Buscar

Artigo - Violência contra a mulher e feminicídio - 02-2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

23
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE GOIÁS – IESGO 
ACADÊMICAS EM DIREITO 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
E FEMINICÍDIO 
AUTORE (A) (S):Andressa Miranda Morais; 
Amanda Machado dos Santos; 
Cindy Freitas Dalepiane; 
Isabella Nogueira Carvalho; 
Lorrayne Gonçalves de Andrade; 
Maria Clara de Souza. 
ORIENTADOR (A): Prof. Esp. Alisson Carvalho dos Santos. 
FORMOSA – GO 
2018 
ANDRESSA MIRANDA MORAIS 
AMANDA MACHADO DOS SANTOS 
CINDY FREITAS DALEPIANE 
ISABELLA NOGUEIRA CARVALHO
LORRAYNE GONÇALVES DE ANDRADE 
MARIA CLARA DE SOUZA 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
E FEMINICÍDIO 
Trabalho Escrito do Seminário apresentado a matéria de Psicologia Jurídica do curso de graduação em Direito do Instituto de Ensino Superior do Goiás - IESGO como requisito parcial para obtenção da aprovação referente ao 2° Semestre de 2018. 
ORIENTADOR (A): Prof. Esp. Alisson Carvalho dos Santos. 
FORMOSA – GO 
2018 
Trabalho Escrito do Seminário de autoria de Andressa Miranda Morais; Amanda Machado dos Santos; Cindy Freitas Dalepiane; Isabella Nogueira Carvalho; Lorrayne Gonçalves de Andrade e Maria Clara de Souza, intitulada VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E FEMINICÍDIO, apresentada como requisito parcial para a obtenção de nota referente ao 2º semestre de 2018 em DIREITO do Instituto de Ensino Superior de Goiás – IESGO, em 30 de Outubro de 2018, defendida e aprovada pelo educador Professor Alisson Carvalho dos Santos. 
_______________________________________________________
Professor de Psicologia Jurídica, Alisson Carvalho dos Santos 
Orientador (a) 
Direito – IESGO 
_______________________________________________________
Professor de Psicologia Jurídica, Alisson Carvalho dos Santos 
Examinador (a) 
Direito – IESGO 
FORMOSA – GO 
2018 
RESUMO
Referência: MORAIS, Andressa Miranda. SANTOS, Amanda Machado. DALEPIANE, Cindy Freitas. CARVALHO, Isabella Nogueira. ANDRADE, Lorrayne Gonçalves. SOUZA, Maria Clara. Título: Violência contra a mulher e Feminicídio, 2018, 24 páginas , Psicologia Jurídica, Direito, Instituto de Ensino Superior de Goiás – IESGO, Formosa- GO. 
O presente artigo trata-se de um estudo relacionado à violência contra as mulheres, de maneira que serão abordadas questões como a Lei Maria da Penha, feminicídio, os diversos avanços na sociedade contemporânea e os direitos conquistados; comentando também às consequências de atos pejorativos- que menosprezem as mulheres- a saúde física e psicológica das vítimas; sem deixar de abordar o que é a violência e algumas das realizações alcançadas em vários aspectos. Sendo o objetivo geral retratar como ainda existem demasiadas barreiras impedindo que a igualdade entre gêneros torne-se realidade. 
Palavras - Chave: Mulher; Feminicídio; Violência; Consequência; Doméstica. 
ABSTRACT
Reference: MORAIS, Andressa Miranda. SANTOS, Amanda Machado. DALEPIANE, Cindy Freitas. CARVALHO, Isabella Nogueira. ANDRADE, Lorrayne Gonçalves. SOUZA, Maria Clara. Title: Violence against women and Feminicide, 2018, 24 pages, Legal Psychology, Law, Institute of Higher Education of Goiás - IESGO, Formosa- GO.
This article deals with a study related to violence against women, so that issues such as the Maria da Penha Law, feminicide, the various advances in contemporary society and the rights conquered will be addressed; also commenting on the consequences of pejorative acts - which demean women - the physical and psychological health of the victims; while addressing what is violence and some of the achievements achieved in various aspects. The overall goal is to portray how there are still too many barriers preventing gender equality from becoming a reality.
Keywords: Woman; Feminicide; Violence; Consequence; Domestic.
SUMÁRIO 
	1 
	Introdução..........................................................................................................
	07 
	2 
	Conceito de Violência........................................................................................
	07 
	3 
4 
4.1 
4.2 
4.3 
4.4 
5 
6 
6.1 
6.2 
6.3 
6.4 
	Mulher na história e suas conquistas.................................................................
Lei Maria da Penha............................................................................................
Maria da Penha é uma pessoa real e quase foi assassinada...............................
Benefícios que a alteração da Lei originou........................................................
Também pode valer para casais de mulheres e transexuais...............................
Lei vai além da violência física.........................................................................
Consequências e distúrbios emocionais causados pela violência doméstica..........
Feminicídio........................................................................................................
Da evolução histórica: Sociedade patriarcal......................................................
Tipificação e cenário..........................................................................................
Legislação..........................................................................................................
Feminicídio no Brasil.........................................................................................
	09
10 
11
11 
12 
12 
12
14
15 
16
17 
19 
	7 
8 
	Considerações Finais.........................................................................................
Referências.........................................................................................................
	20 
22
1 – INTRODUÇÃO 
Neste será retratado e possível compreensão sobre o conceito da violência, dados conseguintes de ser complexo, por obter várias opções de interpretação, contendo surgimento nas sociedades e sendo um aspecto não tão natural de cada ser humano, mas por algo ímpeto do comportamento que traduz em grande força física ou verbal sobre outrem. Com a evolução da mulher, ocorreu grandes mudanças nas últimas décadas, antigamente, o sexo feminino era dado somente para trabalhos domésticos, agradar o marido e reproduzir-se, mas com o Movimento Feminista começou a ser possível se ingressar no mercado de trabalho e exercer profissionais que tanto sonhavam, obtendo uma vida e uma estabilidade igual a todos os homens e no século XXI são tratadas igualmente. Mas, por algumas divergências e violência sobre tais mulheres, principalmente pelo caso em 1983 com a Maria da Penha sofrendo diversas agressões e tentativa de assassinato, conclui-se na criação da Lei Maria da Penha, nº 11.340/06. 
A violência contra mulheres não surgiu há pouco tempo e é existente em todas as sociedades, não tendo fatores concretos para possuir necessidade de praticar tal ato e dando-se resultados ao longo prazo por distúrbios psicológicos, dificuldades de convivência, medo exacerbado e entre outros. Sendo possível denotar sobre o feminicídio, artigo 226 do Código Penal, homicídio doloso. O assassinato de mulheres pelo simples fato de serem deste gênero e cometido na maioria das vezes por parceiros que contêm desejo de domínio sobre as mesmas. 
2 - CONCEITO DE VIOLÊNCIA 
A violência é característica do animal humano, faz parte dele, provém do instinto. Porém, após o longo processo de civilização do ser humano, conseguimos atenuar o nível de violência do homem, classificando-o como civilizado. 
Uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. (KRUG et al., 2002, p. 5).[footnoteRef:2] [2: KRUG, E. G. et al. (Org.). Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: Organização Mundial da Saúde, 2002.] 
Este conceito é complexo e possui várias vertentes, uma vez que a violência possui diversas e diferentes formas. A violência possui dois tipos de caráter: natural e artificial. A natural seria aquela cuja não se pode evitar e que todas as pessoasestão fadadas a lidar; já a violência artificial é a que, em geral, acontece de forma presunçosa, que apresenta o poder originar danos físicos e psicológicos através de meios como: força ou comportamento voluntário que retire a liberdade ou vontade de outrem. 
As propriedades do conceito de violência podem variar de acordo com o tempo, espaço e cultura. É possível que a violência seja interpretada, analisada e descrita pelas múltiplas ciências existentes como a sociologia, a biologia, a psicologia, o direito e a filosofia. Os peritos dessas e outras áreas de conhecimento discorrem a respeito da violência, enfatizando um ou mais elementos, porém dificilmente a considerando em uma totalidade. 
Há também a questão dos teores de violência. Sua especificação depende dos parâmetros escolhidos, dos indícios da realidade prática, dos jeitos de abolir a violência e de outras singularidades. O conceito de violência é tão vasto que raramente as classificações envolvem todos os exemplos. Ainda assim, a tipologia de violência serve para formar uma imagem sólida de suas especificidades. 
Entre as formas de violência, é possível mencionar a violência provocada e a gratuita, a real e a simbólica, a sistemática e a não sistemática, a objetiva e a subjetiva, a legitimada e a ilegitimada, a permanente e a transitória. A enumeração dessas formas é atualmente problemática. Na realidade, essa relação apenas tem um objetivo didático, isto é, a possibilidade de ver melhor o fenômeno. Assim, temos a guerra, a revolução, o terrorismo, o genocídio, o assassinato, o crime organizado, a violência urbana, a violência contra a criança, contra o adolescente, contra a mulher; o estupro, o assédio sexual, o bullying, o vandalismo. Também podemos acrescentar a corrupção como forma de violência e seus derivados como nepotismo, propina, extorsão, tráfico de influência e outras modalidades. (MODENA, 2016, p. 11). [footnoteRef:3] [3: MODENA, Maura Regina. Conceito e formas de violência. UCS, 1992. Disponível em: <https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-conceitos-formas_2.pdf>. Acessado em: 26 set. 2018. 
] 
Há ainda inúmeras outras formas de violência, determinadas pela alternância de intensidade, momentaneidade e continuidade. 
3 - MULHER NA HISTÓRIA E SUAS CONQUISTAS 
É corriqueiro ouvir discussões sobre as mudanças comportamentais das mulheres nas últimas décadas, tal situação desbravou oportunidades antes consideradas impossíveis para as mesmas. O Feminismo representa uma onda de protestos com razão sólida (direitos iguais para ambos os sexos), portanto, a seguir serão comentadas algumas das transições por elas alcançadas. 
Na Roma Antiga existia supremacia do patriarcado, as tribos eram organizadas de maneira a qual quando o líder vigente falecesse, um dos filhos do sexo masculino o substituísse; o papel das filhas, entretanto, era apenas de perpetrar atividades domésticas e encontrar um marido, passando a ser parte de outra família. Sendo assim, uma considerável expressividade era vista somente no direito primitivo. Isto é perceptível nas palavras de Wolkmer.
“Em suma, de todos os sistemas de regras legais das sociedades primitivas, o destaque maior é atribuído ao direito matrimonial. Não só é o mais abrangente sistema legal, como o fundamento essencial dos costumes e das instituições.A força do direito matriarcal define que o parentesco só se transmite através das mulheres e que todos os privilégios sociais seguem a linha materna”. (2007, p.10). 
Isso exibe como os fatores sociais influenciaram, desde o início, a maneira como são impostos os papéis dos indivíduos, tendo significativa relação com o preconceito direcionado ao sexo feminino, impondo barreiras que até os dias atuais tem sido difíceis de romper, tendo por consequência a violência doméstica, por exemplo. 
No século XVII, quando o Movimento Feminista realizou diversas ações de cunho político, a inserção no mercado de trabalho passou de um mero sonho para algo alcançável, impulsionado pela I e II Guerras Mundiais, afinal, quando os homens estavam envolvidos com as batalhas, restava a elas cuidar das cidades e a partir disso, começaram a tomar frente dos negócios de família e lugar nos ofícios. 
Com o crescimento do Capitalismo, movimentos como o Fordismo, com linhas de produção em série, e desenvolvimento da intensa utilização de maquinaria, ocorreu transferência da mão de obra feminina para as fábricas. A Constituição de 1932 foi uma grande conquista, pelo menos em quesito legislação, ao afirmar no artigo 1° que, “Sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor corresponde salário igual”. 
As dificuldades financeiras auxiliaram no aumento de atividades para as mulheres, já que em 1991, dezoito por cento das famílias eram chefiadas por mulheres e segundo o Censo[footnoteRef:4] de 2000, esta quantia subiu para vinte e cinco por cento. Mas mesmo com tal evolução, ainda existia demasiada distinção entre homens e mulheres, algo que elas ainda pretendiam romper. [4: O censo ou recenseamento demográfico é um estudo estatístico referente a uma população que possibilita o recolhimento de várias informações, tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas. Esse estudo é realizado, normalmente, de dez em dez anos, na maioria dos países pelo órgão responsável. No Brasil, o órgão que realiza estas atividade é o IBGE.] 
As manifestações também entraram na esfera literária, o meio que, nos anos 90, foi o de representatividade feminista. Os jornais escritos por mulheres entraram em circulação a partir do ano 1950, sendo que temas como as conquistas de mulheres de outros países, a questão da maternidade e educação feminina eram os mais abordados. 
Havia então um estímulo às brasileiras para continuar lutando pelos direitos e liberdade de expressão, ainda escassos. Então, na Constituição de 1934, fora incluída a permissão de votar e concorrer à cargos públicos, uma grande vitória para o movimento que emergia desde o início do século XX. 
Contudo, diante de tantas mutações sociais, a questão da violência não deixou de existir, em particular a de cunho familiar, que acabava ficando sem solução, o que mostrou que mesmo com o Artigo 113, inciso 1 da Constituição Federal afirmando que, “todos são iguais perante a lei”, ainda havia muita diferença e submissão a estas. 
4 - LEI MARIA DA PENHA 
A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, visa proteger a mulher da violência doméstica e familiar. A Lei ganhou este nome devido à luta da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, com o intuito de que seu agressor fosse condenado. 
4.1 - Maria da Penha é uma pessoa real e quase foi assassinada 
Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor universitário Marco Antônio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha tornou-se paraplégica; a segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la no chuveiro. Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento, já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado a dez anos de reclusão, porém, conseguiu recorrer. 
Mesmo após quinze (15) anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveros só foi preso em 2002, para cumprir apenas doisanos de prisão. Em setembro de 2006 a Lei n° 11.340/06 finalmente vigorou, fazendo com que a violência contra a mulher deixasse de ser tratada como um crime de menor potencial ofensivo. 
4.2- Benefícios que a alteração da Lei originou
A Lei Maria da Penha alterou o Código Penal brasileiro, fazendo com que os agressores sejam presos em flagrante ou que tenham a prisão preventiva decretada, caso cometam qualquer ato de violência doméstica pré-estabelecido pela lei. Outra grande alteração que a Lei Maria da Penha trouxe foi a eliminação das penas alternativas para os agressores, que antes eram punidos com pagamento de cesta básica ou pequenas multas. O agressor também pode ser condenado a três anos de reclusão, sendo que a pena é aumentada em um terço caso o crime seja praticado contra uma pessoa portadora de deficiência. 
4.3 - Também pode valer para casais de mulheres e transexuais: 
Estende-se também para casais homo afetivos, ou seja, formados por duas mulheres ou transgêneros (que identificam ser do gênero feminino). 
4.4 - Lei vai além da violência física: 
Muitas pessoas tem o conhecimento da Lei Maria da Penha pelos casos de agressão física. Mas a mesma vai muito além e se identifica também como casos de violência doméstica, tais como: 
- Sofrimento psicológico: o isolamento da mulher, o constrangimento, a vigilância constante e o insulto; 
- Violência sexual: manter uma relação sexual sem a vontade da mulher, uma relação não desejada por meio da força, obrigar o casamento e também impedir que a mulher use de métodos contraceptivos; 
- Violência patrimonial: é a questão da destruição ou subtração dos seus bens, tais como recursos econômicos ou documentos pessoais. 
A criação da Lei é de extrema importância na luta contra a realidade assustadora de violência doméstica e contra a desigualdade de gêneros. Com a promulgação da Lei Maria da Penha, o número de denúncias de violência doméstica aumentou, portanto, infere-se que as mulheres passaram a ter maior conhecimento sobre seus direitos. A Lei é responsável ainda pela criação de locais e serviços que eram antes inexistentes: delegacias com atendimento especializado, por exemplo.
5 - CONSEQUÊNCIAS E DISTÚRBIOS EMOCIONAIS CAUSADOS PELA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
A maioria do senso comum social acredita que a Lei tutela somente a integridade física da mulher, o que não é verdade, conforme podemos observar sem maiores dificuldades na Lei Maria da Penha (11.340/06). São muitas as formas de violência praticadas no cotidiano contra a mulher e a Lei especifica isso de forma muito transparente. De acordo com o site Canal Ciências Criminais[footnoteRef:5], o tempo nos mostrou com a prática do exercício da advocacia criminal, que são 4 (quatro) as fases de violência contra a mulher que acontecem, seguramente, em mais de 90% dos casos. São elas: Agressão verbal; Agressão física; Agressão sexual e Morte. [5: O Canal Ciências Criminais é um portal jurídico de notícias e artigos voltados à esfera criminal com o objetivo de enfrentar a crise do ensino jurídico nos dias de hoje.] 
Sendo assim, a violência doméstica presente em grande parte no âmbito das famílias, se instaura como um grave problema social, de saúde pública, que causa consequências e danos psíquicos, morais e físicos. Dentre esses danos a maioria se caracteriza como irreversível, afetando diversos domínios e sistemas. 
As Consequências da violência doméstica dependem de diversos fatores, segundo Emery&Laumann-Billings (1998): 
As consequências da violência doméstica podem afetar diversos domínios e sistemas envolvidos. 
1 - Como Consequências nas Vítimas, poderão existir: 
1.1 - Consequências Físicas 
1.2 - Distúrbios Emocionais 
1.3 - Consequências Financeiras 
1.4 - Consequências Profissionais 
Pelo menos 80 milhões de mulheres dos países da comunidade europeia já sofreram de violência doméstica. O fenómeno tem custos efetivos na ordem dos 34 biliões de euros por ano equivalentes a 555 euros per capita. (Mendes Bota in LUSA, 5-7-2007). [footnoteRef:6] [6: LUSA, Mendes Bota.  Violência Doméstica. Rio de Janeiro, 2007. 
] 
A violência contra a mulher pode ocorrer de diversas formas, trazendo consequências psicológicas, físicas e mentais. A violência psicológica é um tipo de violência contra a mulher que se manifesta de maneira invisível, ela se instala de forma controladora, retirando a autenticidade e a liberdade psicossocial da mulher como ser individual. Ela acontece de forma constante e repetitiva, sutil e bilateral. 
As proibições, ameaças, intimidações, manipulações, acabam fazendo uma reforma de pensamentos, crenças, desestimulando as ações críticas do indivíduo. Esse tipo de violência pode levar a distúrbios como a perda de identidade, perda de autoestima, depressão, ansiedade e ideias suicidas, transtornos estes que prejudiquem a saúde mental do indivíduo. 
Um dos importantes sintomas deste tipo de violência é a negação, a idealização de um parceiro, a esperança na mudança por medo e dependência do mesmo. A sensação de impotência e de auto culpabilidade são comuns nesse processo de contribuição da relação abusiva, o que torna o indivíduo totalmente vulnerável e incompreendido. A violência de forma física acarreta em fraturas, invalidez, deficiência e até a morte. 
Existem também consequências profissionais, familiares e sociais, levando a geração de custos, desagregação familiar, sofrimento e carências diversas. A violência contra a mulher seja em qual for a esfera, se tornou um problema de saúde pública, visto que ela altera e prejudica em todos os níveis sociais, a vida da mulher. Necessitando de um apoio e incentivo governamental e social na luta contra qualquer tipo de violência, sendo necessário uma fiscalização ativa da comunidade no tratamento, apoio e reinserção da mulher nos meios, tornando real a valorização e assistência o a reconstrução e tratamento nos âmbitos familiar, profissional, emocional e social. 
6 – FEMINICÍDIO 
Atualmente, um tipo criminal está sendo bastante rotineiro no que se relaciona a agressão feminina, sendo ele: o feminicídio. Crime este considerado como “homicídio doloso pelo Código Penal, praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, ou seja, desprezando, desconsiderando a dignidade da vítima enquanto mulher.” (CAVALCANTE, Márcio André Lopes, 2016) [footnoteRef:7] [7: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Feminicídio (art. 121, § 2º, VI, do CP). Jusbrasil, 2016. Disponível em: <https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/artigos/337322133/feminicidio-art-121-2-vi-do-cp>.
] 
O índice de homicídios masculinos é em média superior ao feminino. Entretanto, não se pode descartar essa outra parcela afetada. Em grande parte dos casos o crime for cometido pelo parceiro íntimo, que é habitual no regime patriarcal, cujas mulheres são dependentes financeiramente e sentimentalmente do assassino. As causas deste ato não se dão por doenças patológicas do agressor, mas sim, pelo desejo de domínio sobre a mulher; geralmente, por ela não cumprir obrigações impostas por tal cultura, o que explica a desigualdade de poder que inferioriza e subordina as mulheres aos homens, estimulando o sentimento de posse e controle dos corpos femininos e uso da violência como punição e mecanismos para mantê-las na situação de subordinação. O assassinato da mulher pelo fato de ser deste gênero demonstra a perpetuação da dominância masculina que está profundamente enraizada na sociedade. 
6.1 - Da evolução histórica: Sociedade patriarcal
O novo conceito de união de indivíduos com propósito de procriação consolidou-se na Roma Antiga, tornando-o pilar da formação social como estrutura familiar. A descendência romana tinha como centro o sexo masculino, enquanto a mulher possuía apenas uma função: gerar herdeiros. O patriarca não poder do pai, mas o poder masculino sobre os demais- exercia domínio e controle sobre toda sua família e subordinados, ao qual, sua ordem era soberana naquela instituição onde nem o Estado poderia interferir. Nessa relação da Idademédia sobre estruturas caracterizadas pela supremacia masculina, desvalorização da identidade feminina e atribuição do ser feminino somente para gerar descendência é que nasce a base da sociedade contemporânea. 
Apesar das eventuais e perceptíveis mudanças culturais, desenvolvimento tecnológico e evolução social o patriarcado ainda está enraizado na moral humana. Tais "preconceitos" se encontram com menor evidência e negados pela legislação, mas ainda sim continua presente, tanto no meio social quando no familiar e profissional. 
Mesmo com a atual discussão sobre a dignidade feminina e busca de igualdade, ainda é perceptível vestígios em pequenas práticas que não aparentam ter caráter ofensivo, mas que é notória a presença da herança patriarcal. 
Na instituição familiar pode-se notar a nítida divisão de trabalho hierarquizada: onde o pai fica encarregado de trazer o sustento familiar -por meio de serviços prestados- enquanto a mulher é responsável apenas de deveres caseiros e da criação dos filhos. Contudo, mesmo com os avanços na tese de desenvolvimento feminino, ao qual a nova imagem de esposa moderna, independente, que tem carreira profissional e seu próprio sustento financeiro, ser cotidiano na vida de grande parte da população do sexo "frágil", ainda existe uma considerável parcela daquelas que são dependentes de seu companheiro. 
Devido aos inegáveis séculos de total submissão ao sexo dominante foi-se impressa uma imagem para sociedade e Estado do "sexo frágil", o que resulta com a intensificação de possíveis agressões de toda espécie à mulher. E essas opugnações não são evidenciadas apenas por violência física, o uso de poder ou qualquer outro artifício com finalidade de dominação e exploração do próximo, nada mais é do que uma forma de violência. A opressão feminina ocorre muito antes de um tapa; ela se esconde no julgamento discriminatório que a comunidade desempenha quando uma mulher destoa do comportamento estipulado pelo machismo patriarcal. 
É perceptível esse tipo de dominância segundo estudo feito pela Fundação Perseu Abramo/SESC (2011) que a presença no subconsciente social é comprovada quando “o percentual de mulheres, que conhecemos e que já sofreram algum tipo de violência por parte de um homem conhecido ou desconhecido, é de 70%.”.Este pensamento de mulher submissa, que está empregando na psique humana, em muitos casos é passado por meio familiar, influência paterna, mídias e emissoras de comunicação que disseminam essa tendência.
A primeira legislação a entrar em vigor no intuito de combater a violência de gênero nasce em 2006, por meio da pressão exercida pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, e é criada a lei 11.340/2006 vulgo "Lei Maria da Penha" em homenagem a uma senhora que após sofrer inúmeras agressões de seu parceiro teve como consequência a paralisia dos membros inferiores. (CABETTE, Eduardo Luiz Santos. 2013).[footnoteRef:8] [8: CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Violência contra a Mulher - Legislação Nacional e Internacional. Jusbrasil, 2013. Disponível em: <https://eduardocabette.jusbrasil.com.br/artigos/121937941/violencia-contra-a-mulher-legislacao-nacional-e-internacional>.] 
6.2 - Tipificação e cenário 
O termo e a tipificação do crime de assassinato da mulher por questão de gênero é um assunto muito atual, apesar de tais preconceitos ocorrerem com as mulheres há décadas. Com o novo texto legal, o legislador almeja não somente punir os infratores, mas sim que os demais se conscientizassem e sejam desestimulados a cometer tal ação, pois o objetivo da norma é desmoronar toda e qualquer conduta infratora. Apesar da deficiência do banco de dados em relação a esse delito, já são perceptíveis mudanças no comportamento e opinião da comunidade sobre o desrespeito, preconceito ou maus tratos não somente a mulher, mas a idosos e crianças. O Estado vem mostrando que não admitirá nenhum comportamento indevido. 
Mulheres assassinadas encontram-se predominantemente entre adolescentes e adultas jovens. O ato representa uma das primeiras causas de morte em mulheres jovens e adolescentes nos Estados Unidos. Em grande parte dos países, as vítimas são jovens, não brancas, pobres e vivem em espaços urbanos onde a segurança é mínima ou inexistente. 
A maioria destas mortes não é investigada pelas instituições policiais, havendo arquivamento de grande parte dos processos. Estes dados reforçam a ideia de que o feminicídio é um tipo de crime de poder e dominação, atingindo os grupos mais fragilizados na sociedade e que é mais frequente nos locais onde o Estado é tolerante com a violência, havendo impunidade para com os agressores. (MENEGHEL, Stela Nazareth. 2017, p. 5). [footnoteRef:9] [9: MENEGHEL, Stela Nazareth. Feminicídios: conceitos, tipos e cenários. São Paulo, 2017. ] 
Segundo o Ministério da Saúde: “O número de mulheres assassinadas nos últimos 30 anos cresceu 217,6% no Brasil. É o que aponta o Mapa da Violência 2012, em estudo desenvolvido pelo sociólogo Julio Jacobo. Do total de agressões contra a mulher, 42,5% são do próprio parceiro ou ex-parceiro, e 68,8% dos incidentes acontecem em âmbito doméstico. Quase a metade dos casos, 43.486 mortes, ocorreu na última década.” (2010). 
O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, mas diante desse cenário caótico existe um ponto positivo. As mulheres estão tendo um maior empoderamento, estão denunciando qualquer tipo de agressão ou violação dos seus direitos. 
6.3 - Legislação 
Antigamente, não havia nenhuma punição específica para o homicídio cometido pela questão de gênero. Ele era punido de maneira genérica como um homicídio previsto no artigo121 do Código Penal. No entanto, no dia 9 de março de 2015 teve a qualificação sancionatória do feminicídio, tendo como objetivo expor para sociedade que qualquer forma de opressão ao sexo feminino não é aceita, pois, crimes como estes espalham medo, desconfiança, pânico em toda a população desse gênero; condutas desta espécie abalam toda a tranquilidade pública. (PEREIRA, Elizangêla; 2017). [footnoteRef:10] [10: PEREIRA, Elizângela. Feminicídio - lei nº 13.104, de 9 de março de 2015. Jus, 2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/62399/feminicidio-lei-n-13-104-de-9-de-marco-de-2015>. ] 
Essa modificação na norma qualifica o feminicídio como homicídio qualificado, classificando como crime hediondo, surgindo assim algumas modificações no art. 121 do C.P. A criação da Lei do Feminicídio está apoiada no § 8° do art. 226 da Constituição Federal de 1988 – CF/88[footnoteRef:11], que prevê: [11: Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p. BRASIL. Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil. ] 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. 
Assim, o diploma legal supramencionado alterou o art. 121, §2° do Código Penal (Homicídio), incluindo o feminicídio entre suas qualificadoras. 
Art. 121. Matar alguém 
Homicídio qualificado 
§2° Se o homicídio é cometido: 
Devido a isto, foi alterado o artigo 121 do Código Penal, colocando feminicídio como um crime específico. 
Feminicídio 
VI – contra a mulher por razões da condição do sexo feminino: 
(...) 
§2°-A considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
I – Violência doméstica e familiar; 
II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
A pena prevista para o homicídio qualificado é de 12 a 30 anos de reclusão. Ainda, a Lei 13.104/2015 previu a causa de aumento de pena em seu parágrafo 7°: 
(...) 
§7° A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: 
I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II – contra pessoa menor de 14 (quatorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; 
III – na presença de descendente ou ascendente a vítima. 
A lei 13.104/2015 alterouo Código Penal e qualificou o feminicídio como crime hediondo no Brasil. Ressaltando que somente se configura feminicídio, quando são comprovadas as causas, podendo ser: agressões físicas ou psicológicas, abuso ou assédio sexual, tortura, mutilação genital, espancamentos, entre qualquer outra forma de violência que gere a morte de uma "mulher", ou seja, por exclusiva questão de gênero. Este texto legal foi criado a partir de uma recomendação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Violência contra a Mulher (CPMI-VCM). Muitas pessoas confundem a agressão doméstica com feminicídio e com o fundamento da lei Maria da Penha, que não traz consigo nenhum caráter punitivo em seu texto. Desse modo, o feminicídio não era previsto na Lei11.340/06.
6.4 - Feminicídio no Brasil 
O homicídio em caráter de gênero é um fato social bastante complexo, que exige um estudo específico para se determinar a dimensão deste delito. 
De acordo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS (2016): “No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. O Mapa da Violência de 2015 aponta que desde a década de 80 até os dias de hoje mais de 100 mil mulheres vieram a óbito pela condição de ser mulher. Em 80% dos casos o agressor é um familiar ou o próprio parceiro.” 
Esta dimensão no que decorre à morte discriminatória de uma mulher só ocorre devido a construção social, resultado de uma desigualdade de forças no que discorre o poder. Ela é criada nas relações sociais e refletida na sociedade. 
O panorama de feminicídio não só no Brasil, mas no mundo é muito grave. No Brasil, a cada dia, 13 mulheres são assassinadas, sendo pelo menos 5 vítimas do feminicídio. Nos últimos anos, houve um aumento considerável em denúncias de abuso sexual, violência doméstica ou familiar praticada por homem. Mas esse número não para aí, o índice de morte por mulheres negras é superior ao de mulheres brancas, pesquisas sobre a violência às afrodescendentes indica que o ÍNDICE de homicídio de negras cresceu 14%, enquanto que o de brancas diminuiu 8%. (SILVA, Vitória Régia. 2017). [footnoteRef:12] [12: SILVA, Vitória Régia. Taxa de homicídio de mulheres negras subiu 14% na última década, enquanto de brancas caiu 8%. Gênero e número, 2017. Disponível em: http://www.generonumero.media/homicidios-mulheres-negras-violencia/>.] 
A realidade pode ser ainda pior do que o cenário expresso pelos números de assassinatos de mulheres levantados em algumas pesquisas de vitimização. Por falta de um tipo penal específico até pouco tempo, ou de protocolos que obriguem a clara designação do assassinato de uma mulher neste contexto discriminatório em grande parte da rede de Saúde ou da Segurança Pública, o feminicídio ainda conta com poucas estatísticas que apontem sua real dimensão no País. 
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Estas, já irão dar-se resultados em todo o seguimento existencial, gerando transtornos psicológicos e dificuldade de relacionar socialmente, medo sobre todos que as rodeiam e para algumas, o suicídio chega a ser a única solução para acabar com tal conflito. Uma vez violentada, talvez a vítima nunca mais volte a ser a mesma de outrora, sua vida estará coberta de medo e angústia.
O conceito da violência se designará por diferentes conjunções, logo o mesmo resultado e ação, ressaltada por ser algo natural do homem, nascendo com aspectos violentos e ao passar dos tempos desenvolverá conforme enfrentar situações do dia a dia, mas também é fortemente encontrando naqueles do sexo masculino, possuintes de grande força e divergente de algumas mulheres, sendo mais agressivos tanto psicologicamente quanto fisicamente. Podemos encontrar uma grande diferença entre o homem e a mulher nos tempos antigos, o sexo feminino não possuía dignos valores, dadas para apenas reproduzirem e satisfazerem seus maridos, sem forças ou tom de voz que lhes poderiam proporcionar o que quisessem ser, eram obrigadas a obedecerem seus esposos. 
Mas, com algumas revoluções e passagens dos séculos, mulheres ganharam força e conseguintes de obterem e alcançarem tudo aquilo que quisessem ou querem, atualmente, é notório encontrarmos diversas mulheres na presidência, no futebol, em tribunais e até mesmo como agentes penitenciários. Tornando igualdade sobre os dois sexos. 
Como a violência é dada por algo natural do ser humano, encontramos a Lei Maria da Penha e o Feminicídio, caracterizados por agressões aos companheiros e matar mulheres pelo simples fato de serem do sexo feminino. 
Na Lei Maria da Penha, há diversos casos de mulheres que sofrem diariamente e não podem ou conseguem fazerem exatamente nada, por obterem medo ou por sofrerem ameaças por seus futuros atos. Estas, já irão dar-se resultados em todo o segmento existencial, gerando transtornos psicológicos e dificuldades de relacionar socialmente, medo sobre todos que as rodeiam e para algumas, o suicídio chega a ser a única solução para acabar com tal conflito. 
A violência pode ser compreendida como uma doença do relacionamento e no casal, mostra-se de forma insidiosa, ou seja, o crescimento da hostilidade é, geralmente, crônico e gradual. Somente assumindo a responsabilidade total pelo seu bem-estar, a mulher pode vencer seu medo e a violência. E isto ela conseguirá buscando ajuda, lendo e discutindo sobre o seu problema com quem entende; enfim, abrangendo a sua visão desta doença, das relações e de si mesma, encontrando, assim, seus verdadeiros recursos e poder para se fazer feliz.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p. BRASIL. Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
DAHLBERG, Linda L..Violência: um problema global de saúde pública. Scielo, 2007.
Ciênc. saúde coletiva. 2006, vol.11. 
DAY, V. P. et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Scielo, 2003. R. Psiquiatr. 25'(suplement 1): 9-21, abril 2003
LUSA, Mendes Bota.  Violência Doméstica. Rio de Janeiro, 2007. 
MENEGHEL, Stela Nazareth. Feminicídios: conceitos, tipos e cenários. São Paulo, 2017. Ciênc. saúde coletiva. 2017, vol.22, n.9.
WOLKMER, Antônio Carlos. Fundamentos da história do Direito. Google Books, 2007. Editora: Del Rey; Edição: 9ª, 2016.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
9 fatos que você precisa saber sobre a Lei Maria da Penha. Governo do Brasil, 2017. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/10/9-fatos-que-voce-precisa-saber-sobre-a-lei-maria-da-penha>. Acessado em: 15 set. 2018. 
CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Violência contra a Mulher - Legislação Nacional e Internacional. Jusbrasil, 2013. Disponível em: <https://eduardocabette.jusbrasil.com.br/artigos/121937941/violencia-contra-a-mulher-legislacao-nacional-e-internacional>. Acesso em: 11 set. 2018. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Feminicídio (art. 121, § 2º, VI, do CP). Jusbrasil, 2016. Disponível em: <https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/artigos/337322133/feminicidio-art-121-2-vi-do-cp>. Acesso em: 10 set. 2018. 
Consequências. Violência Doméstica, 2016. Disponível em: < https://violenciadomestica.madeira.gov.pt/compreendendo-a-violencia/consequencias >. Acesso em: 25 set. 2018. 
DUARTE, Constância Lima. Feminismo e literatura no Brasil.Scielo, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142003000300010&script=sci_arttext> Acesso em: 19 set. 2018. 
Lei Maria da Penha. Senado Notícias, 2018. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/lei-maria-da-penha>. Acessado em: 15 set. 2018. 
MODENA, Maura Regina. Conceito e formas de violência. UCS, 1992. Disponível em: <https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-conceitos-formas_2.pdf>. Acessado em: 26 set. 2018. 
MOTT, Maria Lúcia. Maternalismo, políticas públicas e benemerência no Brasil (1930- 1945). Scielo, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cpa/n16/n16a10> Acesso em: 20 set. 2018. 
ONU: Taxa de feminicídios no Brasil é quinta maior do mundo; diretrizes nacionais buscam solução. OnuBR, 2017. Disponívelem: <https://nacoesunidas.org/onu-feminicidio-brasil-quinto-maior-mundo-diretrizes-nacionais-buscam-solucao/>. Acesso em: 12 set. 2018. 
PEREIRA, Elizângela. Feminicídio - lei nº 13.104, de 9 de março de 2015. Jus, 2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/62399/feminicidio-lei-n-13-104-de-9-de-marco-de-2015>. Acesso em: 12 set. 2018. 
Pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado. Fundação Perseu Abramo. Disponível em: <https://fpabramo.org.br/2011/02/21/pesquisa-mulheres-brasileiras-e-genero-nos-espacos-publico-e-privado-2010/>. Acesso em: 10 set. 2018. 
PROBST, Elisiana Renata. A evolução da mulher no mercado de trabalho. Mobilizadores, 2014. Disponível em: <http://www.mobilizadores.org.br/wp-content/uploads/2014/05/artigo_jan_gen_a_evolucao_da_mulher_no_mercado_de_trabalho.pdf> Acesso em: 19 set. 2018. 
Significado da Lei Maria da Penha. Significados, 2017. Disponível em: <https://www.significados.com.br/maria-da-penha/>. Acessado em: 15 set. 2018. 
SILVA, Vitória Régia. Taxa de homicídio de mulheres negras subiu 14% na última década, enquanto de brancas caiu 8%. Gênero e número, 2017. Disponível em: http://www.generonumero.media/homicidios-mulheres-negras-violencia/>. Acesso em: 13 set. 2018. 
SPAGNOL, Débora. Violência psicológica contra a mulher - agressão "invisível". Jusbrasil, 2016. Disponível em: <https://www.google.com.br/amp/s/deboraspagnol.jusbrasil.com.br/artigos/408821859/violencia-psicologica-contra-a-mulher-agressao-invisivel/amp>. Acesso em: 25 set. 2018.

Outros materiais