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1 
NORMAS A CONSULTAR 
Na elaboração de um projeto, devem ser consultadas as seguintes normas publicadas pela 
Associação Brasileira de Normas Técnica ABNT: 
 
NBR 6492/94 Representação de Projetos de Arquitetura 
NBR 8196/99 Emprego de Escalas 
NBR 8403/84 Aplicações de Linhas Tipos e Larguras 
NBR 10068/87 Folhas de Desenho Leiaute e Dimensões 
NBR 13142/99 Dobramento e Cópias 
 
 
OBJETIVO DA NORMA NBR-6492/94 
Fixar as condições exigíveis para representação gráfica de projetos de arquitetura, visando à sua boa 
compreensão. Obs.:Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 10068- Folha de 
desenho-Leiaute e dimensões –Padronização. 
DEFINIÇÕES DA NORMA NBR-6492/94 
Planta de situação; 
Planta de locação (ou implantação); 
Planta de edificação; 
Corte; 
Fachada-Representação gráfica de planos externos da edificação; 
Elevações -Representação gráfica de planos internos ou de elementos da edificação; 
Detalhes ou ampliações; 
Escala; 
Programa de necessidades; 
Memorial justificativo; 
Especificação; 
etc; 
 
CONDIÇÕES GERAIS 
 
Papel 
Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistência e durabilidade 
apropriadas; 
A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das 
facilidades de reprodução, a saber: 
 
 
 
 
 
CONDIÇÕES GERAIS 
Papel 
 
Papel transparente 
Manteiga,vegetal,albanene,poliésterecronaflex. 
 
Papel opaco 
Canson;schoellerousulfitegrosso. 
 
 
 
 2 
 
 
CONDIÇÕES GERAIS 
Formatos do papel : Devem ser utilizados os formatos de papel da série “A”, conforme 
NBR10068/87, formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e 
arquivamento. 
 
 
Margem 
Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o 
desenho; 
 
 
 3 
As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões da tabela 
abaixo; 
A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. 
 
 
 
 
Configuração da folha 
A região acima da legenda é reservada para marcas de revisão, para observações, convenções e 
carimbos de aprovação de órgãos públicos. 
 
Posição de leitura 
Os desenhos devem ser lidos da base da folha de desenho ou de sua direita. As posições inversas a 
estas (leitura de cima para baixo ou da esquerda para a direita) são consideradas “de cabeça para 
baixo”. 
 
 
 4 
 
 
 
Carimbo (ou quadro) Selo ou Legenda 
Conteúdo mínimo da legenda: 
Designação e emblema da empresa que está elaborando o projeto ou a obra; 
Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com sua identificação (inscrição no órgão 
de classe) e local para assinatura; 
Local e data; 
Nome ou conteúdo do projeto; 
Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na prancha) 
Escala(s)adotada(s)no desenho e unidade; 
Número da prancha; 
Áreas (construída,terreno). 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
O local de cada uma das informações da legenda pode ser escolhido pelo projetista, destacar as 
informações de maior relevância; 
O número da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da legenda; 
O nome da empresa localiza-se na região inferior esquerda da legenda. 
 
 
 
 
 
Dobramento de cópias de desenho 
O formato final deve ser o A4. 
As folhas devem ser dobradas levando em conta a fixação da aba em pastas e deixando visível o 
carimbo destinado à legenda. 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Do formato A3 para o A4. 
De 420x297 para 210x297mm. 
 
Do formato A2 para o A4. 
De 594x420 para 210x297mm. 
 
 
 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Do formato A1 para o A4. 
De 841x594 para 210x297mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
Do formato A0 para o A4. 
De 1188x841 para 210x297mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO PARA DOBRAMENTO DO PAPEL 
 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
Desenhos utilizados na representação dos projetos de edificações 
 
Na representação dos projetos de edificações são utilizados os seguintes desenhos: 
 
Plantas baixas dos diversos pavimentos; 
Cortes Longitudinais e transversais; 
Fachadas; 
Planta de situação; 
Planta de Localização; 
Desenho de detalhes; 
Outros. 
 
Escalas mais utilizadas : 
Planta baixa ..............1:50, 1/100 
Cortes........................1:50,1/100 
Fachadas....................1:50, 1/100 
Situação.....................1:200 / 1: 500, 1/1000, 1/2000 
Localização................ 1/200, 1/250, 1/500, 1:1000 / 1:2000 
Desenho de detalhes: 1/10, 1/20, 1/25, 1/1 
 
obs: A escala não dispensará a indicação de cotas . 
 
ESCALA NUMÉRICA 
 
Por meio do Desenho Arquitetônico o arquiteto ou o desenhista gera os 
documentos necessários para as construções. Esses são reproduzidos em "pranchas", 
isto é, folhas de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica, onde o 
espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens. Uma prancha "A4", 
por exemplo, tem 21cm de largura por 29,7cm de altura e espaço utilizável de 17,5 
cm de largura por 27,7 cm de altura. Desta forma se tivermos que desenhar a planta, o 
corte e a fachada de uma edificação, nesta prancha, estes deverão estar em ESCALA. 
As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas de escalímetro. Em função do tamanho de 
prancha escolhida, podemos desenhar na escala de 1:100. Isso significa que o desenho estará 100 
vezes menor que a verdadeira dimensão (VG). Então, se estamos desenhando uma porta de nosso 
projeto, com 1 metro de largura (VG), ela aparecerá no desenho, em escala, com 1 cm de largura. 
Se escolhermos 1:50 o desenho será 50 vezes menor, e assim por diante. Como podemos observar, 
o tamanho do desenho produzido é 
inversamente proporcional ao valor da escala, um desenho produzido na escala de 
1:50 é maior do que ele na escala de 1:200. 
Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de 
detalhe da informação. Normalmente, na etapa de projeto executivo, quando os 
elementos da construção estão sendo desenhados para serem executados, como por 
exemplo as esquadrias (portas, janelas, etc), normalmente as desenhamos o mais 
próximo possível do tamanho real. Há quem goste de desenhar na escala de 1:1. Ou 
seja no tamanho verdadeiro. Isso facilita a visualização da dimensão real das peças, 
às vezes de extrema importância para o projetista ou construtor. Outro fator que 
influencia a escolha da escala é o tamanho do projeto. Prédios muito longos ou 
grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1:500 ou 
1:1000. Isto visando não fragmentar o projeto, o que quando ocorre dificulta às vezes 
a sua compreensão. 
 
 
 12 
O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida do 
desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de proporcionalidade 
encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação. Na construção civil as 
escalas sempre serão de redução, pois se constrói prédios enormes que estão desenhados numa 
simples folha de papel. 
As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A primeira é 
representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de 
gráfico. 
 
A escala numérica pode ser de ampliação e de redução. A 
primeira é utilizada quando se deseja obter representações gráficas maiores que o 
tamanho natural do objeto. As escalas de ampliação recomendadas são 2/1; 5/1; 5/1; 
10/1; 20/1; 100/1; etc. No entanto, quando se tem objetos cujas grandes dimensões 
impossibilitam sua representação, emprega-se a escala de redução. As mais usadas são 
1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/100; 1/200; 1/500; 1/1000 etc. Para a escolha entre uma 
ou outra, deve-se levar em consideração o tamanho do objeto a ser representado; as 
dimensões do papel e a clareza que se dá ao desenho. 
Vejamosa seguir, alguns exemplos de como representar algumas medidas em 
escala utilizando uma régua comum e tendo conhecimento da seguinte fórmula 
matemática: 
1/M = D/R 
Onde; 
1/M – módulo da escala 
D – comprimento de linha no desenho 
R – comprimento de linha no terreno (real) 
Exemplo: 
Um terreno tem 10 m de frente, qual medida pode representar essa dimensão 
no papel, na escala de 1/50? Com uma régua simples de 30cm? 
Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1/50, é desenhar 
essa medida cinqüenta vezes menor do que sua medida real. 
Vamos estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R. 
Onde; 
D= uma medida no desenho a ser calculada. 
R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m. 
1/50 = D/10 
D = 10/50 
D = 0,2 m 
1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm. 
Portanto: Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 
1/50 no papel, com 20 cm. (lembrando que você tem uma régua de 30cm). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
Resumindo as Escalas 
 
 
 
 
 
 
 GRAFICAÇÃO ARQUITETÔNICA 
 
Sempre que possível o desenho deve estar bem paginado, dentro de pranchas padronizadas com 
margens e carimbo com as informações necessárias. Deve estar limpo e sem rasuras. Conter traços 
homogêneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a compreensão dos 
elementos desenhados. Textos com caracteres claros que não gerem dúvidas ou dupla interpretação. 
Dimensões e demais indicações que permitam a boa leitura e perfeita execução da obra. Sempre que 
possível seguir uma norma de desenho estabelecida (NBR 6492). Para quem está iniciando parece 
difícil mas com a prática se torna um prazer. 
A base para a maior parte do desenho arquitetônico é a linha, cuja essência é a continuidade. Em um 
desenho constituído somente de linhas, a informação arquitetônica transmitida (espaço volumétrico; 
definição dos elementos planos, sólidos e vazios; profundidade) depende primordialmente das 
diferenças discerníveis no peso visual dos tipos de linhas usados. 
 
AS LINHAS 
As linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, 
dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas e etc, determinam as 
dimensões e informam as características de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão 
estar perfeitamente representadas dentro do desenho. 
 
 
 14 
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir 
contraste umas com as outras. 
Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma gradação no traçado 
em função do plano onde se encontram. As em primeiro plano serão sempre mais grossas e escuras, 
enquanto as do segundo e demais planos visualizados serão menos intensas. 
TRAÇO GRAFITE TIPO DE LINHA USO 
 
HB FH Principais/ secundá rias 
Cortes/ perfis/ corte 
através de espaços 
 
 
HB FH Secundárias 
Elevações/ arestas/ 
intersecções de planos 
 
FH 2H 4H 
Grades/ layouts/ 
representação 
Construções/ linhas de 
layout linhas em planos/ 
texturas 
 
 
Tipos e espessuras de linhas empregadas 
 
A compreensão de um projeto (ou desenho), esta relacionada intimamente aos 
traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o 
auxiliará na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo de 
linha é uma atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela trará 
informações importantes para execução de um projeto. 
Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e os 
tipos de traços. Estes devem ser: 
 
Traço forte - As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes, 
as paredes e todos os demais elementos interceptados pelo plano de corte. No desenho a lápis 
podemos desenha-la com o grafite 0.9, traçando com a lapiseira bem vertical, podendo retraça-la 
diversas vezes caso necessário. Com o uso de tinta nanquim a pena pode ser 0.6; 
Traço médio - As finas e escuras representam elementos em vista ou tudo que esteja abaixo do 
plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, etc. É indicado o uso do grafite 
0.5, num traço firme, com a lapiseira um pouco inclinada, procurando gira-la em torno de seu eixo, 
para que o grafite desgaste homogeneamente mantendo a espessura do traço único. Para o desenho a 
tinta pode-se usar as penas 0.2 e 0.3. 
Textos e outros elementos informativos podem ser representados com traços médios. Títulos ou 
informações que precisem de destaque poderão aparecer com traço forte. 
Traço fino - Nas paginações de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são 
representadas por linhas finas. Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se 
normalmente o grafite 0.3, ou o grafite 0.5 exercendo pequena pressão na lapiseira. Para tinta, usa-
se as penas 0.2 ou 0.1. 
Linhas de Contorno – contínuas 
A espessura varia com a escala e a natureza do desenho, exemplo: 
 ± 0,6 mm 
 
 
 15 
 
Linhas Internas – Contínuas 
Firmes, porém de menor valor que as linhas de contorno, exemplo: 
 ± 0,4 mm 
 
Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas. Mesmo valor que as linhas de eixo. 
 ± 0,2 mm 
 
Linhas de projeção – traço e dois pontos 
Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. 
São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises, balanços, etc. 
 ± 0,2 mm 
 
Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto 
Firmes, definidas, com espessura inferior às linhas internas e com traços longos. 
 ± 0,2 mm 
 
Linhas de cotas – contínuas 
Firmes, definidas, com espessura igual ou inferior à linha de eixo ou coordenadas 
 ± 0,2 mm 
Linhas auxiliares – contínuas 
Para construção de desenho, guia de letras e números, com traço; o mais leve possível. 
 ± 0,1 mm 
 
Linhas de indicação e chamadas – contínuas. Mesmo valor que as linhas de eixo. 
 
 
 
 
± 0,2 mm 
 
 
 
Qualidade da Linha 
 A qualidade da linha refere-se: 
À nitidez e à claridade; 
Ao grau de negrume e à densidade; 
E ao peso apropriado. 
As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em espessura, assim o peso 
dessa linha é dosada pela densidade do grafite usado – o qual é afetado pelo seu grau de dureza, 
pela superfície de desenho, pela umidade e também pela pressão exercida sobre o desenho. 
Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa, quer seja uma aresta, 
uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou simplesmente uma mudança de material ou 
de textura. 
Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida, o encontro de duas linhas devem ser 
sempre tocando nos seus extremos, mantendo uma relação lógica do início ao fim. 
 
 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
RESUMINDO AS LINHAS E TRAÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
 
Para os esboços iniciais e enquadramentos, recomenda-se o uso dos grafites da linha H, que 
permitem que os traços realizados com eles sejam apagados sem sujar ou destruir o papel. 
São eles H, 2H, 3H, etc. Para os traços definitivos, que fazem parte dos desenhos que poderão 
ser copiados e/ou utilizados na execução dos projetos, deverão ser utilizados os grafites da 
serie B, mais macios e escuros, tais como: B, 2B, 3B. Existem, ainda, dois tipos de grafites 
intermediários: HB,macio e ligeiramente escuro e F, claro e ligeiramente duro. 
 
EXEMPLOS 
 
 
DIMENSIONAMENTO/ COTAGEM – Colocação de cotas no desenho 
 
Cotas: são os números que correspondem às medidas reais no desenho. 
É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes as dimensões de projeto. São 
normalmente dadas em centímetros. Isso porque nas obras, os operários trabalham com o "metro"20 
(trena dobrável com 2 metros de comprimento), que apresenta as dimensões em centímetros. Assim, 
para quem executa a obra, usuário do "metro", a visualização e aplicação das dimensões se torna 
mais clara e direta. Isso não impede que seja utilizada outra unidade. Normalmente, para desenhos 
de alguns detalhes, quando a execução requer rigorosa precisão, as dimensões podem ser dadas em 
milímetros. Na hora de cotar, deve-se ter o cuidado de não apresentar num mesmo desenho, duas 
unidades diferentes, centímetros e metros por exemplo. As áreas podem e devem ser dadas em 
metros. Assim, procurar sempre informar através de uma "nota de desenho" as unidades utilizadas, 
como por exemplo: "cotas dadas em centímetros" e "áreas em metros". As cotas indicadas nos 
desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a distância entre duas paredes, a 
largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada, o pé direito de um 
pavimento, etc.. A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na dificuldade de 
saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação, medindo com o 
metro, a distância desejada. Portanto, não são indicadas, para os desenhos de projetos executivos, as 
escalas de 1:25, 1:75, 1:125, difíceis de se transformar com a utilização do “metro” de obra. 
Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem ter as suas medidas indicadas 
corretamente. 
Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e aborrecimentos. 
 
 
As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora do limite das 
linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não impede que algumas 
cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não dificultar a leitura das informações. 
Na sua representação, são utilizadas linhas médias para traçado das "linhas de cota" - que determina 
o comprimento do trecho a ser cotado; "linhas de chamada" - que indicam as referências das 
medidas; e o "tick" - que determina os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos desenhos, a 
linha de cota, normalmente dista 1cm (1/1) da linha externa mais próxima do desenho. Quando isso 
não for possível admite-se que esteja mais próxima ou mais distante, conforme o caso. As linhas de 
chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado (mas sem tocar), cruzar a linha de 
cota e se estender até um pouco mais além desta. O tick, sempre a 45º à direita, cruza a interseção 
entre a linha de cota e de chamada. Este deve ter um traçado mais destacado, através de uma linha 
mais grossa, para facilitar a visualização do trecho cotado. Podem ser utilizados outros tipos de 
representação que não seja o tick. O texto deve estar sempre acima da linha de cota, sempre que 
possível no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2mm da linha de cota. Caracteres 
com 3mm de altura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Princípios Gerais: 
As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida; 
As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm); 
As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota; 
Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões; 
As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados ACIMA da 
linha de cota; 
Quando a peça for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de cota: 
 
Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho; 
Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura; 
Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas que se indicam em 
porcentagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUTUROS Profissionais (AS): 
Deve-se colocar as cotas prevendo sua UTILIZAÇÃO futura 
na construção, de modo a evitar cálculos pelo operário 
na obra. 
Cotas 
horizontais 
As cotas 
verticais devem 
acompanhar a 
linha de cota, 
como se o 
observador 
estivesse à 
direita do 
desenho. 
 
As cotas oblíquas 
devem acompanhar 
as linhas de cotas e 
estas devem ser 
paralelas à face 
cotada. 
 
 
 22 
POSIÇÃO DAS COTAS 
 
 
 
 
 
 
COTAGEM DE ESQUADRIAS 
 
 
REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA PLANTA BAIXA 
 
 NOME DAS PEÇAS 
Em todo e qualquer projeto arquitetônico, independentemente da finalidade da construção, é 
indispensável a colocação de denominação em todas as peças, de acordo com suas finalidades. Esta 
denominação deve atender ao seguinte: 
Nomes em letras padronizadas, conforme NBR; 
Nomes sempre na horizontal; 
 
 
 23 
Utilização sempre de letras maiúsculas; 
Tamanho das letras entre 3 e 5mm; 
Letras de eixo vertical, não inclinadas; 
Colocação convencional no centro das peças. 
 
ÁREAS DAS PEÇAS 
São igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas as peças, de acordo 
com o seguinte: 
Colocação sempre abaixo do nome da peça; 
Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças; 
Algarismos de eixo vertical; 
Indicação sempre na unidade “M²”; 
Precisão de m² (duas casas após a vírgula). 
 SALA DE ESTAR GARAGEM 
 18,30 M² 15,10 M² 
 
NÍVEIS DAS DEPENDÊNCIAS 
Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de 
Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero). A colocação os níveis deve atender ao seguinte: 
Colocados dos dois lados de uma diferença de nível; 
Evitar repetição de níveis próximos em planta; 
Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); 
Algarismos padronizados pela NBR; 
Escrita horizontal; 
Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível; 
Indicação sempre em metros; 
simbologia convencional: Para Planta Baixa 
 
 
 
 
 
 
 COTAS GERAIS 
O desenho da Planta Baixa só será considerado completo se, além da representação gráfica dos 
elementos, contiver todos os indicadores necessários, dentre os quais as cotas (dimensões) são dos 
mais importantes. A cotagem deve seguir as seguintes indicações gerais: 
1. As cotas devem ser preferencialmente externas; 
2. As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; 
3. A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira 
linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem 
afastar-se umas das outras 1,0cm; 
4. Todas as peças e espessuras de paredes devem ser cotadas; 
5. Todas as dimensões totais devem ser identificadas; 
6. As aberturas de vãos e esquadrias devem ser cotadas e amarradas aos elementos 
construtivos; 
7. As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; 
8. As linhas de cota nunca devem se cruzar; 
+ 0,3000 - 2,10
 
 
 
 24 
Identificar pelo menos três linhas de cota: subdivisão de paredes e 
esquadrias, cotas das peças e paredes, e cotas totais externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA OS CORTES 
No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais, indicação de níveis e 
denominação dos ambientes cortados. Outras informações julgadas importantes podem ser 
discriminadas (impermeabilizações, capacidade de reservatórios, inclinação telhados, informações 
relativas a escadas, rampas e poços de elevador...) 
 
 Cotas 
São representadas exclusivamente as cotas verticais, de todos os elementos de interesse em projeto, 
e principalmente: 
1. pés direitos (altura do piso ao forro/teto); 
2. altura de balcões e armários fixos; 
3. altura de impermeabilizações parciais; 
4. cotas de peitoris, janelas e vergas; 
5. cotas de portas, portões e respectivas vergas; 
6. cotas das lajes e vigas existentes; 
7. alturas de patamares de escadas e pisos intermediários; 
8. altura de empenas e platibandas; 
9. altura de cumeeiras; 
10. altura de reservatórios (posição e dimensões); 
 
NÃO SE COTAM OS ELEMENTOSABAIXO DO PISO (função do projeto estrutural); 
Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa: 
1. As cotas devem ser preferencialmente externas; 
2. As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; 
3. A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira 
linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem 
afastar-se umas das outras 1,0cm; 
4. Todas as dimensões totais devem ser identificadas; 
5. As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; 
845
500
150
1
c
m
15 300
15
200
2
,5
c
m
1
c
m
15 90
10 15
15
200 150 15
 
 
 
 25 
6. As linhas de cota nunca devem se cruzar; 
7. Identificar pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de paredes, esquadrias, 
vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas totais externas. 
Níveis 
São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição 
desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). 
A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em 
planta, porém, os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes. 
A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes é: 
 
 
 
 
 
 
 
Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados do sinal, conforme 
localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00). Sempre são indicados com referência ao 
nível ZERO. 
 
 
 
Convenções e símbolos de projetos arquitetônicos 
 
As convenções e os símbolos gráficos são fundamentais nos projetos arquitetônicos. Devido as 
grandes dimensões dos objetos envolvidos, utilizamos as escalas de redução no desenvolvimento de 
um projeto. Por essa razão estes símbolos são em geral simples, assegurando clareza e objetividade. 
Paredes 
Existem diversos tipos de paredes utilizadas na construção civil, tais como: tijolos, cerâmicas, 
blocos de cimento, gesso, madeira, cical, alvenaria estrutural, etc. Normalmente são construídas de 
tijolos cerâmicos assentados e revestidos com argamassa. 
 
 
 
 
Dimensões das paredes 
Os tijolos variam de dimensões, de região para região; nos projetos arquitetônicos representamos: 
 
 
 
 
00 +0,30 -0,15
 
 
 
 26 
Paredes Revestidas 
 
 
 
Observações 
Quando a maioria das paredes são de tijolos, adotaremos não achurar as mesmas; representaremos 
da seguinte forma: 
 
 
 
OU SEJA: 
REPRESENTAÇÃO EM CORES - CONVENÇÃO 
 
Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que 
existe e o que será demolido ou acrescentado . Estas indicações podem ser feitas 
usando as seguintes convenções: 
 
 
 
 
Pisos e Tetos 
Pisos são construções destinadas a separar horizontalmente os diversos andares de um edifício. 
Dividem-se em pisos intermediários e contra pisos. 
 
Pisos intermediários 
São pisos executados entre os andares, podendo ser de concreto armado, madeira, ferro, misto, etc. 
 
 
 27 
 
 
Contra pisos 
São pisos executados diretamente sobre o solo; podendo ser de concreto simples, concreto armado, 
tijolos, etc. 
 
 
 
Tetos 
Tetos são construções destinadas a dar estética à parte inferior das estruturas dos pisos 
intermediários ou dos telhados, recobrindo ou realçando-as parcial ou totalmente. 
Os tetos podem ser de concreto armado, madeira, gesso, etc. 
 
 
 
 28 
Esquadrias 
 
 As Esquadrias são as construções que usamos na vedação de aberturas dos edifícios; que podem ser 
internas ou externas; geralmente de madeira, ferro, alumínio, vidro, mista, etc.,e são divididas em 
portas, janelas, gradis, etc. 
 
PORTAS 
As portas são uma forma de possibilitar o acesso ao interior e passagem entre os espaços internos de 
uma edificação. As portas externas devem assegurar vedação contra as intempéries quando fechadas 
e manter aproximadamente o mesmo isolamento das paredes externas da edificação. Ao mesmo 
tempo, porém, as entradas devem ser largas o suficiente para que as pessoas possam se mover 
através delas facilmente e permitir a movimentação do mobiliário e equipamentos. A facilidade de 
operação, requisitos de privacidade e segurança e quaisquer necessidades de iluminação, ventilação 
e vistas também devem ser considerados no desempenho de 
uma porta. As portas internas possibilitam passagem, privacidade visual e controle acústico entre os 
espaços internos. Portas em closets e depósitos destinam-se - primariamente - ao isolamento visual, 
apesar de que a ventilação também seja um bom requisito. As portas podem ser lisas, com 
almofadas, à francesa, de vidro, com janelas, com veneziana integral com bandeiras, com veneziana 
inferior, com telas ou holandesas. 
 
Quanto ao seu movimento, as portas podem ser: 
_ Pivotantes: geralmente articuladas no batente lateral, é a forma mais conveniente para entrada e 
passagem, exigindo, porém, espaço em volta da abertura da porta para o movimento da folha. 
Possui isolamento termo-acústico e resistência ao clima; 
_ De correr: deslizam sobre um trilho no topo e ao longo de guias ou sobre um trilho no piso. 
Oferece somente acesso a 50% da abertura, apesar de possuir um mínimo de espaço necessário, 
sacrificando o isolamento acústico; 
_ De correr sobrepostas: semelhante ao anterior, possibilita 100% de passagem na abertura; 
_ De correr embutida: permite 100% de passagem na abertura ao deslizar para dentro de um recesso 
contido na parede, a qual fornece uma aparência de abertura simplesmente revestida quando 
completamente aberta. Geralmente é utilizada quando uma porta pivotante iria interferir no uso do 
espaço; 
_ Articulada (ou sanfonada): é utilizada, primariamente, como proteção visual para closets e 
depósitos, além de possibilitar 100% de passagem na abertura. Utiliza um trilho superior e painéis 
de porta articulados. 
 
Os elementos básicos de uma porta são: 
_ Batentes (superior e laterais) _ os detalhes do batente determinam a aparência da porta, caso o 
caixilho seja aplicado a uma abertura com acabamento ou envolva uma abertura bruta; 
_ Folha da porta _ o tipo, o tamanho e a localização de uma porta estão 
relacionados com os requisitos físicos para o acesso, o efeito sobre o padrão de movimento dentro e 
entre os espaços, a freqüência prevista de uso, os requisitos de vedação às intempéries, isolamento 
termo-acústico e durabilidade, iluminação, vistas e ventilação, aparência visual desejada; 
_ Ferragens_ incluem os equipamentos necessários para a operação de uma 
porta, tais como dobradiças, fechaduras e trincos. 
Há, também, as portas giratórias, que possibilitam a proteção contínua contra as 
intempéries, eliminam correntes de ar e possibilitam o mínimo de perdas de calor e frio, além de um 
moderado fluxo de tráfego. 
 
 
 
 
 29 
Principais características as portas giratórias são: 
_ Podem suportar, aproximadamente, 2.000 pessoas por hora; 
_ São normalmente encontradas em edifícios comerciais e instituições; 
_ A fonte de aquecimento ou refrigeração pode ser integrada ou adjacente ao 
fechamento; 
_ As portas são de vidro temperado com esquadria em alumínio, aço inoxidável ou bronze; 
_ O fechamento pode ser de metal ou vidro (temperado, laminado ou aramado); 
_ Possui um controle opcional de velocidade que alinha as portas nos pontos dos quadrantes quando 
não estão em uso e vira as folhas ¾ de uma revolução à velocidade de caminhada quando ativadas 
por uma leve pressão; 
_ As folhas da porta podem ser retiradas em situações de emergência. 
 
JANELAS 
Existem muitos tipos e tamanhos de janelas e a sua escolha afeta não só a 
aparência física de uma edificação, mas também sua iluminação natural, ventilação, vistas 
potenciais e qualidade espacial do interior. As janelas também devem assegurar vedação contra as 
intempéries quando fechadas,ter capacidade de isolamento e evitar a formação de condensação nas 
superfícies internas. É sabido que, por possuírem componentes de fabricação industrial possuem 
tamanhos padronizados e correspondentes requisitos de tamanhos para suas aberturas. Por isso, seus 
tamanhos e sua localização devem ser cuidadosamente planejados de tal modo que as aberturas 
com vergas de tamanhos apropriados possam ser feitas nos sistemas de paredes da edificação. 
Uma das funções mais importantes das janelas é a de promover a ventilação 
natural dos ambientes, como recurso para o controle de temperatura e da qualidade do ar interior. O 
posicionamento, tipo e as dimensões relativas da janela e suas aberturas que permitem a entrada e 
saída do ar num ambiente influem não só na taxa, mas também na homogeneidade da renovação do 
ar interior. Na ausência de ventos, a renovação do ar pode ser conseguida através do efeito chaminé, 
decorrente da diferença de densidades entre o ar interior mais quente e o exterior, mais frio. Quanto 
maior for a diferença de cotas, mais favorecido será esse efeito. A renovação do ar é maior quando a 
colocação de janelas é feita na fachada que possui maior incidência de ventos (zona de alta pressão) 
e, conseqüentemente, a abertura de saída deve estar localizada na fachada posterior ou adjacente 
(zona de menor pressão). Isto é, as janelas devem estar posicionadas de forma a permitir que os 
fluxos de ar percorram todas as áreas do ambiente e não criem zonas de baixa 
ventilação. 
A janela ideal é aquela que permite controle de vazão do ar e da direção do seu fluxo conforma a 
situação e as necessidades presentes, nas quais os principais parâmetros que caracterizam o 
desempenho de uma janela são: o tipo da janela; seu posicionamento e as dimensões relativas de 
entrada e saída do ar (ventilação cruzada); área útil da janela para passagem de ar; possibilidade de 
controle de área de passagem do ar; possibilidade de direcionamento do fluxo de ar; e possibilidade 
de separação dos 
fluxos de ar quente e ar frio. De acordo com sua tipologia, as janelas podem ser: 
_ De Correr: formada por uma ou mais folhas que podem ser movimentadas por 
deslizamento horizontal, no plano da janela; 
_ Guilhotina: possui uma ou mais folhas que podem ser deslocadas verticalmente, no plano da 
janela; 
_ Folha fixa: não possui movimento; adequada apenas para iluminação; 
_ De Abrir de Eixo Vertical: possui uma ou mais folhas que podem ser rotacionadas em seus eixos 
verticais fixos, coincidentes com as laterais da folha. Podem ser abertas para dentro ou para fora da 
edificação; 
_ Projetante e de Tombar: possui uma ou mais folhas que podem ser 
movimentadas rotacionando-as em tomo de um eixo horizontal fixo situado na 
 
 
 30 
extremidade superior ou inferior da folha. Podem ser: 
a) Projetante: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade 
superior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora 
ou de fora para dentro; 
b) De Tombar: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade 
inferior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora ou 
de fora para dentro. 
_ Pivotante: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas 
rotacionando-as em tomo de um eixo vertical e não coincidente com as laterais 
das folhas; 
_ Basculante: possui eixo de rotação horizontal - centrado ou excêntrico - e não 
coincidente com as extremidades superior o inferior da janela; 
_ Proietante-deslizante ou Maximar: possui uma ou mais folhas em tomo de um 
eixo horizontal, com translação simultânea desse eixo; 
_ Reversível: do tipo basculante ou pivotante, coma rotação das folhas em tomo de seus eixos, 
situando-se num intervalo entre 160°e 180°; 
_ Sanfona: possui duas ou mais folhas articuladas entre si que - ao serem abertas - dobram-se umas 
sobre as outras, quer seja por deslizamento horizontal ou vertical de seus eixos de rotação. Esses 
eixos podem coincidir com as bordas das folhas ou se situar em posições intermediárias. 
Vantagens e desvantagens dos tipos de janelas: 
 
 
 
 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
Existem vários tipos de portas, tais como: 
Porta Abrir 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
 
Porta Correr 
 
 
 
Porta Sanfonada ou Pantográfica 
 
 
 
 
 
 
 34 
Porta Basculante 
 
 
 
 
Porta Enrolar 
 
 
 
Vai Vem 
 
 
Pivotante 
 
 
 
 
 
 35 
Janelas 
Existem vários tipos de janela, tais como: 
Abrir 
 
 
 
Representação de janelas acima ou abaixo do plano de corte (h=1,50m) 
 
 
Correr 
 
 
 
Basculante 
 
 
 36 
 
 
Guilhotina 
 
 
 
Pivotante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DE TABELA DE ESQUADRIAS 
 
 
 
 37 
 
 
 
ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS 
Ao projetar uma edificação, o arquiteto deve ter em mente quais materiais utilizar em 
cada ambiente, cujas escolhas variam desde o fator econômico quanto estético, sempre tentando 
responder as ansiedades de cada cliente. Ele deve, ao finalizar o projeto, especificar cada material 
(geralmente as especificações aparecem nas plantas baixas) no próprio projeto, em um espaço 
reservado acima do carimbo. Este espaço é denominado Quadro de Especificações. 
Geralmente, cada escritório ou projetista desenvolve suas especificações, além de 
detalhar melhor cada componente do projeto. O desenho deve ter uma especificação 
abreviada, a ser complementada por um Caderno de Encargos (ou Memorial Descritivo). As 
especificações dizem respeito aos pisos, revestimentos, pinturas, além de outros 
acabamentos. Existem diversas formas de se especificar no projeto. As mais usuais são: 
Letras e Números 
Estabelece-se um código de letras e números, que deverão ser indicados na planta 
baixa, descritos em cada ambiente. Por exemplo, ao especificar um quarto com piso e rodapé em 
lambri de madeira, pintura com tinta lavável e forro de gesso, o profissional deverá indicar (de 
acordo com o quadro abaixo): A4, B4, E5 e F3. 
 
 
 
 38 
 
Símbolos e Números 
A identificação do material é feita por meio de símbolos gráficos e números. 
Ou seja: 
 
 
Quadro de Especificações 
Utiliza-se um quadro - resumo das especificações contidas em um caderno de 
encargos - e apresentado no projeto executivo. 
 
 
 39 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
 
 
 
 
 
 AS ELEVAÇÕES OU FACHADAS 
 
 
 CONCEITUAÇÃO 
Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de 
arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano 
vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais (frontal, 
posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente, auxiliares, da edificação, 
elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como 
antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de 
janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de 
 
 
 42 
fora da edificação. Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da 
estrutura, as aberturas de portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os materiais, a 
textura e o contexto. 
Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e sombras projetadas, 
diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos. 
Quanto mais pesada a delineação de um elemento, mais para a frente ele parece situar-
se; quanto mais leve a delineação, mais ele parece recuar. 
 
 
QUANTIDADE DE ELEVAÇÕES 
A quantidade de elevações externas necessárias é variável, ficando sua determinação a 
critério do projetista, normalmente dependendo de critérios tais como: 
- sofisticação dos acabamentos externos 
- número de frentes do lote 
- posição da porta principal de acesso 
- irregularidade das paredes externas 
Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no mínimo uma 
representação de elevação, normalmentea frontal. 
DENOMINAÇAÕ DAS ELEVAÇÕES 
Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta denominação específica: 
ELEVAÇÃO ou FACHADA. 
Existindo mais do que uma elevação, deve-se distinguir os vários desenhos conforme a 
sua localização no projeto. Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, 
utilize-se sempre o mesmo critério: 
- pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda 
- pela orientação geográfica: norte, leste, oeste, sul. 
 
 
 43 
- pelo nome da rua: para construções de esquina 
- pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas). 
 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS 
Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos devem ser 
representados com a máxima fidelidade possível, dentro dos recursos disponíveis de 
instrumental e de escala.saiba-se, complementarmente, que na maioria das vezes não há 
outra indicação de informações, senão dos materiais utilizados (não se deve cotar as 
fachadas). Abaixo, algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos principais 
componentes de elevações: revestimentos e esquadrias, os quais podem apresentar 
várias diversificações além das apresentadas 
SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA 
. As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico 
apenas mudando os termos técnicos. 
 
 
 
 
 44 
 
 
 
 
 
 45 
 
A vista de frente é também chamada de elevação , a qual deve ser a vista principal . 
Por esta razão , quando se pensa obter as vistas ortográficas de um objeto , é 
conveniente que se faça uma analise criteriosa do mesmo , a fim de que se eleja a melhor 
posição para a vista de frente . 
Para essa escolha , esta vista deve ser : 
1. Aquela que mostre a forma mais característica do objeto; 
2. A que indique a posição de trabalho do objeto , ou seja como ele é encontrado , 
isoladamente ou num conjunto 
3. Se os critérios acima continuarem insuficientes , escolhe -se a posição que mostre 
a maior dimensão do objeto e possibilite o menor numero de linhas invisíveis nas 
outras vistas . 
 
 
 
 
 46 
 
 
 
ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (FACHADAS) 
1. É a última etapa do desenho, devendo ser confeccionada após a planta baixa e 
os cortes; 
2. Desenham-se as linhas do terreno e marcam-se as medidas horizontais; 
3. Todas as medidas relativas às alturas serão transportadas dos cortes para as 
fachadas; 
4. As fachadas não podem ser cotadas; 
5. Deve-se repassar todas as linhas - quer seja a lápis ou a tinta - em traços finos 
transformando-os, onde for o caso, em médios ou grossos, atendendo à 
convenção, ou seja, reduzindo sua espessura à medida que eles estão mais 
distantes do plano mais próximo do observador; 
 
 
 47 
 
 
 
Resumindo as Fachadas 
 
_ As fachadas mostram o aspecto exterior de uma edificação, como altura, volume, composição, 
material de acabamento, dimensão e localização de portas e janelas e, em geral, são desenhadas nas 
escalas 1:100 e 1:50. 
_ Numa fachada, a edificação é representada em relação ao seu plano de terra, ou seja, ao nível do 
terreno, abaixo ou acima dele. A linha de terra, que indica o nível do terreno, é uma linha de 
referência importante a ser traçada em cada elevação da edificação. 
_ Nas fachadas, a sensação de profundidade pode ser obtida através de variações na espessura do 
traço, como também do uso de tonalidades e sombras. As linhas grossas são usadas nos planos mais 
próximos e as linhas finas nos planos mais recuados. 
 
 
 48 
_ As fachadas podem ser classificadas de acordo com os Pontos Cardeais. A elevação norte de uma 
edificação, por exemplo, está voltada para o norte, ou seja, um observador, olhando para esta 
elevação, teria o norte às suas costas. É muito comum adotar a forma vinda da Projeção Ortogonal: 
fachadas frontal (ou principal), lateral esquerda, lateral direita e posterior. 
_ Pessoas, vegetação e automóveis podem ser representados nas elevações para enfatizar o sentido 
de escala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
PLANTA DE SITUAÇÃO 
 
 
 
 
 
 50 
 
 
 
 51 
 
 
RESUMINDO A PLANTA DE SITUAÇÃO 
A Planta de Situação serve para mostrar a forma e as dimensões do terreno, os lotes e as quadras 
vizinhas, a orientação (norte), o relevo do terreno, as ruas adjacentes, pontos de referência que 
interessem ao serviço, etc. Em geral, são usadas as escalas de 1:500, 1:1000 ou 1:2000. 
As curvas de nível são colocadas nas plantas de situação para indicar a inclinação natural do 
terreno. Cada curva de nível é representada a partir de planos de corte feitos a intervalos regulares 
em altura e indicada por valores em metros a partir do nível do mar. Quanto mais próximas 
estiverem uma das outras, em planta, mais íngreme será a inclinação do terreno. 
 
Planta de Situação O NÃO DEVE ESQUECER 
 
1. deve mostrar a forma e as dimensões do terreno, 
2. os lotes e as quadras vizinhas, 
3. a orientação (norte), 
4. o relevo do terreno, 
5. as ruas adjacentes, 
6. pontos de referência que interessem ao serviço, etc. 
7. são usadas as escalas de 1:500, 1:1000 ou 1:2000. 
OBS. As curvas de nível são colocadas nas plantas de situação para indicar a inclinação natural do 
terreno. Cada curva de nível é representada a partir de planos de corte feitos a intervalos regulares 
em altura, e indicada por valores em metros a partir do nível do mar. Quanto mais próximas 
estiverem umas das outras, em planta,mais íngreme será a inclinação do terreno. 
 
 
 
 
 52 
 
 
 
Planta de Locação 
 
Nesta planta devem ser representados todos os elementos para localizar a edificação no terreno. 
A Planta de Locação mostra a disposição da construção no lote, não se limitando apenas ao desenho 
da construção. Deve-se indicar todos os elementos existentes no terreno: muros, portões, vegetação 
(existente ou a plantar), calçada, etc, e, quando for o caso, as construções adjacentes. 
Nesta planta, o observador tem, em primeiro plano, a cobertura. Para sua definição, devem ser 
utilizados os traços mais grossos do desenho. O contorno das paredes, quando encoberto pela 
projeção do telhado, deve ser feito através de linhas tracejadas. A escala mais usual é a de 1:100 e 
1:200. Em situações especiais, podem ser usadas as escalas 1:50 - para uma maior ampliação - e 
1:500 - para uma maior redução. 
 
 
 
 
 53 
 
 
 
 
 
 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMINDO A PLANTA DE LOCAÇÃO OU LOCALIZAÇÃO 
 
 
 
 55 
 
 
O QUE NÃO SE DEVE ESQUECER NA PLANTA DE LOCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 56 
 
 
 
ANEXOS 
Medidas de Mobiliário 
 
 
 
 
 
 57 
 
 
PEÇAS SANITÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 58 
 
MÓVEIS DE SALAS E QUARTOS 
 
 
 
 
MÓVEIS DE COZINHA 
 
 
 
 
 59 
 
 
 
 
MÓVEIS DE ÁREA DE SERVIÇO 
 
 
 
 
 
GABARITOS 
 
Existe no mercado uma grande variedade de gabaritos, com diversos tipos de símbolos gráficos 
(peças sanitárias, coberturas, etc.) e em diferentes escalas (1:20, 1:25, 1:50, 1:100 etc.), garantindo 
maior facilidade e uniformidade no trabalho do desenhista. 
 
 
 
 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 62 
 
 
EXEMPLOS 
 
 
 
 
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 66 
 
 
 
 
 
 
 67 
 
 
 
 
 
 
 
 68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 69 
 
 
CAMAS 
 
 
 
 
 
 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 71 
 
FIGURAS HUMANAS 
 
 
 
 
 
 
 
 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGRAS BÁSICAS PARA ESCALAS 
 
ESCALAS NUMÉRICAS 
 
O desenho de um objeto, em geral, não pode ser executado e tamanho natural; em muitos casos o 
objeto é grande ou peque demais. A escala permite aumentar, diminuir ou manter o tamanho objeto 
no desenho de acordo com cada situação.A escala nada mais é que uma razão de semelhança entre medidas do desenho e as medidas reais do 
objeto, derivada expressão d/0=K, onde: 
d = medida gráfica (desenho) 
O = medida natural (objeto) 
K = razão ("Título da Escala") 
 
TIPOS DE ESCALA 
Uma escala pode ser: 
1. Natural - as medidas do desenho e do objeto são iguais, é a escala 1 / 1 (uma unidade do 
desenho corresponde a uma unidade do objeto). 
2. De redução - as medidas do desenho são menores que as do objeto, é a escala l / X . Ex.: 
escala 1/2 - uma unidade do desenho corresponde a duas unidades do objeto. 
3. De ampliação - as medidas do desenho são maiores que as do objeto, é a escala X / l . Ex.: 
escala 2/1 - duas unidades do desenho correspondem a uma unidade do objeto. 
A nomenclatura da escala é lida como 1 para 1, 1 para X ou X para 1. 
A expressão d/0=K pode ser aplicada em três problemas básicos: 
 
 
 74 
• Dados o título da escala (K) e a medida natural (O): K= 1/100 e 0=8m. d/0=K -> d/8=l/100 -> 
d=0,08m ou d=8cm. 
Logo, o desenho de um objeto com dimensão de 8 m na escala 1/100 mede 8 cm. 
• Dados o título da escala (K) e a medida gráfica (d): K=2/l e d=8cm. d/0=K -> 8/0=2/1 -> 0=4cm. 
Logo, a dimensão real de um objeto desenhado com 8 cm na escala 2 / 1 , é de 4 cm. 
• Dadas a medida gráfica (d) e a medida natural (O): d=16cm e 0=8m. d/0=K -> K=16cm / 800cm -
> K=l/50. 
Logo, o título da escala que corresponde a uma relação de 16 cm no desenho e 8 m do objeto real 
será 1/50. 
Outro exemplo: d=15cm e 0=3cm. d/0=K -> K=15/3 -> K=5/1. 
Logo, o título da escala que corresponde a uma relação de 15 cm no desenho e 3 cm do objeto real 
será 5 / 1 . 
 
ESCALAS RECOMENDADAS 
 
A ABNT recomenda as seguintes escalas: 
1. De redução: 1/2, 1/5, 1/10, 1/20, 1/50, 1/100, 1/200,1/500, 1/1000,1/2000, 1/5000,1/10000. 
2. De ampliação: 2 / 1 , 5 / 1 , 1 0 / 1 , 2 0 / 1 , 5 0 / 1 . 
Observações gerais: 
• Ao se executar um desenho, a escala utilizada deverá ser sempre indicada na legenda, no espaço 
destinado para tal. Existindo desenhos em diferentes escala, estas deverão vir 
indicadas abaixo e a direita de cada um; a escala que predomina é indicada na legenda. 
• As dimensões a serem usadas na cotagem, serão sempre as dimensões reais do objeto, mesmo 
quando este estiver em escala, e não as correspondentes ao desenho. 
• Os ângulos não sofrem redução ou ampliação em sua abertura, independentemente da escala 
utilizada no desenho. 
 
ESCALIMETRO 
É um instrumento de medição linear, em forma de prisma triangular, contendo em cada face duas 
graduações (ao todo serão seis), Estas graduações correspondem a diferentes escalas numéricas, 
todas de redução, indicadas por seu título. A principal vantagem desse instrumento para o 
desenhista está na economia de tempo no cálculo das dimensões do desenho. 
 
 
 75 
Observação: Os escalímetros e as régua graduadas devem ser usadas exclusivamente para medição, 
para o traçada o traçado usam as réguas não graduadas ou os esquadros . 
No escalímetro, todas as graduações são feitas utilizando como unidade de medida o metro e 
aplicando a respectiva redução. Para o escalímetro nº 1, o mais usado, teremos: 
 
 
 
1. Escala 1/100 (e 1/125), 1 metro reduzido 100 (ou 125) vezes, com 10 subdivisões que 
correspondem a 10 centímetros cada. 
 
 
2. Escala 1/50 (e 1/75), 1 metro reduzido 50 (ou 75) vezes, com 10 subdivisões que 
correspondem a 10 centímetros, e cada uma delas bipartida, resultando em divisões de 5 
cm. 
 
 
 
 76 
 
 
3. Escala 1/20 (e 1/25), 1 metro reduzido 20 (ou 25) vezes, com 10 subdivisões que 
correspondem a 10 centímetros/divididas em cinco partes cada, resultando em divisões de 2 
cm. 
 
O Escalímetro pode ser usado para outras escalas além das seis de redução indicadas por seus 
títulos. Por exemplo: 
• Para utilizar a escala 1/10 utilizamos o título 1/100; a relação entre as duas escalas será: 1/10 = 10 
x 1/100, logo a medida representativa do metro na escala 1/10 será 10 vezes maior que a mesma 
medida na 1/100, e todas as suas subdivisões igualmente. 
 
 
Portanto, para utilizarmos a escala 1/100 adaptando-a para 1/10, basta considerarmos cada unidade 
(distância entre 0 e 1) como 10 vezes menor: 1 m/ 10 = 0,1 m (10 cm). 
 
 
 77 
Para a escala 1 / 1 , devemos considerar cada unidade (distância entre 0 e 1) como 100 vezes menor: 
1 m/100 = 0,01 m (1 cm). 
 
Observação: A escala 1/100 é usada também como escala natural devido à coincidência entre estes 
valores (1 metro correspondendo a 1 centímetro) Procede-se da mesma forma para as demais 
escalas. Existe, no entanto uma forma de raciocínio mais simples: 
• Escala 1/10 - como se transforma o número 100 no número 10? dividindo por 10, logo todas as 
graduações serão também divididas por 10; o que valia 1m (distância de 0 a 1) passa a valer 0,10 m, 
o que valia 0,10 m passa a valer 0,01 m etc. 
• Escala 1 / 5 - como se transforma o número 50 no número 5? 
dividindo por 10, logo todas as graduações serão também divididas por 10; o que valia lm (distância 
de 0 a 1) passa a valer 0,10 m, o que valia 0,10 m passa a valer 0,01 m, o que valia 0,05 m passa a 
valer 0,005 m etc. 
• Escala 1/200 - como se transforma o número 20 no número 200? multiplicando por 10, logo todas 
as graduações serão também multiplicadas por 10; o que valia lm (distância de 0 a 1) passa a valer 
10 m, o que valia 0,10 m passa a valer 1 m, o que valia 0,02 m passa a valer 0,2 m etc. 
O uso do escalímetro com escalas de ampliação também é possível. Comparando as duas 
graduações simplificadas a seguir, percebe se que as unidades (distância de 0 a 1) na escala 1/50 são 
o dobro das que aparecem na de 1/100, logo, ao se utilizar a primeira como a escala natural 1/1, a 
segunda representará escala de ampliação 2 / 1 . 
 
 
Do mesmo modo, para a escala de 5/1 usa-se a de 1/20. 
 
 
 
 78 
 
 
Observação: Deve-se prestar bastante atenção na unidade que está sendo utilizada nas diferentes 
escalas. Na escala l/l a unidade é o centímetro, na escala 1/100, que utiliza a mesma graduação do 
escalímetro, a unidade é o metro. Nas escalas de ampliação, tomadas em comparação com a escala 
1/1, a unidade será também o centímetro. 
 
 
 
Normas e Procedimentos Para Projeto e Detalhamento Gráfico de 
Escadas de Uso Privado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobrado (arquitetura) 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
Um sobrado é um tipo de edificação constituída por dois ou mais pisos e com relativamente grande 
área construída. Na época do Brasil colônia os sobrados eram as residências dos senhores nas 
cidades e marcaram o início de uma tímida urbanização do Brasil. No período anterior, o 
antagonismo existia entre a casa-grande e a senzala, enquanto aos sobrados se opunham os 
mucambos, que eram residências das camadas mais pobres da sociedade. A expressão surgiu de 
forma natural a partir dos sobrados construídos nas cidades mineiras (especialmente durante o Ciclo 
do Ouro), normalmente caracterizadas por uma topografia tipicamente chamada de "mar de 
morros": as construções eram realizadas a partir do nível mais alto da rua, de forma que "sobrava" 
um espaço sob o piso principal da edificação. Com o tempo, este nível inferior passou a ser 
considerado o piso térreo, vindo a caracterizar os "sobrados". 
Atualmente, dá-se o nome de sobrado a qualquer residência com mais de um piso, podendo ser até 
mesmo uma locação comercial. 
 
 
AMBIENTES Sala de estar, sala de jantar, sala de tv, cozinha, lavanderia, lavabo, despensa de 
mantimentos, 03 suítes, sendo 01 com closet, escritório, garagem para 02 veículos, 
piscina, churrasqueira, banheiro externo, ateliê para arquiteto, despensa para 
objetos. Sacada, jardim de inverno. 
TERRENO 12x30m ( ver planta de Situação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_col%C3%B4nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa-grandehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Senzala
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucambo_(cabana)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_Ouro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_Ouro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_de_morros
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_de_morros
 
 
 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO VERTICAL 
 
 
 81 
 
“Escada é o elemento de composição arquitetônica cuja função é proporcionar a possibilidade de 
circulação vertical entre dois ou mais pisos de diferentes níveis, por meio de uma seqüência de 
degraus”. FAILLACE (1991) in BARBOSA & REIS (2004) 
“Estrutura fixa ou móvel constituída de uma série de degraus por onde se sobe ou desce para atingir 
pontos ou planos em alturas diferentes”.Dicionário Aurélio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição 
 
 
 82 
 
 
 
Escada solta- Três lances retos perpendiculares. 
 
 
 
 83 
 
Exemplo de uma escada em U 
 
 Estrutura de uma escada 
 
 
 
 
 84 
 
 
 
 
 
 
 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Altura Livre de Uma Escada 
 
 
 86 
 
 
 
 
Classificação das Escadas 
 
 
 
 
 
 
 87 
 
 
 
 
 
 
 88 
 
 
Essas 02 Fotos são exemplos de escadas soltas ou engastadas? 
 
 
 
 
 
 
 89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escadas com Lance Curvo 
 
 
 
 90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escadas com Lance Mistos 
 
 
 91 
 
 
 
 
 
 
 
 92 
 
 
 
RESUMINDO... 
 
 
 
 93 
 
 
 
 
 
DIMENSÕES 
 
 
 
No projeto do sobrado utilizar largura mínima 0,90m e máxima de 1,20m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 94 
O cálcuo de uma esdaca depende de vários fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Partes de uma Escada 
 
 
 
 
 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 96 
 
 
 
 
 
 
 
 97 
• Segurança altura e comprimento de todos os degraus em um lance devem 
ser os mesmos 
• Largura das escadas varia segundo o código de obras / tipo de ocupação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 98 
 
 
 
 
 
 
FÓRMULAS 
 
 Para a quantidade de espelhos: 
N=h/e 
 
Para o comprimento da escada: 
C= p x (n-1) 
 
Para a dimensão do piso: 
 
P= 0,64 - 2 x e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 100 
 
 
 
 
DETALHAMENTO GRÁFICO DA ESCADA 
As escadas são construções destinadas a permitir a comunicação fácil entre dois ou mais pisos 
situados em níveis diferentes. A existência de elevador em um edifício não dispensa a construção de 
uma escada. Elas são formadas por uma série de pequenos planos horizontais, dispostos a uma 
pequena diferença de nível uns dos outros e de modo a permitir que o homem vença-os com 
facilidade. 
Esses pequenos planos horizontais são denominados pisos. O plano vertical que liga dois pisos 
consecutivos chama-se espelhos e ao conjunto formado pelo piso e pelo espelho dá-se a 
denominação de degrau. O piso às vezes avança sobre o espelho formando o que chamamos de 
bocel (nariz). 
 
 
 101 
 
 
Empregam-se também degraus sem espelhos. 
Após um certo número de degraus comuns coloca-se um de maior largura, a que se dá o nome de 
patamar ou descanso, tendo em vista o papel que desempenha. A série de degraus intercalados entre 
o pavimento e o patamar ou entre dois patamares consecutivos chamamos de lance. 
O número máximo de degraus de cada lance depende do fim a que se destina o edifício e da 
utilização da escada. Nas residências esse número é normalmente 16. E o número mínimo em 
comércios é de 3 degraus em cada lance. 
As escadas são formadas por um ou mais lances, separados por patamares, conforme a altura a 
vencer. Esses lances podem ser retos ou curvos. 
As escadas possuem parapeito (Guarda – Corpo) a fim de evitar possíveis quedas das pessoas que 
delas se utilizam. Esses parapeitos denominam-se guarda-corpo e são utilizados em conjunto por 
uma peça, arredondada, chama se corrimão. 
Os guarda-corpos podem ser contínuos (ex: parede de alvenaria) ou vazados (ex: grade). Estes 
devem ser adotados nos dois lados da escada. 
Os guarda-corpos constituídos por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, guarda-corpos 
vazados, devem: 
1. Ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança 
laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa 
passar por nenhuma abertura; 
2. Ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam 
enganchar em roupas; 
3. Ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou 
de segurança laminados. 
 
ESCADA COM GUARDA-CORPO CONTÍNUO 
 
 
 
 102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCADA COM GURDA-CORPO VAZADO 
 
 
 
 103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emprego das Escadas 
As escadas são empregadas no interior e no exterior dos edifícios. Dividem-se em escadas internas e 
externas. 
 
 
 104 
Escadas internas 
As escadas internas tem grande desenvolvimento pois servem para vencer o desnível dos pisos 
internos. 
Escadas externas 
As escadas externas geralmente têm poucos degraus, pois ligam o passeio ao andar térreo. 
Forma e disposição dos lances 
Os lances podem ser retos ou curvos e a sua combinação dá lugar à formação de escadas retas 
curvas ou mistas. 
Escadas retas 
São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de diversas formas. Temos portanto, 
escadas: 
 
 
 
Escadas curvas 
São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente forma circular. Encontram - se 
também elípticas, helicoidais, em leques e outras. 
 
 
 
Escadas mistas 
São formadas pela combinação de lances retos ou curvos. 
 
 
 105 
 
 
Caixa da Escada 
O compartimento em que se constrói a escada chama-se caixa da escada. A forma mais comum é a 
quadrada ou retangular. Podemos encontrar também caixas de escadas nos formatos circulares, 
elípticas, poligonais, embora com menor freqüência. As dimensões variam com a largura, 
disposição dos lances e com o desenvolvimento da escada. 
Iluminação 
A iluminação deve merecer toda a atenção por parte do ARQUITETO. A boa iluminação atenua em 
grande parte o perigo, permitindo ao usuário da escada visualizar os degraus da mesma. 
A iluminação pode ser feita lateralmente ou pela parte superior. A iluminação frontal é a mais 
conveniente pois o feixe luminoso abrange totalmente o lance, destacando de forma acentuada o 
degrau. As aberturas poderão acompanhar ou não o movimento da escada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forma dos degraus 
 
 
 106 
Os degraus das escadas podem ser engastados ou apoiados. 
Piso perpendicular ao espelho 
 
Espelho inclinado com o piso 
 
Pisos engastados sem espelhos 
 
 
 
 
 
 
 
Pisos sobre vigas 
 
 
 107 
 
 
Dimensionamento de degraus e patamares 
O dimensionamento dos degraus depende do fim a que se destina a escada. Geralmente 
dimensionamos diferentemente uma escada de serviço de uma escada social de uma residência. Em 
uma existe a preocupação da economia e na outra o conforto. 
A NBR9077 recomenda que a altura do degrau seja compreendida entre de 16 a 18cm, com 
tolerância de 0,05cm . 
A largura do degrau deve ser fixado de modo que o pé assente facilmente no piso e o esforço para 
vencer o degrau não ultrapasse ao que o emprega habitualmente quando se caminha no plano. 
Para o assentamento fácil do pé, não se deve permitir degraus com menos de 24 a 30cm. 
Quanto às facilidades de acesso é necessário ter em vista que ao subir o degrau é obrigadoa 
despender duplo esforço: um para vencer a altura e o outro a largura. Esses esforços não devem 
ultrapassar ao que o homem emprega quando caminha. 
O passo do homem resulta geralmente de 63 a 64cm. 
Pela formula de BLONDEL, o dobro da altura mais a largura do degrau, devera estar entre 63 a 
64cm. 0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m. 
Numa mesma escada os espelhos e os pisos não poderão sofrer alteração de dimensões em seu 
desenvolvimento. 
Corrimãos e guarda-corpos 
De acordo com a NBR9050, os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus 
isolados, das escadas fixas e das rampas. Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, 
sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o 
corrimão. Devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente de seção 
circular, conforme figura a seguir. 
 
 
As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor de 
guarda corpo associado ao corrimão, conforme figura a seguir. 
 
 
 108 
 
 
 
 
Projeto de uma escada 
Em um edifício residencial, projetar uma escada, na escala 1:50, em uma caixa da escada com 
2,87m de largura por 3,80m de comprimento, residencial unifamiliar, de 2 pavimentos, em que os 
níveis são de 0,35 metros no pavimento térreo e de 3,41 metros no pavimento superior. 
Cálculo do desnível entre pavimentos 
É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do pavimento inferior. 3,41m - 
0,35m = 3,06m 
Quantidade de espelhos 
A NBR9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar entre 0,16m à 0,18m; então a 
quantidade de espelhos que teremos será: o desnível dividido pelo numero de espelhos. 
3,06m ̧0,16m = 19,125 espelhos 
3,06m ̧0,18m = 17 espelhos 
Então teremos de 17 a 19,125 espelhos. Como só existem espelhos inteiros, a escada poderá ser 
com 17, 18 ou 19 espelhos. 
 
 
 109 
 
Dimensão dos espelhos ( h ) 
Como nesse projeto poderemos ter 17, 18 ou 19 espelhos; os valores dos espelhos será o desnível 
dividido pela quantidade de espelhos. 
h1 = 3,06m ̧17 = 0,18m 
h2 = 3,06m ̧18 = 0,17m 
h3 = 3,06m ̧19 = 0,1611m 
Dimensão dos pisos ( b ) 
Segundo a NBR9077, no dimensionamento das escadas, deveremos utilizar a fórmula de 
BLONDEL; que define a largura de uma escada em função do espelho ou seja: 0,63m £ ( 2.h + b) £ 
0,64m. Como neste projeto temos três valores do espelho, teremos três hipóteses de piso ou seja: 
Para h = 0,18m c/ 17 espelhos: 
0,63m  2.h + b  0,64m 
0,63m  2.0,18m + b  0,64m 
0,63m  0,36m + b  0,64m 
0,63m - 0,36m  b  0,64m - 0,36m 
0,27m  b  0,28m 
Para h = 0,17m c/ 18 espelhos: 
0,63m  2.h + b  0,64m 
0,63m  2.0,17m + b  0,64m 
0,63m  0,34m + b  0,64m 
0,63m - 0,34m  b  0,64m - 0,34m 
0,29m  b  0,30m 
Para h = 0,1611m c/ 19 espelhos: 
0,63m  2.h + b  0,64m 
0,63m  2.0,1611m + b  0,64m 
0,63m  0,3222m + b  0,64m 
0,63m - 0,3222m  b  0,64m - 0,3222m 
0,3078m  b  0,3178m 
Forma da escada 
Temos três opções de espelhos, com diversa opções de pisos; portanto varias soluções de escada. 
Sugerimos algumas considerações praticas a respeito: 
- Largura mínima da escada residencial é de 0,90m, sendo que o ideal é de 1,20m. 
- Procurar valores de espelhos e pisos variando de 0,5cm em 0,5 cm. 
- Cada lance de escada deve ter no máximo 3,20m. 
- Os patamares devem ter comprimento mínimo de 1,20m, situados em mudanças de direção, quase 
sempre iguais a largura da escada. 
- A escada de maior conforto é espelho de 0,17m e piso de 0,29m (nem sempre possível). 
Definição do número de lances 
Analisando as dimensões da caixa da escada, de 2,87 m e 3,80m e a quantidade de espelhos que 
devemos utilizar, 17, 18 ou19, chegamos a conclusão de que, o desenvolvimento da escada se dará 
em 3 lances no mínimo. 
 
 
 
 
 
 
 110 
 
 
Definição da condição ideal da escada 
Com lances de comprimentos (3,80-0,80-0,80)=2,20m e (2,87-0,80-0,80)=1,27m no máximo 
teremos em cada um deles: 
Opção 1 
 
Opção 2 
 
 
Conclusão: 
Temos a 2ª opção como condição ideal de uma escada residencial; com espelho de 0,17m e piso de 
0,29m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto completo de uma escada 
 
 
 111 
Iremos projetar, na escala 1:75, uma escada em uma caixa da escada com 2,15m e largura por 
4,50m de comprimento, residencial unifamiliar de 2 pavimentos, em que os níveis são de 0,32 
metros no pavimento térreo e de 3,38 metros no pavimento superior. 
Cálculo do desnível entre pavimentos 
É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do pavimento inferior. 3,38m - 
0,32m = 3,06m 
Quantidade de espelhos 
A NBR9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar entre 0,16m à 0,18m; então a 
quantidade de espelhos que teremos será: o desnível dividido pelo numero de espelhos. 
3,06m / 0,16m = 19,125 espelhos 
3,06m / 0,18m = 17 espelhos 
Então teremos de 17 a 19,125 espelhos. Como só existem espelhos inteiros, a escada poderá ser 
com 17, 18 ou 19 espelhos. 
Dimensão dos espelhos ( h ) 
Como nesse projeto poderemos ter 17, 18 ou 19 espelhos; os valores dos espelhos será o desnível 
dividido pela quantidade de espelhos. 
h1 = 3,06m /17 = 0,18m 
h2 = 3,06m / 18 = 0,17m 
h3 = 3,06m / 19 = 0,1611m 
Dimensão dos pisos ( b ) 
Segundo a NBR9077, no dimensionamento das escadas, devemos utilizar a fórmula de BLONDEL, 
que define a largura de uma escada em função do espelho ou seja: 0,63m £ ( 2.h + b) £ 0,64m. 
Como neste projeto temos três valores de espelho, temos três hipóteses de piso. Vamos utilizar 
então para o projeto desta escada o valor de h = 0,17m com 18 espelhos. 
Largura da escada 
Analisando a caixa da escada, utilizaremos o valor de 1,00m para a largura da escada. 
Forma da escada 
Vamos seguir as seguintes considerações para o projeto desta escada: 
- Largura mínima da escada residencial é de 0,90m o ideal 1,20m para o comércio é de 1,50m 
- Procurar valores de espelhos e pisos variando de 0,5cm em 0,5 cm. 
- Cada lance de escada, no máximo 3,20m. 
- Os patamares devem ter comprimento mínimo de 1,20m, situados em mudanças de direção, quase 
sempre iguais a largura da escada. 
- A escada de maior conforto é espelho de 0,17m e piso de 0,29m (nem sempre possível ). 
Definição do número de lances 
Analisando as dimensões da caixa da escada, de 2,15 m e 4,50m, e os 18 espelhos que iremos 
utilizar, chegamos a conclusão de que o desenvolvimento da escada se dará em 2 lances. 
 
 
 
 
Desenho da escada - Planta do Pavimento Térreo 
Desenho da caixa da escada 
Iremos primeiramente desenhar a caixa da escada 
Exemplo 
 
 
 
 112 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos degraus 
 
 
 113 
O primeiro passo para se desenhar os degraus é definirmos dentro da caixa da escada o seu 
desenvolvimento, o início e término dos lances e patamares. Logo após utilizaremos o processo de 
divisão de seguimento de retas em partes iguais para dividirmos o lance da escada em 8 partes 
iguais. Faço os traços com bastante leveza pois iremos apagar diversas linhas utilizadas nesta fase 
do desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos apagar agora as linhas utilizadas para dividirmos os lances da escada. Logo após, podemos 
traçar o limite do primeiro e segundo lance. 
 
 
 
 114 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os degraus que estão acima do plano de corte (aproximadamente a 1,50m acima do piso) devem 
apresentar com o tipo de linha tracejado (arestas invisíveis). 
 
 
 
 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos corrimãos 
Neste momento devemos fazer o desenho dos corrimãos. A distância entre os corrimãos e as 
paredes é de no mínimo 4 cm. A largura dos mesmos também é entre 3 à 4,5 cm. 
 
 
 116Finalização do Desenho da Planta do Pav. Térreo da Escada 
Finalizaremos a planta baixa do pavimento inferior, cotando-o, inserindo cotas de nível, numeração 
dos degraus, indicação do sentido do fluxo de subida, janela e escolhendo os locais onde será 
cortada a escada, para a visualização da mesma em cortes. 
 
 
 
 117 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho da escada - Planta do Pavimento Superior 
Iremos desenvolver o desenho do pavimento superior. Os passos para a construção do desenho são 
semelhantes aos realizados no desenvolvimento do pavimento inferior. As diferenças estão na caixa 
da escada e na não utilização de linhas tracejadas pois, a vista superior está acima do plano de corte. 
Desenho da caixa da escada 
 
 
 118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Desenho dos degraus 
 
 
 119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos corrimãos 
 
 
 
 120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finalização do Desenho da Planta do Pav. Superior 
 
 
 
 121 
 
 
Desenho da escada - Corte AA e Corte BB 
Vamos neste momento realizar os cortes transversais escolhidos no desenho das plantas dos 
pavimentos inferiores e superiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho da caixa da escada 
 
 
 
 122 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos degraus da escada 
 
 
 
 123 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos tracejar as arestas não visíveis do corte. 
 
 
 
 
 
 124 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos corrimãos da escada 
 
 
 
 125 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finalização do Desenho do Corte AA 
 
 
 
 126 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte BB 
O processo para desenvolvermos o Corte BB é idêntico ao do Corte AA. 
 
 
 
 127 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho da escada - Corte CC 
Vamos neste momento realizar o corte longitudinal escolhido no desenho das plantas dos 
pavimentos térreo e superiores. 
Desenho da caixa da escada 
 
 
 128 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos degraus da escada 
Processo da divisão de seguimentos. 
 
 
 
 129 
 
 
 
 
 
 
 
 130 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 131 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição do segundo lance, que não é interceptado pelo corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 132 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho dos corrimãos da escada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 133 
Finalização do Desenho do Corte CC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 134 
 
 
 
 
 
 
 
 135 
 
 
 
ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA 
1. Define-se o espaço onde se desenvolve a escada, prevendo a área a ser 
ocupada; 
2. Traçam-se duas horizontais com afastamento igual ao pé direito + espessura da laje: altura a ser 
vencida pela escada; 
3. Divide-se esse afastamento em "n" partes iguais = numero de espelhos; 
4. Pelos pontos de divisão, traçam-se paralelas horizontais e, em seguida, marcam se as divisões "p" 
(comprimento do piso) e por elas traçam-se paralelas verticais. 
Se n maior que 10, a escada deverá se desenvolver em dois lances, com um patamar intermediário 
entre eles; 
5. Numeram-se as horizontais e as verticais. O encontro destas linhas dá a parte superior - em vista 
ou em corte - da escada (horizontais = pisos; verticais = espelhos); 
6. No prolongamento do espelho, marca-se a altura do corrimão (90cm) que será traçado paralelo à 
extremidade dos degraus; 
7. Marca-se a espessura da laje, deixando-se uma altura livre de 2,10m para passagem entre a 
escada e a laje do pavimento superior; 
8. Traça-se o desenho inferior a escada (planta baixa). O plano de corte da planta deveria separar os 
degraus que estão acima (não visíveis) e abaixo (visíveis), mas a convenção simplifica a 
representação, tracejando-se os degraus acima da linha do corte (ou depois da metade da escada). 
No pavimento superior os degraus são todos visíveis. 
 
 
 
 
 
 
 136 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seqüencia de trabalhos para a planta baixa 
 
 
 137 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 138 
 
 
 
 139 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 140 
 
Seqüencia de trabalhos para os cortes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 141 
 
 
 
 
ESCADAS CIRCULARES 
 
As caixas de escadas circulares têm dimensões muito reduzidas, devido ao desenvolvimento em 
hélice dos degraus. São muito cansativas e incômodas, e, por isso, admitidas apenas como auxiliares 
em oficinas e mezaninos. Podem ser classificadas em: 
_ de bomba: quando seu lance se apóia em dois banzos (paredes), interna e externamente, tendo a 
alma (centro) oca (também chamada de olho); 
_ de mastro: quando seu lance se apóia em um pilar central (mastro), podendo ou 
não apoiar-se, também, em um banzo externo. 
 
 
 
 
 
 
CÁLCULO DE UMA ESCADA CIRCULAR: 
 
 
 142 
Para o seu cálculo, deve-se imaginar uma linha imaginária - linha de piso - 
afastada de 50 a 60cm do corrimão central. Mede-se, então, o piso AB, variante entre 
18 a 32cm: 
 
 
 
 
Onde o número de pisos (N) é dado pela divisão entre o pé esquerdo (PE) e a altura do 
espelho (h). O comprimento da escada é igual ao comprimento da circunferência, e 
também é igual a (n-l ).p, arbitrando-se um valor para p ( varia de 18 a 32cm). 
Determinando-se o raio (R) da escada, tem-se que: 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA CIRCULAR 
Após definido os cálculos, deve-se seguir os seguintes passos: 
1. Inicia-se desenhando a linha de piso - uma circunferência - com raio R; 
2. O corrimão externo deve estar, no mínimo, a 50cm da linha de piso. Traça-se, 
então, a pequena circunferência que será a coluna central da escada; 
3. A partir daí (da coluna central) marca-se a largura desejada e traça-se a 
circunferência externa; 
4. Utilizando duas linhas horizontais, marca-se a altura que será dividida em n 
partes iguais e correspondentes ao número de espelhos; 
5. Traçam-se as linhas verticais correspondentes à coluna central e ao cilindro 
externo (linhas tangentes às circunferências); 
6. Nas intersecções entre as linhas verticais e horizontais com a mesma numeração 
serão os respectivos degraus. Deve-se, então, traçar os contornos das suas 
faces externas e, depois, das faces internas, definindo-se, a seguir, as partes 
visíveis; 
7. A partir daí defini-se a espessura da laje e o corrimão. Adicionam-se os 
balaústres do corrimão e introduz, na planta, as devidas convenções. 
 
 
 
 
 143 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fachadas 
 
 
 144 
 
 
Seqüencia de trabalhos para as Fachadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 145 
 
Referências Bibliográficas 
∎ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Saídas de Emergência em edifícios. 
ABNT, 1993. 35 p. (NBR 9077/93). 
∎ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acessibilidade de pessoas portadoras 
de necessidades especiais a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de 
Janeiro: ABNT, 1994. 97 p. (NBR 9050/2004). 
∎CARVALHO, A. W. B. & REIS, L. F. Circulação vertical nos edifícios: escadas e rampas. 
Viçosa:UFV,2004. 106 p. 
∎ NEUFERT, Ernest. Arte de projetar em arquitetura. São Paulo: Gustavo Gilli,

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