Deve	ter	respondido	que	ficava	com	30,	é	claro	–	eu	disse.
–	Não.	Ela	disse	que	tinha	ficado	com	as	mesmas	60	jacas,	porque	não	tinha
dado	30	para	a	amiga.	Ela	tinha	apenas	emprestado.	A	amiga	ia	devolver.
Eu	adorei	a	resposta	da	garota.
–	Sua	sobrinha	foi	bem	esperta.
–	Ela	raciocinou,	Theo.	Só	isso.
–	A	professora	dela	deve	ter	ficado	com	cara	de	besta,	né,	dona	Malu?
Só	 de	 pensar	 em	 professora	 de	matemática	 sendo	 feita	 de	 besta	 por	 uma
aluna	me	deu	uma	felicidade	incrível.
–	 Como	 eu	 disse,	 para	 entender	 matemática	 é	 preciso	 pensar,	 raciocinar.
Quer	ver	só	um	exemplo?
E,	 antes	 de	 eu	 dizer	 que	 não,	 que	 agradecia	 o	 sorvete,	 mas	 tinha	 que	 ir
mesmo;	 que	 ela	 não	 insistisse;	 que	 se	 eu	 me	 atrasasse	 ia	 levar	 um	 castigo
tremendo,	ou	seja,	ia	ficar	sem	ver	televisão	durante	quatro	meses	e	ficar	outros
quatro	 sem	 jogar	 videogame;	 que	 nada	 na	 minha	 vida	 havia	 mudado	 por	 eu
saber	com	quantas	 jacas	a	sobrinha	dela	 tinha	 ficado	 (afinal	de	contas,	pra	que
uma	pessoa	quer	tanta	jaca?	Eu	nem	gosto	de	jaca),	a	dona	Malu	Quete	soltou	a
bomba:
–	Seu	pediatra	mandou	você	tomar	3	comprimidos	de	vitamina	de	meia	em
meia	hora.	Quanto	tempo	você	vai	levar	para	tomar	os	3:	meia	hora,	uma	hora	ou
uma	hora	e	meia?	(ver	resposta)
Refleti	que	tomar	3	comprimidos	era	bem	mais	fácil	que	comer	60	jacas,	logo
a	resposta	estava	na	cara.
–	 Se	 são	 3	 comprimidos,	 vou	 levar	 uma	 hora	 e	 meia.	 Meia	 hora	 pra	 cada
comprimido.
A	vizinha	franziu	a	testa.
–	Você	despejou,	de	novo,	essa	resposta,	Theo.	Não	pensou.	Tente	mais	um
pouco.	–	Ela	então	entrou	em	casa	e	voltou	com	papel	e	lápis.
Eu	 pensei,	 pensei,	 pensei	 até	 sair	 fumaça	 das	 minhas	 orelhas	 e	 cheguei	 à
mesma	resposta:	uma	hora	e	meia.
Então	 a	 dona	 Malu	 Quete	 desenhou	 a	 resposta	 no	 papel	 e,	 quando	 a	 vi,
fiquei	sem	graça.	Realmente	eu	não	tinha	raciocinado	o	suficiente.
	
É	claro	que	você	está	querendo	saber	a	resposta,	né?	E	ver	o	desenho	que	a
vizinha	 fez…	E	 também	está	querendo	saber	as	 respostas	às	perguntas	que	ela
me	 fez	 assim	 que	me	 conheceu…	Mas	 eu	 aprendi	 com	 ela	 que,	 pra	 entender
matemática,	temos	também	que	ter	paciência.
Paciência	 e	 raciocínio.	 Então,	 como	 eu	 tive	 que	 fazer,	 vá	 pensando	 na
resposta	certa	desse	e	dos	outros	 testes	que	a	vizinha	 fez	comigo.	Eu	prometo
que,	 antes	 de	 este	 livro	 terminar,	 você	 vai	 saber	 se	 pensou	 e	 acertou	 ou	 se
despejou	e	errou.
Vá	firme!
Ela	Sabia	Matemática
	
Anoitecia	quando	minha	mãe	veio	até	o	muro	do	jardim	me	chamar.
–	 Puxa,	 dona	 Malu,	 a	 senhora	 tem	 muita	 paciência	 com	 criança.	 Olha	 há
quanto	tempo	está	conversando	com	o	Theo!
–	 Ah,	 mas	 o	 seu	 filho	 é	 um	 menino	 muito	 inteligente	 e	 educado.	 –	 A
professora	me	elogiou.
E	as	duas	ficaram	num	pingue-pongue	de	elogios	que	cansou	a	minha	beleza.
Não	me	agradava	nadinha	ter	uma	professora	de	matemática	como	vizinha.	Disse
tchau	pra	maluquete	e	já	estava	indo	pra	casa	quando	ela	me	pegou	pelo	braço	e
me	disse	baixinho:
–	Theo,	volte	aqui	amanhã,	quando	chegar	da	escola.	Tenho	um	segredo	que
desejo	compartilhar	com	você.
Então	ela	passou	a	mão	nos	meus	cabelos	e	eu	fui	embora.
Durante	o	jantar,	perguntei	a	minha	mãe	se	ela	sabia	que	a	nova	vizinha	era
professora	de	matemática.	 Ela	 fez	 cara	de	 surpresa	e	 respondeu	que	não.	Mas
bem	que	eu	vi	o	meu	pai	dar	uma	olhada	suspeita	pra	ela.
É	claro	que,	naquela	noite,	passei	horas	me	revirando	na	cama,	curioso.
Que	segredo	uma	pessoa	de	mais	de	sessenta	anos,	que	era	o	que	a	vizinha
parecia	 ter,	poderia	querer	 contar	 a	um	garoto	 como	eu?	Comecei	 a	 avaliar	 as
possibilidades:
	A	vizinha	não	era	Malu	Quete	só
no	nome,	era	mesmo	desparafusada.
	
	 A	 vizinha	 era	 um	 ser
extraterrestre,	 incumbido	 de	 passar
informações	a	alguém	da	Terra.
	
	 A	 vizinha	 estava	 curtindo	 com	 a
minha	cara.
	
E	imaginei	mais	um	monte	de	coisas.	O	pior	é	que	eu	só	saberia	a	resposta
no	 dia	 seguinte,	 no	 fim	 da	 tarde.	 Como	 o	 sono	 chegava,	 resolvi	 ter	 calma	 e
esperar.
De	 manhã,	 fiquei	 de	 olho	 cravado	 no	 jardim	 da	 vizinha,	 para	 ver	 se	 ela
aparecia	e	me	contava	logo	o	tal	segredo.	Mas	nem	sinal	dela.
Fui	 à	 escola	 e,	 ainda	 por	 cima,	 tive	 que	 aturar	 duas	 aulas	 seguidas	 de
matemática.	 Números	 decimais.	 Um	 monte	 de	 vírgulas	 me	 atrapalhando	 a
cabeça.	 Então	 lembrei	 que	 a	 dona	 Malu	 Quete	 tinha	 dito	 que	 pra	 entender
matemática	a	gente	precisava	raciocinar	e	ter	paciência.
O	exercício	era	assim:
Uma	 loja	de	automóveis	 convidou	 100	pessoas	para	uma	pesquisa
sobre	cores	preferidas.	As	escolhas	foram	as	seguintes:
	
	
Use	 bem	 a	 cabeça.	 Pense,	 até	 sair	 fumaça,	 e	 escreva	 no	 seu
caderno	 quais	 os	 números	 decimais	 que	 correspondem	 às	 frações
acima.	(ver	resposta)
Li,	pensei,	raciocinei,	mas	aquilo	me	parecia	grego,	russo.	Naquela	hora,	sério
mesmo,	eu	preferia	comer	as	60	jacas	da	sobrinha	da	dona	Malu	Quete.	Além	de
não	 entender	 nada	 do	 que	 tinha	 que	 fazer	 no	 exercício,	 ainda	 fiquei	 me
perguntando	que	louco	compraria	um	carro	cor-de-rosa,	violeta…
Entreguei	o	exercício	sem	responder.	A	“profa”	me	deu	um	olhar	de	o-que-é-
que-eu-faço-com-esse-menino	e	guardou	o	papel	na	pasta	dela.
Minha	curiosidade	pra	saber	que	segredo	a	vizinha	tinha	pra	me	contar	virou
necessidade.	Cinco	e	meia	da	tarde,	em	ponto,	eu	estava	tocando	a	campainha
da	casa	dela.
Dona	Malu	me	recebeu,	toda	sorridente.
–	Gostei	da	pontualidade.	Vamos	entrando.
Como	estava	batendo	um	vento	frio,	ela	resolveu	me	contar	o	tal	segredo	na
sala	da	 casa	dela.	 E	 tinha	 livro	pra	burro,	 como	eu	 suspeitava.	A	 casa	era	bem
aconchegante.	Pelo	menos	a	sala,	que	foi	só	o	que	eu	vi.
–	Sente-se,	Theo,	e	fique	à	vontade.
Eu	deixei	a	mochila	em	uma	das	cadeiras	e	me	sentei	em	outra,	da	mesa	de
jantar.	Ela	foi	até	a	estante,	pegou	um	livro	fininho	e	veio	se	sentar	ao	meu	lado.
–	Sabe	de	quem	é	este	livro,	Theo?
–	Da	senhora,	ué!
–	Olhe	só	que	resposta	interessante	você	deu!
Fiquei	sem	entender	o	comentário.	Mas	ela	explicou:
–	A	pergunta	foi	malfeita,	você	raciocinou	e	respondeu	o	que	interpretou.
–	Como	assim?
–	Perguntei	de	quem	era	o	livro	quando	deveria	ter	perguntado	quem	era	o
autor	do	livro.	Portanto,	para	a	pergunta	que	fiz,	sua	resposta	foi	correta.
Aquela	xaropada	já	estava	me	deixando	nervoso.
–	E	o	segredo,	dona	Malu?
–	 O	 segredo	 está	 dentro	 deste	 livro	 antiquíssimo,	 passado	 de	 geração	 a
geração	 desde	 Pitágoras	 e	 tão	 sábio	 quanto	 ele	 próprio:	 o	 Manual	 do	 Sábio
Matemático.
E	lá	veio	ela	com	o	tal	Pitágoras,	pai	da	matemática,	de	novo.
–	Sabe	que	comentei	com	o	meu	pai	 sobre	Pitágoras	e	ele	 falou	de	um	 tal
teorema	que	esse	cara	inventou.
–	Ah,	sim!	Exatamente,	o	teorema	de	Pitágoras:	o	quadrado	da	hipotenusa	é
igual	à	soma	dos	quadrados	dos	catetos…	Ops!	Me	empolguei	–	disse	a	vizinha,
desculpando-se.	–	Ainda	é	cedo	pra	você	compreender	isso.
Como	alguém	podia	compreender	uma	barafunda	daquelas?	O	tal	Pitágoras
não	 estava	 com	 nada.	 O	 que	 é	 hipotenusa?	 Eu	 conhecia	 Danusa,	 Vanusa,
Medusa,	 mas	 hipotenusa…	 E	 “capeto”,	 então?!Só	 podia	 ser	 coisa	 mal-
assombrada.	 Credo!	 Ainda	 por	 cima	 não	 era	 só	 um	 “capeto”,	 e,	 sim,	 a	 soma
deles.	Só	de	pensar	me	arrepiei	todo.
–	Você	quer	bolo	de	chocolate,	Theo?
–	Não,	dona	Malu.	Quero	o	segredo.
–	Pois	então	vamos	a	ele	–	disse	ela,	depositando	o	livro	sobre	a	mesa.	–	Este
é	o	Manual	do	Sábio	Matemático,	que	poderá	ser	seu.
Eu	quase	caí	da	cadeira.
–	Meu?!	Mas	eu	nem	sou	seu	parente	nem	nada…
–	 Eu	 não	 tive	 filhos,	 Theo.	 E	 procurei	muito	 alguém	 como	 você,	 que,	 com
certeza,	cuidará	do	livro.
A	dona	Malu	era	mesmo	destrambelhada,	coitada!	Ela	queria	dar	o	livro	justo
pra	mim,	que	odiava	matemática!
E	lá	veio	ela	descobrir	as	minhas	encanações	de	novo.
–	Justamente	você,	que	odeia	matemática,	é	a	pessoa	ideal.	Porque,	antes	de
receber	o	Manual	do	Sábio	Matemático,	vai	ter	que	fazer	o	teste.	E,	depois	dele,
passará	a	entender	a	maravilha	que	a	matemática	é.
–	Teste?!	Mas	que	teste?
–	Rachacucalógico	–	respondeu	ela.
–	Ah,	fala	sério,	dona	Malu!	Por	acaso	existe	teste	com	esse	nome?
–	É	claro	que	existe!	Se	eu	estou	dizendo	é	porque	existe.	Mas	não	precisa
responder	agora.	Vá	pra	casa	e	pense.	Quando	decidir,	é	só	me	avisar	que	passo
o	teste	pra	você	fazer.
Aquilo	 tudo	 me	 deixou	 com	 fome.	 Resolvi	 aceitar	 o	 bolo	 de	 chocolate	 e
depois	fui	embora.
Naquela	 noite,	 fiquei	 pensando	 que	 a	 matemática,	 além	 de	 ser	 um	 porre,
acabava	com	o	Tico	e	o	Teco	das	pessoas;	quer	dizer,	os	dois	neurônios	de	quem
a	estuda	demais,	como	dizia	meu	pai.	Era	o	caso	da	dona	Malu	Quete.
Coitada!	 Só	 que	 ela,	 não	 sei	 por	 quê,	 tinha	 o	 dom	de	me	 enfiar	 coisas	 na
cabeça.	Às	nove	horas	da	manhã	seguinte	liguei	pra	dona	Malu.	Tinha	resolvido
fazer	o	tal	teste.
No	fim	da	tarde,	quando	cheguei	da	escola,	minha	mãe	me	deu	um	envelope.
–	Foi	a	vizinha	que	mandou	dar	a	você.
Corri	pro	meu	quarto	e	abri.	Era	a	primeira	parte	do	teste	Rachacucalógico.
	
Quer	 saber?	Que	 tal	 você	 fazer	 o	 teste	 também?	Mas	 só	 se	 você	 for	 uma
daquelas	pessoas	que	detestam	matemática,	é	claro!	Como	eu	era…
Já	vou	avisando	que	vai	ter	que	prestar	atenção,	ter	paciência	e	raciocinar,	tá
bom?
Se	você	achar	que	não	tem	nada	a	ver	fazer	o	teste,	que	não	lhe	interessa	a
mínima,	não	faça,	ué!	Não	é	obrigatório.	Mas,	se	quiser	fazer,	boa	sorte!	Rache	a
cuca	e	lembre-se:	paciência	e	raciocínio.	Veja	cada	item	do	teste	como	um	mapa
do	tesouro.
Vá	nessa!
Uma	História	para	Descontrair
	
Diz	uma	 lenda	árabe	que,	 séculos	atrás,	Aldebazã,	 rei	do	 Iraque,	ao
pegar	no	sono	na	larga	varanda	do	seu	palácio,	sonhou	com	sete	jovens
que	caminhavam	por	uma	estrada.
Em	 certo	 momento,	 vencidas	 pelo	 cansaço	 e	 pela	 sede,	 as	 jovens
pararam.	O	sol	estava	escaldante.	De	repente,	surgiu	uma	linda	princesa,
que	 se	 aproximou	 das	 sete	 jovens	 e	 ofereceu-lhes	 água	 pura	 e	 fresca.
Depois	de	lhes	saciar	a	sede,	a	bondosa	princesa	despediu-se	delas,	que,
reanimadas,	seguiram	viagem.
Despertando	do	sono,	o	rei	Aldebazã,	interessado	em	entender	o	sonho
que	tivera,	mandou	chamar	Sanib,	um	astrólogo	famoso,	para	interpretar
seu	sonho.	Então	Sanib	explicou:
–	Alteza,	as	sete	jovens	que	caminhavam	pela	estrada	representam	as
artes	 e	 as	 ciências	 humanas:	 pintura,	 música,	 escultura,	 arquitetura,
retórica,	 dialética	 e	 filosofia.	 A	 princesa	 que	 as	 socorreu	 representa	 a
matemática.	 Sem	 o	 auxílio	 da	 matemática,	 as	 artes	 e	 as	 ciências	 não
poderiam	ter	seguido	adiante.
	
1	 Com	 base	 nessa	 história,	 marque	 em	 seu	 caderno	 a	 alternativa	 que
representa	o	que	você	pensa	da	matemática:
a)	Não	serve	pra	nada.
b)	Prefiro	a	morte	a	chatice	tão	forte!
c)	Nunca	tinha	pensado	desse	jeito.
d)	Vou	pesquisar	sobre	as	aplicações	da	matemática.
	
2	 Você	 sabe	 o	 que	 são	 palavras	 monossílabas,	 dissílabas,	 trissílabas	 e
polissílabas?	Se	eu	disser	que	você	usou	a	matemática	para	responder	a
essa	pergunta,	o	que	você	dirá?	(Pede-se	absoluta	honestidade.)
a)	Tá	de	sacanagem	comigo.
b)	Isso	é	português;	não	tem	nada	a	ver	com	matemática.
c)	Pensando	bem…	hum…	não	sei,	não.
d)	Tá	bom,	vai!	Usei	números	pra	contar	as	sílabas.
	
3	 A	 floricultura	 da	 dona	 Miloca	 é	 movimentada	 pra	 cachorro!	 Vende
muitas	 flores,	 vasos,	 buquês	 e	 arranjos	 de	 plantas.	 Todas	 as	 manhãs,
chegam	360	rosas	na	floricultura.	Amanhã,	as	360	rosas	serão	usadas	para
fazer	buquês,	com	8	rosas	cada	um.	Quantos	buquês	dona	Miloca	vai	ter
que	fazer?
O	que	você	responderia	se	lhe	pedissem	que	resolvesse	esse	problema?
a)	É	a	dona	Miloca	que	vai	fazer;	ela	que	calcule.
b)	É	o	fim	do	mundo	ter	que	raciocinar	em	vez	de	chutar	uma	resposta.
c)	Vou	tentar,	vai…
d)	Alguém	sabe	qual	é	a	resposta	correta?	Estou	entre:	32,	41	e	45.
(ver	resposta)
	
4	Pitágoras	resolveu	convidar	13	amigos	para	comemorarem	o	aniversário
dele	em	uma	pizzaria.	O	pai	e	a	mãe	dele	também	quiseram	participar	e
apareceram	por	 lá.	Pediram	6	pizzas	com	8	pedaços	cada	uma.	Quantos
pedaços	de	pizza	cada	um	pôde	comer?
Qual	seria	sua	resposta	para	esse	outro	problema?
a)	O	que	tenho	a	ver	se	Pitágoras	resolveu	encher	pançudos	de	pizza?
b)	Eu	que	vou	saber?!
c)	Me	dá	um	tempinho	para	pensar?
d)	Alguém	sabe	qual	a	resposta	correta?	Estou	entre:	7,	5	e	3.
(ver	resposta)
NOTA	1
Chegamos	ao	fim	da	primeira	parte	do	teste.	Na	próxima
semana,	você	receberá	a	segunda	parte.
	
NOTA	2
Guarde	essa	parte	do	teste	muito	bem	guardada,	como	se
fosse	um	tesouro.	Ao	final	das	quatro	partes	que	completam	o
Rachacucalógico,	darei	a	interpretação	do	teste.
	
NOTA	3
Só	quando	você	completar	as	quatro	partes	deverá	me
entregá-las.
	
Assina-se,	abaixo,	o	autor:
Sábio	matemático	Airam	Aicul
Com	um	nome	horrendo	desses,	 só	 sendo	 sábio	mesmo,	né?	E	devia
ser	árabe.	Será	que	a	dona	Malu	Quete	já	foi	à	Arábia?
Achei	 tão	 legal	 a	 história	 das	 sete	 jovens	 e	 da	 princesa	 que	 até	me
animei	em	resolver	os	problemas.	Que	rachei	a	cuca,	rachei.	Fiz,	refiz,	até
encontrar	o	tesouro.	He,	he…	quer	dizer,	o	resultado	certo.	Daí,	acredite	se
quiser,	me	deu	vontade	de	receber	a	segunda	parte	do	teste	logo,	pra	ver
se	tinha	outra	história	legal.
Uma	semana	certinha	depois,	quando	cheguei	do	colégio,	minha	mãe
me	esperava	com	outro	envelope.
NOTA	MINHA	A	VOCÊ
Já	que	estou	lhe	dando	todas	as	partes	do	teste	de	uma	vez,
tente	fazer	uma	por	semana,	como	eu	fiz.	Tomara	que
aconteça	com	você	o	que	aconteceu	comigo!
Voltando	 ao	 assunto,	 achei	 estranho	meus	 pais	 não	 ficarem	 curiosos
nem	perguntarem	sobre	os	envelopes	que	a	vizinha	me	mandava…	Enfim,
logo	depois	do	jantar	não	quis	ver	TV,	nem	jogar	videogame,	nem	nada.
Fui	diretão	pro	meu	quarto,	abri	o	envelope	e	lá	estava:
Uma	História	para	Descontrair
	
Arquimedes	 foi	 um	 matemático,	 físico,	 engenheiro,	 inventor	 e
astrônomo	 grego.	 Considerado	 um	 dos	 principais	 cientistas	 da
Antiguidade,	nasceu	em	Siracusa,	na	Sicília,	que	fazia	parte	da	Grécia	na
época,	e	perdeu	a	vida	de	uma	forma	banal.
Ocupado	com	algum	de	seus	estudos,	Arquimedes	estava	traçando	um
círculo	na	areia	quando	um	soldado	 romano	o	chamou.	Naquele	 tempo,
gregos	 e	 romanos	 eram	 inimigos.	 Arquimedes	 estava	 tão	 entretido	 com
seus	cálculos	que	decidiu	terminá-los	antes	de	responder	ao	chamado	do
soldado.
Sem	 preocupação	 alguma	 com	 o	 que	 o	 grande	 cientista	 fazia,	 o
soldado	romano	o	matou	ali	mesmo.	Ou	seja,	o	 interesse	de	Arquimedes
pela	matemática	e	pela	ciência	ia	além	do	medo	da	morte.
	
1	Diante	dessa	história,	responda	o	que	você	pensa	da	matemática:
a)	Eu,	hein?!	Quero	que	a	matemática	se	dane!
b)	Arquimedes	era	meio	destrambelhado.
c)	Não	amo	tanto	assim	a	matemática.
d)	Se	um	homem	como	Arquimedes	morreu	pela	matemática	é	porque
ela	deve	ser	importante.	Vou	pensar	sobre	isso.
2	Você	sabe	o	que	é	isso	aí	embaixo?
Isso	 é	 a	 matemática	 na	 música.	 Trata-se	 de	 uma	 escala	 musical:	 a
escala	pitagórica,	criada	por	nada	mais,	nada	menos,	que	Pitágoras,	que
nós	 já	 conhecemos	 bem.	 Não	 vou	 me	 estender	 na	 explicaçãodessa
escala,	mas	você	pode	ver	que	o	matemático	usou	frações	para	criá-la.
E	já	que	estamos	falando	em	frações…
Observe	bem	as	partes	pintadas	dos	retângulos	abaixo	e	anote	no	seu
caderno	 qual	 deles	 representa	 cada	 fração	 da	 pauta	 musical.	 Por
exemplo,	qual	dos	retângulos	pintados	representa	a	fração	2/3	da	pauta:	o
retângulo	1,	o	2,	o	3	ou	o	4?
(Esse	 exercício	 requer	 muita	 atenção.	 Entenda	 primeiro	 o	 que	 foi
pedido.	Leia	com	paciência,	olhe	o	desenho	acima,	raciocine	e	descubra.)
Você	é	supercapaz!
	
(ver	resposta)
	
3	Agora	que	já	descobriu,	diga,	com	toda	a	honestidade,	o	que	achou	de
saber	que	para	aprender	música	também	precisamos	da	matemática.
a)	Uma	tremenda	abobrinha.
b)	Até	agora	não	sabia	e	não	morri.
c)	Não	entendi	bem,	mas	vou	tentar	entender.
d)	Estou	de	boca	aberta.	Que	incrível!
	
4	A	mãe	dos	gêmeos	Lulu	e	Lili	comprou	um	queijo	suíço	com	114	furos.
Lili,	 que	 adora	 brincar	 com	 massinha	 de	 modelar,	 tapou	 8	 furos	 com
massinha	 azul,	 17	 com	massinha	 verde,	 22	 com	massinha	 amarela.	 Lulu
adorou	 a	 ideia	 e	 começou	 a	 encher	 os	 outros	 furos	 com	 a	 ração	 do
Tonelada	 (o	 cachorrinho	 pequinês	 da	 família).	 Tinha	 enchido	 6	 furos
quando	a	mãe	apareceu,	teve	um	chilique	fenomenal	e	colocou	os	dois	de
castigo.	A	pergunta	é:	depois	desse	furdunço	todo,	quantos	furos	do	queijo
ficaram	vazios?
O	que	você	responderia	depois	de	resolver	esse	problema:
a)	Quanta	palhaçada!
b)	Que	absurdo	estragar	um	queijo	suíço!
c)	Se	tiver	tempo,	faço	as	contas	e	acho	o	resultado.
d)	Alguém	sabe	qual	é	a	resposta	correta?	Estou	entre:	82,	75	e	61.
(ver	resposta)
5	Para	um	problema	de	terror,	uma	pergunta	que	é	um	horror.
Numa	noite	escura	e	 sombria,	o	 conde	Drácula	passeava	nos	 jardins	de
seu	 mal-assombrado	 palácio	 quando	 um	 bando	 de	 morcegos	 o	 atacou.
Quanto	 mais	 o	 conde	 se	 remexia,	 mais	 os	 morcegos	 chupavam	 seu
sangue.	Drácula	se	sentiu	passado	para	trás,	pois,	afinal,	naquele	palácio
quem	chupava	 sangue	dos	outros	era	ele.	Então	começou	a	correr,	 feito
um	condenado,	para	se	livrar	da	morcegada.	Do	jardim	do	palácio	até	o
portão	 de	 saída,	 Drácula	 correu	 1200	metros.	 Do	 portão	 até	 ao	 rio	mais
próximo,	onde	ele	se	 jogou	para	se	 livrar	dos	morcegos,	correu	mais	3/4
do	que	já	havia	corrido.	Quantos	metros,	no	total,	o	conde	Drácula	correu?
O	que	você	achou	do	problema?	Tentou	resolvê-lo?
a)	Veja	se	isso	é	problema	de	matemática	que	se	apresente!
b)	Coitados	dos	morcegos.	Sangue	de	vampiro	deve	ser	horrível!
c)	Achei	 bem	 feito	 os	morcegos	morderem	o	Drácula,	mas	 vou	 tentar
fazer	a	conta.
d)	 Alguém	 sabe	 qual	 é	 a	 resposta	 correta?	 Estou	 entre:	 3025,	 3550	 e
2100.
(ver	resposta)
NOTA	1
Assim,	chegamos	ao	fim	da	segunda	parte	do	teste.	Na
próxima	semana,	você	receberá	a	terceira	parte.
	
NOTA	2
Guarde	essa	parte	do	teste	junto	com	a	primeira	muito	bem
guardada,	como	se	fosse	um	tesouro.	Ao	final	das	quatro
partes	que	completam	o	Rachacucalógico,	darei	a
interpretação	do	teste.
	
NOTA	3
Só	quando	você	completar	as	quatro	partes	deverá	me
entregá-las.
	
Assina-se,	abaixo,	o	autor:
Sábio	matemático	Airam	Aicul
Percebi	duas	coisas	nessa	segunda	parte	do	teste:	que	tinha	sido	bem	mais
legal	e	engraçada	que	a	primeira	e	que	me	pareceu	mais	fácil	fazer	os	exercícios.
Não	precisei	rachar	tanto	a	minha	cuca.	Será	que	era	isso	mesmo?	Foi	aí	que	me
deu	mais	vontade	ainda	de	receber	a	terceira	parte.
Mas,	como	vinha	envelope	novo	apenas	uma	vez	por	semana,	só	me	restou
esperar.
	
Engraçado	 que,	 desde	 que	 comecei	 a	 receber	 os	 envelopes,	 eu	 não	 tinha
mais	visto	a	dona	Malu	Quete.	Minha	mãe	disse	que	havia	encontrado	com	ela	no
supermercado	e	ela	dissera	que	andava	muito	ocupada,	preparando	as	aulas.
E	eu	perguntei:	que	aulas,	já	que	a	vizinha	era	aposentada?	Então	minha	mãe
se	corrigiu	e	disse	que	a	dona	Malu	estava	ocupada	preparando	as	malas.	E	aí
fiquei	superpreocupado.	A	dona	Malu	não	podia	viajar	antes	de	mandar	os	outros
envelopes.	Ainda	 faltavam	dois.	Mas	 a	preocupação	 acabou	 logo	que	 recebi	 o
terceiro;	como	sempre,	dado	pela	minha	mãe	assim	que	cheguei	da	escola.
Jantei	rapidinho,	ansioso	para	fazer	a	terceira	parte	do	teste.
Uma	História	para	Descontrair
	
Séculos	 e	 séculos	 atrás,	 em	 Alexandria,	 viveu	 Hipátia,	 a	 primeira
mulher	 a	 se	 destacar	 no	 estudo	 de	 matemática.	 Seu	 pai,	 Téon,	 foi
professor	de	matemática	e	o	último	diretor	do	Museu	de	Alexandria.	Téon
ensinou	 tudo	 o	 que	 sabia	 a	 sua	 filha.	 Anos	 depois,	 Hipátia	 tornou-se
também	professora	de	matemática	e	dirigiu	uma	escola.
Como	era	uma	mulher	avançada	para	a	sua	época,	Hipátia,	quando
viajava,	fazia	questão	de	dirigir	sua	própria	carroça.	E	foi	em	uma	dessas
viagens	que	ela	 foi	vítima	de	uma	emboscada	por	parte	de	pessoas	que
não	concordavam	com	suas	ideias.
Hipátia	 perdeu	 a	 vida	 de	 maneira	 trágica,	 mas	 sua	 história
permanece,	assim	como	sua	obra.
	
1	Diante	dessa	história,	responda	o	que	pensa	da	matemática:
a)	Garota	sonsa	essa	Hipátia!	Perder	tempo	estudando	matemática!
b)	Tem	gosto	pra	tudo…	Fazer	o	quê?
c)	 Já	 são	dois	que	morreram	pela	matemática:	Arquimedes	e	Hipátia.
Será	que	é	bom	mesmo	estudar	matemática?
d)	Quer	saber?	Já	estou	até	achando	legal	a	matemática.
	
2	Você	gosta	de	esportes	radicais?	Então	lá	vai	um	caso	para	resolver:
	
Certa	vez,	no	Parque	Nacional	do	Iguaçu,	a	família	Lima	resolveu	fazer
rafting.	Esse	esporte	é	feito	em	botes	infláveis	com	capacidade	para	até	12
pessoas.	 Como	 essa	 família	 compunha-se	 exatamente	 de	 12	 pessoas,
foram	todos	no	mesmo	bote.	Na	primeira	corredeira,	3	pessoas	caíram	no
rio.
Preocupados,	 os	 Limas	 que	 ficaram	 no	 bote	 conseguiram	 pegar	 1.	 Os
outros	 2	 nadaram	 até	 a	 margem.	 Na	 segunda	 corredeira,	 foi	 uma
chacoalhação	 terrível,	 e	mais	 4	 dos	 Limas	 foram	 cuspidos	 no	 rio.	 Dessa
vez,	foram	resgatados	2.
	
Os	outros	que	foram	cuspidos,	depois	de	colocarem	os	bofes	pra	fora	de
tanto	 nadar,	 chegaram,	 sãos	 e	 salvos,	 em	 terra.	 Na	 terceira	 e	 última
corredeira,	 felizmente	 nada	 aconteceu,	 e	 o	 bote	 atracou	 direitinho	 na
chegada.
Então	 você,	 que	 deve	 ter	 prestado	 muita	 atenção	 ao	 problema	 e	 sabe
raciocinar,	 responda:	 quantos	 integrantes	 da	 família	 Lima	 chegaram	 ao
final	do	rafting	dentro	do	bote	e	quantos	foram	nadando	para	a	margem?
a)	Me	poupe	de	perder	tempo	com	tanta	besteira!
b)	Eta	familiazinha	estúpida!	Põe	cinto	de	segurança!
c)	O	negócio	é	confuso.	Estou	pensando.
d)	Alguém	sabe	qual	é	a	resposta	correta?	Estou	entre:	8	no	bote	e	4	na
margem,	10	no	bote	e	2	na	margem	e	7	no	bote	e	5	na	margem.
(ver	resposta)
	
3	Agora	 lá	 vai	 um	exercício	 pra	 você	 usar	 a	 cuca,	 a	 cachola,	 a	massa
cinzenta,	 a	 moringa,	 a	 mufa	 ou	 qualquer	 outro	 nome	 pelo	 qual	 você
conheça	a	cabeça.	Tem	que	prestar	bastante	atenção,	viu?
Pensei	em	um	número.	Somei	a	ele	400,	depois	subtraí	150	e	cheguei	ao
resultado	1450.	Em	que	número	pensei?
a)	Como	é	que	eu	vou	saber	no	que	você	pensou?
b)	Tô	fora!	Não	sou	adivinho.
c)	Me	dá	mais	um	tempinho	pra	pensar?
d)	 Alguém	 sabe	 qual	 é	 a	 resposta	 correta?	 Estou	 entre:	 1350,	 1200	 e
1550.
(ver	resposta)
	
4	Você	sabe	que	desenho	é	este	aí	embaixo?
	
Isso	 é	 um	 termômetro.	 Serve	para	medir	 a	 temperatura	do	 corpo,	 que,
pra	ser	normal,	deve	estar	entre	36	e	37,4	graus.	Se	passar	disso,	a	pessoa
está	 com	 febre.	 Viu	 como	 a	 matemática	 é	 usada	 até	 para	 ver	 a
temperatura?	Proponho	um	teste.
	
Se	 a	 reguinha	 1	 abaixo	 fosse	 um	 termômetro,	 com	 quantos	 graus	 e
quantos	décimos	estaria	a	pessoa?	E	na	reguinha	2?
Pela	explicação	dada	acima,	qual	das	duas	pessoas	estaria	com	febre?
NOTA	1
Cada	risco	pequeno	da	régua	equivale	a	1	décimo.
	
	
NOTA	2
Você	pode	responder	em	um	caderno,	um	bloquinho,	um
papel	qualquer.	Só	não	vale	papel	higiênico.
O	que	você	me	diz	sobre	isso?
a)	Que	me	interessa	saber	sobre	temperatura?
b)	Nem	quero	fazermedicina,	ora!
c)	Achei	 legal	 saber	 que	a	gente	 usa	matemática	até	 pra	 ver	 se	 tem
febre	ou	não.
d)	Legal!	Vou	responder	no	meu	caderno.
(ver	resposta)
NOTA	1
Chegamos	ao	fim	da	terceira	parte	do	teste.	Na	próxima
semana,	você	receberá	a	quarta	parte.
	
NOTA	2
Guarde	essa	parte	do	teste	junto	com	a	primeira	e	a	segunda,
muito	bem	guardada,	como	se	fosse	um	tesouro.	Ao	final	das
quatro	partes	que	completam	o	Rachacucalógico,	darei	a
interpretação	do	teste.
	
NOTA	3
Só	quando	você	completar	as	quatro	partes	deverá	me
entregá-las.
	
Assina-se,	abaixo,	o	autor:
Sábio	matemático	Airam	Aicul
Como	eu	ia	ter	que	esperar	mais	uma	semana	para	receber	a	quarta	e	última
parte	do	teste,	decidi	 rever	as	três	primeiras.	Reparei	que	as	dificuldades	foram
aumentando.	A	 terceira	 parte	 tinha	 uns	 exercícios	 que	me	 fizeram	prestar	 bem
mais	atenção.	Mas	consegui	fazer	todos.
Eu	mesmo	não	queria	 acreditar	 no	que	acontecia	 comigo:	 estava	gostando
daqueles	 testes.	 Estava	 adorando	 aquelas	 histórias	 sobre	 os	 gênios	 da
matemática.	 E	 uma	 dúvida	 me	 passou	 pela	 cabeça:	 será	 que	 eu	 estava
começando	a	gostar	de	matemática?!
A	 semana	 seguinte	 passou	 arrastando-se	 feito	 tartaruga.	 Mas	 o	 dia	 tão
esperado	chegou.	Quando	voltei	da	escola	encontrei	o	quarto	envelope	em	cima
da	mesa	da	sala.
Minha	mãe	e	meu	pai	continuavam	sem	perguntar	nada	sobre	isso.	Logo	eles,
que	queriam	sempre	saber	tudo	o	que	eu	fazia…	Mistééééério!
Depois	do	jantar,	tchau	e	bênção!	Escapei	pro	meu	quarto	e	abri	o	envelope.
Uma	História	para	Descontrair
	
Quem	 inventou	 os	 algarismos	 que	 nós	 estamos	 acostumados	 a	 usar
foram	os	árabes.	Por	isso,	os	chamamos	de	algarismos	arábicos.
Quando	 inventaram	 esses	 algarismos,	 os	 árabes	 deram-lhes	 nomes
baseados	nos	ângulos	que	cada	um	deles	tinha	naquela	época.	Digo	isso
porque	 o	 formato	 dos	 algarismos	 foi	 mudando,	 até	 chegar	 ao	 que
conhecemos	hoje.
Veja	como	era	o	formato	dos	números	quando	os	árabes	os	inventaram
e	a	quantidade	de	ângulos	que	cada	um	tinha.
	
Viu	 só?	O	número	 1	 tinha	apenas	 um	ângulo,	 o	 número	 2	 tinha	dois
ângulos	e	assim	por	diante.
Mas	 você	deve	estar	procurando	o	 zero,	 não	é?	O	 zero	não	 tinha	 (e
não	tem!)	nenhum	ângulo.	Olhe	só:
0
Quanta	curiosidade	interessante	tem	o	estudo	de	matemática!
Devo	 dizer-lhe	 que	 esta	 quarta	 parte	 do	 teste	 Rachacucalógico	 será
como	um	prêmio	para	você,	que	chegou	até	aqui.	Uma	parte	mais	curta	e
cheia	de	figuras	para	você	encontrar	ângulos	escondidos	e	constatar	que
a	matemática	está	presente	até	mesmo	nas	mínimas	coisas	do	nosso	dia	a
dia.
Então	divirta-se	encontrando	os	ângulos	escondidos	nas	figuras!
	
É	 admirável,	 não	 é?!	 A	 matemática	 está	 presente	 até	 numa	 linda
borboleta.
Mas	continue	procurando	outros	ângulos	escondidos.
Como	 disse	 no	 início	 dessa	 parte,	 ela	 foi	 um	 brinde	 para	 você,	 que
tentou,	se	esforçou,	raciocinou	e	teve	paciência	para	resolver	 tudo	o	que
foi	proposto	durante	um	mês.
NOTA	1
Assim,	chegamos	ao	fim	do	teste	todo,	e	você	já	pode	me
entregar	os	quatro	envelopes.
	
Assina-se,	abaixo,	o	autor:
Sábio	matemático	Airam	Aicul
Puxa!	Eu	nem	tinha	me	ligado	que	já	havia	se	passado	um	mês.	Nesse	tempo,
depois	de	saber	 tantas	coisas	 sobre	a	matemática,	 tantas	histórias	 incríveis,	dar
tantas	risadas	com	alguns	exercícios,	acabei	fazendo	tudo	com	mais	confiança	e
perdendo	o	medo.
Só	uma	coisa	me	encucou	mais	do	que	 resolver	os	exercícios:	as	notas	que
estão	 no	 final	 de	 todas	 as	 partes	 dos	 testes.	 Você	 também	 reparou	 que	 está
escrito:	 “deverá	me	 entregá-las”?	 Pra	mim	 esse	 “me”	 era	 o	 autor,	 o	 tal	 árabe
Airam	Aicul.
Mas,	se	eu	nem	sabia	quem	ele	era,	como	poderia	entregar	o	teste	a	ele?
Concluí	que	a	dona	Malu	Quete	tinha	sido	autorizada	pelo	sábio	a	avaliar	o
meu	teste	e	decidir	se	eu	podia	ou	não	receber	o	Manual	do	Sábio	Matemático.
Peguei	os	quatro	envelopes	com	minhas	respostas	e	fui	tocar	a	campainha	da
casa	da	dona	Malu.
Meu	pai	e	minha	mãe	estavam	na	sala,	viram	quando	eu	saí	com	os	envelopes
debaixo	 do	 braço	 e,	 mais	 uma	 vez,	 não	 perguntaram	 nadica	 de	 nada.
Mistééééério!
A	dona	Malu	abriu	a	porta	com	um	baita	sorriso.
–	Que	prazer,	Theo!	Vamos	entrando.
–	Terminei	as	quatro	partes	do	teste,	dona	Malu.
–	Que	maravilha!	–	disse	ela,	convidando-me	para	sentar.	–	E	que	tal?
–	Bem,	vou	ser	sincero	com	a	senhora…	O	primeiro	teste	achei	superdifícil	e
estava	a	fim	de	largar	tudo.	Afinal,	pra	que	eu	precisava	perder	meu	tempo	com
aquilo?	Mas,	do	segundo	em	diante,	comecei	a	ficar	curioso	pra	saber	qual	seria	a
próxima	história	sobre	matemática	que	o	sábio	 ia	contar.	Quando	veio	o	último
teste,	fiquei	com	pena	de	ter	acabado.
A	vizinha	abriu	outro	baita	sorriso.
–	 Isso	 é	 prova	 de	 que	 você	 não	 tem	 mais	 medo	 de	 matemática	 e	 até
aprendeu	a	gostar	dela.	É	ou	não	é?
–	É…	–	eu	disse,	dando	o	braço	a	torcer.
–	Pois	então	vou	lhe	dar	o	resultado	do	teste	Rachacucalógico.
Daí	ela	me	deu	um	envelopinho,	que	é	este	aí	abaixo:
Resultado	do	Teste	Rachacucalógico
	
Se	 suas	 respostas	 foram,	 em	 sua	 maioria,	 a	 ou	 b,	 você	 é	 um
tremendo	 de	 um	 mal-educado.	 Nunca,	 mas	 nunquinha	 mesmo,
responda	assim	a	alguém,	seja	lá	quem	for.
Se	suas	respostas	foram,	em	sua	maioria,	c,	você	é	uma	pessoa
esforçada,	mas	ainda	tem	muito	chão	a	percorrer.
Se	suas	respostas	foram,	em	sua	maioria,	d…	Que	maravilha!
Você	aprendeu	que	matemática	não	é	um	bicho	de	sete	cabeças
e	 até	 já	 simpatiza	 com	 ela.	 Seja	 bem-vindo	 ao	 mundo	 do	 sábio
matemático	 Airam	 Aicul	 e	 receba,	 com	 todo	 o	 mérito	 o	 super,	 o
hiper,	o	incrível…	Manual	do	Sábio	Matemático!
	
Então,	junto	com	a	professora,	verifiquei	que	a	maioria	das	minhas	respostas
tinha	sido	d.
A	dona	Malu	deu	uma	olhada	nos	exercícios	que	fiz,	pediu	licença	e	saiu	da
sala.	Daí	a	pouco,	voltou	com	sorvete	de	chocolate	e	o	livro	do	sábio.	O	famoso
manual,	finalmente,	seria	meu.
Como	estamos	juntos	nessa,	quer	dizer,	eu	contei	tudo	o	que	me	aconteceu
desde	que	a	vizinha	antipática	que	não	era	antipática	e	que	sabia	matemática	se
mudou	 para	 a	 casa	 ao	 lado	 da	minha,	 nada	mais	 justo	 do	 que	 eu	 lhe	mostrar
também	o	manual.	Então,	lá	vai	ele.	Divirta-se!
Piadinhas	matemáticas
Preste	 muita	 atenção,	 pois	 são	 piadas	 capciosas,	 ou	 seja,	 para
pessoas	inteligentes	que	gostam	de	matemática.
	
1.	Em	um	avião,	viajavam	quatro	romanos	e	um	inglês.	Qual	era	o
nome	da	aeromoça?	(ver	resposta)
	
2.	 Uma	 placa	 de	 gelo	 tem	 1	 cm	 de	 largura	 e	 2	 cm	 de
comprimento.	Qual	é	o	nome	do	filme?	(ver	resposta)
	
Pegadinhas	matemáticas
Pegadinhas	 são	 diferentes	 de	 piadinhas,	 mas	 também	 requerem
muita	atenção.	Não	despeje,	pense!
	
1.	Uma	sala	tem	4	cantos.	Em	cada	canto	está	um	gato.	Cada	gato
vê	3	gatos.	Quantos	gatos	estão	na	sala?	(ver	resposta)
	
2.	 Você	 participa	 de	 uma	 corrida	 e	 consegue	 passar	 à	 frente	 do
segundo	colocado.	Em	que	lugar	você	fica?	(ver	resposta)
	
3.	 Alguns	 meses	 do	 ano	 têm	 31	 dias.	 Quantos	 têm	 28?	 (ver
resposta)
	
Matemática	na	cozinha
É	 incrível,	 mas	 até	 para	 cozinhar	 precisamos	 da	 matemática.
Precisamos	 saber	 as	 medidas	 dos	 ingredientes,	 senão	 a	 receita
desanda.
Pra	você,	que	 já	 sabe	a	 importância	da	matemática	 e	 estudou	as
formas	geométricas,	lá	vai	uma	receita	genial:
	
Pastel	triângulo
	
PARA	O	RECHEIO
Você	 pode	 usar	 qualquer	 sobra	 que	 tiver	 na	 geladeira,	 como
legumes	cozidos,	frango	desfiado,	queijo	e	presunto,	tomate	com	ovos
cozidos	picados,	palmito	etc.
	
PARA	A	MASSA
Aí	 é	 que	 entram	 a	 matemática	 e	 a	 geometria.	 Primeiro,	 você
precisa	 calcular	 os	 ingredientes,	 de	 acordo	 com	 a	 quantidade	 de
pastéis	que	vai	fazer.	E	deve	saber	o	que	é	um	triângulo	para	fechar	e
dar	forma	ao	pastel.
	
Você	vai	precisar	de:
·	10	colheres	(sopa)	de	farinha	de	trigo
·	1	ovo	inteiro	(sem	a	casca,	é	claro!)
·	1	medida	de	água,	usando	a	casca	do	ovopara	medir
·	1	colher	(sopa)	de	óleo
·	1	pitada	de	fermento
·	1	xícara	(café)	de	água	fervida
·	Sal	a	gosto
	
Pronta	a	massa,	corte-a	em	pequenos	triângulos,	recheie	e	aperte
bem	as	bordas	com	um	garfo,	para	o	recheio	não	sair.
	
NOTA	1
Apesar	de	você	já	ser	bem	gran-dinho,	é	melhor	pedir	a	ajuda	de
um	adulto	para	fritar	os	pastéis.
	
NOTA	2
Essa	receita	rende	de	20	a	25	pas-téis	pequenos.	Se	quiser	fazer
mais,	é	só	dobrar	ou	triplicar	a	receita.
	
BOM	APETITE!
	
Jogos	de	raciocínio
	
1.	JOGO	DA	VELHA
Você	 conhece	 o	 jogo	 da	 velha,	 não	 é?	 Mas	 sabe	 que	 ele	 existe
desde	 o	 começo	 da	 história	 da	 humanidade?	 Os	 professores
desenhavam	 linhas	na	areia,	 e	os	 alunos	 iam	colocando	as	peças	do
jogo,	desenvolvendo	o	raciocínio.	As	peças	eram	pedras	e	montinhos
de	areia.	Assim:
O	 jogo	da	velha	parece	bobo,	mas	 faz	 a	 gente	 raciocinar,	pensar
onde	vai	colocar	o	X	ou	o	0.
Que	tal	jogar	um	pouco?
	
2.	TABUCÍNIO	–	Tabuleiro	do	raciocínio
Material	 para	 a	 confecção	 do	 tabuleiro,	 utilizando	 materiais
recicláveis:
·	1	caixa	de	papelão	de	tamanho	médio	(as	abas	da	caixa	você
usará	 para	 recortar	 os	 números	 e	 o	 fundo,	 para	 fazer	 o
tabuleiro)
·	Canetas	hidrocor
·	Tesoura	sem	ponta
·	Um	relógio
·	Cola
·	Pedaço	de	plástico	ou	pano,	para	fazer	um	envelope
MODO	DE	FAZER
1.	Recorte	um	retângulo	de	papelão	e	escreva	os	números	de	1	a
100,	como	no	modelo	a	seguir:
	
2.	Nas	abas	da	caixa	de	papelão,	recorte	100	rodelas.
3.	 Escreva	 nas	 rodelas	 os	 números	 de	 1	 a	 100,	 como	 feito	 no
tabuleiro.	Assim:
Como	usar	o	tabucínio:
1.	Embaralhe	as	rodelas.
2.	 Pegue	 uma	 a	 uma	 e	 coloque-as	 em	 cima	 do	 número
correspondente	do	tabuleiro.
3.	 No	 relógio,	 marque	 o	 tempo	 gasto	 para	 preencher	 todos	 os
números	do	tabuleiro	com	as	rodelas.
Na	verdade,	a	brincadeira	é	esta:	quanto	mais	você	repetir	o	teste,
mais	seu	cérebro	vai	memorizar	os	locais	dos	números,	como	em	um
jogo	 de	 memória.	 Ou	 seja,	 o	 tabucínio,	 além	 de	 desenvolver	 o
raciocínio,	 desenvolve	 também	 a	 memória.	 Você	 passa	 a	 perceber
que	 o	 número	 17,	 por	 exemplo,	 vem	 antes	 do	 18	 e	 depois	 do	 16.
Assim,	 quando	 o	 número	 17	 for	 sorteado,	 você	 não	 vai	 precisar
procurar	 exatamente	 o	 lugar	 dele	 no	 tabuleiro,	 pois	 já	 sabe	 os	 que
estão	por	perto.
Proponha	um	campeonato	de	tabucínio	entre	seus	amigos.	Quem
levar	menos	tempo	para	preencher	tudo	ganhará	o	jogo.
	
Ficou	sem	saber	para	que	foi	pedida	a	cola?	É	para	colar	o	plástico
ou	 o	 pano	 no	 tabuleiro	 e	 fazer	 um	 envelope	 para	 você	 guardar	 as
rodelas	 depois	 de	 usá-las.	 Pegue	 o	 pedaço	 de	 pano	 ou	 plástico	 e
recorte	 no	 mesmo	 formato	 e	 tamanho	 do	 tabuleiro.	 No	 verso	 do
tabuleiro,	passe	a	cola	em	três	das	laterais	e	cole	o	pedaço	de	pano	ou
plástico.	A	lateral	que	você	deixou	sem	cola	ficará	aberta,	e	então	o
tabuleiro	parecerá	um	envelope,	 onde	você	poderá	guardar	 todas	 as
rodelas	para	poder	usá-las	de	novo	na	próxima	vez	que	for	brincar.
	
Bem,	 assim	 chegamos	 ao	 fim	 do	 Manual	 do	 Sábio	 Matemático.
Espero	que	tenha	gostado	e	entendido,	de	uma	vez	por	todas,	que	a
matemática	é	a	mãe	de	 todas	as	ciências.	Como	toda	mãe,	 tem	que
ser	um	pouco	chata.	Mas	é	sempre	para	o	seu	bem.
Sem	 mais	 para	 o	 momento,	 deixo	 a	 você	 meus	 votos	 de	 muito
sucesso	na	matemática.
Assina-se,	abaixo,	o	autor:
Sábio	matemático	Airam	Aicul
Legal	o	manual,	né?
Eu	nem	quis	esperar	pra	 ler	na	minha	casa;	 li	 na	 casa	da	dona	Malu	Quete
mesmo,	 tomando	 sorvete	 de	 chocolate.	 Depois	 fui	 embora.	 Estava	 louco	 pra
fazer	um	tabucínio	e	levar	pra	escola.
Quando	entrei	em	casa,	meu	pai	tinha	acabado	de	chegar	do	trabalho.
–	Olha	 só	que	 legal	o	Manual	 do	 Sábio	 Matemático	 que	 a	 vizinha	me	deu,
pai!	–	eu	disse,	todo	entusiasmado.
Ao	ouvir	aquilo,	minha	mãe	também	apareceu	na	sala.
–	Também	quero	ver,	Theo.
Os	dois,	ao	verem	o	meu	entusiasmo,	trocaram	um	olhar	de	cumplicidade.	Aí
eu	não	aguentei	e	perguntei	o	que	estava	entalado	na	minha	garganta:
–	Até	agora	não	entendi	como	vocês,	que	vivem	pegando	no	meu	pé,	nem
perguntaram	o	que	eram	os	envelopes	lacrados	que	a	vizinha	me	mandava.	Você,
mãe,	que	sempre	me	dava	os	envelopes,	nunca	quis	saber	o	que	havia	neles?
–	Bem,	Theo…	–	Foi	só	o	que	ela	soube	dizer.
–	Um	dia	a	gente	estava	conversando	e	você	me	disse	que	havia	encontrado	a
vizinha	 no	 supermercado	 e	 que	 ela	 tinha	 dito	 que	 estava	 com	 pressa	 porque
precisava	preparar	as	aulas.
–	Aulas?!	–	Minha	mãe	se	espantou.	–	Não,	 filho,	eram	as	balas	que	a	dona
Malu	precisava	preparar.	Balas	de	coco.
–	Mas	naquele	dia	você	se	corrigiu	e	disse	que	não	eram	aulas,	e,	sim,	malas.
Agora	já	são	balas?
Meu	 pai	 saiu	 de	 cena	 e	 se	 mandou	 pro	 banheiro.	 Minha	 mãe	 disse	 que
precisava	acabar	de	preparar	o	jantar	e	também	saiu.
Mistééééério!
Sinceramente,	eu	acho	que	tive	aulas	de	matemática	com	a	dona	Malu	sem
saber,	apesar	de	meus	pais	não	terem	mais	tocado	no	assunto.	Mas,	se	foi	 isso,
adorei!
Naquela	mesma	 noite,	 peguei	 uma	 caixa	 de	papelão	 e	 as	 outras	 coisas	 de
que	precisava,	e	meus	pais	me	ajudaram	a	 fazer	o	 tabucínio.	Depois	ainda	deu
pra	jogar	umas	partidas	de	jogo	da	velha	com	o	meu	pai.
Na	 tarde	 seguinte,	 quando	 voltei	 da	 escola,	 fui	 até	 a	 casa	 da	 dona	 Malu
mostrar	o	meu	tabucínio	e	contar	que	vários	amigos	meus	iam	fazer	um	também,
pra	treinarmos	juntos.
A	 dona	 Malu	 ficou	 feliz	 por	 me	 ver	 entusiasmado	 com	 a	 matemática.
Ofereceu-me	mais	bolo	e	mais	sorvete.	Disse	que	sempre	soube	que	eu	era	um
menino	inteligente.	Só	faltava	um	empurrãozinho.
Aí	não	aguentei	e	perguntei:
–	 E	 por	 acaso	 foram	 meus	 pais	 que	 pediram	 pra	 senhora	 me	 dar	 esse
empurrãozinho,	dona	Malu?
Ela	nem	se	espantou.	Ajeitou	a	saia	na	cintura	e	respondeu:
–	Claro	que	não,	Theo.	Foi	o	sábio	Airam	Aicul.
E,	 por	 falar	 no	 sábio,	 lembrei	 da	 outra	 grande	 dúvida	 que	 tinha	 ficado	 na
minha	cabeça.	–	Por	que	o	sábio	mandava	a	senhora	entregar	os	testes	pra	ele,	se
eu	nem	o	conhecia?	Quem	era,	afinal,	o	tal	sábio?	–	perguntei	a	dona	Malu.
Mais	uma	vez	ela	não	se	espantou.	Mexeu	no	meu	cabelo,	com	muito	carinho,
e	disse:
–	Theo,	querido,	você	já	aprendeu	a	raciocinar	e	a	ter	paciência.	Preste	bem
atenção	em	como	está	escrito	o	nome	do	sábio	nos	testes	que	ele	assinou,	pois	a
assinatura	contém	um	segredo.	 Leia	o	nome	de	baixo	para	cima,	de	cima	para
baixo,	 da	 direita	 para	 a	 esquerda	 e	 da	 esquerda	 para	 a	 direita	 e	 você	 vai
descobrir	qual	é	esse	segredo.
Como	já	anoitecia,	a	minha	querida	vizinha,	professora	Maria	Lúcia	Quete,	me
deu	 um	 beijo,	 embrulhou	 um	 pedaço	 de	 bolo	 pra	 eu	 levar	 pra	 casa	 e	 se
despediu.
–	Até	mais,	Theo.	A	gente	se	vê!
Fui	pra	casa	e,	adivinha…	escrevi	em	um	papel	o	nome	do	sábio	e	fiz	o	que	a
professora	tinha	dito.	Li	de	todos	os	jeitos	e,	num	deles,	descobri	o	segredo.	Que
tal	você	fazer	o	mesmo?
Despedida
	
Se	 você	 chegou	 a	 este	 ponto	 do	 livro	 já	 está	 gostando	 de	 matemática	 e
aprendeu	a	ter	paciência	e	a	usar	a	cuca.	Então,	reveja	seus	exercícios	e,	se	errou
algum	ou	está	em	dúvida,	tente	ler	de	novo	e	raciocinar	mais	um	pouco.	Tenho
certeza	de	que	você	conseguirá	acertar	tudo!
	
Foi	bom	pra	burro	estar	com	você	e,	vá	por	mim,	matemática	não	é	um	bicho
de	sete	cabeças.	Até	qualquer	hora!
Assina-se,	abaixo,	o	autor:
Sábio	matemático	Oeht	Aierroc
(Peguei	você,	hein?!)
Respostas	de	todos	os	testes	do	livro
Teste	1
Se	uma	cesta	tem	3	maçãs	e	você	tira	2	com	quantas	fica?
Fico	com	as	duas	que	tirei,	é	claro!
	
Um	fazendeiro	tinha	17	ovelhas.	Todas	morreram	menos	9.	Com	quantas	ele
ficou?
Ficou	com	as	9	que	não	morreram.
	
Em	uma	dúzia	de	pares	de	meia,	quantos	pares	você	tem?
Tenho	12	pares	de	meias.	Podem	ser	laranjas,	ovos,	pedras	ou	qualquer	outro
tipo	de	coisa;	uma	dúzia	é	sempre	12.
voltar	↩
	
Teste	2
Seu	pediatra	mandou	você	tomar	3	comprimidos	de	vitamina	de	meia	em	meia
hora.	Quantotempo	você	vai	levar	para	tomar	as	3:	meia	hora,	uma	hora	ou	uma
hora	e	meia?
1	hora.	Tomo	a	1.ª,	depois	de	meia	hora	tomo	a	2.ª	e	em	mais	meia	hora	tomo	a
3.ª.
voltar	↩
	
Teste	3
Uma	loja	de	automóveis	convidou	100	pessoas	para	fazer	uma	pesquisa	sobre
cores	preferidas.	As	escolhas	foram	as	seguintes:
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	1
Exercício	3:	45	buquês.
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	1
Exercício	4:	3	pedaços	de	pizza.
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	2
Exercício	2
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	2
Exercício	4:	61.
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	2
Exercício	5:	2100	metros.
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	3
Exercício	2:	8	no	bote,	4	na	margem.
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	3
Exercício	3:	Pensou	no	n.°	1200	(1200	+	400	=	1600	–	150	=	1450).
voltar	↩
	
Teste	Rachacucalógico	–	Parte	3
Exercício	4:
Reguinha	1:	37	graus	e	6	décimos	de	febre.
Reguinha	2:	36	graus	e	4	décimos.
voltar	↩
	
Respostas	das	piadinhas	e	das	pegadinhas	do
Manual	do	Sábio	Matemático
	
Piadinhas
1.	IV	ONE.
voltar	↩
	
Piadinhas
2.	A	Área	do	Gelo	2	(infame!).
voltar	↩
	
Pegadinhas
1.	4	gatos.	Quando	um	olha,	vê	os	outros	3.
voltar	↩
	
Pegadinhas
2.	Em	segundo.	Você	tomou	o	lugar	do	segundo.
voltar	↩
	
Pegadinhas
3.	12	meses.	Todos	os	meses	do	ano	têm	28	dias.	Alguns	têm	mais.
voltar	↩
Eliana	Martins
Eliana	Martins	nasceu	em	1949,	na	cidade	de	São	Paulo	(SP).	Formou-se	em
psicologia	na	Universidade	Paulista	(UNIP)	e	atuou	como	professora	de	crianças
com	necessidades	especiais.	Percebendo	que	elas	compreendiam	conceitos	de
maneira	mais	fácil	quando	contados	em	histórias,	começou	a	criar	narrativas.	Foi
autora-roteirista	de	programas	infantojuvenis	de	1994	a	1997	para	a	rede	Record,
entre	eles	Os	Impagáveis	(vinhetas	entre	filmes	dos	Três	Patetas)	e	Agente	G.
Também	foi	criadora	e	autora	da	seção	infantil	em	quadrinhos	Clube	dos	5,	na
revista	Família	Cristã,	de	1992	a	1999.	É	autora	de	textos	teatrais	infantis	e	juvenis,
com	montagens	em	São	Paulo,	membro	da	Sociedade	Brasileira	de	Autores
Teatrais	(SBAT)	e	do	conselho	da	Associação	de	Escritores	e	Ilustradores	de
Literatura	Infantil	e	Juvenil	(AEILIJ).	Escreveu	mais	de	sessenta	títulos,	publicados
por	várias	editoras,	foi	finalista	do	Jabuti	e	ganhou	prêmios	como	o	APCA	e	o
Selo	Altamente	Recomendável	da	Fundação	Nacional	do	Livro	Infantil	e	Juvenil
(FNLIJ).	Casada,	tem	quatro	filhos	e	vários	netos.
Suppa
Suppa	tornou-se	ilustradora	em	Paris,	onde	morou	por	dezessete	anos.	Ilustra
textos	de	literatura	infantil	para	editoras	e	revistas	francesas	e	brasileiras.
Trabalha	também	na	área	de	publicidade	e	de	programação	visual.
Obra	conforme	o	Acordo	Ortográfico	da	Língua	Portuguesa
	
©	2014	Eliana	Martins
©	2014	Ilustrações	de	Suppa
Projeto	gráfico	e	diagramação:	Erika	Kamogawa
Conversão	em	epub:	{kolekto}
	
Direitos	de	publicação:
©	2014	Editora	Melhoramentos	Ltda.
	
1.ª	edição	digital,	fevereiro	de	2015
ISBN:	978-85-060-7729-0	(digital)
ISBN:	978-85-060-7666-8	(impresso)
	
Atendimento	ao	consumidor:
Caixa	Postal	11541	–	CEP:	05049-970
São	Paulo	–	SP	–	Brasil
Tel.:	(11)	3874-0880
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	Sumário
	A mudança
	O rolo dos nomes
	A vizinha antipática
	Ela sabia matemática
	Testes Rachacucalógicos (quando, apesar de ter custado a aceitar, acabei gostando de matemática)
	Uma História para Descontrair - PARTE 1
	Uma História para Descontrair - PARTE 2
	Uma História para Descontrair - PARTE 3
	Uma História para Descontrair - PARTE 4
	Manual do sábio matemático (que só pode ser aberto por aqueles que aprenderam a gostar de matemática)
	Despedida
	Respostas de todos os testes do livro
	Biografia da autora
	Biografia da ilustradora
	Créditos

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