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Análise de Demonstrações Contábeis
TCU
Análise da Estrutura de Capital
Livro Eletrônico
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ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Análise da Estrutura de Capital
Prof. Daniel Negreiros
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SUMÁRIO
Análise das Demonstrações Contábeis de Empresas ........................................4
Índices de Estrutura de Capital ...................................................................15
Passivos de Financiamento e Passivos de Funcionamento ...............................16
Indicadores de Quantidade da Dívida ..........................................................19
Participação de Capital de Terceiros sobre Recursos Totais (Índice de 
Endividamento, Debt Ratio ou Dependência Financeira) .................................19
Índice de Endividamento Oneroso ...............................................................21
Participação de Capital de Terceiros sobre Recursos Próprios (Grau de 
Endividamento ou Garantia de Capital de Terceiros ou, ainda, Relação entre 
Fontes de Recursos) ..................................................................................26
Participação de Capital Próprio sobre Recursos de Terceiros (Garantia do 
Capital Próprio ao Capital de Terceiros) ........................................................27
Indicadores de Qualidade da Dívida ............................................................27
Composição do Endividamento (Relação entre Dívidas ou Debt Ratio) ..............27
Outros Índices de Estrutura de Capital .........................................................32
Imobilização do Capital Próprio ...................................................................36
Imobilização dos Recursos Não Correntes (ou Imobilização dos Recursos 
Permanentes) ..........................................................................................42
Imobilização do Ativo Total ........................................................................44
Resumo ...................................................................................................47
Questões de Concurso ...............................................................................52
Gabarito ..................................................................................................59
Gabarito Comentado .................................................................................60
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ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Análise da Estrutura de Capital
Prof. Daniel Negreiros
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE EMPRESAS
Olá, querido(a) aluno(a)! Estamos aqui em mais um encontro para nos familia-
rizarmos ainda mais com essa matéria tão intrigante: a Análise das Demonstra-
ções Contábeis de Empresas. E dessa vez, vamos dar continuidade ao estudo 
dos indicadores advindos do Balanço Patrimonial, os chamados “estáticos”.
Todavia, eu gostaria de começar a aula de hoje com alguns exercícios relativos 
ao assunto da primeira aula, para que o conteúdo seja ainda mais reforçado e não 
erremos mais nenhuma questão de prova!
1. (CESPE/AUFC/TCU/2015) A comparação feita durante a análise de balanços apre-
senta-se de duas formas: análise temporal e análise interempresarial. Enquanto a 
primeira compreende a tendência apresentada pelos indicadores de desempenho e 
não limita a avaliação a resultado restrito a um único período, a segunda relaciona 
o desempenho de uma empresa com o setor de atividade e o mercado em geral.
Certo.
Como vimos na aula passada, a primeira coisa que devemos levar para a nossa pro-
va é: a comparação é a ferramenta mais importante da análise das demonstrações 
contábeis, pois sem ela não se pode estabelecer um diagnóstico consistente da si-
tuação em que se encontra a empresa. E essa comparação é basicamente realizada 
de duas formas, como disse o enunciado. Matarazzo1 (o CESPE adora seus livros) 
afirma que a comparação é realizada nas formas: temporal e interempresarial.
1 MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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A primeira estuda períodos anteriores para compreender a tendência apresentada 
pelos índices analisados. Já a segunda relaciona o desempenho de uma empresa 
com o seu setor de atividade e tem o objetivo de verificar se a situação da empresa 
é satisfatória em relação aos seus concorrentes.
2. (CESPE/ANALISTA/MPU/2015) Com relação à divulgação e análise das demons-
trações contábeis, julgue o item.
A conversão de financiamentos a pagar de curto prazo em capital social proporcio-
nará acréscimo ao índice de liquidez corrente da empresa.
Certo.
Quando transformamos financiamentos a pagar de curto prazo em capital social, 
estamos trocando um passivo circulante por um item patrimonial (patrimônio líqui-
do), causando, assim, uma diminuição nesse passivo de curto prazo e, consequen-
temente, um aumento no índice de liquidez corrente.
3. (CESPE/AUDITOR/TCDF/2014) Considere que a liquidez seca de uma empresa 
tenha decrescido ano a ano em relação à liquidez corrente e que o volume total de 
investimentos, as aplicações circulantes, o consumo de materiais, os prazos médios 
de fabricação e o volume de venda e de cobrança tenham sido mantidos constantes. 
Nesse caso, é correto afirmar que o ciclo operacional dessa empresa é crescente.
Certo.
Questão que envolve os conceitos relativos aos índices de liquidez e ao ciclo ope-
racional de uma empresa. Não entramos ainda em detalhes acerca das questões 
atinentes ao ciclo operacional de uma empresa, porém, para resolver esta questão, 
o que precisamos saber, basicamente, é que tal ciclo é o tempo decorrido desde o 
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momento em que ela realiza suas compras de mercadorias junto aos fornecedores 
até o instante em que recebe o valor das vendas de seus clientes. Quando se trata 
de uma empresa que fabrica a mercadoria que vai ser revendida (empresas fabris), 
esse ciclo passa a ser do momento em que a empresa adquire a matéria-prima até 
o momento em que ela recebe o valor referente à venda.
Esse ciclo pode ser dividido em duas partes. O período que vai da compra de mer-
cadorias até a venda aos clientes é chamado de prazo médio de renovação de 
estoques – PMRE, pois, a partir desse ponto, a empresa precisará adquirir novas 
mercadorias para revenda (para as empresas fabris, existe ainda o PMF, que é o 
prazo médio de fabricação, anterior ao PMRE). A partir de então, teremos o prazo 
dado aos clientes para o pagamento dessas vendas, chamado prazo médio de 
recebimento de vendas – PMRV.
O enunciado afirma que a liquidez seca diminui em relação à liquidez corrente, ou 
seja, ao confrontarmos os dois indicadores, percebe-se que o aumentodo esto-
que causa essa diminuição da liquidez seca em relação à liquidez corrente, certo?
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Sendo assim, levando em consideração que o volume total de investimentos (ativo 
total), as aplicações circulantes (Ativo Circulante), o consumo de materiais (maté-
ria-prima para os estoques), os prazos médios de fabricação (PMF) e o volume de 
venda e de cobrança tenham sido mantidos constantes, temos:
a) ciclo operacional = PMF+PMRE+PMRV
b) PMF é constante (dado diretamente no enunciado), PMRV é constante (o fato de 
o volume de venda e de cobrança serem constantes significa que o PMRV não se 
altera, veremos isso na aula 4 com mais detalhes).
c) O PMRE é dado pela expressão: . Como as vendas são constan-
tes, o CMV se presume constante. À medida que os estoques aumentam, o PMRE 
também aumenta, e um aumento reiterado dos estoques resulta em um ciclo ope-
racional cada vez maior, ou seja, crescente.
4. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RS/2018/ADAPTADA) Com relação aos indica-
dores de uma empresa adquirente, a compra à vista de estoques junto a fornece-
dores aumenta os índices de liquidez corrente e de liquidez geral e mantém os ín-
dices de liquidez seca e de liquidez imediata nos patamares anteriores à ocorrência 
da transação.
Errado.
Sabemos que o lançamento contábil para essa transação de compra de estoques à 
vista é
D – Estoques
C – Caixa
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Cuidado com a pegadinha aqui! O enunciado falou em compra “junto a fornece-
dores” e o candidato já coloca na cabeça que o lançamento envolve uma conta de 
fornecedores, o que está equivocado! A compra é à vista e como tal não apresenta 
a conta fornecedores.
Vemos que se trata de um fato contábil permutativo, que não altera quantitativamen-
te o ativo circulante, tampouco altera o passivo circulante, o que já nos dá a resposta 
da questão, pois a banca afirma que a liquidez corrente aumenta. Na hora da prova, 
eu marcaria ERRADO e já passaria para a próxima questão2. Mas, como não estamos 
na prova, vamos tentar resolver analisando todas as demandas do enunciado.
Sabemos também que a liquidez geral não se altera, pelos mesmos motivos da liqui-
dez corrente. Já a liquidez seca vai ser diminuída, uma vez que estamos adquirindo 
estoques, justamente a “incerteza” que é expurgada no cálculo desse indicador.
Por fim, a liquidez imediata irá diminuir, visto que temos menos dinheiro em caixa 
após a operação.
5. (CESPE/PERITO/CONTÁBEIS/SDS-PE/2016) O evento que provoca um aumento 
no valor do capital circulante líquido de uma empresa é a:
a) antecipação de pagamento de dívidas de longo prazo
b) venda de imóveis a prazo, com o recebimento da primeira parcela previsto para 
um prazo de dois anos a partir da data da transação.
c) baixa para prejuízo de uma duplicata a receber.
2 Geralmente, nas questões que eu resolvo muito rápido na prova, eu coloco um asterisco (*) e volto nela ao 
fim da prova, se ainda sobrar tempo, só por desencargo de consciência.
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d) conversão de dívidas de curto prazo em dívidas de longo prazo.
e) aplicação de recursos mantidos em conta-corrente na aquisição de estoques a 
serem negociados no curto prazo.
Letra d.
Questão que versa sobre o conceito de Capital Circulante Líquido (CCL), também 
chamado de Capital de Giro Líquido (CGL), que mede a diferença entre o Capital de 
Giro3 (Ativo Circulante) e as obrigações de curto prazo, ou seja, mede a dos ativos 
de curto prazo em relação aos passivos também de curto prazo.
Vamos analisar cada uma das alternativas:
a) Errada. Antecipação de pagamento de dívidas de longo prazo: diminui o CCL, já 
que usamos “caixa” para pagar as dívidas de longo prazo (passivo não circulante), 
diminuindo, assim, o ativo circulante e mantendo constante o passivo circulante.
b) Errada. Venda de imóveis a prazo, com o recebimento da primeira parcela pre-
visto para um prazo de dois anos a partir da data da transação: ao realizar essa 
venda a prazo, a empresa entrega os imóveis (diminui o ativo não circulante) e 
contrai uma obrigação de longo prazo (aumenta o passivo não circulante), não al-
terando o CCL.
3 Sempre que falarmos o termo “Capital de Giro”, o sinônimo que deve vir imediatamente na nossa cabeça é 
“Ativo Circulante”.
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c) Errada. Baixa para prejuízo de uma duplicata a receber: diminui o CCL, já que 
o ativo circulante é reduzido pela baixa da duplicata a receber, sem alterações no 
passivo circulante.
d) Certa. Conversão de dívidas de curto prazo em dívidas de longo prazo: de fato, 
aumenta o CCL, já que o passivo circulante diminui pela saída da dívida de curto 
prazo. Como o ativo circulante se mantém constante, o CCL irá aumentar.
e) Errada. Aplicação de recursos mantidos em conta-corrente na aquisição de 
estoques a serem negociados no curto prazo: não altera o CCL, uma vez que se 
trata de um fato permutativo dentro do ativo circulante (saída de caixa e entrada 
de estoques), mantendo-o constante. Como tampouco há alteração no passivo cir-
culante, o CCL se mantém constante.
Agora, passadas mais essas questões para que você relembre dos principais 
tópicos da aula passada, vamos iniciar o estudo dos indicadores de estrutura 
de capital!
Mas antes eu gostaria de fazer uma retrospectiva do significado (teórico e prático) 
das contas e subcontas do Ativo, talvez de uma maneira que você jamais havia visto.
Você e eu já estamos “carecas” de saber que o Ativo representa o conjunto de 
bens e direitos de uma empresa, não é? Eu costumo dizer que esse é um conceito 
“pouco maduro” do Ativo, uma vez que as normas contábeis evoluíram e temos que 
caminhar junto com essa evolução. E foi assim que o CPC 00 (Estrutura Conceitual) 
remodelou a definição de Ativo, caracterizando-o por 3 principais pré-requisitos:
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1. É um recurso controlado pela entidade, ou seja, a entidade tem o direito 
de explorar aquele item e dele extrair os benefícios econômicos. É importante saber 
que esse direito geralmente é formal (legal ou contratual), mas não necessaria-
mente o é (predominância da essência sobre a forma).
2. É resultado de eventos passados: as entidades normalmente obtêm ati-
vos por meio de sua compra ou produção, mas outras transações ou eventos po-
dem gerar ativos.
Por exemplo, um imóvel recebido de ente governamental como parte de progra-
ma para fomentar o crescimento econômico de dada região ou a descoberta de 
jazidas minerais.
Transações ou eventos previstos para ocorrer no futuro não dão origem, por si 
só, ao surgimento de ativos.
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Desse modo, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, 
à definição de ativo4.
3. Existe a expectativa de fluxo futuro de benefícios econômicos: caracte-
rística mais importante do ativo e vem sendo bastante cobrada em prova: o benefí-
cio econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta 
ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal 
potencial pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades 
operacionais da entidade. Pode também ter a forma de conversibilidade em caixa ou 
equivalentes de caixa ou pode ainda ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como 
no caso de processo industrial alternativo que reduza os custos de produção.
Entretanto, para efeito de análise contábil, é importante que você vá mais além 
no significado do Ativo, principalmente em termos práticos: Málaga entende que, 
na prática, o ativo reflete ou representa as decisões ou as estratégias de in-
vestimento tomadas no passado (recente ou não) pelos gestores, que ainda in-
fluenciam a performance da empresa e demandam capital.
O passivo, por sua vez, é o retrato das decisões de financiamento da em-
presa. Com o passar das aulas, você verá que esse equilíbrio entre as decisões de 
investimento e financiamento da empresa é de vital importância para a sua saúde 
financeira. Se essas decisões fossem tomadas de maneira adequada ao longo dos 
anos, a empresa deveria ser capaz de gerar lucros em magnitude suficiente para 
remunerar os sócios acima de seus custos de oportunidade5 e manteria um nível de 
risco reduzido para credores e sócios6.
4 Pronunciamento CPC 00 – Estrutura Conceitual.
5 Esse é o grande objetivo de uma empresa!
6 MÁLAGA, Flávio Kezam. Análise dos demonstrativos financeiros e da performance empresarial: para empre-
sas não financeiras. 2ª ed. São Paulo: Saint Paul Editora, 2012.
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Outro detalhe importante, que você pode ver na figura anterior, é um “mantra” 
que jamais poderemos esquecer e com ele o índice de acerto em questões de prova 
aumenta muito: teoricamente, a rentabilidade dos itens do ativo cresce à medida 
que descemos, ou seja, os ativos permanentes têm rentabilidade maior do 
que os circulantes. Por isso, os ativos permanentes são chamados de “direciona-
dores da vantagem competitiva das empresas”.
Como já sabemos que a liquidez do item do ativo diminui dos componentes cir-
culantes para os permanentes, chegamos à conclusão de que a liquidez e a renta-
bilidade caminham (quase sempre) em sentidos opostos. Isso é o que chamamos 
de “dilema liquidez-rentabilidade”.
Em contraste com a análise de liquidez, a rentabilidade tem objetivos que mui-
tas vezes são diametralmente opostos, visto que, para se conseguir alta liquidez, 
geralmente se conta com recursos ociosos, o que compromete a otimização da 
rentabilidade. Da mesma forma, a maximização da rentabilidade também im-
plica, normalmente, se trabalhar “na corda bamba”, com muitos recursos de 
terceiros, principalmente quando se consegue com custos abaixo do que os ativos 
conseguem produzir. Mas isso aumenta muito os riscos e pode provocar sérios pro-
blemas de capacidade de liquidação das obrigações nos “soluços” negociais7.
7 MARTINS, Eliseu; MIRANDA, Gilberto José; DINIZ, Josedilton Alves. Análise Didática das Demonstrações 
Contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.
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Lembrando a você que SEMPRE é necessário investigar a causa da liquidez alta 
ou baixa.
A primeira não necessariamente é boa para a empresa (pode comprometer 
a rentabilidade, indicando recursos ociosos, como disse), mas é um indicativo, 
muitas vezes, de boa situação financeira, sábia administração (geralmente quan-
do é resultado de um passivo circulante baixo) e indica maior independência da 
empresa em relação aos credores e maior a sua capacidade de enfrentar crises e 
dificuldades inesperadas8.
A segunda pode indicar que a empresa se arrisca para conseguir altas renta-
bilidades, todavia usualmente essa estratégia advém de uma alta dependência de 
recursos de terceiros, o que pode ser um indício de má gestão, mormente diante 
das altas taxas de juros no Brasil.
Vamos avançar ainda na análise de liquidez, que ganha contornos dinâmicos 
com o estudo do capital de giro e ciclos operacional e financeiro. Mas com essa 
discussão inicial em mente, você está pronto(a) para evoluir no estudo da matéria.
8 MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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Índices de Estrutura de Capital
Indicam a estrutura do patrimônio da empresa. Apresentam a forma com a 
qual a empresa obtém e aplica seus recursos. Em outras palavras, como pode ser 
cobrado em prova, revelam as características das decisões de financiamento 
da empresa.
Antes de adentrarmos nos quocientes de estrutura de capital de uma empresa, 
é importante entender que o endividamento de uma empresa pode ter, basicamen-
te, dois motivos: no primeiro, a empresa se endivida como complemento do seu 
capital próprio com o intuito de realizar investimentos em seu Ativo, para futuro 
aumento de sua rentabilidade; já no segundo, a empresa recorre às instituições 
financeiras com o objetivo de saldar as dívidas já existentes, afundando em uma 
dependência prejudicial de capitais alheios e caminhandorumo à falência.
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Sabendo disso, ao analisar os indicadores de endividamento, devemos levar em 
consideração esses fatores ao estabelecer o diagnóstico da situação financeira de 
uma empresa.
Passivos de Financiamento e Passivos de Funcionamento
Passivos de Financiamento, também chamados de Passivos Onerosos, são 
todas as obrigações que geram ônus financeiro para a empresa por conta da utili-
zação de recursos de terceiros (ex.: juros e despesas financeiras em geral).
São exemplos desse tipo de passivo os empréstimos e financiamentos contratados 
junto a instituições financeiras.
Passivos de Funcionamento, também conhecidos como Passivos não Onero-
sos, são todas as obrigações que não geram ônus financeiros para a empresa, ou os 
geram de maneira implícita, como os impostos a pagar, fornecedores, salários a pagar 
e demais contas eminentemente operacionais do passivo. Assim, para fins de provas 
de concursos, admite-se que tais obrigações não produzem despesas financeiras.
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Quando formos estudar a análise da Necessidade do Capital de Giro, tais pas-
sivos podem assumir nomenclatura diferente: Passivo Errático (Financeiro) 
e Passivo Cíclico (Operacional), respectivamente, como podemos verificar na 
figura a seguir.
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A dica para saber se estamos a tratar de um passivo oneroso ou não oneroso é:
6. (CESPE/AUDITOR/TCE-SC/2016) Para uma análise do endividamento de uma 
empresa devem ser separados os passivos onerosos, geradores de encargos finan-
ceiros, dos passivos de funcionamento, que não produzem despesas financeiras. 
As notas explicativas contêm informações relevantes e necessárias para esse tipo 
de análise.
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Certo.
O CESPE acabou anulando esta questão por entender que não há informações sufi-
cientes no enunciado para o julgamento do item. Eu concordo em partes porque a 
grande maioria das questões envolvendo a análise do endividamento de uma em-
presa não exige que o candidato faça a segregação entre passivos onerosos e não 
onerosos, sobretudo para simplificar os cálculos. Todavia, para que a análise seja 
a mais fiel possível à realidade, essa segregação é necessária! E, de fato, as notas 
explicativas são geralmente a fonte de coleta desse tipo de informação, por isso a 
questão está certa.
Indicadores de Quantidade da Dívida
A nomenclatura utilizada para os próximos indicadores foi retirada da doutrina 
mais utilizada pelas bancas, especialmente o CESPE. No entanto, algumas varia-
ções podem ser verificadas em algumas provas, motivo pelo qual entendo neces-
sário que você sempre entenda o contexto da questão e não se “apegue” a rótulos, 
nomenclaturas e não decore as fórmulas, simplesmente.
Participação de Capital de Terceiros sobre Recursos Totais (Ín-
dice de Endividamento, Debt Ratio ou Dependência Financeira)
Também chamado de Índice de Endividamento Geral, indica a parcela do 
Ativo que é financiada pelo capital de terceiros. Veja que a fórmula é o inverso da 
fórmula da Solvência Geral.
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Em um primeiro momento, podemos afirmar que quanto menor esse indica-
dor, melhor para a empresa. Essa conclusão está correta e é assim que devemos 
nos pautar para as provas de concurso. Todavia, é imprescindível ter em mente 
que muitas vezes é vantajoso para a empresa aumentar a sua relação de capitais 
de terceiros, quando o incremento do resultado advindo dessa captação de recur-
sos alheios superar o custo desse capital. Quando isso acontece, dizemos que a 
empresa está se beneficiando da Alavancagem Financeira, a qual veremos com 
maiores detalhes nas próximas aulas.
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Como a análise desse índice, em grande parte dos casos, é feita sob o ponto de 
vista estritamente financeiro, quanto maior a relação entre os Capitais de Terceiros 
e o Ativo Total, menor a liberdade de decisões financeiras por conta dessa depen-
dência. Além disso, uma empresa que se mantém com um endividamento alto por 
longos períodos acaba perdendo o poder de barganha junto às instituições finan-
ceiras, que tendem a cobrar taxas de juros cada vez mais altas, o que inviabiliza 
a captação de novos empréstimos, tornando a Alavancagem Financeira negativa e 
levando, muitas vezes, as empresas à falência.
Índice de Endividamento Oneroso
Esses são indicadores que revelam de maneira mais fiel a dependência que a 
empresa possui de financiamento com terceiros, uma vez que possibilita avaliar as 
decisões da empresa na captação de fontes do Sistema Financeiro. Tais decisões 
impactam diretamente os indicadores de rentabilidade da empresa, como veremos 
ao estudar mais detidamente a Alavancagem Financeira.
Tais indicadores têm a capacidade de ampliar a visão proporcionada pela apura-
ção dos índices de Estrutura de Capital.
O índice de endividamento oneroso indica a parcela do Ativo que é financiada 
pelo capital de terceiros onerosos (passivos de financiamento):
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Existe, ainda, o chamado “índice de endividamento oneroso líquido”, no qual se 
subtraem as disponibilidades aplicadas no mercado financeiro:
Podemos ainda estabelecer uma correlação entre o endividamento de uma em-
presa e o seu rating de crédito no mercado financeiro. Grosso modo, rating de cré-
dito é uma das ferramentas para avaliação de risco de crédito de órgãos públicos ou 
privados. Ele consiste de uma avaliação sobre a capacidade e vontade da entidade 
avaliada de honrar seus compromissos financeiros9.
Vários foram os trabalhos que tentaram identificar a magnitude dessa corre-
lação e, sendo bem superficial na conclusão, pode-se dizer que, para as variáveis 
relativas ao endividamento, é esperado um sinal negativo, ou seja, relação negati-
va entre nível de risco e endividamento, pois quanto maior a dívida em relação ao 
capital próprio, maior o risco de a empresa não conseguir honrá-la. Logo, menor 
será a escala e menor o rating.
É claro que o rating de uma empresa depende de inúmeras outras variáveis, 
que não são objeto das nossas aulas, porém é de extrema importância que você 
compreenda a relação entre dívida, alavancagem financeira, rating, rentabilidade e 
liquidez para que nenhuma questão de concurso te surpreenda.
9 SOARES, G.O.G.; COUTINHO, E.S.; CAMARGOS, M.A. Determinantes do rating de crédito de companhias 
brasileiras. Revista Contabilidade Vista & Revista, ISSN 0103-734X, Universidade Federal de Minas Gerais, 
Belo Horizonte, v. 23, n. 3, p. 109-143, jul/set 2012.
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7. (CESPE/CONTADOR/FUB/2013) Considerando que a tabela acima apresenta in-
formações da contabilidade da empresa hipotética Z, que o ativo financeiro e o pas-
sivo financeiro de cada ano dessa empresa representavam, cada um, 10% do total 
de valores circulantes, e que os três anos dessa tabela são consecutivos, sendo o 
ano 1 o mais recente e o ano 3 o mais antigo, julgue o item subsequente.
A participação dos capitais de terceiros no financiamento dos investimentos da em-
presa Z foi crescente do ano 3 para o ano 2.
Errado.
A banca quer que calculemos a participação dos capitais de terceiros no finan-
ciamento dos investimentos da empresa Z, ou seja, o quanto há de dívidas com 
terceiros em relação ao investimento total da empresa. Isso nada mais é do que o 
índice de endividamento:
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Calculando os índices para os anos 3 e 2, respectivamente, temos:
Perceba que o endividamento da empresa se mantém constante do ano 3 para o 
ano 2, invalidando a afirmativa.
É importante ficar atento(a) a um detalhe: a banca poderia cobrar aqui o índice de 
endividamento oneroso, e aí você teria que utilizar a informação do enunciado dan-
do conta de que 10% do passivo circulante é considerado “financeiro” (aqui 
na contabilidade privada, o passivo financeiro é sinônimo de passivo oneroso – leve 
essa informação assim para a prova, apesar de não ser em 100% das vezes). As-
sim, o passivo oneroso circulante seria 10% de $30 no ano 3 e 10% de $20 no ano 
2. Somado a isso, o passivo não circulante é quase sempre tratado como oneroso, 
a não ser que a banca diga o contrário. Isso porque é muito raro uma empresa 
com passivo de funcionamento de longo prazo, uma vez que esses passivos estão 
intimamente ligados à operação.
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Participação de Capital de Terceiros sobre Recursos Próprios 
(Grau de Endividamento ou Garantia de Capital de Terceiros ou, 
ainda, Relação entre Fontes de Recursos10)
Indica a porcentagem de Capitais Alheios que a empresa possui em relação ao 
seu Capital Próprio, ou seja, para cada R$ 1 de Patrimônio Líquido, quanto a em-
presa possui em obrigações. Como se vê, da mesma forma que o Índice de Endivi-
damento, quanto menor esse índice, melhor para a empresa, mas sem prejuízo da 
análise da relação do endividamento com a Alavancagem Financeira.
Uma variante desse índice consiste em utilizar a fração invertida.
10 Essa última nomenclatura tem sido bastante abordada nos últimos concursos do CESPE.
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Participação de Capital Próprio sobre Recursos de Terceiros 
(Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros)
Tem a mesma abordagem do Grau de Endividamento, todavia, nesse caso, 
quanto maior esse índice, melhor para a empresa.
Indicadores de Qualidade da Dívida
Essa abordagem de qualidade da dívida leva em consideração a concentração 
das obrigações no curto e longo prazo. Lembro a você que essa forma de classifi-
car a dívida como “boa” ou “ruim” não é uma verdade absoluta e devemos sempre 
analisar esses indicadores dentro do cenário em que a empresa se encontra.
Composição do Endividamento (Relação entre Dívidas ou Debt 
Ratio11)
Ou
11 O CESPE adora os termos em inglês e usualmente cobra assim em prova.
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Indica a qualidade da dívida da empresa. Em termos gerais, quanto maior a 
parcela de longo prazo, melhor, pois propicia à empresa um tempo maior para 
gerar recursos com o intuito de liquidar suas obrigações.
Uma empresa em início de atividades ou em expansão dos seus negócios deve 
procurar financiar suas atividades com obrigações de longo prazo, para que dê 
tempo suficiente para que ela chegue à maturidadeoperacional e não tenha pro-
blemas para saldar suas dívidas.
Além disso, uma maior parcela de dívida de curto prazo gera situações de risco 
para a empresa, principalmente em cenários de instabilidade do mercado, em que 
provavelmente seria preciso realizar os ativos a qualquer preço para saldar as dívi-
das, se estas fossem predominantemente de curto prazo.
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Note que a soma das duas fórmulas anteriormente apresentadas é necessaria-
mente igual a 1.
Vale ressaltar que em empresas nas quais o payback12 é muito curto, o fato de 
as dívidas estarem concentradas no curto prazo não é, por si só, um indício de que 
seu endividamento é de baixa qualidade. Todavia, esse é um fato que raramente 
ocorre e não deve ser tratado como regra.
Por fim, como acontece em todos os indicadores, é de extrema valia analisar 
a composição do endividamento levando em consideração o ramo de atividade da 
empresa, pois cada tipo de empreendimento possui uma estrutura considerada óti-
ma, sem regramentos rígidos na sua obtenção. Além disso, a análise de como esse 
indicador evolui com o tempo (Análise Horizontal) e como ele se relaciona com a 
rentabilidade da empresa muitas vezes traz resultados mais consistentes e objeti-
vos do que a sua simples análise estática.
12 Esse método determina o tempo necessário para recuperar os recursos investidos em um projeto. Quanto 
mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões. Desse 
modo, propostas de investimento com menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e, consequente-
mente, menor risco.
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8. (CESPE/AUDITOR/SEFAZ-RS/2018) Se, em uma empresa, 50% dos ativos totais 
são financiados por recursos de terceiros e 20% dos capitais totais utilizados são 
capitais de terceiros de longo prazo, então, nessa empresa, a porcentagem dos ca-
pitais de curto prazo em relação aos capitais de terceiros totais é de
a) 20%.
b) 80%.
c) 60%.
d) 50%.
e) 30%.
Letra c.
Se você sabe exatamente o que a banca pede, esta questão fica bem fácil, pois vira 
uma questão de aritmética pura. Se ela quer a porcentagem dos capitais de curto 
prazo em relação aos capitais de terceiros totais, ela está te pedindo a composição 
do endividamento (ou relação entre dívidas), ou seja, o quanto as dívidas de curto 
prazo (passivo circulante) representam no total do passivo exigível da empresa:
O que sabemos? (i) 50% dos ativos totais são financiados por recursos de tercei-
ros, ou seja, ; (ii) 20% dos capitais totais utilizados 
são capitais de terceiros de longo prazo, ou seja, . Ora, se o 
, temos:
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Substituindo (5) e (2) na equação (1), obtemos a composição do endividamento:
Outra forma de resolver esta questão (e várias outras de análise contábil) é atri-
buindo valores aos subgrupos do balanço, de acordo com o enunciado, e construin-
do o desenho do balanço para melhor visualização.
Assim, construímos nosso balanço com os dados oferecidos pela questão:
1. 50% dos ativos totais são financiados por recursos de terceiros:
2. 20% dos capitais totais utilizados são capitais de terceiros de longo prazo:
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Como a banca pede a porcentagem dos capitais de curto prazo em relação aos ca-
pitais de terceiros totais, temos:
Outros Índices de Estrutura de Capital
Para fins didáticos, antes de discorrermos sobre os demais índices de estrutura 
de capital, é importante apresentar a maneira com a qual se esquematiza a estru-
tura de financiamento de uma empresa. Em linhas gerais essa estrutura se apre-
senta como na figura a seguir:
Separando os subgrupos do Ativo e Passivo, a nossa estrutura fica pronta para 
a análise da relação entre financiamentos e investimentos:
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A dica para que você construa o Balanço Patrimonial de forma a evidenciar a 
relação financiamento/investimento, ou seja, “quem está financiando quem”, é 
(aqui vai uma dica de como “desenhar” seu balanço patrimonial durante a prova. 
Pode ser valioso para que você visualize a situação e acerte a questão!):
1. construir primeiramente a parte do Ativo, apresentando os componentes “de 
cima para baixo”, ou seja, começando do ativo com maior liquidez (Circulante) e 
terminando pelo ativo com menor liquidez (Permanente13);
2. começar a construir o lado do Passivo “de baixo para cima”, iniciando pelo Patri-
mônio Líquido e fechando com as dívidas de curto prazo (Circulante).
13 Nunca é demais lembrar: o termo Ativo Permanente foi extinto como nomenclatura de subgrupo do Balanço 
Patrimonial, desde o advento da Lei n. 11.638/2007. Todavia, TODAS as vezes que nos reportarmos ao Ativo 
Permanente, estamos falando dos componentes não especulativos do Ativo, ou seja, Investimentos, Imobi-
lizado e Intangível.
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Isso porque a análise da estrutura de financiamento (passivo) se inicia 
pelos recursos próprios, pois são os primeiros a entrarem na empresa, na sua 
constituição. Além disso, em caso de liquidação, serão os últimos compromissos a 
serem saldados, após todas as dívidas exigíveis serem pagas.
Destarte, as setas pretas indicam “quem financia quem” e a interpretação da 
estrutura segue da seguinte forma (começando pela seta de baixo):
1. existe Capital Próprio financiando Ativo Permanente e ainda sobra umaparcela desse capital para financiar uma parte do Ativo Especulativo (AC + 
ARLP). Como o Ativo Realizável a Longo Prazo é um recurso que raramente se faz 
presente nas empresas, podemos nos arriscar a dizer que nesse caso há Capital 
Próprio financiando Ativo Circulante (Capital de Giro);
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2. as dívidas de longo prazo (Passivo Não Circulante) financiam também o Ca-
pital de Giro (Ativo Circulante), também levando em consideração a irrelevância 
do ARLP;
3. as dívidas de curto prazo (Passivo Circulante) financiam também o Capital 
de Giro (Ativo Circulante).
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Sabendo construir o Balanço Patrimonial dessa 
forma, você fica muito mais seguro(a) para res-
ponder as indagações da banca examinadora e 
dificilmente errará a questão. Então, meu(minha) 
amigo(a), não hesite, desenhe!
Imobilização do Capital Próprio
Quociente que indica a proporção do Capital Próprio que financia o Ativo Per-
manente, que é parcela não especulativa do Ativo (Ativo não Circulante menos a 
parcela realizável a longo prazo).
O ideal é que esse índice seja menor que 1, o que indica que todo o Ativo Perma-
nente está sendo financiado por capital próprio, o qual ainda financia parte do Ativo 
Especulativo. A seguir apresentaremos três situações diferentes de estrutura de fi-
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nanciamento de uma empresa, demonstrando para todas o Grau de Imobilização do 
Patrimônio Líquido e suas possíveis consequências para a entidade. Aqui considerare-
mos que a empresa não possui direitos de longo prazo (ARLP) para facilitar a análise:
1ª Situação: Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido inferior a 1
Nesse caso, todo o Ativo Permanente está sendo financiado por recursos pró-
prios e ainda sobra uma parcela que financia o Ativo Circulante14, chamada de Ca-
pital Circulante Próprio (CCP). Ou seja, o CCP pode ser descrito pela fórmula:
14 Considerando que não existe o Ativo Realizável a Longo Prazo ou ele tem valor irrelevante em relação ao 
Ativo Circulante.
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Qual a vantagem de possuir Capital Circulante Próprio? Quem o possui goza 
da tranquilidade de boa saúde financeira a curto e longo prazo (a menos que a em-
presa sofra sérios prejuízos). Quem não tem vai precisar, a curto prazo, consertar a 
situação com financiamentos e, a longo prazo, não pode ter certeza da manutenção 
da sua saúde financeira15.
2ª Situação: Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido um pouco superior a 1
15 MATARAZZO, 2010.
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Nesse caso, o Ativo Permanente é financiado em parte pelo Capital Próprio e 
uma parcela pelo Passivo não Circulante. Assim, o Capital de Giro fica completa-
mente financiado por recursos de terceiros e, consequentemente, não há Capital 
Circulante Próprio (CCP negativo). Há apenas Capital Circulante de Terceiros.
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Quando ocorre uma situação como essa, a empresa depende de terceiros 
para financiar o seu giro operacional (comercial ou Ativo Circulante) e ainda de-
pende do capital alheio para suprir o financiamento de parte de seus investimentos 
permanentes. Essa ainda não pode ser considerada uma situação preocupante, mas 
já não se pode dizer que é um excelente indício para a entidade.
3ª Situação: Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido bastante superior a 1, 
conforme figura a seguir:
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A primeira conclusão que se chega com essa configuração é de que o Capital 
Circulante Líquido (CCL) é negativo:
Dessa forma, verifica-se que o Ativo Permanente é financiado pelo Capital 
Próprio, por dívidas de longo prazo e, ainda, por dívidas de curto prazo. 
Assim, a empresa precisa recorrer a instituições financeiras para suprir aplicações 
permanentes!
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Essas aplicações permanentes são assim chamadas porque são investimentos 
feitos simplesmente para ganho de capital (investimentos) ou para manutenção das 
atividades da entidade (Imobilizado e Intangível), não para realização em dinheiro, 
nem no curto nem no longo prazo. Isso significa que existem obrigações que devem 
ser liquidadas no curto prazo por meio de ativos que não serão (ou não seriam) rea-
lizados em dinheiro por parte da empresa. Isso por si só já é um mau indício e indica 
risco de insolvência, principalmente se mantido por longos períodos de tempo.
É importante mencionar que a análise do grau de imobilização do patrimônio lí-
quido deve ser feita em conjunto com a análiseaprofundada do capital de giro (aula 
4) para que tenhamos uma real ideia da situação da empresa.
Imobilização dos Recursos Não Correntes (ou Imobilização 
dos Recursos Permanentes)
Indica a proporção de Recursos Não Correntes que financiam o Ativo Permanente. 
Recursos Não Correntes são aqueles que a empresa não precisa liquidar no curto 
prazo, ou seja, é a soma do Passivo Não Circulante com o Patrimônio Líquido.
É desejável que esse índice também seja menor que 1. Entretanto, percebe-se 
que esse quociente é menos “rígido” que o Grau de Imobilização do Patrimônio 
Líquido, já que “permite” que o Ativo Permanente também seja financiado pelas 
dívidas de Longo Prazo. A justificativa para isso reside no fato de que há uma va-
riabilidade nos prazos (vida útil) dos elementos do Ativo Permanente e, se os pra-
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zos das dívidas do Passivo Não Circulante forem compatíveis com aqueles ou, ao 
menos, suficientes para a empresa gerar recursos capazes de liquidá-lo, não há a 
necessidade de financiar 100% do Ativo Permanente com capital próprio.
Como podemos ver na figura anterior, o Capital Circulante Líquido (CCL) é a par-
cela dos Recursos Não Correntes que financia o Capital de Giro (Ativo Circulante). 
Conforme já visto na aula de hoje, o CCL é dividido em Capital Circulante Próprio 
(CCP) e Capital Circulante de Terceiros (CCT).
Quando o Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido é menor do que 1, evi-
dencia-se a existência de Capital Circulante Próprio. Já quando o Grau de Imobili-
zação dos Recursos Não Correntes é menor do que 1, evidencia-se a existência de 
Capital Circulante Líquido, ou seja, existe tanto o Capital Circulante Próprio quanto 
o Capital Circulante de Terceiros.
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Imobilização do Ativo Total
Indica a participação do Ativo Permanente no investimento total, ou seja, diz 
apenas se a empresa está muito ou pouco “imobilizada”. É apenas um indicador 
complementar para análise da composição de capital da empresa e pode produzir 
resultados que se assemelham aos outros quocientes de imobilização.
9. (CESPE/CONTADOR/CORREIOS/2011) Considerando que determinada empresa 
tenha vendido, à vista, um bem de seu ativo imobilizado por R$ 34.500,00, e sa-
bendo que esse bem, quando adquirido, há três anos e sete meses, possuía vida 
útil remanescente de dez anos e foi registrado pelo custo de R$ 54.000,00, julgue 
o item que se segue.
A transação provocará melhora no grau de imobilização do patrimônio líquido.
Certo.
Veja que o bem, adquirido por R$ 54.000,00, sofreu depreciação pelo período em 
que foi utilizado pela empresa, ou seja, 3 anos e 7 meses. Como ele tem vida útil 
de 10 anos, conclui-se que sua taxa de depreciação (supondo-a linear) é de 10% 
ao ano, ou R$ 5.400,00/ano (R$ 450/mês). Assim, após 3 anos e 7 meses, devido 
à perda em seu valor pela depreciação, o bem passou a valer R$ 34.650,00, pois:
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Dessa forma, o bem, ao ser vendido por R$ 34.500,00, gerou uma perda de capital 
no valor de R$ 150,00. Os lançamentos seriam os seguintes16:
Pela emissão e pelo recebimento da Nota Fiscal de Venda (à vista)
D – Caixa ou Bancos Conta Movimento
C – Alienação de bens do Ativo Imobilizado (Outras Receitas) – 34.500,00
Pela baixa da Depreciação Acumulada
D – Depreciação Acumulada de Veículos (Retificadora do Ativo Imobilizado)
C – Veículos (Ativo Imobilizado) – 19.350,00
Pela baixa do veículo depreciado
D – Custo do Ativo Imobilizado Alienado – (Outras Despesas)
C – Veículos (Ativo Imobilizado) – 34.650,00
A perda de capital citada (R$ 150,00) nada mais é do que a diferença entre a Re-
ceita e Despesa (R$ 34.500 – R$ 34.650) resultantes da venda do imobilizado17.
O grau de imobilização do patrimônio líquido é um quociente cujo intuito é revelar 
qual a porcentagem dos recursos próprios que está imobilizada ou que não está 
16 Sempre bom revisarmos lançamentos contábeis, não?
17 É possível fazer esse lançamento computando diretamente a perda de capital no débito:
D – Caixa 34.500
D – Perda de capital 150
C – Veículos 34.650
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em giro. O cálculo da Imobilização do Patrimônio Líquido deverá revelar quanto a 
empresa aplicou no Ativo Não Circulante – imobilizado – para cada Real de Capital 
Próprio (PL). O índice evidencia, dessa forma, a maior ou menor dependência de 
recursos de terceiros para manutenção dos negócios.
É importante ressaltar que quanto mais baixo o grau de imobilização do capital 
próprio, maior a soma de recursos próprios que estará liberada para aplicação no 
capital circulante, ou seja, melhor para a empresa.
No caso em análise, pelo fato da operação de venda do imobilizado, houve uma 
diminuição de R$ 34.650,00 do seu ativo imobilizado e apenas R$ 150,00 do seu 
Patrimônio Líquido (perda de capital). Isto posto, conclui-se que a Imobilização do 
Patrimônio Líquido se torna menor, ou seja, melhor.
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RESUMO
•	 Fazendo uma breve abordagem sobre o conceito de ativo da Estrutura con-
ceitual (CPC 00), podemos dizer que só deve ser reconhecido no Balanço Pa-
trimonial como ativo o item que satisfizer simultaneamente as três condições 
do diagrama a seguir, além de ter seu valor estimado de maneira confiável.
•	 Indo um pouco mais além, o ativo reflete ou representa as decisões ou as 
estratégias de investimento tomadas no passado (recente ou não) pelos 
gestores, que ainda influenciam a performance da empresa e demandam ca-
pital. O passivo, por sua vez, é o retrato das decisões de financiamento 
da empresa, e esse equilíbrio entre as decisões de investimento e financia-
mento da empresa é de vital importância para a sua saúde financeira.
•	 Dilema Liquidez-Rentabilidade: em contraste com a análise de liquidez, 
a rentabilidadetem objetivos que muitas vezes são diametralmente opostos, 
visto que, para se conseguir alta liquidez geralmente se conta com recursos 
ociosos, o que compromete a otimização da rentabilidade. Da mesma forma, 
a maximização da rentabilidade também implica, normalmente, se trabalhar 
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“na corda bamba”, com muitos recursos de terceiros, principalmente quando 
se consegue com custos abaixo do que os ativos conseguem produzir, mas 
isso aumenta muito os riscos e pode provocar sérios problemas de capacida-
de de liquidação das obrigações nos “soluços” negociais.
•	 Passivos de Financiamento, também chamados de Passivos Onerosos, são 
todas as obrigações que geram ônus financeiro para a empresa por conta da 
utilização de recursos de terceiros.
•	 Passivos de Funcionamento, também conhecidos como Passivos não One-
rosos, são todas as obrigações que não geram ônus financeiros para a empre-
sa (não figuram como despesa na DRE), ou os geram de maneira implícita.
•	 Os índices de estrutura de capital apresentam a forma com a qual a 
empresa obtém e aplica seus recursos. Em outras palavras, como pode ser 
cobrado em prova, revelam as características das decisões de financiamento 
da empresa.
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•	 O Índice de Endividamento Geral indica a parcela do Ativo que é finan-
ciada pelo capital de terceiros, onerosos ou não. Via de regra, quanto menor 
esse indicador, melhor para a empresa. (Cuidado com a relação entre o endi-
vidamento e a alavancagem financeira.)
•	 O Índice de Endividamento Oneroso indica a parcela do Ativo que é finan-
ciada pelo capital de terceiros onerosos (passivos de financiamento).
•	 Na maioria dos casos, quanto maior a dívida em relação ao capital próprio, 
maior o risco de a empresa não conseguir honrá-la; logo, menor a escala e 
menor o rating de crédito da empresa.
•	 O Grau de Endividamento (relação entre as fontes de recursos) indica a por-
centagem de Capitais Alheios que a empresa possui em relação ao seu Capital 
Próprio. Via de regra, quanto menor esse indicador, melhor para a empresa.
•	 A Composição do Endividamento relaciona as dívidas de curto e longo 
prazo com o endividamento total da empresa. Indica a qualidade da dívi-
da da empresa. Em termos gerais, quanto maior a parcela de longo prazo, 
melhor, pois propicia à empresa um tempo maior para gerar recursos com o 
intuito de liquidar suas obrigações (menor risco para a empresa).
•	 Na aula de hoje, você percebeu a importância de se desenhar o balanço 
patrimonial para ter uma visão da estrutura de financiamento e investimen-
to de uma empresa. Na prova, não hesite em desenhar para que suas chan-
ces de acertar a questão aumentem. Não tenha preguiça!
•	 A Imobilização do Capital Próprio indica a proporção do Capital Próprio que 
financia o Ativo Permanente, que é parcela não especulativa do Ativo (Ativo não 
Circulante menos a parcela realizável a longo prazo). O ideal é que esse índice 
seja menor que 1, o que indica que todo o Ativo Permanente está sendo finan-
ciado por capital próprio, o qual ainda financia parte do Ativo Especulativo.
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•	 É importante mencionar que a análise do grau de imobilização do patrimônio 
líquido deve ser feita em conjunto com a análise aprofundada do capital de 
giro (aula 4) para que tenhamos uma real ideia da situação da empresa.
•	 A Imobilização dos Recursos Não Correntes (ou Recursos Permanen-
tes) indica a proporção de Recursos Não Correntes (ou Recursos Permanen-
tes) que financiam o Ativo Permanente. Recursos Não Correntes são aqueles 
que a empresa não precisa liquidar no curto prazo, ou seja, é a soma do 
Passivo Não Circulante com o Patrimônio Líquido.
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•	 É desejável que esse índice também seja menor que 1. Entretanto, perce-
be-se que esse quociente é menos “rígido” que o Grau de Imobilização do 
Patrimônio Líquido, já que “permite” que o Ativo Permanente também seja 
financiado pelas dívidas de Longo Prazo.
•	 A Imobilização do Ativo Total indica a participação do Ativo Permanente 
no investimento total, ou seja, diz apenas se a empresa está muito ou pouco 
“imobilizada”. É apenas um indicador complementar para análise da compo-
sição de capital da empresa.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (CESPE/CONTADOR/CORREIOS/2011) O capital circulante líquido ou capital de 
giro líquido (ativo circulante – passivo circulante) consiste no excedente dos recur-
sos permanentes (a longo prazo), próprios ou de terceiros, alocados pela empresa, 
em relação ao montante também aplicado a longo prazo.
2. (CESPE/ANALISTA/CONTÁBEIS/TRT7/2017/ADAPTADA)
A tabela precedente apresenta os indicadores de três exercícios de uma entidade 
contábil hipotética. Com base nessas informações, é correto afirmar que, no refe-
rido período:
a) houve diminuição da utilização de capitais próprios no financiamento do imobi-
lizado.
b) houve aumento da participação dos capitais próprios no financiamento dos ne-
gócios.
c) houve aumento da parcela de recursos próprios utilizada no giro.
d) a liquidez de curto prazo piorou, mas a liquidez geral melhorou.
e) houve redução da relevância da venda de estoques no financiamento do giro.
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3. (CESPE/ANALISTA/CONTABILIDADE/SEDF/2017) Com referência a análise eco-
nômico-financeirae seus indicadores típicos, julgue o item a seguir.
Um índice de imobilização do patrimônio líquido superior a 1,00 implica, necessa-
riamente, um índice de liquidez geral inferior a 1,00 e, consequentemente, a ne-
cessidade de capitais de terceiros para financiar o giro da empresa.
4. (CESPE/ANALISTA/CONTABILIDADE/STM/2018) Julgue o item que se segue, re-
lativo à análise econômico-financeira de empresas.
Se, em uma empresa, a relação entre as fontes de recursos for igual a 0,7, então 
o endividamento geral dessa empresa será superior a 0,5.
5. (CESPE/ESPECIALISTA/CONTABILIDADE/ANEEL/2014) Acerca da mensuração e 
avaliação do desempenho empresarial, julgue o item subsecutivo.
Uma empresa com índice de endividamento igual a 0,9 e ativo total igual a R$ 
190,00 possui grau de dependência financeira inferior a 50%.
6. (CESPE/ANALISTA/CONTABILIDADE/ANTAQ/2014) Acerca dos indicadores de 
endividamento, julgue o item subsecutivo.
Considere que a empresa Beta apresente, no seu balanço patrimonial, os seguintes 
saldos: total de ativos = R$ 1.400; passivo circulante = R$ 100; passivo não circu-
lante = R$ 300; e patrimônio líquido total = R$ 1.000. Nessa situação, o indicador 
de endividamento geral da empresa Beta é superior a 50%.
(CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Determinada companhia concessionária de servi-
ço público de energia elétrica reapresentou os relatórios contábil-financeiros rela-
tivos ao exercício findo em 2015. Nos relatórios reapresentados, que passaram a 
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exprimir apropriadamente o modelo de negócio de distribuição de energia elétrica, 
foram feitas apenas duas alterações. Em primeiro lugar, o ativo financeiro indeni-
zável da concessão, anteriormente classificado no grupo caixa ou equivalentes de 
caixa, passou a compor o grupo não circulante, mensurado a valor justo. Com isso, 
foi feito também o respectivo ajuste do valor justo do período, o qual passou a inte-
grar o grupo de receitas operacionais, deixando de ser classificado como resultado 
financeiro. A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética e con-
siderando que a referida companhia está sujeita à legislação societária, composta 
pela Lei n. 6.404/1976 e suas alterações posteriores bem como por legislação com-
plementar, julgue os itens a seguir, relativos aos indicadores econômico-financeiros 
dessa companhia.
7. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Considerando-se o exercício de 2014 como o 
índice-base, não foram alterados, na reapresentação dos relatórios contábil-finan-
ceiros, os números-índices do balanço patrimonial do exercício findo em 2015.
8. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) O índice que mostra a imobilização de recursos 
permanentes em 2015 apresenta valor maior que o estimado antes da reapresen-
tação dos relatórios contábil-financeiros desse ano.
9. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Os percentuais calculados na análise vertical 
da demonstração do resultado do exercício de 2015 não sofreram alterações em 
relação aos percentuais calculados antes da reapresentação.
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10. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) Dos recursos totais da companhia em questão, 
a porcentagem financiada por capital de terceiros em 2015 não foi afetada após a 
reapresentação dos relatórios contábil-financeiros.
11. (CESPE/CONTADOR/MEC/2014) Um índice de imobilização do patrimônio líqui-
do superior à unidade indica falta de liquidez da empresa a longo prazo.
12. (CESPE/ANALISTA/CONTABILIDADE/TRT7/2017) Determinada empresa apre-
sentou, em seu balanço patrimonial ao final do exercício social do ano de 2016, os 
seguintes valores:
•	 ativo total: R$ 400 mil;
•	 investimentos: R$ 50 mil;
•	 imobilizado: R$ 30 mil;
•	 passivo circulante: R$ 120 mil.
A análise das demonstrações contábeis produziu os seguintes indicadores:
•	 índice de imobilização do patrimônio líquido: 90%;
•	 composição do endividamento: 40%.
Tendo como referência essas informações, é correto afirmar que o valor do ativo 
intangível da empresa foi igual a
a) R$ 5.000.
b) R$ 10.000.
c) R$ 20.000.
d) R$ 25.000
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13. (CESPE/AUDITOR/TCE-PE/2017) No final do primeiro semestre de 2017, a 
companhia Alfa possuía R$ 20,4 milhões em recursos a sua disposição e patrimô-
nio líquido de R$ 6,8 milhões. Em relação ao endividamento dessa empresa, um 
analista financeiro apresentou o gráfico precedente. A partir dessas informações e 
do gráfico apresentado, julgue o item a seguir.
A análise vertical do passivo da companhia Alfa evidencia que a soma do percentual 
obtido da razão entre passivo circulante e passivo total com o percentual obtido da 
razão entre patrimônio líquido e passivo total é menor que o percentual da razão 
entre passivo não circulante e passivo total.
14. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RS/2018) Se, para determinada empresa, o 
grau de imobilização de capitais permanentes apresenta valor inferior a 1,0, então:
a) a participação das aplicações permanentes da empresa em seu ativo total não 
é relevante.
b) a empresa trabalha mais com capital de terceiros do que com capital próprio.
c) a empresa trabalha mais com recursos de curto prazo do que com recursos de 
longo prazo.
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d) uma parcela dos recursos da empresa aplicados em investimentos de caráter 
permanente é financiada por dívidas de curto prazo.
e) os recursos permanentes da empresa são insuficientes para financiar suas apli-
cações de caráter permanente.
15. (CESPE/CONTADOR/PF/2014) Em 2/12/2013, uma empresa contraiu, junto a 
uma instituição financeira, empréstimo que deve ser integralmente pago em março 
de 2015, com juros de 2% ao mês. Considerando essa situação, julgue o item a seguir 
a respeito dos efeitos específicos da referida transação nos índices de liquidez e de 
endividamento da empresa na data em que lhe foi transferido o valor do empréstimo.
A relação capital de terceiros/capital próprio não sofreu alteração, ao passo que a 
participação das dívidas de curto prazo no endividamento total teve uma redução.
16. (CESPE/ADM/CONTABILIDADE/TRT17/2013) Considerando as tabelas acima, 
que apresentam balanço patrimonial e informações complementares referentes a 
uma empresa, julgue o item subsequente. Nesse sentido,

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