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Status Completada Resultado da tentativa 3 em 3 pontos Tempo decorrido 3 minutos Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente • Pergunta 1 0,3 em 0,3 pontos “Gonzaga é conaturalmente árcade e nada fica a dever aos confrades de escola na Itália e em Portugal. As liras são exemplo do ideal de aurea mediocritas que apara as demasias da natureza e do sentimento. A “paisagem”, que nasceu para arte como evasão das cortes barrocas, recorta-se para o neoclássico nas dimensões menores da cenografia idílica. Esta prefere ao mar e à selva, o regato, o bosque, o horto e o jardim. A natureza vira refúgio (locus amoenus) para o homem do burgo oprimido por distinções e hierarquias. Todas as culturas urbanas do Ocidente, nos estágios mais avançados de modernização, acabam reinventando o natural e fingindo na arte a graça espontânea do Éden que os cuidados infinitos da cidade fizeram perder.” (BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo, Cultrix, 1987.) Segundo Alfredo Bosi, o “natural” aparece na arte das culturas ocidentais modernas como: Resposta Selecionada: a. Um elemento que imita e reinventa a graça espontânea do paraíso. Respostas: a. Um elemento que imita e reinventa a graça espontânea do paraíso. b. Uma representação dos cuidados infinitos da cidade. c. Um paraíso artístico cheio de graça e espontaneidade. d. Uma reinvenção das culturas de fingimento. e. O mais avançado estágio de modernização. Feedback da resposta: Resposta: A Comentário: no texto, o “Éden” nos remete ao paraíso perdido, tão almejado pelas culturas ocidentais. A vida na cidade passa a representar um mundo conflituoso e opressor. Dessa forma, temas como fugere urbem, fuga da cidade, e locus amoenus, permanência em lugar tranquilo no campo, tornaram-se verdadeiros clichês para os poetas árcades. • Pergunta 2 0,3 em 0,3 pontos A estrofe transcrita faz parte do poema “O Canto do Guerreiro”, de Gonçalves Dias: Valente na guerra Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape? Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais como eu dou? - Guerreiros ouvi-me: Quem há, como eu sou? Tendo-se em vista o indianismo romântico, pode-se considerar essa estrofe como: Resposta Selecionada: b. Uma imagem idealizada do índio. Respostas: a. Expressão verdadeira da realidade indígena. b. Uma imagem idealizada do índio. c. Verdadeira expressão épica da 3ª geração do nosso romantismo (poesia social). d. Uma falsa imagem do índio, típica do misticismo. e. Uma imagem do índio típico daqueles que seguiam a filosofia do carpe diem. Feedback da resposta: Resposta: B Comentário: durante o indianismo, podemos observar uma imagem idealizada do índio, conforme nos apresenta Gonçalves Dias. O índio é descrito como um herói nos moldes medievais. É muito forte, valente, destemido, leal, perfeito em todos os aspectos. Sua individualidade e sua cultura são desvalorizadas. Não há ponderação, relativismo, só certezas. • Pergunta 3 0,3 em 0,3 pontos Assinale a alternativa INCORRETA: Resposta Selecionada: c. A literatura árcade reflete um dualismo: o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, entre o pecado e o perdão. Respostas: a. A literatura informativa do quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um levantamento da terra, daí ser predominantemente descritiva. b. O artista romântico considera a inspiração e a paixão individual como as principais fontes da criação artística. Por isso, o subjetivismo é uma das principais características do Romantismo. c. A literatura árcade reflete um dualismo: o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, entre o pecado e o perdão. d. O Romantismo consistiu, basicamente, num fenômeno artístico que se opôs à tradição racionalista e clássica do século XVIII. e. O cultismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, enquanto o conceptismo é marcado pelo jogo de ideias, seguindo um raciocínio lógico. Feedback da resposta: Resposta: C Comentário: a afirmação da alternativa C refere-se ao Barroco, estética literária embasada no dualismo, na tensão entre o antropocentrismo e o teocentrismo. As demais alternativas estão corretas. • Pergunta 4 0,3 em 0,3 pontos Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema: Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia. Então e, ora repleta ora esvazada, A taça amiga aos dedos seus tinia Toda de roxas pétalas colmada. Alberto de Oliveira Resposta Selecionada: b. Descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia Antiga. Respostas: a. Versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso. b. Descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia Antiga. c. Revalorização das ideias iluministas e descrição do passado. d. Busca de inspiração na Grécia clássica, com nostalgia e subjetivismo. e. Busca de um vocabulário perfeito e forte apelo sensual. Feedback da resposta: Resposta: B Comentário: nesses versos, Alberto de Oliveira descreve minuciosamente uma taça, preocupando-se mais com a perfeição formal e o resgate da cultura grega, em detrimento do subjetivismo ou do sentimentalismo, tão comuns no Romantismo. Observe-se que não há referência ao Deus judaico-cristão, mas a “um novo deus”, pertencente ao Olimpo. • Pergunta 5 0,3 em 0,3 pontos Assinale a alternativa que contenha características comuns existentes entre os simbolistas e os parnasianos: Resposta Selecionada: a. Possuem o ideal da “arte pela arte”, usando formas poéticas tradicionais. Respostas: a. Possuem o ideal da “arte pela arte”, usando formas poéticas tradicionais. b. Fazem constante referência à mitologia greco- latina. c. Ambos valorizam o descritivismo e a objetividade. d. Há um constante desejo de transcendência e integração cósmica. e. Usam uma linguagem fluida, sugestiva. Feedback da resposta: Resposta: A Comentário: podemos dizer que tanto simbolistas como parnasianos buscam a perfeição formal e seguem o ideal da “arte pela arte”, sem engajamentos, sem posicionamentos filosóficos. Os parnasianos, por sua vez, valorizam o descritivismo e a mitologia greco-latina. Somente os simbolistas, mais musicais que pictóricos, almejam a transcendência e a integração cósmica, por meio de uma linguagem bastante sugestiva. • Pergunta 6 0,3 em 0,3 pontos Leia com atenção a um trecho de poema de Cláudio Manuel da Costa: Leia a posteridade, ó pátrio Rio, Em meus versos teu nome celebrado; Por que me vejas uma hora despertado O sono vil do esquecimento frio: Não vês nas tuas margens o sombrio, Fresco assento de um álamo copado; Não vês ninfa cantar, pastar o gado Na tarde clara do calmoso estio. Nestas quadras, Cláudio Manuel da Costa expõe de modo sugestivo a situação particular de um árcade brasileiro: Resposta Selecionada: e. Ao contrastar a realidade da natureza de sua terra natal com a natureza idealizada nos paradigmas do bucolismo da poesia europeia do século XVIII. Respostas: a. Ao reconhecer em nossa natureza elementos que tanto favorecem a representação dos mais altos ideais da poesia neoclássica. b. Ao assumir orgulhosamente a condição de um poeta que, fechando-se às influências estrangeiras, sente-se glorificado em sua própria cultura. c. Ao renunciar à esperança de ver seu nome imortalizado, uma vez que faltamà natureza que canta os elementos que enobrecem a verdadeira poesia. d. Ao encontrar na paisagem de sua terra a serenidade que o faz esquecer os predicados da natureza arcádica, celebrados por poetas europeus. e. Ao contrastar a realidade da natureza de sua terra natal com a natureza idealizada nos paradigmas do bucolismo da poesia europeia do século XVIII. Feedback da resposta: Resposta: E Comentário: nesses versos, podemos observar o eu lírico dialogando com o rio de sua pátria, em um exercício de personificação e contraste. Ele esclarece que, às margens desse rio brasileiro, não há um “álamo copado”, ou seja, uma vegetação europeia típica, nem as ninfas, fruto da tradição greco-latina. O árcade brasileiro deveria resgatar a cultura greco-latina e europeia, tão distante da sua realidade nacional, da natureza tropical brasileira, ou seja, uma situação bastante inusitada. • Pergunta 7 0,3 em 0,3 pontos Leia o poema abaixo e indique a alternativa que está completamente CORRETA: Oh! páginas da vida que eu amava, Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!... Ardei lembranças doces do passado! Quero rir-me de tudo que eu amava! A que doido que eu fui! como eu pensava Em mãe, amor de irmã! em sossegado Adormecer na vida acalentado Pelos lábios que eu tímido beijava! Resposta Selecionada: d. O poema pertence à 2ª geração romântica brasileira, também conhecida por byronismo. Respostas: a. O poema expressa a obsessão pela morte, característica típica da 1ª geração romântica brasileira. b. O tema principal do poema é a solidão amorosa. O culto da solidão é uma característica típica da 3ª geração romântica. c. O poema expressa a saudade que o eu lírico sente de seu país natal, terra onde vivem sua mãe e sua irmã. O nacionalismo é uma característica típica da 1ª geração romântica. d. O poema pertence à 2ª geração romântica brasileira, também conhecida por byronismo. e. O poema resgata a universalidade e equilíbrio clássicos. Feedback da resposta: Resposta: D Comentário: esses versos fazem parte da poética de Álvares de Azevedo e podem, portanto, situar-se na 2ª geração romântica, sob forte influência do poeta Lord Byron. Notamos uma obsessão pela morte, uma intensa dor, uma emoção exacerbada, características marcantes desse período, também conhecido como “ultrarromantismo” ou “byronismo”. • Pergunta 8 0,3 em 0,3 pontos Nos seguintes versos de Álvares de Azevedo, podemos perceber: Sombras do vale, noites da montanha Que minh’alma cantou e amava tanto, Protegei o meu corpo abandonado, E no silêncio derramai-lhe canto! Mas quando preludia à meia-noite, ave d’aurora, E quando à meia-noite o céu repousa, Arvoredos do bosque, abri os ramos... Deixai a lua prantear-me a lousa!” Resposta Selecionada: b. O acentuado pessimismo e a valorização da religiosidade mística. Respostas: a. O sentimento de autodestruição e a valorização da natureza tropical. b. O acentuado pessimismo e a valorização da religiosidade mística. c. A devoção pela noite e por ambientes lúgubres e sombrios. d. O sentimento byroniano de tom humorístico-satânico. e. O sonho adolescente e a supervalorização da vida. Feedback da resposta: Resposta: B Comentário: nesses versos observamos uma importante característica da 2ª geração romântica, a descrição tétrica dos ambientes noturnos, como em um filme de mistério ou terror. O eu lírico se dirige às noites da montanha em um tom de saudade, pede que os ramos das árvores deem passagem para a luz da lua, para que esta possa iluminar seu túmulo (lousa), o que acrescenta um tom fantasmagórico aos versos, declamados por um morto. • Pergunta 9 0,3 em 0,3 pontos Nos versos a seguir, do poeta Gregório de Matos, podemos reconhecer: “Que falta nesta cidade?________ verdade. Que mais por sua desonra?_________ honra. O demo a viver se exponha. Por mais que a fama a exalta. Numa cidade onde falta Verdade, honra e vergonha.” Resposta Selecionada: d. O caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço de uma crítica, em torno de sátira, do perfil moral da cidade da Bahia. Respostas: a. O caráter de jogo verbal próprio da poesia religiosa do século XVI, sustentando piedosa lamentação pela falta de fé do gentio. b. O estilo pedagógico da poesia neoclássica, por meio da qual o poeta se investe das funções de um autêntico moralizador. c. O caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço da expressão lírica do arrependimento do poeta pecador. d. O caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço de uma crítica, em torno de sátira, do perfil moral da cidade da Bahia. e. O estilo pedagógico da poesia neoclássica, sustentando em tom lírico as reflexões do poeta sobre o perfil da cidade da Bahia. Feedback da resposta: Resposta: D Comentário: enquanto poeta barroco, Gregório de Matos segue os preceitos de Gôngora e o cultismo, por meio do jogo verbal. O poeta compôs poemas religiosos, amorosos, filosóficos e satíricos. Esses últimos estão bem exemplificados pelos versos acima, nos quais observamos uma crítica satírica voltada para o perfil moral da cidade da Bahia, capital do Brasil no século XVI, considerada uma cidade sem “verdade, honra e vergonha”. • Pergunta 10 0,3 em 0,3 pontos Veja agora um trecho da poesia lírica de Castro Alves e assinale a alternativa INCORRETA: Boa Noite Boa noite, Maria! Eu vou me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa noite, Maria! É tarde... é tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, — Mar de amor onde vagam meus desejos! Julieta do céu! Ouve... a calhandra já rumoreja o canto da matina. Tu dizes que eu menti? ... pois foi mentira... Quem cantou foi teu hálito, divina! Se a estrela-d’alva os derradeiros raios derrama nos jardins do Capuleto, eu direi, me esquecendo d’alvorada: “É noite ainda em teu cabelo preto...” É noite ainda! Brilha na cambraia. — Desmanchado o roupão, a espádua nua. O globo de teu peito entre os arminhos como entre as névoas se balouça a lua... É noite, pois! Durmamos, Julieta! Recende a alcova ao trescalar das flores. Fechemos sobre nós estas cortinas... — São as asas do arcanjo dos amores. Resposta Selecionada: b. A descrição da mulher, no texto, confirma o modelo idealizado da heroína romântica, pura e inocente. Respostas: a. A poesia amorosa de Castro Alves manifesta-se através de um sensualismo ousado. b. A descrição da mulher, no texto, confirma o modelo idealizado da heroína romântica, pura e inocente. c. O poema cria intertextualidade com a obra “Romeu e Julieta”, de Shakespeare. d. A linguagem romântica é repleta de metáforas. e. A valorização do “eu” e o subjetivismo estão presentes. Feedback da resposta: Resposta: B Comentário: a heroína romântica é descrita em sua pureza e inocência, o que difere da personagem feminina apresentada nesses versos de Castro Alves, bastante sensual e provocativa. O eu lírico não consegue se despedir de sua amada, repete várias vezes “boa noite”, mas não consegue deixá-la. Ao chamar sua amada de “Julieta”, nos jardins do Capuleto, faz referências claras à obra shakesperiana. A linguagem é bastante metafórica; as cortinas, por exemplo, são “asas do arcanjo”, que protegem esse amor divino e carnal.
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