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Mariologia: Estudo sobre Maria na fé cristã

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MARIOLOGIA
	A mariologia estuda o lugar de Maria no projeto salvífico.
	O texto mais importante a esse respeito é o das bodas de caná (Jo, 2,1).
No Antigo Testamento não há referências diretas e expressas à Maria.
Depois que ela se torna conhecida, o sentido das escrituras no Antigo Testamento é ampliado, interpretando-se como referências a Maria. Ex.: "mulher que esmaga a cabeça da serpente” (Gn 3,15). Maria é a mulher que esmaga a cabeça da serpente; seu descendente (Jesus) “esmaga a cabeça”. Trata-se de uma profecia sobre Maria.
Is 7,10-14 – “A jovem dará à luz um filho, Emanuel”. Mateus interpreta a jovem como Maria e o filho como Jesus (Mt 1,22-23).
Mq 5,1-3 – Profecia de que Jesus (Messias) nascerá em Belém e Maria é a mãe que dá à luz.
Ct 6,10 – Maria é vista como a esposa e mãe da Igreja. É temida pelo mal, porque traz Jesus em seu ventre.
Jd 13,18 – “Bendita és tu entre as mulheres”. A frase é repetida por Lucas.
No Novo Testamento, apenas 4 livros a nomeiam como santíssima virgem: Mateus, Marcos, Lucas e Atos. João não a trata pelo nome, apenas como “Mãe de Jesus” ou “sua mãe”.
Gl 4,4 – Jesus nascido de uma mulher. O texto foi escrito entre os anos 49 e 58.
Datas aproximadas dos textos em que Maria é citada:
- Gálatas: anos 49 ou 53-58;
- Marcos: ano 64;
- Mateus: anos 70 a 80;
- Lucas e atos: anos 70;
- João e Apocalipse: anos 90 a 100.
Maria é sempre retratada como mãe de Jesus, para explicar que este era mesmo humano e nasceu de uma mulher. Mais tarde, ela é entendida como mãe da igreja que surge.
Maria nos Evangelhos
LER APOSTILA – p. 12-15 (Maria nos Evangelhos).
Mc 3,31-35: A salvação é para todos os que seguem a Deus, não apenas para a linhagem de sangue dos judeus. Maria também pertence a essa nova família.
A “casa” representa as primeiras comunidades cristãs. Quem está “fora da casa”, não integra as comunidades cristãs. 
Mc 6,1-6: Os “parentes” representam aqueles que são muito ligados à lei dos judeus. Eles têm pouca fé em Jesus.
Mc 15,40: Maria Madalena; outra Maria, mãe de Tiago, José e Salomé. Esses eram os “irmãos”, porque vinham da mesma “casa”, mesma “tribo”, mesma “origem”.
Mateus não traz detalhes sobre a infância de Jesus. O nascimento é retratado sob a ótica de José, pois Mateus escreve para os judeus, uma sociedade patriarcal.
Em Mateus, Jesus faz o caminho do seu povo. Vai para o Egito e volta. Os reis magos simbolizam o reconhecimento de Jesus por todos os povos; mas os judeus não o reconheceram.
Mateus retoma toda a história do povo judeu para justificar a concepção virginal de Jesus. É citada a genealogia de Jesus. José era descendente de Davi.
Mt 12,46-50: “Minha mãe e meus irmãos”.
Em Lucas, Maria aparece com maior profusão, sob uma perspectiva bastante espiritual. O anjo aparece a ela e não a José.
Em João, aparece nas Bodas de Caná e no Calvário, o começo e o fim, subentendendo que está em toda a vida de Jesus.
“Fazei tudo o que Ele mandar” – orientação para toda a humanidade.
Maria aparece pouco na Bíblia, mas é muito importante.
Maria nos dogmas
Dogmas são verdades de fé, não científicas. Podem e devem ser sempre reinterpretados, mas não contestados ou revogados. São fundados no tripé “palavra, tradição e magistério”.
Dogmas centrais: Mãe de Deus e Virgindade.
Dogmas periféricos (mas não menos importantes): Imaculada Conceição e Ascenção.
Os dogmas são debatidos e instituídos em Concílios.
São instituídos para responder questões de fé, como quem é Deus para nós e quem é Jesus.
Os dogmas são muito valorizados após a Reforma, como base da teologia e do catecismo.
Dogma de “Theotókos” – maternidade divina de Maria
No Concílio de Éfeso (431) é definido que Jesus era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.
Em consequência, Maria é Mãe do homem de Nazaré e do Filho de Deus encarnado. Não é mãe apenas do corpo. Corpo e alma são indivisíveis, por isso Jesus ressuscitou o seu corpo, não apenas sua alma.
Não podemos, no entanto, entender Maria como deusa.
A fecundação é uma ação divina; Maria apenas aceitou gerar Jesus. Maria não tem poder de criar, por isso não é deusa.
Maria é criatura de Deus Pai e mãe de Deus Filho encarnado. Mas Deus, Pai e Filho, sempre existiram, antes de todos os séculos. Deus se fez homem para que o homem possa ter acesso ao divino, ao céu. 
ESTUDAR OUTROS DOGMAS NA APOSTILA
Aparições da Virgem Maria
A revelação de Deus começou em Abraão e terminou plenamente em Jesus Cristo. Toda a revelação foi dada por Ele.
As aparições de Maria contribuem para a interpretação dessa revelação, que ainda não é plenamente conhecida.
Visão: a experiência do ponto de vista humano (“vislumbrar”).
Aparição: a mesma experiência, compreendida a partir do divino.
Nem sempre uma visão corresponde a uma aparição.
A visão é apenas uma maneira de interpretar a revelação. Não é mais perfeita nem mais santa do que as demais (como ir à missa, por exemplo). É uma “revelação privada”, diferente da revelação de cristo.
Para nós, no entanto, visão e aparição são sinônimas.
Nenhuma das duas comporta obrigação aos fieis. Estão apenas no nível devocional (v. Catecismo, 67).
A vidência é uma experiência humana e divina. Deus se comunica, mas essa mensagem é mediada por um humano. O conteúdo e a mensagem sofrem a influência psíquica, social e cultural do mediador.
As aparições referem-se, sempre, ao gênero humano; são “ecumênicas”, não estão voltadas apenas aos católicos.
Critério de autenticidade:
1. Equilíbrio mental do vidente;
2. Honestidade do vidente e seu grupo;
3. Qualidade da mensagem: de acordo com o Evangelho e a Igreja.
4. Frutos: melhoria na vida cristã e prováveis sinais extraordinários. Os sinais extraordinários são essenciais.
Processo canônico:
1. Fenômeno;
2. Bispo decide se inicial o processo de discernimento;
3. Pergunta-se aos videntes se aceitam passar pelo processo de discernimento;
4. Comissão multidisciplinar para analisar o discernimento;
5. Parecer do Bispo após análise da comissão;
6. Confirmação pela Congregação da Doutrina da Fé;
7. Caso perdurem dúvidas, o Vaticano institui outra comissão.
Normalmente, as aparições devem ter cessado antes da abertura do processo.
Se o Bispo recusar a deflagração do processo, pode haver pedido direto de um grupo para a Congregação da Fé.
Posições possíveis do Bispo após análise da comissão:
1. Não se pronuncia;
2. Não aprovação;
3. Declaração (confirma, mas sem provas robustas);
4. Confirmação.
A confirmação é o fenômeno digno de fé. Maria pode ser venerada com o nome a imagem manifestada pelos videntes. Pode ser construído um santuário e permite-se difundir a devoção.
Não se diz que Maria apareceu, mas apenas que a aparição é digna de fé. 
O fiel não é obrigado a crer nas aparições; elas têm apenas conteúdo devocional.
Lista de aparições reconhecidas – v. slides ou blog.
Bibliografia
Maria – Toda de Deus e tão humana. Afonso Murad.
www.maenossa.blogspot.com

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