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REPUBLICA VELHA

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Resumo REPÚBLICA VELHA 
→ A República Velha é chamada pelos historiadores de Primeira República. 
→ Esse período foi iniciado com a Proclamação da República, que fez com que 
Deodoro da Fonseca assumisse a presidência. 
→ O período de 1889 a 1894 é também conhecido como República da Espada. 
→ A República Velha contou, ao todo, com treze presidentes e com outros dois 
que não puderam assumir a presidência. 
→ O mandonismo, clientelismo e coronelismo são características importantes 
desse período. 
→ A política dos governadores e a política do café com leite foram práticas 
importantes do arranjo político das oligarquias. 
→ O Brasil experimentou um avanço industrial embrionário nesse período, que 
resultou no nascimento do movimento operário no país. 
→ A desigualdade social e a política corrupta desse período motivaram revoltas 
em diversas partes do país. 
→ A Revolução de 1930 foi o acontecimento que precipitou o fim desse período 
e inaugurou a Era Vargas. 
Contexto histórico 
A República Velha iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da 
República, no dia 15 de novembro. Esse acontecimento iniciou-se pela manhã 
do dia citado quando os militares liderados pelo marechal Deodoro da 
Fonseca derrubaram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Na 
sequência do dia, José do Patrocínio, vereador no Rio de Janeiro, proclamou 
a República. 
Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como 
presidente provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para 
um mandato de quatro anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu 
vice, o marechal Floriano Peixoto, que permaneceu no cargo até o ano de 1894. 
Esse período de 1889 a 1894, em que o país foi governado por dois presidentes 
militares, é conhecido como República da Espada. 
 
A EDUCAÇÃO NA REPÚBLICA VELHA: 
* Constituição de 1891: universalização da educação fundamental. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/republica-espada-1889-1894.htm
Dualismo escolar: as escolas secundárias continuaram como espaço de 
preparação para a elite acessar o ensino superior. 
A educação constituiria a possibilidade de redenção da sociedade, ou seja, a 
educação teria condições de promover o desenvolvimento econômico e social 
da nação. 
a educação brasileira no primeiro governo Vargas: Vargas: produziu em seu 
governo um processo de industrialização que contribuiu no desenvolvimento 
econômico, mas não alterou a estrutura agrária do país, promovendo uma 
combinação de industrialização com a manutenção de uma estrutura agrária 
arcaica que continuou a concentrar terra e riqueza nas mãos de latifundiários. 
Instituída a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): atender a algumas 
reinvindicações trabalhistas. 
A EDUCAÇÃO NO PRIMEIRO GOVERNO DE VARGAS: Atende às novas 
necessidades, devido à urbanização crescente, diversidade social e novos 
setores econômicos e profissionais em desenvolvimento. Criação do Ministério 
da Educação e da Saúde, da Universidade do Rio de Janeiro, do Conselho 
Nacional de Educação e a estruturação do ensino secundário e do ensino 
comercial. Voltou-se os olhares para a formação de professores com a reforma 
Francisco Campos, a partir da criação da Faculdade de Educação, Ciências e 
Letras (1934). Sem reformas no ensino fundamental, apenas no secundário, que 
passa a ter um ciclo de preparação para o ensino superior. 
 
Educação no Brasil no Período da Primeira República (1889 - 1929) 
 
A República proclamada adota o modelo político americano baseado no sistema 
presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia 
positivista. 
 
A Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a 
liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola 
primária. 
Estes princípios seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição 
brasileira. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em 
formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. 
Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica. 
 
Esta Reforma foi bastante criticada. Primeiro pelos positivistas, já que não 
respeitava os princípios pedagógicos de Hugo Comte; pelos que defendiam a 
predominância literária, já que o que ocorreu foi o acréscimo de conteúdo 
científico às matérias tradicionais, tornando o ensino mais enciclopédico. 
 
É importante saber que o percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo o 
Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística, era de 75%. 
 
O Código Epitácio Pessoa, de 1901, inclui a lógica entre as matérias e retira a 
biologia, a sociologia e a moral, acentuando, assim, a parte literária em 
detrimento da científica. 
 
 
1890 
· Com a Proclamação da República, no Governo Provisório do Marechal Deodoro 
da Fonseca, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, torna-se Ministro da 
Instrução Pública, Correios e Telégrafos· O Decreto 510, do Governo Provisório 
da República, diz, em seu artigo 62, item 5o, que "o ensino será leigo e livre em 
todos os graus e gratuito no primário". · O índice de analfabetismo no Brasil é de 
67,2%. 
 
1891 
· A Constituição estipula o ensino leigo nas escolas públicas, em oposição ao 
ensino religioso. · É Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, João 
Barbalho Uchoa Cavalcanti. · No Governo de Floriano Peixoto são Ministros da 
Instrução Pública, Correios e Telégrafos: José Higino Duarte Pereira (interino) e 
Fernando Lobo Leite Pereira. 
 
 
1892 
· É extinto o Ministério da Instrução e a Educação passou a constituir uma 
diretoria do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, sendo Ministros 
Inocêncio Serzedelo Correia (interino) e Alexandre Cassiano do Nascimento. 
 
1893 
· É criado, em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz e a Escola Politécnica. 
 
1895 
· É Criado o Museu Paulista. · É criada a Escola de Engenharia do Mackenzie 
College, em São Paulo. · É fundada a Academia Brasileira de Letras por 
Machado de Assis. 
 
1899 
· É criado, em São Paulo, o Instituto Biológico, o Butantã, cuja direção foi 
confiada a Vital Brasil. 
 
1901 
· É criado, no Rio de Janeiro, o Instituto Soroterápico Federal, ou a escola de 
Manguinhos, dirigido por Oswaldo Cruz. · É criada a Escola Superior de 
Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba. 
 
1902 
· São criadas, em São Paulo, as Escolas de Comércio Álvares Penteado e do 
Mackenzie College. · São Ministros da Justiça e Negócios Interiores, no Governo 
Rodrigues Alves: José Joaquim Seabra e Félix Gaspar de Barros e Almeida. 
 
1906 
· É Ministro da Justiça e Negócios Interiores, no Governo Afonso Pena: Augusto 
Tavares de Lyra. 
 
1911 
· Surge a Lei Orgânica de Rivadávia Correia, estabelecendo o ensino livre e 
retirando do Estado o poder de interferência no setor educacional. 
 
1914 
· É fundado o Centro de Estudos Sociais por José Oiticica e Fábio Luz. · São 
Ministros da Justiça e Negócios Interiores, no Governo Venceslau Brás: Carlos 
Maximiliano Pereira dos Santos e Augusto Tavares de Lira (interino). 
 
1915 
· Conclui·se que a Lei Rivadávia Correia não poderia continuar. A Lei do Ministro 
Carlos Maximiliano reoficializa o ensino. 
 
1920 
· Sampaio Dória realiza em São Paulo uma reforma tentando reconduzir a 
educação para novos métodos de ensino. · O percentual de analfabetos no país 
referente a todas as idades é de 75% e na população de 15 anos e mais é de 
65%. 
 
1922 
· O educador Carneiro Leão inicia uma reforma educacional no Rio de Janeiro, 
então Distrito Federal. · José Augusto publica "Eduquemo·nos". 
 
1923 
· O educador Lourenço Filho inicia um movimento de renovação educacional 
com a reforma realizada no Estado do Ceará. 
 
1924 
· É criada a Associação Brasileira de Educação · ABE, por Heitor Lira, Antonio 
Carneiro Leão, Venâncio Filho, Everardo Backeuser, Edgard Süssekind de 
Mendonça,Delgado de Carvalho, entre outros. · Contando com o apoio da Força 
Pública Estadual, eclode em São Paulo a Revolução Paulista que conspirava 
contra o governo de Artur Bernardes. 
 
1925 
· O educador Anísio Teixeira realiza uma reforma educacional no estado da 
Bahia, através da Lei 1.846. · Através da Reforma Rocha Vaz é introduzida a 
cadeira de Instrução Moral e Cívica, como forma de combater o protesto 
estudantil contra o governo de Artur Bernardes. 
 
1927 
· O educador Francisco Campos realiza no Estado de Minas Gerais uma reforma 
educacional. · Realiza·se a primeira das Conferências Nacionais de Educação, 
em Curitiba, organizada pela Associação Brasileira de Educação · ABE. · Por 
iniciativa de Francisco Mendes Pimentel é criada a Universidade de Minas Gerais 
(a iniciativa teve curta duração). 
 
1928 
· Fernando de Azevedo realiza uma reforma educacional na cidade do Rio de 
Janeiro, então Distrito Federal, e Carneiro Leão, em Pernambuco. 
 
1930 
· É criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, através do Decreto 19.402, 
tendo como Ministros no Governo Getúlio Vargas: Francisco Luiz da Silva 
Campos, Belizário Augusto de Oliveira Pena, Washington Ferreira Pires e 
Gustavo Capanema. · O educador Lourenço Filho publica "Introdução ao Estudo 
da Escola Nova". · O educador Fernando de Azevedo cria a Biblioteca 
Pedagógica Brasileira. · Os alunos matriculados nas escolas correspondem a 
30% da população em idade escolar. 
 
 
	Resumo REPÚBLICA VELHA
	Contexto histórico
	Educação no Brasil no Período da Primeira República (1889 - 1929)

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