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MESTRE DE OBRAS MÓDULO FERRAGENS PARA ESQUADRIAS, VIDROS EM GERAL, PINTURA, APARELHOS, JARDIM, LIMPEZA, RESPONSABILIDADE SOBRE A EDIFICAÇÃO E ANÁLISE DE CUSTO Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 2 Diretor de Operações: Adoniram Mendes Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, Guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida, sejam quais forem os meios empregados: Eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravações ou quaisquer outros. Todos os direitos reservados pela Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. LEI 5988 de 14/12/73 e atualizações. Todas as marcas e imagens de hardware, software e outros, utilizados e/ou mencionados nesta obra, são propriedades de seus respectivos fabricantes e/ou criadores. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 3 Apresentação A sociedade moderna, seja sob o prisma econômico, cultural ou social, só alcançará novos degraus competitivos, se investirem na intangibilidade dos seus ativos. Uma das formas é acelerar rumo à conquista de patamares aceitáveis, inovadores e desafiadores de conhecimento. É sobre esse trilho que está direcionada a bússola estratégica de nossa empresa, a Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. A nossa missão é “Contribuir na Formação de Profissionais Qualificados para o Mercado de Trabalho”, gostaria de ressaltar que para nós será motivo de imensa alegria, contribuir com a sua qualificação profissional. A Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda - Departamento de Ensino, direciona suas ações ao suporte técnico e mercadológico com intuito de colaborar com o desenvolvimento de novos profissionais. Qualificação da mão de obra na construção civil A mão-de-obra é o fator mais importante em qualquer obra da construção civil, pois representa grande porcentagem do custo total, além de ser composta de pessoas que têm diversos tipos de necessidades a serem supridas. Cursos de aprendizagem, relacionamento e auto-estima, demonstrando como esses fatores podem influenciar na produtividade. Diversos estudos sobre o assunto apontam diretamente para a necessidade da qualificação da mão-de-obra devido ao grande índice de desperdícios de material, atraso no cronograma da obra e serviços de má qualidade. Para que isso não ocorra, são várias as formas que uma empresa tem de investir em seus funcionários. Uma delas é oferecendo-lhes cursos de capacitação e qualificação. O presente material dispõe de informações imprescindíveis aos participantes dos cursos Data Corporation elaborado através dos profissionais especializados. Adoniram Mendes Diretor de Operações. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 4 Sumário UNIDADE 01 – ESQUADRIAS, VIDROS E TINTAS ESQUADRIAS Acabamento prévio: Procedimentos para uma boa instalação de janelas e portas Madeira Ferro Alumínio PVC Principais tipos de aberturas Janelas de correr Janelas de abrir: Janelas pivotantes: Janelas venezianas: Janelas maxim-ar: Esquadrias de metal (serralheria) Basculantes: Algumas dimensões (comerciais) VIDROS Sílica vítrea Silicatos alcalinos Vidros sodio-cálcicos Vidros ao chumbo Vidros borossilicatos Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 5 Propriedades Resistência mecânica Fabricação. Benefícios Aplicações Manuseio Medidas e correspondências Moção a vácuo Cuidado com o mofo Problema de peso Perfil macio Folga Lavagem Efeito corrosivo Peça de resistência Parafuso solto Questão de adesão Normas TINTAS Tipos Qualidade Preparação da superfície Esquema de pintura Cuidados na apliação das tintas Condições ambientais durante a aplicação Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 6 Material de trabalho Dados técnicos UNIDADE 2 - APARELHOS Aparelhos Sanitários Chuveiros e aquecedores de água Máquina de lavar roupa Lava-louças Pára-raios estrutural UNIDADE 03 SEGURANÇA NO CANTEIRO REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 7 ESQUADRIAS As esquadrias são dispositivos utilizados em fechamento de aberturas, feitas nas paredes, com o objetivo de iluminar, ventilar e permitir a passagem entre compartimentos. Como, normalmente as aberturas são criadas nas paredes quando de sua execução, é importante executá-las tomando alguns cuidados: A escolha das dimensões das aberturas e da sua localização devem ser feitas visando atender os quesitos de iluminação, ventilação e circulação entre os compartimentos. Nas construções racionalizadas e dependendo dos materiais utilizados para confeccionar as paredes, é importante que as dimensões escolhidas atentem para a modulação de tijolos, blocos ou placas utilizadas a fim de evitar quebras. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 8 Por exemplo: Se a parede for confeccionada com blocos medindo 40 cm x 20 cm as aberturas deverão ter dimensões proporcionais a estas. Nas regiões das aberturas nas alvenarias, isto é, nas proximidades de vãos de portas e janelas, existe uma natural concentração de tensões. As tensões de cisalhamento ou tração, induzidas nessas regiões, podem causar a fissuração da alvenaria; normalmente, as fissuras se originam nos cantos das aberturas. As vergas e contra vergas têm a função de evitar a fissuração, "absorvendo" e redistribuindo os esforços na região. No caso de alvenarias estruturais, as vergas e contra-vergas são definidas em projeto, podendo ser consideradas as próprias cintas de amarração, intermediária e superior (topo de alvenaria), caso sejam projetadas sob e sobre os vãos, respectivamente. Nesse caso, as vergas e contra-vergas são executadas com emprego de blocos tipo canaleta, de concreto ou cerâmicos. Em setratando de alvenarias de vedação, são pertinentes as seguintes recomendações: a) Para vãos pequenos, de até 1 m, as vergas e contra-vergas podem ser constituídas por dois ferros corridos (diâmetro 6 mm), embutidos na argamassa de assentamento dos blocos (fiadas posicionadas no contorno das aberturas). A argamassa deve ser de cimento e areia, e as barras devem ultrapassar as aberturas em, pelo menos, 30 cm. Estes reforços são denominados Taipás. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 9 b) Para vãos pequenos, as vergas e contra-vergas em concreto armado devem possuir armadura mínima de duas barras (diâmetro 6 mm), ultrapassando o vão em, pelo menos, 20 cm de comprimento. c) Para vãos superiores a 1,50 m, as vergas e contra-vergas deverão ser dimensionadas como vigas, ultrapassando o vão em, pelo menos, 1/5 da sua dimensão. d) Quando numa mesma parede existirem diversos vãos sucessivos, a verga e a contra- vergas deverão ser contínuas, abrangendo todos os vãos. e) Nos casos mais comuns de portas e janelas de habitações, com vãos inferiores a 1,50 m, a altura da verga pode ser estabelecida em função da modulação vertical definida para a alvenaria; dependendo da situação, poderão ser empregados blocos tipo canaleta. f) Em alguns casos as vergas precisam ter formatos que permitam proteger equipamentos ou acessórios para a funcionalidade das esquadrias. É o caso das persianas e grades que possuem carretéis onde são enroladas na parte superior da abertura. Neste caso se executa a verga com "pestana" para esconder e proteger o mecanismo. A instalação das esquadrias é tão importante quanto a própria fabricação, pois uma instalação deficiente pode comprometer todo o desempenho da esquadria. A esquadria deve ser instalada por profissional habilitado e experiente. Em geral, devem ser observadas as seguintes recomendações: ACABAMENTO PRÉVIO: O ideal é que antes da instalação a esquadria receba pelo menos a primeira demão de acabamento. Isso minimizará os efeitos danosos do sol e da chuva sobre a madeira. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 10 - É recomendável aplicar algum produto impermeabilizante na parte traseira do marco, para evitar o empenamento do marco causado pela umidade da argamassa de preenchimento. PROCEDIMENTOS PARA UMA BOA INSTALAÇÃO DE JANELAS E PORTAS (pelo processo tradicional, com parafusos em buchas plásticas ou em tacos) 1o. passo: Colocar a esquadria na posição dentro do vão, respeitando o nivelamento da cabeceira e do peitoril, o prumo das laterais do marco, e repartindo as folgas laterais. 2o. passo: Firmar a esquadria por meio de cunhas contra a alvenaria, de modo que o funcionamento possa ser testado antes da fixação definitiva. Somente após a certeza da perfeição do funcionamento é que deve ser feita a fixação definitiva. 3o. passo: A fixação definitiva do marco deve ser por meio de parafusos de comprimentos adequados em tacos previamente chumbados na alvenaria. - Na ausência de tacos, utilizar buchas plásticas de 8 mm e parafusos. - Em janelas ou portas com mais de 90 cm de largura, torna-se necessário fixar também a cabeceira e o peitoril (ou soleira). Em geral nestas situações não existem tacos, e a fixação recomendada é mediante parafusos 6,1 x 90 ou 6,1 x 100 com buchas plásticas (8 mm). - Nas esquadrias de correr, para fixação da cabeceira, remover os espelhos de acabamento existentes, de modo que os parafusos de fixação possam ficar escondidos Tratando-se de porta, respeitar a cota do piso pronto, mesmo que este ainda não esteja feito. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 11 sob os espelhos. Antes de recolocar os espelhos, remover os resíduos da furação que certamente caem dentro dos trilhos. - Em marcos com mais de 13 cm devem ser utilizados dois parafusos por ponto de fixação. Marcos com mais de 18 cm necessitam três parafusos por ponto de fixação. 4o. passo: Após a esquadria instalada, testar o funcionamento, movimentando-a diversas vezes para ter absoluta certeza de que está perfeita e corretamente instalada. Verificar se as ferragens (fechos, cremones, dobradiças, etc) estão em perfeito estado. 5o. passo: Fechar os furos dos parafusos de fixação que ficarem aparentes com tarugos de madeira. - Não confundir com os demais parafusos existentes na esquadria e que são propositadamente aparentes para permitir desmontagem para manutenção. 6o. passo: (em geral realizada pelos pedreiros da obra): Preencher o vazio entre o marco e a alvenaria com argamassa. - Esta operação é de extrema importância, pois são inúmeros os casos de infiltração de água de chuva pela deficiência deste preenchimento. - Cuidados especiais devem ser tomados para não manchar a madeira, caso esta ainda não tenha recebido acabamento. 7o. passo: Colocar as guarnições internas. Normalmente as guarnições são fixadas com prego diretamente no marco. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 12 - Guarnições largas demais (de 8 cm em diante), precisam ser fixadas também na alvenaria, sendo recomendado o uso de prego e tarugo de madeira na alvenaria. Os caixilhos que estruturam as esquadrias podem ser de madeira, aço, ferro alumínio e PVC. Dependendo da ferragem adotada pode-se ter portas de abrir, correr, tipo vai-e- vem, basculante para cima (tipo porta de garagem), com eixo central, com várias folhas de abrir ou mesmo correr. Assim como as portas, as janelas podem assumir vários tipos de aberturas em função das ferragens: abrir, correr, guilhotina, basculante, pivotante. Além disso, pode-se combinar panos opacos e transparentes para obter diferentes combinações do vento e iluminação. Os caixilhos que estruturam as esquadrias podem ser: MADEIRA Pintada Envernizada Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 13 Tratada de forma especial (envelhecida, com pátina, etc) FERRO ALUMÍNIO . Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 14 PVC Portas e janelas podem assumir vários tipos de aberturas em função das ferragens: Abrir, Correr (horizontal ou vertical - tipo sanfona) Pivotante. Além disso, pode-se combinar panosopacos e transparentes, venezianas e vidros, para obter diferentes combinações de ventilação e iluminação. PRINCIPAIS TIPOS DE ABERTURAS Para que se possa especificar o tipo de janela mais adequado de acordo com cada ambiente, é necessário conhecer as vantagens e desvantagens que cada modelo pode oferecer. JANELAS DE CORRER: Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 15 Podem executar esse movimento no sentido horizontal ou vertical (tipo guilhotina) . As janelas de correr horizontais podem ser constituídas de uma ou mais folhas. Essas têm como vantagens: Ventilação regulada conforme a abertura das folhas; As suas folhas no se movimento sob a aço dos ventos (não se fecham); Só de simples operacionalização; Possibilitam a utilização de folhas de grandes dimensões; No se projetam para áreas internas ou externas (possibilitando a colocação de grades, persianas e cortinas) Exigem pouca manutenção. As desvantagens desse tipo de janela são: Quando abertas, no liberam a totalidade do vo (normalmente 50% deste); Apresenta dificuldades de limpeza na parte externa; Exige vedações nos batentes (a fim de evitar infiltrações indesejáveis de ar ou água). As janelas de correr verticais (tipo guilhotina) só constituídas por uma ou mais folhas e movimentadas no sentido vertical. Apresentam as mesmas vantagens das janelas de correr horizontais podendo-se acrescentar que estas permitem a ventilação higiênica (ou Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 16 de inverno), que se faz quando da passagem da ventilação somente pela parte superior da janela. Como desvantagens, pode-se citar as mesmas das janelas de correr horizontais, além da manutenção mais frequente pela presença dos cabos e contrapesos utilizados para o balanceamento e funcionamento. No caso da regulagem através de borboletas, acrescenta-se a desvantagem da impossibilidade de regular adequadamente a quantidade de passagem da ventilação. JANELAS DE ABRIR: Possuem eixo vertical de abertura e so formadas por urna ou mais folhas (superfícies que podem ser móveis ou fixas), podendo abrir-se para dentro ou para fora da edificação. Entre as vantagens de uso da das janelas de abrir, pode-se citar: Janelas de abrir Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 17 JANELAS PIVOTANTES: Podem ser horizontais ou verticais. As janelas pivotantes horizontais podem ter uma ou mais folhas (tipo basculante). Este tipo de janela terá um desempenho do ponto de vista da ventilação, tanto maior quanto maior for seu ângulo de abertura. Janela pivotante horizontal e vertical De acordo com o sistema de comando e abertura desse tipo de janela, é possível dirigir o fluxo de ar que entra pela referida abertura. A janela pivotante é apontada por diversos autores como a de melhor desempenho no direcionamento dos movimentos do ar, assim como da velocidade de entrada dos fluxos de ar no interior dos ambientes. As vantagens são: Permitir ventilação constante na totalidade do vão, mesmo em dias chuvosos; Ocupar pouco espaço ao abrir ou fechar; Facilidade de limpeza; Possibilita a entrada do ar frio e saída do ar quente no mesmo vão. Como desvantagem dessa tipologia de janela aponta-Se a impossibilidade de observar o exterior debruçando-se sobre ela. As janelas pivotantes verticais podem ser encontradas em uma ou mais folhas e possuem as mesmas características das pivotantes horizontais. Permitem a passagem da ventilação em praticamente toda a extenso do vo quando seus elementos formam 90° Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 18 com o plano da fachada em que se encontram inseridas. Esta tipologia de janela possibilita, também, controlar o fluxo de ar e sua direção, através dos sistemas de comando do referido modelo. Apresentam-se como vantagens na utilização da janela pivotante vertical: Permitir ventilação constante, mesmo nos dias de chuva; Abertura em qualquer ângulo, o que possibilita o controle da ventilação; Fácil limpeza; Ocupa pouco espaço, tanto interna quanto externamente ao movimentar-se. A desvantagem é a mesma da pivotante horizontal. Pode-se ainda incluir na categoria das janelas pivotantes verticais, as janelas tipo “camarão”, que possuem pivô vertical e sanfonam suas folhas umas sobre as outras, num deslizamento dos seus eixos verticais. A vantagem desse tipo de janela consiste em permitir a passagem da ventilação na totalidade de seu vão, possibilitando regular a ventilação. Entre as desvantagens, pode-se citar: Dificuldade na limpeza; Quando se abre para o exterior, gera a impossibilidade de colocar grades; Quando se abre para o interior, impossibilita a colocação de persianas. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 19 Janela tipo “camarão” Janelas Venezianas: As janelas do tipo veneziana, ganharam grande mercado atualmente, pelo seu baixo custo em relação a de madeira, fácil colocação e por serem fabricadas em diversas dimensões. São compostas de duas venezianas de correr e duas venezianas fixas para o lado externo e internamente, dois caixilhos de correr e dois fixos, onde se colocam os vidros. São fabricadas em chapas de ferro e perfis ou mesmo em alumínio Janelas tipo Venezianas Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 20 JANELAS MAXIM-AR: Podem ser incluídas na categoria de janelas pivotantes horizontais, uma vez que também possuem eixo horizontal. Estas, porém, deslizam verticalmente, possuem só uma folha e possibilitam a separação dos fluxos de ar quente e frio. Janela tipo maxim-ar As vantagens da janela maxim-ar são: Possibilitar ventilação das partes inferiores, mesmo nos dias chuvosos; Não ocupar espaço interno; Facilidade de limpeza devido à distância que a separa do vo superior. Como desvantagens, citam-se: Liberação parcial do vão para ventilação; No permite o uso de grades ou telas externas. Os tipos citados podem ser combinados de forma adequada no mesmo våo, para atender aos requisitos técnicos do projeto. As folhas das janelas podem, ainda, ser: totalmente em madeira;em venezianas de madeira, alumínio ou PVC; vidro com caixilhos de madeira, alumínio, aço ou PVC ou outras combinações. Além disso, as novas exigências do mercado da construção civil vêm incentivando o aparecimento de novas janelas no mercado. Entre elas destaca-se a janela acústica. O que se pretende é um tipo de vedação que, mesmo quando fechada (para impedir a Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 21 passagem do vão), consiga promover a ventilação do ambiente. Nesse caso, o que vem ocorrendo é a utilização da janela projetada para permanecer fechada nos momentos em que há incômodo do ruído exterior. Vale lembrar que as janelas comuns terão desempenho acústico tanto melhor, quanto mais perfeitos forem seus encaixes e melhor seja a sua estanqueidade ao ar. Assim sendo, janelas comuns de vidro com 3 mm, guarnecidas com bandeiras em venezianas e tratamento acústico terso desempenho próximo ao das janelas acústicas. ESQUADRIAS DE METAL (SERRALHERIA) Podem ser de ferro, utilizando peças perfiladas U, T, I, L, quadrados ou redondos, chatos, em chapa , de varias formas e cores . Para a junção das diversas peças, são utilizados, rebites ou soldas, e para sua fixação na alvenaria, utilizam-se grampos, chumbadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, A principal vantagem das esquadrias de ferro é o custo baixo. Depois, a possibilidade de o ferro ser facilmente moldado. A principal desvantagem é a rápida oxidação. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 22 Podem ser também de alumínio. O alumínio se for anodizado, apresenta muitas vantagens sobre o ferro, maior durabilidade, não oxida, não perde o brilho, não sofre alteração na estrutura e não necessita de pintura. A desvantagem está no custo e no cuidado com a manipulação das esquadrias anodizadas na obra. Não podem ter contato com o reboco, com resíduos aquosos (infiltração de laje), com ácido muriático e fluorídrico (na limpeza de final de obra). O contato desses materiais com as esquadrias causa danos irreversíveis, portanto devem ser protegidas. Descrevemos neste item as esquadrias de ferro. Janelas: Podem ser: Fixas: São aquelas que só permitem a entrada de luz (Figura). Só se justifica oseu emprego quando a ventilação for obtida por outra janela. Fixação dos caixilhos de ferro na alvenaria e dos vidros nos caixilhos Basculantes: Permitem a entrada de luz e ventilação. A báscula é um painel de caixilho que gira em torno de um eixo horizontal. O conjunto de báscula, do mesmo caixilho, pode ser acionado por uma única alavanca. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 23 Detalhe do caixilho tipo basculante Geralmente o caixilho basculante é composto de uma parte fixa e outro móvel. O comprimento das básculas não deve ser superior a 1 metro, sob pena dela se enfraquecer. Caso se deseje maior, devemos compor as básculas. Os caixilhos basculantes são compostos por: - Ferro L de contorno externo; - Ferro T de contorno de parte fixa; Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 24 - Ferro L das básculas; - Matajuntas em ferro L com pingadeira; - Vareta de alavanca; - Orelha de alavanca. ALGUMAS DIMENSÕES (COMERCIAIS) Portas: Dimensões das portas Dimensões das janelas Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 25 Tipos, Vantagens e Desvantagens. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 26 TIPOS DE VIDROS Existem infinitas formulações de vidros em função da aplicação, processo de produção e disponibilidade de matérias-primas. Porém, podemos dividir os vidros em famílias principais descritas a seguir: Processo de fabricação manual – fabricado a milhares de anos / Fabricação industrial. I. SÍLICA VÍTREA Este vidro pode ser preparado, aquecendo-se areia de sílica ou cristais de quartzo até uma temperatura acima do ponto de fusão da sílica, 1725 °C. Por causa da sua natureza de rede tridimensional, tanto para a sílica cristalina como a vítrea, o processo de fusão é muito lento. O vidro resultante é tão viscoso que qualquer bolha de gás formada durante o processo de fusão não se liberta, por si só, do banho. Uma segunda técnica para se produzir sílica vítrea é um processo de deposição de vapor. Neste processo, tetracloreto de silício reage com oxigênio a temperaturas acima de 1500 °C. Partículas de sílica finamente divididas são formadas, as quais podem ser consolidadas coletando-as em um substrato mantido em temperaturas superiores a 1800 °C. Sílica vítrea tem um coeficiente de expansão térmico muito baixo, sendo ideal para janelas de veículos espaciais, espelhos astronômicos, e outras aplicações aonde são Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 27 exigidas baixa expansão térmica a fim de se ter resistência a choques térmicos ou estabilidade dimensional. Devido à extrema pureza obtida pelo processo de deposição de vapor, sílica vítrea é utilizada para produção de fibras óticas. II. SILICATOS ALCALINOS A fim de reduzir a viscosidade do vidro fundido de sílica, é necessário adicionar um fluxo ou modificador de rede. Os óxidos alcalinos são excelentes fluxos. Como eles são modificadores de rede, eles "amolecem" a estrutura do vidro pela geração de oxigênios não-pontantes. Os óxidos alcalinos são normalmente incorporados nas composições dos vidros como carbonatos. Acima de 550 oC os carbonatos reagem com a sílica formando um líquido silicoso e, se a proporção de carbonato alcalino e sílica for adequada, formará um vidro com o resfriamento. Ainda que estas reações aconteçam abaixo do ponto de fusão da sílica, tecnólogos vidreiros referem-se a este processo como fusão. A adição de alcalinos diminuem a resistência química do vidro. Com altas concentrações de álcalis, o vidro será solúvel em água, formando a base da indústria de silicatos solúveis utilizadosem adesivos, produtos de limpeza e películas protetoras. III. VIDROS SODIO-CÁLCICOS Para reduzir a solubilidade dos vidros de silicatos alcalinos mantendo-se a facilidade de fusão, são incluídos na composição, fluxos estabilizantes no lugar de fluxos alcalinos. O óxido estabilizante mais utilizado é o de cálcio, muitas vezes junto com óxido de magnésio. Estes vidros são comumente chamados de sodo-cálcicos. Eles compreendem, de longe, a família de vidros mais antiga e largamente utilizada. Vidros sodo-cálcicos foram usados pelos antigos egípcios, enquanto hoje em dia constituem a maior parte das Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 28 garrafas, frascos, potes, janelas, bulbos e tubos de lâmpadas. As composições da maioria dos vidros sodo-cálcicos estão dentro de uma faixa estreita de composição. Eles contêm, normalmente, entre 8 e 12 por cento em peso de óxido de cálcio e de 12 a 17 por cento de óxido alcalino (principalmente óxido de sódio). Muito cálcio faz com que o vidro tenha tendência a devitrificar (cristalizar) durante o processo de produção. Muito pouco cálcio ou alto teor em alcalinos resulta um vidro com baixa durabilidade química. Usualmente, uma pequena quantidade de alumina (0,6 a 2,5%) é incluída na formulação para incrementar a durabilidade química. Outros óxidos alcalinos-terrosos podem substituir o cálcio ou magnésio em composições usadas para produtos especializados. Por exemplo, bulbos de televisão em cores contêm quantidades consideráveis de óxidos de bário e estrôncio para absorver raios-X produzidos durante a operação do aparelho de TV. IV. VIDROS AO CHUMBO O óxido de chumbo é, normalmente, um modificador de rede, mas em algumas composições pode, aparentemente, atuar como um formador de rede. Vidros alcalinos ao chumbo têm uma longa faixa de trabalho (pequena alteração de viscosidade com diminuição de temperatura), e, desta maneira têm sido usados por séculos para produção de artigos finos de mesa e peças de arte. O chumbo também confere ao vidro um maior índice de refração, incrementando seu brilho. Vidro ao chumbo é o vidro nobre aplicado em copos e taças finas conhecido como cristal termo ambíguo pois, já sabemos que o vidro não é um material cristalino. Devido ao fato do óxido de chumbo ser um bom fluxo e não abaixar a resistividade elétrica, como fazem os óxidos alcalinos, vidros ao chumbo são usados largamente na indústria eletro-eletrônica. Funil de tubo de televisão a cores é um exemplo de aplicação comercial devido essas características elétricas, assim como da propriedade de absorção dos raios X destes vidros. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 29 Vidros ao chumbo são também utilizados em ótica, devido aos seus altos índices de refração. V. VIDROS BOROSSILICATOS O óxido de boro, por si só, forma um vidro com resfriamento a partir de temperaturas acima do seu ponto de fusão a 460°C. Entretanto, ao invés da rede tridimensional da sílica vítrea, o óxido de boro vítreo é composto de uma rede de triângulos boro-oxigênio. Em vidros silicatos com baixo teor de alcalinos a altas temperaturas, o boro mantém sua coordenação trigonal plana, que diminui a coesão tridimensional da estrutura de vidros ao silicato. Devido a isso, este é frequentemente usado como fluxo em substituição aos óxidos alcalinos. Já que íons formadores de rede aumentam muito menos o coeficiente de expansão térmica do que íons modificadores de rede, o óxido de boro é frequentemente utilizado como agente fluxante em vidros comerciais, nos quais se deseja resistência ao choque térmico. Os vidros borossilicatos apresentam alta resistência ao choque térmico e por isso são empregados em produtos de mesa que podem ser levados ao forno. É o caso do Pyrex e do Marinex. Devido à menor quantidade de óxidos modificadores, além da resistência ao choque térmicos vidros borossilicatos são também muito resistentes ao ataque químico e por isso são utilizados em vários equipamentos de laboratório. PROPRIEDADES As propriedades dos vidros, assim como de todos os outros materiais, dependem de suas características estruturais. A estrutura por sua vez, esta condicionada Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 30 principalmente pela composição química, e em menor escala também pela história térmica. A variação das propriedades com a composição pode ser avaliada, com certa aproximação, em função da concentração dos componentes, mediante expressões lineares nas quais intervêm fatores de proporcionalidade obtidos experimentalmente para cada óxido e para cada propriedade. Entretanto, deve-se advertir que as faixas de aplicação destas fórmulas aditivas são mais ou menos restritas, já que perdem sua validade quando as mudanças de composição provocam mudanças estruturais no vidro, ou dê em lugar a interação entre seus componentes. Com relação à história térmica, já vimos que a velocidade com a qual é efetuado o resfriamento do vidro dentro do intervalo de transformação, ou dito de outra forma, o tempo que o vidro teve para dissipação do calor, determina o seu grau de relaxação estrutural que influi sobre suas características finais. RESISTÊNCIA MECÂNICA Antes de entrarmos propriamente no assunto, vamos apresentar algumas definições, inclusive associando-as aos termos correspondentes em inglês: Frágil = Brittle _ Baixa resistência ao impacto Fraco = Fragile _ Baixa resistência à ruptura Duro = Hard _ Difícil de riscar Rígido = Stiff _ Resistente à deformação elástica Tenaz = Tough _ Resistente ao impacto O vidro é um material frágil, porém não fraco. Ele tem grande resistência à ruptura, podendo mesmo ser utilizado em pisos, é duro e rígido, porém não tenaz não sendo apropriado para aplicações sujeitas a impactos. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 31 Se compararmos o vidro com um material tenaz, o aço por exemplo, quando este último é submetido a cargas crescentes num ensaio de tração existe uma fase em que ele se comporta como uma mola e quando cessada a força que o deforma, retorna à forma original. Porém chegando-se a um valor de tensão, denominado limite de resistência, ele vai se deformar plasticamente (não volta mais à forma original) e se continuar a aumentar o esforço vai se romper no valor conhecido como limite de ruptura. O vidro na região elástica se comporta como o aço. Quando a tensão cessa ele volta ao formato original. Porém o vidro não se deforma plasticamente à temperatura ambiente e ao passar seu limite de resistência se rompe catastroficamente. Em outras palavras o vidro não .avisa. que vai se romper. Ele simplesmente se rompe. Seu limite de resistência é igual ao limite de ruptura. Pode-se calcular teoricamente a resistência de um material frágil pois, a força necessáriapara rompê-lo é a necessária para romper as ligações dos seus átomos. No caso dos vidros comerciais esta força é da ordem de 21 GPa (2100 Kg/mm2). Porém na prática raramente se consegue, em condições muito especiais, chegar a 15 GPa (1500 Kg/mm2) e vidros comuns como de uma garrafa de cerveja, ou de janela apresentam resistência da ordem de 0,01 a 0,1 GPa (1 a 10 Kg/mm2). Este fato intrigou os cientistas por muito tempo que começaram a perceber que a resistência varia sobretudo em função do estado de superfície do material, obedecendo Resistência mecânica real do vidro em diversas situações Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 32 Para explicar esta marcante discrepância entre a resistência teórica e a resistência mecânica real dos materiais frágeis, sugeriu-se que falhas internas ou superficiais atuam como amplificadores de tensão e que a separação das superfícies ocorre sequencialmente ao invés de simultaneamente. A magnitude das tensões concentradas em microtrincas (ou defeitos) pôde ser estimada através do trabalho de um pesquisador chamado Inglis em 1913. Um furo de forma elíptica numa placa fina submetida a tração uniaxial é mostrado na figura 10. A tensão máxima σmax é a tensão de tração no ponto A, com direção paralela à tensão aplicada σ e podendo atingir diversas vezes o valor desta. Quando σmax supera a tensão teórica de resistência do material a trinca cresce rapidamente provocando a quebra da peça. Tabela de peso de vidro. FABRICAÇÃO. O vidro comum recebe sobre uma das superfícies camadas metálicas, como a prata, o alumínio ou o cromo. Em seguida, o produto recebe camadas de tinta que têm como função protegê-lo. É a prata que promove o reflexo das imagens, visível por meio do Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 33 vidro transparente e protegida pela tinta. Quando olhamos para o vidro, a camada de prata metálica reflete a nossa imagem. Hoje, existem dois processos para a fabricação do espelho. Um dos mais difundidos o mundo é o galvânico – utilizam-se camadas metálicas de prata e cobre juntamente com uma tinta protetora. O processo copper-free é o mais recente – durante a fabricação dos espelhos, utilizam-se camadas metálicas de prata, agentes assivadores de ligamento e tinta protetora. Os dois métodos são semelhantes, porém, existem pontos de diferenciação. O copper-free não utiliza o cobre como protetor da prata, pois a proteção é feita por uma solução inerte que, aplicada sobre a prata, evita sua oxidação e dá boa aderência à tinta. O mercado brasileiro dispõe de espelhos de boa qualidade, fabricados a partir das duas tecnologias. Benefícios Além de ser um objeto fundamental para residências, como complemento de decoração, o mercado oferece espelhos que possuem alta resistência ao aparecimento de manchas (oxidação) e alto grau de reflexibilidade. Na decoração, o espelho amplia o ambiente e proporciona maior aproveitamento da luz natural. Aplicações Todas as possibilidades de utilização do espelho foram ampliadas com o desenvolvimento das técnicas de espelhação. Existem vários tipos de espelhos simples, de segurança com resina, côncavos, convexos, bisotados, laminados, coloridos, entre outros. São inúmeras as formas de sua aplicação: lojas, academias, hotéis e elevadores, decoração de móveis e paredes (portas, tetos e espelhos de banheiros). Ainda pode ser colocado em molduras. Vidro comum Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 34 Fabricação O vidro float (ou comum) é composto por sílica (areia), potássio, alumina, sódio (barrilha), magnésio e cálcio. Essas matérias primas são misturadas com precisão e fundidas no forno. O vidro, fundido a aproximadamente 1.000 graus, é continuamente derramado num tanque de estanho liquefeito, quimicamente controlado. Ele flutua no estanho, espalhando-se uniformemente. A espessura é controlada pela velocidade da chapa de vidro que se solidifica à medida que continua avançando. Após o recozimento (resfriamento controlado), o processo termina com o vidro apresentando superfícies polidas e paralelas. O float pode ser incolor, verde, fumê e bronze. Para obter vidros comuns coloridos, é preciso juntar corante no processo de fabricação. No Brasil, é produzido em diversos tamanhos e com espessuras que variam de 2 a 19 mm. Benefícios O vidro float é muito requisitado no mercado. A transparência, durabilidade, boa resistência química, facilidade de manuseio e baixo custo atraem os consumidores. Aplicações Geralmente, não recebe nenhum tipo de tratamento e pode ser utilizado nas mais diversas aplicações – construção civil, indústria de móveis e decoração. Ele é a matéria- prima para o processamento de todos os demais vidros planos: temperados, laminados, insulados, serigrafados, curvos, duplo envidraçamento, espelhos, entre outros. Vidro impresso Fabricação Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 35 O impresso, conhecido também como vidro fantasia, é produzido passando-se uma tira de vidro fundido entre rolos a 900 graus. Dessa forma, desenhos em relevo nos rolos são transferidos ao vidro. Ou seja, em sua fabricação, são utilizadas as mesmas matérias-primas e insumos básicos empregados no processo do vidro float. A diferença está na utilização de dois cilindros metálicos na saída do forno por onde passa o vidro já elaborado (massa fundida). O rolo superior é liso e o inferior detém em sua superfície a gravação do desenho (padrão) que se deseja imprimir no vidro. O espaçamento entre os dois rolos determina a espessura do produto acabado. Após a impressão, o vidro plano, que ainda não está completamente rígido, é conduzido por um conjunto de rolos chamado de estenderia, onde ocorre o seu processo de resfriamento de maneira lenta e gradual. Em seguida, o vidro é cortado em chapas, nos tamanhos programados. O impresso pode receber beneficiamentos como laminação, têmpera, espelhamento, jateamento e bisotê. Benefícios Uma das principais características do vidro impresso são os desenhos suaves e uniformes que têm a propriedade de difundir a luz e os raios solares, mantendo a privacidade dos ambientes sem perder luminosidade. Com uma imensa gama de texturas, cores e espessuras, o impresso proporciona variados efeitos decorativos, privacidade e conforto. Aplicações É indicado para ser utilizado na construção civil (em janelas, portas e coberturas); na decoração de interiores (divisórias, pisos, degraus de escadas, revestimentos de paredes); na indústria moveleira (em mesas, aparadores, prateleiras, estantes); e na fabricação de objetos decorativos. Com as novas possibilidades de transformação (espelhado e laminado colorido), os impressos ganham várias possibilidades de aplicação.Em alguns casos ele deve ser temperado ou laminado. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 36 Vidro temperado Fabricação A fabricação do temperado, considerado vidro de segurança, é realizada por meio de um forno de têmpera horizontal ou vertical. O vidro float (comum) é submetido a um processo de aquecimento e resfriamento rápido que o torna bem mais resistente à quebra por impacto, apresentando, assim, uma resistência até cinco vezes maior que a do vidro comum. Depois de temperado, o vidro não pode ser beneficiado, cortado, furado, etc. Portanto, qualquer processo de transformação tem de ser feito antes do processo de têmpera. Benefícios Sua principal característica é a resistência. Resiste ao choque térmico, flexão, flambagem, torção e peso. É considerado um vidro de segurança, pois em caso de quebra, fragmenta-se em pequenos pedaços pouco cortantes, o que diminui o risco de ferimentos. Aplicações É muito utilizado na construção civil, na indústria automotiva e na decoração. É também o único vidro que pode ser aplicado como porta sem a utilização de caixilhos. Vidro aramado Fabricação Considerado um vidro de segurança, o aramado é um impresso translúcido que possui uma rede metálica de malha quadriculada incorporada à massa do vidro. Durante seu processo de fabricação – semelhante ao do vidro impresso -, assim que o vidro passa entre os cilindros metálicos e vai para a estenderia (conjunto de rolos), o arame (malha de aço) é colocado dentro da massa vítrea. Em seguida, é resfriado gradativamente. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 37 Benefícios A rede metálica incorporada ao vidro tem como função principal segurar os estilhaços de vidro na hora do rompimento da placa. Ou seja, em caso de quebra, o vidro fica preso à rede metálica, deixando o vão indevassável até sua substituição, reduzindo os riscos de ferimentos no momento da quebra. Por ser translúcido, proporciona privacidade e estética ao projeto, ampliando o conceito de iluminação e requinte (possui efeito decorativo). Além disso, o aramado possui excepcionais índices de resistência ao fogo, prevenindo, assim, o ambiente da passagem de chamas e fumaças. Aplicações Caixa de escada, coberturas, fechamentos de clarabóias, sacadas, peitoris, tampos de balcões, composição de móveis, divisórias e guarda-copos. Dicas gerais MANUSEIO Lembre-se de que os cuidados começam aqui, sempre. Bons instaladores sabem que o vidro não pode ser transportado de qualquer jeito. São necessárias proteções de papelão para as bordas e, se ele for muito pesado, um lugar em que possa ser apoiado com segurança quando o carregador não estiver com a chapa em mãos, como um suporte de madeira. “Vidros com lascas devido à má qualidade de manuseio ou transporte provocam a quebra espontânea”, explica José Antonio Passi, diretor da Divinal Vidros. MEDIDAS E CORRESPONDÊNCIAS Deve-se saber de antemão se o vidro corresponde às medidas desejadas (responsabilidade do fabricante) esse as esquadrias e ferragens são apropriadas para comportar essas medidas. Ou seja, se são capazes de aguentar o peso do vidro: “Uma Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 38 porta gigante, com 3 m de altura por 1,5 m de largura, por exemplo, necessita de uma dobradiça especial para fixá-la. Se a instalação for feita com dobradiças comuns, haverá desgaste no pino da dobradiça, o vidro vai ceder e a porta poderá até estourar. Caso seja constatado que a medida do vidro está errada, o tipo do material passa a ser crucial: os laminados ainda podem ser cortados ou relapidados; os temperados e insulados, não. “Medidas incorretas significam produção errada, impossibilidade de instalação, insatisfação do cliente e prejuízo para todos”, lembre-se: Meça o vidro com cuidado e não se arrisque a tentar instalá-lo se as medidas não baterem com as do vão ou perfil. MOÇÃO A VÁCUO As ventosas são muito utilizadas pelos instaladores para manusear as chapas. Elas são acessórios especiais que se fixam ao vidro por meio de um sistema a vácuo. Aqui, o essencial é ficar atento à capacidade máxima da ventosa utilizada, conforme especificação do fabricante. Exceder essa carga pode gerar prejuízos e causar acidentes. Além disso, é preciso que a chapa de vidro e a borracha da ventosa estejam limpas, para garantir a total aderência do produto, e também que o acessório seja guardado adequadamente, para impedir que a área emborrachada sofra furos ou rasgos. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 39 Medição do vidro é essencial para saber se ele se adéqua às características das esquadrias e ferragens CUIDADO COM O MOFO Em uma instalação de vidro insulado ou laminado, seja por glazing (colagem) ou por outro tipo, em uma área com muita umidade, pode-se optar por um silicone com fungicida para fazer as fixações entre os vidros e as estruturas. Isso ajuda a evitar os temíveis bolores. Se o material começar a embolorar mesmo assim, retire todo o silicone contaminado, limpe a área com álcool isopropílico e refaça a vedação. CALCE BEM Algumas instalações não usam calços (como portas de vidro temperado, por exemplo). Entre as que usam, porém (como divisórias e janelas de vidro insulado), independentemente do tipo do vidro, o calço não pode ser de má qualidade. Com o tempo, o vidro vai acabar entrando em atrito com o perfil, podendo sofrer rachaduras. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 40 PROBLEMA DE PESO Não se deve esquecer que os calços precisam ser dimensionados para aguentar muito mais peso que o do próprio vidro. Nessa conta entram os parafusos de fixação, por exemplo, e até mesmo parte do peso do próprio perfil. “Intercalar com um material muito fino e mole é o mesmo que não colocar nada”. PERFIL MACIO Perfis de PVC, por exemplo, costumam ser macios o suficiente para impedir que o vidro insulado ou laminado se quebre. Isso dispensa o uso dos calços. Se a instalação necessitar de colagem com silicone estrutural, volta a ser importante o uso do acessório. O ideal são dois calços por peça, afastados em 10 cm de cada extremidade lateral e recobertos por um material macio, com 2 a 3 mm de espessura. Vidro laminado sendo encaixado em perfil de alumínio com o calço devidamente posicionado Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificaçãoe analise de custo _________________________________________________________________________________ 41 FOLGA O vidro e as ferragens, como outros materiais, expandem-se dependendo da temperatura. E não apenas eles: a própria alvenaria do imóvel se expande, comprimindo o espaço onde o vidro está. Por isso, é importante que a instalação preveja algum espaço de folga, para que esse movimento não comprometa a integridade física da instalação. “O tamanho da folga varia em função do perfil, mas são necessários, no mínimo, 5 mm”. LAVAGEM O papel do fabricante acaba na hora da instalação, mas nem por isso o cliente deve ficar às cegas sobre o produto que tem, especialmente em relação à limpeza. “A ferragem geralmente possui um acabamento em pintura eletrostática, então devemos tomar cuidado com o tipo de produto com que efetuamos a limpeza, nunca utilizando abrasivos ou produtos químicos inadequados”, A mesma vulnerabilidade a abrasivos possuem o silicone e as massas de vedação para laminados e insulados. Portanto, oriente seu cliente sobre a limpeza adequada frisando que não devem ser usadas esponjas de aço, papéis, álcoois e desinfetantes. A higienização ideal deve ser feita com panos umedecidos limpos e macios e acompanhados de sabão de coco ou detergente neutro. “É recomendável, para o caso de portas, por exemplo, periodicamente chamar um vidraceiro para ajustar as dobradiças”. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 42 ‘CLEC-CLEC’ Se o seu vidro faz barulho, são grandes as chances de que a instalação tenha sido malfeita. Certifique-se de que o encaixe está correto e de ter instalado as gaxetas (esquadrias que protegem e mantêm o vidro firme). “As gaxetas de neoprene servem para isolar o vidro, travar todo o conjunto e vedar o sistema”, Ele também lembra que devem ser usadas as bitolas e modelos corretos, aplicados sob pressão, conforme instruções dos fabricantes. ANTIFERRUGEM Utilize perfis e esquadrias de alumínio ou PVC para proteger a instalação em vidros laminados e insulado, pois não enferrujam com o tempo, diferente do que acontece com os materiais de ferro, que se deterioram devido à ação das chuvas e da água. ACESSÓRIOS Uma instalação benfeita depende também de acessórios à altura. Ferragens com ligas metálicas de baixa qualidade e perfis com espessuras mais finas que o exigido ou com pinturas malfeitas são prejudiciais para o vidro. Escolha bem antes de instalar. CONSCIENTIZE SEU CLIENTE Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 43 Instalação profissional não é um gasto desnecessário. Quanto antes seu cliente souber disso, melhor. “Um dos casos que mais comuns é quando um cliente insistiu somente no fornecimento do material, pois achou a mão-de-obra muito cara ‘somente para instalar o vidro’. Depois, na vistoria, nota-se que todos os vidros estão quebrados”, conta ele. Não deixe seu cliente passar por isso. Explique que a instalação é complexa e necessita de conhecimento técnico e intimidade com o produto. Instalação de porta de vidro laminado: basta encaixar o perfil com cuidado e no lugar certo. EFEITO CORROSIVO Nunca utilize silicones ácidos ou materiais que possuam solventes em vidro laminado. Esses materiais são corrosivos e podem atacar a película de PVB. Além de ficar esteticamente desagradável, o vidro também perde sua eficiência acústica muito mais rapidamente. Temperados TREINE ANTES No caso do vidro temperado, que não é encaixado dentro de uma estrutura como os demais, começar o projeto às cegas pode ser arriscado. “Recomendo realizar uma pré- Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 44 montagem do sistema fazendo uma marcação inicial, obedecendo as distâncias de acordo com o gabarito [guia de instruções] do sistema”, vale a pena fazer um encaixe prévio das ferragens no vidro, sem parafusar, para testar se está tudo certo. PEÇA DE RESISTÊNCIA Os vidros temperados são materiais autoportantes: podem ser fixados apenas com ferragens. Essa característica facilita a instalação, mas tome cuidado: abusar da confiança e forçar demais o vidro podem levar a peça a se quebrar. Isso pode acontecer, por exemplo, se um parafuso for apertado no vidro além do necessário ou se a porta for instalada fora de prumo. Vidros temperados são mais resistentes à fixação apenas com ferragens. PARAFUSO SOLTO Nas esquadrias de alumínio, são recomendados os parafusos de aço inoxidável para não enferrujar. Esquadrias de aço inoxidável também podem ser consideradas, mas certifique-se de que o material seja de boa procedência. Insulado Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 45 COLE COM CAUTELA Ao trabalhar com vidro insulado, lembre-se de que o silicone que atua como selo secundário (para fixação do vidro na esquadria) não pode ser qualquer um. “No caso de vidro insulado que será instalado em uma fachada estrutural, o silicone que deverá ser utilizado é o estrutural para vidro insulado”, E nem pense em movimentar a janela antes que se passe o tempo de adesão do silicone: isso leva a falhas na fixação. Se o vidro insulado for instalado em fachada estrutural, utilize sempre um silicone específico para essa aplicação. QUESTÃO DE ADESÃO Ainda sobre o silicone para vidros insulados, é muito importante observar algumas características do ambiente antes de realizar a instalação. Umidade e temperatura influenciam no tempo de cura do produto, enquanto uma zona com pressão atmosférica diferente pode exigir uma válvula de compensação de pressão (quanto Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 46 menor a altitude, maior a pressão e vice-versa). OLHO VIVO Vidros insulados, como se sabe, possuem um selo primário, feito durante sua fabricação, que garante que o sistema seja hermeticamente fechado. Isso previne a penetração de umidade e sujeira na câmara de ar. Sempre cheque, na hora da instalação, se esse selo está em perfeitas condições. Vidro insulado vem de fábrica já com um selo primário: certifique-se de que ele está hermético e em perfeitas condições NORMAS A principal norma regulando a instalação de vidros é a NBR 7199 – Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil. Além dela, temos a NBR 15198 – Espelhos de prata – Beneficiamento e instalação, que versa sobre os espelhos. a NBR 7199 é “de suma importância para o setor, devendoser conhecida na íntegra por todos os vidraceiros, instaladores e beneficiadores e multiplicada para engenheiros e arquitetos”. Embora muitas pessoas ligadas ao setor vidreiro ainda não conheçam ou não apliquem os dizeres dessas normas, o cenário tem mudado por meio de um extenso trabalho de Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 47 divulgação, que inclui até mesmo contatos com o Corpo de Bombeiros para discussão do seu conteúdo, os problemas mais comuns na instalação de vidros são a falta de lapidação de bordas (em laminados e insulados), a falta de cuidados no transporte, a falta de calços e as folgas exageradas, além da utilização de silicone inadequado. Estas normas também valem a pena consultar NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações NBR 14697 – Vidro Laminado NBR 14698 – Vidro Temperado NBR 14718 – Guarda-corpos para edificação NBR 11706 – Vidros na construção civil NBR 14207 – Boxe para banheiro TINTAS A tinta é uma composição líquida, pigmentada que, quando aplicada sobre uma superfície, torna-se uma película protetora e decorativa, além de exercer função Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 48 sanitária e influir na distribuição da luz. Sua composição básica inclui pigmento, veículo, solventes e aditivos. Os pigmentos são partículas sólidas (pó) e insolúveis. Podem se divididos em dois grandes grupos, ativos e inertes. Os pigmentos ativos possuem função de conferir cor e capacidade de cobertura a tinta , enquanto que os inertes (ou cargas) encarregam-se de proporcionar outras características, tais como lixabilidade, dureza, consistência, etc.. Uma tinta pode conter vários pigmentos. O veículo de uma tinta é constituído por resinas, sendo responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tintas depois de seca. Os solventes são utilizados pelo fabricante nas diversas fases da fabricação da tinta, para facilitar o empastamento dos pigmentos, para regular a viscosidade da pasta de moagem, facilitar a fluidez dos veículos e das tintas prontas, na fase de enlatamento. O usuário emprega o solvente para adequar a tinta às condições de pintura, visando à facilidade de aplicação, alastramento, etc.. Entre os solventes mais comuns encontram-se a água, aguarrás, álcoois, cetonas, xilol, etc... TIPOS Aqui são relacionados os tipos comumente encontrados na construção civil classificados de acordo com os veículos utilizados em sua formulação. Caiação - Nas construções rurais, é a caiação a pintura mais indicada para as paredes por ser mais econômica que as demais, de fácil execução, além de ser desinfetante. No preparo da tinta recomendam-se os seguintes cuidados: cal de boa qualidade; queima de cal em vasilhame limpo e passagem da pasta através de uma peneira fina. A adição da água deve ser em quantidade necessária para obter-se uma pasta maleável, ou seja, um leite de cal mais ou menos denso. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 49 Há necessidade de, no mínimo, três demãos, sendo que, no caso de aplicação de cores, a primeira demão deve ser branca. Nas caiações em paredes externas, junta-se à tinta uma certa quantidade de óleo de linhaça para melhor aderência da pintura. Quando é necessária maior proteção contra a infiltração de água da chuva, adiciona-se à cal produtos impermeabilizantes. Aplicação: brochas, pincéis grandes, etc... Látex P.V.A. - é uma tinta aquosa, à base de acetato de polivinila (P.V.A.). Látex Acrílico - é também uma tinta aquosa, à base de emulsões acrílicas, que conferem a tinta maior resistência ao intemperismo. Este fato faz com que as tintas acrílicas sejam recomendadas, preferencialmente, para superfícies externas. Esmalte Sintético - é uma tinta à base de resinas alquídicas, de óleos secativos e solventes. Tinta Óleo - é semelhante ao esmalte sintético, com preponderância do teor óleo. Tinta Epóxi - é uma tinta em solução, à base de resinas epóxi, de grande resistência à abrasão. Apresenta-se em dois componentes: tinta e catalisador. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 50 Verniz Poliuretano - é uma solução de resinas poliuretânicas, em solventes alifáticos. Tinta de borracha Clorada - é uma solução à base de borracha clorada, de alta plasticidade e de grande resistência à água. QUALIDADE Ao se abrir uma embalagem pela primeira vez, a tinta deve satisfazer às seguintes condições: não apresentar excesso de sedimentação, coagulação, galeificação, empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele (nata); torna-se homogênea mediante agitação manual; não apresenta odor pútrido e nem expelir vapores tóxicos. Na superfície interna da embalagem não deve haver sinais de corrosão. No momento de aplicação, a tinta precisa se espalhar facilmente, de maneira que o rolo ou pincel deslizem sem resistência (suavemente), devendo as marcas destes acessórios desaparecerem logo após a aplicação da tinta, resultando uma película uniforme, quanto ao brilho, cor e espessura. Rendimento e cobertura são dois conceitos distintos. O primeiro expressa a relação entre a área pintada e o volume de tinta gasto (l / m²). O outro refere-se à capacidade da tinta de cobrir totalmente a superfície (contraste e cor). Na prática, esta capacidade é medida em número de demãos. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 51 Estas duas propriedades estão intimamente ligadas ao tipo, qualidade e quantidade de resinas e de pigmentos utilizados na formulação da tinta. É justamente aqui, na variação destes elementos, que se têm as maiores diferenças de qualidade entre as tintas no mercado. A durabilidade de uma tinta refere-se à resistência à ação do intemperismo ao longo do tempo. A melhor tinta é aquela que demora mais para calcinar, desbotar, perder sua boa aparência, bem como suas propriedades de proteção. A qualidade também depende do tipo da tinta e a maneira de se medir previamente a durabilidade de uma tinta é através de testes de intemperismo acelerado, o que os pode ser feito em laboratório. As tintas devem ser laváveis, apresentar resistência à ação de agentes químicos, comuns no uso doméstico, tais como detergentes, água sanitária, etc... Além disso, precisam prevenir o desenvolvimento de organismos biológicos - fungos e bactérias. Normalmente, os tipos de tinta mencionados devem ser armazenados em locais secos e ventilados, não sujeitos a grandes variações térmicas. Assim, após um ano da data da fabricação, a tintaarmazenada na embalagem original, cheia e fechada, atendendo às recomendações de temperatura do fabricante, não pode apresentar formação de pele e os problemas já mencionados anteriormente. PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 52 A adequada preparação da superfície é fator tão importante como a escolha de bons produtos para a sua pintura. Os seguintes cuidados devem ser observados: ela deve ser limpa, seca, isenta de poeira, gordura, sabão ou mofo, deve-se utilizar água morna com detergente para eliminar manchas de gordura; aplicar uma solução de água com cerca de 25% de água sanitária para remover as partes mofadas e, em seguida, enxaguar a superfície; corrigir com argamassa as imperfeições profundas da parede; as pequenas imperfeições (rasas) devem ser corrigidas com massa corrida (em reboco interno) ou massa acrílica (em reboco externo); raspar ou escovar as partes soltas ou mal aderidas; eliminar o brilho de qualquer origem, usando lixa de grana adequada. Antes de iniciar a pintura sobre um reboco novo, é preciso aguardar que ele esteja seco e curado. Se a tinta for aplicada sobre o reboco mal curado, provavelmente a pintura descascará, porque a impermeabilidade da tinta dificultará a saída da umidade e as trocas gasosas necessárias à carbonatação do reboco, sem a qual tornar-se-á pulverulento sob a película da tinta, causando o descascamento. Rebocos deficientes, com pouco cimento, apresentam superfície poucos coesas, fato que pode ser verificado ao se esfregar a mão sobre o reboco, constatando-se a existência de partículas soltas (grãos de areia). Neste caso, recomenda-se aplicar uma demão de fundo à base de solvente , com alto poder de penetração e grande resistência à alcalinidade natural do reboco. Este procedimento resultará nos seguintes benefícios: fixação de partículas soltas, aumentando a coesão da superfície; proteção do acabamento contra alcalinidade do reboco; uniformização da absorção da superfície e aumento do rendimento do acabamento. A superfície de madeira, pintada pela primeira vez, deve ser lixada para que sejam eliminadas as farpas. Em seguida aplica-se uma demão de fundo branco fosco, com diluição de até 15% de diluente e corrigem-se as imperfeições com massa a óleo. Após a secagem, lixa-se novamente, removendo-se a poeira e aplicando-se o acabamento. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 53 Na repintura sobre madeira, o procedimento é semelhante ao da primeira pintura, dispensando-se aplicação de fundo branco fosco. No caso de envernizamento da madeira, não se aplica fundo branco fosco e nem massa a óleo, mas sim selador para madeira, lixa-se e se aplica o verniz. Para a pintura nova sobre ferro é necessário remover-se a ferrugem, utilizando lixa ou escova de aço, e aplica-se fundo a base de zarcão ou óxido de ferro e pintar. Na repintura, elimina-se a ferrugem e aplica-se o fundo apenas nas partes onde a superfície metálica esteve exposta. Após a secagem, lixa-se para nivelar a base e aplica-se o acabamento. Outro produto conhecido como Neutralizador de Ferrugem, pode ser usado antes de aplicarmos o zarcão, ele é aplicado a frio e transforma quimicamente a superfície do ferro ou oxidos nela existentes em fosfatos inertes do ponto de vista da corrosão, impedindo o aparecimento de ferrugem. ESQUEMA DE PINTURA Qualquer que seja o esquema de pintura a ser aplicado, recomenda-se observar atentamente as orientações sobre a preparação da superfície. O número de demãos e as indicações sobre a diluição das tintas baseiam-se em produtos de boa qualidade, podendo haver significativas variações, já que existe uma grande diferença de qualidade Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 54 entre as tintas disponíveis no mercado. No entanto, recomenda-se seguir a orientação do fabricante. O acabamento convencional sobre rebocos (interno e externo) requer uma demão de tinta látex (P.V.A. ou acrílica), bem diluída (com até 100% de água), duas demãos de tinta látex com diluição de 20 a 30% de água. No acabamento liso interno, deve-se aplicar massa corrida em camadas finas e duas demãos de tinta látex, com diluição de 20 a 30% de água. No externo processe-se da mesma forma, apenas utilizando-se de tinta látex acrílica, com diluição de 20 a 30% de água. Quando se pretende um acabamento acrílico texturado, deve-se aplicar uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã) , uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 10% de água (usar rolo de espuma). Quando se deseja resistência superior e maior durabilidade do acabamento, aplicam-se duas demãos de tinta látex acrílica sobre a textura acrílica. No acabamento liso de áreas molháveis - banheiros, cozinhas, etc. - deve-se aplicar massa acrílica em camadas finas, duas demãos de esmalte sintético brilhante, sendo a primeira com diluição de até 15% de diluente e a segunda com até 5%. Quando se pretende um acabamento texturizado, deve-se usar uma demão de látex textura acrílica com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e, finalmente, duas demãos de esmalte sintético brilhante, sendo a primeira com diluição de até 15% de diluente e a segunda até 5%. No acabamento texturado em corredores, escadarias, etc. deve-se aplicar uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã), uma demão de látex textura acrílica, com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e, finalmente, uma demão de liqui-brilho, com diluição de até 10% de água, com a finalidade de facilitar a limpeza, aumentando o brilho da superfície. Curso Mestre de Obras Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo _________________________________________________________________________________ 55 A repintura sobre superfícies críticas, isto é, látex em mau estado, calcinado, descascando, ou caiação, deve ser efetuada removendo-se as partes soltas com espátula, fazer os reparos, lixar a superfície, eliminar o pó e aplicar o fundo à base de solventes (1), de alto poder de penetração, convenientemente diluído, para que a superfície não se torne brilhante. Se isto ocorrer, lixa-se levemente para quebrar o brilho. Em seguida, aplicam-se duas demãos de tintas látex - P.V.A. ou acrílica - com diluição de 20 a 30% de água. No acabamento direto sobre bloco de concreto (interno ou externo), recomenda-se frisar a massa de assentamento de maneira que os frisos sejam rasos, o que facilita a aplicação da pintura. A massa de assentamento não deve apresentar falhas, fissuradas ou orifícios. Se isto ocorrer, deve-se efetuar os reparos necessários com a mesma massa.. Em seguida aplica-se uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã). Preferencialmente, sobre a massa de assentamento (frisos),
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