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Sistema romano-germânico

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
VICTOR RABELO GOMES DE SANTANA
SISTEMA ROMANO-GERMÂNICO
RECIFE
2020
VICTOR RABELO GOMES DE SANTANA
SISTEMA ROMANO-GERMÂNICO
Atividade de História do Direito do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco para obtenção da nota do 1° Graus de Qualificação (GQ).
Orientador: Christiano Souza e Silva
RECIFE
2020
SUMÁRIO
Relação entre O Império Romano do Ocidente e Os Povos Germânicos	3
Surgimento do Sistema Romano-Germânico 	3
Características e Influências do Sistema Romano-Germânico	4
BIBLIOGRAFIA	5
1. Relação entre O Império Romano do Ocidente e Os Povos Germânicos
O Império Romano do Ocidente teve como uma das principais causas de sua queda as invasões bárbaras protagonizadas pelos povos a nordeste da Península Itálica. As fronteiras do Império Romano tinham como limite os rios Danúbio e Reno, os povos e tribos que habitavam para além desses rios eram considerados pelos romanos como germanos. O processo de entrada dos povos germânicos no Império Romano ocorreu, inicialmente, de forma gradual. 
Desde a época de César que os romanos tinham conhecimento da existência desses povos. Eles eram organizados em clãs, desconheciam uma instituição estatal como a romana, suas leis eram baseadas na tradição, sendo transmitidas oralmente, e não de forma escrita; além de se dedicarem ao pastoreio e à agricultura. Eram povos guerreiros, o que garantiu a eles a fama de serem violentos e cruéis, apesar dos romanos utilizarem dos mesmos expedientes contra os povos que dominavam. 
Os primeiros conflitos dos germânicos com os romanos ocorreram no ano 113 a.C., com derrotas para os romanos. Pouco depois, o general Mário mudou o exército e conseguiu algumas importantes vitórias sobre os germanos. Devido a essas diversas batalhas, onde a posse das terras variava entre os germânicos e os romanos, ocorreu uma miscigenação entre esses dois povos, visto que muitos germânicos se tornaram colonos e alguns ainda conseguiram entrar no exército do Império Romano, conseguindo altos cargos. 
Até então, a invasão germânica era de forma lenta, adquirindo terras, tornando-se colonos e se misturando com o povo romano, porém, a partir do século IV, as invasões dos povos bárbaros no Império Romano intensificaram-se. Em 476, o líder dos hérulos, Odoacro, comandou a invasão e o saque de Roma, destronando o último imperador romano Rômulo Augusto. Odoacro enviou as insígnias imperiais à capital do Império Romano do Oriente, Constantinopla, decretando o fim do Império do Ocidente.
2. Surgimento do Sistema Romano-Germânico
O surgimento do sistema romano-germânico ou romanista, como preferem alguns autores, tem íntima vinculação com o próprio desenvolvimento da ciência do direito no século XII. Àquele tempo, os estudiosos, a par dos inúmeros sistemas jurídicos existentes no continente europeu, lastreados principalmente no corpus juris civilis, elaboraram uma ciência do direito que, apesar de não deixar de ter influência das ideias da época, era muito mais próxima do direito romano, dando origem a um direito erudito: escrito, comum a todos os mestres e que compreendia inúmeras instituições. 
A aplicação deste novo direito variou de país para país, sendo mais acentuada na Itália, na Espanha, na Alemanha, em Portugal, na Bélgica e na Holanda. Na maior parte da França, entretanto, só foi admitido como razão escrita.
Aliás, diferentemente da Alemanha, em que foi recebido em larga escala, na França, havia um equilíbrio entre os juízes, que uniformizavam os costumes por meio das decisões, os professores, que ensinavam o direito romano e os reis, que inicialmente desempenhavam a função de legisladores. Esta situação só foi modificada em 1789, com a eclosão da Revolução Francesa, na qual “leis e códigos foram colocados em absoluto primeiro lugar”.
Assim, como se percebe mais claramente da França, embora igualmente aplicável aos demais países influenciados pelo direito romano, a preponderância da lei como fonte de direito impôs-se não tanto pelo renascimento desse, mas precipuamente em razão do desenvolvimento do poder dos soberanos, pois, “a noção de soberania, que se desenvolve nos séculos XII e XIV, reconhece-lhes o poder de impor regras de direitos aos seus súditos, porque assim lhes agrada e o rei é a fonte de toda a justiça. (SILVA, JOSÉ LEONARDO. A crescente força da jurisprudência no sistema romano-germânico. 2010. 86 f.)
3. Características e Influências do Sistema Romano-Germânico
Esse sistema se irradia da Europa continental, seu grande centro propulsor, para atingir os mais diversos confins. Fala-se do surgimento de um "sistema" romano a partir do século XIII, pois antes dessa época o direito feudal era assistemático. O surgimento do sistema está ligado ao próprio Renascimento, que se manifesta em todos os planos. Nessa época, abandona-se a ideia de que a ordem só pode ser garantida dentro do ideal cristão de caridade. A própria Igreja passa a aceitar essa ideia. Tal noção desenvolve-se no decorrer dos séculos XII e XIII, desvinculada, porém, de qualquer poder político. (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: - Parte Geral -. 4a Edição. ed. São Paulo: EDITORA ATLAS S.A., 2004. 662 p. v. 1.)
O sistema Romano-Germânico é conhecido como Civil Law. Civil Law é um dos tipos de sistemas jurídicos. Tal sistema é adotado pelo Brasil e sua principal caraterística é a utilização pelo ordenamento jurídico de normas escritas, publicadas e documentadas em diplomas próprios. Em razão da adoção do sistema Civil Law, todo o Direito no Brasil é codificado, isso quer dizer que, cada assunto tratado recebe um código que o disciplina e prevê possíveis formas de reparação em caso de descumprimento de uma norma. 
As principais características do sistema Civil Law são: Codificação das leis e da Constituição Federal que visa proteger os indivíduos; A separação entre os poderes garantindo, dessa forma, maior independência da justiça; Direito escrito e proveniente das leis e regulamentos; Formulações de regras jurídicas gerais; a generalidade das normas jurídicas, que são aplicadas pelos juízes aos casos concretos, assim se diferencia do sistema jurídico anglo-saxão (Common law), que infere normas gerais a partir de decisões judiciais proferidas a respeito de casos individuais. 
 Baseando-nos no Sistema Romano-Germânico, obtivermos como herança a Constituição Federal, Códigos, Estatutos, Leis Ordinárias, Decretos, Portarias, Estatutos de Condomínio e muitos outros institutos jurídicos.
BIBLIOGRAFIA
SILVA, JOSÉ LEONARDO. A crescente força da jurisprudência no sistema romano-germânico. Orientador: Mac-Donald, Norberto da Costa Caruso. 2010. 86 f. Trabalho de conclusão de graduação (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Direito. Curso de Ciências Jurídicas e Sociais, Porto Alegre, 2010. DOI 000749569. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/24831. Acesso em: 6 abr. 2020.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: - Parte Geral -. 4a Edição. ed. São Paulo: EDITORA ATLAS S.A., 2004. 662 p. v. 1. Disponível em: https://integradodireito.webnode.com.br/_files/200000005-1de5f1edfe/VENOSA%2C%20S%C3%ADlvio%20Salvo%20de.%20Direito%20Civil%2C%20Parte%20Geral%2C%20Vol.%201%2C%202004.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020.
PANTOJA, Othon. O que é o common law: as diferenças e semelhanças com o civil law. [S. l.]: Aurum, 10 set. 2019. Disponível em: https://www.aurum.com.br/blog/common-law/. Acesso em: 6 abr. 2020.
PINTO, Tales dos Santos. As invasões bárbaras e a queda de Roma. [S. l.]: Mundo educação. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/invasoes-barbaras.htm. Acesso em: 6 abr. 2020.

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