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PIM V - HCLPM

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2
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR
UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP INTERATIVA
PAULA MICHELLE DA SILVA
RA 0521096
HOSPITAL DAS CLÍNICAS LUZIA DE PINHO MELLO - HCLPM
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V - PIM V
MOGI DAS CRUZES
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP INTERATIVA
PAULA MICHELLE DA SILVA
RA 0521096
HOSPITAL DAS CLÍNICAS LUZIA DE PINHO MELLO - HCLPM
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V - PIM V
Projeto interdisciplinar V para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Hospitalar, apresentado a Universidade Paulista Interativa – UNIP Interativa
 Orientador: Profª. Ma. Ivete Rolim 
MOGI DAS CRUZES
2020
RESUMO
Este estudo refere-se ao Projeto Integrado Multidisciplinar V, 2º semestre de Gestão Hospitalar, abrangendo as seguintes disciplinas: Políticas de Humanização e Atendimento Hospitalar, Homem e Sociedade e Planejamento Financeiro e Orçamento. A entidade escolhida é o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho de Melo, um hospital localizado na cidade de Mogi das Cruzes, que faz parte do SUS – Sistema Único de Saúde. Abordaremos como a instituição trata da Humanização e Atendimento ao paciente, além da compreensão e integração que a empresa propicia ao homem na sociedade e por último como elaboram seu planejamento orçamentário. O estudo foi feito com base em pesquisa de livros, sites especializados no SUS do Ministério da Saúde e site da própria entidade, além de conhecer as dependências do hospital e todo conteúdo disponibilizado no AVA e apostilas da UNIP Interativa.
Palavras chaves: humanização na saúde, humanizaSUS, homem e sociedade, planejamento orçamentário
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2. POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO E ATENDIMENTO HOSPITALAR .................... 7
2.1 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO ( PNH ) – HUMANIZASUS .......... 8
2.2 POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO NO HCLPM ................................................. 10
2.3 PROJETOS DE HUMANIZAÇÃO IMPLANTADOS NO HCLPM ..................... 11
3 HOMEM E SOCIEDADE ........................................................................................ 13
3.1 O HOMEM E AS MANIFESTAÇÕES SOCIAIS ............................................... 13
3.2 DIVERSIDADE CULTURAL ............................................................................ 14
3.3 HCLPM E SOCIEDADE .................................................................................. 15
4. PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇAMENTO ........................................... 16
4.1 PLANO ORÇAMENTÁRIO ............................................................................. 16
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 19
REFERENCIAS ........................................................................................................ 20
1. INTRODUÇÃO
O Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo - HCLPM foi inaugurado em 1991 na cidade de Mogi das Cruzes - SP, um estabelecimento do Sistema Único de Saúde administrado pela SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina desde 2004, uma associação civil sem fins lucrativos, de natureza filantrópica. Possui esse nome em homenagem à mãe do ex-prefeito da cidade de Mogi das Cruzes, Padre Melo. 
Um Hospital de grande porte com um corpo clínico especializado em quase todos os seguimentos da medicina, com exceção de maternidade. 
Possui ambulatório para atender as 11 cidade do Alto Tiete, Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. Nele os pacientes recebem diagnóstico e tratamento, além de prevenção, reabilitação e recuperação. Todo acompanhamento e vários tipos de exames, podem ser feitos no próprio hospital já que possui consultórios em várias especialidades médicas como Oncologia, Cardiologia, entre outros.
Já o Pronto Socorro tem atendimento 24 horas inclusive nas áreas mais importantes como Ortopedia, Cirurgia Geral, Pediatria, Bucomaxilofacial e Neurocirurgia. Possui um fluxo intenso e atende aos pacientes segundo o grau de risco onde existe priorização dependendo da gravidade em que se encontra. Essa classificação foi implantada em 2006 e já em 2007 recebeu o Prêmio em Acolhimento e Classificação de Risco promovido pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.
Também possui 3 unidades de UTI: a primeira com atendimento exclusivo do Pronto Socorro, as outras duas para acompanhamento de pacientes da unidade, um para adultos, outro para o atendimento infantil.
O Centro de Diagnóstico possui vários tipos de exames, facilidade no atendimento e diagnostico do Pronto Socorro e acompanhamento aos pacientes do Ambulatório. Exames de imagem entre ultrassom, mamografia, raio-x, tomografia e ressonância magnética. Métodos gráficos como ecocardiograma, eletroencefalograma, eletroneuromiografia, holter e teste ergométrico. Exames endoscópicos, broncoscopia, endoscopia e colonoscopia. Além de serviços terceirizados na área de análises e patologias clínicas.
O HCLPM dá muita importância a gestão ambiental. São muitas as preocupações com a redução de danos ao meio ambiente como: coleta de filmes de raio-x, pilhas e baterias, reciclagem de óleo de cozinha, hospital livre de mercúrio e semana do meio ambiente para pacientes e colaboradores.
Como podemos ver é um hospital com uma ampla gama de atendimento em vários tipos de especialidades médicas, onde podemos abordar vários tipos de temas entre eles o proposto pelo projeto.
2. POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO E ATENDIMENTO HOSPITALAR
	Sua finalidade é fazer com que o gestor, em conjunto com pacientes e colaboradores, possa compreender e melhorar a humanização do ambiente onde trabalha, seja ele público ou privado. 
Uma atenção melhor deve ser data ao setor público, devido ao grande número de pacientes que passam por qualquer instituição do SUS, ouve-se sempre aquela história do mau atendimento. Fato é que se todo o atendimento da unidade, a partir da recepção, for feito de maneira humanizada, com a devida atenção, a demora pertinente ao sistema público é amenizada pela humanização do atendimento.
No caso de o HCLPM ser na maior e melhor estruturada cidade do Alto Tiete, aumenta a demanda que seria apenas de pacientes locais, com a busca de um melhor atendimento de pacientes de cidades vizinhas que muitas vezes possuem um atendimento precário e muito pior em relação a Mogi das Cruzes. Daí a importância no treinamento de pessoal, é muito importante que o atendimento todo seja humanizado, mesmo com a demora e grande demanda.
	Também é de extrema importância que este trabalho seja feito em conjunto, apesar da experiência que o gestor possa ter, ele precisa saber ouvir todos os lados envolvidos. De nada adiantar um ambiente extremamente agradável para o paciente, se o profissional que o atender não souber fazê-lo com total cuidado e envolvimento afetivo. Ou um profissional muito atencioso e esclarecedor, num ambiente sujo, desconfortável ou mau cheiroso. Por isso a universalidade, a equidade e integralidade são um sonho de pacientes que compõem o sistema público de saúde, mas para muitos um sonho, infelizmente, distante.
	Para inserir a humanização é necessário acabar com um mau oposto: a violência institucional. Muitos são os relatos, em hospitais públicos e privados, sobre o assunto. Quando dizemos que a humanização deve ser em conjunto, esse seria um dos motivos. Um funcionário em más condições de trabalho ou insatisfeito, não tem como oferecer um atendimento de qualidade, falta de empatia é um dos problemas mais sérios nesse sentido. 
	Violência moral e social dói tanto quanto a física. O fato de ela ser velada ou implícita não diminui a indiferença ou humilhação que o paciente possa sentir num momento tão frágil. Outro aspecto importante é que a violência moral pode acontecertambém do lado oposto: do paciente para o funcionário. Por isso a humanização deve ser inserida em nossa cultura, em nossos valores e assim virar um ato involuntário.
	Estudando todos os aspectos da instituição e ouvindo pacientes e colaboradores, o gestor tem condições de tornar o atendimento mais humanizado. Por isso todos os tópicos são importantes; gestão do hospital, infraestrutura com local adequado e acomodação a todos, corpo clínico especializado, capacitação de funcionários para um melhor atendimento em todos os setores do hospital, entre outros. 
	Para um paciente fragilizado física, e muitas vezes também, emocionalmente um olhar terno e atencioso pode ter um efeito curativo e de bem estar, melhor que muito medicamento ministrado.
2.1 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO ( PNH ) – HUMANIZASUS
A PNH surgiu em 2003 com a finalidade de humanizar o atendimento hospitalar. Humanizar no sentido de tornar mais humano, de tratar o paciente com individualidade, conhecendo suas necessidades, ouvindo suas queixas. 
A ideia é qualificar a saúde no Brasil. Para tudo isso dar certo é necessário um trabalho em conjunto com pacientes, colaboradores e gestores, a empatia é extremamente importante nesse processo, que aliás é longo e desafiador. Requer muita paciência pois é preciso mudar o modo de agir, o comportamento dos profissionais e gestores, além claro, dos pacientes que precisam retribuir o tratamento humano, ser atendido com educação exige a recíproca também.
A PNH tem que estar inserida em todo o programa do SUS, e seus princípios são:
- Transversalidade: troca de ideias, trabalhar junto todos os grupos e pessoas, gestão participativa e cogestão, sem hierarquia, para ter um atendimento de qualidade.
- Indissociabilidade entre atenção e gestão: uma rede de conhecimento, gestor saber como o paciente e seus familiares se sentem, trabalhadores e usuários conhecerem como funciona a gestão nos serviços de saúde e participar ativamente das decisões e ações na saúde.
- Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos: cada grupo, gestores, trabalhadores e usuários, compartilhando responsabilidades e valorizando suas atuações.
Um bom acolhimento e uma comunicação eficiente geram confiança, isso torna o atendimento e tratamento mais ameno, menos maçante. Esse cuidado e atenção deve ser estendido aos familiares que também tem um importante papel nessa recuperação.
Com essa proposta de inovação na saúde o HumanizaSUS criou várias diretrizes para as unidades do SUS que vamos conhecer a seguir na aplicação da instituição estudada.
Acolhimento: o primeiro contato entre o paciente e a instituição, no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo começa com a classificação de risco, o colaborador avalia a situação do paciente e o atendimento decorre dessa classificação. Como nem sempre a pessoa que procura atendimento médico está em seu melhor estado físico e mental, as vezes é difícil entender o porquê de uma espera maior em relação a outra pessoa, mas quando bem acolhido e explicado isso se torna mais compreensível e aceitável.
Gestão participativa e cogestão: no HCLPM a humanização tem um responsável dentro da unidade que em conjunto com os colaboradores tomam as decisões pertinentes para melhoria nesse aspecto.
Ambiência: nessa questão podemos dizer que não é uma das diretrizes mais convidativas do hospital. Os móveis da sala de espera para atendimento estão muito gastos e não são confortáveis, tornando a espera um pouco desagradável.
Clínica ampliada e compartilhada: o hospital possui um corpo clínico muito bem capacitado e equipamentos modernos para conseguir qualquer tipo de diagnóstico, desde os mais simples, como RX, até os mais complexos, como quimioterapia, e extensão de tratamento para as mais diversas doenças.
Valorização do trabalhador: possui um setor de educação continuada, em conjunto com os gestores, desenvolvendo competências técnicas e comportamentais. Promovem capacitação de toda equipe de colaboradores, com atenção especial a equipe de enfermagem, fazer com que o funcionário tenha bem estar físico e mental faz parte para a realização de um bom trabalho dentro da área da saúde.
Defesa dos direitos dos usuários: o HCLPM tem capacidade de dar todo o cuidado para o paciente, desde a entrada até a alta ou acompanhamento clínico posterior, o que pode ser um obstáculo é a demora nesse processo, por ser um hospital do SUS, por vezes a demanda é muito grande trazendo prejuízo para essa diretriz.
		
2.2 POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO NO HCLPM
	O Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo é 100% gratuito e atende ao SUS – Sistema Único de Saúde, portanto o número de pacientes que passam pela organização é extremamente numeroso, sem contar o número de acompanhantes envolvidos entre consultas, internações e realização de exames. Por conta disso a preocupação com a humanização é assunto tratado com muita seriedade. Como dar um atendimento e atenção humanizados a um número tão grande de pacientes?
	Mostraremos alguns tópicos da instituição para mostrar toda essa preocupação com o bem estar de pacientes e acompanhantes. 
	A seguir alguns tópicos que o HCLPM implementou:
	a. Acolhimento com classificação de risco: por ter uma demanda muito grande de pacientes, este sistema foi adotado com a finalidade de facilitar atendimento e espera de pacientes, melhorando assim o fluxo no hospital. Os profissionais receberam treinamento através de um estudo na cartilha da PNH para separar o atendimento por cores seguindo a seguinte classificação:
	- vermelho: utilizado principalmente na urgência, emergência e trauma, logo estabilizado o paciente pode ser encaminhado para outras dependências do hospital;
	- amarelo: para pacientes já estabilizados em estado crítico ou semicrítico;
	- verde: para pacientes não críticos e aguardando internação ou remoção;
	- azul: para pacientes de baixa ou média complexidade.
	b. Visita aberta: algumas áreas do hospital, como a observação infantil e pediátrica entre outras, tem um extenso horário para visitação, no período entre 9:00 e 20:00hs, o paciente tem direito a um acompanhante, trazendo assim bem estar físico e mental, fazendo com que a recuperação seja mais eficiente.
	c. Acompanhante: pacientes da ala pediátrica tem direito a ter um acompanhante durante todo o período de internação ou observação, assim como aqueles maiores de 60 aos e dependentes funcionais.
	d. Prontuário transdisciplinar: incentiva que todos os profissionais inscrevam o tratamento dado ao paciente, definindo ações e as tratativas com o paciente e equipe médica.
	e. Ambiência: fazer o maior esforço para que pacientes acompanhantes e colaboradores tenham um ambiente acolhedor e confortável, embora isso não tenha sido constatado como um todo.
f. Cuidados paliativos:  um grupo com treinamento especial para dar conforto e qualidade de vida aos pacientes com doenças terminais e seus familiares.
2.3 PROJETOS DE HUMANIZAÇÃO INPLANTADOS NO HCLPM
	Modificar o quadro de qualidade na saúde é um assunto a ser discutido, no SUS é um processo muito difícil. A fama de uma qualidade ruim vem desde o começo de sua criação, por isso o processo é longo e deve ser estudado com carinho por cada gestor de cada unidade de saúde existente no Brasil. 
	Ao longo dos anos, alguns serviços melhoraram como assistência diferenciada para certos grupos, como idosos ou mulheres em situação de violência, mas valorizar o usuário requer muito mais trabalho a ser feito, é essencial recuperar valores e ética na sociedade.
Além de seguir as diretrizes básicas do PNH, o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo possui alguns programas de humanização com o intuito ainda maior de melhorar a estadia de paciente/acompanhante. Sabendo que um paciente pode, por muitas vezes, ter uma estadia longa ou ainda dolorosa, o hospital criou vários projetos paralelos para amenizar o sofrimento e espera da melhor maneira possível. Iremos abordar algum deles.
a. Brinquedoteca: mesmo com um acompanhante de extrema confiança da criança, geralmente a mãe, ainternação acaba se tornando muito penosa para alguém da ala infantil, a criança fora de seu ambiente seguro se torna muitas vezes irritadiça e desconfiada, com isso ter um espaço em que se possa brincar, ler, pintar, entre outras atividades de recreação, faz com que todo o processo seja mais ameno. 
b. Cantinho da beleza: feito para pacientes internados das alas masculina, feminina e pediátrica. Conta com alunos ou profissionais da área da beleza, trazendo cortes de cabelo, barba, maquiagem, entre outros procedimentos simples e que possam ser feitos dentro do hospital. Além de trazer um clima de descontração, traz imensa realização para pacientes de baixa renda que geralmente não tem condições para realizar tais serviços. Foi implementado também na ala psiquiátrica pensando no bem estar físico e mental, além de elevar a autoestima destes pacientes tão fragilizados emocionalmente.
c. Projeto Música: a música traz efeitos terapêuticos excelentes para pacientes de qualquer natureza ou necessidade, pensando nisso o hospital tem um projeto onde traz apresentações periódicas de corais e músicos independentes, atinge também a classe trabalhadora já que o trabalhador da área da saúde pode, por vezes, ser muito exigido tanto fisicamente quanto psicologicamente. 
d. Espaço ecumênico: trazer paz e conforto através de religião também é um ato de humanização. Uma estadia longa pode trazer desanimo e desesperança. A fé de qualquer natureza pode trazer conforto a pacientes, acompanhantes e colaboradores, todos podem fazer uso do espaço.
e. Voluntariado: para aqueles pacientes que não possuem nenhum tipo de companhia, o hospital seleciona voluntários e oferece treinamento especial para dar atenção a pacientes internados trazendo conforto e bem estar. Também utilizados para aqueles que possuem acompanhantes ou para o próprio acompanhante que apesar de não estar doente, passa muitas horas dentro do hospital então uma conversa amigável, uma atenção dispensada pode operar milagres.
3 HOMEM E SOCIEDADE
O comportamento humano evolui conforme o tempo, o que pensávamos ou fazíamos antes, talvez não pensemos nem faremos hoje. A evolução de ideias é um processo natural do homem, vários fatores contribuem para essa mudança. 
Nosso meio social é essencial para nossa formação e comportamento, mais importante que nosso lugar de origem, é o nosso lugar de desenvolvimento. As características biológicas não podem ser escolhidas, nem moldadas, mas as características culturais sim, embora um esteja ligado a outra.
Embora hoje o direito de expressão esteja mais forte em nossa cultura, também está mais difícil ter opiniões sinceras que não esbarrem em um grupo de pessoas com uma opinião contraria à sua e que, te ataque tão gratuitamente como se um fosse um grupo totalmente certo e o outro totalmente errado. A tolerância já não parece tão tolerável assim. 
3.1 O HOMEM E AS MANIFESTAÇÕES SOCIAIS
	Tolerar alguém que pense como eu me parece uma tarefa fácil, já o oposto não sei dizer. Um grupo que se une para lutar por um bem comum, consegue se relacionar pacificamente e com respeito porque pensar igual é muito fácil. 
	A internet, a globalização, nos aproxima muito de pessoas e manifestos em favor disso ou daquilo, mas as pessoas não conseguem, numa minoria, respeitar a opinião alheia. Se você não pensa como eu, não serve para mim. 
	Repare que por mais banal que seja a manifestação, como por exemplo quem vai sair do BBB, aquele programa de televisão que mobilizou bilhões de votos ( sim, bilhões ), o grupo contrário não consegue respeitar o outro.
	Hoje em dia é a apropriação cultural, a intolerância religiosa, homofobia, feminismo, machismo, achismos, tudo serve para um debate ferrenho em favor daquilo que se acha certo. E aquele que pensa contrário? Ah coitado!! Será crucificado. 
	E não é porque eu defendi aquele que fez uma piada fora de hora, que sou machista ou homofóbico, ou “passei o pano”. É porque aceitei que o ser humano erra e merece a chance de ver que errou e que pode seguir em frente, aceitar na próxima e aprender. Afinal contra fatos não há argumentos.
	Mas hoje não podemos simplesmente dizer qualquer coisa sem que sejamos julgados, xingados, votados, rechaçados, enfim banidos da sociedade.
	Manifestações sociais servem para o ser humano pensar, lutar, melhorar o meio que vivemos, mostrar com respeito para o outro que talvez ele esteja errado, sem ofensas, compreender, ensinar e por último repensar, respeitar, reconsiderar e pensar e pensar de novo, e mudar de opinião, porque não. 
	Manifestação sim, ataque não.
3.2 DIVERSIDADE CULTURAL
	A diversidade cultural é muito importante na formação do homem. Trazemos muito de nossos ancestrais, misturamos com a modernidade do tempo atual e vamos formando opinião sobre, conforme nossa evolução.
	Infelizmente muitas pessoas no meio em que vivemos, não conseguem respeitar a diversidade cultural. Temos uma diversidade tão bonita e grandiosa, e não sabemos aproveitá-la. 
	Hoje em dia podemos ver que o etnocentrismo causa reações de ódio que desunem a sociedade. O conceito de diferente se perdeu no certo e errado. A dificuldade de se aceitar a diferença ainda é muito comum. A dificuldade em perceber que o diferente pode ser bom, faz com que fiquemos limitados a imensa riqueza cultural que existe. 
	Apesar da intolerância que a diversidade cultural pode trazer, também existe o lado oposto, a aceitação. O relativismo cultural conta com a empatia do homem para olhar como diferente, aquilo que não é melhor nem pior. Quando nos damos conta da riqueza cultural que podemos ganhar conhecendo outros costumes, valores, conhecimento, nossa visão limitada se expande e um mundo novo é apresentado. 
	A alteridade é a capacidade de olhar o “outro”, ficamos mais flexíveis e propensos a compartilhar e aceitar costumes que não sejam nossos. A globalização nos traz essa facilidade de conhecimento, ninguém está tão longe que não possa estar perto. Outro lado bom de aceitação e mudança, é quando além de aceitar podemos adaptar para nossa cultura. Como um prato típico por exemplo, apimentado demais para nosso paladar, preparamos com os mesmos ingredientes, mas com temperos mais regionais e suaves à região.
	Temos também a aculturação, quando uma cultura se modifica a tal ponto de já perder costumes de sua origem. Isso se dá muitas vezes pela colonização do local, as tradições vão se transformando com pequenas inclusões e modificações até que não sobre quase nada da cultura local inicial.
	Enfim, devemos entender que a diversidade cultural só nos tem a acrescentar, podemos ter diferentes visões de um mesmo assunto, vestimenta, opções para quase tudo na sociedade, e saber que nenhuma cultura é avançada ou atrasada, boa ou ruim, certa ou errada, apenas diferente.
	
3.3 HCLPM E SOCIEDADE
Sendo um hospital de grande porte e com muitos funcionários, podemos dizer que a diversidade cultural é muito ampla. Também é vasto em relação ao número de usuários, entre pacientes e acompanhantes.
Devemos respeitar as diferenças sociais de todo indivíduo que faz parte de nossa sociedade, mesmo sendo dentro de um hospital, é inevitável o choque cultural em muitos aspectos: crença, valores, costumes, etnia, entre outros. Por isso a instituição, como a maioria delas, tem um código de conduta, onde o respeito e aceitação são ferramentas fundamentais para o bom convívio e inclusão do cidadão em sociedade.
Podemos dizer que o fato de o tratamento ser exatamente igual para todas as pessoas que entram no hospital, independentemente das diferenças, traz uma integração reconfortante, é muito importante para o ser humano sentir que faz parte do meio em que vive.
Em relação a cultura, o HCLPM segue comemorações de datas sazonais do calendário nacional, muito importante principalmente para pacientes internados de longo tempo. Também segue as comemorações regionais, como por exemplo realizar missas ou orações da Festa do Divino, típica festa religiosa da região.
4. PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇAMENTOO planejamento financeiro é de fundamental importância para o bom andamento e sobrevivência da instituição. É essencial fazer projeções de curto, médio e longo prazo, acompanhar passo a passo a “saúde” financeira faz com que o gestor possa controlar gastos e ganhos, desde contratação de funcionários até modernização de equipamentos. Um fator contrário a isso é limitação de custos, tempo e capacidade. Para isso três ciências trabalham juntas: Administração, Contabilidade e Economia.
	O passo a passo deve ser estudado em cima de todas os objetivos traçados pela empresa, colocar metas e prioridades com tempo para realização também ajuda o gestor em uma administração mais segura e com maior chances de tudo dar certo. 
	Outra ferramenta bastante útil é um cronograma de ação, contendo todas as informações necessárias para o planejamento orçamentário. Programar compras de insumos e tempo de utilização, gastos necessários no período, separar as ações por departamento também ajuda na desejada realização, entre outras ações que devem ser realizadas em conjunto com cada pessoa responsável.
	O planejamento financeiro deve estar sempre ajustado às realidades dos dias atuais, a área da saúde muda constantemente e vive cheio de novidades. O gestor deve estar muito bem informado sobre as mudanças e novidades que vão surgindo ao longo dos anos.
	O fluxo de caixa também é importantíssimo no planejamento financeiro, com ele o gestor acompanha as sobras ou faltas do período, podendo assim programar os próximos passos para continuar a realização de objetivos traçados. Com o fluxo de caixa também é possível saber com antecedência se os custos cobrirão os gastos, a capacidade da empresa em assumir compromissos, planejar prazos e pagamentos e avaliar o tempo certo para reposição de estoques.
	Para manter um capital de giro seguro é necessário conseguir o máximo de vendas à vista, ter estoque mínimo e controlar sua rotação, ter uma cobrança eficiente, aumentar prazos de compras e diminuir prazos de recebimento. Os cuidados para não o reduzir são evitar muitas compras à vista, níveis altos de estoque, fazer retiradas em excesso, ter prazos de vendas muito longos, imobilização de maquinários e ter uma ineficiente fonte de cobrança.
4.1 PLANO ORÇAMENTÁRIO
Temos três passos num plano orçamentário: previsão, execução e controle. Prever é fundamental para obter êxito nos planos traçados. Executar conforme o cronograma previsto faz com que se chegue mais rápido aos objetivos. Com isso o gestor consegue um controle melhor em seu planejamento.
Segundo Padovese ( 2005 ) existe uma série de etapas a serem cumpridas como: estabelecer missões e objetivos, estruturar as assunções ambientais determinando fator limitante, elaborar orçamento em cima desse fator limitante, organizar o orçamento mestre em cima de objetivos da organização, rever o orçamento mestre com responsáveis e se preciso tomar ações corretivas.
O orçamento inclui também a etapa operacional e financeira. A operacional consiste na parte administrativa, comercial e de produção, e a financeira incide no orçamento de caixa, investimentos e demonstrativos contábeis.
Orçamentos específicos que fazer parte do orçamento empresarial:
a. orçamento de vendas: plano de vendas num determinado período, é preciso se ater as tendências do mercado atual.
b. orçamento de produção: feito depois das vendas para indicar as quantidades unitárias que devem ser produzidas por período.
c. orçamento de matérias-primas: especificar a quantidade de matéria prima a ser utilizada.
d. orçamento de mão de obra: sabendo a quantidade de produtos a serem fabricados, orçar a mão de obra necessária para esse fim.
e. orçamento de custos indiretos de fabricação: custo de materiais indiretos e mão de obra indireta, assim como água, energia, impostos.
f. orçamento de despesas: responsável pelas despesas administrativas e vendas de produtos ou serviços.
g. orçamento de capital: responsável principalmente por investimentos.
h. orçamento de caixa: responsável pelo pagamento de despesas e obrigações.
Com todas as ferramentas em mão o gestor pode fazer uma análise de planos futuros, saber com quanto se pode contar para projeções futuras é importante para se ter uma boa liquidez.
Conhecer o cenário a frente faz o gestor refletir no que é desejável e o que é realizável e isso não é uma tarefa das mais fáceis em se tratando de hospitais. As vezes o desejável é, também, muito necessário.
Diminuir custos num plano orçamentário também pode fazer com que a liquidez e os demonstrativos de resultados sejam positivos. Dessa forma o gestor pode controlar melhor seu orçamento. Caso o resultado não seja positivo será necessário um estudo minucioso do plano orçamentário e assim fazer os ajustes necessários. Um jeito simples de se controlar as demonstrações financeiras é com percentuais, que podem ser usados tanto para a receita quanto para a despesa.
	
5 CONCLUSÃO
	Podemos concluir neste estudo que há um longo caminho a ser percorrido quando se trata de humanização nos estabelecimentos de saúde. Vários são os fatores para este pensamento: locais inapropriados com uma ambiência desadequada tanto para funcionários como para usuários, pessoal despreparado, uma demanda muito grande com alto índice de espera, violência institucional, uma falta desrespeitosa de empatia por todos os lados, sejam médicos, assistentes, funcionários, pacientes e acompanhantes e outras tantos que podemos verificar no estudo. 
	Por outro lado, podemos sinalizar uma melhoria em outros aspectos importantes. A socialização por meio de vários projetos efetuados pelas instituições faz com que vejamos que muitos ainda se importam com o outro no geral. Profissionais interessados no bem estar de usuários é outro ponto muito desejado pela maioria deles. 
	No SUS devemos desmistificar a fama do tratamento ruim, pois a melhoria deve ser em conjunto. Não podemos entrar num estabelecimento público pensando que vai ser péssimo, temos que fazer a nossa parte também. A empatia deve ser recíproca de todos os lados. 
	A sociedade também tem um longo caminho a percorrer. Muitos valores, dogmas, ideias... estão inseridos em nossa cabeça e é extremamente difícil mudar. Me parece que hoje em dia é difícil não ofender alguém, pelo simples fato de pensar diferente. 
	Respeitar a diferença parece ser um ato difícil nos dias de hoje.
	Em relação as finanças de hospitais, principalmente os públicos, os gestores têm uma difícil missão pela frente, não é tarefa das mais fáceis atender um público tão exigente, e que reclama por prioridade e melhorias. Mas acho que um dia chegaremos lá.
6 REFERENCIAS
http://hclpm.spdmafiliadas.org.br/
Antropologia: ciência do homem, filosofia da cultura, Mércio Pereira Gomes, Editora Contexto, 2017
Apostila UNIP Interativa – Políticas de Humanização e Atendimento Hospitalar
Apostila UNIP Interativa – Homem e Sociedade
Apostila UNIP Interativa – Planejamento Financeiro e Orçamento

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