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Linguagem e Comunicação Humana

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Objetivos de aprendizagem
Esperamos que, ao término desta aula, você seja capaz de:
• reconhecer a importância da linguagem e da comunicação nas atividades humanas, bem como os elementos presentes 
nesse processo;
• refletir sobre a linguagem como fenômeno psicológico, educacional, social, histórico, cultural, político e ideológico;
• reconhecer os diferentes tipos de textos, suas características, elementos, estrutura, técnicas e as funções de linguagem 
predominantes;
• ler, analisar, compreender as diferentes linguagens que circulam socialmente.
• entender a língua como um processo de interação que é influenciada pelas situações comunicativas que cercam sua 
produção e recepção; 
• relacionar o estudo das seis funções da linguagem aos constituintes da situação comunicativa, aos contextos reais de 
interação.
1ºAula
A prática de linguagem na vida 
social
A linguagem – a fala humana – é uma 
inesgotável riqueza de múltiplos valores. 
A linguagem é inseparável do homem 
e segue-o em todos os seus atos. A 
linguagem é o instrumento graças ao qual 
o homem modela o seu pensamento, 
seus sentimentos, seus esforços, sua 
vontade e seus atos, o instrumento graças 
ao qual ele in uencia e e é in uenciado, a 
base última e mais profunda da sociedade 
humana. (Louis Hjelmslev)
Caro(a) aluno(a),
A partir de agora, sua curiosidade será despertada 
para o processo da construção da comunicação humana. 
O interesse por esse assunto é muito importante, pois, no 
mundo atual, para nos expressar e interagir em sociedade, 
nós, seres humanos, precisamos ter o pleno domínio de 
diferentes formas de comunicação. Esse domínio exige 
que tenhamos conhecimento de como se processa a 
comunicação, de quais elementos a estruturam, das 
diversas formas de linguagens – verbais e não verbais, 
das funções da linguagem, enfim, de um conjunto de 
conceitos que permitem entender e produzir mensagens 
que deem conta de atender as nossas necessidades de 
comunicação e expressão. Para esse domínio, portanto, 
é primordial que você tenha interesse em apreender a 
complexidade da linguagem humana, que você esteja 
disposto a enveredar pelo universo da linguagem? Então, 
vamos lá!
Bons estudos!
115
Leitura e Produção de Texto 6
1 – Linguagem e os processos de comunicação
2 – A linguagem e suas funções
Seções de estudo
Você já parou para 
imaginar no que ocorreria se 
não possuíssemos linguagem? 
Já observou que a linguagem 
é parte integrante de nossas 
atividades diárias? Já refletiu 
sobre o fato de que uma das 
diferenças marcantes entre o 
ser humano e os outros animais é a faculdade de utilizar uma 
língua, uma Linguagem?
Talvez você nunca se tenha questionado a respeito dessas questões, 
não é mesmo? O uso da linguagem é visto, pela maioria das pessoas 
“normais”, como um fato natural e automático, como o caminhar, 
respirar ou o piscar, por exemplo. No entanto, é primordial que 
tenhamos consciência da importância da linguagem na vida social 
e mental dos indivíduos. Sabe por quê? Porque “tudo o que o ser 
humano alcançou de crescimento cultural está ligado à linguagem. 
Sem ela, a cultura não existiria e os conhecimentos não poderiam ser 
transmitidos de geração para geração.” (CAMPEDELLI, S. Y. , SOUZA. J. 
B. , 1998, p. 10)
1 - Linguagem e os processos de 
comunicação
Dada a importância do papel desempenhado pela 
linguagem na vida social, vamos, a seguir, adentrar nesse 
maravilhoso mundo da linguagem e da comunicação. 
1.1 As formas de comunicação e 
suas linguagens
Para re etir
Você já se deu conta de quantos são os atos de comunicação que 
realizamos durante o nosso dia, desde a hora que levantamos até 
a hora de nos deitar? São inúmeros, não é verdade?
O ato de comunicar, de estabelecer interação social 
com outra pessoa é uma necessidade básica do ser humano. 
Isso porque somos seres sociais, vivemos em comunidade. 
Nas situações sociais de interlocução, contamos com um 
instrumento importantíssimo denominado linguagem. A 
linguagem, conforme você deve se lembrar, surgiu devido 
à necessidade do homem de se comunicar, de viver em 
sociedade. Seu domínio é relevante tanto para a aquisição 
de conhecimentos em qualquer área do saber, como para a 
participação dos indivíduos nas mais diversas situações sociais 
de interlocução.
CONCEITO
A linguagem pode ser de nida como todo sistema de sinais 
convencionais (sons, letras, cores, imagens, gestos) que nos permite 
construir uma interpretação da realidade. Assim, a linguagem é toda 
e qualquer forma de expressão utilizada para atender aos nossos 
objetivos de comunicação.
Ao longo dos tempos, para expressar pensamentos, 
sentimentos, ideias, experiências, visões de mundo, enfim, 
para atender às diversas situações e intenções comunicativas 
o homem foi desenvolvendo diferentes formas de linguagem. 
Para exercer atos de comunicação, dispomos de várias 
possibilidades, ou seja, de várias linguagens. Vamos conhecê-las?
1.2 Linguagem Verbal 
A linguagem verbal está relacionada ao uso das palavras 
de uma determinada língua. A LÍNGUA é o código que usa 
a palavra como sistema de comunicação, isto é, é um sistema 
de sons vocais ou um conjunto de signos e combinações 
utilizado por um povo (o conceito de signo será visto abaixo). 
Ao fazermos uso da língua portuguesa, por exemplo, tanto 
na forma oral como na forma escrita, usamos a linguagem 
verbal. Assim, a linguagem verbal desenvolve-se por meio 
de um sistema ou código de comunicação, que é a língua. 
É importante que você perceba que formulamos os nossos 
textos orais ou escritos por meio de palavras (signos verbais) 
e estas são organizadas segundo as regras estabelecidas pelo 
sistema ou pela língua. De todas as linguagens utilizadas pelo 
homem, a linguagem verbal é a forma de comunicação mais 
importante ou a mais usual, pois sua potencialidade criativa é 
imensa. Mediante a palavra falada ou escrita, externamos as 
nossas ideias e pensamentos, influenciamos, convencemos, 
divertimos, ensinamos, emocionamos, agimos etc. Assim, 
esse código verbal (a língua portuguesa) é imprescindível na 
comunicação entre as pessoas. Ele está presente nos textos 
orais e escritos, tais como nas reportagens de jornais e revistas, 
nas obras literárias e científicas, nos vários tipos de discurso, 
enfim, sempre que falamos com alguém, quando lemos, 
quando escrevemos. 
Imagem extraída de: Grif , Beth. Português 1. São Paulo: 
Moderna, 1991.p. 29
Margarida Petter (2003, p. 11) associa a palavra — a linguagem verbal 
— ao poder mágico que o homem tem não só de “nomear/criar/
transformar o universo real, mas trocar experiências, falar sobre o que 
existiu, poderá vir a existir, e até mesmo imaginar o que não precisa 
nem pode existir.” Para ela, a comunicação pela língua oral e escrita é 
uma das características que diferenciam o ser humano de outros seres 
do reino animal.
Tudo certo até aqui?
Continuemos, então...
1.3 Linguagem não verbal
Embora a linguagem verbal seja a dominante em nosso 
cotidiano, usamos, também, outras linguagens não menos 
relevantes para a comunicação, como os desenhos, a dança, os 
116
7
sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores, a mímica, as 
imagens, os sinais, a postura etc. Dizemos, então, que estamos 
usando a linguagem não verbal.
Veja:
Na gura ao lado, está claro que é proibido fumar 
em um determinado local. A linguagem utilizada 
é a não verbal, pois não utiliza do código “língua 
portuguesa” para transmitir que é proibido fumar.
Na gura ao lado, percebemos que o semáforo 
nos transmite a idéia de atenção. De acordo com 
a cor apresentada no semáforo, podemos saber 
se é permitido seguir em frente (verde), se é para 
ter atenção (amarelo) ou se é proibido seguir em 
frente (vermelho) naquele instante.
Extraído do site: www.brasilescola.com/redacao/linguagem.php
Para re etir
Tanto a linguagem verbal quanto a não-verbal , conforme você deve ter 
percebido, expressam sentidos. O que as distingue é que enquanto “na 
primeira, os signos são constituídosdos sons da língua (por exemplo, 
mesa, fada, árvore), nas outras exploram-se outros signos, como as 
formas, a cor, os gestos, os sons musicais, etc.” (PLATÃO E FIORIN, 2002, 
p. 371) 
Observe que as imagens acima não usam palavras. Ainda 
assim, nós temos uma linguagem, a linguagem não verbal, pois 
fomos capazes de decifrar as mensagens a partir das imagens.
(Alfabeto manual dos surdos-mudos – Exemplo de linguagem não verbal)
Você já deve ter ouvido o provérbio chinês “uma imagem vale mais do 
que mil palavras”, não é mesmo? Platão e Fiorin (2002, p. 375) dizem 
que “assim como se aprende a ler um texto verbal, também se pode 
aprender a ler um texto não verbal.” 
É importante destacar que, nos dias atuais, vários fatores, como a 
maneira de se vestir, de sentar, a postura, o comportamento social vêm 
sendo estudados como formas não verbais de comunicação entre as 
pessoas.
1.4 Linguagem mista
 
É muito comum serem 
utilizadas, simultaneamente, 
as linguagens verbal e não 
verbal, como acontece nas 
histórias em quadrinhos, 
nos textos publicitários, no 
cinema e na televisão. Trata-
se aí da linguagem mista, a que utiliza a imagem e a palavra 
ao mesmo tempo. Enquanto a linguagem verbal é linear, ou 
seja, tanto na fala quanto na escrita os signos ou palavras não 
se superpõem, sendo constituídos uns após os outros, etapa 
por etapa em uma sequência organizada, a linguagem não 
verbal, a imagem, é captada de forma imediata e global por 
meio de nossos olhos, pela percepção visual. É o que acontece 
quando visualizamos um quadro, por exemplo. Na prática, a 
linguagem verbal e a não verbal se complementam, e fazem 
com que a comunicação humana se torne muito mais rica. 
Você concorda com isso, não é?
1.5 Signo
Em todo o tipo de comunicação, verbal ou não verbal, 
o elemento utilizado para representar o objeto referente da 
mensagem é chamado signo.
CONCEITO
Existem várias concepções de signo. No entanto, de forma simples, 
pode ser de nido como um elemento intermediário que substitui 
outro, algo que representa algo, podendo ser, assim, qualquer objeto, 
som ou palavra que possa ser interpretado ou que signi que algo da 
realidade. De acordo com Francis Vanoye (2002, p. 21), “signo é a 
menor unidade dotada de sentido num código dado.”
Preste atenção ao que vamos dizer agora: o signo é a 
unidade formada por um estímulo físico (sons, letras, imagens, 
gestos, etc.) e uma ideia ou conceito mental. O estímulo 
físico/parte material é o significante e a ideia que vem à mente 
é o significado. Significante e significado integram a mesma 
unidade, que é o signo. Podemos representá-lo graficamente 
do seguinte modo:
Você sabia?
No processo de comunicação, várias coisas podem ser signos, mas 
desde que sejam resultantes de uma convenção ou aceitação social. 
Para que interpretemos esses signos como unidades funcionais que 
integram um determinado sistema estruturado, faz-se necessário 
conhecer o que eles representam, qual é o seu valor simbólico, e isso 
pode variar de acordo com a cultura já que há diferentes visões de 
mundo e formas de interpretar a realidade.
SIGNO = Signi cante
 Signi cado
Em outros termos, é preciso entender a que determinado 
signo faz referência. Por exemplo, relacionar a cor vermelha 
(significante), nos sinais de trânsito, à proibição para prosseguir 
(significado); a abóbora com os olhos, o nariz e a boca 
(significante) ao Dia das Bruxas, do Halloween (significado); 
uma tarja preta na lapela (significante) ao luto (significado); o 
desenho de uma caveira nos fios de alta tensão (significante) 
ao perigo de vida (significado); a seta cortada por uma barra 
oblíqua (significante), na sinalização rodoviária, à “direção 
proibida” (significado). O que dissemos pode ser visualizado 
na ilustração a seguir:
117
Leitura e Produção de Texto 8
Até agora, falamos de signos que integram a comunicação 
visual ou a linguagem não verbal. Você percebeu isso? 
Acontece que dissemos, anteriormente, que a linguagem 
verbal (oral e escrita) é a forma de comunicação mais 
presente em nosso cotidiano, Assim, a língua portuguesa 
é o código mais utilizado por nós. Esse código tem como 
unidade mínima o signo linguístico, que se refere a uma 
representação da realidade por meio da palavra.
Saber mais
Veja bem! Quando falamos em signo linguístico/verbal, estamos 
nos referindo a uma representação da realidade por meio da palavra. 
Na obra fundadora da ciência Linguística, chamada Curso 
de Lingüística Geral, seu autor, Ferdinand de Saussure (2000, 
p. 80), descreveu um signo “como uma combinação de um 
conceito com uma imagem acústica” /ou imagem sonora. Segundo 
esse autor, “o signo linguístico une não uma coisa e uma 
palavra, mas um conceito e uma imagem acústica. Esta não 
é o som material, coisa puramente física, mas a impressão 
psíquica desse som.” Este linguista e filósofo suíço explica 
que uma imagem acústica/sonora é algo mental porque 
podemos falar conosco ou recitar um poema mentalmente 
sem ao menos movermos os lábios, ainda que, geralmente, as 
imagens sonoras sejam produzidas nos processos interativos 
de comunicação. Explicados esses conceitos, podemos dizer 
que um signo linguístico é um elemento representativo que 
apresenta dois aspectos que se unem: um significante e um 
significado, inseparáveis, assim como cara e coroa se unem para 
formar a moeda.
Ao ouvir a palavra caneta, você reconhece os sons 
que a formam. Esses sons são o signi cante do 
signo caneta. Ao ouvir essa palavra, você logo 
mentaliza a ideia de caneta. Esse conceito, utensílio 
para escrever ou desenhar à tinta, é o signi cado 
do signo caneta. A palavra caneta não é o objeto caneta, que pode 
estar distante de nós, mas quando ouvimos ou lemos essa palavra 
nos vem à mente a imagem desse objeto.
O signo é convencional e arbitrário: convencional porque, 
segundo Vanoye (2002, p.22), “entre o significante e o significado 
não há outro liame senão o proveniente de um acordo implícito 
ou explícito entre os usuários de uma mesma língua”. arbitrário 
porque “não há qualquer relação entre a representação gráfica 
ou som de uma palavra e o objeto designado”.
E então? Com o exemplo acima, você deve ter percebido 
que, para termos conhecimento de uma língua, não basta 
identificarmos os seus signos, precisamos também conhecer 
seguramente as suas regras combinatórias, a sua sintaxe, ou 
seja, a organização de seus signos.
1.6 O processo de comunicação
Vamos conhecer os elementos que integram 
os incontáveis atos de comunicação que realizamos 
diariamente? São seis os elementos envolvidos no 
processo de comunicação, conforme o seguinte esquema:
Saber mais
Ao empregar os signos que formam a nossa língua, você deve obedecer 
a certas regras de organização que a própria língua lhe oferece. A 
sequência um caneta bonito contraria uma regra de organização 
da língua portuguesa, o que faz com que a rejeitemos, assim como o 
enunciado da tira a seguir.
Preste atenção! Quando vamos ler ou produzir um texto, 
devemos levar em conta: quem, como, quando ou para que (se) 
faz uso da língua, ou seja, as interferências comunicativas 
que cercam sua produção e recepção. O que estamos 
querendo dizer é que não podemos desconsiderar as situações 
concretas de uso da linguagem e, então, os seis elementos da 
comunicação precisam ser estudados nos contextos reais de 
interação, certo? Isso vale para qualquer gênero textual, que 
são os textos produzidos nas inúmeras situações sociais de uso 
da linguagem.
Muito bem! Voltemos, então, à explicação do processo 
de comunicação. Baseado no esquema ilustrado acima, é fácil 
observar como a comunicação 
acontece: um remetente, ao 
querer se relacionar com um 
destinatário, envia a ele uma mensagem, 
que é transmitida por 
meio de um canal 
de comunicação. 
Essa mensagem 
possui um referente e é expressa por 
meio de um código comum a ambos.
o emissor dos signos - um indivíduo, 
um grupo, uma rma, um órgão de 
difusão etc.
o receptordos 
signos - aquele 
que recebe e 
decodi ca a 
mensagem.
os signos organizados e 
estruturados que produzem 
o sentido da comunicação, 
o objeto da comunicação ou 
o conteúdo das informações 
transmitidas com intenção 
comunicacional.
Canal de comunicação:a via de circulação das mensagens, o meio de comunicação/o meio físico/o 
suporte/o veículo: carta, bilhete, e-mail, telefone, televisão, placas, desenhos, fotogra as, língua oral ou 
escrita sons diversos. 
De acordo com Francis Vanoye (2002, p. 2), de maneira geral, as mensagens circulam por meio de dois 
principais meios:
• meios sonoros: voz, ondas sonoras, ouvido (mensagens sonoras, palavras, músicas,).
• meios visuais: excitação luminosa, percepção da retina ( mensagens visuais: empregam-se as imagens 
(desenhos, fotogra as = mensagens icônicas) ou os símbolos (a escrita ortográ ca: mensagem simbólica).
Além das mensagens sonoras e visuais, temos ainda as mensagens tácteis (recorrem aos choques, 
pressões, aperto de mão, trepidações, etc.) e as mensagens olfativas (utilizam odores, um perfume, por 
exemplo.). Essas só constituem mensagens se veicularem, por vontade do destinador, uma ou várias 
informações dirigidas a um destinatário.
118
9
Referente: referência a um objeto ou a um contexto, a uma situação a 
que a mensagem se refere
O código é um sistema de normas e regras que, delimitando o uso 
de signos, organiza-os para que se tornem comuns aos grupos.É um 
conjunto organizado (sistema) de sons, signos, sinais ou símbolos, que 
se destina a representar e transmitir informações a alguém, permitindo, 
assim, a construção e a compreensão de mensagens A língua que 
falamos, por exemplo, é um código. É nesse código lingüístico que vamos 
buscar os signos (palavras e estruturas) com que nos comunicamos 
verbalmente. As cores e desenhos das placas de sinalização formam 
um código internacional, que diz o que é permitido ou proibido fazer no 
transito. E o braile, não seria outro exemplo? É claro, trata-se do código 
dos cegos. (...) Os códigos não somente verbais, como os idiomas, 
jargões pro ssionais, as gírias dos adolescentes. Há também códigos 
visuais (como o trânsito), códigos cinéticos (de movimentos, como a 
dança), sonoros (música, sinais de trânsito. 
(SENAC, DN. Comunicação verbal e não verbal. Lenira Alcure; Maria N.S. 
Ferraz; Rosane Carneiro. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 1996, p. 19) 
Assim, quando você constrói um texto, considerado como 
qualquer material organizado que veicula sentidos (portanto, 
verbal, não verbal ou misto), precisa ter em mente que escreve 
com uma determinada finalidade para alguém ler. Nesse caso, 
quem escreve a mensagem (o texto) é o emissor (você) e a 
quem a mensagem é direcionada é o receptor (o professor, por 
exemplo). O elemento que conduz o discurso ou a mensagem 
é o canal (nesse caso, o papel). Essa mensagem pode expor 
um fato, falar sobre um objeto ou uma situação, expor juízos 
ou raciocínios sobre algo, ou seja, possui um referente. Por 
fim, a língua que você usa (a língua portuguesa, por exemplo) 
constitui o código. 
Fique atento!
Pelo que você viu até aqui, foi possível notar que o ato de se comunicar 
é um ato social e, como tal, as diversas manifestações cotidianas e 
culturais são realizadas por meio da interação pela linguagem. Sendo 
assim, o conhecimento dos elementos da comunicação assegura a 
e cácia da mensagem. Isso porque você, ao emitir a sua mensagem 
e posicionar-se por meio dela, tem uma intenção e pretende agir, 
provocar efeito sobre o outro. Assim, escolherá um assunto, um 
código e suas possíveis combinações e o meio pelo qual ela chegará 
ao interlocutor para provocar os efeitos desejados.
1.7 Problemas gerais da 
comunicação
 Leia o delicioso texto seguinte:
COMUNICAÇÃO
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber 
comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para 
comprar um... um... como é mesmo o nome?
- Posso ajudá-lo, cavalheiro?
- Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...
- Pois não?
- Um... como é mesmo o nome?
- Sim?
- Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por 
completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.
- Sim, senhor.
- Olha, é pontuda, certo?
- O quê, cavalheiro?
- Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem 
assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem 
uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que 
esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que 
se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, 
de sorte que o, a, o negócio, entende, ca fechado. É isso. Uma coisa 
pontuda que fecha. Entende?
- Infelizmente, cavalheiro...
- Ora, você sabe do que eu estou falando.
- Estou me esforçando, mas...
- Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, 
certo?
- Se o senhor diz, cavalheiro.
- Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa 
ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei 
exatamente o que eu quero.
- Sim, senhor. Pontudo numa ponta.
- Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?
- Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la 
outra vez. Quem sabe o senhor desenha para nós?
- Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da 
chaminé. Sou uma negação em desenho.
- Sinto muito.
- Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem 
de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, 
por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O 
desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema 
com os números mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho 
que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil mental, como 
119
Leitura e Produção de Texto 10
você está pensando.
- Eu não estou pensando nada, cavalheiro.
- Chame o gerente.
- Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um 
acordo. Essa coisa que o senhor quer, é feita de quê?
- É de, sei lá. De metal.
- Muito bem. De metal. Ela se move?
- Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É 
assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.
- Tem mais de uma peça? Já vem montado?
- É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.
- Francamente...
- Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, 
vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.
- Ah, tem clique. É elétrico.
- Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.
- Já sei!
- Ótimo!
- O senhor quer uma antena externa de televisão.
- Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...
- Tentemos por outro lado. Para o que serve?
- Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. 
Você en a a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e 
prende as duas partes de uma coisa.
- Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais ou 
menos como um gigantesco al nete de segurança e ...
- Mas é isso! É isso! Um al nete de segurança!
- Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, 
cavalheiro!
- É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo 
o nome?
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comunicação, In: Amor brasileiro. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1977, p. 143-145)
Vamos conversar a respeito do texto lido?
Como você deve ter percebido, ambos os personagens 
estavam utilizando o mesmo código linguístico – a língua 
portuguesa. No entanto, não houve comunicação perfeita 
desde o início do diálogo. Por que isso ocorreu? Ora, pelo 
fato de o comprador ter se esquecido do nome do objeto 
que desejava comprar. O tipo de comunicação apresentada 
no texto foi a bilateral, já que, por ser dialógica, houve 
alternância de papéis entre emissor e receptor. Quanto 
ao canal de comunicação utilizado entre o comprador 
e o vendedor, observamos que, além da fala, o comprador 
utilizou-se de gestos para se fazer entender, ou seja, uniu a 
fala (linguagem oral) aos gestos (linguagem não verbal), num 
esforço de reforçar a suamensagem. Na situação comunicativa 
relatada no texto, ocorreu um ruído (que será estudado logo 
abaixo), devido ao comprador não ter sido claro ou eficiente 
e não ter conseguido transmitir o referente da mensagem 
– o alfinete de segurança, o elemento que permitiria aos 
falantes entenderem-se e, assim, obterem êxito no contexto 
de compra e venda.
A esta altura, você já deve ter se convencido de que a comunicação só se 
realiza quando todos os seus elementos funcionam apropriadamente, 
não é?
Sendo assim, se o receptor não capta ou não compreende 
a mensagem, como ocorreu no texto lido, a comunicação 
não se realiza. O fato de apenas receber a mensagem não 
implica, necessariamente, decodificá-la e compreendê-la: a 
comunicação só se realiza efetivamente se a mensagem tiver 
sido compreendida, decodificada, interpretada, traduzida em 
informações significativas. É útil dizer, também, que a atribuição 
de significados pelo interlocutor depende de sua competência 
de leitura e da relação com os seus conhecimentos prévios, 
sua ideologia, cultura, contextualização etc. O conhecimento 
do código utilizado, por sua vez, é também de fundamental 
importância para se estabelecer uma comunicação eficaz entre 
emissor e receptor, pois, caso contrário, a comunicação será 
apenas parcial ou nula.
Veja este exemplo apresentado por Andrade e Henriques 
(1999, p.21):
Uma classe em que os alunos têm por língua materna o português 
é convidada para assistir a uma conferência pronunciada em inglês. 
Ocorre que alguns alunos dominam perfeitamente o inglês, outros 
dominam relativamente e os restantes não conhecem essa língua. Os 
que dominam plenamente o inglês (código) compreenderão as palavras 
do conferencista; portanto, a comunicação será plena. Para aqueles 
que conhecem relativamente o código, a comunicação será parcial.
Os que não conhecem a língua, obviamente, não participarão do 
processo de comunicação. Por outro lado, se o referente daquela 
conferência em inglês for muito complexo, mesmo com os alunos 
que dominam perfeitamente o código não será possível estabelecer 
comunicação. Da mesma forma, se alunos de um curso de 
Administração fossem assistir a uma aula sobre um assunto especí co 
de Medicina, a comunicação não se realizaria, pois haveria “ruído” em 
relação ao referente, ao conteúdo ou assunto da comunicação.
Simples, não acha? Não basta que o código seja comum 
ao emissor e ao receptor para que se realize uma comunicação 
perfeita; por exemplo, dois brasileiros não possuem 
necessariamente a mesma riqueza de vocabulário, nem o mesmo 
domínio da sintaxe, nem o mesmo repertório. A interação por 
meio da linguagem só se realiza quando todos os seus elementos 
funcionam adequadamente. Só podemos 
dizer que houve comunicação quando 
conseguimos nos fazer entender, quando 
nossa mensagem fica clara ao receptor, 
chegando a ela sem ruídos.
Tenho certeza de que, agora, você 
já sabe o que significa ruído? É qualquer 
fator que perturbe, confunda ou interfira 
na qualidade da comunicação. 
A partir dessas explicações, você 
deve ter notado que o termo ruído, 
numa situação comunicativa, não tem 
a ver apenas com as perturbações de 
ordem sonora; refere-se, também, às 
interferências de ordem física (dificuldade 
visual, letra ilegível, mancha numa folha 
Pelo termo técnico 
ruído, designa-se 
tudo o que afeta, 
em graus diversos, 
a transmissão da 
mensagem: voz muito 
baixa ou encoberta 
pela música, falta de 
atenção do receptor, 
erros de codi cação, 
mancha numa tela, etc. 
O ruído pode provir: do 
canal de comunicação, 
do emissor ou do 
receptor, da mensagem 
(insu cientemente 
clara) ou do código (mal 
adaptado à mensagem). 
VANOYE, F. Usos da 
linguagem: problemas 
e técnicas na produção 
oral e escrita. 11 ed. 
São Paulo: Martins 
Fontes, 2002, p. 8)
120
11
etc), psicológica (estresse, falta de atenção, impaciência, aspereza 
etc.) ou cultural (diferenças de nível social, desconhecimento do 
código, erros ortográficos e gramaticais etc.) (BLIKSTEIN, 
2002).
Imagem extraída de: Gri , Beth. Português 1. São Paulo: Moderna, 1991.
Dificilmente a comunicação está isenta de ruídos, por 
isso, de acordo com Vanoye (2002), para combatê-los, pode-se 
utilizar o recurso da redundância. Considera-se redundante 
todo elemento da mensagem que não traz nenhuma informação 
nova, mas garante sua eficácia, uma vez que compensam as 
perdas de informações causadas pelos ruídos (observe que 
não estamos falando de pleonasmo vicioso, que é um vício da 
linguagem, como, por exemplo, o uso da expressão subir para 
cima, descer para baixo). Um exemplo de recurso da redundância 
da que estamos falando (repetição da informação) seria unir o 
gesto à palavra para reforçar as nossas mensagens. Também, 
“a repetição de um signo visual, como ocorre em estradas, 
onde uma placa indicativa de alerta aos motoristas é inserida 
várias vezes em intervalos pequenos para que, caso o motorista 
não tenha visto a primeira, perceba a segunda e decodifique a 
mensagem.
2 - A linguagem e suas funções
Você já observou que, quando organizamos os nossos discursos, 
escolhemos as palavras e expressões que nos interessam e as 
combinamos em vista de transmitir certo conteúdo, de acordo com o 
contexto e nossa intenção?
Nesse caso, consideramos as características sociais e 
psicológicas do receptor a fim de alcançarmos nossas finalidades 
e obtermos sucesso com nossos textos. Assim, a linguagem pode 
desempenhar diversos papéis, ou seja, nossos discursos podem 
ter diferentes finalidades, diferentes objetivos, diferentes funções.
Ora, não é difícil verificar isso quando observamos os 
textos a nossa volta. Por exemplo: qual o objetivo em uma 
propaganda comercial? É claro que é convencer o receptor 
a consumir determinado produto. E em uma declaração de 
amor? Expressar os sentimentos. E em uma notícia de jornal? 
Informar algo de maneira precisa e objetiva. E assim por 
diante... O que podemos concluir, então, é que uma poesia, 
uma propaganda, um verbete de dicionário, uma notícia de 
jornal, uma carta comercial, enfim, apresentarão características 
distintas, uma vez que possuem finalidades diferentes. A essas 
diferentes finalidades chamamos funções da linguagem.
Então, quais são as funções fundamentais da 
linguagem?
Vimos, anteriormente, os seis elementos que participam 
do processo de comunicação (emissor, receptor, mensagem, 
canal, código e referente). O linguista russo Roman Jakobson 
distinguiu seis funções da 
linguagem: referencial, 
emotiva, conativa, fática, 
poética e metalinguística, 
relacionando cada uma delas 
a um dos seis elementos 
básicos do processo 
comunicativo. Desta forma, 
em cada texto, dependendo 
de sua finalidade, vamos observar que se destaca um dos 
elementos da comunicação, e, por conseguinte, uma das 
funções da linguagem.
Roman Osipovich Jakobson 
(11/10/1896 – 18/07/1982) foi um 
pensador russo que se tornou num 
dos maiores lingüistas do século XX 
e pioneiro da análise estrutural da 
linguagem, poesia e arte. Foi chamado 
de “o poeta da lingüística” por 
Haroldo de Campos, sendo o criador 
das famosas funções de linguagem 
funções da linguagem.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia 
livre.
E então, caro(a) aluno(a), vamos estudar cada uma das seis funções da 
linguagem propostas por Roman Jakobson?
Tenho certeza de que você irá entender com facilidade. Vamos lá!
2.1 Função Referencial: predomínio 
da informação
Leia o seguinte texto:
“Pesquisa realizada pelo setor imobiliário da cidade de Dourados revela 
o expressivo aumento de obras na cidade, com diversos prédios novos 
ou em fase de acabamento. Esse crescimento repentino, segundo as 
imobiliárias, deve-se à procura de imóveis, apartamentos e kitnetes 
pelos estudantes de outros municípios que se instalam na cidade e, 
com isso, incrementam o ramo imobiliário”. (Adaptado do Jornal O 
Progresso)
Também chamada de Denotativa, Cognitiva ou 
Informativa, a função referencial apresenta uma orientação 
para o contexto,para o referente. O emissor a utiliza quando 
tem a intenção de apenas transmitir alguma informação sobre 
a realidade, passar alguma notícia, não permitindo mais de 
uma interpretação. Para isso, escolhe uma linguagem clara, 
objetiva, sem ambiguidades, sem ruídos de comunicação, 
sem comentários pessoais e juízos de valor. O uso da função 
referencial da linguagem é uma das dominantes no discurso 
científico, nos noticiários de rádio e televisão etc. Marca-se, 
linguisticamente, com o traço da 3ª pessoa do verbo, ou seja, 
de quem ou do que se fala. É o que acontece na notícia lida 
acima, cujo objetivo é informar aos leitores do jornal sobre 
o crescimento do setor imobiliário na cidade de Dourados, 
informação fornecida de maneira direta, precisa e denotativa 
e em terceira pessoa. O texto a seguir, com um conteúdo 
essencialmente informativo, é mais um exemplo dessa função:
121
Leitura e Produção de Texto 12
Cientistas acham que Marte já teve vida
LONDRES – Cientistas que acreditam ter havido vida em Marte 
disseram ser possível que haja pequenos organismos na superfície do 
planeta. “Quanto mais aprendemos sobre as condições extremas da 
Terra, mais achamos ser possível ter havido vida em Marte”, disse Paul 
Davies, da Universidade de Adelaide.
(O Estado de S. Paulo, 31 jan. 1996.)
Para que você entenda melhor a função referencial, que 
serve de base para todos os textos, é necessário distinguir 
o sentido denotativo do conotativo. Lembra-se de que 
quando tratamos de signos linguísticos dissemos que ele é 
uma unidade formada por um significante e um significado? 
Muito bem! Observe, então, o significante da palavra ferro nas 
frases seguintes.
a) o portãozinho do jardim é de ferro;
b) João tem uma vontade de ferro.
Certamente, você deve ter notado que, embora seja o 
mesmo significante, há uma diferença de significados. Na 
primeira frase, a palavra ferro tem o sentido literal, ou seja, 
aquele que corresponde à primeira significação atribuída 
à palavra nos dicionários de língua portuguesa (= metal). 
É o sentido denotativo ou referencial, o sentido próprio da 
palavra, ou ainda, o sentido comum, normal, usual, previsível 
da palavra, que não necessita de um contexto para ser 
interpretada como sendo um metal.
Na frase b, a palavra ferro apresenta sentido figurado ou 
conotativo, pois seu sentido não é tomado literalmente, mas é 
ampliado e modificado para obter um efeito particular, em 
um contexto específico de interlocução. Como se pode notar, 
houve alteração criativa e pessoal do significado cristalizado 
da palavra ferro, que passou a apresentar uma relação de 
sentido entre a firmeza, a rigidez da vontade de João e a do ferro, 
portanto, um sentido paralelo, associativo que só pode ser 
esclarecido pelo contexto.
Lembre-se de que o sentido conotativo não deve ser 
usado nos textos com função da linguagem referencial 
ou informativa, certo?
Perceba o sentido denotativo e conotativo nas frases 
abaixo:
a) o burro auxilia o homem;
b) que garoto burro! 
2.2 Função emotiva – Expressão 
centrada no emissor
Observe os dois textos a seguir:
“Felizmente aprendi a ser empreendedor. Foi um trabalho muito árduo: 
suei, sofri, chorei, mas consegui e, hoje, sou feliz. Transformo minhas idéias 
em negócios lucrativos para minha empresa e não tenho mais medo de 
inovar. Não temo os desa os, pois tenho coragem de lutar para alcançar 
meus objetivos.”
“Não havia motivo para prolongar a vida daquele feto... E, então, z o 
aborto com autorização judicial. Oh! Fiquei arrasada e senti uma tristeza 
tão profunda que me levou à depressão. O que quero, agora, é voltar a 
ver os pássaros voando e não mais chorar.”
A função emotiva, também chamada expressiva está 
centrada no próprio emissor e tem como objetivo manifestar as 
emoções, estado de espírito, sentimentos e opiniões de quem 
fala. É isso o que ocorre nos textos acima. A função emotiva 
caracteriza-se pelo uso da primeira pessoa do discurso (expressa 
pela desinência do verbo, pelos pronomes), das interjeições, 
dos sinais de pontuação, tais como exclamação e reticências, 
dos adjetivos que mostram o ponto de vista do emissor, de 
alguns advérbios. Esta função “implica, sempre, uma marca 
subjetiva de quem fala, no modo como fala” (CHALHUB, 
1990, p.18). Por meio da linguagem, o falante posiciona-se em 
relação ao tema de que está tratando, manifesta o seu estado 
de alma, as suas emoções, os seus afetos, seus sentimentos 
e impressões a respeito de um assunto ou pessoa: solidão, 
medo, triunfo, alegria, dor, ódio, susto, amor etc. A função 
emotiva revela, portanto, o estado emocional do falante 
perante o objeto de comunicação, ou seja, há indícios naquilo 
que se fala que expressam o seu mundo íntimo e emocional. 
Os depoimentos, as entrevistas, os livros autobiográficos, de 
memórias, de poesias líricas, bilhetes e cartas de amor, canções 
sentimentais etc. são mensagens caracterizadas pela função 
emotiva ou expressiva.
ATENÇÃO!
Vários autores destacam que textos aparentemente referenciais, que não 
apresentam características da função emotiva, como artigos críticos, relatórios, 
editoriais de jornais e revistas, podem ser caracterizados pela função emotiva, 
ao lado da função informativa do texto. Isso devido à clara posição do emissor 
perante o que escreve, devido às marcas deixadas no texto, como a escolha das 
palavras, por exemplo. 
2.3 - Função conativa – Persuadir o 
receptor
Observe estes textos:
“COMPRE AQUI E CONCORRA A ESTE LINDO CARRO.”
“NA HORA DE CONSTRUIR, CONTE COM A FW. SÓ ELA TEM O QUE 
VOCÊ QUER NO MOMENTO EM QUE VOCÊ PRECISA.”
Quando a mensagem está orientada para 
o destinatário (receptor), como ocorre nos 
textos acima, trata-se aí da função conativa. 
A função conativa é também chamada de 
apelativa. Visa a influenciar o comportamento 
do interlocutor, atuando sobre o seu 
modo de agir ou de pensar, seduzindo-o, convencendo-o ou 
persuadindo-o. Marca-se, gramaticalmente, pela presença de 
formas verbais no imperativo (compre, concorra), do vocativo 
Esta palavra 
tem sua origem 
no termo 
conatum, que 
signi ca “tentar 
in uenciar 
alguém através de 
um esforço”
122
13
(termo que serve para invocar, chamar um ouvinte) e pela 
presença da segunda pessoa (você). 
A função conativa é predominante nos textos injuntivos 
ou instrucionais (injuntivo é sinônimo de “obrigatório”, 
“imperativo”): linguagem publicitária (propaganda), textos 
argumentativos, discursos religiosos e políticos, horóscopos, 
livros de autoajuda, receitas culinárias (modo de fazer), discursivos 
persuasivos - aqueles que impõem, que esperam determinados 
comportamentos do receptor.
2.4 Função fática - O estabelecimento 
do contato
Observe casos da função fática:
1) Comunicação telefônica...
-Como vai?
-Tudo bem!
-Claro, sem dúvida...
-Sabe... hum!..., hum!, tá me entendendo?
-Claro! É isso aí.
-Alô, está me ouvindo?
-Ahn?
-Tá me ouvindo?
-Pouco.
-Ligo depois, tchau.
2) Conversa sobre o tempo, dentro de um elevador ou quando 
não se tem o que dizer...
-Puxa como está frio, não é?
-É sim, mas talvez faça calor.
-É, é bem possível.
-Isto se não chover.
Quando a mensagem tem em vista simplesmente manter 
o contato físico ou psicológico entre o emissor e o receptor 
ou estabelecer a comunicação, como você acaba de verificar, 
a função será fática. A finalidade dessa função é verificar 
as condições de comunicabilidade, isto é, testar o canal, 
prolongar, interromper ou reafirmar a comunicação, não para 
informar, mas para assegurar a transmissão da mensagem, 
para certificar-se de que a comunicação está sendo realizada de 
forma satisfatória. São características dessa função: repetições 
ritualizadas, balbucios, gagueiras, cacoetes de comunicação, 
fórmulas vazias, convenções sociais, fórmulas habituais de 
saudação ou de despedida. Quando queremos nos aproximar 
de nosso interlocutor, pronunciamos frases do tipo: “Olá, como 
vai?”, “Bom dia!”. Ao dizer “como vai?”, não esperamos respostas 
e informações detalhadassobre sua saúde, seu trabalho etc. 
E mesmo o “tudo bem”, que poderia ser a resposta ouvida, 
não significa que vá tudo bem na vida de nosso interlocutor. 
Também, certos tiques linguísticos como “entende?”, “tá?”, 
“certo?” etc. são conectivos que reforçam a mensagem, “são 
conectores entre uma expressão e outra e dão a ilusão de 
que emissor e receptor comunicam-se. Na verdade, o gesto 
afirmativo que reenvia a mensagem recebida, a repetição 
redundante dessas expressões, mantém os interlocutores 
falantes em contato, sem produzir respostas a essas perguntas, 
fixando-os na sintonia do canal.” (CHALHUB, 1990, p.29). 
É apenas uma verificação: o interlocutor continua ouvindo? 
Está prestando atenção?
“Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades 
concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos 
desejos e necessidades dos consumidores” (SEBRAE, 2012).
A função metalinguística ocorre quando o discurso 
focaliza o próprio código utilizado, ou seja, o código faz 
referência ou é usado para explicar o próprio código. A 
linguagem fala sobre a própria linguagem, procura falar 
do próprio código ou verificar se ele é comum ao emissor 
e ao receptor. Quando fazemos questionamentos sobre o 
significado das palavras e dos termos utilizados (“o que é que 
você quer dizer com isso?...”, “que é que significa isso?”), quando 
damos explicações sobre algo dito ou escrito (“Quero dizer com 
essa palavra...”, “Isto é...”, “ou seja”). A função metalinguística 
tem a finalidade de explicar, definir, ensinar, como no diálogo 
a seguir:
“ESSAS SÃO AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM. COMPREENDERAM? VOCÊS 
CONCORDAM COMIGO?” POSSO CONTINUAR, NÃO É? HUM, HUM! 
(OBSERVE QUE HÁ USO DA FUNÇÃO FÁTICA AQUI.)
2.5 Função Metalinguística -o código 
em questão
Acompanhe o texto abaixo:
“- Hoje em dia, fala-se muito em turismo sexual. O que isso 
signi ca?
- Turismo sexual é uma atividade ilegal que consiste em trazer turistas, 
geralmente estrangeiros, oferecendo-lhes relações sexuais com 
mulheres e até mesmo adolescentes e crianças da região visitada.”
123
Leitura e Produção de Texto 14
Observe que o emissor pergunta sobre o significado 
de um signo desconhecido para ele - turismo sexual. O 
receptor, por sua vez, “traduz” esse signo em outros signos 
mais conhecidos. Assim, a explicação dada na resposta é 
metalinguística. O melhor exemplo dessa função são os 
dicionários, já que os verbetes apresentam os significados das 
palavras, com explicações detalhadas. Além dos dicionários, 
as definições de palavras cruzadas, os textos didáticos 
(definições e explicações de termos), as enciclopédias, as 
gramáticas e mesmo esta nossa apostila são metalinguísticos 
por excelência: usam palavras para explicar o significado de 
outras. Dizemos que há metalinguagem quando se utiliza um 
código para se falar dele próprio. Assim, um filme que discorre 
sobre o próprio cinema, uma peça de teatro que tem por tema 
o teatro ou uma poesia que fala sobre o fazer poético, uma 
legenda (explicação que acompanha foto ou ilustração: um 
código verbal traduzindo outro) são exemplos de utilização 
da metalinguagem.
Você já estudou cinco funções da linguagem; agora, falta apenas a 
função poética. Tome fôlego! Vamos lá! 
2.6 Função Poética – o arranjo 
especial de palavras
Observe os textos abaixo:
Texto 1 
“Faz frio nos meus olhos...
o relógio da central 
pulsa em meu peito
marcando a jornada de 
operários no inferno das 
marmitas.” 
(Sidnei Cruz) 
Texto 2 
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes 
veladas,
Vagam nos velhos vórtices 
vorazes
Dos ventos, vivas, vãs, 
vulcanizadas...
(...)
(Cruz e Souza)
Você percebeu que, nos textos acima, o significante 
(forma de expressão) é trabalhado na sonoridade, no ritmo 
poético, na construção de imagens expressivas, na disposição 
gráfica das palavras no papel, na repetição, na utilização das 
figuras de linguagem? Claro que sim, não é? Então, não 
é difícil visualizar que a função poética é aquela em que a 
mensagem se volta para si mesma (para a própria mensagem), 
quer na seleção e combinação de palavras, quer na estrutura 
da mensagem. Na função poética, são ressaltados alguns 
aspectos do trabalho com a linguagem, evidenciando o lado 
palpável do signo. Ela é dominante na poesia, mas é muito 
frequente aparecer em outros tipos de texto como acessória, 
tais como: jogos de linguagem, propaganda, slogans, ditados 
e provérbios e em textos em prosa, desde que o autor busque 
a melhor estruturação possível da mensagem. A linguagem 
poética explora o sentido conotativo das palavras.
Veja, agora, um quadro-resumo dos seis fatores do 
processo de comunicação verbal com as funções da linguagem 
que lhes correspondem: 
Atenção!!!
Agora que você já conheceu as seis funções da linguagem, é 
extremamente importante que você preste atenção aos esclarecimentos 
a seguir.
2.7 Simultaneidade e Transitividade 
das Funções da Linguagem
Importante: um mesmo texto pode apresentar diversas funções, o 
que caracteriza a simultaneidade das funções da linguagem; há, no 
entanto, uma que se sobressai, ou seja, uma função predominante, 
a qual é identi cada pela hierarquia das funções. Assim, a noção de 
hierarquização (dentre as várias funções, haverá uma principal e outras 
secundárias) é importante para que você perceba a nalidade principal 
da mensagem, como o texto se constrói, quais as intenções de seu 
produtor e as várias nuanças de signi cação do texto.
Lembre-se: quando um texto apresenta simultaneidade das 
funções da linguagem, determine a nalidade da comunicação. 
Todo emissor, ao produzir um texto, tem em mente 
determinado objetivo ou intenção: informar, entreter, transmitir 
prazer, convencer, seduzir, vender, enganar, etc. Você, no papel 
de receptor, deve ser um leitor consciente e identi car as marcas que traduzem 
as intenções ou nalidades de quem o produziu.
Analisemos os textos a seguir para ver como isso ocorre:
(ANDRADE & HENRIQUES, 1999, p. 29)
Perceba que os textos publicitários acima utilizam a 
linguagem poética como um recurso estratégico para facilitar a 
memorização. Além disso, a função referencial também aparece 
nos textos, já que o ato de informar encontra-se subentendido 
em todas as mensagens. No entanto, a função conativa é a 
predominante no texto.
Outro exemplo: (anúncio de venda de imóvel)
GUARUJÁ!!
Jovem jornalista vende seu apartamento, ninho comprado com muito amor e 
carinho. Veja só: pertinho do mar, com dois dormitórios, dois banheiros, sala 
com terraço. Tem ainda boa cozinha, área de serviço, garagem. Mobiliado!! 
Prédio novinho! Com dor no coração vende por 9 milhões a vista. TRATAR no 
seguinte endereço: Av. D. Pedro I, 70 ou pelo telefone 22-5927. 
(ANDRADE & HENRIQUES, 1999, p. 28)
124
15
Esperto como você é, percebeu que a finalidade desse 
anúncio é vender o imóvel, certo? Assim, apresenta a função 
conativa da linguagem como principal. Para vender o imóvel, 
o anunciante passou informações a respeito dele, o que exigiu 
o uso da função referencial. Também, ele fez uso das funções 
emotiva e poética, pois demonstra seus sentimentos e utiliza 
a conotação (ninho) e a seleção de palavras. No entanto, se 
seu objetivo é influenciar o receptor a comprar o apartamento, 
predomina no anúncio a função conativa/apelativa.
Quanto à transitividade das funções da linguagem, 
de forma bem simples e objetiva, podemos dizer que ocorre 
quando outras funções da linguagem são empregadas no 
lugar da que deveria aparecer. Procure observar algumas 
propagandas e veja, por exemplo, que em vez de apresentarem 
a função conativa, utilizam a função referencial, como é o caso 
de propagandas de novos lançamentos de carros, que apenas 
descrevem o novo modelo. A linguagem informativa, na 
verdade, retrata o apelo subentendido ao consumidor. 
Percebeu a grande utilidade da identi cação das funções da linguagem 
para a análise e produçãode textos? Certamente você deve ter 
aprendido que, ao identi car qual elemento de comunicação a 
mensagem está centralizada, você capta a nalidade da mensagem, 
e, consequentemente, a principal função da linguagem, ou seja, você 
interpreta devidamente o texto.
Para concluir este estudo sobre as funções da linguagem, 
vale dizer que, na língua falada, é fundamental que se analise a 
língua em uso, pois a compreensão precisa ir além - não pode 
depender apenas de uma decodificação linear dos vocábulos 
utilizados no enunciado. Por exemplo: se alguém está em um 
ambiente fechado num dia de muito calor, pode se dirigir a 
outra pessoa, dizendo: "Ufa, que calor, hein!". Sua intenção, nessa 
situação, não é a de estabelecer um contato (função fática) ou 
de exprimir uma sensação apenas, mas a de pedir para que o 
outro abra a janela, ou ligue o ventilador, ou seja, pode ser um 
pedido indireto. Desse modo, a mensagem só será entendida se 
o interlocutor estiver ligado na situação, decodificando possíveis 
gestos e expressões faciais do falante. Pense, por exemplo, nos 
textos humorísticos ou nas piadas, os quais exigem inferências 
por parte do ouvinte, já que seu conteúdo deve ultrapassar o 
sentido literal - o âmbito da mera significação das palavras - 
para serem entendidos. (PEAD, 2012)
Retomando a aula
Chegamos ao m desta primeira aula. Se você entendeu 
tudo o que foi apresentado, não vai ter di culdade em 
resolver as atividades propostas. Se não entendeu 
algum tópico, leia novamente o conteúdo com bastante 
atenção. Não tenha pressa de passar à frente. Siga devagar e sempre! 
Agora, vamos recapitular alguns conceitos básicos desta aula?
1 - Linguagem e os processos de comunicação
Na Seção 1, foi possível entender que, para exercer atos de 
comunicação, dispomos de várias linguagens. Quando usamos 
as palavras da língua portuguesa, tanto na forma oral como 
na forma escrita, usamos a linguagem verbal. Ao usarmos 
outros signos diferentes da palavra (desenhos, sons, gestos 
etc.), dizemos, então, que estamos usando a linguagem não 
verbal. Também, simultaneamente, as linguagens verbal e não 
verbal podem ser utilizadas, trata-se aí da linguagem mista.
Vimos, também, que, em todo o tipo de comunicação, 
verbal ou não verbal, o elemento utilizado para representar 
o objeto referente da mensagem é chamado signo, que é 
“a menor unidade dotada de sentido num código dado”. 
(VANOYE, 2002, p. 21). Um signo linguístico é um elemento 
representativo que apresenta dois aspectos que se unem: um 
significante e um significado.
Ainda, aprendemos que os seis elementos que integram 
o processo de comunicação são: emissor, receptor, código, 
canal, mensagem e referente. Refletir sobre eles assegura 
a eficácia da mensagem, pois a comunicação só se realiza 
quando todos os seus elementos funcionam apropriadamente, 
quando não há ruídos.
2 - A Linguagem e suas Funções
- Prosseguindo, na Seção 2, observamos que, em cada 
texto, dependendo de sua finalidade, destaca-se um dos 
elementos da comunicação e, por conseguinte, uma das 
funções da linguagem: referencial, emotiva, conativa, 
fática, poética e metalinguística. Estudamos que em um 
mesmo texto pode haver simultaneidade das funções da 
linguagem e, para que saibamos qual é a principal, precisamos 
determinar a finalidade/o objetivo da comunicação. Também 
destacamos que o estudo das seis funções da linguagem deve 
estar relacionado aos constituintes da situação comunicativa, 
aos contextos reais de interação.
BLIKSTEIN, I. Técnicas de Comunicação Escrita. 20 ed. 
São Paulo: Ática, 2002.
CHALHUB, S. Funções da linguagem. 4 ed. São Paulo: 
Ática, 1990. 
PLATÃO, S. F. & FIORIN, J. L. Para entender o texto: 
leitura e redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2002.
VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na 
produção oral e escrita. 11 ed. São Paulo: Martins Fontes, 
2002.
www.geocities.com/Athens/Atlantis/4403/comunica.htm
www.gargantadaserpente.com/linguagem/index.shtml - 
17k -
www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm
www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/lingua-e-
linguagem-3201224.html
http://pt.scribd.com/doc/3671916/Portugues-
PreVestibular-Impacto-Linguagem-Verbal-e-Nao-Verbal
http://acd.ufrj.br/~pead/tema01/lingfuncoes.html
Vale a pena
Vale a pena ler
Vale a pena acessar
125
Leitura e Produção de Texto 16
• YOU TUBE. Linguagem e comunicação. Disponível 
em: http://www.youtube.com/watch?v=CdpVNTUeB_U 
Acesso em 25 abr. 2012.
• YOU TUBE. Linguagem. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=dkpXyH6UVy8&feature=related> Acesso 
em 25 abr. 2012.
• YOU TUBE. Linguagem verbal e não verbal. Disponível 
em: <http://www.youtube.com/watch?v=1R8oj5UkaSk> 
Acesso em 25 abr. 2012.
• YOU TUBE. Processo de comunicação. Disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ> 
Acesso em 25 abr. 2012.
• YOU TUBE. Funções da linguagem. Disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=mzq1ax8ZIbI> 
Acesso em 25 abr. 2012.
Vale a pena assistir
Atividades da Aula
As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na 
ferramenta “Sala Virtual – Atividades”. Após terem lido atentamente 
os assuntos aqui abordados, respondam e enviem essas atividades 
por meio do Portfólio - ferramenta do ambiente de aprendizagem 
UNIGRAN Virtual.
OBS.: Não esqueçam! Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas 
“fórum” ou “quadro de avisos” para se comunicar com a professora.
Minhas anotações
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