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Resenha Ética - Carol uniBF

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Nome: Carolline Azevedo Lins – Cód: 676630
Curso: Pós Graduação em Banco de Dados
Disciplina: Ética e Responsabilidade Social e Profissional
Ética e Responsabilidade Social
Resenha e análise crítica do texto: Ética e Responsabilidade Social, de autoria do professor Mestre Oswaldo Oliveira Santos Junior, que aborda conceitos e aplicações teóricas e históricas sobre a responsabilidade social empresarial e sua relação com a ética social. 
O autor apresenta e discorre sobre conceitos elementares da ética e sua configuração filosófica e histórica, bem como os pressupostos da responsabilidade social empresarial, procurando situá-la no marco histórico nos anos 1990, momento em que a sociedade brasileira experimentava o avanço das políticas de cunho neoliberais. Outra característica deste texto é sua abordagem e análise da sociedade capitalista e as contradições oriundas deste sistema em sua relação com os pressupostos da ética e da responsabilidade social empresarial.
A ética pode ser considerada a parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana, já a moralidade condecora-se de acordo com as regras morais do grupo social em que se vive. O professor Oswaldo observa que a preocupação com os princípios éticos e valores morais deve ser uma constante para que se estabeleçam critérios e parâmetros adequados às atividades empresariais e socialmente responsáveis.
O autor conceitua a Responsabilidade Social e Empresarial (RSE) como uma modalidade de atuação das empresas que se apresentam como comprometidas com o fortalecimento econômico e social do país e situa este movimento, no Brasil, no contexto do avanço das políticas neoliberais dos anos 1990. 
Desta maneira, as organizações deveriam focar, não apenas, em suas relações econômicas e legais, mas também, e, principalmente, no desenvolvimento de suas responsabilidades éticas e sociais e morais. Numa abordagem histórica, extrai-se do texto uma demonstração clara de que as grandes transformações sociais acontecidas na humanidade, apenas foram possíveis diante da ação de grupos comprometidos com valores éticos e motivados pela utopia da justiça social, grupos que continuam atuando e propagando seu conhecimento de forma responsável e criativa, fazendo a diferença na atual sociedade.
 	A variedade de vertentes e possibilidades de interpretação que este conceito de RSE pode induzir é ampla, interpretações estas, muitas vezes contraditórias e ambíguas, pois se por um lado nos leva ao incentivo de uma prática corporativa ética e socialmente responsável, de outro vértice, vemos sua aplicação como estratégia de mercado, objetivando agregar benefícios às organizações que dela se utilizam, tornando-a uma moeda que soma valor e prestígio às empresas e instituições que se valem deste emblemático título.
A Responsabilidade Social é aquela que habilidosamente se articula com uma ferramenta transformadora plena, sendo uma atividade material do ser humano agindo na história, possibilitando transformações que superam os ajustes sociais, ou seja, verdadeiras rupturas com as práticas repetitivas que expropriam as riquezas materiais e imateriais do ser humano. 
As empresas não são dotadas de valores éticos, os valores são inerentes às pessoas que a dirigem. As empresas causam um grande impacto na sociedade, pois criam novas formas de sociabilidade e relações sociais, podendo controlar determinados bens, cria novas relações na sociedade e provocam modificações no ambiente sociocultural. Sendo observado que muitas empresas aplicam valores éticos opostos aos que deveriam ser para impulsionar uma sociedade justa e igualitária, e visando tornar um espaço e convivência possíveis em sociedade. Isto deverá ser construído pela sociedade em permanente diálogo. Sem diálogo não existe a possibilidade da vida ética, pois ela exige uma reflexão partilhada e não imposta.
É válido reparar, que estes valores pertinentes a cada sociedade, não são, de forma alguma, absolutos ou padronizados, mas variáveis, conforme a cultura e o momento histórico e político de cada sociedade. Alguns almejam justiça e verdade, outros, o valor está no dinheiro e no lucro, para outros, ainda, na justiça social. O fato é que, em razão de tal diversidade de pensamentos e posicionamentos, os valores muitas vezes entram em crise na sociedade, até por que, são compartilhados e construídos ao logo do tempo em instituições que formam a base de cada sociedade, família, escola e religião, para exemplificar. Assim, se faz necessário que estes valores sejam reafirmados e fortalecidos constantemente sob pena de serem abandonados e substituídos por outros menos adequados.
No momento em que se verifica a presença de uma crise de valores, a sociedade em questão, precisa refletir e retomar os pressupostos da ética, visando buscar a melhor forma de viver e tornar a convivência humana saudável para retornar aos seus caminhos. Nesse sentido, a ética busca realizar plenamente a convivência entre os seres humanos.
Já o conceito de cidadania compreende o exercício pleno de três níveis de direitos: civis, políticos e sociais, sem que se olvide da análise dos processos históricos das lutas populares que culminaram no alargamento dos direitos dos indivíduos e na ampliação da consciência do direito a ter direito. Sendo cidadania um resultado de conquistas de direitos construídos ao longo da história em um processo que inclui alargamentos e estreitamentos de direitos.
	Há de se apontar que com a ética é possível ter um mundo mais habitável, e buscar a melhor forma de viver e conviver em sociedade. A vida profissional e a ética caminham juntas, fazem parte do cotidiano da pessoa, que não se desprende do que ela é, de como ela vive e de seus valores. Não sendo possível ser uma pessoa no trabalho e outra no convívio familiar. Um sujeito imbuído da ética levará consigo independente do lugar de convívio seus valores éticos, que são necessários para que ele se oriente de suas ações e reflexos. Dessa forma, não é adequada uma nomenclatura exclusiva para ética profissional, pois ética é todas as ações e relações do indivíduo.
Entretanto, o exercício de uma conduta ética nas relações corporativas implica num agir com foco na responsabilidade profissional, de forma a se conciliar os conflitos gerados pela ação social da empresa com os desejos das pessoas a elas ligadas direta ou indiretamente.
Portanto, considerando todas as informações, a ética e a prática RSE não dependem um do outro, eles não necessitam um do outro de forma direta, precisam apenas que andem em paralelo. No sistema capitalista, regular as ações permitem que haja fiscalização, que ocorram barreiras, que protejam os trabalhadores das instituições de eventuais exageros e inconsistências. As empresas, principais meios de acesso à renda, através do conceito de moral e ética, estabelecem seus valores como um todo.
Assim, se pode concluir que a conduta ética do ser humano ao longo da vida, é compreendida por buscar a melhor forma de viver e conviver perante seus iguais em sociedade. E, que nossos valores são criados através dos desejos, e esses são relativos e podem sofrer constantes alterações durante a vida, desta forma entende-se que a ética e a moral são mecanismos que permitem que todos os seguimentos da vida humana possam criar regras, segui-las e viver harmoniosamente em sociedade.

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