Buscar

criação de jacares

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS 
JACARÉS DA AMAZÔNIA 
 
 
 
 
Giovanni Salera Júnior 
Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS 
 
& 
 
Adriana Malvasio 
Universidade Federal do Tocantins - UFT 
 
 
 
Apostila para aulas ministradas no mini-curso “Biologia e Conservação 
dos Jacarés da Amazônia, realizado no Campus Universitário de 
Palmas da UFT, em março de 2005. 
 
 
 
 
Palmas - Tocantins 
Março de 2005 
2 
 
Giovanni Salera Júnior 
Email: salerajunior@yahoo.com.br 
 
 
INSTITUTO NATUREZA DO TOCANTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Drª Adriana Malvasio 
Email: malvasio@uft.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação 
 
Salera Júnior, Giovanni. 
Biologia e Conservação dos Jacarés da 
Amazônia. Giovanni Salera Júnior & Adriana 
Malvasio. Palmas. Ed: UFT. 2005. 89 páginas; 21,5 
x 29,5 cm 
 
1. Jacarés 2. Biologia 3. Conservação 4. 
Amazônia. 
4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Essa Apostila foi elaborada durante o período em que cursava o 
Mestrado em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do 
Tocantins, sob orientação da Dra. Adriana Malvasio, e é inspirada no 
trabalho de alguns pesquisadores brasileiros, como por exemplo: 
Marcos Eduardo Coutinho, Zilca Campos, Ronis Da Silveira e Luciano 
Verdade. 
 
Esse material reúne uma série de informações e diversas 
ilustrações que foram retiradas de livros e artigos científicos, além de 
diversos desenhos que eu mesmo elaborei em momentos de 
inspiração nos intervalos da coleta de dados e de leitura e estudo. 
 
Esse trabalho inicial foi feito com intuito de dar suporte inicial aos 
estudantes e pesquisadores do Grupo CROQUE (Crocodilianos e 
Quelônios da UFT), que estudam a biologia reprodutiva e alimentar, 
distribuição e estrutura populacional das espécies de jacarés que 
ocorrem no Tocantins, a saber: Melanosuchus niger (jacaré-açu), 
Caiman crocodilus (jacaré-tinga) e Paleosuchus palpebrosus (jacaré-
paguá). 
 
 As pesquisas do Grupo CROQUE são coordenadas pela Dra. 
Adriana Malvasio da UFT, e contam também com apoio do Centro 
Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). 
 
 Acredito que a disponibilização dessa Apostila na web servirá de 
estímulo para novos pesquisadores e amantes dos jacarés, o que 
certamente poderá surtir efeito na conservação desses animais pré-
históricos e que ainda hoje nos fascinam enormemente. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 Pág. 
1. Filogenia e Sistemática 6 
 
2. Evolução dos Crocodilianos 10 
 
3. Aspectos Sócio-culturais dos Crocodilianos 15 
 
4. Classificação, Identificação e distribuição dos Jacarés 20 
 
5. Biologia Reprodutiva 34 
 
6. Caça e Pesca 44 
 
7. Termorregulação em Crocodilianos 52 
 
8. Biometria e Marcação em Jacarés 61 
 
9. Dieta dos Crocodilianos 66 
 
10. Defeitos e anormalidades 72 
 
11. Predadores dos Crocodilianos 76 
 
12. Reportagem 82 
 
13. Referências Bibliográficas 88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. FILOGENIA E SISTEMÁTICA 
 
 
 
 
 
7 
 
CLASS REPTILIA 
ORDER CROCODYLIA 
 
FAMILY ALLIGATORIDAE 
Genus Alligator 
Alligator mississippiensis - Southeast United States 
Alligator sinensis - Eastern China 
Genus Caiman 
Caiman crocodilus (jacaré-tinga) - Central & South America (Brazil – Tocantins) 
Caiman latirostris (jacaré do papo amarelo) - South America (Brazil) 
Caiman yacare (jacaré do pantanal)- South America (Brazil) 
Genus Melanosuchus 
Melanosuchus niger (jacaré-açu) - South America (Brazil – Tocantins) 
Genus Paleosuchus 
Paleosuchus palpebrosus (jacaré coroa) - South America (Brazil - Tocantins) 
Paleosuchus trigonatus (jacaré pedra) - South America (Brazil) 
 
FAMILY CROCODYLIDAE 
Subfamily Crocodylinae 
Genus Crocodylus 
Crocodylus acutus - North, Central & South America 
Crocodylus cataphractus - Africa 
Crocodylus intermedius - South America 
Crocodylus johnstoni* - Australia 
Crocodylus mindorensis - Philippines 
Crocodylus moreletii - Central America 
Crocodylus niloticus - Africa, Madagascar 
Crocodylus novaeguineae - Papua New Guinea, Irian Jaya 
Crocodylus palustris - Indian subcontinent 
Crocodylus porosus - SE Asia 
Crocodylus rhombifer - Cuba 
Crocodylus siamensis - SE Asia 
Osteolaemus tetraspis - Africa 
Subfamily Tomistominae 
Genus Tomistoma 
Tomistoma schlegelii - SE Asia 
 
FAMILY GAVIALIDAE 
Genus Gavialis 
Gavialis gangeticus - Indian subcontinent 
 
 
 
Fonte: Internet (2004). 
 
 
 
 
8 
 
Número de famílias (3) e espécies (23) de crocodilianos no mundo 
 
Nome Nº Família Gênero 
Latim Inglês 1 
Distribuição 
1 Alligator mississippiensis American alligator Southeast United States 
2 
Alligator 
Alligator sinensis Chinese alligator Eastern China 
3 Caiman crocodilus Spectacled caiman Central & South America (Brazil – Tocantins) 
4 Caiman latirostris Broad-snouted caiman South America (Brazil) 
5 
Caiman 
Caiman yacare - South America (Brazil) 
6 Melanosuchus Melanosuchus niger Black caiman South America (Brazil – Tocantins) 
7 Paleosuchus palpebrosus Cuvier’s dwarf caiman South America (Brazil - Tocantins) 
8 
 
 
 
Alligatoridae 
Paleosuchus 
Paleosuchus trigonatus Schneider’s dwarf caiman South America (Brazil) 
9 Crocodylus acutus American crocodile North, Central & South America 
10 Crocodylus cataphractus African slender-snouted crocodile Africa 
11 Crocodylus intermedius Orinoco crocodile South America 
12 Crocodylus johnstoni Johnston crocodile Australia 
13 Crocodylus mindorensis - Philippines 
14 Crocodylus moreletii Morelet’s crocodile Central America 
15 Crocodylus niloticus Nile crocodile Africa, Madagascar 
16 Crocodylus novaeguineae New Guinea crocodile Papua New Guinea, Irian Jaya 
17 Crocodylus palustris Swamp crocodile Indian subcontinent 
18 Crocodylus porosus Saltwater crocodile SE Asia 
19 Crocodylus rhombifer Cuban crocodile Cuba 
20 
 
 
 
 
 
Crocodylus 
 
Crocodylus siamensis Siamese crocodile SE Asia 
21 Osteolaemus Osteolaemus tetraspis Dwarf crocodile Africa 
22 
 
 
 
 
 
Crocodylidae 
Tomistoma Tomistoma schlegelii False gavial SE Asia 
23 Gavialidae Gavialis Gavialis gangeticus Indian gavial Indian subcontinent 
 
 
1- Fonte: CITES (1999). 
 
9 
 
Espécies de jacarés do Brasil 
 
Nome 
Karajá / Javaé 2 
Nº 
Latim Espanhol 1 Português 
Homem Mulher 
Adulto 1 
cm 
Filhote 1 
cm 
1 Caiman crocodilus Caimán Jacaré-tinga Òrera Korèra 250 20-30 
2 Caiman latirostris Caimán hociquiancho Jacaré do papo amarelo - - 300 22-30 
3 Caiman yacare - Jacaré do pantanal - - - - 
4 Melanosuchus niger Caimán negro Jacaré-açu Aboròrò Kabiròrò 500 30 
5 Paleosuchus palpebrosus Yacaré coroa Jacaré coroa - - 172 15-20 
6 Paleosuchus trigonatus Yacaré coroa Jacaré pedra - - 225 15-20 
 
 
1- Fonte: CITES (1999). 
2- Fonte: TORAL (1992). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. EVOLUÇÃO DOS 
CROCODILIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
DIFERENÇAS ENTRE JACARÉ, CROCODILO E GAVIAL 
 
FIGURA 1. Representação de um jacaré chinês (Alligator sinensis). Esquema 
modificado de POUGH et al., (1999). 
 
 
FIGURA 2. Representação de um crocodilo americano (Crocodylus acutus). 
Esquema modificado de POUGH et al., (1999). 
 
FIGURA 3. Representação de um gavial (Gavialis gangeticus). Esquema 
modificado de POUGH et al., (1999). 
 
 
12 
 
ADAPTAÇÕES À VIDA AQUÁTICA 
 
FIGURA 6. Jacaré-açu. 
 
FIGURA 7. Hipopótamo. 
 
FIGURA 8. Capivara. 
 
FIGURA 9. Sapo. 
13 
 
TERMORREGULAÇÃO 
 
FIGURA 10. A energia é trocada entre um jacaré e seu ambiente de muitas maneiras. Pequenos ajustes 
de postura ou posição podem mudar a magnitude de várias rotas de troca de energia e dar ao jacaré 
considerável controle de sua temperatura corpórea 
14 
 
ESQUELETO 
 
FIGURA 11. Representação dos principais ossos de um esqueleto de jacaré. 
153. ASPECTOS SÓCIO-CULTURAIS 
DOS CROCODILIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
VALOR SIMBÓLICO 
 
 
 
FIGURA 1. O deus da terra egípcio, Geb, sob a forma de um crocodilo. 
Esquema modificado de LEXICON (1990). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
VALOR SIMBÓLICO 
 
 
 
FIGURA 2. Entre os egípcios, os crocodilos eram adorados como deuses. 
18 
 
 CROCODILIANOS NA BÍBLIA 
 
 Livro de Jó 
Capítulo 41 
 
1 Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo ou lhe travar a língua com uma 
corda? 
2 Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco? Ou furar-lhe as bochechas 
com um gancho? 
3 Acaso, te fará muitas súplicas? 
4 Fará ele acordo contigo? Ou tomá-lo-ás por servo para sempre? 
5 Brincarás com ele, como se fora um passarinho? Ou tê-lo-ás preso à 
correia para as tuas meninas? 
6 Acaso, os teus sócios negociam com ele? Ou repartirão entre os 
mercadores? 
7 Encher-lhe-ás a pele de arpões? Ou a cabeça, de farpas? 
8 Põe a mão sobre ele, lembra-te da peleja e nunca mais o intentarás. 
9 Eis que a gente se engana em sua esperança; acaso, não será o homem 
derribado só em vê-lo? 
10 Ninguém há tão ousado, que se atreva a despertá-lo. Quem é, pois, 
aquele que pode erguer-se diante de mim? 
11 Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o 
que está debaixo de todos os céus é meu. 
12 Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, 
nem da graça da sua compostura. 
13 Quem lhe abrirá as vestes do seu dorso? Ou lhe penetrará a couraça 
dobrada? 
14 Quem abrirá as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o 
terror. 
15 As fileiras de suas escamas são o orgulho, cada uma bem encostada 
como por um selo que as ajusta. 
16 A tal ponto uma se chega à outra, que entre elas não entra nem o ar. 
17 Umas às outras se ligam, aderem entre si e não se pode separar. 
18 Cada um dos seus espirros faz resplandecer luz, e os seus olhos são 
como as pestanas da alva. 
19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela. 
20 Das suas narinas procede fumo, como duma panela fervente ou d juncos 
que ardem. 
19 
 
21 O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai chama. 
22 No seu pescoço reside a força; e diante dele salta o desespero. 
23 Suas partes carnudas são bem pegadas entre si; todas fundidas nele e 
imóveis. 
24 O seu coração é firme como uma pedra, firme como a mó de baixo. 
25Levantando-se ele, tremem os valentes; quando irrompe, ficam como que 
fora de si. 
26 Se o golpe de espada o alcança; de nada vale, nem de lança, de dardo ou 
de flecha. 
27 Para ele, o ferro é palha, e o cobre, pau podre. 
28 A seta o não faz fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho. 
29 Os porretes atirados são para ele como palha, e ri-se do brandir da lança. 
30 Debaixo do ventre, há escamas pontiagudas; arrasta-se sobre a lama, 
como um instrumento de debulhar. 
31 As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar caldeira de 
ungüento. 
32 Após si, deixa um sulco luminoso; o abismo parecer ter-se encanecido. 
33 Na terra, não tem ele igual, pois foi feito para nunca ter medo. 
34 Ele olha com desprezo tudo o que é alto; é rei sobre todos os animais 
orgulhosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALMEIDA, J.F 1993. A Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada no Brasil. 
2ª Edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CLASSIFICAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO 
E DISTRIBUIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Nome vulgar: Jacaré do papo amarelo. 
Nome científico: Caiman latirostris (DAUDIN, 1801). 
Etimologia do nome: Caiman é um termo espanhol para qualquer crocodiliano; latirostris 
é de origem latina e significa “focinho largo” em referência ao crânio, o mais largo, 
proporcionalmente, entre todas as espécies. 
Comprimento: Machos adultos atingem 2,5m; as fêmeas não ultrapassam 2m. 
Dieta: Essa espécie se alimenta principalmente de quelônios, moluscos e crustáceos 
(possui a mandíbula larga e forte para quebrar cascos e conchas), mas também pode 
predar peixes, aves, serpentes e pequenos mamíferos. 
Conservação: A destruição de seu hábitat (principalmente lagos, pântanos e mangues) é a 
principal ameaça a espécie, que vem conseguindo se adaptar a ambientes alterados pelo 
homem como açudes para o gado e represas. Trata-se de uma espécie que ocorre 
principalmente em ambientes lênticos (água parada). 
Distribuição geográfica: Norte da Argentina, Sudoeste do Brasil, Bolívia. 
 
 
 
 
22 
 
Distribution of Caiman latirostris 
Jacaré do papo amarelo 
 
 
Argentina (north), Brazil (southeast), Bolivia, Paraguay, Uruguay. 
 
 
 
23 
 
 
Nome vulgar: Jacaré do Pantanal. 
Nome científico: Caiman yacare (DAUDIN, 1802). 
Etimologia do nome: Caiman é um termo espanhol para qualquer crocodiliano; yacare 
refere-se a jacaré ou yacaré de origem indígena. 
Comprimento: Machos até 2,5m; fêmeas são menores. 
Dieta: Filhotes se alimentam de invertebrados e pequenos peixes, adultos atacam peixes, 
serpentes, aves e pequenos mamíferos. 
Conservação: Espécie muito caçada no passado. Com a queda no consumo de peles no 
exterior, a legalização de criadores e a proibição da caça as populações se recuperaram. 
Estima-se que haja hoje no pantanal uma população de aproximadamente 30 milhões de 
jacarés dessa espécie. Como nos anos 60 e 70 eles eram raros devido à caça, as 
pessoas, não acostumadas com o grande número de jacarés existente hoje, acreditam que 
existe uma superpopulação desses animais, no entanto não há provas de que o ambiente 
pantaneiro não suporte uma população deste tamanho e é provável que em épocas 
remotas houvesse tantos jacarés quanto há hoje. 
Distribuição geográfica: Sudoeste do Brasil, Paraguai, Nordeste da Argentina, Bolívia. 
 
24 
 
Distribution of Caiman yacare 
Jacaré do Pantanal 
 
 
Argentina (north), Brazil (south), Bolivia (south), Paraguay. 
 
 
 
 
25 
 
Nome vulgar: Jacaré-tinga. 
Nome científico: Caiman crocodilus (LINNAEUS, 1758). 
Etimologia do nome: Caiman é um termo espanhol para qualquer crocodiliano; crocodilus 
significa “um crocodilo” (latim); o termo jacaré-tinga é de origem indígena e significa 
“jacaré branco” devido a sua coloração verde amarelada. 
Comprimento: Machos chegam a 2,5m; as fêmeas são menores. 
Dieta: Filhotes se alimentam de invertebrados; adultos predam aves, serpentes, anfíbios, 
peixes e mamíferos. 
Conservação: Populações saudáveis na maior parte de sua área de ocorrência, essas 
populações refletem sua alta capacidade de adaptação aliada ao seu potencial reprodutivo 
e a diminuição das populações de outros crocodilianos competidores (C. acutus, C. 
intermedius). 
Distribuição Geográfica: Sul do México, América Central e norte da América do Sul. 
 
 
 
 
 
26 
 
Distribution of Caiman crocodilus 
Jacaré-tinga 
 
Brazil, Colombia, Costa Rica, Cuba*, Ecuador, El Salvador, French Guiana, 
Guatemala, Honduras, Mexico, Nicaragua, Panama, Peru, Puerto Rico*, 
Surinam, Tobago, Trinidad, United States*, Venezuela 
[* = introduced - C. c. fuscus in Cuba and Puerto Rico] 
 
 
27 
 
DIFERENÇAS ENTRE AS ESPÉCIES 
 
 
 
FIGURA 1. Diferenças entre o jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) acima, e o 
jacaré-tinga (Caiman crocodilus). Esquema retirado de SANTOS (1994). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Nome vulgar: Jacaré coroa. 
Nome científico: Paleosuchus palpebrosus (CUVIER, 1807). 
Etimologia do nome: Paleosuchus significa “crocodilo antigo”, derivado de palaios (antigo 
em grego) + soukhos,que significa crocodilo; palpebrosus significa “pálpebra espessa” 
ou algo assim, a pálpebra dessa espécie possui placas ósseas. 
Comprimento: Até 1,5m (a menor espécie de crocodiliano conhecida). 
Dieta: Invertebrados (filhotes), Peixes, crustáceos e pequenos mamíferos (adultos). 
Conservação: A pele não possui muito valor por repleta de osteodermos (placas ósseas). 
Isso, somado ao pequeno porte, faz com que nãosejam muito caçados. A verdadeira 
ameaça vem da destruição e poluição (principalmente por mercúrio de garimpos) de seu 
hábitat. Há também captura ilegal de espécimes vivos para serem comercializados como 
animais de estimação (essa atividade é permitida e intensa na Guiana). Na Bolívia há um 
programa de reprodução em cativeiro e os filhotes são reintroduzidos em seu hábitat. No 
Brasil essa espécie foi pouco estudada até o presente momento. 
Distribuição geográfica: Bacia do Amazonas e Orinoco. 
Nome em inglês: dwarf caiman 
 
 
29 
 
Distribution of Paleosuchus palpebrosus 
Jacaré coroa 
 
 
Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana, Guyana, Paraguay, Peru, 
Surinam, Venezuela. 
 
 
 
 
30 
 
 
 
Nome vulgar: Jacaré coroa, Jacaré pedra, Caimã. 
Nome científico: Paleosuchus trigonatus (SCHNEIDER, 1801). 
Etimologia do nome: Paleosuchus significa “crocodilo antigo”, derivado de palaios (antigo 
em grego) + soukhos que significa crocodilo; trigonatus significa “provido de três cantos” 
derivado do grego trigonos (três-cantos) + atus (do latim “provido de”) refere-se ao formato 
triangular da cabeça. 
Comprimento: Até 2,3m. 
Dieta: Constituída em grande parte por invertebrados terrestres (filhotes) e pequenos 
vertebrados terrestres (adultos), além de peixes. 
Conservação: A pele não possui muito valor por repleta de osteodermos (placas ósseas). 
Isso, somado ao pequeno porte, faz com que não sejam muito caçados. A verdadeira 
ameaça vem da destruição e poluição (principalmente por mercúrio de garimpos) de seu 
hábitat. Há também captura ilegal de espécimes vivos para serem comercializados como 
animais de estimação (essa atividade é permitida e intensa na Guiana). Na Bolívia há um 
programa de reprodução em cativeiro e os filhotes são reintroduzidos em seu hábitat. No 
Brasil essa espécie foi pouco estudada até o presente momento. 
Distribuição geográfica: Bacia do Amazonas e Orinoco. 
 
 
31 
 
Distribution of Paleosuchus trigonatus 
Jacaré pedra 
 
Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana, Guyana, Peru, Surinam, 
Venezuela. 
 
 
 
 
 
32 
 
Nome vulgar: Jacaré-açu, jacaré negro. 
Nome científico: Melanosuchus niger (SPIX, 1825). 
Etimologia do nome: Melanosuchus significa “crocodilo negro” derivado do grego melas que 
significa “negro” e, soukhos = “crocodilo”; niger é de origem latina e também significa “negro” 
referindo-se a coloração negra com listras transversais amarelas que é característica do animal; o 
termo Açú é de origem indígena e significa “grande”, refere-se ao tamanho avantajado da espécie. 
Comprimento: Machos podem ultrapassar os 4m (há relatos não confirmados de indivíduos de 
6m); as fêmeas nunca excedem os 3m. 
Dieta: Os jovens se alimentam de pequenos peixes, artrópodes e moluscos; os adultos preferem 
peixes grandes, capivaras, antas, quelônios, serpentes e vertebrados terrestres que se aproximam 
da água. Há casos de ataque a animais domésticos e seres humanos, mas são muito raros. 
Conservação: De acordo com o biólogo brasileiro Ronis Da Silveira, que estuda a espécie há mais 
de 10 anos, o jacaré-açú não está ameaçado na Amazônia brasileira, o pesquisador explica que o 
centro de ocorrência desta espécie está associado com as florestas inundáveis, principalmente as 
de água branca (Várzeas) e não ao longo dos grandes rios amazônicos. Em algumas áreas o 
jacaré-açú é manejado ilegalmente para obtenção de carne há mais de 10 anos, mas a população 
apresenta uma das maiores densidades conhecidas em toda a Amazônia. O biólogo acredita que 
essa exploração ilegal poderia ser substituída por uma exploração legalizada e auto-sustentável 
visando a melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas e a conservação dessa 
espécie. A caça ilegal também existe nos outros países da América do sul que fazem parte da área 
de ocorrência da espécie. 
Distribuição geográfica: Norte do Brasil, Guiana, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador. 
 
 
33 
 
Distribution of Melanosuchus niger 
Jacaré-açu 
 
 
Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana, Guyana, Peru. 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. BIOLOGIA REPRODUTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
DESOVA DE JACARÉS 
 
 
 
FIGURA 1. Os jacarés desovam em ninhos feitos de matéria orgânica 
(folhas, galhos, raízes, etc.) nas margens de lagos e rios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
DESOVA DE JACARÉS 
 
 
 
FIGURA 2. Os jacarés após a desova permanecem próximos dos ninhos para 
protegê-los dos predadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
REPRESENTAÇÃO DE NINHO DE JACARÉ 
 
 
 
FIGURA 3. Representação de um ninho de jacaré construído em meio à 
vegetação. 
 
 
 CO 
 
� � � 
 
� � � 
 
 LO 
 
 
� 
 
 
 
FIGURA 4. Representação de ovo de jacaré-açu (Melanosuchus niger). 
Medidas utilizadas: (CO) comprimento do ovo, (LO) largura do ovo. 
38 
 
ECLOSÃO DOS OVOS 
 
 
 
FIGURA 5. Os filhotes quebram a casca do ovo usando a ponta do focinho e 
as garras das patas dianteiras. 
 
 
 
 
 
39 
 
 
CUIDADO PARENTAL 
 
 
 
FIGURA 6. Entre os jacarés é comum o cuidado parental. As fêmeas retiram 
os filhotes dos ninhos cuidadosamente e os transportam para o rio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
CRESCIMENTO E MATURAÇÃO SEXUAL 
 
FIGURA 7. Representação do crescimento e da maturação sexual entre Alligators. 
Alligators crescem mais rapidamente durante os quatro primeiros anos de vida. Ambos os 
sexos iniciam a maturação sexual com cerca de 1,9 metros de comprimento, apesar de 
que os machos chegam a atividade sexual em idade mais jovem pois eles chegam neste 
comprimento mais rápido que as fêmeas. Esquema baseado em ROSS (1989). 
41 
 
CORTEJO DA FÊMEA 
Alligator Americano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 8. Dispositivo acústico e visual de um alligator Americano. Esquerda: seguinte 
dispositivo do macho. (a) Inalação. (b) Lowering. (c) Cabeça obliqua, postura de rabo 
arqueado. (d) vibrações inaudíveis (e) audível seqüência. Direita: Dispositivo da cabeça 
em cerca de cinco segundos. (a) Este dispositivo gasta cerca de 35 segundos (Fonte: Vliet 
1989). Esquema retirado de POUGH et. al. (2001). 
 
42 
 
ASSOCIAÇÃO ENTRE CROCODILOS E AVES 
 
 
 
FIGURA 9. Representação de uma associação comensal entre um crocodilo 
e algumas aves. Em algumas regiões, as aves são chamadas “guardiãs-de-
crocodilo”. Motivo: sempre que algum outro animal se aproxima, o vôo 
alvoroçado delas deixa o crocodilo prevenido. 
43 
 
ATIVIDADE TERRESTRE 
 
FIGURA 10. Representação de atividade terrestre de Caiman yacare (jacaré do pantanal). Existem 
alguns trabalhos realizados pela pesquisador Zilca Campos e colaboradores apresentando o 
deslocamento de jacaré do pantanal entre os cursos d’água do pantanal, buscando novos locais com 
melhor oferta de alimento ou fugindo de caçadores. 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CAÇA E PESCA DOS JACARÉS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
CAÇA NOTURNA DE JACARÉS 
 
FIGURA 1. Os ribeirinhos caçam os jacarés com arma de fogo. 
 
FIGURA 2. A caça de jacarés é muito praticada nos estados da região 
amazônica. 
46 
 
CAÇA NOTURNA DE JACARÉS 
 
 
 
FIGURA 3. Os ribeirinhos matam os jacarés para se alimentar da carne e 
para comercializar o couro clandestinamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
CAÇA DE JACARÉS 
 
FIGURA 4. Os jacarés são caçados clandestinamente no estado do Tocantins. 
 
 
48 
 
 
CAÇA DE JACARÉS 
 
FIGURA 5. Os jacarés mortos são apresentados como verdadeiros troféus 
pelos caçadores. 
 
49 
 
CAÇA DE JACARÉS 
 
FIGURA 6. Apesar de ilegal a caça dos jacarés, ela ainda é muito praticada 
principalmente nos estados da região norte e centro oeste. 
 
50 
 
CAÇA DE JACARÉS 
 
 
 
FIGURA 7. Os moradores ribeirinhos da Amazônia muitas vezes capturamo 
jacaré-açu com laços e cordas. 
 
 
 
 
 
51 
 
CAÇA DE JACARÉS 
 
FIGURA 8. São necessárias várias pessoas para puxar um jacaré para fora d’água.
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. TERMORREGULAÇÃO EM 
CROCODILIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
ASSOALHAMENTO 
 
 
FIGURA 1. Representação de um jacaré assoalhando em uma praia. 
Esquema modificado de POUGH et. al., (1999). 
 
 
FIGURA 2. Representação de um jacaré assoalhando. 
 
 
 
 
54 
 
ASSOALHAMENTO 
 
 
 
FIGURA 3. Os crocodilos passam várias horas do dia assoalhando para 
manter a temperatura do corpo em uma faixa ideal às suas necessidades 
metabólicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
ASSOALHAMENTO 
 
 
 
FIGURA 4. Um exemplar de jacaré assoalhando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
ASSOALHAMENTO 
 
 
FIGURA 5. Representação de um jacaré assoalhando. 
 
 
57 
 
COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO 
 
 
 
 
FIGURA 6. Vistas dorsal e lateral do posicionamento de um jacaré na água. A) narinas 
e olhos emersos; B) cabeça parcialmente emersa; C) cabeça e dorso parcialmente 
emersos; D) parte da cabeça e dorso totalmente emersos; E) parte da cabeça, dorso e 
base da cauda emersos. Esquema retirado de MOLINA & SAJDAK (1993). 
58 
 
COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO 
 
 
FIGURA 7. Vistas dorsal e lateral do posicionamento de um jacaré na água. F) parte 
da cabeça, dorso e boa parte da cauda emersos. Esquema retirado de MOLINA & 
SAJDAK (1993). 
 
 
 
FIGURA 8. Vista lateral da cabeça de um jacaré durante assoalhamento atmosférico. 
A) boca mantida aberta; B) boca mantida fechada. Esquema retirado de MOLINA & 
SAJDAK (1993). 
 
 
59 
 
COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO 
 
 
FIGURA 9. 
 
 
 
 
 
FIGURA 10. 
 
 
60 
 
COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO 
 
 
 
FIGURA 11. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. BIOMETRIA E MARCAÇÃO EM 
JACARÉS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
NOMENCLATURA DAS PRINCIPAIS ESCAMAS 
 
FIGURA 1. Vista dorsal de um jacaré. Retirado de MEDEM (1976). 
63 
 
MEDIDAS RETIRADAS 
 
FIGURA 2. Vista ventral de um jacaré. Medidas utilizadas: (LCC) longitude 
cabeça – corpo, (LEA) longitude da extremidade anterior, (LEP) longitude 
da extremidade posterior, (LC) longitude da cauda. Retirado de MEDEM 
(1976). 
64 
 
MARCAÇÃO EM CROCODILIANOS 
 
FIGURA 3. Esquema da marcação em crocodilianos. 
65 
 
MARCAÇÃO EM CROCODILIANOS 
 
FIGURA 4. Esquema da marcação em crocodilianos. 
 
66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. DIETA DOS CROCODILIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
PREDADOR DE MAMÍFEROS E QUELÔNIOS 
 
 
FIGURA 1. Representação de um jacaré atacando um boi. 
 
 
FIGURA 2. O jacaré atacando uma fêmea de tracajá em postura. 
 
 
 
68 
 
REGURGITAÇÃO 
 
FIGURA 3. Esquema da regurgitação de um jacaré. 
 
FIGURA 4. Esquema da regurgitação de um jacaré. 
69 
 
 
REGURGITAÇÃO 
 
FIGURA 5. Esquema da regurgitação de um jacaré-paguá. 
70 
 
REGURGITAÇÃO 
FIGURA 6. A regurgitação deve ser feita com todo cuidado para que o jacaré 
não seja machucado. 
 
 
71 
 
REGURGITAÇÃO 
 
FIGURA 7. Através da regurgitação, podemos estudar os alimentos que os 
jacarés, machos e fêmeas de diferentes idades, consomem durante as 
estações do ano. 
 
72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. DEFEITOS E 
ANORMALIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
73 
 
PADRÃO NORMAL EM Melanosuchus niger (jacaré-açu) 
 
FIGURA 1. Exemplar sem defeitos. A. Vista ventral, B. Vista dorsal, C. Vista 
lateral esquerda e D. Vista lateral direita. 
 
74 
 
DEFEITOS EM 
Melanosuchus niger (jacaré-açu) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2. Exemplar de Melanosuchus niger (jacaré-çau) com 
anormalidades. D – Defeito. 
75 
 
DEFEITOS EM 
Caiman crocodilus (jacaré-tinga) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3. Exemplar de Caiman crocodilus (jacaré-tinga) com 
anormalidades. D – Defeito. 
76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. PREDADORES DOS 
CROCODILIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
 
PREDADORES DOS OVOS 
FIGURA 1. O quati (Nasua nasua) é um predador dos ovos de jacarés. 
 
FIGURA 2. O lagarto teiú (Tupinambis spp.) e diversos outros lagartos em 
todo o mundo predam os ovos dos crocodilianos. 
78 
 
PREDADORES DOS OVOS 
 
 
 
FIGURA 3. Os guaxinins são predadores dos ovos de jacarés. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
 
PREDADORES DOS OVOS E FILHOTES 
 
FIGURA 4. As formigas predam os ovos dos crocodilos e jacarés. 
 
FIGURA 5. Diversas aves predam os ninhos com ovos e os filhotes recém-
eclodidos de jacaré. 
80 
 
PREDADORES DOS ADULTOS 
 
 
FIGURA 6. A onça-pintada (Panthera onca) é uma voraz predadora 
de jacarés. 
 
 
 
 
 
 
81 
 
PREDADORES DOS ADULTOS 
 
 
FIGURA 7. A sucuri (Eunectes murinus) também preda jacarés nos rios da 
Amazônia. 
 
 
 
 
 
82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. REPORTAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
 
Ronis Da Silveira 
A bordo de um barco de alumínio o biólogo Ronis Da Silveira passa até sete horas por 
noite capturando espécimes do maior predador da Amazônia: o jacaré-açu. São feras 
enormes, que podem ultrapassar 4 metros de comprimento e pesar mais de 350 quilos. No 
âmago da maior floresta tropical do mundo e cercado de jacarés por todos os lados, um 
piscar de olhos faz a diferença entre a vida e a morte. "Qualquer descuido pode ser fatal", 
afirma Da Silveira. 
Depois de doze anos estudando o jacaré-açu, o biólogo sabe o que diz. A captura tem que 
ser à noite, quando as luzes dos capacetes e dos holofotes deixam o bicho cego. 
Escolhido o animal a ser apanhado, começa uma exaustiva batalha. É uma guerra sem 
perdedores. O jacaré será devolvido à água, após ser pesado e marcado. Ronis Da 
Silveira, que pela profissão parece até personagem de filme de aventura, irá dormir depois 
de um dia cansativo. Como qualquer outro trabalhador brasileiro. 
Um cabo de aço de 2 metros de comprimento, preso a 30 metros de corda, é a única arma 
do pesquisador. Com a luz nos olhos, o bicho não vê o laço a um palmo de sua bocarra. 
Laçado, o jacaré tenta arrastar a pequena embarcação para o fundo do lago. O assistente 
João Carvalho usa toda a força do motor, em marcha à ré, para evitar o naufrágio. 
O animal abocanha a canoa, totalmente marcada pelos dentes das feras. O barquinho é 
sacudido de um lado para o outro. O árduo duelo pode durar até uma hora. Capturado, o 
gigantesco exemplar da vida selvagem é levado para terra, onde será pesado, medido e 
marcado. 
Para muita gente, a profissão de Da Silveira é um legítimo atestado de insanidade mental. 
Ele pensa diferente. "Não me acho louco nem herói", diz o pesquisador do Projeto 
Mamirauá e doutor em ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). 
" Trabalhando com atenção, os riscos são mínimos." As estatísticas comprovam. 
Os estudos apontam para a implantação de um plano de manejo. "A idéia é autorizar a 
caça controlada e destinar a verba arrecadada para pesquisas e melhoria de vida dos 
ribeirinhos", explica Da Silveira. "Atualmente, estou engajado na implantação desse 
projeto", afirma. Para ele, a luta pela preservação do jacaré-açu nunca acaba. E a 
aventura também não. 
Trechos do Texto de Klester Cavalcanti para a revista Terra 
84 
 
 
Figura 1 - O jacaré é laçado. O biólogo passa até uma hora duelando com o bicho, para 
cansá-lo. 
 
Figura 2 - As luzes dos capacetes e holofotes cegam o animal. Ronis Da Silveira aproxima 
a cabeça do jacaré da canoa. 
85 
 
 
Figura 3 - A enorme boca do bicho é fechada com grossas ligas de borracha. A amarração 
precisa ser feita rapidamente. 
 
Figura 4 - As patas do animal são amarradas ao corpo. Note que o jacaré é quase do 
mesmo tamanho da canoa.86 
 
 
Figura 5 - O bicho é medido e marcado, quando três escamas da cauda são cortadas. 
 
Figura 6 - O biólogo e seu assistente pesam a fera. 
87 
 
 
Figura 7 - Os dados são anotados (3,90 metros de comprimento e 345 quilos) e o jacaré é 
devolvido ao seu hábitat. 
Fotos: Felipe Goifman 
88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
 
ALMEIDA, J.F 1993. A Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada no Brasil. 
2ª Edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil. 
 
AZEVEDO, JC.N. 2003. Crocodilianos: Biologia, Manejo e Conservação. João 
Pessoa - PB. Arpoardor Editora. 122p. 
 
CAMPOS, Z.; COUTINHO, M. & MAGNUSSON, W.E. 2003. Terrestrial 
Activity of Caiman in the Pantanal, Brazil. Copeia, (3): 628-634. 
 
FRANÇA, F.G.R., Ecologia Termal de Jacaré (Caiman crocodilus e Caiman 
niger) no Rio Javaés, Pium, TO. Relatório de Campo: Métodos de Campo em 
ecologia Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, p 
60. 2003. 
 
GARCIA, M.C.M.; SALERA JR., G. & MALVASIO, A. Monitoramento das 
populações de Melanosuchus niger (jacaré-açu) e Caiman crocodilus (jacaré-
tinga) (Crocodilia, Alligatoridae) no rio Javaés, Tocantins. In: Anais da X 
Jornada Científica da UNITINS, Palmas – TO. 2003. 
 
GRENARD, S., 1991. Alligator’s and crocodiles krieger. Publishig Company, 
Malobar, Florida. 210p. 
 
LEXICOM, H. 1990. Dicionário de símbolos. Editora Cultrix. São Paulo. 
 
MEDEM, F., 1976. Recomendaciones Respecto a contar el Escamado y 
tomar las Dimensiones de Nidos, Huevos y Ejemplares de los Crocodylia e 
Testudines. Lozania, 20: 1-17p. 
 
POUGH, F.H.; HEISER, J.B. & McFARLAND, W.N., 1993. A Vida dos 
Vertebrados. Atheneu Editora – São Paulo (SP), 839p. 
 
ROSS, C.A 1989. Crocodiles and Alligators. Facts On File. New York – 
Oxford. 240p. 
 
SANTOS, E. 1994. Anfíbios e Répteis do Brasil (Vida e Costumes). Villa Rica, 
4a Edição Revista e Aumentada, 263p. 
 
TORAL, A.A. 1992. Cosmologia e sociedade Karajá. Rio de Janeiro, Museu 
Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Dissertação de Mestrado 
em Antropologia – Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Outros materiais