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Comportamento Suicida Prevalencia Conceito Fatores de Risco e Protecao E Suicidio Validacao e Prevencao

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14/09/2017
Comportamento Suicida 
Prevalência, Conceito, Fatores de Risco e Proteção
Psicóloga Maria Fernanda Monteiro
CRP 08/22017
“[...] retirada delibera, consciente e proposital da própria vida”
(Hayes, Strosahl e Wilson, 1999)
· Fenômeno complexo.
· Difícil prevenção e controle.
· Fatores psicológicos, biológicos, culturais e socioambientais.
· Sentimento de culpa e dor.
· Comportamento suicida.
No Mundo
· Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio.
· Um suicídio a 40 segundos e uma tentativa a cada 3 segundos.
· Estimativa de aumento por 50% na incidência de mortes por suicídio até 2020.
Organização Mundial da Saúde (2014)
No Brasil
· É o oitavo no mundo em números absoluto de ocorrências.
· Cerca de dez mil suicídios por ano.
· Frequência entre jovens aumentou nos últimos 25 anos.
Conselho Federal de Medicina (2014)
Cobertura da Mídia
· O DIA- Ipea: Crise econômica, desemprego e preconceito aumentam o risco de suicídio.
· GAZ- Cultura local pode estar relacionada a índices de suicídio.
· EQUILÍBRIO E SAÚDE- Taxa de suicídio entre jovens cresce 30% em 25 anos no Brasil.
· BRASIL- Crescimento constante: taxa de suicídio entre jovens sobe 10% desde 2002.
· ESTADÃO- Mais de 90% dos suicídios são evitáveis, garante, psiquiatras. Setembro Amarelo tem nova campanha de prevenção com foco no tratamento de transtornos mentais.
AVALIANDO OS RISCOS
Fatores de Risco
· Tentativa prévia de suicídio.
· Transtornos mentais.
· Desamparo.
· Idade.
· Gênero.
· Outras doenças.
· Eventos traumáticos.
· Fatores sociais.
Conselho Federal de Medicina (2014)
Três Níveis de Risco
Baixo:
· Pensamentos suicidas sem planejamento.
Médio:
· Pensamentos e planejamento, mas não pretende cometer suicídio imediatamente.
Alto:
· A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo e planeja fazê-lo prontamente:
· Tentou o suicídio recentemente e apresenta rigidez quanto a uma nova tentativa.
· Tentou várias vezes em um curto espaço de tempo.
Banato (2010): Conselho Federal de Medicina (2014)
Fatores de Proteção
· Apoio da família, amigos e outros relacionamentos significativos.
· Crenças religiosas, culturais e étnicas.
· Envolvimento na comunidade.
· Integração social no trabalho e lazer.
· Acesso a serviços e cuidados de saúde mental.
Organização Mundial da Saúde (2016)
Mitos
· “É uma forma de chamar a atenção. ”
· “É impulsivo e sempre acontece sem aviso. ”
· “Se tentou, é porque realmente quer morrer. ”
· “Se já está se sentindo melhor, está fora de perigo. ” 
· “Alguém com propensão ao suicídio está determinado a morrer. ”
· “É hereditário. ”
· “Falar sobre isso é encorajar as pessoas. ”
· “Só acontece com outros tipos de pessoas. ”
· “Crianças e idosos estão fora de perigo. ”
· “Pessoas que pensam em suicídio não trabalham, nem têm o que fazer. ”
· “Suicídio é um ato de covardia, egoísmo ou falta de religião. ”
Um Fenômeno Complexo
Assim como cada indivíduo tem uma história de vida única, em casos de suicídios, diversos fatores podem influenciar:
· Biológicos.
· Individuais.
· Sociais.
A Importância da Empatia
Suicídio: Validação e Prevenção
Psicóloga Marcela Robeta J. Zacarin
CRP 0823523
Suicídio: Condições na História Pessoal e nos Dias Atuais
· Ambiente Familiar Invalidante
Nos conhecemos a partir do outro (Skinner, 1953). Se esse outro invalida nossos sentimentos, nosso conhecimento em relação a sentimentos e pensamentos, ou seja, nosso “eu”, ficará comprometido (Kohlenberg & Tsai, 1991).
· Sentimento extremo de vazio e raiva 
· Busca por contato social
· Fuga de relacionamentos
· Dificuldade de identificar e expressar emoções
· Invalidação produz a sensação de que tudo o que a pessoa faz é errado ou não tem valor “Nada está bom”. Consequência: adultos inseguros. Precisam sempre de validação externa para as coisas que fazem.
· INSEGURANÇA
· Esquiva de sentimentos considerados “fracos”: raiva de si mesmo (Linehan, 1992).
· Desenvolvimento de reações emocionais extremas: agressividade contra outras pessoas e a si mesmo (Linehan, 1992).
· É preciso validar os sentimentos de crianças e adolescentes, pois para aquele indivíduo é algo relevante.
· Pais e cuidadores não devem condicionar sua atenção apenas a bom desempenho em tarefas.
· Pais e cuidadores não devem projetar nos filhos cuidados aquilo que não conseguiram realizar em suas vidas.
Contexto Pobre em Habilidades Sociais 
Contextos pobres em habilidades sociais são aqueles em que as pessoas não apresentam habilidades efetivas para expressão apropriada de sentimentos negativos e positivos, defesa dos próprios direitos, se comunicar, resolver problemas interpessoais, cooperar com o próximo e atuar profissionalmente (Del Prette & Del Prette, 1999).
Além de apresentar as habilidades, não apresentam condições para o desenvolvimento das mesmas.
O primeiro contexto para essa condição é a família, tendo em vista que uma das principais formas de aprendizagem de comportamento social se dá a partir de modelo parentais.
 Deve-se considerar também ambientais da família estendida e escola.
Dois modelos de padrões de comportamento podem estar relacionados a um contexto pobre de habilidades sociais:
· Modelo inassertivo/passivo
· Modelo agressivo
	Modelo Agressivo
	Modelo Inassertivo
	Agressões físicas e verbais
	Concorda com tudo
	Precisa ser do seu jeito
	Deixa de emitir desejo e opiniões
	Não tolera o diferente
	Não consegue dizer não
	Beneficia-se nas custas de outras pessoas
	Prejudica-se em função do outro
	Considera apenas a si mesmo
	Esquiva de conflitos
Padrões agressivos e inassertivos contribuem para problemas em situações de resolução de problemas, tomada de decisão, consideração dos direitos humanos e socialização de forma em geral.
Deve-se buscar uma postura assertiva para ser dada tanto quanto modelo, como também ser incentivada.
Uma pessoa assertiva: considera seus próprios desejos, sem prejudicar o próximo; assume a resolução de um problema de modo que os prejuízos para s partes sejam poucos; considera e respeita a individualidade do outro; procura dar feedbarks com tom e velocidade de voz adequado etc.
Coerção Incontrolável
Temos coerção incontrolável quando, independente do que a pessoa faz, ela é desconsiderada, xingada, reprovada, diminuída e desrespeitada. Esse é a principal condição para a depressão (Seligman, 1967).
Coerção Incontrolável- Família
· No caso da família, temos coerção incontrolável quando um dos membros da família, por exemplo, abusa de substancias (licitas ou ilícitas) e agude os demais sempre que estiver sob efeito de algo.
· Há também casos de abuso sexual feito por familiares próximos.
· Ambiente muito rígido quando a regras.
Coerção Incontrolável- Relacionamentos Amorosos
· Quando se trata de relacionamento amorosos, pode-se citar os relacionamentos abusivos.
· Tudo o que a pessoa faz é interpretado como ruim ou tentativa de traição.
· Ciúmes excessivo.
· Desmerecimento do outro.
Coerção Incontrolável- Trabalho
· Por necessitar de remuneração e, assim ter acesso a bens essenciais, muitas pessoas se submetem a conduções esdrúxulas de trabalho.
· Assédio moral, quantidade de trabalho, relações desgastantes, prazos incongruentes e remuneração insuficiente: stress crônicos e depressão.
· Redução de momentos de lazer e socialização.
Frustação em Mais de um Contexto
· O acumulo de frustações em diferentes áreas da vida pode ser fator chave para tentativas de suicídio.
· Nesses casos, a busca por psicoterapia é essencial.
Uso de Abuso de Substâncias
· Dependentes químicos com comorbidades (*) tendem a apresentar comportamento suicida frequente.
· Os efeitos da droga podem ser condição para o suicídio ocorrer.
· Crises de abstinência podem levar a tentativas de suicídio.
Psicopatologias
· Transtorno de humor
· Transtorno por uso de substancia
· Transtorno de personalidade
· Esquizofrenia
· Transtorno de ansiedade
· Sem diagnóstico
· Outros transtornos
Comportamentos de Risco
· Pessoas que consideram o suicídio normalmente dão alguns sinais observáveis.
· Dependendo do indivíduo, esse tipo de respostapode variar.
· Cuidado: mesmo que possa haver a função de chamar atenção, uma pessoa que apresenta tais sinais normalmente realiza uma tentativa de suicídio.
· Isolar-se.
· Pessoas que normalmente são comunicativas passam a falar muito menos.
· Pessoas retraídas passam a se demonstrar agitadas e começam a ciar problemas.
· Falta de expressão facial.
· Correr riscos desnecessários.
· Uso e abuso de substâncias.
· Agir de maneira imprópria (agressivo/passivo).
· Abandono de posses.
· “Estou acabado. ”
· “Não vale a pena viver. ”
· “Eu deveria estar morto. ”
· “Nada mais faz sentido. ”
· Pagamento de dívidas.
· Estoque de medicamentos.
· Aquisição de arma ou outro método letal.
· Recusa em receber ajuda.
· Sabotar psicólogos e psiquiatra.
O que Fazer?
· Primeiramente, é de suma importância que a pessoa busque atendimento psicológico e psiquiátrico de profissionais qualificados.
· Deixe claro para a pessoa que ela tem feito o seu melhor.
· Lembre-se uma pessoa que considera o suicídio tem sentimentos ambivalentes entre querer viver e querer morrer.
· Seja empático e não simpático.
· Ao traçar paralelos históricos, procure mostrar que a pessoa não é responsável pelo que se tornou, mas que pode mudar.
· Não force resultados imediatos.
· Tenha paciência.
“O suicídio é uma solução permanente para um problema temporário. ”
O que Não Fazer?
· Evitar “conselhos” baseados em achismos como: você deveria sair mais, buscar uma religião, fazer novas amizades.
· Evitar verbalizações do tipo: você não deveria pensar nisso, não deveria se sentir assim.
· Evitar apontar as coisas boas na vida dela com intuito de ridicularizar seu sofrimento (ex: olha para os filhos maravilhosos que você tem! Você é egoísta! ”)
· Evitar dar conselhos retirados de fontes duvidosas e sem evidências.
Lembre-se
· A afirmativa de: de psicólogo todo mundo tem um pouco é FALSA.
· Uma pessoa leiga pode ouvir e validar os sentimentos da pessoa, mas não intervir com base em “conselhos”. Psicólogo NÃO é conselheiro.
· Em casos de crise, busque alternativas para tirar a pessoa do ambiente de risco e incentive ela a buscar um contato de emergência ou seu psicólogo/psiquiatra.
· Validar sentimentos e ouvir a pessoa podem ser de muita ajuda, mas não substitui o papel de profissionais da saúde.
“Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É saber falar de si mesmo. É não ter medo dos próprios sentimentos. ”
Fernando Pessoa

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