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9. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO 
“REFORMATIO IN PEJUS” e do 
“REFORMATIO IN MELIUS”. 
 
 
“Reformatio In Pejus” significa que a 
decisão não poderá ser reformada para pior. 
 
 
Para tal princípio existem as seguintes 
exceções: 
 
a) será possível a reforma para pior, 
considerando a existência de recurso de 
ambas as partes e um deles for dado 
provimento em face do outro. Se dado 
provimento ao recurso em face do outro, o 
raciocínio lógico que devemos ter é que 
houve mudança da decisão piorando a 
situação da outra parte. 
 
 
b) será possível e independente da existência 
de recurso das partes, nas situações em a 
matéria seja de ORDEM PÙBLICA (matéria 
de ordem publica é aquela que sustenta a 
ordem jurídica nacional e sua existência se 
sobrepõe a qualquer outra situação. A matéria 
de ordem pública poderá ser decidida a 
qualquer momento e em qualquer grau de 
jurisdição e independentemente de 
requerimento. Ex. Carência de Ação, 
Pressupostos da Ação, Prescrição). 
 
“Reformatio In Melius”, significa a 
proibição da melhora da decisão (sem a 
existência de requerimento), neste caso o 
tribunal deve respeitar os limites 
estabelecidos no recurso, portanto, não 
podendo ir além dos limites pretendidos sob 
pena de julgar “Ultra Petita = acima do 
pedido, Extra Petita = fora do pedido. Não 
podemos falar em Citra Petita = abaixo do 
pedido, pois não haveria melhora da 
pretensão. 
9. DESISTÊNCIA DO RECURSO: 
 
O recorrente independentemente de anuência 
do recorrido poderá DESISTIR DO 
RECURSO a qualquer momento, seja em 
primeira instância ou em segunda instância, 
nos termos do artigo 998 do Código de 
Processo Civil. Só podemos desistir daquilo 
que tenho, a desistência é posterior à 
interposição do recurso. 
 
Estando o recurso em segundo grau de 
jurisdição a desistência deve ocorrer antes do 
RELATOR PROFERIR O VOTO. A 
desistência poderá ser por petição escrita ou 
oralmente no tribunal antes do voto do 
relator. 
 
A renúncia ao direito de recorrer 
independe da aceitação da outra parte e 
poderá ocorrer a qualquer tempo e grau de 
jurisdição nos termos do artigo 999 do 
Código de Processo Civil. Só posso renunciar 
daquilo que ainda não tenho, a renúncia será 
sempre prévia. 
 
 
A renúncia poderá ser tácita ou expressa, 
tácita, nos casos em que decorre da simples 
perda do prazo para recorrer ou expressa, 
ocorre através da vontade do recorrente, 
podendo ser por petição. 
 
Observação: 
 
Nos casos de desistência do Recurso Especial 
(STJ) e do Recurso Extraordinário, a regra é 
totalmente diferente, ou seja, o recorrente 
poderá desistir do recurso, entretanto, o 
STJ e o STF., na qualidade de órgãos 
políticos na defesa da uniformização e 
interpretação do julgado e aplicação da 
Constituição Federal e legislação ordinária 
deve prosseguir ao julgamento, considerando 
a existência de repercussão geral. 
10. RAZÕES DO RECURSO E SUAS 
CONTRARAZÕES: 
 
O recorrente inconformado com a decisão do 
juiz deve apresentar as suas RAZÕES 
RECURSAIS, ou seja, a matéria de fato e de 
direito que sustentam o seu recurso, podendo 
juntar julgados e textos de doutrinas. Ex. 
Recurso de Apelação. 
 
O juiz ao receber o recurso com as suas 
razões recursais, abrirá vista ao recorrido, 
para que apresente no prazo legal as suas 
CONTRARAZÕES, ou seja, a matéria de 
fato e de direito que contradizem as alegações 
do recorrente, podendo juntar julgados e 
textos de doutrinas. 
 
O prazo para a apresentação das 
CONTRARAZÕES sempre será o mesmo 
prazo para a apresentação do RECURSO. 
Ex. Recurso de Apelação o prazo será de 15 
dias e o prazo para a apresentação das razões 
e de 15 dias para as contrarrazões. 
 
 
11. RECURSO ADESIVO: 
 
O recurso ADESIVO, não está previsto no 
rol do artigo 994 do Código de Processo 
Civil, mas sim no artigo 997 e incisos do 
Código de Processo Civil. 
 
 
É conhecido como RECURSO CARONA, 
ou seja, ele aproveita o recurso principal, que 
foi apresentado, tentando justificar a 
INÉRCIA da parte contrária que vencida 
parcialmente deixou de recorrer dentro do 
prazo. 
 
Características do Recurso Adesivo: 
 
a) Adere ao recurso principal e a ele será 
sempre subordinado; 
b) Os litigantes são vencidos de forma 
parcial; 
 
c) Será endereçado ao juiz ou ao Presidente 
do Tribunal competente para admitir o 
recurso principal; 
 
d) Existe a necessidade da realização do 
preparo sob pena de deserção e, caso seja 
insuficiente o juiz intimará o recorrente para 
que complete o preparo no prazo legal sob 
pena de deserção; 
 
e) Não será conhecido o recurso adesivo se 
houver desistência do Recurso Principal, ou 
se o mesmo for declarado inadmissível (falta 
de um dos pressupostos objetivo ou 
subjetivo) ou deserto ( falta de preparo); 
 
f) Será apresentado somente nos recursos 
principais de Apelação, Recurso Especial e 
Extraordinário; 
 
g) Será sempre apresentado no prazo das 
contras-razões em peças separadas. 
 
 
12. REMESSA NECESSÁRIA: 
 
 
A Remessa Necessária ou recurso de ofício, 
não está previsto nos incisos do artigo 994 do 
Código de Processo Civil, mas sim no artigo 
496, existe como forma de fiscalizar as 
sentenças contra os entes políticos. 
 
 
“De Ofício” significa determinada 
providência do juiz sem a necessidade de 
requerimento de uma das partes. 
 
 
O recurso de ofício, independe de 
requerimento das partes, obrigatoriamente o 
juiz de primeira instância remeterá os autos 
ao Tribunal, sob pena do presidente do 
tribunal avocá-lo para exame de sua sentença 
nos seguintes casos: 
 
a) sentença proferida contra a União, o 
Estado, o Distrito Federal, o Município, e 
as respectivas autarquias e fundações de 
direito público; 
 
b) sentença que julgar procedente, no todo ou 
em parte, os embargos à execução fiscal 
(dívida ativa da Fazenda Pública), (artigo 596 
inciso II) , do Código de Processo Civil). 
 
 
Observação: 
 
Se o recorrente não apresentar o Recurso de 
Apelação, o juiz deve remeter os autos ao 
Tribunal, não o fazendo o Presidente do 
Tribunal deve avocá-lo, nos termos do 
parágrafo 1º do artigo 496 do Código de 
Processo Civil. 
 
Exceções a Remessa Necessária: 
 
O recurso de Remessa Necessária ( antigo 
recurso de ofício),foi instituído pelo 
legislador com a intenção de fiscalizar o 
erário publico, bastando verificar que são 
ações onde o resultado foi de procedência 
contra o União. Estados, Distrito Federal, 
Municípios e respectivas autarquias e 
fundações de direito publico, artigo 496, 
incisos I e II do CPC., podendo inclusive ser 
avocá-lo pelo respectivo Presidente do 
Tribunal. 
 
 
O legislador prevê 02 (duas) regras de 
exceção à remessa Necessária, a primeira 
pautada em quantidades de salários mínimos 
e a segunda, pautada com base na 
fundamentação do juiz em sua decisão. 
 
 
A primeira regra de exceção está prevista no 
artigo 494, Parágrafo 3º do Código de 
Processo Civil, onde se impõe a regra 
baseada em salários mínimos: 
 
“Não se aplica o disposto neste artigo 
quando a condenação ou o proveito 
econômico obtido na causa for de valor 
certo e liquido inferior a: 
 
I)1.000 (mil) salários-mínimos para a União 
e as respectivas autarquia e fundações de 
direito publico; 
 
II) 500 (quinhentos) salários-mínimos para o 
Estado, o Distrito Federal, as respectivas 
autarquias e fundações de direito publico e os 
Municípios que constituem a capitais dos 
Estados; 
 
III)100 (cem) salários-mínimos para todos os 
demais Municípios e respectivas autarquias e 
fundações de direito público; 
A segunda regra como já dito está pautada 
com base na fundamentação do juiz em sua 
decisão nos termos do artigo 496, Parágrafo 
4º do Código de Processo Civil. 
 
A regra de “fundamentar é fundamental”, é 
importantíssima para o profissional do 
direito,através da fundamentação judicial ou 
administrativa, possibilita às partes a 
respectiva reação legal, observando a 
formação do convencimento do juiz ou 
agente do órgão público, que os levaram a 
referida decisão. 
 
O artigo 93, inciso IX da Constituição 
Federal (estendendo-se às decisões 
administrativas), prevê a obrigação de se 
fundamentar sob pena de nulidade e o artigo 
489, Parágrafo Primeiro e incisos do Código 
de Processo Civil ( Lei Ordinária) , esclarece 
quais as situações em que não se considera 
fundamentada as decisões, seja sentença, 
decisão interlocutória e acórdãos. 
Feitas as considerações acima verificamos a 
importância da fundamentação do juiz em 
suas decisões, inclusive nos acórdãos, que 
são atos específicos dos colegiados dos 
tribunais (Artigo 204 do CPC), é por essa 
razão, que a segunda regra está pautada na 
fundamentação, considerada pelo legislador 
como mais uma forma de exceção à Remessa 
Necessária. 
 
O Parágrafo 4º do artigo 496 do Código de 
Processo Civil, estabelece: 
 
 
“Também não se aplica o disposto neste 
artigo quando a sentença estiver fundada 
em”: 
 
I - Súmula de tribunal Superior; 
 
II - Acórdão proferido pelo Supremo 
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
 
III - entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência 
 
IV - entendimento coincidente com 
orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, 
consolidada em manifestação, parecer ou 
súmula administrativa 
 
 
13. TERMO DE TRATAMENTO: 
 
 
a) Apelante, àquele que inconformado 
apresenta o recurso de Apelação, apresenta as 
razões do Recurso de Apelação. 
 
b) Apelado, àquele que apresenta as 
contrarazões ao recurso de apelação; 
 
c) Embargante, àquele que apresenta as 
razões do recurso de Embargos de 
Declaração; 
 
d) Agravante, àquele que apresenta as razões 
do recurso de agravo; 
 
e) Agravado, àquele que apresenta as resposta 
(contrarrazões) ao recurso de agravo. 
 
f) Juízo “a quo”, juízo de primeira instância; 
 
g) Juízo “ad quem”, juízo de segunda 
instância. 
 
Observação: 
 
1)A decisão do juiz que INDEFERIR a 
petição inicial é pura SENTENÇA nos 
termos do artigo 331 do Código de Processo 
Civil, comportando recurso de apelação, 
podendo o juiz se retratar do indeferimento 
no prazo de 5 dias. Caso o juiz venha a se 
retratar chamamos de JUÍZO DE 
RETRATAÇÃO ( significa voltar atrás). 
 
 
Não existindo retratação o juiz determinará a 
citação do Réu, para se quiser responder 
apresentando as contras-razões ao Recurso 
apresentado pelo indeferimento. 
 
A sentença de indeferimento em sendo 
reformada pelo tribunal, os autos voltará ao 
juízo de primeira instância, onde o prazo 
para a apresentação de contestação, 
começará a correr a partir da intimação 
do retorno dos autos, sendo observado o 
artigo 334 do Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
 
 
RECURSO DE APELAÇÃO. 
 
ARTIGOS 1.009 ao 1.014 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
I – INTRODUÇÃO: 
 
O Recurso de Apelação é recurso cabível das 
SENTENÇAS (Artigo 203, Parágrafo 
Primeiro), seja sem resolução de mérito ou 
com resolução do mérito, buscando a 
reforma total ou parcial ou sua invalidação 
nos termos do artigo 1.009 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
II – ENDEREÇAMENTO: 
 
É conhecido como o recurso por 
EXCELÊNCIA, considerando que o 
Apelante, poderá discutir toda a matéria que 
já fora objeto em primeira instância. 
 
O Recurso de Apelação será endereçado por 
petição escrita ao MM. JUIZ que proferiu a 
sentença devendo contém os requisitos do 
artigo 1.010 do Código de Processo Civil. 
 
Apresentado o recurso de Apelação o 
Apelado, será intimado para apresentar as 
suas contrarazões ao Recurso de Apelação, 
nos termos do Parágrafo 1º do artigo 1.009 do 
Código de Processo Civil. 
 
O Apelado apresentando Apelação Adesiva 
(Recurso Adesivo), será intimado o Apelante 
para apresentar as contrarrazões ao recurso 
adesivo. Parágrafo 2º do artigo 1.009 do 
Código de Processo Civil. 
 
Observação: 
 
Nos termos do Novo Código de Processo 
Civil, contrariando o Código Processual de 
Buzaid, a admissibilidade não é realizada 
mais pelo juízo de primeira instância, mas 
sim pelo Tribunal na pessoa do Relator. 
Parágrafo 3º do artigo 1.009 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
III – PREPARO E TEMPESTIVIDADE: 
 
 
O Recurso de Apelação quando de sua 
apresentação deverá ser acompanhado do 
respectivo (artigo 1007, Parágrafos 1º, 2º, 3º 
4º e 5º do CPC ), PREPARO e do PORTE 
DE REMESSA E RETORNO, quando a lei 
exigir, se o preparo for insuficiente o 
recorrente será intimado na pessoa de seu 
advogado para completa-lo no prazo de 5 
dias, sob pena de deserção, não existindo 
preparo o recorrente será intimado na pessoa 
de seu advogado para em 5 dias realizar o 
preparo em dobro, sob pena de deserção. 
 
O Relator poderá relevar a pena de deserção 
se o apelante provar JUSTO 
IMPEDIMENTO, onde o relator relevara a 
pena de deserção, decisão irrecorrível nos 
termos do artigo 1.007, Parágrafo Sexto do 
Código de Processo Civil. 
 
O Recurso de Apelação deve ser apresentado 
no prazo de 15 dias nos termos do artigo 
1.003, Parágrafo Quinto do Código de 
Processo Civil. 
 
 
IV – DISTRIBUIÇÃO DO RECURSO DE 
APELAÇÃO: 
 
Após a distribuição do recurso, o juiz abrirá 
vista ao Apelado para em 15 dias apresentar 
as contrarrazões. 
 
As razões recursais são apresentadas pelo 
Apelante, ou seja, são as razões legais que 
vão sustentar o recurso de apelação, as 
contrarrazões, são apresentadas pelo 
Apelado, no mesmo prazo do recurso de 
apelação, representa os pontos legais que vão 
contradizer a decisão do juiz. Artigo 1.010, 
Parágrafos 1º e 2º do CPC. 
 
As apresentadas as contrarrazões ou 
ocorrendo à preclusão, os autos serão 
encaminhados ao competente tribunal, 
independentemente de juízo de 
admissibilidade. Artigo 1.010, Parágrafo 
Primeiro do CPC. 
 
Observação: 
 
As questões resolvidas no curso do processo 
de Conhecimento, se a decisão não comporta 
recurso de Agravo de Instrumento (Artigo 
1015, e incisos do CPC), não ficam 
prejudicadas, pois não estão sujeitas à 
preclusão, a parte inconformada deve 
suscitá-la de forma preliminar nas razões ou 
contrarrazões do recurso de apelação. Artigo 
1.009, Parágrafo Primeiro do CPC. 
 
 
V – O Recurso de Apelação no Tribunal: 
 
Enviado ao tribunal o recurso de Apelação, 
será imediatamente distribuído a um do 
Relator, que tomará as seguintes providencia, 
conforme Artigo 1.011 e incisos do CPC. 
 
I – decidi-lo monocraticamente (significada 
decisão imediata pelo próprio relator sem 
levar o recurso à sessão de julgamentos para 
a participação de seus pares), apenas nas 
hipóteses do artigo 932, incisos III a V; 
 
 
II – se não for o caso de decisão monocrática, 
elaborará seu voto para julgamento do 
recurso pelo órgão colegiado. 
 
 
Artigo 932, incisos III a V do Código de 
Processo Civil: 
 
III - não conhecer de recurso inadmissível, 
prejudicado, ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão 
requerida: 
 
Recurso inadmissível, significa que o 
Relator, responsável pela admissibilidade 
observou a falta de um dos pressupostos 
objetivos ou subjetivos. 
 
Recurso prejudicado é aquele onde a decisão 
do juiz fora revogada, cassada ou o mesmo 
lançou mão do Juízo de Retratação, perdendo 
o sentido do recurso. 
 
O recorrente em suas razões “não tenha 
impugnado especificamente os 
fundamentos da decisão requerida” 
 
II – negar provimento a recurso que for 
contrario a: 
 
A - súmula do STF., STJ., ou do próprio 
tribunal; 
 
B - acórdão proferido pelo STF., STJ., em 
julgamento de recursos repetitivos;C – entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência. 
 
 
V – depois de facultada a apresentação de 
contrarrazões, dar provimento ao recurso 
se a decisão recorrida for contraria a : 
 
Letras “a” à “c” . 
 
 
 
VII – EFEITOS do RECURSO de 
APELAÇÃO: 
 
 
O recurso de Apelação, será recebido no 
efeito devolutivo, entretanto, será recebido 
em ambos os efeitos nos casos previstos no 
artigo 1.012, Parágrafo Primeiro e incisos do 
CPC., sendo possível requerer o 
cumprimento provisório da sentença nos 
termos do Artigo 1.012, Parágrafo Segundo 
do CPC. 
 
 
Reitero que o rol existente no Artigo 1.012, 
Parágrafo Primeiro do CPC., não é taxativo, 
mas exemplificativo, podendo outras ações 
através do respectivo recurso ser recebido no 
efeito suspensivo, conforme artigo 995, 
Parágrafo Único do CPC.,. 
 
Existem dois momentos distintos para o 
apelante requerer que o recurso de apelação 
seja recebido tb, no efeito suspensivo: 
 
a)requerido ao tribunal no período 
compreendido entre a interposição da 
apelação e sua distribuição, ficando o relator 
prevento para julgá-la; 
 
b)requerido diretamente ao relator, se o 
recurso já fora distribuído, nos termos do 
artigo 1.012, parágrafo terceiro do CPC. 
 
O Parágrafo Quarto do artigo 1.012 do 
CPC., reitera o Parágrafo único do artigo 
995, onde impõe requisitos para a 
concessão do efeito suspensivo: 
 
a)o apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso; ou 
 
b)sendo relevante a fundamentação houver 
dano grave ou de difícil reparação. 
 
VIII – Processo em Condições Imediatas de 
Julgamento: 
 
Estando o recurso em condições imediatas de 
julgamento o relator deve decidir desde logo 
o mérito nos seguintes casos do artigo 1013 e 
incisos do Código de Processo Civil: 
 
I – reformar a sentença fundada no artigo 485 
do Código de Processo Civil, ou seja, sem 
enfrentamento do mérito; 
 
II – decretar a nulidade da sentença por não 
ser ela congruente com os limites do pedido 
ou da causa de pedir; 
 
III – constatar a omissão no de exame de um 
dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
 
IV – decretar a nulidade da sentença por falta 
de fundamentação; 
 
 
Observação: 
 
Nos casos em que o tribunal reformar 
sentença acolhendo prescrição e decadência, 
o tribunal se possível deve julgar o mérito, 
sem determinar o retorno dos autos a primeira 
instância. Parágrafo 4º do artigo 1.013 do 
Código de Processo Civil. 
 
O capitulo da sentença que confirma, concede 
ou revoga a tutela provisória é impugnável na 
apelação. Artigo 1.013, Parágrafo 5º do 
Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira regra de exceção está prevista no 
artigo 494, Parágrafo 3º do Código de 
Processo Civil, onde se impõe a regra 
baseada em salários mínimos: 
 
“Não se aplica o disposto neste artigo 
quando a condenação ou o proveito 
econômico obtido na causa for de valor 
certo e liquido inferior a: 
 
I)1.000 (mil) salários-mínimos para a União 
e as respectivas autarquia e fundações de 
direito publico; 
 
II)500 (quinhentos) salários-mínimos para o 
Estado, o Distrito Federal, as respectivas 
autarquias e fundações de direito publico e os 
Municípios que constituem a capitais dos 
Estados; 
 
III)100 (cem) salários-mínimos para todos os 
demais Municípios e respectivas autarquias e 
fundações de direito público; 
A segunda regra como já dito está pautada 
com base na fundamentação do juiz em sua 
decisão nos termos do artigo 496, Parágrafo 
4º do Código de Processo Civil. 
 
A regra de “fundamentar é fundamental”, é 
importantíssima para o profissional do 
direito, através da fundamentação judicial ou 
administrativa, possibilita às partes a 
respectiva reação legal, observando a 
formação do convencimento do juiz ou 
agente do órgão público, que os levaram a 
referida decisão. 
 
O artigo 93, inciso IX da Constituição 
Federal (estendendo-se às decisões 
administrativas), prevê a obrigação de se 
fundamentar sob pena de nulidade e o artigo 
489, Parágrafo Primeiro e incisos do Código 
de Processo Civil ( Lei Ordinária) , esclarece 
quais as situações em que não se considera 
fundamentada as decisões, seja sentença, 
decisão interlocutória e acórdãos. 
Feitas as considerações acima verificamos a 
importância da fundamentação do juiz em 
suas decisões, inclusive nos acórdãos, que 
são atos específicos dos colegiados dos 
tribunais (Artigo 204 do CPC), é por essa 
razão, que a segunda regra está pautada na 
fundamentação, considerada pelo legislador 
como mais uma forma de exceção à Remessa 
Necessária. 
 
O Parágrafo 4º do artigo 496 do Código de 
Processo Civil, estabelece: 
 
 
“Também não se aplica o disposto neste 
artigo quando a sentença estiver fundada 
em”: 
 
I - Súmula de tribunal Superior; 
 
II - Acórdão proferido pelo Supremo 
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
 
III - entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência 
 
IV - entendimento coincidente com 
orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, 
consolidada em manifestação, parecer ou 
súmula administrativa 
 
 
13. TERMO DE TRATAMENTO: 
 
 
a) Apelante, àquele que inconformado 
apresenta o recurso de Apelação, apresenta as 
razões do Recurso de Apelação. 
 
b) Apelado, àquele que apresenta as 
contrarazões ao recurso de apelação; 
 
c) Embargante, àquele que apresenta as 
razões do recurso de Embargos de 
Declaração; 
 
d) Agravante, àquele que apresenta as razões 
do recurso de agravo; 
 
e) Agravado, àquele que apresenta as resposta 
(contrarrazões) ao recurso de agravo. 
 
f) Juízo “a quo”, juízo de primeira instância; 
 
g) Juízo “ad quem”, juízo de segunda 
instância. 
 
Observação: 
 
1)A decisão do juiz que INDEFERIR a 
petição inicial é pura SENTENÇA nos 
termos do artigo 331 do Código de Processo 
Civil, comportando recurso de apelação, 
podendo o juiz se retratar do indeferimento 
no prazo de 5 dias. Caso o juiz venha a se 
retratar chamamos de JUÍZO DE 
RETRATAÇÃO ( significa voltar atrás). 
 
 
Não existindo retratação o juiz determinará a 
citação do Réu, para se quiser responder 
apresentando as contras-razões ao Recurso 
apresentado pelo indeferimento. 
 
A sentença de indeferimento em sendo 
reformada pelo tribunal, os autos voltará ao 
juízo de primeira instância, onde o prazo 
para a apresentação de contestação, 
começará a correr a partir da intimação 
do retorno dos autos, sendo observado o 
artigo 334 do Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
 
 
RECURSO DE APELAÇÃO. 
 
ARTIGOS 1.009 ao 1.014 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
I – INTRODUÇÃO: 
 
O Recurso de Apelação é recurso cabível das 
SENTENÇAS (Artigo 203, Parágrafo 
Primeiro), seja sem resolução de mérito ou 
com resolução do mérito, buscando a 
reforma total ou parcial ou sua invalidação 
nos termos do artigo 1.009 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
II – ENDEREÇAMENTO: 
 
É conhecido como o recurso por 
EXCELÊNCIA, considerando que o 
Apelante, poderá discutir toda a matéria que 
já fora objeto em primeira instância. 
 
O Recurso de Apelação será endereçado por 
petição escrita ao MM. JUIZ que proferiu a 
sentença devendo contém os requisitos do 
artigo 1.010 do Código de Processo Civil. 
 
Apresentado o recurso de Apelação o 
Apelado, será intimado para apresentar as 
suas contrarazões ao Recurso de Apelação, 
nos termos do Parágrafo 1º do artigo 1.009 do 
Código de Processo Civil. 
 
O Apelado apresentando Apelação Adesiva 
(Recurso Adesivo), será intimado o Apelante 
para apresentar as contrarrazões ao recurso 
adesivo. Parágrafo 2º do artigo 1.009 do 
Código de Processo Civil.Observação: 
 
Nos termos do Novo Código de Processo 
Civil, contrariando o Código Processual de 
Buzaid, a admissibilidade não é realizada 
mais pelo juízo de primeira instância, mas 
sim pelo Tribunal na pessoa do Relator. 
Parágrafo 3º do artigo 1.009 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
III – PREPARO E TEMPESTIVIDADE: 
 
 
O Recurso de Apelação quando de sua 
apresentação deverá ser acompanhado do 
respectivo (artigo 1007, Parágrafos 1º, 2º, 3º 
4º e 5º do CPC ), PREPARO e do PORTE 
DE REMESSA E RETORNO, quando a lei 
exigir, se o preparo for insuficiente o 
recorrente será intimado na pessoa de seu 
advogado para completa-lo no prazo de 5 
dias, sob pena de deserção, não existindo 
preparo o recorrente será intimado na pessoa 
de seu advogado para em 5 dias realizar o 
preparo em dobro, sob pena de deserção. 
 
O Relator poderá relevar a pena de deserção 
se o apelante provar JUSTO 
IMPEDIMENTO, onde o relator relevara a 
pena de deserção, decisão irrecorrível nos 
termos do artigo 1.007, Parágrafo Sexto do 
Código de Processo Civil. 
 
O Recurso de Apelação deve ser apresentado 
no prazo de 15 dias nos termos do artigo 
1.003, Parágrafo Quinto do Código de 
Processo Civil. 
 
 
IV – DISTRIBUIÇÃO DO RECURSO DE 
APELAÇÃO: 
 
Após a distribuição do recurso, o juiz abrirá 
vista ao Apelado para em 15 dias apresentar 
as contrarrazões. 
 
As razões recursais são apresentadas pelo 
Apelante, ou seja, são as razões legais que 
vão sustentar o recurso de apelação, as 
contrarrazões, são apresentadas pelo 
Apelado, no mesmo prazo do recurso de 
apelação, representa os pontos legais que vão 
contradizer a decisão do juiz. Artigo 1.010, 
Parágrafos 1º e 2º do CPC. 
 
As apresentadas as contrarrazões ou 
ocorrendo à preclusão, os autos serão 
encaminhados ao competente tribunal, 
independentemente de juízo de 
admissibilidade. Artigo 1.010, Parágrafo 
Primeiro do CPC. 
 
Observação: 
 
As questões resolvidas no curso do processo 
de Conhecimento, se a decisão não comporta 
recurso de Agravo de Instrumento (Artigo 
1015, e incisos do CPC), não ficam 
prejudicadas, pois não estão sujeitas à 
preclusão, a parte inconformada deve 
suscitá-la de forma preliminar nas razões ou 
contrarrazões do recurso de apelação. Artigo 
1.009, Parágrafo Primeiro do CPC. 
 
 
V – O Recurso de Apelação no Tribunal: 
 
Enviado ao tribunal o recurso de Apelação, 
será imediatamente distribuído a um do 
Relator, que tomará as seguintes providencia, 
conforme Artigo 1.011 e incisos do CPC. 
 
I – decidi-lo monocraticamente (significada 
decisão imediata pelo próprio relator sem 
levar o recurso à sessão de julgamentos para 
a participação de seus pares), apenas nas 
hipóteses do artigo 932, incisos III a V; 
 
 
II – se não for o caso de decisão monocrática, 
elaborará seu voto para julgamento do 
recurso pelo órgão colegiado. 
 
 
Artigo 932, incisos III a V do Código de 
Processo Civil: 
 
III - não conhecer de recurso inadmissível, 
prejudicado, ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão 
requerida: 
 
Recurso inadmissível, significa que o 
Relator, responsável pela admissibilidade 
observou a falta de um dos pressupostos 
objetivos ou subjetivos. 
 
Recurso prejudicado é aquele onde a decisão 
do juiz fora revogada, cassada ou o mesmo 
lançou mão do Juízo de Retratação, perdendo 
o sentido do recurso. 
 
O recorrente em suas razões “não tenha 
impugnado especificamente os 
fundamentos da decisão requerida” 
 
II – negar provimento a recurso que for 
contrario a: 
 
A - súmula do STF., STJ., ou do próprio 
tribunal; 
 
B - acórdão proferido pelo STF., STJ., em 
julgamento de recursos repetitivos; 
 
C – entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência. 
 
 
V – depois de facultada a apresentação de 
contrarrazões, dar provimento ao recurso 
se a decisão recorrida for contraria a : 
 
Letras “a” à “c” . 
 
 
 
VII – EFEITOS do RECURSO de 
APELAÇÃO: 
 
 
O recurso de Apelação, será recebido no 
efeito devolutivo, entretanto, será recebido 
em ambos os efeitos nos casos previstos no 
artigo 1.012, Parágrafo Primeiro e incisos do 
CPC., sendo possível requerer o 
cumprimento provisório da sentença nos 
termos do Artigo 1.012, Parágrafo Segundo 
do CPC. 
 
 
Reitero que o rol existente no Artigo 1.012, 
Parágrafo Primeiro do CPC., não é taxativo, 
mas exemplificativo, podendo outras ações 
através do respectivo recurso ser recebido no 
efeito suspensivo, conforme artigo 995, 
Parágrafo Único do CPC.,. 
 
Existem dois momentos distintos para o 
apelante requerer que o recurso de apelação 
seja recebido tb, no efeito suspensivo: 
 
a)requerido ao tribunal no período 
compreendido entre a interposição da 
apelação e sua distribuição, ficando o relator 
prevento para julgá-la; 
 
b)requerido diretamente ao relator, se o 
recurso já fora distribuído, nos termos do 
artigo 1.012, parágrafo terceiro do CPC. 
 
O Parágrafo Quarto do artigo 1.012 do 
CPC., reitera o Parágrafo único do artigo 
995, onde impõe requisitos para a 
concessão do efeito suspensivo: 
 
a)o apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso; ou 
 
b)sendo relevante a fundamentação houver 
dano grave ou de difícil reparação. 
 
VIII – Processo em Condições Imediatas de 
Julgamento: 
 
Estando o recurso em condições imediatas de 
julgamento o relator deve decidir desde logo 
o mérito nos seguintes casos do artigo 1013 e 
incisos do Código de Processo Civil: 
 
I – reformar a sentença fundada no artigo 485 
do Código de Processo Civil, ou seja, sem 
enfrentamento do mérito; 
 
II – decretar a nulidade da sentença por não 
ser ela congruente com os limites do pedido 
ou da causa de pedir; 
 
III – constatar a omissão no de exame de um 
dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
 
IV – decretar a nulidade da sentença por falta 
de fundamentação; 
 
 
Observação: 
 
Nos casos em que o tribunal reformar 
sentença acolhendo prescrição e decadência, 
o tribunal se possível deve julgar o mérito, 
sem determinar o retorno dos autos a primeira 
instância. Parágrafo 4º do artigo 1.013 do 
Código de Processo Civil. 
 
O capitulo da sentença que confirma, concede 
ou revoga a tutela provisória é impugnável na 
apelação. Artigo 1.013, Parágrafo 5º do 
Código de Processo Civil.

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