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TCC SERVIÇO SOCIAL

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2
		
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Curso Bacharelado em Serviço Social
MYLENA DE SOUZA FARFAN 
(SES/0348) 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
O CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL/CRAS NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO MUNICÍPIO DE PENHA
bALNEÁRIO cAMBORIÚ
2019
CIDADE
ANO
mylena de souza farfan
O CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL/CRAS NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO MUNICÍPIO DE PENHA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Nome do Tutor – Eliana Maes Canziani de Lima
BALNEÁRIO CAMBORIÚ
2019
O centro de referência da assistência social/cras no âmbito da proteção social básica NO MUNICÍPIO DE PENHA
por 
MYLENA DE SOUZA FARFAN
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por:
 ___________________________________________
Presidente: Prof. Eliana Maes Canziani de Lima – Orientador Local
 ____________________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX - Supervisor de Campo
 ____________________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX - Profissional da área
bALNEÁRIO CAMBORIÚ
06 de junho de 2018
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho as pessoas que foram essenciais para a conclusão desse momento de grande importância em minha vida, minha mãe Juliana, meu tio Patrício e meus irmãos Mélany e Brian, sem o apoio de vocês esse momento não seria possível.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente á Deus por ter me abençoado e me proporcionar a oportunidade de cursar esta graduação, pela saúde, força, animo, pois no decorrer desta caminhada nos momentos de dificuldade ele me manteve forte e supriu minhas necessidades.
Agradeço também a minha mãe Juliana que mesmo com todas as dificuldades e problemas financeiros em nenhum momento me desanimou ou me desmotivou sempre me ajudando e apoiando na busca pelos meus objetivos e sonhos.
Agradeço a meus irmãos, Brian e Mélany, pelos momentos de alegria depois de momentos de cansaço e mesmo não entendendo muito o que significa me apoiaram incondicionalmente. Ao meu tio Patrício que nós momentos em que parecia que não teria mais como continuar cursando a faculdade ele me incentivou e ajudou nos momentos com dificuldade financeira me apoiaram.
Agradeço também a professora Eliana pelo apoio nos momentos de dificuldade. A minha supervisora de campo Maria Bernardete por me abrir as portas para realizar o estágio e me apoiou no decorrer do período de estágio.
Agradeço a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, meu muito obrigado.
“Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
RESUMO
A conquista da política de assistência social com a Constituição Federal de 1988, ocorreu de forma demorada, após os anos seguintes se mostrou necessário regulamentar os artigos existentes na constituição e somente em 1993 foi criada a Lei Orgânica de Assistência Social/LOAS. 
Para que ocorresse a viabilização e a concretização desses direitos se vez necessário a realização de ações de forma integrada e de iniciativa pública para que assim as famílias e usuários possam ser sujeitos as suas ações. Como alternativa para viabilizar alternativas de garantia de direitos através do Sistema Único de Assistência Social/SUAS instituiu o Centro de Referência de Assistência Social/CRAS e por meio dele que o profissional de Serviço Social irá viabilizar o direitos dos cidadãos. 
O referido trabalho tem como objetivo geral analisar o Centro de Referência de Assistência Social/CRAS no âmbito da Proteção Social Básica/PSB. Os objetivos específicos consistem em mostrar a importância do Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, a sua atuação como porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social/SUAS, que se dá por meio da Tipificação dos Serviços Socioassistenciais e que define quais são as atribuições da Proteção Social Básica e a atuação do profissional nos serviços socioassistenciais e dos direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988.
PALAVRAS-CHAVE: CRAS. Proteção Social Básica. Políticas Públicas.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BPC – Benefício de Prestação Continuada
CADÚNICO – Cadastro Único
CF/88 – Constituição Federal de 1988
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
CRAS – Centro de Referência da Assistência Social
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social
MDS – Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
NOB-SUAS – Norma Operativa Básica do Sistema Único de Assistência Social
PAIF – Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família
PBF – Programa Bolsa Família
PNAS – Política Nacional de Assistência Social
PSB – Proteção Social Básica
SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
SNAS – Secretaria Nacional de Assistência Social
SUAS – Sistema Único de Assistência Social
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................................ 12
2.1 CARACTERIZAÇÃO DO CRAS ..................................................................................... 20
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ............... 24
4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 30
5 OBJETIVOS DA PESQUISA.............................................................................................. 32
5.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 32
5.2 objetivos específicos ....................................................................................................... 32
6 METODOLOGIA DE PESQUISA ....................................................................................... 34
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA............................................................................. 35
8 CONCLUSÕES................................................................................................................... 37
REFERÊNCIA........................................................................................................................ 38
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho de Conclusão de Curso, o tema abordado será sobre o Centro de Referência da Assistência Social/CRAS no Âmbito da Proteção Social Básica, com o intuito de demonstrar a importância do CRAS na Proteção Social Básica que tem seus direcionamentos voltados há garantia de direitos e a prevenção de situações de risco ou vulnerabilidade social como também a prevenção para que não ocorra o rompimento de vínculos familiares.
O tema escolhido explicita um pouco sobre o processo histórico da assistência social no país, que com a Constituição Federal de 1988, ocorreu um grande avanço do ponto de vista em relação a cidadania e a assistência social que passou a ser reconhecida como política pública, sendo que a assistência social, Previdência Social e a Saúde formam o tripé da seguridade social. Estes são previstos nos artigos 203 e 204 da Constituição Federal de 1988 e a garantia da assistência social como direito do cidadão. A Lei Orgânica de Assistência Social/LOAS de nº 8. 742 de 1993, regulamenta esse direito, sendo por meio desta que garante o modelo de gestão e de controle social de modo descentralizado e participativo.
Perante isso, a política de assistência social tem seu objetivo focado para a proteçãosocial dos cidadãos é de responsabilidade do Estado, sendo de caráter não contributivo e universal, destinada a quem dela necessitar.
Portanto, este Trabalho de Conclusão de Curso/ TCC, propõe analisar a atuação do Centro de Referência de Assistência Social no âmbito da Proteção Social Básica, no que se refere a garantia dos direitos dos usuários e essa política e também na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios eventuais que são disponibilizados por meio do mesmo.
O referido trabalho de conclusão de curso tem o objetivo de analisar o Centro de Referência de Assistência Social no que refere-se a Proteção Social Básica. Os objetivos específicos consistem em descrever a importância do Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, a sua atuação como porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social/SUAS, que se dá por meio da Tipificação dos Serviços Socioassistenciais e que define quais são as atribuições da Proteção Social Básica e a atuação do profissional nos serviços socioassistenciais e dos direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988.
O CRAS sendo uma unidade pública estatal que fica localizado em áreas que tenham uma maior concentração de vulnerabilidade ou risco social, sendo que os profissionais que atuam nesse equipamento devem buscar para as famílias e usuários referenciados os direitos que lhes são assegurados pela Constituição Federal de 1988, e a concessão de benefícios tanto em caráter continuado como os de caráter eventuais, e a inserção em serviços, programas e projetos que visem o convivo comunitário a autonomia das famílias e usuários.
Sendo assim, o Trabalho de Conclusão de Curso/TCC teve a finalidade de contribuir para a formação acadêmica, sendo que o mesmo produziu a aquisição de conhecimento sobre a temática, e contribuir para o exercício profissional.
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA
Conforme a Constituição Federal de 1988/ CF/88, trouxe novas concepções para a política de assistência social, a qualificando como sendo uma política de seguridade social e garantia de direitos que são definidas nos artigos 203 e 204:
Art.203 A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivo: I- A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II- O amparo ás crianças e adolescentes carentes; III- A promoção da integração ao mercado de trabalho; IV- A habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração a vida comunitária; V – A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (BRASIL, 1988, P, 16).
A implantação da assistência social como política pública, encaminha os direitos aos indivíduos que anteriormente eram excluídos, tornando-a necessária para o enfrentamento das questões sociais que afetam as condições de vida desses indivíduos, sendo ela destinada a todos a quem dela necessitar e o Estado tendo o dever de a assegurar. (COUTO, 2006).
Sendo importante acentuar que até a CF/ 1988 a seguridade social e assistência social eram disponibilizadas somente para aqueles que tinham trabalhos formais, com a inserção dos mesmos pela CF/ 1988 os cidadãos que se encontra em situação de vulnerabilidade ou risco social passam a ter a garantia desse direito por meio das políticas públicas de assistência social independente de estar ou não no mercado forma. (BRASIL, 1998).
O Estado se torna responsável de prover e garantir as políticas públicas sendo elas voltadas para o enfrentamentos das mais variadas situações de expressões da questão social. Porém a inserção da assistência social como um direito vinculado a seguridade social assume um caráter que especifica quem são os indivíduos que atendem os requisitos determinados pelas políticas públicas, portanto sendo ofertados para aqueles que necessitam. Assim, (Sposati, 2007) define o perfil dos que necessitam das políticas públicas que são aqueles “[...] sem renda e sem vínculo formal de trabalho ele é direito ao “não-cidadão” do ponto de vista do capital” (SPOSATI, 2007 p. 26).
Ocorrerão evoluções no período em que foi decretada a CF/ 1988, o Estado passa a ser responsável pela garantia de direitos sociais, assim deixando de ser subvencionado pela filantropia. Segundo (Sposati, 2007), a assistência social é orgânica as demais políticas, não agindo sozinha, mas em conjunto com as demais políticas voltadas aos indivíduos e seus direitos sociais.
A pós-aprovação de CF/ 1988, mesmo ocorrendo a implantação da assistência social como um direito não era altamente aplicada, seria necessário a implantação de uma Lei Orgânica. Relembrando que os demais direitos sociais existente da seguridade social foram regulamentados em períodos distintos, sendo que a saúde foi aprovada em 1990 (Lei nº 8.080), a previdência social aprovada em 1991 (Lei nº 8.212) e a da assistência social sendo a ultima a ser regulamentada no ano de 1993 (Lei nº 8.742). (COUTO, 2006).
A criação da Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS se estabelece em um processo lento de muitas lutas e resistências em relação a todos os envolvidos, que se pauta no fortalecimento da assistência social enquanto direito. (BRASIL, 2007).
Sendo importante relembrar que o atraso da LOAS, ocorrido na década de 90, ocorreu pois o neoliberalismo estava sendo consolidado no Brasil, resultando desastrosas consequências na área de questões sociais, prejudicando o processo da resistência nas questões de proteção social que foram conquistados no período da democratização do país. (BRASIL, 2007). 
O neoliberalismo consiste na sustentação da tese segundo o qual o mercado é o principal e insubstituível mecanismo de regulação social, onde a sua enfática defesa do Estado mínimo. O propósito de neoliberalismo é combater as políticas macroeconômicas de matriz keynesiana e o combate à garantia dos direitos sociais, defendendo como meta a estabilidade monetária (FERREIRA 2013, p.22 Apud PEREIRA; SILVA e PATRIOTA 2006).
Neste caso o Estado brasileiro começa a reduzir a intervenção no campo social, cumprindo funções mínimas, tendo como prioridade o desenvolvimento econômico e combater a inflação, assim os segmentos sociais são deixados sobre a responsabilidade de entidades da sociedade civil, sendo um processo advento do neoliberalismo vigente na época no país, trazendo para as camadas sociais sequelas como o aumento das taxas de desemprego e a ampliação das desigualdades sociais. O neoliberalismo que foi implanto durante o governo Collor em 1990, teve como intuito a minimização de investimentos em questões de proteção social , havendo a “primazia” à economia, com a intenção de conduzir o crescimento do capitalismo no Brasil tanto nacionalmente como internacionalmente, trazendo um retrocesso na flexibilização dos direitos que já eram garantidos tanto trabalhistas como social. (MESTRINER, 2008).
O governo Collor assinalou uma proposta de Reforma Constitucional, que estabelecia o crescimento da economia e privatização. Na área das políticas sociais a oferta se daria de forma seletiva e focalizada. Após a não aprovação dessa proposta, o governo vetou o projeto da Lei Orgânica de Assistência Social no ano de 1990. (FERREIRA,2013).
Em 1992, houve o afastamento do Collor devido ao impeachment, assumindo o vice Itamar Franco, que assim deu continuidade as ações do governo anterior, nesse período o país se encontrava com os mais diversos problemas sociais e econômicos. Após o veto da LOAS, ocorreu uma organização conduzida pelo Ministério do Bem-EstarSocial, que deu início a debates acerca desta lei. A formação da LOAS se deu num processo de articulação entre os profissionais do Serviço Social, acadêmicos, pesquisadores entre outros, que se organizaram com o intuito de fortalecer a assistência social como política publica de garantia de direitos. (FERREIRA, 2013).
Desta maneira destaca (Sposati, 2007, p. 46).
Os movimentos pró-assistência social passam a ser articulados com a presença de órgãos da categoria dos assistentes sociais que, através do então CNAS e CEFAS – hoje CRESS e CFESS – vão se movimentar com a ANASSELBA, Frente Nacional de Gestores Municipais e Estaduais, Movimentos pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Idosos, das Crianças e Adolescentes, pesquisadores de várias universidades, pleiteando a regulamentação da assistência social.
Defronte das pressões que configuravam nesse contexto, no dia 07 de dezembro de 1993, ocorreu a aprovação da LOAS com a Lei de nº 8.742, por meio desta vai regulamentar os artigos 203 e 204 da CF/ 1988 , com esta a efetivação dos direitos através de serviços e benefícios de forma não contributiva, sendo responsabilidade do Estado garantir os mínimos sociais aos cidadãos. Garantindo a participação de organizações públicas e privadas nos atendimentos de necessidades básicas nas ações de assistência social. Além da criação de benefícios eventuais para determinadas situações de vulnerabilidade ou risco social, além do Benefício de Prestação Continuada/BPC, que é voltado a idosos e deficientes físicos que consigam comprovar que não conseguem prover sua subsistência. (BRASIL, 2004).
A partir do inicio de mudanças na área da política de assistência social com a implementação do LOAS, foram surgindo novas necessidades, emergiram-se novos debates especialmente mas Conferências de Assistência Social, diante disso, o Conselho Nacional de Assistência Social/CNAS aprovou em 2004 a Política Nacional de Assistência Social/PNAS, afim de dar efetivação as diretrizes da LOAS. Ao ser aprovada expressa a materialização da assistência social como um suporte da proteção social, tendo em vista que a assistência social garantiu aos usuários o acesso as políticas públicas, desenvolveu-se mecanismo para promover a transformação da realidade social. Foi criado também no ano de 2004, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome/MDS, que instituiu a Secretaria Nacional de Assistência Social/SNAS, estes foram primordial para o fortalecimento da aceleração da construção do SUAS. (FERREIRA, 2013).
A IV Conferência Nacional de Assistência Social trouxe novos parâmetros da gestão da participação e descentralização da assistência social no país, que abrange a criação do Sistema único de Assistência Social/SUAS, que foi aprovada em 2005, sua função é organizar de forma descentralizada os serviços e benefícios da rede socioassistencial no campo da proteção social de todo o território nacional e aprova a Norma Operativa Básica do SUAS/NOB/SUAS sendo esta responsável pela gestão do SUAS, no que se refere a efetivação das legislações das políticas de assistência social, conforme definidos na LOAS. (BRASIL, 2012).
Com este objetivo o SUAS é um avanço importante para que as crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiências e famílias de situação de vulnerabilidades e riscos sociais tem seus direitos assegurados.
O Sistema Único de Assistência Social, em construção no país, é a materialização de uma agenda democrática cuja biografia tem raízes históricas nas lutas e contradições que compõem esse direito social, que foram e são objeto da atenção de intelectuais, da atuação de militantes e da ação de trabalhadores sociais em todo o país. Esse processo histórico de alguma duração, perto de quatro décadas, continua a requisitar muita atenção, já que aparece como referência para a montagem da nova condição da política de assistência social em curso. Esta justa “retrovisão” assessora o enfrentamento dos desafios colossais que envolve o projeto e o processo desse inédito sistema e garante a manutenção do seu compromisso central, que é solapar o flagrante desmonte do sistema de direitos sociais arduamente conquistados, que andava em curso no Brasil até 2003. (LOPES, 2006, p. 77).
Segundo Silveira (2007) a implementação do SUAS pode revelar tendências que reforçam a simples análise da legislação regulamentadora, com adaptações apressadas às realidades locais/regionais, sem mudanças significativas, podendo expressar práticas tecnicistas e burocráticas, que desconsideram o significado sócio histórico dessa política.
O SUAS foi criado pelo MDS a partir do previsto na lei federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, a LOAS que configurou a assistência social como política pública não contributiva. O SUAS é, perante a lei, um mecanismo organizador dos preceitos, disposições, ações e procedimentos estabelecidos pela LOAS e na PNAS. Sendo seu objetivo garantir do ponto de vista operacional e em caráter sistêmico (funcionalmente interligados), a implementação e gestão da política. (PEREIRA apud MONNERAT, 2011).
O SUAS almeja proporcionar as famílias e indivíduos que se encontram em situação de vulnerabilidade social ou em risco social e pessoal, garantias de maior acesso aos serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais, bem como a inclusão em projetos de enfrentamento a pobreza, e o acesso as demais políticas públicas (SCHIBICHIESKI, 2010, p.15).
Agora protegido e rígido por lei o SUAS passa a ser um sistema público que organiza de maneira descentralizada todos os serviços, benefícios e a própria rede socioassistencial do país, tornando-a uma política pública unificada tendo regras claras e papéis bem definidos. A criação do SUAS propõe um sistema participativo, descentralizado e em rede que pressupõe a participação de entidades e organizações de assistência social, criado a denominada rede socioassistencial. (NEGRI, 2011).
O Sistema único de Assistência Social (SUAS), cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, constituísse na regulação e organização em todo o território nacional das ações sócio assistenciais. Os serviços, programas, projetos e benefícios têm como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como base de organização, que passam a ser definidos pelas funções que desempenham, pelo número de pessoas que deles necessitam e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, gestão compartilhada, cofinanciamento da política pelas três esferas de governo e definição clara das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil e estes têm o papel efetivo na sua implantação e implementação (BRASIL, 2004, p. 32-33).
O SUAS está organizado em uma rede de serviços, ações e benefícios de diversas complexidades que se organizam por níveis de proteção social sendo eles Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.
A Proteção Social Básica tem como objetivo prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se a população que se encontra em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos etc.) e, ou a fragilização de vínculos afetivos relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou deficiências, dentre outras). (BRASIL, 2004, p.36).
Na Lei de nº 12.435, de 6 de julho de 2011 que altera e implementa alguns quesitos sobre a organização da Assistência Social em seu art. 6º-A disponibiliza os níveis de Proteção Social.
Art.6º-A. A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: I – proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento devínculos familiares e comunitários; II- proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir parar a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa do direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. Parágrafo único. A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território.(BRASIL, 2011).
Na mesma lei no art.6º-B define como as proteções sociais devem ser ofertadas pelas entidades públicas.
Art.6º-B. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada ação. § 1º A vinculação ao SUAS é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial. § 2 º Para o reconhecimento referido no § 1º, a entidade deverá cumprir os seguintes requisitos: I – constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3º; II – inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9º; III – integrar o sistema de cadastro de entidades de que se trata o inciso XI do art. 19. § 3º As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS celebrarão convênios, contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantindo financiamento integral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades orçamentárias. § 4º O cumprimento dos dispostos no § 3º será informado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome pelo órgão gestor local da assistência social. (BRASIL, 2011).
Conforme Yasbek (2004) um dos fatos positivos desse sistema, é a inclusão das demandas da sociedade na área de assistência social, pois ocorre a noção do território e a centralidade da família e de sua proteção integral. E é por meio da Proteção Social Básica que é assegurado os direitos dos usuários que devem ser ofertados pelo Estado frente ás inseguranças sociais e sua porta de entrada é o SUAS e os Centros de Referência de Assistência Social/CRAS os serviços, projetos e programas são executados pelos municípios e estados com os recursos que são disponibilizados pelo Governo Federal para os Fundos de Assistência Social, tendo os níveis estabelecidos para cada tipo de proteção social dentro da NOB/SUAS, sendo que deve ser uma garantia de direitos dos usuários oferecidos pelo Estado pelas questões e inseguridades sociais.
A Proteção Social Básica/PSB atua de forma preventiva, oferecendo programas, serviços, projetos e benefícios a pessoas ou famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade ou risco social e esses atendimentos e se necessário encaminhamentos são realizados pelo Centro de Referência de Assistência Social/CRAS.
 Conforme definido pelo MDS (2009) o CRAS é a porta de acesso ao atendimento e serviços ofertados no âmbito da PSB, atuando junto às famílias e indivíduos na comunidade, com o caráter protetivo, preventivo e proativo, as ações devem ser desenvolvidas conforme a capacidade do próprio CRAS, podendo ser desenvolvidas em outra unidade pública ou entidade de assistência social privada e que não tenha fins lucrativos desde que tivessem devidamente referenciadas (BRASIL, 2009).
O CRAS é a unidade pública responsável pela oferta do Programa de Atenção Integral às Famílias – PAIF e, dessa forma, deve dispor de espaços que possibilitem o desenvolvimento das ações previstas por este Serviço [...] O imóvel do CRAS, seja alugado, cedido ou público, deve assegurar a acessibilidade para pessoas com deficiência e idosas. Constitui fator relevante para a escolha do imóvel a possibilidade de adaptação de forma a garantir o acesso a todos os seus usuários [...] O CRAS deve ser uma unidade de referência para as famílias que vivem em um território. (BRAGA, 2011, p.148).
 As ações dos profissionais devem buscar a parceria com a rede de proteção social, e de acordo com o principio de territorialidade implícito no SUAS: Articular com outras políticas setoriais a implementação de atividades produtivas, a partir de um estudo de viabilidade econômica que considere as potencialidades de cada município, garantindo o desenvolvimento sustentável. (BRASIL, 2009).
 O Centro de Referência de Assistência Social/CRAS busca enfatizar a matricialidade sociofamiliar busca incorporar o recorte intergeracional, e preservando a especificidade de cada segmenta social que podem compor um núcleo familiar, visando a efetivação da atenção integral.
A matricialidade sociofamiliar se refere à centralidade da família como núcleo social fundamental para a efetividade de todas as ações e serviços da política de assistência social. A territorialização refere à centralidade do território como fator determinante para a compreensão das situações de vulnerabilidade e riscos sociais, bem como para seu enfrentamento. A adoção da perspectiva da territorialização se materializa a partir da descentralização da política de assistência social e consequente oferta dos serviços socioassistenciais em locais próximos aos seus usuários. Isso aumenta sua eficácia e efetividade, criando condições favoráveis a ações de prevenção ou enfrentamento das situações de vulnerabilidade e risco social, bem como de identificação e estimulo das potencialidades presentes no território. (BRASIL, 2009, p, 12 e 13).
O CRAS faz acompanhamentos socioassistenciais no âmbito da Proteção Social Básica/PSB, em conjunto com a articulação da rede de serviços socioassistenciais buscando identificar os serviços que estão em disponibilidade no território para assim criar e potencializar e rede de Proteção Social Básica Municipal que deve ser voltada para a cidadania e garantia de direito dos usuários e famílias referenciados. Os serviços do CRAS devem potencializar mudanças que sejam significativas para a população, com a intenção de mudar suas condições efetivas e torná-la uma pessoa independente que consiga suprir as necessidades de sua própria vida. (BRAGA, 2011).
Além das ofertas de serviços, programas, projetos, benefícios e ações da proteção social básica, o CRAS possui também a função de gestão territorial da rede de assistência social básica, promovendo assim a organização e articulação das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento das ações e processos que ocorrem com o mesmo. Deve portanto localizar-se em áreas estratégicas, com uma maior concentração de grupos, famílias e usuários em situação de vulnerabilidade e risco social.
2.1 CARACTERIZAÇÃO DO CRAS 
 
Os Centros de Referência de Assistência Social/CRAS, se trata de uma unidade publica estatal de base territorial que deve ser localizada em áreas de vulnerabilidade social, que deve abranger um total de até 1000 famílias/ano, dependendo do número de famílias que a ele são referenciadas e do porte do município. 
O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS é uma unidade estatal descentralizada da política de assistência social,responsável pela organização e oferta de serviços da proteção social básica do Sistema único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios e DF. Dada sua capilaridade nos territórios, se caracteriza como a principal porta de entrada do SUAS, ou seja, é uma unidade que possibilita o acesso de um grande número de famílias à rede de proteção social de assistência social. (BRASIL, 2009, p, 9).
O espaço físico do CRAS deverá ter sua formação, segundo o MDS (2009) com: Recepção, sala de atendimento, sala de multiuso, sala de coordenação, copa, conjunto de instalações sanitárias e almoxarifado. A Política Nacional de Assistência Social/PNAS é centralizada nos Centros de Referência de Assistência Social/CRAS, sendo ele o responsável pela oferta exclusiva do Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família/PAIF, que após modificação passou a chamar-se Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família/PAIF, pois este serviço visa atender, acompanhar e encaminhar famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade ou risco social e a gestão territorial da Proteção Social Básica/PSB, o CRAS tem como objetivo oferecer serviços, benefícios, programas e projetos que ajudem famílias e usuários a superarem a situação de risco ou vulnerabilidade social que possam se encontrar. (BRASIL, 2009).
Sua territorialização se dá por meio de procura espontânea, busca ativa, encaminhamentos da rede socioassistencial e das demais políticas públicas vigentes no município. Sendo que a operacionalização dos serviços ofertados ocorrem conforme determina a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais de 2009.
O CRAS sendo um equipamento público que é destinado à população que se encontra em situação de vulnerabilidade ou risco social, a principal função deste equipamento público que é interligado com o Sistema Único de Assistência Social/SUAS e que atua em conjunto com a política de assistência social do município e que em cada uma desses CRAS possam com a equipe técnica identificar as pessoas que ainda estão fora desse acesso, fazendo visitas para assim diagnosticar as suas demandas e vulnerabilidades existentes. (BRASIL, 2009).
Ocorrendo o referenciamento e assim a inclusão no Cadastro Único/CADÚNICO, as famílias que são elegíveis ou não para a inserção no Programa Bolsa Família/PBF e para outros benefícios de transferência de renda em que a família ou usuário se torne elegível pela situação de vulnerabilidade e/ou risco social em que se encontra, assim passando todas as orientações, horário de atendimento e encaminhamentos para os equipamentos que realizam a inserção nos benefícios para a família ou usuário que necessita ser inserido, para que assim seja assegurado seus direitos, também buscando identificar as famílias que precisam de acompanhamento sistemático e continuada da equipe técnica qualificadas, capacitadas para que assim as famílias possam realizar a retomada dos projetos de vida, de resgate de auto estima, de descoberta de potencialidade. (BRASIL, 2009).
O CRAS deve coordenar a busca ativa dessas famílias ou usuários, a política de assistência social faz essa coordenação, o CRAS realiza o encaminhamento e acompanhamento sistemático dessas família que constituem o grupo de referência para que as mesmas possam ter o apoio necessário. (BRASIL, 2009).
O espaço físico do CRAS do município de Penha no estado de Santa Catarina se enquadra nos parâmetros necessários para seu funcionamento em questão de espaço físico, e com isso oferta os serviços, benéficos, programas e projetos, que precisam ser executados e referenciados pelo CRAS ocorrendo também de sua territorialização não abranger as áreas de maior vulnerabilidade social no município, e por isso benefícios como o Programa Bolsa Família/PBF, Cadastro Único/CADÚNICO, e benefícios eventuais como auxilio natalidade e auxilio funeral são ofertados aos usuários na Secretária Municipal de Assistência Social/SMAS.
As ações no CRAS ficam sobre a supervisão da equipe técnica interdisciplinar (atualmente composta pelos seguintes profissionais: assistentes sociais e psicólogas entre outros profissionais especializados). (BRASIL, 2009).
No que refere-se a idosos, os CRAS deveriam oferecer:
Inserção em programas e benefícios: potencializa as famílias para acompanhar e cuidar de seus membros idosos, promovendo a informação, a reflexão e desenvolvimento de habilidades de cuidados (palestras, oficinas); Desenvolve grupos de convivência para idosos; Ações intersetoriais para combate à violência contra idosos e esclarecimento dos seus direitos; Apoia e facilita a convivência do idoso com a família e a comunidade (atividades de lazer e cultura); (BRASIL, 2009, p, 13).
Os serviços que são trabalhados no CRAS devem incluir ações preventivas, convivência, socialização, inserção, acolhida, capacitação, inserção produtiva, apoio e acompanhamento familiar.
Conforme a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais devem ser oferecidos alguns desses ser oferecidos no CRAS, o atendimento as famílias residentes em território de baixa densidade demográfica, com espalhamento ou dispersão populacional (áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas, calhas de rios, assentamentos, dentre outros) podendo ocorrer esses serviços por meio do estabelecimento de equipes volantes ou mediante a implantação de unidades do CRAS itinerantes. (BRASIL, 2009).
De acordo com a PNAS (2004) os CRAS podem oferecer aos usuários:
-Programa de Atenção Integral à Família (PAIF). -Programa de inclusão produtiva de enfrentamento a pobreza. -Centro de convivência para idosos. -Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para defesa dos direitos da criança. -Serviços socioeducativos para as crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 06 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. -Centro de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos. (BRASIL, 2004, p, 3).
Os serviços socioassistenciais prestados no território em conjunto com o PAIF devem garantir o desenvolvimento do trabalho social com as famílias ou usuários que são referenciados por esses serviços, permitindo identificar suas necessidades e potencialidades dentro da perspectiva familiar, assim buscando romper o atendimento que anteriormente era realizado de forma segmentada e descontextualizado das situações de vulnerabilidade ou risco social vivenciadas pelas famílias ou usuários referenciados. (BRASIL, 2009).
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. (BRASIL, RESOLUÇÃO nº 109, 2009).
A mediação sendo um ponto importante do Serviço Social com a assistente social introduziu uma visão diferenciada em relação a concessão de benefícios e os serviços que são prestados, no que se refere à defesa da implementação da assistência social como direito de cidadania. Portanto esse processo contribuiu na construção da mudança na estrutura da assistência pública em questão de políticas sociais. (MENDONÇA, 2012).
O CRAS do municípiode Penha trabalha com o acompanhamento de famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social por meio do PAIF, e na concessão do Benefício de Prestação Continuada/BPC, este serviço e beneficio são disponibilizados no espaço físico do CRAS, ocorrendo também a busca espontânea de usuários que possam necessitar de algum serviço prestado pelo CRAS, assim ocorrendo o atendimento da equipe técnica que é formada por uma assistente social e uma psicóloga para que os mesmos realizem os encaminhamentos necessários paras as demais áreas da rede municipal de serviços. Ocorrendo uma vez ao mês a oficina para mulheres do PAIF, que tem o intuito de fortalecer o vínculo comunitário das mesmas.
 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL.
Na atualidade a população mundial já atingiu a marca de mais de sete bilhões de pessoas, oque causa demandas diárias, essas demandas muitas vezes não podem ser solucionadas com soluções de curto prazo, por isso o que vem sendo deixado para trás é um grave rastro de problemas já antigos que não são solucionados no Brasil, tais como: Educação, Alimentação, Habilitação, Saúde, o Tráfico de drogas, a Segurança pública, com isso o Centro de Referência de Assistência Social/CRAS visa ser a porta de entradas dos usuários aos serviços que são ofertados pelas políticas públicas de assistência social no Brasil, o CRAS é o equipamento que a Proteção Social Básica estipulou para à prevenção de vínculos familiares e comunitários de usuários e famílias que são acompanhados e referenciados pelo equipamento, buscando em conjunto com as famílias e/ou usuários superar as situações de vulnerabilidade ou risco social que possam se encontrar. (BRASIL, 2009).
Na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais o CRAS é voltado para a Proteção Social Básica, e seus serviços são voltados para a prevenção de situações de risco ou vulnerabilidade social, os seus serviços são voltados a família e a comunidade no geral, tais como: o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família/PAIF, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/SCFV e o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio Para Pessoas com Deficiência e Idosos. (BRASIL, 2013).
A função do assistente social junto ao CRAS como em qualquer outro órgão sob a observação do Código de Ética Profissional, para o desenvolvimento humano, no âmbito pessoal, social e profissional, perante as demandas apresentadas pelas famílias e usuários referenciados pelo equipamento (BRASIL, 2006).
Como o Código de Ética sinaliza no sentido de que o Serviço Social deve pautar-se em ações que contribuam na criação, intervenção e articulação de políticas públicas e/ou sociais oferecendo a sociedade colaboração com a finalidade de defender os direitos indispensáveis à vida. Com relação a ética, está é apontada como fundamental, todavia nas questões apresentadas se dá numa perspectiva aplicativa do sigilo e da relação com demais profissionais da equipe (BRASIL, 2006).
Trabalhamos no sentido de atender as demandas que são prioritárias, desenvolvendo ações a fim de responder as questões pontuais e imediatas da reprodução social dos sujeitos, por vezes não conseguimos construir um projeto de “intervenção” que seja mais propositivo. É preciso ter clareza de que os objetivos profissionais não são os mesmos que os objetivos da instituição. (SANTOS, 2009, p, 286).
Originando-se da premissa de que o Serviço Social tem seus princípios pautados em seu projeto ético político profissional tendo o compromisso com a consolidação da cidadania, o compromisso de eliminação de todas as formas de preconceito, estimulando assim o respeito às diferenças, à participação de grupos socialmente discriminados. (BRASIL, 2006).
Posiciona-se a favor da equidade e da justiça social, na perspectiva da universalização do acesso a bens e a serviços relativos às políticas e programas sociais; a ampliação e a consolidação da cidadania são explicitamente postas como garantia dos direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras. (NETTO 2006, p. 16).
A atuação do assistente social não se baseia apenas na singularidade das famílias e usuários referenciados, mas na “investigação-ação”, no processo da totalidade, estudando o contexto vivido pelas famílias e usuários, englobando complexos menores e complexos maiores onde o profissional vai ter um contato maior com as famílias e usuários em questão. (BRASIL, 2006).
O assistente social em sua intervenção profissional no CRAS deve atuar de forma a fortalecer a autoestima, favorecer a emancipação, autonomia, a ressignificação das relações sociais assim deve promover a superação das vulnerabilidades e riscos sociais vivenciadas pelas famílias e usuários que são referenciados pelo equipamento seus serviços devem ser voltados para transformar a realidade vivida na realidade das famílias e usuários. (BRASIL, 2006).
É necessário relembrar que o Serviço Social é uma profissão que se constituiu no processo de produção e reprodução das relações sociais e promovendo a superação da vulnerabilidade vivenciada, configurando assim o usuário ou família de seus serviços sendo um agente transformador da realidade vivenciada pelo usuário ou família. (IAMAMOTO, 2001).
Segundo citado no Art. 4º da lei de regulamentação da profissão, ou seja, citam as competências do assistente social:
I. Elaborar, programar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresa, entidade e organizações populares;
II – Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do serviço social com participação da sociedade civil; III – Encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população, entre outras competências. (BRASIL, 1993, p,12).
Nessa concessão, a intervenção profissional do assistente social na política de Assistência Social deve afastar-se das práticas conservadoras que tratam os problemas sociais como pessoais e devem ser resolvidos individualmente. O assistente social vinculado ao CRAS faz as intervenções por meio de visitas domiciliares, entrevistas, encaminhamentos, reuniões, dinâmicas e fazendo isso de outros instrumentos técnico-operativo necessários para atender as demandas das famílias e usuários.
Os CRAS atuam também no cadastramento de famílias e usuários no Cadastro Único/CADÚNICO, Programa Bolsa Família/PBF e o Benefício de Prestação Continuada/BPC e na concessão de benefícios eventuais tais como: Auxílio Funeral, Auxílio Alimentação, Auxílio Natalidade, entre outros. Na Constituição Federal de 1998, no Art. 203 se refere a assistência social cita quais são as atribuições da assistência social no Brasil. (BRASIL, 2009).
Art. 203 A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (BRASIL, 1998).
Conforme a cartilha de Orientações Técnicas Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, se trata de uma unidade pública estatal de caráter descentralizada,responsável pela organização e oferta de serviços de Proteção Social Básica/PSB do Sistema Único de Assistência Social/SUAS, nas áreas de vulnerabilidade e/ou risco social que visa o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cada cidadão. (BRASIL, 2009).
O assistente social que atua no CRAS, faz intervenções através de visitas domiciliares, entrevistas, encaminhamentos, reuniões, dinâmicas e utilizando outros instrumentos técnicos operativos necessário.
O assistente social vinculado ao CRAS deve ter bom relacionamento com o público que atende, com a comunidade, deve conhecer seu território de abrangência e principalmente saber trabalhar em rede, assim articulando serviços e buscando melhorias juntamente com as demais áreas. Deve responder as demandas existentes garantindo o acesso aos direitos que são garantidos na Constituição Federal de 1988 e as legislações complementares existentes. É preciso entender de maneira definitiva, quais são as atribuições do assistente social, perante a assistência social, assim podendo perceber a assistência social como um conjunto de ações que tem como intuito atender as mais variadas demandas sociais existentes, desmistificando e afastando o conceito de assistencialismo, caridade ou benevolência que ainda é vinculado a profissão, passando assim para uma categoria de Direito, que a Constituição Federal de 1988 definiu por meio do tripé da Seguridade Social. (VIEIRA, 2011).
O assistente social deve ter um grande conhecimento sobre às diversas políticas e lei que protegem os diferentes públicos que são abrangidos pelo equipamento, pois como trabalha com as questões sociais que envolvem os direitos do cidadão dentro da família, do trabalho, do desemprego, da saúde e da educação. Perante isso, entendemos que exige conforme Iamamoto (2009, p.25) um profissional “que tenha competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais”.
Em questão de âmbito familiar, o assistente social é mais um componente, pois sua contribuição, além de visar a tutela social, tem como prioridades correlacionadas com a participação da família no contexto social, e comunitário, principalmente em questões de espera de serviços públicos voltados a garantia do direito estabelecido pela Constituição Federal de 1998. (PEDROSO, 2014).
Os Centros de Referência de Assistência Social/CRAS, no país trabalham com o sistema de referência e contrarreferência, que se trata da comunicação do CRAS com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social/CREAS, e outros serviços que tenham vínculo com a rede socioassistencial e com o Sistema Único de Assistência Socia/SUAS. (BRASIL, 2009).
A referência se estabelece quando a equipe técnica de um dos equipamentos do Sistema Único de Assistência Social/SUAS, por meio da rede de serviços socioassistenciais se comunica com o outro para garantir aos usuários que suas demandas serão atendidas, dessa forma garantindo os direitos dos usuários ao acesso a renda, serviços, programas e projetos, conforme as demandas se apresentam. (BRASIL, 2009).
Em relação a contrarreferência aborda os encaminhamentos que a equipe técnica do Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, possam receber dos demais níveis de complexidade social, sendo as mesma a Proteção Social Média ou de Alta Complexidade, ou da rede socioassistencial garantindo assim o direito do usuário a Proteção Social Básica após a superação da situação de risco social pois esses usuários são inseridos em serviços, benefícios, programas e projetos envolvidos pela Proteção Social Básica. (BRASIL, 2009).
A localização e a quantidade de CRAS que os munícipios devem ter depende do número de famílias referenciadas, capacidade de atendimento, e o território aonde se concentram as famílias ou usuários que se encontra um número maior de situações de vulnerabilidade ou risco social no município. (BRASIL, 2009).
Nos territórios aonde se concentram as situações de vulnerabilidade e risco social aonde diagnostica a incidência e reincidência das situações de vulnerabilidade social se trata de uma tarefa complexa, especialmente no que diz respeito a obtenção de informações sociais interurbanas municipais, que sejam pela difícil mensuração, ou que não dispõem de estatísticas nacionais, como situações de violência, negligencia, abandono, entre outros. (BRASIL, 2009).
Reconhecendo esta dificuldade a Norma Operativa Básica/NOB-SUAS, permite que os CRAS sejam instalados, prioritariamente em territórios com maior concentração de famílias com renda per capita mensal de ½ do salário mínimo, uma vez que as vulnerabilidades e riscos sociais, tendem a ser agravar pela pouca renda das famílias, portanto os territórios com uma maior concentração de famílias em vulnerabilidade social, pois os mesmos acabam sendo desprovidos dos serviços básicos e essas famílias acabam passam por situações de vulnerabilidade social extrema.(BRASIL, 2009).
Nos municípios de Pequeno Porte, o CRAS poderiam ser localizados em áreas centrais sendo áreas e maior convergência da população, representando assim um acesso facilitado para famílias vulneráveis das áreas urbanas e rurais, mas esta escolha deve ser criteriosa, pois cada município é distinto um do outro, assim fica a cargo do município a definição do território de instalação dos CRAS sendo que alguns escolhem o centro da cidade e outros o território com maior vulnerabilidade econômica, que se encontra afastado do centro da cidade, podendo ser necessário a necessidade da instalação de mais CRAS para cobrir as demandas existentes no território. (BRASIL, 2009). 
Já em municípios de Médio e Grande Porte como nas metrópoles, o CRAS deve ser implantados prioritariamente nos territórios de maior vulnerabilidade social, se ocorrer uma incapacidade temporária decorrente da falta ou incompatibilidade de imóveis para a implantação, grande incidência de violência, a unidade deve ser instalada o más próximo possível do território de abrangência, possibilitando assim o referenciamento das famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social. (BRASIL, 2009).
É preciso compreender que o assistente social é um profissional que trabalha para a defesa de direitos das pessoas, atuando de acordo com suas propriedades profissionais. O assistente social deve sempre buscar alternativas que que contribuam com as condições de vida da população de sua área de abrangência, conhecendo e entendendo a situação em que vivem, para que assim possam buscar alternativas que sejam condizentes as suas necessidades. Para que isto ocorra faz-se necessário que o profissional esteja sempre pautado no projeto ético político da profissão e em seu Código de Ética (SOUZA, 2013).
4. JUSTIFICATIVA
Os Centros de Referência de Assistência Social/CRAS, no que refere-se a Proteção Social Básica/PSB, tem como objetivo ser a porta de entrada dos serviços socioassistenciais que são prestados pela assistência social. (BRASIL, 2009).
O principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família/PAIF, e em comprimento a este Serviço a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistencial define o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/SCFV, os dois serviços em conjunto ofertados pelo CRAS visam a prevenção, proteção e fortalecimento do vínculo familiar e comunitários, mas para a efetivação desses serviços dependem das verbas que são disponibilizadas para os serviços pelo município, e do tamanho da equipe técnica pois muitas vezes pode ocorrer de a equipe não conseguir abranger os dois serviços, sendo que o PAIF é obrigatório para a efetivação do CRAS. (BRASIL, 2013).
Na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, o PAIF se trata de um serviço de trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, o mesmo tem o caráter continuada, sendo que sua finalidade de fortalecer a função protetiva e preventivas das famílias, assim tambémprevenir a ruptura de vínculos familiares ou comunitários, promover o acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria da qualidade de vida das famílias referenciadas, visando também o desenvolvimento de potencialidades e aquisições familiares por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. (BRASIL, 2013).
No decorrer do estágio meu Projeto de Intervenção foi voltado para crianças e adolescentes na faixa etária dos dez aos dezessete anos, que tenham suas famílias acompanhadas pelo PAIF, assim visando garantir aos mesmos os direitos que são garantidos por meio da Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, assim criando um grupo para discutir com os mesmos quais era seus conhecimentos sobre o ECA e como ele atua na garantia de direitos, deveres e medidas socioeducativas em caso de ato infracional, assim visando o fortalecimento dos vínculos comunitários dessas crianças e adolescente.
Foram realizados um total de quatro encontros presenciais no espaço físico do CRAS do município de Penha, todos esses encontros foram voltados para o ECA e suas atribuições como a lei que rege os direitos a criança e ao adolescente, em cada encontro foi discutido sobre um tema importante dentro do ECA e o quarto e último encontro foi uma visita de campo ao zoológico Santur no município de Balneário Camboriú com a intenção de garantir o direito dos mesmos a cultura e ao lazer.
Em relação ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/SCFV, sendo um serviço grupal, sendo ele a partir de faixas etárias, de modo a garantir a aquisição progressiva aos seus usuários, com a finalidade de complementar o trabalho social realizado pelo PAIF e prevenir a ocorrência de situações de risco ou vulnerabilidade social, uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários nas construções e reconstruções de suas historias e vivencias pessoais, coletivas e familiares. Igualmente ao PAIF o mesmo tem o caráter preventivo e proativo, pautando-se na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidade e potencialidade, com o intuito de alcançar alternativas emancipatórias para o enfrentamento das situações de vulnerabilidade e/ou risco social. (BRASIL, 2013).
O SCFV no município de Penha, ocorreu no segundo semestre de 2018 durando 6 meses, mas por questões de RH dos profissionais da equipe técnica não conseguiu abranger o PAIF, SCFV, as demandas espontâneas e reprimidas, e os encaminhamentos das outras áreas da rede de serviços do município. Então como para o espaço físico do CRAS continue a funcionar se faz necessário que o PAIF esteja sempre ativo, por isso a equipe técnica de comum acordo decidiram paralisar o serviço até que as questões de RH dos profissionais da equipe técnica fosse resolvido. (BRASIL, 2009).
Os profissionais da equipe técnica do CRAS se trata de duas assistentes sociais concursadas cada uma com carga horaria de vinte horas semanais, e uma psicóloga em processo seletivo de um ano também realizando vinte horas semanais. Vale ressaltar que todos os profissionais da equipe técnica fazem horas extras, sendo que cada profissional tem suas cargas de horas extras diferenciadas entre si assim fazendo com que a equipe muitas vezes se desencontrem.
5. OBJETIVOS 
 
A seguir enunciam-se os objetivos gerais e específicos da pesquisa.
5.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo deste estudo é demonstrar como o Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, tem o intuito de acolher as famílias e usuários que possam necessitar dos serviços que são ofertados pelo equipamento, também as demandas espontâneas e as famílias que são acompanhadas pelo serviço quando se encontram em situação de vulnerabilidade social e como a Proteção Social Básica/PSB atua em conjunto com o CRAS para garantir os direitos que são assegurados aos mesmos por meio da Constituição Federal de 1988.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos deste trabalho se baseia em descrever a importância do Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, a sua atuação como porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social/SUAS, que se dá por meio da Tipificação dos Serviços Socioassistenciais e que define quais são as atribuições da Proteção Social Básica e a atuação do profissional nos serviços socioassistenciais e dos direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988.
Esta unidade pública do SUAS é referência para o desenvolvimento de todos os serviços socioassistenciais de proteção básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no seu território de abrangência. Estes serviços, de caráter preventivo, protetivo e proativo, podem ser ofertados diretamente no CRAS, desde que disponha de espaço físico e equipe compatível. Quando desenvolvidos no território do CRAS, por outra unidade pública ou entidade de assistência social privada sem fins lucrativos, devem ser obrigatoriamente a ele referenciados. (BRASIL, 2009).
Como os serviços prestados pelo CRAS devem ter o caráter protetivo, preventivo e proativo são voltados para a garantia de direitos das famílias e usuários que são referenciados pelo mesmo, assim disponibilizando benefícios, serviços, projetos e programas para que a família ou usuário supere a situação de vulnerabilidade ou risco social em que se encontram.
Como já citado anteriormente a Proteção Social Básica/PSB tem como seu intuito a prevenção de situações de vulnerabilidade e risco social e a garantia de direitos que são estipulados pelas leis e decretos em questão de benefícios e direitos envolvendo a questão social. O CRAS sendo a porta de entrada para essa política pública deve atuar de forma a ajudar as famílias e usuários referenciados a terem autonomia, e por com o auxilio dos mesmos ter o autodomínio para que assim possam superar a situação de vulnerabilidade social. Não podendo esquecer que o principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família/PAIF. (BRASIL, 2009).
Todo Centro de Referência de Assistência Social - CRAS em funcionamento desenvolve, obrigatoriamente, a gestão da rede socioassistencial de proteção social básica do seu território e oferta do Programa de Atenção Integral à Família – PAIF, independentemente da(s) fonte(s) de financiamento (se municipal, federal e/ou estadual). (BRASIL, 2009).
Os profissionais da área de Serviço Social mesmo com todos os direitos e benefícios que são assegurados pelas leis e legislações, encontram infindáveis questões que impedem que o equipamento tenha sua plena efetivação. Seja por questões de RH, gestão estadual ou municipal, verbas destinadas aos benefícios eventuais tanto em nível estadual como municipal, o profissional acaba se tornado engessado pois não consegue atuar de forma correta por muitos fatores. 
Sendo o CRAS a porta de entra para a Proteção Social Básica/PSB e para os serviços socioassistenciais o equipamento não ter a equipe técnica adequada , não receber verbas estaduais ou municipais o suficiente para manter e fazer a manutenção de serviços, programas e projetos, e não haver garantias de benefícios eventuais para as famílias que necessitam seja de um auxilio natalidade, auxilio funeral ou até mesmo o auxílio alimentação.
Um exemplo que pode ser utilizado disso é o CRAS do município de Penha que atua com equipe reduzida, e oferecendo os serviços do PAIF e a solicitação para o Benefício de Prestação Continuada/BPC, na Secretaria de Assistência Social do município de penha é onde se realiza os cadastro do Cadastro Único/CADÚNICO e o Programa Bolsa Família/PBF também ofertando os benefícios eventuais de auxilio natalidade e auxilio funeral (sendo que esse somente regulariza e “doa” a cova para a família) não ofertando o auxilio alimentação que é o mais solicitado pelas famílias.
6. METODOLOGIA DE PESQUISA
Nesse Trabalho de Conclusão de Curso/TCC, foi utilizado os estudos de casos que acompanhei no Centro de Referência de Assistência Social/CRAS do município de Penha e no decorrer do projeto de intervenção aplicadono equipamento no contexto atual e real do equipamento.
A interpretação, analise, leitura de livros, revistas, artigos, documentos entre outros para assim fundamentar o objetivo do estudo. Sendo que a pesquisa qualitativa é também descritiva, as informações obtidas não podem ser consideradas quantitativas, os dados que são recolhidos são analisados indutivamente. Portanto o pesquisador desenvolve os conceitos, ideias e entendimentos a partir do que é encontrado nos dados recolhidos pelo pesquisador. GIL (2002).
Sendo escolhido um tema, após a realizada de estudos relevantes sobre a viabilidade do estudo em questão. Após isso foi realizado o levantamento bibliográfico de livros e artigos, onde foi constituído o referencial teórico. Para LAKATOS e MARCONI, (2001, p. 57) a pesquisa bibliografia ou de fontes segundarias, sendo sua característica a abrangência de toda a bibliografia já publicada sobre o tema e abrange também publicações de todos os tipos desde monografias até audiovisual. Assim quando a pesquisa estiver pronta, passa a ser o momento de organizar tópicos que seriam abordados na pesquisa possibilitando os embasamentos e argumentos necessários para que tudo estivesse de acordo.
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA
O atual Trabalho de Conclusão de Curso/TCC, foi construído com base nas informações obtidas através do Centro de Referência de Assistência Social/CRAS, do município de Penha, no estado de Santa Catarina.
A pesquisa bibliográfica realizada para fundamentar o tema proposto, pois como se tratava do CRAS as famílias e usuários o equipamento presa pelo sigilo das informações assim todas as informações obtidas serviram como referência para auxiliar na pesquisa relacionada ao tema.
A questão do CRAS com a Proteção Social Básica/PSB é de grande importância, pois sem a efetivação dos serviços ofertados pela PSB ocorre de a situação de vulnerabilidade social das famílias ou usuários se elevem para os demais níveis definidos pela Tipificação Nacional dos Socioassistenciais o que na teoria não deferia acontecer se a PSB fosse aplicada como se deve perante as leis e legislações.
Na cidade de Penha/SC, o CRAS, busca oferecer o suporte necessário para os usuários e famílias que necessitam dos serviços que deferiam ser ofertados, mas como já citado anteriormente gestão municipal não disponibiliza verbas necessárias para a efetivação dos serviços e a própria equipe técnica encontra dificuldades pelo déficit de profissionais e aqueles que estão no equipamento tem a carga horaria reduzida o que traz consequências para os serviços que devem ser ofertados no equipamento.
Vale lembrar que o CRAS atua visando a prevenção para que os direitos das famílias e usuários não sejam violados, desenvolver atividades com o objetivo de fortalecer potencialidades e a capacidade protetiva das famílias e da comunidade.
Quando analisamos o trabalho desenvolvido pelo Assistente Social, podemos refletir o quanto é fundamental para as famílias e aos usuários, ocorrem muitos desafios que estes tem enfrentam diariamente, um dos principais é a falta de adesão nas atividades propostas, pois é através da família que se tem as maiores possibilidades para entender a dinâmica e o contexto daquele usuário, assim podendo desenvolver o trabalho com mais liberdade.
O CRAS da cidade de Penha conta ainda com algumas política pública de auxílio a indivíduos em situação de vulnerabilidade ou risco social, desenvolvimento de ações de articulação, mobilização e encaminhamento para garantia do direito de cidadania. Vale frisar que no município de Penha os benefícios eventuais de Auxílio Natalidade e Auxílio Funeral, fora o cadastramento para o Cadastro Único/CADÚNICO, e a inclusão de famílias no Programa Bolsa Família/PBF são realizados na Secretária Municipal de Assistência Social/SMAS do município.
E por último relembrar que o município de Penha não disponibiliza para os usuários do serviço a auxílio alimentação que é o mais requisitado no município, pois muitas das famílias e usuários que vão até o CRAS é em busca da “Cesta Básica”, e fica a capo da assistência social do CRAS informar aos usuários que o município não disponibiliza desse benefício eventual.
8 CONCLUSÕES 
Considerando procedimento essencial para a formação acadêmica, o Trabalho de Conclusão de Curso/TCC se torna relevante, pois é um documento que representa o conhecimento e o resultado de estudo, sendo na verdade um processo de aprendizagem e uma experiencia muito proveitosa, que traz grandes benefícios.
Foi visto que com a Constituição Federal de 1988 a assistência social passou a ser considerada um direito do cidadão. Já em 1993 a Lei Orgânica de Assistência Social/LOAS veio regulamentar aquilo que havia sido definido pela Constituição Federal de 1988. A lei foi criada e implantada com o intuito de regulamentar a Assistência Social enquanto política pública, já em 2004 aconteceu a organização de um documento que organiza a política pública, que havia sido estabelecida pela Constituição Federal em 1988, e em 1993 com a Lei Orgânica da Assistência Social o documento foi chamado de Política Nacional De Assistência Social/PNAS.
Em 2005 foi implantado então o Sistema Único de Assistência Social/SUAS, a partir disso foi conseguido algumas normativas como: a Norma Operacional do Sistema Único de Assistência Social/NOB-SUAS. E por fim chegamos ao documento que vai tipificar os serviços socioassistenciais definidos pela Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS, sendo chamada de Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.
Sendo assim a implantação do CRAS em todo os municípios e DF ficou definido por meio da Lei nº 12.435 de 6 de julho de 2011, sendo esta a lei que complementa a Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS, e também define os níveis de proteção social como os principais serviços que vão entrar em vigência em cada equipamento de proteção social.
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