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AD2 Português VII - Raphael Soares da Silva - Letras - Paracambi

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: Língua Portuguesa VII – Estudos de Diacronia 
Coordenador: Profa. Dra. Danielle Kely Gomes 
Avaliação a Distância 2 – 2019/1
Aluno: Raphael Soares da Silva Polo: Paracambi Matricula: 16213120126
Leia atentamente o fragmento a seguir: 
“As alterações fonológicas ocorridas entre o latim e o português muito têm a explicar sobre a evolução morfológica e sintática do português”. (Tarallo, 1990: 103)
 Como você analisaria tal comentário: mudança encaixada ou não encaixada? Argumente em favor de sua escolha, com base em exemplos de mudança linguística verificados na passagem do latim para o português.
Bom trabalho a todos!
 As mudanças encaixadas recebem esse nome porque são processos linguísticos que estão diretamente vinculados a outros processos dentro do sistema. Quando afirmamos que a fixação da ordem das palavras é uma mudança sintática encaixada, podemos dizer isso, já que a ordem dos elementos da oração se fixou porque a morfologia das palavras se alterou com a perda do sistema de caso (assim, uma mudança morfológica deu origem a uma mudança na sintaxe, uma mudança se ancora em outra no sistema linguístico). Podemos citar como exemplos de mudanças encaixadas o enfraquecimento das consoantes finais leva ao fim do sistema morfológico de casos . 
Já as mudanças não encaixadas resultam da diferença entre modalidades (oral vs. escrita) na passagem da variedade clássica do latim para a variedade vulgar, encontramos a perda da forma sintética do futuro imperfeito do indicativo, amabo e audiam, no sistema latino falado, em favor de uma forma perifrástica, amare habeo e audire habeo Importante observar que a função é preservada, ou seja, a forma aparece, entretanto, diferentemente da modalidade escrita, constituindo, assim, uma perda morfológica não-encaixada, não de função, mas de forma.
 As duas situações (processos morfossintáticos encaixados e não-encaixados) estão presentes na passagem do latim para as línguas românicas, com ênfase no português. No âmbito das mudanças encaixadas obtemos o enriquecimento sintático/funcional das preposições; já entre mudanças não-encaixadas: surgimento dos artigos e dos pronomes pessoais de 3ª. Pessoa.

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