Cálculo de Tensão Pré-Adensamento Mec Solos

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CÁLCULO DE TENSÃO DE PRÉ-ADENSAMENTO, UTILIZANDO MÉTODO DE 
CASAGRANDE, COM DADOS DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
SOBRE ARGILAS MOLES EM BELÉM-PA 
 
Diego Leonardo Rodrigues de Meneses 
 
Área do Conhecimento: ​Engenharias, Engenharia Civil, Geotécnica, Mecânicas dos Solos 
 
Introdução 
 
O intuito do seguinte trabalho é encontrar tensão de pré-adensamento, utilizando o 
método gráfico de Casagrande, a partir da curva de adensamento de amostra ensaiada em 
Trabalho de Conclusão de Curso de autor desconhecido. 
 
Método 
Para chegar ao valor da tensão de pré-adensamento utilizando-se o método de 
Casagrande, segue-se as instruções: 
1) Toma-se o ponto de maior curvatura da curva (ponto de cor vermelha na Figura 1); 
2) Por este ponto, é traçado uma tangente à curva (cor rosa) e uma horizontal (cor 
laranja); 
3) É traçada uma bissetriz (cor cinza) do ângulo formado pela tangente e pela 
horizontal; 
4) É traçado do prolongamento da reta virgem (cor verde); 
5) O ponto (cor preta) que representa a tensão de pré-adensamento (σ​vm​) está no 
encontro entre o prolongamento da reta virgem e a bissetriz. 
 
 
 
 
 
Resultados e Discussão 
Pelo método de Casagrande, a tensão de pré-adensamento (σ​vm​) tem valor de 15 kPa. A 
autora original utilizou o método de Pacheco Silva e encontrou o valor de 11 kPa para o 
mesmo parâmetro. Ainda segundo a autora original, a Tensão Vertical Efetiva (σ​0​) é de 14,08 
kPa. 
Sendo assim, a razão de pré-adensamento (OCR, ​over consolidation ratio​, que é 
σ​vm​/σ​0​), pelos valores obtidos pelo método de Casagrande, é de 1,07 (sem unidade). Desta 
forma, interpreta-se que o solo é do tipo pré-adensado, ou seja, está atualmente submetido à 
uma tensão menor do que a maior tensão já experimentada antes na sua história. É válido 
ressaltar que esta interpretação pode ser errônea, e deveria ser testada novamente, desta vez 
com mais dados. 
Para a autora original, que obteve uma Tensão Vertical Efetiva (σ​0​) menor, de 11 kPa, 
e possivelmente mais precisa, o solo possui OCR de 0,78 e deve ser encarado como um solo 
sub-adensado, ou seja, que ainda está em processo de adensamento (o que é pouco usual). 
 
Referências Bibliográficas 
 
MARANGON, M. Mecânica dos Solos II –Unidade 3 – Compressibilidade e adensamento 
dos solos. Juiz de fora: UFJF, 2013. 
 
GUEDES, Saul Barbosa. 2) Aula:Compressibilidade e adensamento dos solos. Caruaru: 
FAVIP, 2013. 
 
MASSAD, Faiçal. Obras de terra: curso básico de geotecnia. 2. ed. São Paulo: Oficina de 
textos, 2010. 
 
PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. 3. ed. São Paulo: 
Oficina De Textos, 2006.