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Aula 1 Registro visual e sonoro

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Registro visual e sonoro
Desenvolvimento Histórico dos Processos de Registro
e 
Impacto Social do Desenvolvimento dos Processos de Registro
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Ao longo da história o homem vem criando estratégias, mecanismo para transmitir, comunicar as informações e conhecimentos que são produzidos por estes. Posto que, os indivíduos sentem a necessidade eminente de trocar informações e gerar novos saberes e conhecimentos. Compreendemos que para se estudar a história dos registros do conhecimento, faz-se preciso entender e estudar a pertinência da informação, tendo em vista suas facetas e ciclo, assim como focar a leitura e escrita.
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A informação ganha um valor diferente em cada momento histórico, sendo agregados às informações, significados e sentidos diferentes e arraigados de idiossincrasias. Vista que, seja através das interações e trocas que os indivíduos constroem e transformam suas histórias e realidades, produzindo novas formas de aprendizagem e acessos interativos. A informação, portanto, é um elemento essencial no contexto da história dos registros.
Nessa perspectiva compreendemos que a informação é um insumo para a geração, produção de conhecimentos.
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“Imagens têm sido meios de expressão da cultura humana desde as pinturas pré-históricas das cavernas, milênios antes do aparecimento do registro da palavra pela escrita.” (SANTAELLA 2008, p. 13).
É perceptível que ao longo da história da humanidade, o homem sentiu a necessidade de representar algo referente ao seu cotidiano, como forma de manter “viva” a sua memória, sua história e tal necessidade pode ser vislumbrada a partir dos inúmeros suportes e formas que foram utilizados por estes para transmitir suas ações, desejos, preferências, poder e escolhas.
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Corroborando com o pensamento de Von Simon (2006), compreendemos que a memória pode ser caracterizada como sendo a capacidade humana de registrar fatos, e estes, serem transmitidos às gerações futuras através de variados suportes (pinturas, artefatos, textos, costumes, tradições, histórias, dentre outros.). Assim podemos afirmar que os suportes e formas de escrita, leitura e escrita são formas de preservar e comunicar a memória e história de um povo para que esta seja divulgada e disseminada para a posterioridade. Visto que tais aspectos estão intrinsecamente relacionados a cultura de um povo ou nação.
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Podemos definir a informação como sendo “Conjuntos significantes com a competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo, em seu grupo, ou a sociedade”. (BARRETO, 1999, p. 3)
Um fator que merece destaque é a “intencionalidade” que existe entre informação e o conhecimento, onde a percepção da informação é relevante para a criação do “conhecimento autêntico”, pois estes “conjuntos significantes” (informação) são necessários para a geração do saber, e por ventura o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade em que este esteja inserido, possibilitando assim o progresso socioeconômico, cultural e educacional. (BARRETO, 1999).
(Reflexão: São as tecnologias neutras?)
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A história dos registros do conhecimento, porventura, esta associada à produção, circulação e uso da informação, onde esta pode potencializar a produção, construção do conhecimento.
De acordo com Fátima Maria Alencar Araripe (2001, p. 71) a Biblioteca faz parte da história dos indivíduos, “cria relações de ordem cultural e possibilita um entendimento identitário”. Compreendendo que existe uma rede de relações e representações que são empreendidas pelo homem e que este estabelece “lugares e constrói significados, atribuindo-lhes legitimidade e sentido”.
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O homem é um ser altamente social que necessita de meio para estabelecer contato, diálogo com seus semelhantes. Tais necessidades de comunicação datam de pelo menos 3000 a.C. onde estes formas de inscrição, comunicação eram expressos em cavernas, madeiras, pedras, tabuas de argila, ossos, dentre outros.
Assim, paulatinamente os homens estruturam as suas formas, sistemas de representação. Desde a escrita não-verbal, pinturas, onde podemos citar as pinturas a caverna de Lascaux, na França, passando pela escrita em barros de argila, a chamada escrita cuneiforme, sendo exemplificada pelas leis do código de Hamurabi. A escrita Hieroglífica (hieros = sagrado) e (gluphein = gravar), um sistema de escrita mais sofisticado que era utilizado em escrituras sagradas e importantes. Essas são apenas algumas das inúmeras formas de escrita que foram desenvolvidas pelos homens no decorrer de sua trajetória.
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Pinturas da gruta de Lascaux
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A história do homem é marcada por um dos períodos mais extraordinários e encantadores, que é a Pré‑História. Por conta de sua longa duração, os historiadores a dividiram, de acordo com a evolução técnica, em três períodos significativos: o Paleolítico (ou a Idade da Pedra Lascada, que vai desde o aparecimento do homem até 12 mil anos atrás), o Neolítico (ou a Idade da Pedra Polida, de 12 mil anos atrás até 6 mil anos atrás) e a Idade dos Metais (datada de 6 mil anos atrás até o aparecimento da escrita – por volta de 4000 aC).
A linguagem gráfica observada na arte rupestre era o manifesto do código social dos grupos étnicos da Era Paleolítica Superior (30 mil a.C. a 18 mil a.C.), que reproduzia a imagem na sua verdade visual, sem deformações ou estilizações. Temáticas dominadas pela crença nos poderes mágicos, pelo cotidiano que envolvia a luta pela sobrevivência. Características particulares incluem o tipo da tinta, representações humanas pequenas ou grandes, cores dominantes, traçados geométricos cuidadosamente executados, animais desenhados por uma linha de contorno aberta, entre outras.
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A Vênus de Willendorf, demonstra que existiram registros não somente na forma de arte rupestre, mas também em pequenas esculturas no período Paleolítico. 
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O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Com o passar dos anos o estanho também foi utilizado como outro recurso na fabricação de armas e utensílios. Com a junção desses dois metais, por volta de 3000 a.C., tivemos o aparecimento do bronze. Só mais tarde é que se tem notícia da descoberta do ferro. Manipulado por comunidades da Ásia Menor, cerca de 1500 a.C., o ferro teve um lento processo de propagação. Isso se deu porque as técnicas de manipulação da liga de ferro eram de difícil aprendizado.
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Escrita cuneiforme, designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios cerca de 3200 a.C
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O apogeu da arte rupestre paleolítica foi descoberto em 1880, nas cavernas de Altamira, na Espanha, também conhecida como gruta de Altamira, onde se conserva um dos conjuntos pictóricos mais importantes da Pré‑História.
Nos tetos e paredes das cavernas de Altamira foram reproduzidos desenhos coloridos de bisões, cavalos e vários outros animais, em repouso, ou, o mais surpreendente, em movimento. Estudos iconográficos apontam as imagens de Altamira como símbolos sexuais e religiosos, ritos de fertilidade, cerimônias de súplicas aos deuses para caças bem‑sucedidas, bem como batalhas entre clãs. Independentemente dos motivos que levaram a tais manifestações do homem paleolítico, resta a certeza de que advinham de planejamento e organização, o que implica o processo cognitivo pelo qual as tribos buscavam codificar suas informações, registrando‑as em símbolos gráficos.
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Apelidada de “Capela Sistina da arte paleolítica”, a caverna de Altamira foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985.
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Gravuras da Fozdo Côa (Portugal).
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 A Pedra de Ingá é um monumento arqueológico, identificado como "itacoatiara", constituído por um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas na rocha, localizado no município brasileiro de Ingá no estado da Paraíba. OBS: (petróglifos ou gravuras rupestres, são diferentes do hieróglifos, que são uma linguagem baseada em pictogramas).
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A obra História da Arte (PROENÇA, 2009), menciona que no período Neolítico o homem começa a desenvolver um novo estilo de expressão artística. Ficou conhecido como o período das criações de armas e instrumentos mediante polimento das pedras, tornando‑as mais afiadas. Foi nessa época que o homem fixou residência, começou a agricultura e se dedicou à domesticação de animais, além da divisão de tarefas em uma comunidade. Com a construção de moradias e o domínio da tecelagem e da cerâmica, esse homem neolítico refletiu em sua arte todas essas conquistas técnicas.
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Na última fase do Neolítico, por volta de 3.000 a.C., conhecido como a Idade dos Metais, vemos um novo material dando forma à beleza. Com o domínio do fogo e da transformação de minerais, o homem cria peças metálicas muito benfeitas. Ornamentos, esculturas e armamentos, com riqueza de detalhes impressionantes, servem de documentação do período em que viveu esse homem pré‑histórico.
Somos capazes de entender a intenção do homem pré‑histórico, por meio dos seus sinais. Se temos a capacidade de produzir imagem, podemos receber essa imagem, criando um circuito de comunicação: produzida, codificada e interpretada. Nesse momento, o homem primitivo, que começa a pensar e a saber, transforma‑se em homem moderno. A Pré‑História entra na História, e a imagem ganha perenidade.
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A expressão artística egípcia também representava as ações e os costumes do povo, bem como as mais avançadas tecnologias sobre alquimia, medicina, sistema solar, matemática, engenharia, arquitetura, entre outras. A literatura, as crenças e os três poderes, legislativo, executivo e judiciário, acompanhavam as marcas desses registros.
Segundo a pesquisadora italiana em arte Prette (2009), nas regras da arte egípcia na pintura, sob o ponto de vista semiótico, o modo de retratação da figura humana não seguia o modelo realista, mas o esquemático e convencional. Essas imagens não deveriam retratar os indivíduos como eram na vida terrena, e sim em sua natureza, substância e essência. Com essas representações, acreditava‑se que o faraó, após a morte, tivesse uma missão, que era a de estabelecer um relacionamento com os deuses, a fim de garantir a preservação de vida para o povo egípcio. Por conta disso, os artistas eram obrigados a pintar seguindo um código rígido de conduta, com regras precisas que permaneceram imutáveis durante séculos.
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A imagem a esquerda retrata a tumba da rainha Nafertari, esposa de Ramsés II, com oferendas para a deusa Ísis, datada do século XIII a. C. Já a outra imagem a direita é um exemplo de escrita em barro, sendo um fragmento do mito de Atra-hasis, e Noé mesopotâmico, onde está descrito um dilúvio semelhante ao da Bíblia. É perceptível a riqueza semântica que tais formas de escrita trazem em sua estrutura. Sendo, portanto, estas arraigadas de significados e sentidos.
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Desde os primórdios os homens buscam formas de registrar suas ações, rotinas, conhecimentos. E como isso durante o decorrer da história os homens utilizaram os mais diversos tipos de suportes para transmitir seus pensamentos, expressões para as futuras gerações. Dentre estes suportes podemos salientar alguns como: a argila, a madeira, as pedras, o papiro, o pergaminho, o papel até os atuais suportes eletrônicos, computadores, e-books dentre outros.
A escrita foi gradativamente se alterando, além de ganhar novas grafias. Muitos foram os materiais utilizados em diferentes momentos e contextos históricos. Acarretando o surgimento de suportes como o livro a cerca de cinco mil anos atrás, onde estes eram feitos de barro, formando pequenas lajotas. O livro também ao longo do espaço e tempo ganhou novos suportes e formas até chegar ao atual formato de brochura ou digital que conhecemos atualmente.
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O papiro é oriundo de uma planta denominada Cyperus papyrus que crescia a margem do Rio Nilo, no Egito. Onde o processo para a produção das folhas de papiro eram o seguinte: as películas da parte externa do papiro eram cortadas em tiras finas e posteriormente coladas uma sobre a outra para assim forma as folhas que eram superpostas com as fibras entrecruzadas, possibilitando assim a resistência deste suporte, depois o acabamento consistia em passar um óleo e pôr para secar. Abaixo exemplo de papiro, que foi sendo substituído em meados do Séc. XI pelo pergaminho, e posteriormente pelo papel.
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Entre o final da antiguidade e idade média o pergaminho de origem animal foi considerado o principal suporte de escrita. Pois este ao contrário do papiro possuía uma durabilidade maior e também devido ao fato de possibilitar uma maior facilidade de leitura e escrita, assim como devido a sua qualidade. O formato do livro de pergaminho em códex substituiu o livro em volumen, papiro. E tal mudança alterou não apenas a forma do suporte mais também os costumes e hábitos, pois esta mudança possibilitou que os indivíduos pudessem ler e escrever ao mesmo tempo. Ou seja, este suporte transformou também as formas de aprendizagem.
O pergaminho era feito a partir das peles de animais, daí possuir um preço elevado, pois para se produzir um único livro era necessário que vários animais fossem abatidos.
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Pergaminho de Isaias encontrado no Mar Morto Sec. IV aC. 
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De origem chinesa o papel surgiu por volta do ano 105 de nossa era, por muito tempo seu uso enquanto suporte de registro se restringiu a china, apenas no século doze é que través dos árabes o papel chegou a Europa e passou a ser utilizada com maior frequência. Contudo foi apenas com a invenção da impressa por Gutenberg em meados de 1454 que o papel passou a ser utilizado em larga escala, embora nesse período o papel ainda possuísse uma aparência feia. 
Inicialmente o papel era fabricado a partir de folhas de bambu e amoreira, posteriormente passou-se a utilizar refugos de tecidos, o que acarretava uma imagem feia, suja ao papel. No início do século XVIII já se utilizava a madeira através do desfibramento, contudo tal processo ainda acarretava refugos têxteis após a mistura. No final do século XVIII e início do século XIX é que passe-se a usar o eucalipto para a produção de papel.
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A partir daí o papel foi ganhando uma maior ressonância e seno agregado a este vários usos, assim como se criou diversos tipos de papel, como por exemplo o Couche, Kraft, Vergê, dentre outros. Segue abaixo um exemplo livro cujo suporte é o papel.
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“O conteúdo de um meio é menos significativo que o meio em si. É o meio, e não o conteúdo que têm um maior impacto na formação da nossa percepção.”
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“Moldamos nossas ferramentas, e logo nossas ferramentas nos moldam”.
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Link da reportagem sobre tecnologia moderna e hieróglifos
https://www.youtube.com/watch?v=y1wpUmVz7gA

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