Buscar

10_Mestre de obras_Ferragens para Esquadria

Prévia do material em texto

MESTRE DE OBRAS 
MÓDULO 
 
FERRAGENS PARA ESQUADRIAS, VIDROS EM GERAL, PINTURA, 
APARELHOS, JARDIM, LIMPEZA, RESPONSABILIDADE SOBRE A 
EDIFICAÇÃO E ANÁLISE DE CUSTO 
 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
2 
Diretor de Operações: 
Adoniram Mendes 
 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, 
 Guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida, 
sejam quais forem os meios empregados: 
Eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravações ou 
quaisquer outros. 
 
Todos os direitos reservados pela 
Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. 
LEI 5988 de 14/12/73 e atualizações. 
 
Todas as marcas e imagens de 
hardware, software e outros, 
utilizados e/ou mencionados nesta 
obra, são propriedades de seus 
respectivos fabricantes e/ou 
criadores. 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
3 
Apresentação 
 
A sociedade moderna, seja sob o prisma econômico, cultural ou social, só alcançará 
novos degraus competitivos, se investirem na intangibilidade dos seus ativos. Uma das 
formas é acelerar rumo à conquista de patamares aceitáveis, inovadores e desafiadores 
de conhecimento. 
 
É sobre esse trilho que está direcionada a bússola estratégica de nossa empresa, a 
Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. A nossa missão é “Contribuir na 
Formação de Profissionais Qualificados para o Mercado de Trabalho”, gostaria de 
ressaltar que para nós será motivo de imensa alegria, contribuir com a sua qualificação 
profissional. 
 
A Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda - Departamento de Ensino, 
direciona suas ações ao suporte técnico e mercadológico com intuito de colaborar com 
o desenvolvimento de novos profissionais. 
 
Qualificação da mão de obra na construção civil 
 
A mão-de-obra é o fator mais importante em qualquer obra da construção civil, pois 
representa grande porcentagem do custo total, além de ser composta de pessoas que 
têm diversos tipos de necessidades a serem supridas. 
 
Cursos de aprendizagem, relacionamento e auto-estima, demonstrando como esses 
fatores podem influenciar na produtividade. 
 
Diversos estudos sobre o assunto apontam diretamente para a necessidade da 
qualificação da mão-de-obra devido ao grande índice de desperdícios de material, atraso 
no cronograma da obra e serviços de má qualidade. Para que isso não ocorra, são 
várias as formas que uma empresa tem de investir em seus funcionários. Uma delas é 
oferecendo-lhes cursos de capacitação e qualificação. 
 
O presente material dispõe de informações imprescindíveis aos participantes dos cursos 
Data Corporation elaborado através dos profissionais especializados. 
 
Adoniram Mendes 
Diretor de Operações. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
4 
Sumário 
 
UNIDADE 01 – ESQUADRIAS, VIDROS E TINTAS 
ESQUADRIAS 
Acabamento prévio: 
Procedimentos para uma boa instalação de janelas e portas 
Madeira 
Ferro 
Alumínio 
PVC 
Principais tipos de aberturas 
Janelas de correr 
Janelas de abrir: 
Janelas pivotantes: 
Janelas venezianas: 
Janelas maxim-ar: 
Esquadrias de metal (serralheria) 
Basculantes: 
Algumas dimensões (comerciais) 
VIDROS 
Sílica vítrea 
Silicatos alcalinos 
Vidros sodio-cálcicos 
Vidros ao chumbo 
Vidros borossilicatos 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
5 
Propriedades 
Resistência mecânica 
Fabricação. 
Benefícios 
Aplicações 
Manuseio 
Medidas e correspondências 
Moção a vácuo 
Cuidado com o mofo 
Problema de peso 
Perfil macio 
Folga 
Lavagem 
Efeito corrosivo 
Peça de resistência 
Parafuso solto 
Questão de adesão 
Normas 
TINTAS 
Tipos 
Qualidade 
Preparação da superfície 
Esquema de pintura 
Cuidados na apliação das tintas 
Condições ambientais durante a aplicação 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
6 
Material de trabalho 
Dados técnicos 
UNIDADE 2 - APARELHOS 
Aparelhos Sanitários 
Chuveiros e aquecedores de água 
Máquina de lavar roupa 
Lava-louças 
Pára-raios estrutural 
 
UNIDADE 03 SEGURANÇA NO CANTEIRO 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
7 
ESQUADRIAS 
As esquadrias são dispositivos utilizados em fechamento de aberturas, feitas nas 
paredes, com o objetivo de iluminar, ventilar e permitir a passagem entre 
compartimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como, normalmente as aberturas são criadas nas paredes quando de sua execução, é 
importante executá-las tomando alguns cuidados: 
A escolha das dimensões das aberturas e da sua localização devem ser feitas visando 
atender os quesitos de iluminação, ventilação e circulação entre os compartimentos. Nas 
construções racionalizadas e dependendo dos materiais utilizados para confeccionar as 
paredes, é importante que as dimensões escolhidas atentem para a modulação de 
tijolos, blocos ou placas utilizadas a fim de evitar quebras. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
8 
 Por exemplo: Se a parede for confeccionada com blocos medindo 40 cm x 20 cm as 
aberturas deverão ter dimensões proporcionais a estas. 
Nas regiões das aberturas nas alvenarias, isto é, nas proximidades de vãos de portas e 
janelas, existe uma natural concentração de tensões. As tensões de cisalhamento ou 
tração, induzidas nessas regiões, podem causar a fissuração da alvenaria; normalmente, 
as fissuras se originam nos cantos das aberturas. As vergas e contra vergas têm a 
função de evitar a fissuração, "absorvendo" e redistribuindo os esforços na região. 
No caso de alvenarias estruturais, as vergas e contra-vergas são definidas em projeto, 
podendo ser consideradas as próprias cintas de amarração, intermediária e superior 
(topo de alvenaria), caso sejam projetadas sob e sobre os vãos, respectivamente. Nesse 
caso, as vergas e contra-vergas são executadas com emprego de blocos tipo canaleta, 
de concreto ou cerâmicos. 
 
 
 
 
 
 
Em setratando de alvenarias de vedação, são pertinentes as seguintes recomendações: 
a) Para vãos pequenos, de até 1 m, as vergas e contra-vergas podem ser constituídas 
por dois ferros corridos (diâmetro 6 mm), embutidos na argamassa de assentamento dos 
blocos (fiadas posicionadas no contorno das aberturas). A argamassa deve ser de 
cimento e areia, e as barras devem ultrapassar as aberturas em, pelo menos, 30 
cm. Estes reforços são denominados Taipás. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
9 
b) Para vãos pequenos, as vergas e contra-vergas em concreto armado devem possuir 
armadura mínima de duas barras (diâmetro 6 mm), ultrapassando o vão em, pelo 
menos, 20 cm de comprimento. 
c) Para vãos superiores a 1,50 m, as vergas e contra-vergas deverão ser dimensionadas 
como vigas, ultrapassando o vão em, pelo menos, 1/5 da sua dimensão. 
d) Quando numa mesma parede existirem diversos vãos sucessivos, a verga e a contra-
vergas deverão ser contínuas, abrangendo todos os vãos. 
e) Nos casos mais comuns de portas e janelas de habitações, com vãos inferiores a 1,50 
m, a altura da verga pode ser estabelecida em função da modulação vertical definida 
para a alvenaria; dependendo da situação, poderão ser empregados blocos tipo 
canaleta. 
f) Em alguns casos as vergas precisam ter formatos que permitam proteger 
equipamentos ou acessórios para a funcionalidade das esquadrias. É o caso das 
persianas e grades que possuem carretéis onde são enroladas na parte superior da 
abertura. Neste caso se executa a verga com "pestana" para esconder e proteger o 
mecanismo. 
A instalação das esquadrias é tão importante quanto a própria fabricação, pois uma 
instalação deficiente pode comprometer todo o desempenho da esquadria. A esquadria 
deve ser instalada por profissional habilitado e experiente. Em geral, devem ser 
observadas as seguintes recomendações: 
ACABAMENTO PRÉVIO: 
O ideal é que antes da instalação a esquadria receba pelo menos a primeira demão de 
acabamento. Isso minimizará os efeitos danosos do sol e da chuva sobre a madeira. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
10 
- É recomendável aplicar algum produto impermeabilizante na parte traseira do marco, 
para evitar o empenamento do marco causado pela umidade da argamassa de 
preenchimento. 
 
PROCEDIMENTOS PARA UMA BOA INSTALAÇÃO DE JANELAS E PORTAS 
(pelo processo tradicional, com parafusos em buchas plásticas ou em tacos) 
1o. passo: Colocar a esquadria na posição dentro do vão, respeitando o nivelamento da 
cabeceira e do peitoril, o prumo das laterais do marco, e repartindo as folgas laterais. 
 
 
2o. passo: Firmar a esquadria por meio de cunhas contra a alvenaria, de modo que o 
funcionamento possa ser testado antes da fixação definitiva. Somente após a certeza 
da perfeição do funcionamento é que deve ser feita a fixação definitiva. 
3o. passo: A fixação definitiva do marco deve ser por meio de parafusos de 
comprimentos adequados em tacos previamente chumbados na alvenaria. 
- Na ausência de tacos, utilizar buchas plásticas de 8 mm e parafusos. 
- Em janelas ou portas com mais de 90 cm de largura, torna-se necessário fixar também 
a cabeceira e o peitoril (ou soleira). Em geral nestas situações não existem tacos, e a 
fixação recomendada é mediante parafusos 6,1 x 90 ou 6,1 x 100 com buchas plásticas 
(8 mm). 
- Nas esquadrias de correr, para fixação da cabeceira, remover os espelhos de 
acabamento existentes, de modo que os parafusos de fixação possam ficar escondidos 
Tratando-se de porta, respeitar a cota do piso pronto, mesmo que este ainda 
não esteja feito. 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
11 
sob os espelhos. Antes de recolocar os espelhos, remover os resíduos da furação que 
certamente caem dentro dos trilhos. 
- Em marcos com mais de 13 cm devem ser utilizados dois parafusos por ponto de 
fixação. Marcos com mais de 18 cm necessitam três parafusos por ponto de fixação. 
 
4o. passo: Após a esquadria instalada, testar o funcionamento, movimentando-a 
diversas vezes para ter absoluta certeza de que está perfeita e corretamente instalada. 
Verificar se as ferragens (fechos, cremones, dobradiças, etc) estão em perfeito estado. 
 
5o. passo: Fechar os furos dos parafusos de fixação que ficarem aparentes com 
tarugos de madeira. 
- Não confundir com os demais parafusos existentes na esquadria e que são 
propositadamente aparentes para permitir desmontagem para manutenção. 
 
6o. passo: (em geral realizada pelos pedreiros da obra): Preencher o vazio entre o 
marco e a alvenaria com argamassa. 
- Esta operação é de extrema importância, pois são inúmeros os casos de infiltração de 
água de chuva pela deficiência deste preenchimento. 
- Cuidados especiais devem ser tomados para não manchar a madeira, caso esta ainda 
não tenha recebido acabamento. 
 
7o. passo: Colocar as guarnições internas. Normalmente as guarnições são fixadas 
com prego diretamente no marco. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
12 
- Guarnições largas demais (de 8 cm em diante), precisam ser fixadas também na 
alvenaria, sendo recomendado o uso de prego e tarugo de madeira na alvenaria. 
Os caixilhos que estruturam as esquadrias podem ser de madeira, aço, ferro alumínio e 
PVC. Dependendo da ferragem adotada pode-se ter portas de abrir, correr, tipo vai-e-
vem, basculante para cima (tipo porta de garagem), com eixo central, com várias folhas 
de abrir ou mesmo correr. 
Assim como as portas, as janelas podem assumir vários tipos de aberturas em função 
das ferragens: abrir, correr, guilhotina, basculante, pivotante. Além disso, pode-se 
combinar panos opacos e transparentes para obter diferentes combinações do vento e 
iluminação. 
Os caixilhos que estruturam as esquadrias podem ser: 
MADEIRA 
 Pintada 
 
 
 
 
 
 
 
 Envernizada 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
13 
 Tratada de forma especial (envelhecida, com pátina, etc) 
 
 
 
 
 
 
FERRO 
 
 
 
 
 
ALUMÍNIO 
 
 
 
 
 
. 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
14 
PVC 
 
 
 
 
Portas e janelas podem assumir vários tipos de aberturas em função das ferragens: 
 Abrir, 
 Correr (horizontal ou vertical - tipo sanfona) 
 Pivotante. 
Além disso, pode-se combinar panosopacos e transparentes, venezianas e vidros, para 
obter diferentes combinações de ventilação e iluminação. 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE ABERTURAS 
Para que se possa especificar o tipo de janela mais adequado de acordo com cada 
ambiente, é necessário conhecer as vantagens e desvantagens que cada modelo pode 
oferecer. 
 
JANELAS DE CORRER: 
 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
15 
 
 
 
 
 
Podem executar esse movimento no sentido horizontal ou vertical (tipo guilhotina) . As 
janelas de correr horizontais podem ser constituídas de uma ou mais folhas. Essas têm 
como vantagens: 
 Ventilação regulada conforme a abertura das folhas; 
 As suas folhas no se movimento sob a aço dos ventos (não se fecham); 
 Só de simples operacionalização; 
 Possibilitam a utilização de folhas de grandes dimensões; 
 No se projetam para áreas internas ou externas (possibilitando a colocação de 
grades, persianas e cortinas) 
 Exigem pouca manutenção. 
As desvantagens desse tipo de janela são: 
 Quando abertas, no liberam a totalidade do vo (normalmente 50% deste); 
 Apresenta dificuldades de limpeza na parte externa; 
 Exige vedações nos batentes (a fim de evitar infiltrações indesejáveis de ar ou 
água). 
As janelas de correr verticais (tipo guilhotina) só constituídas por uma ou mais folhas e 
movimentadas no sentido vertical. Apresentam as mesmas vantagens das janelas de 
correr horizontais podendo-se acrescentar que estas permitem a ventilação higiênica (ou 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
16 
de inverno), que se faz quando da passagem da ventilação somente pela parte superior 
da janela. 
Como desvantagens, pode-se citar as mesmas das janelas de correr horizontais, além 
da manutenção mais frequente pela presença dos cabos e contrapesos utilizados para o 
balanceamento e funcionamento. No caso da regulagem através de borboletas, 
acrescenta-se a desvantagem da impossibilidade de regular adequadamente a 
quantidade de passagem da ventilação. 
 
JANELAS DE ABRIR: 
Possuem eixo vertical de abertura e so formadas por urna ou mais folhas (superfícies 
que podem ser móveis ou fixas), podendo abrir-se para dentro ou para fora da 
edificação. Entre as vantagens de uso da das janelas de abrir, pode-se citar: 
 
 
 
 
 
 
 
Janelas de abrir 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
17 
JANELAS PIVOTANTES: 
Podem ser horizontais ou verticais. As janelas pivotantes horizontais podem ter uma ou 
mais folhas (tipo basculante). Este tipo de janela terá um desempenho do ponto de vista 
da ventilação, tanto maior quanto maior for seu ângulo de abertura. 
 
 
 
 
 
Janela pivotante horizontal e vertical 
De acordo com o sistema de comando e abertura desse tipo de janela, é possível dirigir 
o fluxo de ar que entra pela referida abertura. A janela pivotante é apontada por diversos 
autores como a de melhor desempenho no direcionamento dos movimentos do ar, assim 
como da velocidade de entrada dos fluxos de ar no interior dos ambientes. 
As vantagens são: 
 Permitir ventilação constante na totalidade do vão, mesmo em dias chuvosos; 
 Ocupar pouco espaço ao abrir ou fechar; 
 Facilidade de limpeza; 
 Possibilita a entrada do ar frio e saída do ar quente no mesmo vão. 
Como desvantagem dessa tipologia de janela aponta-Se a impossibilidade de observar o 
exterior debruçando-se sobre ela. 
As janelas pivotantes verticais podem ser encontradas em uma ou mais folhas e 
possuem as mesmas características das pivotantes horizontais. Permitem a passagem 
da ventilação em praticamente toda a extenso do vo quando seus elementos formam 90° 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
18 
com o plano da fachada em que se encontram inseridas. Esta tipologia de janela 
possibilita, também, controlar o fluxo de ar e sua direção, através dos sistemas de 
comando do referido modelo. 
Apresentam-se como vantagens na utilização da janela pivotante vertical: 
 Permitir ventilação constante, mesmo nos dias de chuva; 
 Abertura em qualquer ângulo, o que possibilita o controle da ventilação; 
 Fácil limpeza; 
 Ocupa pouco espaço, tanto interna quanto externamente ao movimentar-se. 
A desvantagem é a mesma da pivotante horizontal. 
Pode-se ainda incluir na categoria das janelas pivotantes verticais, as janelas tipo 
“camarão”, que possuem pivô vertical e sanfonam suas folhas umas sobre as 
outras, num deslizamento dos seus eixos verticais. A vantagem desse tipo de 
janela consiste em permitir a passagem da ventilação na totalidade de seu vão, 
possibilitando regular a ventilação. 
Entre as desvantagens, pode-se citar: 
 Dificuldade na limpeza; 
 Quando se abre para o exterior, gera a impossibilidade de colocar grades; 
 Quando se abre para o interior, impossibilita a colocação de persianas. 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
Janela tipo “camarão” 
Janelas Venezianas: 
As janelas do tipo veneziana, ganharam grande mercado atualmente, pelo seu baixo 
custo em relação a de madeira, fácil colocação e por serem fabricadas em diversas 
dimensões. 
São compostas de duas venezianas de correr e duas venezianas fixas para o lado 
externo e internamente, dois caixilhos de correr e dois fixos, onde se colocam os vidros. 
São fabricadas em chapas de ferro e perfis ou mesmo em alumínio 
 
 
 
 
 
Janelas tipo Venezianas 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
20 
JANELAS MAXIM-AR: 
Podem ser incluídas na categoria de janelas pivotantes horizontais, uma vez que 
também possuem eixo horizontal. Estas, porém, deslizam verticalmente, possuem só 
uma folha e possibilitam a separação dos fluxos de ar quente e frio. 
 
 
 
 
 Janela tipo maxim-ar 
 As vantagens da janela maxim-ar são: 
 Possibilitar ventilação das partes inferiores, mesmo nos dias chuvosos; 
 Não ocupar espaço interno; 
 Facilidade de limpeza devido à distância que a separa do vo superior. 
Como desvantagens, citam-se: 
 Liberação parcial do vão para ventilação; 
 No permite o uso de grades ou telas externas. 
Os tipos citados podem ser combinados de forma adequada no mesmo våo, para 
atender aos requisitos técnicos do projeto. As folhas das janelas podem, ainda, ser: 
totalmente em madeira;em venezianas de madeira, alumínio ou PVC; vidro com 
caixilhos de madeira, alumínio, aço ou PVC ou outras combinações. 
Além disso, as novas exigências do mercado da construção civil vêm incentivando o 
aparecimento de novas janelas no mercado. Entre elas destaca-se a janela acústica. O 
que se pretende é um tipo de vedação que, mesmo quando fechada (para impedir a 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
21 
passagem do vão), consiga promover a ventilação do ambiente. Nesse caso, o que vem 
ocorrendo é a utilização da janela projetada para permanecer fechada nos momentos 
em que há incômodo do ruído exterior. 
Vale lembrar que as janelas comuns terão desempenho acústico tanto melhor, quanto 
mais perfeitos forem seus encaixes e melhor seja a sua estanqueidade ao ar. Assim 
sendo, janelas comuns de vidro com 3 mm, guarnecidas com bandeiras em venezianas 
e tratamento acústico terso desempenho próximo ao das janelas acústicas. 
 
ESQUADRIAS DE METAL (SERRALHERIA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podem ser de ferro, utilizando peças perfiladas U, T, I, L, quadrados ou redondos, 
chatos, em chapa , de varias formas e cores . Para a junção das diversas peças, são 
utilizados, rebites ou soldas, e para sua fixação na alvenaria, utilizam-se grampos, 
chumbadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, A principal vantagem das 
esquadrias de ferro é o custo baixo. Depois, a possibilidade de o ferro ser facilmente 
moldado. A principal desvantagem é a rápida oxidação. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
22 
Podem ser também de alumínio. O alumínio se for anodizado, apresenta muitas 
vantagens sobre o ferro, maior durabilidade, não oxida, não perde o brilho, não sofre 
alteração na estrutura e não necessita de pintura. A desvantagem está no custo e no 
cuidado com a manipulação das esquadrias anodizadas na obra. Não podem ter contato 
com o reboco, com resíduos aquosos (infiltração de laje), com ácido muriático e 
fluorídrico (na limpeza de final de obra). O contato desses materiais com as esquadrias 
causa danos irreversíveis, portanto devem ser protegidas. 
Descrevemos neste item as esquadrias de ferro. 
Janelas: 
Podem ser: 
Fixas: 
São aquelas que só permitem a entrada de luz (Figura). Só se justifica oseu emprego 
quando a ventilação for obtida por outra janela. 
 
 
 
 
Fixação dos caixilhos de ferro na alvenaria e dos vidros nos caixilhos 
Basculantes: 
Permitem a entrada de luz e ventilação. A báscula é um painel de caixilho que gira em 
torno de um eixo horizontal. O conjunto de báscula, do mesmo caixilho, pode ser 
acionado por uma única alavanca. 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhe do caixilho tipo basculante 
Geralmente o caixilho basculante é composto de uma parte fixa e outro móvel. O 
comprimento das básculas não deve ser superior a 1 metro, sob pena dela se 
enfraquecer. Caso se deseje maior, devemos compor as básculas. 
Os caixilhos basculantes são compostos por: 
- Ferro L de contorno externo; 
- Ferro T de contorno de parte fixa; 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
24 
- Ferro L das básculas; 
- Matajuntas em ferro L com pingadeira; 
- Vareta de alavanca; 
- Orelha de alavanca. 
ALGUMAS DIMENSÕES (COMERCIAIS) 
Portas: 
Dimensões das portas 
 
Dimensões das janelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
25 
Tipos, Vantagens e Desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
26 
TIPOS DE VIDROS 
Existem infinitas formulações de vidros em função da aplicação, processo de produção e 
disponibilidade de matérias-primas. Porém, podemos dividir os vidros em famílias 
principais descritas a seguir: 
 
 
 
 
 
Processo de fabricação manual – fabricado a milhares de anos / Fabricação industrial. 
I. SÍLICA VÍTREA 
Este vidro pode ser preparado, aquecendo-se areia de sílica ou cristais de quartzo até 
uma temperatura acima do ponto de fusão da sílica, 1725 °C. Por causa da sua natureza 
de rede tridimensional, tanto para a sílica cristalina como a vítrea, o processo de fusão é 
muito lento. O vidro resultante é tão viscoso que qualquer bolha de gás formada durante 
o processo de fusão não se liberta, por si só, do banho. 
 
Uma segunda técnica para se produzir sílica vítrea é um processo de deposição de 
vapor. Neste processo, tetracloreto de silício reage com oxigênio a temperaturas acima 
de 1500 °C. Partículas de sílica finamente divididas são formadas, as quais podem ser 
consolidadas coletando-as em um substrato mantido em temperaturas superiores a 1800 
°C. Sílica vítrea tem um coeficiente de expansão térmico muito baixo, sendo ideal para 
janelas de veículos espaciais, espelhos astronômicos, e outras aplicações aonde são 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
27 
exigidas baixa expansão térmica a fim de se ter resistência a choques térmicos ou 
estabilidade dimensional. 
Devido à extrema pureza obtida pelo processo de deposição de vapor, sílica vítrea é 
utilizada para produção de fibras óticas. 
II. SILICATOS ALCALINOS 
A fim de reduzir a viscosidade do vidro fundido de sílica, é necessário adicionar um fluxo 
ou modificador de rede. Os óxidos alcalinos são excelentes fluxos. Como eles são 
modificadores de rede, eles "amolecem" a estrutura do vidro pela geração de oxigênios 
não-pontantes. 
Os óxidos alcalinos são normalmente incorporados nas composições dos vidros como 
carbonatos. Acima de 550 oC os carbonatos reagem com a sílica formando um líquido 
silicoso e, se a proporção de carbonato alcalino e sílica for adequada, formará um vidro 
com o resfriamento. Ainda que estas reações aconteçam abaixo do ponto de fusão da 
sílica, tecnólogos vidreiros referem-se a este processo como fusão. 
A adição de alcalinos diminuem a resistência química do vidro. Com altas concentrações 
de álcalis, o vidro será solúvel em água, formando a base da indústria de silicatos 
solúveis utilizadosem adesivos, produtos de limpeza e películas protetoras. 
III. VIDROS SODIO-CÁLCICOS 
Para reduzir a solubilidade dos vidros de silicatos alcalinos mantendo-se a facilidade de 
fusão, são incluídos na composição, fluxos estabilizantes no lugar de fluxos alcalinos. O 
óxido estabilizante mais utilizado é o de cálcio, muitas vezes junto com óxido de 
magnésio. 
Estes vidros são comumente chamados de sodo-cálcicos. Eles compreendem, de longe, 
a família de vidros mais antiga e largamente utilizada. Vidros sodo-cálcicos foram 
usados pelos antigos egípcios, enquanto hoje em dia constituem a maior parte das 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
28 
garrafas, frascos, potes, janelas, bulbos e tubos de lâmpadas. As composições da 
maioria dos vidros sodo-cálcicos estão dentro de uma faixa estreita de composição. Eles 
contêm, normalmente, entre 8 e 12 por cento em peso de óxido de cálcio e de 12 a 17 
por cento de óxido alcalino (principalmente óxido de sódio). Muito cálcio faz com que o 
vidro tenha tendência a devitrificar (cristalizar) durante o processo de produção. 
Muito pouco cálcio ou alto teor em alcalinos resulta um vidro com baixa durabilidade 
química. Usualmente, uma pequena quantidade de alumina (0,6 a 2,5%) é incluída na 
formulação para incrementar a durabilidade química. 
Outros óxidos alcalinos-terrosos podem substituir o cálcio ou magnésio em composições 
usadas para produtos especializados. Por exemplo, bulbos de televisão em cores 
contêm quantidades consideráveis de óxidos de bário e estrôncio para absorver raios-X 
produzidos durante a operação do aparelho de TV. 
IV. VIDROS AO CHUMBO 
O óxido de chumbo é, normalmente, um modificador de rede, mas em algumas 
composições pode, aparentemente, atuar como um formador de rede. Vidros alcalinos 
ao chumbo têm uma longa faixa de trabalho (pequena alteração de viscosidade com 
diminuição de temperatura), e, desta maneira têm sido usados por séculos para 
produção de artigos finos de mesa e peças de arte. 
O chumbo também confere ao vidro um maior índice de refração, incrementando seu 
brilho. Vidro ao chumbo é o vidro nobre aplicado em copos e taças finas conhecido 
como cristal termo ambíguo pois, já sabemos que o vidro não é um material cristalino. 
Devido ao fato do óxido de chumbo ser um bom fluxo e não abaixar a resistividade 
elétrica, como fazem os óxidos alcalinos, vidros ao chumbo são usados largamente na 
indústria eletro-eletrônica. Funil de tubo de televisão a cores é um exemplo de aplicação 
comercial devido essas características elétricas, assim como da propriedade de 
absorção dos raios X destes vidros. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
29 
Vidros ao chumbo são também utilizados em ótica, devido aos seus altos índices de 
refração. 
 
V. VIDROS BOROSSILICATOS 
O óxido de boro, por si só, forma um vidro com resfriamento a partir de temperaturas 
acima do seu ponto de fusão a 460°C. Entretanto, ao invés da rede tridimensional da 
sílica vítrea, o óxido de boro vítreo é composto de uma rede de triângulos boro-oxigênio. 
Em vidros silicatos com baixo teor de alcalinos a altas temperaturas, o boro mantém sua 
coordenação trigonal plana, que diminui a coesão tridimensional da estrutura de vidros 
ao silicato. 
Devido a isso, este é frequentemente usado como fluxo em substituição aos óxidos 
alcalinos. Já que íons formadores de rede aumentam muito menos o coeficiente de 
expansão térmica do que íons modificadores de rede, o óxido de boro é frequentemente 
utilizado como agente fluxante em vidros comerciais, nos quais se deseja resistência ao 
choque térmico. 
Os vidros borossilicatos apresentam alta resistência ao choque térmico e por isso são 
empregados em produtos de mesa que podem ser levados ao forno. É o caso do Pyrex 
e do Marinex. 
Devido à menor quantidade de óxidos modificadores, além da resistência ao choque 
térmicos vidros borossilicatos são também muito resistentes ao ataque químico e por 
isso são utilizados em vários equipamentos de laboratório. 
PROPRIEDADES 
As propriedades dos vidros, assim como de todos os outros materiais, dependem de 
suas características estruturais. A estrutura por sua vez, esta condicionada 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
30 
principalmente pela composição química, e em menor escala também pela história 
térmica. 
A variação das propriedades com a composição pode ser avaliada, com certa 
aproximação, em função da concentração dos componentes, mediante expressões 
lineares nas quais intervêm fatores de proporcionalidade obtidos experimentalmente 
para cada óxido e para cada propriedade. Entretanto, deve-se advertir que as faixas de 
aplicação destas fórmulas aditivas são mais ou menos restritas, já que perdem sua 
validade quando as mudanças de composição provocam mudanças estruturais no vidro, 
ou dê em lugar a interação entre seus componentes. 
Com relação à história térmica, já vimos que a velocidade com a qual é efetuado o 
resfriamento do vidro dentro do intervalo de transformação, ou dito de outra forma, o 
tempo que o vidro teve para dissipação do calor, determina o seu grau de relaxação 
estrutural que influi sobre suas características finais. 
RESISTÊNCIA MECÂNICA 
Antes de entrarmos propriamente no assunto, vamos apresentar algumas definições, 
inclusive associando-as aos termos correspondentes em inglês: 
Frágil = Brittle _ Baixa resistência ao impacto 
Fraco = Fragile _ Baixa resistência à ruptura 
Duro = Hard _ Difícil de riscar 
Rígido = Stiff _ Resistente à deformação elástica 
Tenaz = Tough _ Resistente ao impacto 
O vidro é um material frágil, porém não fraco. Ele tem grande resistência à ruptura, 
podendo mesmo ser utilizado em pisos, é duro e rígido, porém não tenaz não sendo 
apropriado para aplicações sujeitas a impactos. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
31 
Se compararmos o vidro com um material tenaz, o aço por exemplo, quando este último 
é submetido a cargas crescentes num ensaio de tração existe uma fase em que ele se 
comporta como uma mola e quando cessada a força que o deforma, retorna à forma 
original. Porém chegando-se a um valor de tensão, denominado limite de resistência, ele 
vai se deformar plasticamente (não volta mais à forma original) e se continuar a 
aumentar o esforço vai se romper no valor conhecido como limite de ruptura. 
O vidro na região elástica se comporta como o aço. Quando a tensão cessa ele volta ao 
formato original. Porém o vidro não se deforma plasticamente à temperatura ambiente e 
ao passar seu limite de resistência se rompe catastroficamente. Em outras palavras o 
vidro não .avisa. que vai se romper. Ele simplesmente se rompe. Seu limite de 
resistência é igual ao limite de ruptura. 
Pode-se calcular teoricamente a resistência de um material frágil pois, a força 
necessáriapara rompê-lo é a necessária para romper as ligações dos seus átomos. No 
caso dos vidros comerciais esta força é da ordem de 21 GPa (2100 Kg/mm2). Porém na 
prática raramente se consegue, em condições muito especiais, chegar a 15 GPa (1500 
Kg/mm2) e vidros comuns como de uma garrafa de cerveja, ou de janela apresentam 
resistência da ordem de 0,01 a 0,1 GPa (1 a 10 Kg/mm2). 
Este fato intrigou os cientistas por muito tempo que começaram a perceber que a 
resistência varia sobretudo em função do estado de superfície do material, obedecendo 
 
Resistência mecânica real do vidro em diversas situações 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
32 
Para explicar esta marcante discrepância entre a resistência teórica e a resistência 
mecânica real dos materiais frágeis, sugeriu-se que falhas internas ou superficiais atuam 
como amplificadores de tensão e que a separação das superfícies ocorre 
sequencialmente ao invés de simultaneamente. 
A magnitude das tensões concentradas em microtrincas (ou defeitos) pôde ser estimada 
através do trabalho de um pesquisador chamado Inglis em 1913. Um furo de forma 
elíptica numa placa fina submetida a tração uniaxial é mostrado na figura 10. A tensão 
máxima σmax é a tensão de tração no ponto A, com direção paralela à tensão aplicada 
σ e podendo atingir diversas vezes o valor desta. Quando σmax supera a tensão teórica 
de resistência do material a trinca cresce rapidamente provocando a quebra da peça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela de peso de vidro. 
FABRICAÇÃO. 
O vidro comum recebe sobre uma das superfícies camadas metálicas, como a prata, o 
alumínio ou o cromo. Em seguida, o produto recebe camadas de tinta que têm como 
função protegê-lo. É a prata que promove o reflexo das imagens, visível por meio do 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
33 
vidro transparente e protegida pela tinta. Quando olhamos para o vidro, a camada de 
prata metálica reflete a nossa imagem. 
Hoje, existem dois processos para a fabricação do espelho. Um dos mais difundidos o 
mundo é o galvânico – utilizam-se camadas metálicas de prata e cobre juntamente com 
uma tinta protetora. O processo copper-free é o mais recente – durante a fabricação dos 
espelhos, utilizam-se camadas metálicas de prata, agentes assivadores de ligamento e 
tinta protetora. Os dois métodos são semelhantes, porém, existem pontos de 
diferenciação. O copper-free não utiliza o cobre como protetor da prata, pois a proteção 
é feita por uma solução inerte que, aplicada sobre a prata, evita sua oxidação e dá boa 
aderência à tinta. O mercado brasileiro dispõe de espelhos de boa qualidade, fabricados 
a partir das duas tecnologias. 
 
Benefícios 
Além de ser um objeto fundamental para residências, como complemento de decoração, 
o mercado oferece espelhos que possuem alta resistência ao aparecimento de manchas 
(oxidação) e alto grau de reflexibilidade. Na decoração, o espelho amplia o ambiente e 
proporciona maior aproveitamento da luz natural. 
Aplicações 
Todas as possibilidades de utilização do espelho foram ampliadas com o 
desenvolvimento das técnicas de espelhação. Existem vários tipos de espelhos simples, 
de segurança com resina, côncavos, convexos, bisotados, laminados, coloridos, entre 
outros. São inúmeras as formas de sua aplicação: lojas, academias, hotéis e elevadores, 
decoração de móveis e paredes (portas, tetos e espelhos de banheiros). Ainda pode ser 
colocado em molduras. 
Vidro comum 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
34 
Fabricação 
O vidro float (ou comum) é composto por sílica (areia), potássio, alumina, sódio 
(barrilha), magnésio e cálcio. Essas matérias primas são misturadas com precisão e 
fundidas no forno. O vidro, fundido a aproximadamente 1.000 graus, é continuamente 
derramado num tanque de estanho liquefeito, quimicamente controlado. Ele flutua no 
estanho, espalhando-se uniformemente. 
A espessura é controlada pela velocidade da chapa de vidro que se solidifica à medida 
que continua avançando. Após o recozimento (resfriamento controlado), o processo 
termina com o vidro apresentando superfícies polidas e paralelas. O float pode ser 
incolor, verde, fumê e bronze. Para obter vidros comuns coloridos, é preciso juntar 
corante no processo de fabricação. No Brasil, é produzido em diversos tamanhos e com 
espessuras que variam de 2 a 19 mm. 
 
Benefícios 
O vidro float é muito requisitado no mercado. A transparência, durabilidade, boa 
resistência química, facilidade de manuseio e baixo custo atraem os consumidores. 
Aplicações 
Geralmente, não recebe nenhum tipo de tratamento e pode ser utilizado nas mais 
diversas aplicações – construção civil, indústria de móveis e decoração. Ele é a matéria-
prima para o processamento de todos os demais vidros planos: temperados, laminados, 
insulados, serigrafados, curvos, duplo envidraçamento, espelhos, entre outros. 
Vidro impresso 
Fabricação 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
35 
O impresso, conhecido também como vidro fantasia, é produzido passando-se uma tira 
de vidro fundido entre rolos a 900 graus. Dessa forma, desenhos em relevo nos rolos 
são transferidos ao vidro. Ou seja, em sua fabricação, são utilizadas as mesmas 
matérias-primas e insumos básicos empregados no processo do vidro float. A diferença 
está na utilização de dois cilindros metálicos na saída do forno por onde passa o vidro já 
elaborado (massa fundida). O rolo superior é liso e o inferior detém em sua superfície a 
gravação do desenho (padrão) que se deseja imprimir no vidro. O espaçamento entre os 
dois rolos determina a espessura do produto acabado. Após a impressão, o vidro plano, 
que ainda não está completamente rígido, é conduzido por um conjunto de rolos 
chamado de estenderia, onde ocorre o seu processo de resfriamento de maneira lenta e 
gradual. Em seguida, o vidro é cortado em chapas, nos tamanhos programados. O 
impresso pode receber beneficiamentos como laminação, têmpera, espelhamento, 
jateamento e bisotê. 
Benefícios 
Uma das principais características do vidro impresso são os desenhos suaves e 
uniformes que têm a propriedade de difundir a luz e os raios solares, mantendo a 
privacidade dos ambientes sem perder luminosidade. Com uma imensa gama de 
texturas, cores e espessuras, o impresso proporciona variados efeitos decorativos, 
privacidade e conforto. 
Aplicações 
É indicado para ser utilizado na construção civil (em janelas, portas e coberturas); na 
decoração de interiores (divisórias, pisos, degraus de escadas, revestimentos de 
paredes); na indústria moveleira (em mesas, aparadores, prateleiras, estantes); e na 
fabricação de objetos decorativos. Com as novas possibilidades de transformação 
(espelhado e laminado colorido), os impressos ganham várias possibilidades de 
aplicação.Em alguns casos ele deve ser temperado ou laminado. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
36 
Vidro temperado 
Fabricação 
A fabricação do temperado, considerado vidro de segurança, é realizada por meio de um 
forno de têmpera horizontal ou vertical. O vidro float (comum) é submetido a um 
processo de aquecimento e resfriamento rápido que o torna bem mais resistente à 
quebra por impacto, apresentando, assim, uma resistência até cinco vezes maior que a 
do vidro comum. Depois de temperado, o vidro não pode ser beneficiado, cortado, 
furado, etc. Portanto, qualquer processo de transformação tem de ser feito antes do 
processo de têmpera. 
Benefícios 
Sua principal característica é a resistência. Resiste ao choque térmico, flexão, 
flambagem, torção e peso. É considerado um vidro de segurança, pois em caso de 
quebra, fragmenta-se em pequenos pedaços pouco cortantes, o que diminui o risco de 
ferimentos. 
Aplicações 
É muito utilizado na construção civil, na indústria automotiva e na decoração. É também 
o único vidro que pode ser aplicado como porta sem a utilização de caixilhos. 
Vidro aramado 
Fabricação 
Considerado um vidro de segurança, o aramado é um impresso translúcido que possui 
uma rede metálica de malha quadriculada incorporada à massa do vidro. Durante seu 
processo de fabricação – semelhante ao do vidro impresso -, assim que o vidro passa 
entre os cilindros metálicos e vai para a estenderia (conjunto de rolos), o arame (malha 
de aço) é colocado dentro da massa vítrea. Em seguida, é resfriado gradativamente. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
37 
Benefícios 
A rede metálica incorporada ao vidro tem como função principal segurar os estilhaços de 
vidro na hora do rompimento da placa. Ou seja, em caso de quebra, o vidro fica preso à 
rede metálica, deixando o vão indevassável até sua substituição, reduzindo os riscos de 
ferimentos no momento da quebra. Por ser translúcido, proporciona privacidade e 
estética ao projeto, ampliando o conceito de iluminação e requinte (possui efeito 
decorativo). Além disso, o aramado possui excepcionais índices de resistência ao fogo, 
prevenindo, assim, o ambiente da passagem de chamas e fumaças. 
Aplicações 
Caixa de escada, coberturas, fechamentos de clarabóias, sacadas, peitoris, tampos de 
balcões, composição de móveis, divisórias e guarda-copos. 
Dicas gerais 
MANUSEIO 
Lembre-se de que os cuidados começam aqui, sempre. 
Bons instaladores sabem que o vidro não pode ser transportado de qualquer jeito. São 
necessárias proteções de papelão para as bordas e, se ele for muito pesado, um lugar 
em que possa ser apoiado com segurança quando o carregador não estiver com a 
chapa em mãos, como um suporte de madeira. “Vidros com lascas devido à má 
qualidade de manuseio ou transporte provocam a quebra espontânea”, explica José 
Antonio Passi, diretor da Divinal Vidros. 
MEDIDAS E CORRESPONDÊNCIAS 
Deve-se saber de antemão se o vidro corresponde às medidas desejadas 
(responsabilidade do fabricante) esse as esquadrias e ferragens são apropriadas para 
comportar essas medidas. Ou seja, se são capazes de aguentar o peso do vidro: “Uma 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
38 
porta gigante, com 3 m de altura por 1,5 m de largura, por exemplo, necessita de uma 
dobradiça especial para fixá-la. Se a instalação for feita com dobradiças comuns, haverá 
desgaste no pino da dobradiça, o vidro vai ceder e a porta poderá até estourar. Caso 
seja constatado que a medida do vidro está errada, o tipo do material passa a ser 
crucial: os laminados ainda podem ser cortados ou relapidados; os temperados e 
insulados, não. “Medidas incorretas significam produção errada, impossibilidade de 
instalação, insatisfação do cliente e prejuízo para todos”, 
 lembre-se: 
Meça o vidro com cuidado e não se arrisque a tentar instalá-lo se as medidas não 
baterem com as do vão ou perfil. 
MOÇÃO A VÁCUO 
As ventosas são muito utilizadas pelos instaladores para manusear as chapas. Elas são 
acessórios especiais que se fixam ao vidro por meio de um sistema a vácuo. Aqui, o 
essencial é ficar atento à capacidade máxima da ventosa utilizada, conforme 
especificação do fabricante. Exceder essa carga pode gerar prejuízos e causar 
acidentes. Além disso, é preciso que a chapa de vidro e a borracha da ventosa estejam 
limpas, para garantir a total aderência do produto, e também que o acessório seja 
guardado adequadamente, para impedir que a área emborrachada sofra furos ou 
rasgos. 
 
 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
39 
Medição do vidro é essencial para saber se ele se adéqua às características das 
esquadrias e ferragens 
CUIDADO COM O MOFO 
Em uma instalação de vidro insulado ou laminado, seja por glazing (colagem) ou por 
outro tipo, em uma área com muita umidade, pode-se optar por um silicone com 
fungicida para fazer as fixações entre os vidros e as estruturas. 
Isso ajuda a evitar os temíveis bolores. Se o material começar a embolorar mesmo 
assim, retire todo o silicone contaminado, limpe a área com álcool isopropílico e refaça a 
vedação. 
CALCE BEM 
Algumas instalações não usam calços (como portas de vidro temperado, por exemplo). 
Entre as que usam, porém (como divisórias e janelas de vidro insulado), 
independentemente do tipo do vidro, o calço não pode ser de má qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Com o tempo, o vidro vai acabar entrando em atrito com o perfil, podendo sofrer 
rachaduras. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
40 
PROBLEMA DE PESO 
Não se deve esquecer que os calços precisam ser dimensionados para aguentar muito 
mais peso que o do próprio vidro. Nessa conta entram os parafusos de fixação, por 
exemplo, e até mesmo parte do peso do próprio perfil. “Intercalar com um material muito 
fino e mole é o mesmo que não colocar nada”. 
PERFIL MACIO 
 
 
 
 
 
 
Perfis de PVC, por exemplo, costumam ser macios o suficiente para impedir que o vidro 
insulado ou laminado se quebre. Isso dispensa o uso dos calços. Se a instalação 
necessitar de colagem com silicone estrutural, volta a ser importante o uso do acessório. 
O ideal são dois calços por peça, afastados em 10 cm de cada extremidade lateral e 
recobertos por um material macio, com 2 a 3 mm de espessura. 
Vidro laminado sendo encaixado em perfil de alumínio com o calço devidamente 
posicionado 
 
 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificaçãoe analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
41 
FOLGA 
O vidro e as ferragens, como outros materiais, expandem-se dependendo da 
temperatura. E não apenas eles: a própria alvenaria do imóvel se expande, comprimindo 
o espaço onde o vidro está. Por isso, é importante que a instalação preveja algum 
espaço de folga, para que esse movimento não comprometa a integridade física da 
instalação. “O tamanho da folga varia em função do perfil, mas são necessários, no 
mínimo, 5 mm”. 
LAVAGEM 
O papel do fabricante acaba na hora da instalação, mas nem por isso o cliente deve ficar 
às cegas sobre o produto que tem, especialmente em relação à limpeza. “A ferragem 
geralmente possui um acabamento em pintura eletrostática, então devemos tomar 
cuidado com o tipo de produto com que efetuamos a limpeza, nunca utilizando abrasivos 
ou produtos químicos inadequados”, 
A mesma vulnerabilidade a abrasivos possuem o silicone e as massas de vedação para 
laminados e insulados. Portanto, oriente seu cliente sobre a limpeza adequada frisando 
que não devem ser usadas esponjas de aço, papéis, álcoois e desinfetantes. 
A higienização ideal deve ser feita 
com panos umedecidos limpos e 
macios e acompanhados de sabão de 
coco ou detergente neutro. “É 
recomendável, para o caso de portas, 
por exemplo, periodicamente chamar 
um vidraceiro para ajustar as 
dobradiças”. 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
42 
‘CLEC-CLEC’ 
Se o seu vidro faz barulho, são grandes as chances de que a instalação tenha sido 
malfeita. Certifique-se de que o encaixe está correto e de ter instalado as gaxetas 
(esquadrias que protegem e mantêm o vidro firme). “As gaxetas de neoprene servem 
para isolar o vidro, travar todo o conjunto e vedar o sistema”, Ele também lembra que 
devem ser usadas as bitolas e modelos corretos, aplicados sob pressão, conforme 
instruções dos fabricantes. 
 
 
 
 
 
 
ANTIFERRUGEM 
Utilize perfis e esquadrias de alumínio ou PVC para proteger a instalação em vidros 
laminados e insulado, pois não enferrujam com o tempo, diferente do que acontece com 
os materiais de ferro, que se deterioram devido à ação das chuvas e da água. 
ACESSÓRIOS 
Uma instalação benfeita depende também de acessórios à altura. Ferragens com ligas 
metálicas de baixa qualidade e perfis com espessuras mais finas que o exigido ou com 
pinturas malfeitas são prejudiciais para o vidro. Escolha bem antes de instalar. 
CONSCIENTIZE SEU CLIENTE 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
43 
Instalação profissional não é um gasto desnecessário. Quanto antes seu cliente souber 
disso, melhor. “Um dos casos que mais comuns é quando um cliente insistiu somente no 
fornecimento do material, pois achou a mão-de-obra muito cara ‘somente para instalar o 
vidro’. Depois, na vistoria, nota-se que todos os vidros estão quebrados”, conta ele. Não 
deixe seu cliente passar por isso. Explique que a instalação é complexa e necessita de 
conhecimento técnico e intimidade com o produto. 
Instalação de porta de vidro 
laminado: basta encaixar o perfil 
com cuidado e no lugar certo. 
 
 
 
 
 
EFEITO CORROSIVO 
Nunca utilize silicones ácidos ou materiais que possuam solventes em vidro laminado. 
Esses materiais são corrosivos e podem atacar a película de PVB. Além de ficar 
esteticamente desagradável, o vidro também perde sua eficiência acústica muito mais 
rapidamente. 
Temperados 
TREINE ANTES 
No caso do vidro temperado, que não é encaixado dentro de uma estrutura como os 
demais, começar o projeto às cegas pode ser arriscado. “Recomendo realizar uma pré-
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
44 
montagem do sistema fazendo uma marcação inicial, obedecendo as distâncias de 
acordo com o gabarito [guia de instruções] do sistema”, vale a pena fazer um encaixe 
prévio das ferragens no vidro, sem parafusar, para testar se está tudo certo. 
PEÇA DE RESISTÊNCIA 
Os vidros temperados são materiais autoportantes: podem ser fixados apenas com 
ferragens. Essa característica facilita a instalação, mas tome cuidado: abusar da 
confiança e forçar demais o vidro podem levar a peça a se quebrar. Isso pode acontecer, 
por exemplo, se um parafuso for apertado no vidro além do necessário ou se a porta for 
instalada fora de prumo. Vidros temperados são mais resistentes à fixação apenas com 
ferragens. 
 
 
 
 
 
 
 
PARAFUSO SOLTO 
Nas esquadrias de alumínio, são recomendados os parafusos de aço inoxidável para 
não enferrujar. Esquadrias de aço inoxidável também podem ser consideradas, mas 
certifique-se de que o material seja de boa procedência. 
Insulado 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
45 
COLE COM CAUTELA 
Ao trabalhar com vidro insulado, lembre-se de que o silicone que atua como selo 
secundário (para fixação do vidro na esquadria) não pode ser qualquer um. “No caso de 
vidro insulado que será instalado em uma fachada estrutural, o silicone que deverá ser 
utilizado é o estrutural para vidro insulado”, E nem pense em movimentar a janela antes 
que se passe o tempo de adesão do silicone: isso leva a falhas na fixação. 
Se o vidro insulado for instalado em fachada estrutural, utilize sempre um silicone 
específico para essa aplicação. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO DE ADESÃO 
Ainda sobre o silicone para vidros 
insulados, é muito importante observar 
algumas características do ambiente 
antes de realizar a instalação. 
Umidade e temperatura influenciam no 
tempo de cura do produto, enquanto 
uma zona com pressão atmosférica 
diferente pode exigir uma válvula de 
compensação de pressão (quanto 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
46 
menor a altitude, maior a pressão e vice-versa). 
OLHO VIVO 
Vidros insulados, como se sabe, possuem um selo primário, feito durante sua 
fabricação, que garante que o sistema seja hermeticamente fechado. Isso previne a 
penetração de umidade e sujeira na câmara de ar. 
 
 
 
 
 
 
 
Sempre cheque, na hora da instalação, se esse selo está em perfeitas condições. Vidro 
insulado vem de fábrica já com um selo primário: certifique-se de que ele está hermético 
e em perfeitas condições 
NORMAS 
A principal norma regulando a instalação de vidros é a NBR 7199 – Projeto, execução e 
aplicações de vidros na construção civil. Além dela, temos a NBR 15198 – Espelhos de 
prata – Beneficiamento e instalação, que versa sobre os espelhos. a NBR 7199 é “de 
suma importância para o setor, devendoser conhecida na íntegra por todos os 
vidraceiros, instaladores e beneficiadores e multiplicada para engenheiros e arquitetos”. 
Embora muitas pessoas ligadas ao setor vidreiro ainda não conheçam ou não apliquem 
os dizeres dessas normas, o cenário tem mudado por meio de um extenso trabalho de 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
47 
divulgação, que inclui até mesmo contatos com o Corpo de Bombeiros para discussão 
do seu conteúdo, os problemas mais comuns na instalação de vidros são a falta de 
lapidação de bordas (em laminados e insulados), a falta de cuidados no transporte, a 
falta de calços e as folgas exageradas, além da utilização de silicone inadequado. 
Estas normas também valem a pena consultar 
NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações 
NBR 14697 – Vidro Laminado 
NBR 14698 – Vidro Temperado 
NBR 14718 – Guarda-corpos para edificação 
NBR 11706 – Vidros na construção civil 
NBR 14207 – Boxe para banheiro 
 
TINTAS 
 
 
 
 
 
A tinta é uma composição líquida, pigmentada que, quando aplicada sobre uma 
superfície, torna-se uma película protetora e decorativa, além de exercer função 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
48 
sanitária e influir na distribuição da luz. Sua composição básica inclui pigmento, veículo, 
solventes e aditivos. 
Os pigmentos são partículas sólidas (pó) e insolúveis. Podem se divididos em dois 
grandes grupos, ativos e inertes. Os pigmentos ativos possuem função de conferir cor e 
capacidade de cobertura a tinta , enquanto que os inertes (ou cargas) encarregam-se de 
proporcionar outras características, tais como lixabilidade, dureza, consistência, etc.. 
Uma tinta pode conter vários pigmentos. 
O veículo de uma tinta é constituído por resinas, sendo responsável pela formação da 
película protetora na qual se converte a tintas depois de seca. Os solventes são 
utilizados pelo fabricante nas diversas fases da fabricação da tinta, para facilitar o 
empastamento dos pigmentos, para regular a viscosidade da pasta de moagem, facilitar 
a fluidez dos veículos e das tintas prontas, na fase de enlatamento. O usuário emprega o 
solvente para adequar a tinta às condições de pintura, visando à facilidade de aplicação, 
alastramento, etc.. Entre os solventes mais comuns encontram-se a água, aguarrás, 
álcoois, cetonas, xilol, etc... 
 
TIPOS 
Aqui são relacionados os tipos comumente encontrados na construção civil classificados 
de acordo com os veículos utilizados em sua formulação. 
Caiação - Nas construções rurais, é a caiação a pintura mais indicada para as paredes 
por ser mais econômica que as demais, de fácil execução, além de ser desinfetante. No 
preparo da tinta recomendam-se os seguintes cuidados: cal de boa qualidade; queima 
de cal em vasilhame limpo e passagem da pasta através de uma peneira fina. A adição 
da água deve ser em quantidade necessária para obter-se uma pasta maleável, ou seja, 
um leite de cal mais ou menos denso. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
49 
Há necessidade de, no mínimo, três demãos, sendo que, no caso de aplicação de cores, 
a primeira demão deve ser branca. 
Nas caiações em paredes externas, junta-se à tinta uma certa quantidade de óleo de 
linhaça para melhor aderência da pintura. Quando é necessária maior proteção contra a 
infiltração de água da chuva, adiciona-se à cal produtos impermeabilizantes. 
Aplicação: brochas, pincéis grandes, etc... 
 
 
 
 
 
 
Látex P.V.A. - é uma tinta aquosa, à base de acetato de polivinila (P.V.A.). 
Látex Acrílico - é também uma tinta aquosa, à base de emulsões acrílicas, que 
conferem a tinta maior resistência ao intemperismo. Este fato faz com que as tintas 
acrílicas sejam recomendadas, preferencialmente, para superfícies externas. 
Esmalte Sintético - é uma tinta à base de resinas alquídicas, de óleos secativos e 
solventes. 
Tinta Óleo - é semelhante ao esmalte sintético, com preponderância do teor óleo. 
Tinta Epóxi - é uma tinta em solução, à base de resinas epóxi, de grande resistência à 
abrasão. Apresenta-se em dois componentes: tinta e catalisador. 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
50 
 
 
 
 
 
 
Verniz Poliuretano - é uma solução de resinas poliuretânicas, em solventes alifáticos. 
Tinta de borracha Clorada - é uma solução à base de borracha clorada, de alta 
plasticidade e de grande resistência à água. 
 
QUALIDADE 
Ao se abrir uma embalagem pela primeira vez, a tinta deve satisfazer às seguintes 
condições: não apresentar excesso de sedimentação, coagulação, galeificação, 
empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele (nata); torna-se 
homogênea mediante agitação manual; não apresenta odor pútrido e nem expelir 
vapores tóxicos. Na superfície interna da embalagem não deve haver sinais de corrosão. 
No momento de aplicação, a tinta precisa se espalhar facilmente, de maneira que o rolo 
ou pincel deslizem sem resistência (suavemente), devendo as marcas destes acessórios 
desaparecerem logo após a aplicação da tinta, resultando uma película uniforme, quanto 
ao brilho, cor e espessura. 
Rendimento e cobertura são dois conceitos distintos. O primeiro expressa a relação 
entre a área pintada e o volume de tinta gasto (l / m²). O outro refere-se à capacidade da 
tinta de cobrir totalmente a superfície (contraste e cor). Na prática, esta capacidade é 
medida em número de demãos. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
51 
Estas duas propriedades estão intimamente ligadas ao tipo, qualidade e quantidade de 
resinas e de pigmentos utilizados na formulação da tinta. É justamente aqui, na variação 
destes elementos, que se têm as maiores diferenças de qualidade entre as tintas no 
mercado. 
A durabilidade de uma tinta refere-se à resistência à ação do intemperismo ao longo do 
tempo. A melhor tinta é aquela que demora mais para calcinar, desbotar, perder sua boa 
aparência, bem como suas propriedades de proteção. A qualidade também depende do 
tipo da tinta e a maneira de se medir previamente a durabilidade de uma tinta é através 
de testes de intemperismo acelerado, o que os pode ser feito em laboratório. 
As tintas devem ser laváveis, apresentar resistência à ação de agentes químicos, 
comuns no uso doméstico, tais como detergentes, água sanitária, etc... Além disso, 
precisam prevenir o desenvolvimento de organismos biológicos - fungos e bactérias. 
Normalmente, os tipos de tinta mencionados devem ser armazenados em locais secos e 
ventilados, não sujeitos a grandes variações térmicas. Assim, após um ano da data da 
fabricação, a tintaarmazenada na embalagem original, cheia e fechada, atendendo às 
recomendações de temperatura do fabricante, não pode apresentar formação de pele e 
os problemas já mencionados anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
52 
A adequada preparação da superfície é fator tão importante como a escolha de bons 
produtos para a sua pintura. Os seguintes cuidados devem ser observados: ela deve ser 
limpa, seca, isenta de poeira, gordura, sabão ou mofo, deve-se utilizar água morna com 
detergente para eliminar manchas de gordura; aplicar uma solução de água com cerca 
de 25% de água sanitária para remover as partes mofadas e, em seguida, enxaguar a 
superfície; corrigir com argamassa as imperfeições profundas da parede; as pequenas 
imperfeições (rasas) devem ser corrigidas com massa corrida (em reboco interno) ou 
massa acrílica (em reboco externo); raspar ou escovar as partes soltas ou mal aderidas; 
eliminar o brilho de qualquer origem, usando lixa de grana adequada. 
Antes de iniciar a pintura sobre um reboco novo, é preciso aguardar que ele esteja seco 
e curado. Se a tinta for aplicada sobre o reboco mal curado, provavelmente a pintura 
descascará, porque a impermeabilidade da tinta dificultará a saída da umidade e as 
trocas gasosas necessárias à carbonatação do reboco, sem a qual tornar-se-á 
pulverulento sob a película da tinta, causando o descascamento. 
Rebocos deficientes, com pouco cimento, apresentam superfície poucos coesas, fato 
que pode ser verificado ao se esfregar a mão sobre o reboco, constatando-se a 
existência de partículas soltas (grãos de areia). Neste caso, recomenda-se aplicar uma 
demão de fundo à base de solvente , com alto poder de penetração e grande resistência 
à alcalinidade natural do reboco. Este procedimento resultará nos seguintes benefícios: 
fixação de partículas soltas, aumentando a coesão da superfície; proteção do 
acabamento contra alcalinidade do reboco; uniformização da absorção da superfície e 
aumento do rendimento do acabamento. 
A superfície de madeira, pintada pela primeira vez, deve ser lixada para que sejam 
eliminadas as farpas. Em seguida aplica-se uma demão de fundo branco fosco, com 
diluição de até 15% de diluente e corrigem-se as imperfeições com massa a óleo. Após 
a secagem, lixa-se novamente, removendo-se a poeira e aplicando-se o acabamento. 
 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
53 
 
 
 
 
 
Na repintura sobre madeira, o procedimento é semelhante ao da primeira pintura, 
dispensando-se aplicação de fundo branco fosco. 
No caso de envernizamento da madeira, não se aplica fundo branco fosco e nem 
massa a óleo, mas sim selador para madeira, lixa-se e se aplica o verniz. 
Para a pintura nova sobre ferro é necessário remover-se a ferrugem, utilizando lixa ou 
escova de aço, e aplica-se fundo a base de zarcão ou óxido de ferro e pintar. Na 
repintura, elimina-se a ferrugem e aplica-se o fundo apenas nas partes onde a superfície 
metálica esteve exposta. Após a secagem, lixa-se para nivelar a base e aplica-se o 
acabamento. Outro produto conhecido como Neutralizador de Ferrugem, pode ser usado 
antes de aplicarmos o zarcão, ele é aplicado a frio e transforma quimicamente a 
superfície do ferro ou oxidos nela existentes em fosfatos inertes do ponto de vista da 
corrosão, impedindo o aparecimento de ferrugem. 
 
ESQUEMA DE PINTURA 
Qualquer que seja o esquema de pintura a ser aplicado, recomenda-se observar 
atentamente as orientações sobre a preparação da superfície. O número de demãos e 
as indicações sobre a diluição das tintas baseiam-se em produtos de boa qualidade, 
podendo haver significativas variações, já que existe uma grande diferença de qualidade 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
54 
entre as tintas disponíveis no mercado. No entanto, recomenda-se seguir a orientação 
do fabricante. 
O acabamento convencional sobre rebocos (interno e externo) requer uma demão de 
tinta látex (P.V.A. ou acrílica), bem diluída (com até 100% de água), duas demãos de 
tinta látex com diluição de 20 a 30% de água. 
No acabamento liso interno, deve-se aplicar massa corrida em camadas finas e duas 
demãos de tinta látex, com diluição de 20 a 30% de água. No externo processe-se da 
mesma forma, apenas utilizando-se de tinta látex acrílica, com diluição de 20 a 30% de 
água. 
Quando se pretende um acabamento acrílico texturado, deve-se aplicar uma demão de 
látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã) , uma demão 
de látex textura acrílica, com diluição de 10% de água (usar rolo de espuma). Quando se 
deseja resistência superior e maior durabilidade do acabamento, aplicam-se duas 
demãos de tinta látex acrílica sobre a textura acrílica. 
No acabamento liso de áreas molháveis - banheiros, cozinhas, etc. - deve-se aplicar 
massa acrílica em camadas finas, duas demãos de esmalte sintético brilhante, sendo a 
primeira com diluição de até 15% de diluente e a segunda com até 5%. Quando se 
pretende um acabamento texturizado, deve-se usar uma demão de látex textura acrílica 
com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e, finalmente, duas demãos de 
esmalte sintético brilhante, sendo a primeira com diluição de até 15% de diluente e a 
segunda até 5%. 
No acabamento texturado em corredores, escadarias, etc. deve-se aplicar uma demão 
de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 50% de água (usar rolo de lã), uma demão 
de látex textura acrílica, com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e, 
finalmente, uma demão de liqui-brilho, com diluição de até 10% de água, com a 
finalidade de facilitar a limpeza, aumentando o brilho da superfície. 
Curso Mestre de Obras 
 
Módulo de Ferragens para Esquadria, vidros em geral, pintura, aparelhos, jardim, 
limpeza, responsabilidade sobre edificação e analise de custo 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
55 
A repintura sobre superfícies críticas, isto é, látex em mau estado, calcinado, 
descascando, ou caiação, deve ser efetuada removendo-se as partes soltas com 
espátula, fazer os reparos, lixar a superfície, eliminar o pó e aplicar o fundo à base de 
solventes (1), de alto poder de penetração, convenientemente diluído, para que a 
superfície não se torne brilhante. Se isto ocorrer, lixa-se levemente para quebrar o brilho. 
Em seguida, aplicam-se duas demãos de tintas látex - P.V.A. ou acrílica - com diluição 
de 20 a 30% de água. 
No acabamento direto sobre bloco de concreto (interno ou externo), recomenda-se frisar 
a massa de assentamento de maneira que os frisos sejam rasos, o que facilita a 
aplicação da pintura. A massa de assentamento não deve apresentar falhas, fissuradas 
ou orifícios. Se isto ocorrer, deve-se efetuar os reparos necessários com a mesma 
massa.. Em seguida aplica-se uma demão de látex textura acrílica, com diluição de 40 a 
50% de água (usar rolo de lã). Preferencialmente, sobre a massa de assentamento 
(frisos),

Continue navegando