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Texto 56 - EAD

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- Licenciatura em Ciências Biológicas / CEDERJ – 
 SEMINÁRIOS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
TEXTO 56: AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM E 
A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO 
 
Andréa Consolino Ximenes 
 
A tecnologia na Educação 
Nos últimos anos, inovações tecnológicas têm nos surpreendido a todo o 
momento. Jogos, equipamentos de vídeo e, até mesmo, eletrodomésticos e 
eletrônicos trazem novas tecnologias periodicamente, visando melhorar a nossa vida. 
Diante desse novo dia-a-dia, a Educação não pôde deixar de utilizar essas novidades 
para se atualizar e como forma de facilitar o processo de ensino e aprendizagem. 
Esse uso da tecnologia pela educação mostrou-se fundamental, por não dizer 
normal, com o crescimento e a popularização da Internet na última década. 
Crescimento este que é uma inovação da área empresarial (GADOTTI, 2000) e não 
educacional como deveria. Nossa entrada na era do conhecimento, mesmo que nem 
todos tenham ainda acesso a ela, segundo o autor, exige o uso da tecnologia. 
MORAN (1995) cita que cada inovação bem sucedida modifica os padrões 
anteriores e muda o patamar de exigência do indivíduo. Atualmente é natural que nos 
acostumemos a uma tecnologia e iniciamos a pensar em como ela poderia ser 
melhorada ou adaptada à nossas “novas” necessidades. 
Por outro lado, a introdução do uso da tecnologia não é tão fácil. A cultura do 
uso do papel é o maior obstáculo para uso da Internet atualmente, mas os alunos dos 
últimos tempos o trocam pela tela do computador com facilidade e o professor 
precisará, se já não precisa, acompanhar essa mudança. GADOTTI (2000) ainda 
afirma que a máquina ajuda o indivíduo a preservar seu cérebro apenas para pensar, 
uma vez que ela pode salvar vários dados de memória. 
O fato é que atualmente a tecnologia aparece como aliada da Educação, mas é 
o educador quem tem o papel principal nesta fusão, dispensando-a quando achar 
necessário. MORAN (2000) comenta que o importante é cada professor encontrar na 
tecnologia o que lhe auxilie a comunicar-se bem para os alunos terem um aprendizado 
completo. De nada irá adiantar o uso de equipamentos de última geração se o 
professor não encontra formas eficazes e eficientes de utilizá-las. Este será apenas 
mais um exemplo do uso da tecnologia pelo uso da tecnologia, sem fundamentação 
teórica ou para prática educacional. “O importante é diversificar as formas de dar aula, 
de realizar atividades, de avaliar”. Seguindo essa teoria o LAE cria e disponibiliza os 
ambientes virtuais para as disciplinas da FEA e os professores decidem se a 
ferramenta será ou não relevante para auxiliá-los em suas aulas. 
MORAN cita a importância do uso de ambientes virtuais e da Internet. Para ele 
“a educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas” 
(MORAN, 1997). Em outro artigo, enfatiza a importância do espaço de encontro além 
da sala de aula para alunos e professores e descreve algumas atividades 
possibilitadas pelo ambiente virtual. Dentre elas destacam-se a orientação das 
atividades pelo ambiente e a pesquisa em grupo que se transformam em discussões e 
aprendizado (MORAN, 2000). 
O uso da tecnologia e da Internet oferece ao aluno a possibilidade dele próprio 
ser o gestor de sua aprendizagem. Isto significa que o aluno terá que aprender a 
aprender para tirar maior proveito das informações contidas na rede. A filtragem de 
informações seguras da Internet também requer um aprendizado para todos os 
usuários. 
 
Os agentes no processo de ensino e aprendizagem 
Os agentes da aprendizagem são as pessoas que participam da construção do 
conhecimento de um indivíduo. Eles fazem com que o processo de ensino e 
aprendizagem seja contínuo e preciso. Qualquer modificação dos papéis dos agentes 
poderá modificar o resultado deste processo. 
- Licenciatura em Ciências Biológicas / CEDERJ – 
 SEMINÁRIOS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Porém, é sempre necessário que modificações sejam realizadas com o intuito 
de atualizar e melhorar a construção do conhecimento. Muitas teorias já foram 
pesquisadas e outras ainda estão por vir, mas o que é certo é que nenhum dos 
agentes sabe tudo sobre todos os assuntos. Todos eles estão em constante 
aprendizagem, mas nem por isso deixam de ter suas funções bem definidas. 
A figura abaixo (Figura 1) mostra a relação dos agentes da aprendizagem 
dentro do processo de ensino e aprendizagem (XIMENES, 2006). Ela ilustra a relação 
entre professor e aluno na escola, utilizando a tecnologia como suporte ao ensino. A 
idéia é que com o uso da tecnologia, o professor terá novos papéis a desempenhar e 
deverá cobrar do aluno uma nova postura. A Direção do instituto terá papel marcante 
no apoio dessas mudanças ao desempenhar suas funções e ao incluir um novo 
agente que cuidará da relação dos agentes com a tecnologia. 
 
 
 
De todos os agentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, o que 
merece maior atenção e interesse de estudo é o professor. Não por considerar que ele 
é o centro do processo, mas porque é dele que se aguardam as mudanças mais 
significativas. Além disso, é através dele que o aluno perceberá que necessita de 
novas atribuições e responsabilidades em seu aprendizado. Se o professor continua 
se considerar o dono de todo saber, o aluno espera receber todo conhecimento 
através dele, se acostumando a somente receber e não a construí-lo pensando, 
interagindo e discutindo. O aluno ainda vê o professor como o detentor da sabedoria, 
portanto o que for importante para ele, será considerado fundamental para o aluno. 
 
 
Trecho do texto: Ambientes Virtuais de Aprendizagem e a relação professor e aluno - 
Andréa Consolino Ximenes

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