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Aula-Portugues-Classes-Gramaticais-v1

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Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer 
 
 
Prof. Bruno Spencer 1 de 86 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula – Classes Gramaticais 
Curso: Português 
Professor: Bruno Spencer 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer 
 
 
Prof. Bruno Spencer 2 de 86 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Olá amigos! 
Em primeiro lugar, quero agradecer pela confiança que depositaram 
em nosso curso. 
Vamos oferecer a vocês um material completo e objetivo de 
Português, para que possam melhorar seus conhecimentos e praticar a matéria 
de forma eficaz e eficiente. 
Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões, fiquem à vontade para nos 
contactarem pelo fórum. 
Portanto, mãos à obra e bons estudos!!! 
 
Sumário 
 
1 - Substantivo .................................................................................... 4 
2 - Adjetivo ......................................................................................... 7 
3 - Artigo .......................................................................................... 12 
4 - Numeral ...................................................................................... 13 
5 - Pronome ...................................................................................... 14 
6 - Verbo .......................................................................................... 14 
7 - Advérbio ...................................................................................... 15 
8 – Palavras Denotativas ..................................................................... 20 
9 - Preposição ................................................................................... 21 
10 - Conjunção .................................................................................. 22 
11 - Interjeição.................................................................................. 22 
 
 
Nesta aula vamos ver um assunto muito importante, em que 
precisamos estar bem seguros, pois é a BASE do conhecimento da Língua 
Portuguesa. Trata-se das classes gramaticais. 
Temos em nosso idioma 10 classes gramaticais, além das palavras 
denotativas (item 8). 
Vamos apenas revisá-las, focando os principais pontos de cada uma, 
a fim de abordarmos o conteúdo de forma EFICIENTE e EFICAZ. 
 Vamos lembrar quais são elas? 
Aula – Classes Gramaticais 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer 
 
 
Prof. Bruno Spencer 3 de 86 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
•Nomeiam as coisas, os seres, lugares, 
sensações e estados. (NOMES)SUBSTANTIVOS
•Qualificam os nomes ou substantivos.
ADJETIVOS
•Acompanham e definem os nomes ou 
substantivos.ARTIGOS
•Enumeram, ordenam as coisas.
NUMERAIS
•Acompanham ou substituem os 
nomes.PRONOMES
•Indicam ação, estados ou fenômenos. 
VERBOS
•Modificam verbos, adjetivos ou outros 
advérbios.ADVÉRBIOS
•Modificam o sentido de uma outra 
palavra ou da oração.PALAVRAS DENOTATIVAS
•Ligam palavras ou termos, sendo um 
principal e um subordinado.PREPOSIÇÕES
•Ligam palavras ou orações.
CONJUNÇÕES
•Expressam emoções, sentimentos, 
surpresa e etc...INTERJEIÇÕES
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer 
 
 
Prof. Bruno Spencer 4 de 86 
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 Os SUBSTANTIVOS são as palavras que NOMEIAM as coisas, seres e 
fenômenos. Eles têm um papel principal na oração, pois são eles que AGEM 
(sujeitos) e que SOFREM A AÇÃO (objeto). Nesta aula, porém, trataremos 
apenas da morfologia das palavras (valor intrínseco). 
Na aula 03, abordaremos detalhadamente as funções sintáticas das palavras 
(função das palavras na oração). 
Vamos à classificação dos substantivos. Lembram??? 
 
Comuns – servem para 
denominar seres ou coisas de 
mesma espécie. 
Ex. casa, menino, água 
X Próprios – denominam nomes de 
pessoas, lugares, entidades de 
forma única, específica. 
Ex. Lucas, Recife, Clube Português 
Simples – formados por apenas 
um elemento formador (radical) 
Ex. trabalho, tapete, crachá 
X Compostos – Formados por mais 
de um radical. 
Ex. couve-flor, guarda-costas, 
passatempo 
Concretos – seres materiais ou 
que existem independentemente 
de outros. 
Ex. casa, cabelo, céu, mar 
X Abstratos – nomeiam coisas 
imateriais, tais como sentimentos, 
qualidades e estados de espírito. 
Ex. amor, riqueza, disciplina, 
ordem, progresso 
Primitivos – Não derivam de 
outra palavra. 
Ex. terra, casa, verão 
X Derivados – Derivam de outra 
palavra. 
Ex. terreiro, casarão, veraneio 
Coletivos – Denominam um CONJUNTO de coisas ou seres de uma mesma 
espécie. 
Ex. Alcateia (lobos), enxame (abelhas), flora (plantas de uma região), 
biblioteca (livros) 
 
Note que um só substantivo, possui muitas classificações, de acordo com o 
critério em que é classificado. 
Exemplos: 
• casa (comum, simples, concreto e primitivo) 
• flora (comum, simples, concreto, primitivo e coletivo) 
 
1 - Substantivo 
Curso: Português 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer 
 
 
Prof. Bruno Spencer 5 de 86 
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Além da tradicional classificação, devemos lembrar das FLEXÕES que 
sofrem os substantivos: 
• gênero (masculino ou feminino) 
• número (singular ou plural) 
• grau (aumentativo ou diminutivo) 
 
 
Existem diferentes maneiras de diferenciar os gêneros masculino e 
feminino na Língua Portuguesa. Uma das maneiras mais utilizadas é o 
emprego da vogal “a”, para designar o gênero feminino, quer seja 
acrescentando-a no final da palavra, substituindo a vogal “o”, ou mesmo 
acrescentando o artigo “a” antes da palavra. 
Ex. cantor/cantora, menino/menina, o motorista/a motorista 
 
 Há casos em que se utiliza de uma mesma palavra para designar os 
dois gêneros, sem alteração alguma. Ou ainda, em alguns casos podemos 
entender que não há gênero. 
Ex. a criança, o tempo, o casal, o dia, a noite 
 
 Em alguns casos pode-se lançar mão dos adjetivos macho e fêmea, e 
em outros utilizarmos uma palavra totalmente diversa para designar o gênero 
oposto. 
Ex. peixe macho / peixe fêmea; jacaré macho / jacaré fêmea; boi / vaca; 
homem / mulher 
 
ATENÇÃO! 
 Há situações em que a mudança do artigo, que antecede o nome, 
muda o seu sentido e não o seu gênero. 
Ex. o grama (unidade de medida) / a grama (relva); o capital (dinheiro) / a 
capital (sede de governo) 
 
 
 Vamos revisar o plural dos substantivos compostos, assunto que, às 
vezes, gera alguma dúvida nas pessoas. 
 
1.1 – Flexão de Gênero 
 
1.2 – Flexão de Número 
 
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 Pluraliza-se apenas o primeiro: 
• substantivo + preposição + substantivo – ex. câmaras de ar, pães 
de ló, pés de moleque 
• substantivo + substantivo (quando o segundo qualifica ou restringe o 
sentido do primeiro) – ex. pombos-correio, peixes-boi, bolsas-família 
 
OBS – Neste último caso, é facultativo o uso de plural nos dois termos, 
porém a primeira forma é a mais tradicional. 
Ex. pombos-correios, peixes-bois, bolsas-famílias 
 
 Pluraliza-se apenas o segundo: 
• palavras compostas sem hífen – ex. girassóis, pontapés, planaltos 
• verbo + substantivo – ex. beija-flores, guarda-roupas, para-choques 
• palavras repetidas - ex. tico-ticos, quebra-quebras 
• termo invariável + termo variável – ex. recém-nascidos, abaixo-
assinados, vaga-lumes, ave-marias 
 
 Pluralizam-se os dois: 
• substantivo + substantivo – ex. tenente-coronel / tenentes-coronéis 
• substantivo + adjetivo – ex. guada-noturno / guardas-noturnos 
• adjetivo + substantivo – ex. curto-circuito / curtos-circuitos 
• numeral + substantivo – ex. sexta-feira / sextas-feiras 
 
 Pluraliza-seapenas o ARTIGO: 
• verbo + advérbio – ex. os fala-mansa, os bota-fora 
• verbo + substantivo plural – ex. os saca-rolhas, os salva-vidas 
 
 
 Os substantivos flexionam-se nos graus diminutivo e aumentativo. 
Exemplos: 
• menino – menininho – meninão – menino pequeno - menino grande 
As formas contendo os sufixos “ão” e “inho” são chamadas de sintéticas 
(formadas de uma só palavra), enquanto flexões formadas pelo acréscimo das 
palavras pequeno e grande, são chamadas de analíticas. 
1.3 – Flexão de Grau 
 
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Exemplos: 
 
• barquinho (diminutivo sintético) – barcaça (aumentativo sintético) – 
barco pequeno (diminutivo analítico) – barco grande (aumentativo 
analítico) 
• casinha ou casebre (diminutivo sintético) – casarão (aumentativo 
sintético) – casa pequena (diminutivo analítico) – casa grande 
(aumentativo analítico) 
 
Outros exemplos de diminutivo sintético: 
• livreto, cabrito, riacho, burrico, serrote, vilarejo, flautim... 
 
Mais alguns exemplos de aumentativo sintético: 
• muralha, bocarra, fogaréu, homenzarrão, mulherona... 
 
ATENÇÃO!!! 
Nosso objetivo nessa aula é revisar o conhecimento básico sobre as classes 
gramaticais e entendê-las mais profundamente. 
NÃO é produtivo gastar tempo decorando todas as regras ou conceitos, porém 
é importante a leitura atenta da teoria e a prática dos exercícios. 
Vamos em frente! 
 
 
 Os adjetivos são palavras que QUALIFICAM o nome (substantivo ou 
pronome que o substitua). 
Exemplo: Bons jogadores fazem jogadas decisivas. 
Observe que os adjetivos “bons” e “decisivas” qualificam os nomes 
“jogadores” e “jogadas”, ampliando o sentido da oração. 
 
Os adjetivos também podem vir expressos por um conjunto de 
palavras, são as locuções adjetivas. 
Exemplos: 
• abraço de irmão = abraço fraterno 
• água da chuva = água pluvial 
 
2 - Adjetivo 
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Abaixo, mais alguns exemplos de locuções adjetivas: 
 
 
Os adjetivos também se flexionam em gênero, número e grau de forma 
análoga aos substantivos. 
 
OBSERVAÇÃO: 
No feminino e no plural de adjetivos compostos formados por adjetivo 
+ adjetivo, flexiona-se o último termo. 
Ex. chapéu azul-claro – capa azul-clara – capas azul-claras 
LOCUÇÃO 
ADJETIVA
de abelha
de abdômen
de ano
de asno
de astro
de audição
de boca
de cão
de estrela
de face
de gado
de gato
de gelo
de guerra
de junho
de lua
de mãe
de pai
de páscoa
de pombo
de rim
de serpente
de sol
de tarde
de verão
sem piedade
ADJETIVO
apícola
abdominal
anual
asinino
sideral
ótico ou óptico
bucal
canino
estelar
facial
pecuário
felino
glacial
bélico
junino
lunar
maternal
paternal
pascal
columbino
renal
ofídico
solar
vespertino
estival
impiedoso
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Exceções: 
São invariáveis: 
• ultravioleta, sem-vergonha, azul-marinho, cor de rosa, azul celeste, 
laranja (cor) 
OBSERVAÇÃO: 
As cores cinza, laranja, rosa, significam cor de rosa, cor de laranja, cor de 
cinza, assim como marinho, celeste, significam cor de mar e cor de céu, todos 
eles DERIVAM DE SUBSTANTIVO e são invariáveis. 
Ex. chapéu rosa-claro – chapéus rosa-claro 
 
De acordo com Domingos Paschoal Cegalla, flexionam os dois elementos na 
palavra surdo-mudo (surdos-mudos). 
 
 
Vamos ver um esquema com o resumo sobre a flexão dos adjetivos em grau. 
 
 
 
Exemplos do grau comparativo: 
Ela é mais alta que você. (comparativo analítico de superioridade) 
Ela é maior que você. (comparativo sintético de superioridade) 
Ela é menos alta que você. (comparativo analítico de inferioridade) 
Ela é menor que você. (comparativo sintético de inferioridade) 
Ela é tão alta quanto você. (comparativo de igualdade) 
 
 
GRAU DO 
ADJETIVO
comparativo
sintético
analítico
superlativo
sintético
analítico
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Observe as frase abaixo: 
Ele é o mais baixo da turma. Ele é o menos alto da turma 
Apesar de ambas terem o mesmo sentido, a primeira se trata de um 
comparativo de superioridade, enquanto a segunda de um comparativo de 
inferioridade. 
 
O grau superlativo indica um alto grau das qualidades e conta ainda com duas 
variações: absoluto ou relativo. 
Exemplos: 
Ela é muito/extremamente bela. (superlativo absoluto analítico) 
Ela é belíssima. (superlativo absoluto sintético) 
Ela é a mais bela de todas. (superlativo relativo analítico de superioridade) 
Este é o melhor livro que já li. (superlativo relativo sintético de superioridade) 
 
Note que no superlativo relativo há uma espécie de “comparação”, enquanto 
no absoluto, apenas há um acréscimo no grau do adjetivo. 
 
 
1) FCC/TJ/TRE-MS/Administrativa/2007 
Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, 
no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em 
matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou 
a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma 
densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou 
compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um 
papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. 
Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de 
superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros 
quadrantes do planeta. 
Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua 
sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em 
geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não 
se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – 
onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a 
nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito 
em matéria de poesia e de melodia no Brasil. 
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Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um 
homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um 
Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de 
imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi 
à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de 
Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, 
Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo 
às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...] 
O curioso é que o conceito de arte acabou se alastrando para outros campos (e 
gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como 
esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela 
imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte. 
Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos 
é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as 
nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma 
ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades 
artísticas” dos desfiles nacionais... 
Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura 
brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é 
ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito daprodução 
artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. 
Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, 
Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são 
eles, e não outros, que expressam o que somos. 
(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, 
(Idéias que desafiam o senso comum) 
 
Brasileiro se realiza em arte menor. (1a frase) 
O adjetivo flexionado de maneira idêntica ao do grifado acima está na 
expressão: 
a) com raras exceções. 
b) é bastante sintomático. 
c) de imenso apelo popular. 
d) grandes manifestações artísticas. 
e) por nossos melhores artistas plásticos. 
Comentários: 
O adjetivo “menor” encontra-se flexionado no grau comparativo sintético de 
superioridade, sendo originado do adjetivo pequeno. 
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Alternativa A – Incorreta – O adjetivo “raras” está flexionado no gênero 
feminino e no plural. 
Alternativa B – Incorreta – O adjetivo “bastante” não se flexiona em gênero, e, 
em relação ao número, encontra-se no singular. 
Alternativa C – Incorreta – “Imenso” e “popular” encontram-se no singular, 
sendo que apenas o primeiro flexiona-se em gênero. O primeiro está flexionado 
no grau superlativo absoluto sintético. 
Alternativa D – Incorreta - “Grandes” e “artísticas” estão no plural. Apenas o 
segundo flexiona-se em gênero. 
Alternativa E – Correta – O adjetivo “melhores”, assim como “menor”, flexiona-
se apenas em número e grau, este também está flexionado no grau 
comparativo sintético de superioridade. 
Gabarito: E 
 
 
 Os artigos acompanham os substantivos, dando-lhes um caráter geral 
(artigos indefinidos) ou específico (artigos definidos). Flexionam-se em gênero 
e número. 
 
Definidos – o, a, os, as 
Indefinidos – um, uma, uns, umas 
 
Exemplos: 
• Comprou uma boneca. (sentido geral) 
• Comprou a boneca que a filha queria. (sentido específico) 
 
ATENÇÃO – Podemos usar um artigo para MUDAR a classe gramatical de 
um termo, fazendo com que ele funcione como SUBSTANTIVO. 
 
Exemplos: 
• Ele aprecia o cantar dos pássaros. (a forma verbal “cantar” passou a 
funcionar como substantivo) 
• Ouviram um sonoro não. (o termo “não” - advérbio de negação - passou 
a funcionar como substantivo) 
• Olhem o azul do mar. (o adjetivo “azul” funciona como substantivo) 
 
3 - Artigo 
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Os numerais são palavras que indicam quantidade, ordem, 
multiplicidade ou divisão. Dividem-se em cardinais, ordinais, multiplicativos 
e fracionários. 
 
Cardinais – Servem para indicar um determinado número ou quantidade. 
Ex. Ele viu quatorze anjos em seu sonho. 
 
Ordinais – Indicam uma ordem ou posição. 
Ex. Ela ficou em primeiro lugar no concurso. 
 
Multiplicativos – Dão ideia de multiplicação. 
Ex. Eu tenho o dobro da sua idade. 
 
Fracionários – Indicam uma fração ou divisão. 
Ex. A metade dos candidatos não estudaram para a prova. 
 
OBS. O termo AMBOS é considerado um numeral. 
 
Abaixo uma tabela para recordarmos! 
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 
um primeiro - - 
dois segundo dobro, duplo meio 
três terceiro triplo, tríplice terço 
quatro quarto quádruplo quarto 
cinco quinto quíntuplo quinto 
seis sexto sêxtuplo sexto 
sete sétimo sétuplo sétimo 
oito oitavo óctuplo oitavo 
nove nono nônuplo nono 
dez décimo décuplo décimo 
onze décimo primeiro - onze avos 
doze décimo segundo - doze avos 
treze décimo terceiro - treze avos 
catorze décimo quarto - catorze avos 
quinze décimo quinto - quinze avos 
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos 
4 - Numeral 
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dezessete décimo sétimo - dezessete avos 
dezoito décimo oitavo - dezoito avos 
dezenove décimo nono - dezenove avos 
vinte vigésimo - vinte avos 
trinta trigésimo - trinta avos 
quarenta quadragésimo - quarenta avos 
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos 
sessenta sexagésimo - sessenta avos 
setenta septuagésimo - setenta avos 
oitenta octogésimo - oitenta avos 
noventa nonagésimo - noventa avos 
cem centésimo cêntuplo centésimo 
duzentos ducentésimo - ducentésimo 
trezentos trecentésimo - trecentésimo 
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo 
quinhentos quingentésimo - quingentésimo 
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo 
setecentos septingentésimo - septingentésimo 
oitocentos octingentésimo - octingentésimo 
novecentos nongentésimo ou 
noningentésimo 
 - nongentésimo 
mil milésimo - milésimo 
milhão milionésimo - milionésimo 
bilhão bilionésimo - bilionésimo 
 
 
 
Os pronomes foram abordados separadamente na aula 00. 
 
 
 “O Verbo se fez carne e habitou entre nós. ” 
Os verbos são estruturas fundamentais do idioma, que indicam as ações, 
os estados, os fatos e os fenômenos. 
Assim como os pronomes, abordaremos esse assunto numa aula 
específica (aula 02), a fim de melhor concentrarmos neste assunto, devido à 
sua importância e à grande quantidade de informações que contém. 
 
5 - Pronome 
6 - Verbo 
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 São palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios. 
Indicam tempo, lugar, modo, intensidade, negação, dúvida, afirmação, ordem 
ou interrogação. 
OBSERVAÇÃO: Apesar de serem termos invariáveis, muitos advérbios 
aceitam a flexão em grau. 
 
Exemplo: 
Ele jogou bem. 
Ele jogou tão bem quanto Neymar. (comparativo de igualdade) 
Ele jogou melhor que Neymar (comparativo de superioridade) 
Ele jogou muito bem. (superlativo analítico) 
 
 
NÃO CONFUNDIR o numeral fracionário “meia” com o advérbio “meio”. 
Exemplo: 
• Ela comeu meia melancia. (comeu a metade da melancia) 
• Ela ficou com a barriga meio cheia após comer a melancia. 
Repare que “meio” é advérbio de intensidade, portanto INVARIÁVEL, 
significando “um pouco”. Aqui, não cabe a palavra “meia”, ok? 
 
Fique atento às locuções adverbiais. 
Elas ocorrem quando duas ou mais palavras juntas adquirem o valor de um 
advérbio. 
Exemplo: 
• Tomaram a decisão às escuras. 
• As pessoas saíam às pressas. 
 
Colocamos uma lista de advérbios classificados e com suas respectivas 
locuções a seguir, para melhor nos familiarizarmos com esta classe. 
NÃO aconselho decorar a lista, pois devemos sempre analisar o 
sentido em que a palavra está inserida no texto para podermos classificá-la 
corretamente. 
7 - Advérbio 
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TIPO ADVÉRBIO
LOCUÇÃO 
ADVERBIAL
TEMPO
hoje, ontem, amanhã, 
logo, antes, depois, 
agora, tarde, cedo, 
outrora, ainda, 
antigamente, nunca, 
jamais, sempre, já, 
enfim, afinal, breve, 
constantemente, 
imediatamente
às vezes, à tarde, à 
noite, de manhã, de 
repente, de vez em 
quando, de quando em 
quando, a qualquer 
momento, de tempos 
em tempos, em breve, 
hoje em dia 
LUGAR
Aqui, ali, acolá, dentro, 
fora, adiante, atrás, além, 
lá, cá, detrás, aquém, 
além, abaixo, acima, longe, 
perto, aí, aonde, adentro, 
afora, embaixo, 
externamente
à distancia, de longe, 
de perto, em cima, à 
direita, à esquerda, 
ao lado, em volta
MODO
bem, mal, assim, pior, 
melhor, depressa, 
devagar, calmamente, 
propositadamente, 
pacientemente, 
amorosamente, 
generosamente, 
bondosamente
às pressas, às claras, às 
cegas, à toa, à vontade, às 
escondidas, aos poucos, 
desse jeito,desse modo, 
dessa maneira, em geral, 
frente a frente, lado a 
lado, a pé, de cor, em vão, 
a maior
INTENSIDADE
muito, pouco, demais, 
tão, quanto, menos, 
mais, em excesso, 
pouco, bastante, 
demasiado, quão, tanto, 
assaz, que (equivale a 
quão), tudo, nada, todo, 
quase, 
de todo, de muito, por 
completo
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2) FGV/Analista Legislativo/SEN/Informática Legislativa/Análise 
de Sistemas/2008 
Desafios do crescimento econômico 
A crise do sistema financeiro internacional, que ameaça lançar o mundo numa 
profunda recessão, revela a importância do papel do governo no funcionamento 
da economia em diferentes dimensões, sobretudo na promoção de uma melhor 
operação dos mercados, da estabilidade e do crescimento econômico. 
DÚVIDA
acaso, porventura, 
possivelmente, 
provavelmente, 
quiçá, talvez, 
casualmente 
por certo, quem sabe
NEGAÇÃO
não, nem, nunca, 
jamais, tampouco 
de modo algum, de 
forma nenhuma, de 
jeito nenhum
AFIRMAÇÃO
sim, 
indubitavelmente, 
certamente, 
realmente, decerto, 
efetivamente, certo, 
decididamente, 
realmente, deveras 
com certeza, sem 
dúvida
ORDEM
primeiramente, 
segundamente, 
ultimamente 
em primeiro lugar, por 
último 
INTERROGAÇÃO
onde?(lugar), 
como?(modo), 
quando?(tempo), 
quanto?(preço e 
intensidade)
por que?(causa), 
para que?(finalidade 
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Entretanto, após algumas décadas de excessivo crescimento dos gastos 
governamentais e da crise financeira que se abateu sobre inúmeros governos, 
particularmente em países da América Latina, a eficiência da ação pública 
começou a ser questionada. 
Novamente vigoravam idéias de que as economias deveriam ser liberalizadas 
da ação governamental, de que, quanto menos governo, melhor e de que o 
setor privado por si só resolveria todos os problemas. 
Na realidade, o que se notou foi uma grande confusão. Em vez de defendermos 
um governo eficiente, comprometido com o crescimento econômico, acabamos 
por tentar excluir o governo das funções econômicas, esquecendo seu 
importante papel. Era muito comum a idéia de que a privatização e a 
liberalização dos mercados seriam condições eficientes para que os países 
entrassem numa rota de crescimento econômico. 
Entretanto, a realidade mostrou que essa bandeira não tem sustentação. A crise 
financeira que estamos atravessando e não sabemos ainda suas reais 
conseqüências sobre a economia mundial realça um fato inconteste: faltou a 
presença do governo, mediante uma regulação mais ativa do mercado 
financeiro. 
Recente estudo promovido pela Comissão para o Crescimento Econômico, cujo 
objetivo primordial é entender o fenômeno do desenvolvimento com base na 
experiência mais exitosa dos países durante as décadas de 1950 a 1980, 
transmite informações relevantes para o entendimento do momento que 
vivemos, ainda que seu objetivo seja totalmente distinto. 
Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes 
que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem 
interferências externas, na alocação dos recursos. 
Entretanto, não podemos esquecer que as ações tomadas pelos diversos 
agentes econômicos se baseiam em perspectivas de retornos privados e, 
portanto, na ânsia de obter tais retornos, mercados como o financeiro podem 
gerar instabilidades. O papel da regulação, tarefa que deve ser executada por 
autoridades governamentais, não pode ser esquecido. 
Por outro lado, apesar da virtude dos mercados, não se pode esquecer que eles 
não são garantia para a promoção de desenvolvimento econômico ou a melhor 
distribuição de renda. 
O relatório da comissão enfatiza o papel do governo no processo de 
desenvolvimento econômico, mostrando inicialmente que o processo de 
desenvolvimento é um fenômeno complexo e difícil de ser entendido. "Não 
damos aos formuladores de políticas públicas uma receita ou uma estratégia de 
crescimento. Isso porque não existe uma única receita a seguir." 
Mais adiante, afirma: "Não conhecemos as condições suficientes para o 
crescimento. Podemos caracterizar as economias bemsucedidas do pós guerra, 
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mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem 
os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas." 
Certamente essas frases devem nos deixar algo perplexos, especialmente 
quando ouvimos as certezas que dominam a maioria dos analistas econômicos 
espalhados pelo mundo, em especial quando tratam de fornecer fórmulas 
prontas para o crescimento dos países. 
A comissão reconhece que a dificuldade do entendimento sobre o fenômeno do 
crescimento dificulta a ação governamental na definição das estratégias a serem 
seguidas. A recomendação dada é a de que o governo "não deve ficar inerte, 
por temor de malograr; os governos devem testar diversos programas e devem 
ser rápidos em aprender quando dão errado. Se dão um passo errado, devem 
tentar um plano diferente, e não submergir na inação ou recuar." 
Outra recomendação dada pela comissão se relaciona com a tentativa de adoção 
de receitas prontas de outros países: "Os planos de ação ruins de hoje em geral 
são os bons planos de ontem, mas aplicados por tempo demasiado." 
Em suma, a comissão defende um governo crível, comprometido com o 
crescimento e eficiente. Um governo forte, capaz de realizar investimentos na 
área de educação, saúde e infraestrutura a fim de elevar a rentabilidade dos 
investimentos privados. 
É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente 
poderemos promover o desenvolvimento dos países. 
(Carlos Luque. Folha de São Paulo, 30 de setembro de 2008.) 
Assinale a alternativa em que a palavra indicada, no texto, se classifique como 
advérbio. 
a) livre 
b) profunda 
c) melhor 
d) algo 
e) após 
Comentários: 
Alternativa A - A palavra “livre” é um adjetivo que qualifica a palavra 
“maneira”. 
Alternativa B - A palavra “profunda” é um adjetivo. Repare que ela qualifica o 
substantivo “recessão”. 
Alternativa C - Igualmente às alternativas anteriores, “melhor” qualifica o 
nome “operação”. 
Alternativa D - Embora a palavra “algo” seja originalmente um pronome 
indefinido, no entanto, temos que ter ATENÇÃO ao sentido empregado pelo 
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examinador. 
Repare que o sentido de “algo” nessa oração é de “um tanto” ou “um pouco”, 
modificando o adjetivo “perplexo”, portanto, sendo empregada como 
advérbio. 
Alternativa E – A palavra “após” é preposição que liga as orações do período. 
Estudaremos esse assunto com mais detalhes na aula sobre períodos e 
conectivos. 
Gabarito: D 
 
 
 Tais palavras já foram classificadas como advérbios outrora. 
Atualmente, por não enquadrarem-se perfeitamente em nenhuma das outras 
classes, são classificadas separadamente pela Nomenclatura Gramatical 
Brasileira. 
Indicam contextos diversos, modificando sentido de uma palavra 
ou mesmo da oração, tais como: situação, designação, exclusão, inclusão, 
limitação, realce, retificação, explanação ou afetividade. 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO - afinal, então, mas, agora...
Ex. Afinal, decidiu se vai estudar
DESIGNAÇÃO - eis.
Ex. Senhor, eis me aqui.
EXCLUSÃO - menos, exceto, salvo, fora, sequer...
Ex. Todos, menos ele, foram ao teatro.
INCLUSÃO - inclusive, também, até, além disso...
Ex. Comemos bem, teve até sobremesa!
8 – Palavras Denotativas 
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São palavras invariáveis que ligam dois termos da oração, sendo um 
principal (regente ou subordinante) e um dependente (regido ou 
subordinado). 
São classificadas em: essenciais e acidentais. 
As preposições essenciais são aquelas originalmente classificadas como 
preposição, enquanto as acidentais são palavras de outras classes empregadas 
como preposição. 
 
Exemplos de preposições essenciais: 
a, ante, após, até, com, contra, de desde, em, entre, para, perante, por, sem, 
sob, sobre, trás. 
Exemplos de preposições acidentais: 
conforme, consoante, segundo, durante, mediante 
LIMITAÇÃO - apenas, unicamente, somente, só...
Ex. Só o amor constrói.
REALCE - mesmo, lá, embora, é que, sobretudo...
Ex. Eu mesmo é que não dou palpite em briga alheia.
RETIFICAÇÃO - isto é, ou melhor, aliás...
Ex. Chegarei pela manhã, ou melhor, na hora do almoço.
EXPLANAÇÃO - por exemplo, a saber...
Ex. Coma coisas saudáveis, por exemplo, brócolis.
AFETIVIDADE - ainda bem, infelizmente, felizmente...
Ex. Felizmente chegamos bem.
9 - Preposição 
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Vamos ver alguns exemplos de orações com preposições: 
• Voltou para casa depois do trabalho. (“voltou” – principal / “casa” – 
dependente) 
Note que o termo “voltou” necessita do complemento “para casa”, para ter 
um sentido completo. 
 
• Pensei em você. (“pensei” – principal ou regente / “você” – regido) 
Se você diz para alguém: Pensei, fatalmente, você ouvirá a pergunta em quê? 
Ao responder em você, finalmente, estará completando o sentido da frase. 
 
 Assim como outras classes, as preposições também formam LOCUÇÕES, 
quando se associam a outras palavras (advérbios ou locuções adverbiais) para 
exercer a mesma função de preposição. 
 
 Eis algumas locuções prepositivas: 
Abaixo de, acima de, a fim de, além de, apesar de, atrás de, através de, antes 
de, junto a, ao encontro de, embaixo de, em frente a, longe de, por causa de, 
por trás de, em virtude de, na proporção de, à custa de... 
Exemplos: 
• Ele passou no concurso apesar de todas as dificuldades. 
• Caminhou ao encontro de seu Mestre com alegria. 
 
 
 Conjunção significa união ou ligação. São palavras que ligam termos de 
mesma função sintática em uma oração ou orações em um período 
composto. Elas podem ser coordenativas ou subordinativas. 
 As conjunções serão estudadas detalhadamente na aula 04 - Períodos e 
Conectivos. 
 
 
 É um termo que exprime uma ideia de forma independente, expressando 
um forte sentimento, emoção, saudação e outros. 
10 - Conjunção 
11 - Interjeição 
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Domingos Pachoal Cegalla, define interjeições como “frases resumidas”, 
porque elas contêm em si o sentido implícito de toda uma frase. 
Exemplo: Ai!!! 
 Apenas essa interjeição já diz tudo, você sabe que alguém sentiu dor. 
 
Vamos a alguns exemplos de interjeições e algumas idéias que elas 
podem expressar. 
Note que, algumas são originalmente ou exclusivamente 
interjeições enquanto outras pertencem a outras classes gramaticais, 
mas que são usadas em alguns contextos como interjeição. 
 
 
 
 
Ok pessoal... mandem suas dúvidas pelo fórum, terei satisfação em 
clareá-las! 
Não deixem de fazer os exercícios, pois este assunto faz parte da 
BASE do conhecimento da Língua Portuguesa. 
Vamos aos exercícios!!! 
•viva!Aclamação
•uau! nossa! caramba!Admiração
•ufa!
Advertência
•obrigado! grato!Agradecimento
•cuidado! atenção! devagar!
Alegria •oh! viva! aleluia!
Alívio
•muito bem! boa! isso!Aprovação
•perdão! desculpa!Desculpa
•oxalá! tomara!Desejo
•adeus! até logo! tchau! Despedida
•ai! ui! oh!Dor
•ora! francamente! vixe!Reprovação
•salve! ave! bom dia!Saudação
•psiu! silêncio!Silêncio
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3) VUNESP/AOJ/TJ SP/Eletricista de Autos/2010 
Leia o texto para responder à questão. 
Rodar a baiana 
Quase todas as expressões que ouvimos ou falamos como – motorista barbeiro, 
sem eira nem beira e ganhar de mão beijada – nasceram de alguma situação 
do cotidiano. É o caso da expressão rodar a baiana. 
Quando alguém diz: pare com isso ou vou rodar a baiana, qualquer pessoa 
discreta para na hora ou, pelo menos, toma cuidado. Essa ameaça, na verdade, 
consiste em dar um escândalo público. 
Mas o que poucos sabem é que rodar a baiana não tem sua origem na Bahia, e 
sim na cidade do Rio de Janeiro que, no início do século 20, já era palco de 
famosos desfiles de blocos de Carnaval. 
No meio desses blocos, alguns espertinhos tascavam beliscões nas nádegas das 
moças que desfilavam. Para acabar com o problema, alguns capoeiristas 
passaram a se fantasiar de baianas, com direito a saia rodada e turbante na 
cabeça. Assim, ao primeiro sinal de desrespeito, aplicavam um golpe de 
capoeira. 
As pessoas que assistiam aos desfiles não entendiam nada: só viam a baiana 
rodar e começar a confusão. 
(Lívia Lombardo, Aventuras na História, junho de 2006. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a palavra destacada na frase tem a função de 
adjetivo. 
a) ... qualquer pessoa discreta para na hora... 
b) ... a cidade já era palco de famosos desfiles... 
c) Para acabar com o problema, alguns capoeiristas... 
d) Assim, ao primeiro sinal de desrespeito, aplicavam um golpe... 
e) ... a baiana rodar e começar a confusão. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – O termo “discreta” qualifica o substantivo “pessoa”, 
por isso é classificado como adjetivo. 
Alternativa B – Incorreta – O termo “desfiles” é um substantivo, que vem 
qualificado pelo adjetivo “famosos”. 
Alternativa C – Incorreta – O termo “acabar” é verbo. 
Alternativa D – Incorreta – O termo “desrespeito” é substantivo. 
Alternativa E – Incorreta - O termo “começar” é verbo. 
12 - Questões Comentadas 
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Gabarito: A 
 
4) VUNESP/At NP/PC SP/2014 
Leia o texto para responder à questão. 
Ortotanásia e eutanásia 
O que é a vida, afinal? É simplesmente um conjunto de reações bioquímicas? 
Ou algo maior, sagrado e eterno? A nossa perplexidade diante desse tema tão 
polêmico, que é a eutanásia, advém das incertezas que cercam o sentido da 
existência humana. 
Sou oncologista e imunologista. Faz 28 anos que busco mais vida com qualidade 
para os pacientes com câncer e portadores de Aids com câncer. Os pacientes 
que já na primeira consulta me dizem que querem morrer antes de tentar os 
tratamentos são exceções. Mas existem. Todos os pacientes, tanto os que 
querem enfrentar tratamentos antes de morrer como os que não querem, têm 
um elemento comum, que é a falta de esperança, a depressão e o medo do 
sofrimento. Independentemente das novas e eficientes técnicas de tratamento, 
há instantes em que se perde a batalha contra as doenças. É então que uma 
pergunta se faz necessária: até quando é lícito prolongar com medidas artificiais 
a manutenção da vida vegetativa? Existe grande confusão entre os diversos 
tipos de eutanásia – ou boa morte. Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico 
ou alguém causa ativamente a morte do indivíduo. Ela é proibida por lei no 
Brasil, mas é prática regulamentada, em alguns outros países, como Holanda e 
Dinamarca. 
Em um outro extremo, há a distanásia que, segundo o especialista em bioética 
padre Leo Pessini, “é um procedimento médico que prolonga inútil e 
sofridamente o processo de morrer procurando distanciar a morte”. Sou contra 
a distanásia. E como seriaa verdadeira boa morte? Creio que é aquela 
denominada morte assistida que prefiro denominar de ortotanásia. É cuidar dos 
sintomas sem recorrer a medidas intervencionistas de suporte em quadros 
irreversíveis. É respeitar o descanso merecido do corpo, o momento da limpeza 
da caixa preta de mágoas e rancores; é a hora de dizer coisas boas, os 
agradecimentos que não fizemos antes. É a hora da despedida e da partida. 
Então, talvez possamos acreditar no escritor Jorge Luis Borges: “Morrer é como 
uma curva na estrada, é não ser visto”. 
(Nise Hitomi Yamaguchi, doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Folha de 
S.Paulo, Tendências/Debates, 26 de março de 2005. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a palavra em destaque na frase pertence à classe 
dos adjetivos (palavra que qualifica um substantivo). 
a) ... o médico ou alguém causa ativamente a morte... 
b) Ela é proibida por lei no Brasil,... 
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c) Existe grande confusão entre os diversos tipos de eutanásia... 
d) E como seria a verdadeira boa morte? 
e) prolonga o processo de morrer procurando distanciar a morte. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O termo “alguém” é pronome indefinido. 
Alternativa B – Incorreta – O termo “lei” é um substantivo. 
Alternativa C – Incorreta – “Confusão” é substantivo, que vem qualificado pelo 
adjetivo “grande”, provocando sua flexão para o grau aumentativo analítico. 
Alternativa D – Correta – O termo “verdadeira” é adjetivo e qualifica a 
expressão “boa morte”. 
Alternativa E – Incorreta – O termo “morte” é substantivo. 
Gabarito: D 
 
5) VUNESP/Serv/CM Jabo/2015 
Leia o texto a seguir para responder à questão. 
Mentem como respiram 
Conheço inúmeras pessoas que mentem. Para falar a verdade, mente-se por 
qualquer motivo: as pessoas ficam com vergonha quando estão doentes e dizem 
que estão ótimas; comentam que a amiga está bem vestida, quando acham um 
horror; elogiam alguém que emagreceu, para comentar nas costas que continua 
gordíssima. Eu mesmo minto: digo que vou viajar ou reclamo que não me sinto 
bem e fujo de um compromisso; finjo para mim mesmo que, no próximo mês, 
começo um regime e perderei a barriga. 
Ultimamente, tento parar com isso. Se me convidam, digo que não posso. Se 
vou a uma peça de teatro e não gosto, digo que não gostei. Sempre dá errado, 
a pessoa preferia uma mentira. A franqueza, descobri, é muito malvista. Até 
considerada falta de educação. 
Quantas mães e avós são assassinadas por empregados que querem faltar ao 
trabalho? Outros dizem que estão doentes. E por aí vai. A psicologia forjou um 
termo para designar aquele que faz da mentira um hábito: síndrome de 
Münchausen. Os mentirosos inventaram outro: “mentira branca”, aquela que 
não prejudica ninguém. Para mim, não existe a tal “mentira branca”. Tem gente 
que mente como respira. Mentira é mentira, e a tal “mentira branca” é só uma 
mentira a mais. 
(Walcyr Carrasco. http://epoca.globo.com. Adaptado) 
Nos trechos – … comentam que a amiga está bem vestida… – e – Sempre dá 
errado… – os termos destacados indicam, correta e respectivamente, 
a) lugar e tempo. 
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b) modo e tempo. 
c) dúvida e intensidade. 
d) intensidade e tempo. 
e) modo e intensidade. 
Comentários: 
O advérbio “bem” modifica o adjetivo “vestida”, indicando o modo como “a 
amiga está vestida”. 
Já o advérbio “sempre” modifica o verbo “DAR”, indicando o tempo em que ele 
ocorre. 
Ex. quando/nunca/sempre/hoje/todos os dias... 
 
 
MODO
bem, mal, assim, pior, 
melhor, depressa, 
devagar, calmamente, 
propositadamente, 
pacientemente, 
amorosamente, 
generosamente, 
bondosamente
às pressas, às claras, às 
cegas, à toa, à vontade, às 
escondidas, aos poucos, 
desse jeito, desse modo, 
dessa maneira, em geral, 
frente a frente, lado a 
lado, a pé, de cor, em vão, 
a maior
TEMPO
hoje, ontem, amanhã, 
logo, antes, depois, 
agora, tarde, cedo, 
outrora, ainda, 
antigamente, nunca, 
jamais, sempre, já, 
enfim, afinal, breve, 
constantemente, 
imediatamente
às vezes, à tarde, à 
noite, de manhã, de 
repente, de vez em 
quando, de quando em 
quando, a qualquer 
momento, de tempos 
em tempos, em breve, 
hoje em dia 
LUGAR
Aqui, ali, acolá, dentro, 
fora, adiante, atrás, além, 
lá, cá, detrás, aquém, 
além, abaixo, acima, longe, 
perto, aí, aonde, adentro, 
afora, embaixo, 
externamente
à distancia, de longe, 
de perto, em cima, à 
direita, à esquerda, 
ao lado, em volta
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Gabarito: B 
 
6) VUNESP/ContJ/TJ SP/2015 
Leia o texto para responder à questão. 
O vilão da história 
É um fato incontornável: o planeta passa por um aquecimento global intenso, e 
a maior parte da responsabilidade pelo descompasso do clima é do ser humano. 
Com fábricas, carros e o desmatamento generalizado de habitats, multiplicamos 
por 180 a quantidade de CO2 na atmosfera desde a Revolução Industrial, motor 
do efeito estufa, responsável pelo aumento de 0,8 grau na temperatura da 
Terra. Parece pouco, mas foi o suficiente para consolidar um caos climático que 
se agrava: o calor elevado faz com que eventos extremos, como tempestades 
e secas duradouras, sejam cada vez mais frequentes. Em 2014, o ano mais 
quente desde que começaram os registros, em 1880, a situação só piorou. 
Nesse contexto, cabe, portanto, a pergunta: a falta de chuvas e o calorão do 
início de janeiro no Sudeste brasileiro são também filhos do aquecimento global? 
Climatologistas dizem não ter certeza, pois dependem de projeções de longo 
prazo para responder. Ou seja, precisam esperar para verificar se a situação se 
repete por muitos anos ou se trata de uma anomalia, provocada por algum 
fenômeno climático pontual e ainda desconhecido. Mas, afastada a 
minuciosidade exigida por comprovações científicas, é concebível concluir que o 
aquecimento planetário está na origem da seca. E, se essa é a resposta, pode-
se esperar por tempos ainda mais áridos nas próximas décadas. 
DÚVIDA
acaso, porventura, 
possivelmente, 
provavelmente, 
quiçá, talvez, 
casualmente 
por certo, quem sabe
INTENSIDADE
muito, pouco, demais, 
tão, quanto, menos, 
mais, em excesso, 
pouco, bastante, 
demasiado, quão, tanto, 
assaz, que (equivale a 
quão), tudo, nada, todo, 
quase, 
de todo, de muito, por 
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Trata-se de uma lógica cujo desfecho é um cenário de contornos assustadores, 
com evidentes repercussões econômicas, e que alguns, com certo exagero, 
denominam de apocalípticos. 
(Veja, 28.01.2015. Adaptado) 
Na passagem – ... provocada por algum fenômeno climático pontual e ainda 
desconhecido. – (segundo parágrafo), o advérbio em destaque expressa 
circunstância de 
a) dúvida e, nesse contexto, equivale a “provavelmente”. 
b) afirmação e, nesse contexto, equivale a “indubitavelmente”. 
c) negação e, nesse contexto, equivale a “absolutamente”. 
d) concessão e, nesse contexto, equivale a “apesar disso”. 
e) tempo e, nesse contexto, equivale a “até agora”. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O advérbio “ainda” não indica dúvida, não podendo 
ser equiparado ao termo “provavelmente”. 
Alternativas B e C – Incorretas – O advérbio “ainda” não pode ser utilizado para 
substituir os termos “indubitavelmente” ou “absolutamente”, não podendo ser 
classificado como advérbio de afirmação ou negação. 
Alternativa D – Incorreta – A expressão que indica concessão é “ainda que”, 
além disso não é esse o sentido do textoAlternativa E – Correta – A palavra “ainda” tem simplesmente um valor 
temporal, ela indica algo que se espera que aconteça, mais que não aconteceu. 
Gabarito: E 
 
7) VUNESP/Dir Esc/Pref Itápolis/2016 
Leia o texto “Carnes vivas”, de João Pereira Coutinho, e responda à questão. 
Tive uma infância de príncipe. Passei longas horas na rua, sem supervisão 
parental, a me aventurar. Isso na cidade. 
No campo, o cardápio era melhor. Parti o braço (uma vez) e o pulso (idem). 
Tudo porque teimava em subir nas árvores. E, por falar em árvores, cheguei a 
construir uma casa rudimentar no cimo de uma oliveira que aguentou apenas 
duas horas. Findas as duas horas, já eu estava no chão, com os joelhos em 
carne viva. 
Às vezes pergunto o que aconteceria aos meus pais se o pequeno selvagem que 
fui reaparecesse agora. Provavelmente, seria exibido em uma jaula, como um 
King Kong pré-púbere. 
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“Minhas senhoras e meus senhores, vejam com os próprios olhos, uma criança 
que gosta de brincar!” 
Imagino a plateia, horrorizada, tapando os olhos dos filhos – ou, melhor ainda, 
ligando os tablets e anestesiando-os com a dose apropriada de pixels. 
E a minha mãe certamente estaria presa. Exagero? Não creio. Conta a 
“Economist” dessa semana que Debra Harrell, da Carolina do Sul, foi detida por 
deixar a filha de nove anos brincar no parque sem vigilância apurada. 
Engraçado. Na década de 1950, uma criança tinha cinco vezes mais 
possibilidades de morrer precocemente do que uma criança do século 21. Mas 
os pais da “baby-boom generation” deixavam as suas crianças à solta, talvez 
por entenderem que uma criança é uma criança. Esses pais não eram, como diz 
a revista, “pais-helicóptero”. 
Expressão feliz. Conheço vários casais que devotam aos filhos a mesma atenção 
obsessiva que um pesquisador dedica aos seus ratinhos de laboratório. Gostam 
de controlar tudo sobre os filhos. Como os helicópteros, estão constantemente 
a planar sobre a existência dos petizes. 
E quando finalmente descem a terra, é a desgraça: correm com eles para aulas 
de música, caratê, natação, matemática. No regresso a casa, é ver esses 
pequenos escravos, mortificados e exaustos, antes de se recolherem aos 
quartos. Não sei que tipo de crianças os “pais-helicóptero” estão a produzir. 
Deixo essas matérias para os especialistas. Digo apenas que a profusão de 
“pais-helicóptero” é uma brutal amputação da infância e da adolescência. Para 
além de corromper a relação entre pais e filhos. 
Sobre a amputação, não sei que adulto eu seria se nesses primeiros anos não 
houvesse a sensação de liberdade, mas também a percepção do risco, que me 
acompanhava todos os dias. Apesar dos ossos que quebrei, dores foram 
compensadas pela confiança que ganhei e pela intuição de que o mundo não é 
uma ameaça constante, povoado por sequestradores, pedófilos ou 
extraterrestres. 
Mas os “pais-helicóptero” corrompem a relação essencial entre eles e os filhos. 
Anos atrás, o filósofo Michael Sandel escreveu um ensaio contra o uso da 
engenharia genética para produzir descendências perfeitas. Dizia Sandel que se 
os pais pudessem manipular os fetos para terem super-filhos, estaria quebrada 
a qualidade essencial da parentalidade: o fato de amarmos os filhos 
incondicionalmente. Sejam ou não perfeitos. 
Igual raciocínio é aplicável aos “pais-helicóptero”: é natural desejar o melhor 
para os filhos. Porém não é natural ter com os filhos a mesma relação que existe 
entre um treinador e o seu atleta, como se a vida – acadêmica, pessoal, 
emocional – fosse uma mini-Olimpíada permanente. 
Na minha infância, as únicas medalhas que colecionei são as cicatrizes que trago 
no corpo. Não as troco por nada. 
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(Folha de S.Paulo, 29.07.2014. Adaptado) 
Assinale a alternativa correta sobre as expressões destacadas. 
a) Em “Provavelmente, seria exibido em uma jaula”, ocorre circunstância 
adverbial de intensidade, como em: Disse que muito se alegrava com a 
promoção na empresa. 
b) Em “Minhas senhoras e meus senhores, vejam com os próprios olhos”, 
ocorre circunstância adverbial de causa, como em: Saiu às pressas, pois não 
queria deixar o colega à sua espera. 
c) Em “E a minha mãe certamente estaria presa”, ocorre circunstância 
adverbial de afirmação, como em: Encantou-se com o apartamento por ele ser 
bem arejado. 
d) Em “a filha de nove anos brincar no parque sem vigilância apurada”, ocorre 
circunstância adverbial de modo, como em: Sentia-se à vontade na casa dos 
sogros. 
e) Em “deixavam as suas crianças à solta, talvez por entenderem”, ocorre 
circunstância adverbial de dúvida, como em: Infelizmente ele se ofendeu com 
o nosso comentário. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O advérbio “muito” realmente indica intensidade, 
no entanto, “provavelmente” indica dúvida. 
Alternativa B – Incorreta – Ambas as expressões destacadas indicam o modo 
como acontece a ação. 
VER como/de que forma/de que modo? Com os próprios olhos. 
SAIR como/de que forma/de que modo? Às pressas. 
Alternativa C – Incorreta – De fato, “certamente” indica afirmação, porém o 
advérbio “bem” está indicando a intensidade com a qual o apartamento é 
arejado. 
Alternativa D – Correta – Ambos indicam modo. 
A primeira expressão indica a maneira/o modo como a criança brinca no 
parque enquanto a segunda indica a maneira/o modo como a pessoa sentia-
se “na casa dos sogros”. 
Alternativa E – Incorreta – O advérbio “talvez” indica dúvida, mas 
“infelizmente” quer dizer de modo infeliz, portanto, indica modo. 
Gabarito: D 
 
8) VUNESP/Aux PMPE SP/MPE SP/Administrativo/2014 
Leia o texto para responder à questão. 
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Este ano marca o 20.º aniversário do genocídio em Ruanda. Em exatos cem 
dias, de abril a julho de 1994, entre 800 mil e um milhão de ruandeses, 
predominantemente da etnia tutsi, foram massacrados, quando um governo 
extremista liderado por outra etnia, a hutu, lançou um plano nacional para 
basicamente exterminar a minoria tutsi e qualquer outra que fizesse oposição a 
suas políticas, até mesmo hutus moderados. Foi um cenário infernal no qual 
assassinatos brutais – inclusive de crianças e bebês – eram realizados por 
pessoas que poucos dias antes eram vizinhas, colegas ou mesmo amigas. 
O genocídio só chegou ao final quando a Frente Patriótica de Ruanda (RPF, na 
sigla em inglês), movimento tutsi liderado por Paul Kagame, saiu da vizinha 
Uganda e derrubou o governo hutu. Kagame tornou-se presidente em abril de 
2000 e continua sendo até hoje. 
As coisas mudaram muito em Ruanda desde então, e para melhor. Foi a partir 
de 2006 que a evolução do país passou a mostrar dados impressionantes: mais 
de um milhão de ruandeses saíram da pobreza; o acesso à saúde e à educação 
está em expansão; um boom imobiliário transformou a capital Kigali; e pelo 
menos dois terços da população do país estão abaixo dos 25 anos, tornando o 
potencial para a força de trabalho de Ruanda extremamente promissor. 
Apesar disso, o austero e exigente Kagame reconhece que do vírus do ódio, da 
raiva e do desejo de vingança não é fácil de se livrar. 
(http://revistasamuel.uol.com.br, 28.03.2014. Adaptado) 
Em relação à classificação dos numerais, os fracionários indicam a parte de um 
inteiro, como se comprova com a expressão: 
a) pelo menos dois terços da população. 
b) mais de um milhão de ruandeses. 
c) Em exatos cem dias. 
d) de abril a julho de 1994. 
e) o 20.º aniversário. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – “Dois terços” (2/3) é um numeral fracionário. 
AlternativaB – Incorreta – “Um milhão” é um numeral cardinal. 
Alternativa C – Incorreta – “Cem” é numeral cardinal. 
Alternativa D – Incorreta - “1994” é numeral cardinal. 
Alternativa E – Incorreta - “20º” (vigésimo) é numeral ordinal. 
Gabarito: A 
 
9) VUNESP/AuxPMPE SP/MPE SP/Administrativo/2014 
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Leia o texto para responder à questão. 
Chuvas com lembranças 
Começam a cair uns pingos de chuva. Tão leves e raros que nem as borboletas 
ainda perceberam, e continuam a pousar, às tontas, de jasmim em jasmim. As 
pedras estão muito quentes, e cada gota que cai logo se evapora. Os meninos 
olham para o céu cinzento, estendem a mão – vão fazer outra coisa. (Como 
desejariam pular em poças d’água! – Mas a chuva não vem...) 
Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um 
sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um 
raio de sol! 
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que 
despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão 
apagar a caprichosa caligrafia dos exercícios! 
Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do 
para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem 
súbita e fosfórea mostrada pelos relâmpagos. 
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com 
o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, 
arrastou pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que 
durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os 
sacerdotes e o povo a pedirem a misericórdia divina. 
Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente 
transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, 
pedras, telheiros a soterrarem pobre gente! 
Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas 
percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam 
contentes. Tudo é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios 
e avisados tantas coisas liam, outrora... 
“São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a 
água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!” 
(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a preposição em destaque forma uma expressão 
indicativa de lugar. 
a) Começam a cair uns pingos de chuva. 
b) … e causou tal pânico em toda a cidade… 
c) Os meninos esperam em vão pelas poças d’água… 
d) … quanta gente estará suspirando por um raio de sol! 
e) Penso em chuvas de outrora… 
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Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – A expressão “de chuva” indica matéria. 
Alternativa B – Correta – A preposição “em” forma uma locução adverbial 
de lugar (“em toda a cidade”). 
Alternativa C – Incorreta – A expressão “em vão” é uma locução adverbial de 
modo. 
Alternativa D – Incorreta – “Por um raio de sol” indica causa. 
Alternativa E – Incorreta – A preposição “em” na expressão “em chuvas” tem 
valor semântico de assunto (penso sobre/a respeito de chuvas). 
Gabarito: B 
 
10) VUNESP/Serv/CM Jabo/2015 
Leia a manchete a seguir, publicada em um portal de notícias, e assinale a 
alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas. 
Morador flagra suposto descarte de entulho na zona sul de Ribeirão Preto 
Restos __________ poda e entulhos seriam deixados em terreno ______ 
condomínios. Administradora diz ter aval da prefeitura _____ descarte, mas 
governo nega. 
(http://goo.gl/d4aqut. Adaptado) 
a) com … até … em 
b) por … de … até 
c) de … por … para 
d) por … por … com 
e) de … para … em 
Comentários: 
Item I – Nesta lacuna, a preposição correta é DE, a fim de indicar matéria. 
Item II – Devemos preencher a segunda lacuna com a preposição POR indicando 
a autoria ou o agente da ação. 
Item III – A preposição PARA é necessária a fim de indicar o sentido de 
finalidade. 
Gabarito: C 
 
11) IBFC/Ag PJ/PC-SE/2014 
Texto I 
 
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Ética e moral: que significam? 
(Leonardo Boff) 
Face à crise generalizada de ética e de moral, importa resgatar o sentido 
originário das palavras. Ética e moral é a mesma coisa? É e não é. 
1. O significado de ética 
Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações e indicações que 
valem para todos, pois estão ancorados na nossa própria humanidade. Que 
significa agir humanamente? 
O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de regra de ouro, é 
esse: “não faças ao outro o que não queres que te façam a ti". Ou 
positivamente: “faça ao outro o que queres que te façam a ti". Esse princípio 
áureo pode ser traduzido também pela expressão de Jesus, testemunhada 
em todas as religiões: “ama o próximo como a ti mesmo". É o princípio do 
amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado? Quem não quer 
amar? Alguém quer ser odiado ou ser tratado com fria indiferença? Ninguém. 
Outro princípio da humanidade essencial, é o cuidado. Toda vida precisa de 
cuidado. Um recém-nascido deixado à sua própria sorte morre poucas horas 
após. O cuidado é tão essencial que, se bem observarmos, tudo o que 
fazemos vem acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. Se fazemos com 
cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. Tudo o que amamos também 
cuidamos. 
A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos do planeta Terra, 
ele poderá sofrer um colapso e destruir as condições que permitem o projeto 
planetário humano. A própria política é o cuidado para com o bem do povo. 
Outro princípio reside da solidariedade universal. Se nossos pais não fossem 
solidários conosco quando nascemos e nos tivessem rejeitado, não 
estaríamos aqui para falar de tudo isso. Se na sociedade não respeitamos as 
normas coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. 
A solidariedade para existir de fato precisa sempre ser solidariedade a partir 
de baixo, dos últimos e dos que mais sofrem. A solidariedade se manifesta 
então como com-paixão. Com-paixão quer dizer ter a mesma paixão que o 
outro, alegrar-se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta 
só em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos. 
Pertence também à humanidade essencial a capacidade e a vontade de 
perdoar. Todos somos falíveis, podemos errar involuntariamente e prejudicar 
o outro conscientemente. Como gostaríamos de ser perdoados, devemos 
também nós perdoar. Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio tenham 
a última palavra. Perdoar é conceder uma chance ao outro para que possa 
refazer as relações boas. 
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Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro 
diante de mim, aí surge o imperativo ético de tratá-lo humanamente. Sem 
tais valores a vida se torna impossível. 
Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa 
cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus 
comportamentos para que todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é 
apenas a casa individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o 
planeta Terra como casa comum. Eis, pois, o que é a ética. Vejamos agora 
o que é moral. 
2. O significado de moral 
A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é 
sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do 
seu jeito o amor, o cuidado, a solidariedade e o perdão.Esse jeito diferente 
chamamos de moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, 
consoante as maneiras diferentes como os seres humanos organizam a vida. 
Vamos dar um exemplo. Importante é ter uma casa (ética). O estilo e a 
maneira de construí-la pode variar (moral). Pode ser simples, rústica, 
moderna, colonial, gótica, contanto que seja casa habitável. Assim é com a 
ética e a moral. 
Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que nela todos possam 
caber inclusive a natureza. Faz-se mister uma ética comum, um consenso 
mínimo no qual todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar 
as maneiras diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às 
várias morais, vale dizer, os vários modos de organizar a família, de cuidar 
das pessoas e da natureza, de estabelecer os laços de solidariedade entre 
todos, os estilos de manifestar o perdão. 
A ética e as morais devem servir à vida, à convivência humana e à 
preservação da Casa Comum, a única que temos que é o Planeta Terra. 
(Disponível em: 
http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etic...Acesso 
em:07/10/2014) 
 
Considerando o contexto, ao fazer uso do hífen na grafia do vocábulo destacado 
em “A solidariedade se manifesta então como com-paixão” (5°§), o autor 
pretendeu destacar o sentido que é apreendido pelo prefixo. Tal valor está mais 
bem explicitado pela noção de: 
a) meio 
b) causa 
c) companhia 
d) instrumento 
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Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – Ex. Falei com ele pelo telefone. 
Alternativa B – Incorreta – Ex. Fiz tudo aquilo por você. Morreu de medo. 
Alternativa C – Correta – Ex. Ele chegou com a sua amiga. 
 A banca considerou na expressão o valor semântico de companhia (com-paixão 
= com ela = em companhia da paixão). 
Outro valor semântico relacionado à expressão seria o de MODO. Eis um 
exemplo de valor semântico de modo: Fez tudo com amor (de forma amorosa). 
Alternativa D – Incorreta – O valor semântico de instrumento está mais ligado 
a algum instrumento físico, material com o qual se executa alguma ação. 
Ex. Consertei o carro com um alicate. Cortei o papel com uma tesoura. Escrevia 
a carta a lápis. 
Gabarito: C 
 
12) IBFC/EBSERH/Técnico em Contabilidade/2015 
TEXTO 
Plataforma 
O Rio vive uma contradição no carnaval que parece não ter saída. Não vai longe 
o tempo em que reclamava da decadência da folia nas ruas. O carnaval tinha se 
transformado no desfile de escolas de samba, uma festa elitista que se resumia 
ao que acontecia nos limites do Sambódromo e que era vista por apenas 30 mil 
pessoas que pagavam caro para participar da brincadeira. E que só durava duas 
noites. Para quem se diz o maior carnaval do mundo, convenhamos que é muito 
pouco mesmo. Agora, quando os blocos voltaram a animar as ruas da cidade 
durante toda a folia e ainda nas semanas que a antecedem, o Rio continua 
reclamando. Tem bloco demais, tem gente demais, tem pouco banheiro, tem 
muito banheiro... 
Carnaval é festa espontânea. Quanto mais organizado, pior. Chico Buarque fala 
sobre isso no ótimo samba "Plataforma". "Não põe corda no meu bloco/ Nem 
vem com teu carro-chefe/ Não dá ordem ao pessoal", já dizia ele num disco de 
antigamente. Bem, como antigamente as letras de Chico sempre queriam dizer 
outra coisa, é capaz de ele não estar falando de organização do carnaval. Mas 
à certa altura ele é explícito: "Por passistas à vontade que não dancem o 
minueto". Para quem está chegando agora, pode parecer o samba do crioulo 
doido. 
Mas o compositor faz uma referência ao desfile do Salgueiro de 1963, quando 
"Xica da Silva" foi apresentada à avenida. A escola "inovou" apresentando uma 
ala com 12 pares de nobres que dançavam o minueto. Foi um escândalo. Não 
pode. Passista tem que desfilar livre, leve e solto. Falando disso agora, quando 
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passistas não têm a menor importância, quando eles mal são vistos na avenida, 
percebe-se que o minueto era o de menos. Mas isso é escola de samba, e o 
assunto aqui é carnaval de rua (faz tempo que escola de samba não é carnaval 
de rua). Com o renascimento dos blocos, o Rio recuperou a alegria do carnaval 
nas calçadas, no asfalto, na areia. E agora? Basta dar uma olhada nas cartas 
dos leitores aqui do jornal. 
Reclama um leitor: "Para os moradores de Ipanema, (o carnaval de rua 2011) 
transformou-se num tormento. Ruas bloqueadas até para o trânsito de 
pedestres, desrespeito à Lei do Silêncio, atos de atentado ao pudor e, por vezes, 
de vandalismo". Escreve outro, sobre os mijões, figura que ficou tão popular no 
período quanto a colombina e o pierrô: "A Guarda Municipal deveria agir com 
mais atenção e no rigor da lei. Está muito sem ação". Mais um: "Com que direito 
a prefeitura coloca esses banheiros horrorosos nas avenidas da orla, onde se 
paga dos IPTUs mais caros do mundo, ocupando vagas de carros que já são tão 
poucas?" 
Como se vê, e voltando a citar o samba do Chico, o carioca tem o peito do contra 
e mete bronca quando o assunto é carnaval. Mas carnaval de rua muito 
organizado... não sei, não. É como botar o pessoal que sai nos blocos pra dançar 
o minueto. Carnaval de rua e organização não combinam. 
(Artur Xexéo. Revista O Globo, dezembro de 2011) 
 
Em “Falando disso agora, quando passistas não têm a menor importância, 
quando eles mal são vistos na avenida, percebe-se que o minueto era o de 
menos”, o termo em destaque tem os corretos comentários morfológicos e 
semânticos indicados em: 
a) Advérbio de tempo; indica uma referência ao momento atual vivido pelo 
Carnaval. 
b) Pronome indefinido; expressa vagamente o momento da ação. 
c) Advérbio de tempo; indica uma referência exclusiva ao momento de escrita 
da crônica. 
d) Advérbio de modo; destaca a pouca relevância das passistas na atualidade. 
e) Advérbio de afirmação: realça a imagem negativa das passistas, nos tempos 
atuais, incluindo o autor nesse grupo que lhes nega importância. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – O termo “agora” é um advérbio de tempo e podemos 
perceber que ele foi utilizado na frase com esse mesmo valor semântico. Ele 
refere-se ao momento do carnaval, o que é ratificado pelas expressões que o 
substituem: “quando passistas não têm a menor importância” e “quando eles 
mal são vistos na avenida”. 
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Alternativa B – Incorreta – São exemplos de pronomes indefinidos: alguns, 
vários, muitos, tantos e etc. Estes são vagos e imprecisos, o que não acontece 
com o advérbio “agora”. 
Alternativa C – Incorreta – As expressões “quando passistas não têm a menor 
importância” e “quando eles mal são vistos na avenida” indicam que o autor 
refere-se ao período do carnaval a que ele se refere no texto. 
Alternativa D – Incorreta – São exemplos de advérbios de modo: bem, mal, 
assim, pior, melhor, depressa, devagar, calmamente, pacientemente e etc. 
Alternativa E – Incorreta – Não há qualquer sentido de afirmação no termo 
destacado. Reveja alguns advérbios de afirmação: sim, indubitavelmente, 
certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, 
realmente, deveras e etc. 
Gabarito: A 
 
13) IBFC/EBSERH/Engenheiro de Segurança do Trabalho/2015 
No trecho “na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na 
dissonância do outono; no conforto do inverno;", as palavras em destaque, no 
contexto em que se encontram, podem ser classificadas, morfologicamente, 
como: 
a) verbos 
b) adjetivos 
c) advérbios 
d) pronomes 
e) substantivos 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – Os verbos indicamações. 
Alternativa B – Incorreta – Os adjetivos qualificam os nomes. 
Alternativa C – Incorreta – Os advérbios modificam os verbos, adjetivo ou 
outros advérbios. 
Alternativa D – Incorreta – Os pronomes são termos que substituem ou 
acompanham os nomes. 
Alternativa E – Correta - As palavras “floração”, “abuso” “dissonância” e 
“conforto” são nomes ou substantivos. 
 Gabarito: E 
 
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14) IBFC/Técnico Contábil/MGS/2016 
 
Texto II 
 
 
A classe gramatical da palavra “meio”, presente na tira acima é: 
a) numeral 
b) adjetivo 
c) substantivo 
d) advérbio 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – 
NÃO CONFUNDIR o numeral fracionário “meia” com o advérbio “meio”. 
Exemplo: 
• Ela comeu meia melancia. (comeu a metade da melancia) 
• Ela ficou com a barriga meio cheia após comer a melancia. 
Repare que “meio” é advérbio de intensidade, portanto INVARIÁVEL, 
significando “um pouco”. Aqui, não cabe a palavra “meia”, ok? 
Alternativa B – Incorreta – No exemplo acima, “Ela comeu meia melancia”, o 
numeral “meia” tem valor adjetivo, embora seja, a rigor, um numeral. 
Alternativa C – Incorreta – meio (substantivo) = forma, maneira; 
Ex. Aquele é o seu meio de vida 
Alternativa D – Correta – A palavra “meio” foi utilizada no sentido de um pouco 
(AAV de intensidade). 
Gabarito: D 
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15) FGV / Aux. Leg. Op. / ALE-MA / Bombeiro Hidráulico / 
2013 
A Lei seca 
A nova Lei Seca ajudou a reduzir o número de mortes nas estradas 
federais no feriado de Páscoa, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda está 
em alerta para a principal causa de óbitos nas rodovias brasileiras: a colisão 
frontal. Com o objetivo de reduzir esse tipo de acidente, o governo planeja 
aprovar um pacote de medidas ainda este mês no Congresso, endurecendo 
multas e reforçando a fiscalização, a exemplo do que ocorreu em dezembro para 
coibir a mistura entre álcool e direção. 
Segundo a PRF, a Lei Seca por si só não é capaz de reduzir a colisão 
frontal, porque esse tipo de acidente é resultado de outros fatores, como a 
disposição das estradas brasileiras e a imprudência dos motoristas, mesmo sem 
consumo de álcool. Além disso, a fiscalização é dificultada, já que a colisão pode 
ocorrer em qualquer ponto ao longo das rodovias, principalmente na zona rural, 
onde a maioria conta com apenas uma pista para ida e outra para volta. 
"É um acidente muito fatal. Se vem um carro a 100 km/h e outro, no 
sentido oposto, também a 100 km/h, é a mesma coisa que pegar um carro e 
bater num muro de concreto a 200 km/h", afirma o inspetor da PRF Stênio Pires. 
"Por isso que nós queremos endurecer a legislação. É praticamente um 
homicídio, correndo o risco de matar uma pessoa de uma forma muito cruel", 
completa. 
Em 2011, foram 2.652 mortes nesse tipo de acidente, quase 2.200 em 
zona rural. Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, essa 
modalidade provoca 40% dos óbitos. Os números de 2012 ainda estão sendo 
auditados e não foram divulgados, mas a instituição utiliza dados dos últimos 
feriados para avaliar que a Lei Seca não conseguiu inibir essas mortes nas 
estradas federais. 
(Rosane d’Agostino) 
O substantivo “imprudência” está ligado ao adjetivo “imprudente”. 
Entre os substantivos e adjetivos a seguir, assinale a correspondência incorreta. 
a) Lei / Legal 
b) Morte / Mortal 
c) Acidente / Acidental 
d) Álcool / Alcoolismo 
e) Rodovia / Rodoviário 
Comentários: 
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Observe que em quatro alternativas há um substantivo e um adjetivo derivado 
daquele. No entanto, em uma delas, há dois substantivos. Conseguiu 
identificar? Vou comentar a questão com exemplos fictícios. 
Alternativa A – Incorreta – Ex. Ato legal - “Legal” qualifica o nome “ato”, logo 
é adjetivo. 
Alternativa B – Incorreta – Ex. Golpe mortal - “Mortal” qualifica “golpe”, logo 
é adjetivo. 
Alternativa C – Incorreta – Ex. Lance acidental - “Acidental” qualifica “lance”, 
logo é adjetivo. 
Alternativa D – Correta – Ex. O alcoolismo mata muitas pessoas. Note que o 
termo “alcoolismo” não qualifica qualquer termo, ele é um substantivo, sujeito 
da oração, pois é ele quem exerce a ação. 
Alternativa E – Incorreta – Ex. Policial rodoviário - “Rodoviário” qualifica o 
substantivo “policial”, logo é adjetivo. 
Gabarito: D 
 
16) FGV / Analista Legislativo / SEN / Apoio Técnico e 
Administrativo / Tradução e Interpretação / 2008 
Constituição à brasileira 
 Vinte anos. Congresso superlotado, emoção quase palpável, o presidente 
da Constituinte, deputado Ulysses Guimarães, 71, muito à vontade, no auge da 
glória, expressão de felicidade no rosto altivo, termina vigoroso discurso. De pé, 
ergue os longos braços para exibir um livro de 292 páginas, capa verde-
amarela, 245 artigos e 70 disposições transitórias, que chama de Constituição 
Cidadã, porque acha que recuperará como cidadãos milhões de brasileiros. 
"Mudar para vencer! Muda, Brasil!", grita entusiasmado. 
 Foram 20 meses de muito poder, palco iluminado, pressão, choques, 
trabalho extenuante, abertura à participação popular. Esperava muito da Carta, 
seu maior feito. E também a Presidência da República. 
 De outubro a dezembro de 1988, em ambiente nacional de sinistrose e 
medo de hiperinflação, funcionou o chamado "pacto social", reunindo governo, 
empresários, trabalhadores e, no fim, políticos. Espaço de diálogo e negociação. 
Deu certo. Os entendimentos foram essenciais para amenizar o impacto inicial 
da Constituição. 
 A convocação da Assembléia Nacional Constituinte ganhara força na reta 
final da ditadura. Tancredo Neves, candidato a presidente, prometera fazê-lo. 
Hábil, usava o compromisso para se desvencilhar de questões embaraçosas. 
Seu eventual mandato seria de quatro, cinco ou seis anos? "Será o que a 
Constituinte fixar." Um dia, na intimidade, perguntei: "Seis anos, doutor 
Tancredo?". "Muito", respondeu. "Quatro?". "Pouco." Indispensável, mas 
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Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer 
 
 
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também fonte de instabilidade, a Constituinte podia quase tudo. Quando foi 
instalada, fevereiro de 1987, o presidente Sarney me disse que, apesar de tema 
conjuntural, a duração de seu mandato ocuparia o centro das atenções. Tinha 
certeza de que iam politizar o assunto. Coisas da política, do poder e da paixão. 
Havia forte enxame de moscas azuis no Congresso Nacional, muitos 
presidenciáveis. Difícil governar com inflação alta, economia em baixa e um 
suprapoder em cima. 
 No Palácio do Planalto, inesgotável romaria de parlamentares, parte de 
nariz empinado, salto 15 ou mais, exalando poder e importância. 
 A questão do mandato realmente pegou fogo. Em 15/11/1987, um 
domingo, a Comissão de Sistematização votou quatro anos para Sarney. A terra 
tremeu no Plano Piloto. Final da manhã, telefonema do general Ivan de Souza 
Mendes, ministro-chefe do SNI. Está ansioso e preocupado. Pede que eu vá 
depressa ao Palácio da Alvorada, residência presidencial. 
 Meia hora depois, encontro lá o presidente Sarney, os ministros militares 
e muitos civis. Dia tenso, perigoso. Grande atividade, agitação, nervosismo. O 
presidente ouvia muito e falava pouco. Aguentou firme. Não arredou pé do 
compromisso democrático. Começo da noite, li nota à imprensa, em que ele 
reafirmava o respeito a todas as decisões que viessem a ser adotadas pela 
Constituinte. Inclusive eleições em 1988. 
 No final do processo, acirrada disputa da duração do mandato e do

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