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1 NORMAS A CONSULTAR Na elaboração de um projeto, devem ser consultadas as seguintes normas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnica ABNT: NBR 6492/94 Representação de Projetos de Arquitetura NBR 8196/99 Emprego de Escalas NBR 8403/84 Aplicações de Linhas Tipos e Larguras NBR 10068/87 Folhas de Desenho Leiaute e Dimensões NBR 13142/99 Dobramento e Cópias OBJETIVO DA NORMA NBR-6492/94 Fixar as condições exigíveis para representação gráfica de projetos de arquitetura, visando à sua boa compreensão. Obs.:Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 10068- Folha de desenho-Leiaute e dimensões –Padronização. DEFINIÇÕES DA NORMA NBR-6492/94 Planta de situação; Planta de locação (ou implantação); Planta de edificação; Corte; Fachada-Representação gráfica de planos externos da edificação; Elevações -Representação gráfica de planos internos ou de elementos da edificação; Detalhes ou ampliações; Escala; Programa de necessidades; Memorial justificativo; Especificação; etc; CONDIÇÕES GERAIS Papel Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistência e durabilidade apropriadas; A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução, a saber: CONDIÇÕES GERAIS Papel Papel transparente Manteiga,vegetal,albanene,poliésterecronaflex. Papel opaco Canson;schoellerousulfitegrosso. 2 CONDIÇÕES GERAIS Formatos do papel : Devem ser utilizados os formatos de papel da série “A”, conforme NBR10068/87, formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento. Margem Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho; 3 As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões da tabela abaixo; A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. Configuração da folha A região acima da legenda é reservada para marcas de revisão, para observações, convenções e carimbos de aprovação de órgãos públicos. Posição de leitura Os desenhos devem ser lidos da base da folha de desenho ou de sua direita. As posições inversas a estas (leitura de cima para baixo ou da esquerda para a direita) são consideradas “de cabeça para baixo”. 4 Carimbo (ou quadro) Selo ou Legenda Conteúdo mínimo da legenda: Designação e emblema da empresa que está elaborando o projeto ou a obra; Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com sua identificação (inscrição no órgão de classe) e local para assinatura; Local e data; Nome ou conteúdo do projeto; Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na prancha) Escala(s)adotada(s)no desenho e unidade; Número da prancha; Áreas (construída,terreno). 5 O local de cada uma das informações da legenda pode ser escolhido pelo projetista, destacar as informações de maior relevância; O número da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da legenda; O nome da empresa localiza-se na região inferior esquerda da legenda. Dobramento de cópias de desenho O formato final deve ser o A4. As folhas devem ser dobradas levando em conta a fixação da aba em pastas e deixando visível o carimbo destinado à legenda. 6 Do formato A3 para o A4. De 420x297 para 210x297mm. Do formato A2 para o A4. De 594x420 para 210x297mm. 7 Do formato A1 para o A4. De 841x594 para 210x297mm. 8 Do formato A0 para o A4. De 1188x841 para 210x297mm. 9 RESUMO PARA DOBRAMENTO DO PAPEL 10 11 Desenhos utilizados na representação dos projetos de edificações Na representação dos projetos de edificações são utilizados os seguintes desenhos: Plantas baixas dos diversos pavimentos; Cortes Longitudinais e transversais; Fachadas; Planta de situação; Planta de Localização; Desenho de detalhes; Outros. Escalas mais utilizadas : Planta baixa ..............1:50, 1/100 Cortes........................1:50,1/100 Fachadas....................1:50, 1/100 Situação.....................1:200 / 1: 500, 1/1000, 1/2000 Localização................ 1/200, 1/250, 1/500, 1:1000 / 1:2000 Desenho de detalhes: 1/10, 1/20, 1/25, 1/1 obs: A escala não dispensará a indicação de cotas . ESCALA NUMÉRICA Por meio do Desenho Arquitetônico o arquiteto ou o desenhista gera os documentos necessários para as construções. Esses são reproduzidos em "pranchas", isto é, folhas de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens. Uma prancha "A4", por exemplo, tem 21cm de largura por 29,7cm de altura e espaço utilizável de 17,5 cm de largura por 27,7 cm de altura. Desta forma se tivermos que desenhar a planta, o corte e a fachada de uma edificação, nesta prancha, estes deverão estar em ESCALA. As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas de escalímetro. Em função do tamanho de prancha escolhida, podemos desenhar na escala de 1:100. Isso significa que o desenho estará 100 vezes menor que a verdadeira dimensão (VG). Então, se estamos desenhando uma porta de nosso projeto, com 1 metro de largura (VG), ela aparecerá no desenho, em escala, com 1 cm de largura. Se escolhermos 1:50 o desenho será 50 vezes menor, e assim por diante. Como podemos observar, o tamanho do desenho produzido é inversamente proporcional ao valor da escala, um desenho produzido na escala de 1:50 é maior do que ele na escala de 1:200. Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de detalhe da informação. Normalmente, na etapa de projeto executivo, quando os elementos da construção estão sendo desenhados para serem executados, como por exemplo as esquadrias (portas, janelas, etc), normalmente as desenhamos o mais próximo possível do tamanho real. Há quem goste de desenhar na escala de 1:1. Ou seja no tamanho verdadeiro. Isso facilita a visualização da dimensão real das peças, às vezes de extrema importância para o projetista ou construtor. Outro fator que influencia a escolha da escala é o tamanho do projeto. Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1:500 ou 1:1000. Isto visando não fragmentar o projeto, o que quando ocorre dificulta às vezes a sua compreensão. 12 O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de proporcionalidade encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação. Na construção civil as escalas sempre serão de redução, pois se constrói prédios enormes que estão desenhados numa simples folha de papel. As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A primeira é representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de gráfico. A escala numérica pode ser de ampliação e de redução. A primeira é utilizada quando se deseja obter representações gráficas maiores que o tamanho natural do objeto. As escalas de ampliação recomendadas são 2/1; 5/1; 5/1; 10/1; 20/1; 100/1; etc. No entanto, quando se tem objetos cujas grandes dimensões impossibilitam sua representação, emprega-se a escala de redução. As mais usadas são 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/100; 1/200; 1/500; 1/1000 etc. Para a escolha entre uma ou outra, deve-se levar em consideração o tamanho do objeto a ser representado; as dimensões do papel e a clareza que se dá ao desenho. Vejamosa seguir, alguns exemplos de como representar algumas medidas em escala utilizando uma régua comum e tendo conhecimento da seguinte fórmula matemática: 1/M = D/R Onde; 1/M – módulo da escala D – comprimento de linha no desenho R – comprimento de linha no terreno (real) Exemplo: Um terreno tem 10 m de frente, qual medida pode representar essa dimensão no papel, na escala de 1/50? Com uma régua simples de 30cm? Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1/50, é desenhar essa medida cinqüenta vezes menor do que sua medida real. Vamos estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R. Onde; D= uma medida no desenho a ser calculada. R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m. 1/50 = D/10 D = 10/50 D = 0,2 m 1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm. Portanto: Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1/50 no papel, com 20 cm. (lembrando que você tem uma régua de 30cm). 13 Resumindo as Escalas GRAFICAÇÃO ARQUITETÔNICA Sempre que possível o desenho deve estar bem paginado, dentro de pranchas padronizadas com margens e carimbo com as informações necessárias. Deve estar limpo e sem rasuras. Conter traços homogêneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos desenhados. Textos com caracteres claros que não gerem dúvidas ou dupla interpretação. Dimensões e demais indicações que permitam a boa leitura e perfeita execução da obra. Sempre que possível seguir uma norma de desenho estabelecida (NBR 6492). Para quem está iniciando parece difícil mas com a prática se torna um prazer. A base para a maior parte do desenho arquitetônico é a linha, cuja essência é a continuidade. Em um desenho constituído somente de linhas, a informação arquitetônica transmitida (espaço volumétrico; definição dos elementos planos, sólidos e vazios; profundidade) depende primordialmente das diferenças discerníveis no peso visual dos tipos de linhas usados. AS LINHAS As linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas e etc, determinam as dimensões e informam as características de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho. 14 As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir contraste umas com as outras. Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma gradação no traçado em função do plano onde se encontram. As em primeiro plano serão sempre mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais planos visualizados serão menos intensas. TRAÇO GRAFITE TIPO DE LINHA USO HB FH Principais/ secundá rias Cortes/ perfis/ corte através de espaços HB FH Secundárias Elevações/ arestas/ intersecções de planos FH 2H 4H Grades/ layouts/ representação Construções/ linhas de layout linhas em planos/ texturas Tipos e espessuras de linhas empregadas A compreensão de um projeto (ou desenho), esta relacionada intimamente aos traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o auxiliará na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo de linha é uma atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela trará informações importantes para execução de um projeto. Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e os tipos de traços. Estes devem ser: Traço forte - As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados pelo plano de corte. No desenho a lápis podemos desenha-la com o grafite 0.9, traçando com a lapiseira bem vertical, podendo retraça-la diversas vezes caso necessário. Com o uso de tinta nanquim a pena pode ser 0.6; Traço médio - As finas e escuras representam elementos em vista ou tudo que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, etc. É indicado o uso do grafite 0.5, num traço firme, com a lapiseira um pouco inclinada, procurando gira-la em torno de seu eixo, para que o grafite desgaste homogeneamente mantendo a espessura do traço único. Para o desenho a tinta pode-se usar as penas 0.2 e 0.3. Textos e outros elementos informativos podem ser representados com traços médios. Títulos ou informações que precisem de destaque poderão aparecer com traço forte. Traço fino - Nas paginações de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas. Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se normalmente o grafite 0.3, ou o grafite 0.5 exercendo pequena pressão na lapiseira. Para tinta, usa- se as penas 0.2 ou 0.1. Linhas de Contorno – contínuas A espessura varia com a escala e a natureza do desenho, exemplo: ± 0,6 mm 15 Linhas Internas – Contínuas Firmes, porém de menor valor que as linhas de contorno, exemplo: ± 0,4 mm Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas. Mesmo valor que as linhas de eixo. ± 0,2 mm Linhas de projeção – traço e dois pontos Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises, balanços, etc. ± 0,2 mm Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto Firmes, definidas, com espessura inferior às linhas internas e com traços longos. ± 0,2 mm Linhas de cotas – contínuas Firmes, definidas, com espessura igual ou inferior à linha de eixo ou coordenadas ± 0,2 mm Linhas auxiliares – contínuas Para construção de desenho, guia de letras e números, com traço; o mais leve possível. ± 0,1 mm Linhas de indicação e chamadas – contínuas. Mesmo valor que as linhas de eixo. ± 0,2 mm Qualidade da Linha A qualidade da linha refere-se: À nitidez e à claridade; Ao grau de negrume e à densidade; E ao peso apropriado. As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em espessura, assim o peso dessa linha é dosada pela densidade do grafite usado – o qual é afetado pelo seu grau de dureza, pela superfície de desenho, pela umidade e também pela pressão exercida sobre o desenho. Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa, quer seja uma aresta, uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou simplesmente uma mudança de material ou de textura. Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida, o encontro de duas linhas devem ser sempre tocando nos seus extremos, mantendo uma relação lógica do início ao fim. 16 17 RESUMINDO AS LINHAS E TRAÇOS 18 19 Para os esboços iniciais e enquadramentos, recomenda-se o uso dos grafites da linha H, que permitem que os traços realizados com eles sejam apagados sem sujar ou destruir o papel. São eles H, 2H, 3H, etc. Para os traços definitivos, que fazem parte dos desenhos que poderão ser copiados e/ou utilizados na execução dos projetos, deverão ser utilizados os grafites da serie B, mais macios e escuros, tais como: B, 2B, 3B. Existem, ainda, dois tipos de grafites intermediários: HB,macio e ligeiramente escuro e F, claro e ligeiramente duro. EXEMPLOS DIMENSIONAMENTO/ COTAGEM – Colocação de cotas no desenho Cotas: são os números que correspondem às medidas reais no desenho. É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes as dimensões de projeto. São normalmente dadas em centímetros. Isso porque nas obras, os operários trabalham com o "metro"20 (trena dobrável com 2 metros de comprimento), que apresenta as dimensões em centímetros. Assim, para quem executa a obra, usuário do "metro", a visualização e aplicação das dimensões se torna mais clara e direta. Isso não impede que seja utilizada outra unidade. Normalmente, para desenhos de alguns detalhes, quando a execução requer rigorosa precisão, as dimensões podem ser dadas em milímetros. Na hora de cotar, deve-se ter o cuidado de não apresentar num mesmo desenho, duas unidades diferentes, centímetros e metros por exemplo. As áreas podem e devem ser dadas em metros. Assim, procurar sempre informar através de uma "nota de desenho" as unidades utilizadas, como por exemplo: "cotas dadas em centímetros" e "áreas em metros". As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a distância entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada, o pé direito de um pavimento, etc.. A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação, medindo com o metro, a distância desejada. Portanto, não são indicadas, para os desenhos de projetos executivos, as escalas de 1:25, 1:75, 1:125, difíceis de se transformar com a utilização do “metro” de obra. Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem ter as suas medidas indicadas corretamente. Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e aborrecimentos. As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora do limite das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não impede que algumas cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não dificultar a leitura das informações. Na sua representação, são utilizadas linhas médias para traçado das "linhas de cota" - que determina o comprimento do trecho a ser cotado; "linhas de chamada" - que indicam as referências das medidas; e o "tick" - que determina os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos desenhos, a linha de cota, normalmente dista 1cm (1/1) da linha externa mais próxima do desenho. Quando isso não for possível admite-se que esteja mais próxima ou mais distante, conforme o caso. As linhas de chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado (mas sem tocar), cruzar a linha de cota e se estender até um pouco mais além desta. O tick, sempre a 45º à direita, cruza a interseção entre a linha de cota e de chamada. Este deve ter um traçado mais destacado, através de uma linha mais grossa, para facilitar a visualização do trecho cotado. Podem ser utilizados outros tipos de representação que não seja o tick. O texto deve estar sempre acima da linha de cota, sempre que possível no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2mm da linha de cota. Caracteres com 3mm de altura. 21 Princípios Gerais: As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida; As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm); As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota; Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões; As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados ACIMA da linha de cota; Quando a peça for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de cota: Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho; Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura; Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas que se indicam em porcentagem. FUTUROS Profissionais (AS): Deve-se colocar as cotas prevendo sua UTILIZAÇÃO futura na construção, de modo a evitar cálculos pelo operário na obra. Cotas horizontais As cotas verticais devem acompanhar a linha de cota, como se o observador estivesse à direita do desenho. As cotas oblíquas devem acompanhar as linhas de cotas e estas devem ser paralelas à face cotada. 22 POSIÇÃO DAS COTAS COTAGEM DE ESQUADRIAS REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA PLANTA BAIXA NOME DAS PEÇAS Em todo e qualquer projeto arquitetônico, independentemente da finalidade da construção, é indispensável a colocação de denominação em todas as peças, de acordo com suas finalidades. Esta denominação deve atender ao seguinte: Nomes em letras padronizadas, conforme NBR; Nomes sempre na horizontal; 23 Utilização sempre de letras maiúsculas; Tamanho das letras entre 3 e 5mm; Letras de eixo vertical, não inclinadas; Colocação convencional no centro das peças. ÁREAS DAS PEÇAS São igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas as peças, de acordo com o seguinte: Colocação sempre abaixo do nome da peça; Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças; Algarismos de eixo vertical; Indicação sempre na unidade “M²”; Precisão de m² (duas casas após a vírgula). SALA DE ESTAR GARAGEM 18,30 M² 15,10 M² NÍVEIS DAS DEPENDÊNCIAS Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero). A colocação os níveis deve atender ao seguinte: Colocados dos dois lados de uma diferença de nível; Evitar repetição de níveis próximos em planta; Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); Algarismos padronizados pela NBR; Escrita horizontal; Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível; Indicação sempre em metros; simbologia convencional: Para Planta Baixa COTAS GERAIS O desenho da Planta Baixa só será considerado completo se, além da representação gráfica dos elementos, contiver todos os indicadores necessários, dentre os quais as cotas (dimensões) são dos mais importantes. A cotagem deve seguir as seguintes indicações gerais: 1. As cotas devem ser preferencialmente externas; 2. As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; 3. A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0cm; 4. Todas as peças e espessuras de paredes devem ser cotadas; 5. Todas as dimensões totais devem ser identificadas; 6. As aberturas de vãos e esquadrias devem ser cotadas e amarradas aos elementos construtivos; 7. As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; 8. As linhas de cota nunca devem se cruzar; + 0,3000 - 2,10 24 Identificar pelo menos três linhas de cota: subdivisão de paredes e esquadrias, cotas das peças e paredes, e cotas totais externas. REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA OS CORTES No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais, indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras informações julgadas importantes podem ser discriminadas (impermeabilizações, capacidade de reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas, rampas e poços de elevador...) Cotas São representadas exclusivamente as cotas verticais, de todos os elementos de interesse em projeto, e principalmente: 1. pés direitos (altura do piso ao forro/teto); 2. altura de balcões e armários fixos; 3. altura de impermeabilizações parciais; 4. cotas de peitoris, janelas e vergas; 5. cotas de portas, portões e respectivas vergas; 6. cotas das lajes e vigas existentes; 7. alturas de patamares de escadas e pisos intermediários; 8. altura de empenas e platibandas; 9. altura de cumeeiras; 10. altura de reservatórios (posição e dimensões); NÃO SE COTAM OS ELEMENTOSABAIXO DO PISO (função do projeto estrutural); Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa: 1. As cotas devem ser preferencialmente externas; 2. As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; 3. A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0cm; 4. Todas as dimensões totais devem ser identificadas; 5. As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; 845 500 150 1 c m 15 300 15 200 2 ,5 c m 1 c m 15 90 10 15 15 200 150 15 25 6. As linhas de cota nunca devem se cruzar; 7. Identificar pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de paredes, esquadrias, vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas totais externas. Níveis São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes. A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes é: Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados do sinal, conforme localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00). Sempre são indicados com referência ao nível ZERO. Convenções e símbolos de projetos arquitetônicos As convenções e os símbolos gráficos são fundamentais nos projetos arquitetônicos. Devido as grandes dimensões dos objetos envolvidos, utilizamos as escalas de redução no desenvolvimento de um projeto. Por essa razão estes símbolos são em geral simples, assegurando clareza e objetividade. Paredes Existem diversos tipos de paredes utilizadas na construção civil, tais como: tijolos, cerâmicas, blocos de cimento, gesso, madeira, cical, alvenaria estrutural, etc. Normalmente são construídas de tijolos cerâmicos assentados e revestidos com argamassa. Dimensões das paredes Os tijolos variam de dimensões, de região para região; nos projetos arquitetônicos representamos: 00 +0,30 -0,15 26 Paredes Revestidas Observações Quando a maioria das paredes são de tijolos, adotaremos não achurar as mesmas; representaremos da seguinte forma: OU SEJA: REPRESENTAÇÃO EM CORES - CONVENÇÃO Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado . Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções: Pisos e Tetos Pisos são construções destinadas a separar horizontalmente os diversos andares de um edifício. Dividem-se em pisos intermediários e contra pisos. Pisos intermediários São pisos executados entre os andares, podendo ser de concreto armado, madeira, ferro, misto, etc. 27 Contra pisos São pisos executados diretamente sobre o solo; podendo ser de concreto simples, concreto armado, tijolos, etc. Tetos Tetos são construções destinadas a dar estética à parte inferior das estruturas dos pisos intermediários ou dos telhados, recobrindo ou realçando-as parcial ou totalmente. Os tetos podem ser de concreto armado, madeira, gesso, etc. 28 Esquadrias As Esquadrias são as construções que usamos na vedação de aberturas dos edifícios; que podem ser internas ou externas; geralmente de madeira, ferro, alumínio, vidro, mista, etc.,e são divididas em portas, janelas, gradis, etc. PORTAS As portas são uma forma de possibilitar o acesso ao interior e passagem entre os espaços internos de uma edificação. As portas externas devem assegurar vedação contra as intempéries quando fechadas e manter aproximadamente o mesmo isolamento das paredes externas da edificação. Ao mesmo tempo, porém, as entradas devem ser largas o suficiente para que as pessoas possam se mover através delas facilmente e permitir a movimentação do mobiliário e equipamentos. A facilidade de operação, requisitos de privacidade e segurança e quaisquer necessidades de iluminação, ventilação e vistas também devem ser considerados no desempenho de uma porta. As portas internas possibilitam passagem, privacidade visual e controle acústico entre os espaços internos. Portas em closets e depósitos destinam-se - primariamente - ao isolamento visual, apesar de que a ventilação também seja um bom requisito. As portas podem ser lisas, com almofadas, à francesa, de vidro, com janelas, com veneziana integral com bandeiras, com veneziana inferior, com telas ou holandesas. Quanto ao seu movimento, as portas podem ser: _ Pivotantes: geralmente articuladas no batente lateral, é a forma mais conveniente para entrada e passagem, exigindo, porém, espaço em volta da abertura da porta para o movimento da folha. Possui isolamento termo-acústico e resistência ao clima; _ De correr: deslizam sobre um trilho no topo e ao longo de guias ou sobre um trilho no piso. Oferece somente acesso a 50% da abertura, apesar de possuir um mínimo de espaço necessário, sacrificando o isolamento acústico; _ De correr sobrepostas: semelhante ao anterior, possibilita 100% de passagem na abertura; _ De correr embutida: permite 100% de passagem na abertura ao deslizar para dentro de um recesso contido na parede, a qual fornece uma aparência de abertura simplesmente revestida quando completamente aberta. Geralmente é utilizada quando uma porta pivotante iria interferir no uso do espaço; _ Articulada (ou sanfonada): é utilizada, primariamente, como proteção visual para closets e depósitos, além de possibilitar 100% de passagem na abertura. Utiliza um trilho superior e painéis de porta articulados. Os elementos básicos de uma porta são: _ Batentes (superior e laterais) _ os detalhes do batente determinam a aparência da porta, caso o caixilho seja aplicado a uma abertura com acabamento ou envolva uma abertura bruta; _ Folha da porta _ o tipo, o tamanho e a localização de uma porta estão relacionados com os requisitos físicos para o acesso, o efeito sobre o padrão de movimento dentro e entre os espaços, a freqüência prevista de uso, os requisitos de vedação às intempéries, isolamento termo-acústico e durabilidade, iluminação, vistas e ventilação, aparência visual desejada; _ Ferragens_ incluem os equipamentos necessários para a operação de uma porta, tais como dobradiças, fechaduras e trincos. Há, também, as portas giratórias, que possibilitam a proteção contínua contra as intempéries, eliminam correntes de ar e possibilitam o mínimo de perdas de calor e frio, além de um moderado fluxo de tráfego. 29 Principais características as portas giratórias são: _ Podem suportar, aproximadamente, 2.000 pessoas por hora; _ São normalmente encontradas em edifícios comerciais e instituições; _ A fonte de aquecimento ou refrigeração pode ser integrada ou adjacente ao fechamento; _ As portas são de vidro temperado com esquadria em alumínio, aço inoxidável ou bronze; _ O fechamento pode ser de metal ou vidro (temperado, laminado ou aramado); _ Possui um controle opcional de velocidade que alinha as portas nos pontos dos quadrantes quando não estão em uso e vira as folhas ¾ de uma revolução à velocidade de caminhada quando ativadas por uma leve pressão; _ As folhas da porta podem ser retiradas em situações de emergência. JANELAS Existem muitos tipos e tamanhos de janelas e a sua escolha afeta não só a aparência física de uma edificação, mas também sua iluminação natural, ventilação, vistas potenciais e qualidade espacial do interior. As janelas também devem assegurar vedação contra as intempéries quando fechadas,ter capacidade de isolamento e evitar a formação de condensação nas superfícies internas. É sabido que, por possuírem componentes de fabricação industrial possuem tamanhos padronizados e correspondentes requisitos de tamanhos para suas aberturas. Por isso, seus tamanhos e sua localização devem ser cuidadosamente planejados de tal modo que as aberturas com vergas de tamanhos apropriados possam ser feitas nos sistemas de paredes da edificação. Uma das funções mais importantes das janelas é a de promover a ventilação natural dos ambientes, como recurso para o controle de temperatura e da qualidade do ar interior. O posicionamento, tipo e as dimensões relativas da janela e suas aberturas que permitem a entrada e saída do ar num ambiente influem não só na taxa, mas também na homogeneidade da renovação do ar interior. Na ausência de ventos, a renovação do ar pode ser conseguida através do efeito chaminé, decorrente da diferença de densidades entre o ar interior mais quente e o exterior, mais frio. Quanto maior for a diferença de cotas, mais favorecido será esse efeito. A renovação do ar é maior quando a colocação de janelas é feita na fachada que possui maior incidência de ventos (zona de alta pressão) e, conseqüentemente, a abertura de saída deve estar localizada na fachada posterior ou adjacente (zona de menor pressão). Isto é, as janelas devem estar posicionadas de forma a permitir que os fluxos de ar percorram todas as áreas do ambiente e não criem zonas de baixa ventilação. A janela ideal é aquela que permite controle de vazão do ar e da direção do seu fluxo conforma a situação e as necessidades presentes, nas quais os principais parâmetros que caracterizam o desempenho de uma janela são: o tipo da janela; seu posicionamento e as dimensões relativas de entrada e saída do ar (ventilação cruzada); área útil da janela para passagem de ar; possibilidade de controle de área de passagem do ar; possibilidade de direcionamento do fluxo de ar; e possibilidade de separação dos fluxos de ar quente e ar frio. De acordo com sua tipologia, as janelas podem ser: _ De Correr: formada por uma ou mais folhas que podem ser movimentadas por deslizamento horizontal, no plano da janela; _ Guilhotina: possui uma ou mais folhas que podem ser deslocadas verticalmente, no plano da janela; _ Folha fixa: não possui movimento; adequada apenas para iluminação; _ De Abrir de Eixo Vertical: possui uma ou mais folhas que podem ser rotacionadas em seus eixos verticais fixos, coincidentes com as laterais da folha. Podem ser abertas para dentro ou para fora da edificação; _ Projetante e de Tombar: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas rotacionando-as em tomo de um eixo horizontal fixo situado na 30 extremidade superior ou inferior da folha. Podem ser: a) Projetante: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade superior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora ou de fora para dentro; b) De Tombar: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade inferior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora ou de fora para dentro. _ Pivotante: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas rotacionando-as em tomo de um eixo vertical e não coincidente com as laterais das folhas; _ Basculante: possui eixo de rotação horizontal - centrado ou excêntrico - e não coincidente com as extremidades superior o inferior da janela; _ Proietante-deslizante ou Maximar: possui uma ou mais folhas em tomo de um eixo horizontal, com translação simultânea desse eixo; _ Reversível: do tipo basculante ou pivotante, coma rotação das folhas em tomo de seus eixos, situando-se num intervalo entre 160°e 180°; _ Sanfona: possui duas ou mais folhas articuladas entre si que - ao serem abertas - dobram-se umas sobre as outras, quer seja por deslizamento horizontal ou vertical de seus eixos de rotação. Esses eixos podem coincidir com as bordas das folhas ou se situar em posições intermediárias. Vantagens e desvantagens dos tipos de janelas: 31 32 Existem vários tipos de portas, tais como: Porta Abrir 33 Porta Correr Porta Sanfonada ou Pantográfica 34 Porta Basculante Porta Enrolar Vai Vem Pivotante 35 Janelas Existem vários tipos de janela, tais como: Abrir Representação de janelas acima ou abaixo do plano de corte (h=1,50m) Correr Basculante 36 Guilhotina Pivotante EXEMPLO DE TABELA DE ESQUADRIAS 37 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS Ao projetar uma edificação, o arquiteto deve ter em mente quais materiais utilizar em cada ambiente, cujas escolhas variam desde o fator econômico quanto estético, sempre tentando responder as ansiedades de cada cliente. Ele deve, ao finalizar o projeto, especificar cada material (geralmente as especificações aparecem nas plantas baixas) no próprio projeto, em um espaço reservado acima do carimbo. Este espaço é denominado Quadro de Especificações. Geralmente, cada escritório ou projetista desenvolve suas especificações, além de detalhar melhor cada componente do projeto. O desenho deve ter uma especificação abreviada, a ser complementada por um Caderno de Encargos (ou Memorial Descritivo). As especificações dizem respeito aos pisos, revestimentos, pinturas, além de outros acabamentos. Existem diversas formas de se especificar no projeto. As mais usuais são: Letras e Números Estabelece-se um código de letras e números, que deverão ser indicados na planta baixa, descritos em cada ambiente. Por exemplo, ao especificar um quarto com piso e rodapé em lambri de madeira, pintura com tinta lavável e forro de gesso, o profissional deverá indicar (de acordo com o quadro abaixo): A4, B4, E5 e F3. 38 Símbolos e Números A identificação do material é feita por meio de símbolos gráficos e números. Ou seja: Quadro de Especificações Utiliza-se um quadro - resumo das especificações contidas em um caderno de encargos - e apresentado no projeto executivo. 39 40 41 AS ELEVAÇÕES OU FACHADAS CONCEITUAÇÃO Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente, auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de 42 fora da edificação. Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da estrutura, as aberturas de portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os materiais, a textura e o contexto. Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e sombras projetadas, diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos. Quanto mais pesada a delineação de um elemento, mais para a frente ele parece situar- se; quanto mais leve a delineação, mais ele parece recuar. QUANTIDADE DE ELEVAÇÕES A quantidade de elevações externas necessárias é variável, ficando sua determinação a critério do projetista, normalmente dependendo de critérios tais como: - sofisticação dos acabamentos externos - número de frentes do lote - posição da porta principal de acesso - irregularidade das paredes externas Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no mínimo uma representação de elevação, normalmentea frontal. DENOMINAÇAÕ DAS ELEVAÇÕES Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta denominação específica: ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma elevação, deve-se distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no projeto. Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se sempre o mesmo critério: - pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda - pela orientação geográfica: norte, leste, oeste, sul. 43 - pelo nome da rua: para construções de esquina - pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas). REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos devem ser representados com a máxima fidelidade possível, dentro dos recursos disponíveis de instrumental e de escala.saiba-se, complementarmente, que na maioria das vezes não há outra indicação de informações, senão dos materiais utilizados (não se deve cotar as fachadas). Abaixo, algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos principais componentes de elevações: revestimentos e esquadrias, os quais podem apresentar várias diversificações além das apresentadas SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA . As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos. 44 45 A vista de frente é também chamada de elevação , a qual deve ser a vista principal . Por esta razão , quando se pensa obter as vistas ortográficas de um objeto , é conveniente que se faça uma analise criteriosa do mesmo , a fim de que se eleja a melhor posição para a vista de frente . Para essa escolha , esta vista deve ser : 1. Aquela que mostre a forma mais característica do objeto; 2. A que indique a posição de trabalho do objeto , ou seja como ele é encontrado , isoladamente ou num conjunto 3. Se os critérios acima continuarem insuficientes , escolhe -se a posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite o menor numero de linhas invisíveis nas outras vistas . 46 ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (FACHADAS) 1. É a última etapa do desenho, devendo ser confeccionada após a planta baixa e os cortes; 2. Desenham-se as linhas do terreno e marcam-se as medidas horizontais; 3. Todas as medidas relativas às alturas serão transportadas dos cortes para as fachadas; 4. As fachadas não podem ser cotadas; 5. Deve-se repassar todas as linhas - quer seja a lápis ou a tinta - em traços finos transformando-os, onde for o caso, em médios ou grossos, atendendo à convenção, ou seja, reduzindo sua espessura à medida que eles estão mais distantes do plano mais próximo do observador; 47 Resumindo as Fachadas _ As fachadas mostram o aspecto exterior de uma edificação, como altura, volume, composição, material de acabamento, dimensão e localização de portas e janelas e, em geral, são desenhadas nas escalas 1:100 e 1:50. _ Numa fachada, a edificação é representada em relação ao seu plano de terra, ou seja, ao nível do terreno, abaixo ou acima dele. A linha de terra, que indica o nível do terreno, é uma linha de referência importante a ser traçada em cada elevação da edificação. _ Nas fachadas, a sensação de profundidade pode ser obtida através de variações na espessura do traço, como também do uso de tonalidades e sombras. As linhas grossas são usadas nos planos mais próximos e as linhas finas nos planos mais recuados. 48 _ As fachadas podem ser classificadas de acordo com os Pontos Cardeais. A elevação norte de uma edificação, por exemplo, está voltada para o norte, ou seja, um observador, olhando para esta elevação, teria o norte às suas costas. É muito comum adotar a forma vinda da Projeção Ortogonal: fachadas frontal (ou principal), lateral esquerda, lateral direita e posterior. _ Pessoas, vegetação e automóveis podem ser representados nas elevações para enfatizar o sentido de escala. 49 PLANTA DE SITUAÇÃO 50 51 RESUMINDO A PLANTA DE SITUAÇÃO A Planta de Situação serve para mostrar a forma e as dimensões do terreno, os lotes e as quadras vizinhas, a orientação (norte), o relevo do terreno, as ruas adjacentes, pontos de referência que interessem ao serviço, etc. Em geral, são usadas as escalas de 1:500, 1:1000 ou 1:2000. As curvas de nível são colocadas nas plantas de situação para indicar a inclinação natural do terreno. Cada curva de nível é representada a partir de planos de corte feitos a intervalos regulares em altura e indicada por valores em metros a partir do nível do mar. Quanto mais próximas estiverem uma das outras, em planta, mais íngreme será a inclinação do terreno. Planta de Situação O NÃO DEVE ESQUECER 1. deve mostrar a forma e as dimensões do terreno, 2. os lotes e as quadras vizinhas, 3. a orientação (norte), 4. o relevo do terreno, 5. as ruas adjacentes, 6. pontos de referência que interessem ao serviço, etc. 7. são usadas as escalas de 1:500, 1:1000 ou 1:2000. OBS. As curvas de nível são colocadas nas plantas de situação para indicar a inclinação natural do terreno. Cada curva de nível é representada a partir de planos de corte feitos a intervalos regulares em altura, e indicada por valores em metros a partir do nível do mar. Quanto mais próximas estiverem umas das outras, em planta,mais íngreme será a inclinação do terreno. 52 Planta de Locação Nesta planta devem ser representados todos os elementos para localizar a edificação no terreno. A Planta de Locação mostra a disposição da construção no lote, não se limitando apenas ao desenho da construção. Deve-se indicar todos os elementos existentes no terreno: muros, portões, vegetação (existente ou a plantar), calçada, etc, e, quando for o caso, as construções adjacentes. Nesta planta, o observador tem, em primeiro plano, a cobertura. Para sua definição, devem ser utilizados os traços mais grossos do desenho. O contorno das paredes, quando encoberto pela projeção do telhado, deve ser feito através de linhas tracejadas. A escala mais usual é a de 1:100 e 1:200. Em situações especiais, podem ser usadas as escalas 1:50 - para uma maior ampliação - e 1:500 - para uma maior redução. 53 54 RESUMINDO A PLANTA DE LOCAÇÃO OU LOCALIZAÇÃO 55 O QUE NÃO SE DEVE ESQUECER NA PLANTA DE LOCAÇÃO 56 ANEXOS Medidas de Mobiliário 57 PEÇAS SANITÁRIAS 58 MÓVEIS DE SALAS E QUARTOS MÓVEIS DE COZINHA 59 MÓVEIS DE ÁREA DE SERVIÇO GABARITOS Existe no mercado uma grande variedade de gabaritos, com diversos tipos de símbolos gráficos (peças sanitárias, coberturas, etc.) e em diferentes escalas (1:20, 1:25, 1:50, 1:100 etc.), garantindo maior facilidade e uniformidade no trabalho do desenhista. 60 61 62 EXEMPLOS 63 64 65 66 67 68 69 CAMAS 70 71 FIGURAS HUMANAS 72 73 REGRAS BÁSICAS PARA ESCALAS ESCALAS NUMÉRICAS O desenho de um objeto, em geral, não pode ser executado e tamanho natural; em muitos casos o objeto é grande ou peque demais. A escala permite aumentar, diminuir ou manter o tamanho objeto no desenho de acordo com cada situação.A escala nada mais é que uma razão de semelhança entre medidas do desenho e as medidas reais do objeto, derivada expressão d/0=K, onde: d = medida gráfica (desenho) O = medida natural (objeto) K = razão ("Título da Escala") TIPOS DE ESCALA Uma escala pode ser: 1. Natural - as medidas do desenho e do objeto são iguais, é a escala 1 / 1 (uma unidade do desenho corresponde a uma unidade do objeto). 2. De redução - as medidas do desenho são menores que as do objeto, é a escala l / X . Ex.: escala 1/2 - uma unidade do desenho corresponde a duas unidades do objeto. 3. De ampliação - as medidas do desenho são maiores que as do objeto, é a escala X / l . Ex.: escala 2/1 - duas unidades do desenho correspondem a uma unidade do objeto. A nomenclatura da escala é lida como 1 para 1, 1 para X ou X para 1. A expressão d/0=K pode ser aplicada em três problemas básicos: 74 • Dados o título da escala (K) e a medida natural (O): K= 1/100 e 0=8m. d/0=K -> d/8=l/100 -> d=0,08m ou d=8cm. Logo, o desenho de um objeto com dimensão de 8 m na escala 1/100 mede 8 cm. • Dados o título da escala (K) e a medida gráfica (d): K=2/l e d=8cm. d/0=K -> 8/0=2/1 -> 0=4cm. Logo, a dimensão real de um objeto desenhado com 8 cm na escala 2 / 1 , é de 4 cm. • Dadas a medida gráfica (d) e a medida natural (O): d=16cm e 0=8m. d/0=K -> K=16cm / 800cm - > K=l/50. Logo, o título da escala que corresponde a uma relação de 16 cm no desenho e 8 m do objeto real será 1/50. Outro exemplo: d=15cm e 0=3cm. d/0=K -> K=15/3 -> K=5/1. Logo, o título da escala que corresponde a uma relação de 15 cm no desenho e 3 cm do objeto real será 5 / 1 . ESCALAS RECOMENDADAS A ABNT recomenda as seguintes escalas: 1. De redução: 1/2, 1/5, 1/10, 1/20, 1/50, 1/100, 1/200,1/500, 1/1000,1/2000, 1/5000,1/10000. 2. De ampliação: 2 / 1 , 5 / 1 , 1 0 / 1 , 2 0 / 1 , 5 0 / 1 . Observações gerais: • Ao se executar um desenho, a escala utilizada deverá ser sempre indicada na legenda, no espaço destinado para tal. Existindo desenhos em diferentes escala, estas deverão vir indicadas abaixo e a direita de cada um; a escala que predomina é indicada na legenda. • As dimensões a serem usadas na cotagem, serão sempre as dimensões reais do objeto, mesmo quando este estiver em escala, e não as correspondentes ao desenho. • Os ângulos não sofrem redução ou ampliação em sua abertura, independentemente da escala utilizada no desenho. ESCALIMETRO É um instrumento de medição linear, em forma de prisma triangular, contendo em cada face duas graduações (ao todo serão seis), Estas graduações correspondem a diferentes escalas numéricas, todas de redução, indicadas por seu título. A principal vantagem desse instrumento para o desenhista está na economia de tempo no cálculo das dimensões do desenho. 75 Observação: Os escalímetros e as régua graduadas devem ser usadas exclusivamente para medição, para o traçada o traçado usam as réguas não graduadas ou os esquadros . No escalímetro, todas as graduações são feitas utilizando como unidade de medida o metro e aplicando a respectiva redução. Para o escalímetro nº 1, o mais usado, teremos: 1. Escala 1/100 (e 1/125), 1 metro reduzido 100 (ou 125) vezes, com 10 subdivisões que correspondem a 10 centímetros cada. 2. Escala 1/50 (e 1/75), 1 metro reduzido 50 (ou 75) vezes, com 10 subdivisões que correspondem a 10 centímetros, e cada uma delas bipartida, resultando em divisões de 5 cm. 76 3. Escala 1/20 (e 1/25), 1 metro reduzido 20 (ou 25) vezes, com 10 subdivisões que correspondem a 10 centímetros/divididas em cinco partes cada, resultando em divisões de 2 cm. O Escalímetro pode ser usado para outras escalas além das seis de redução indicadas por seus títulos. Por exemplo: • Para utilizar a escala 1/10 utilizamos o título 1/100; a relação entre as duas escalas será: 1/10 = 10 x 1/100, logo a medida representativa do metro na escala 1/10 será 10 vezes maior que a mesma medida na 1/100, e todas as suas subdivisões igualmente. Portanto, para utilizarmos a escala 1/100 adaptando-a para 1/10, basta considerarmos cada unidade (distância entre 0 e 1) como 10 vezes menor: 1 m/ 10 = 0,1 m (10 cm). 77 Para a escala 1 / 1 , devemos considerar cada unidade (distância entre 0 e 1) como 100 vezes menor: 1 m/100 = 0,01 m (1 cm). Observação: A escala 1/100 é usada também como escala natural devido à coincidência entre estes valores (1 metro correspondendo a 1 centímetro) Procede-se da mesma forma para as demais escalas. Existe, no entanto uma forma de raciocínio mais simples: • Escala 1/10 - como se transforma o número 100 no número 10? dividindo por 10, logo todas as graduações serão também divididas por 10; o que valia 1m (distância de 0 a 1) passa a valer 0,10 m, o que valia 0,10 m passa a valer 0,01 m etc. • Escala 1 / 5 - como se transforma o número 50 no número 5? dividindo por 10, logo todas as graduações serão também divididas por 10; o que valia lm (distância de 0 a 1) passa a valer 0,10 m, o que valia 0,10 m passa a valer 0,01 m, o que valia 0,05 m passa a valer 0,005 m etc. • Escala 1/200 - como se transforma o número 20 no número 200? multiplicando por 10, logo todas as graduações serão também multiplicadas por 10; o que valia lm (distância de 0 a 1) passa a valer 10 m, o que valia 0,10 m passa a valer 1 m, o que valia 0,02 m passa a valer 0,2 m etc. O uso do escalímetro com escalas de ampliação também é possível. Comparando as duas graduações simplificadas a seguir, percebe se que as unidades (distância de 0 a 1) na escala 1/50 são o dobro das que aparecem na de 1/100, logo, ao se utilizar a primeira como a escala natural 1/1, a segunda representará escala de ampliação 2 / 1 . Do mesmo modo, para a escala de 5/1 usa-se a de 1/20. 78 Observação: Deve-se prestar bastante atenção na unidade que está sendo utilizada nas diferentes escalas. Na escala l/l a unidade é o centímetro, na escala 1/100, que utiliza a mesma graduação do escalímetro, a unidade é o metro. Nas escalas de ampliação, tomadas em comparação com a escala 1/1, a unidade será também o centímetro. Normas e Procedimentos Para Projeto e Detalhamento Gráfico de Escadas de Uso Privado 79 Sobrado (arquitetura) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Um sobrado é um tipo de edificação constituída por dois ou mais pisos e com relativamente grande área construída. Na época do Brasil colônia os sobrados eram as residências dos senhores nas cidades e marcaram o início de uma tímida urbanização do Brasil. No período anterior, o antagonismo existia entre a casa-grande e a senzala, enquanto aos sobrados se opunham os mucambos, que eram residências das camadas mais pobres da sociedade. A expressão surgiu de forma natural a partir dos sobrados construídos nas cidades mineiras (especialmente durante o Ciclo do Ouro), normalmente caracterizadas por uma topografia tipicamente chamada de "mar de morros": as construções eram realizadas a partir do nível mais alto da rua, de forma que "sobrava" um espaço sob o piso principal da edificação. Com o tempo, este nível inferior passou a ser considerado o piso térreo, vindo a caracterizar os "sobrados". Atualmente, dá-se o nome de sobrado a qualquer residência com mais de um piso, podendo ser até mesmo uma locação comercial. AMBIENTES Sala de estar, sala de jantar, sala de tv, cozinha, lavanderia, lavabo, despensa de mantimentos, 03 suítes, sendo 01 com closet, escritório, garagem para 02 veículos, piscina, churrasqueira, banheiro externo, ateliê para arquiteto, despensa para objetos. Sacada, jardim de inverno. TERRENO 12x30m ( ver planta de Situação) https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_col%C3%B4nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa-grandehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Senzala https://pt.wikipedia.org/wiki/Mucambo_(cabana) https://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_Ouro https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_Ouro https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_de_morros https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_de_morros 80 CIRCULAÇÃO VERTICAL 81 “Escada é o elemento de composição arquitetônica cuja função é proporcionar a possibilidade de circulação vertical entre dois ou mais pisos de diferentes níveis, por meio de uma seqüência de degraus”. FAILLACE (1991) in BARBOSA & REIS (2004) “Estrutura fixa ou móvel constituída de uma série de degraus por onde se sobe ou desce para atingir pontos ou planos em alturas diferentes”.Dicionário Aurélio Definição 82 Escada solta- Três lances retos perpendiculares. 83 Exemplo de uma escada em U Estrutura de uma escada 84 85 Altura Livre de Uma Escada 86 Classificação das Escadas 87 88 Essas 02 Fotos são exemplos de escadas soltas ou engastadas? 89 Escadas com Lance Curvo 90 Escadas com Lance Mistos 91 92 RESUMINDO... 93 DIMENSÕES No projeto do sobrado utilizar largura mínima 0,90m e máxima de 1,20m. 94 O cálcuo de uma esdaca depende de vários fatores. Partes de uma Escada 95 96 97 • Segurança altura e comprimento de todos os degraus em um lance devem ser os mesmos • Largura das escadas varia segundo o código de obras / tipo de ocupação. 98 FÓRMULAS Para a quantidade de espelhos: N=h/e Para o comprimento da escada: C= p x (n-1) Para a dimensão do piso: P= 0,64 - 2 x e EXEMPLO: 99 100 DETALHAMENTO GRÁFICO DA ESCADA As escadas são construções destinadas a permitir a comunicação fácil entre dois ou mais pisos situados em níveis diferentes. A existência de elevador em um edifício não dispensa a construção de uma escada. Elas são formadas por uma série de pequenos planos horizontais, dispostos a uma pequena diferença de nível uns dos outros e de modo a permitir que o homem vença-os com facilidade. Esses pequenos planos horizontais são denominados pisos. O plano vertical que liga dois pisos consecutivos chama-se espelhos e ao conjunto formado pelo piso e pelo espelho dá-se a denominação de degrau. O piso às vezes avança sobre o espelho formando o que chamamos de bocel (nariz). 101 Empregam-se também degraus sem espelhos. Após um certo número de degraus comuns coloca-se um de maior largura, a que se dá o nome de patamar ou descanso, tendo em vista o papel que desempenha. A série de degraus intercalados entre o pavimento e o patamar ou entre dois patamares consecutivos chamamos de lance. O número máximo de degraus de cada lance depende do fim a que se destina o edifício e da utilização da escada. Nas residências esse número é normalmente 16. E o número mínimo em comércios é de 3 degraus em cada lance. As escadas são formadas por um ou mais lances, separados por patamares, conforme a altura a vencer. Esses lances podem ser retos ou curvos. As escadas possuem parapeito (Guarda – Corpo) a fim de evitar possíveis quedas das pessoas que delas se utilizam. Esses parapeitos denominam-se guarda-corpo e são utilizados em conjunto por uma peça, arredondada, chama se corrimão. Os guarda-corpos podem ser contínuos (ex: parede de alvenaria) ou vazados (ex: grade). Estes devem ser adotados nos dois lados da escada. Os guarda-corpos constituídos por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, guarda-corpos vazados, devem: 1. Ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura; 2. Ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; 3. Ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados. ESCADA COM GUARDA-CORPO CONTÍNUO 102 ESCADA COM GURDA-CORPO VAZADO 103 Emprego das Escadas As escadas são empregadas no interior e no exterior dos edifícios. Dividem-se em escadas internas e externas. 104 Escadas internas As escadas internas tem grande desenvolvimento pois servem para vencer o desnível dos pisos internos. Escadas externas As escadas externas geralmente têm poucos degraus, pois ligam o passeio ao andar térreo. Forma e disposição dos lances Os lances podem ser retos ou curvos e a sua combinação dá lugar à formação de escadas retas curvas ou mistas. Escadas retas São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de diversas formas. Temos portanto, escadas: Escadas curvas São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente forma circular. Encontram - se também elípticas, helicoidais, em leques e outras. Escadas mistas São formadas pela combinação de lances retos ou curvos. 105 Caixa da Escada O compartimento em que se constrói a escada chama-se caixa da escada. A forma mais comum é a quadrada ou retangular. Podemos encontrar também caixas de escadas nos formatos circulares, elípticas, poligonais, embora com menor freqüência. As dimensões variam com a largura, disposição dos lances e com o desenvolvimento da escada. Iluminação A iluminação deve merecer toda a atenção por parte do ARQUITETO. A boa iluminação atenua em grande parte o perigo, permitindo ao usuário da escada visualizar os degraus da mesma. A iluminação pode ser feita lateralmente ou pela parte superior. A iluminação frontal é a mais conveniente pois o feixe luminoso abrange totalmente o lance, destacando de forma acentuada o degrau. As aberturas poderão acompanhar ou não o movimento da escada. Forma dos degraus 106 Os degraus das escadas podem ser engastados ou apoiados. Piso perpendicular ao espelho Espelho inclinado com o piso Pisos engastados sem espelhos Pisos sobre vigas 107 Dimensionamento de degraus e patamares O dimensionamento dos degraus depende do fim a que se destina a escada. Geralmente dimensionamos diferentemente uma escada de serviço de uma escada social de uma residência. Em uma existe a preocupação da economia e na outra o conforto. A NBR9077 recomenda que a altura do degrau seja compreendida entre de 16 a 18cm, com tolerância de 0,05cm . A largura do degrau deve ser fixado de modo que o pé assente facilmente no piso e o esforço para vencer o degrau não ultrapasse ao que o emprega habitualmente quando se caminha no plano. Para o assentamento fácil do pé, não se deve permitir degraus com menos de 24 a 30cm. Quanto às facilidades de acesso é necessário ter em vista que ao subir o degrau é obrigadoa despender duplo esforço: um para vencer a altura e o outro a largura. Esses esforços não devem ultrapassar ao que o homem emprega quando caminha. O passo do homem resulta geralmente de 63 a 64cm. Pela formula de BLONDEL, o dobro da altura mais a largura do degrau, devera estar entre 63 a 64cm. 0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m. Numa mesma escada os espelhos e os pisos não poderão sofrer alteração de dimensões em seu desenvolvimento. Corrimãos e guarda-corpos De acordo com a NBR9050, os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das escadas fixas e das rampas. Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular, conforme figura a seguir. As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor de guarda corpo associado ao corrimão, conforme figura a seguir. 108 Projeto de uma escada Em um edifício residencial, projetar uma escada, na escala 1:50, em uma caixa da escada com 2,87m de largura por 3,80m de comprimento, residencial unifamiliar, de 2 pavimentos, em que os níveis são de 0,35 metros no pavimento térreo e de 3,41 metros no pavimento superior. Cálculo do desnível entre pavimentos É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do pavimento inferior. 3,41m - 0,35m = 3,06m Quantidade de espelhos A NBR9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar entre 0,16m à 0,18m; então a quantidade de espelhos que teremos será: o desnível dividido pelo numero de espelhos. 3,06m ̧0,16m = 19,125 espelhos 3,06m ̧0,18m = 17 espelhos Então teremos de 17 a 19,125 espelhos. Como só existem espelhos inteiros, a escada poderá ser com 17, 18 ou 19 espelhos. 109 Dimensão dos espelhos ( h ) Como nesse projeto poderemos ter 17, 18 ou 19 espelhos; os valores dos espelhos será o desnível dividido pela quantidade de espelhos. h1 = 3,06m ̧17 = 0,18m h2 = 3,06m ̧18 = 0,17m h3 = 3,06m ̧19 = 0,1611m Dimensão dos pisos ( b ) Segundo a NBR9077, no dimensionamento das escadas, deveremos utilizar a fórmula de BLONDEL; que define a largura de uma escada em função do espelho ou seja: 0,63m £ ( 2.h + b) £ 0,64m. Como neste projeto temos três valores do espelho, teremos três hipóteses de piso ou seja: Para h = 0,18m c/ 17 espelhos: 0,63m 2.h + b 0,64m 0,63m 2.0,18m + b 0,64m 0,63m 0,36m + b 0,64m 0,63m - 0,36m b 0,64m - 0,36m 0,27m b 0,28m Para h = 0,17m c/ 18 espelhos: 0,63m 2.h + b 0,64m 0,63m 2.0,17m + b 0,64m 0,63m 0,34m + b 0,64m 0,63m - 0,34m b 0,64m - 0,34m 0,29m b 0,30m Para h = 0,1611m c/ 19 espelhos: 0,63m 2.h + b 0,64m 0,63m 2.0,1611m + b 0,64m 0,63m 0,3222m + b 0,64m 0,63m - 0,3222m b 0,64m - 0,3222m 0,3078m b 0,3178m Forma da escada Temos três opções de espelhos, com diversa opções de pisos; portanto varias soluções de escada. Sugerimos algumas considerações praticas a respeito: - Largura mínima da escada residencial é de 0,90m, sendo que o ideal é de 1,20m. - Procurar valores de espelhos e pisos variando de 0,5cm em 0,5 cm. - Cada lance de escada deve ter no máximo 3,20m. - Os patamares devem ter comprimento mínimo de 1,20m, situados em mudanças de direção, quase sempre iguais a largura da escada. - A escada de maior conforto é espelho de 0,17m e piso de 0,29m (nem sempre possível). Definição do número de lances Analisando as dimensões da caixa da escada, de 2,87 m e 3,80m e a quantidade de espelhos que devemos utilizar, 17, 18 ou19, chegamos a conclusão de que, o desenvolvimento da escada se dará em 3 lances no mínimo. 110 Definição da condição ideal da escada Com lances de comprimentos (3,80-0,80-0,80)=2,20m e (2,87-0,80-0,80)=1,27m no máximo teremos em cada um deles: Opção 1 Opção 2 Conclusão: Temos a 2ª opção como condição ideal de uma escada residencial; com espelho de 0,17m e piso de 0,29m. Projeto completo de uma escada 111 Iremos projetar, na escala 1:75, uma escada em uma caixa da escada com 2,15m e largura por 4,50m de comprimento, residencial unifamiliar de 2 pavimentos, em que os níveis são de 0,32 metros no pavimento térreo e de 3,38 metros no pavimento superior. Cálculo do desnível entre pavimentos É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do pavimento inferior. 3,38m - 0,32m = 3,06m Quantidade de espelhos A NBR9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar entre 0,16m à 0,18m; então a quantidade de espelhos que teremos será: o desnível dividido pelo numero de espelhos. 3,06m / 0,16m = 19,125 espelhos 3,06m / 0,18m = 17 espelhos Então teremos de 17 a 19,125 espelhos. Como só existem espelhos inteiros, a escada poderá ser com 17, 18 ou 19 espelhos. Dimensão dos espelhos ( h ) Como nesse projeto poderemos ter 17, 18 ou 19 espelhos; os valores dos espelhos será o desnível dividido pela quantidade de espelhos. h1 = 3,06m /17 = 0,18m h2 = 3,06m / 18 = 0,17m h3 = 3,06m / 19 = 0,1611m Dimensão dos pisos ( b ) Segundo a NBR9077, no dimensionamento das escadas, devemos utilizar a fórmula de BLONDEL, que define a largura de uma escada em função do espelho ou seja: 0,63m £ ( 2.h + b) £ 0,64m. Como neste projeto temos três valores de espelho, temos três hipóteses de piso. Vamos utilizar então para o projeto desta escada o valor de h = 0,17m com 18 espelhos. Largura da escada Analisando a caixa da escada, utilizaremos o valor de 1,00m para a largura da escada. Forma da escada Vamos seguir as seguintes considerações para o projeto desta escada: - Largura mínima da escada residencial é de 0,90m o ideal 1,20m para o comércio é de 1,50m - Procurar valores de espelhos e pisos variando de 0,5cm em 0,5 cm. - Cada lance de escada, no máximo 3,20m. - Os patamares devem ter comprimento mínimo de 1,20m, situados em mudanças de direção, quase sempre iguais a largura da escada. - A escada de maior conforto é espelho de 0,17m e piso de 0,29m (nem sempre possível ). Definição do número de lances Analisando as dimensões da caixa da escada, de 2,15 m e 4,50m, e os 18 espelhos que iremos utilizar, chegamos a conclusão de que o desenvolvimento da escada se dará em 2 lances. Desenho da escada - Planta do Pavimento Térreo Desenho da caixa da escada Iremos primeiramente desenhar a caixa da escada Exemplo 112 Desenho dos degraus 113 O primeiro passo para se desenhar os degraus é definirmos dentro da caixa da escada o seu desenvolvimento, o início e término dos lances e patamares. Logo após utilizaremos o processo de divisão de seguimento de retas em partes iguais para dividirmos o lance da escada em 8 partes iguais. Faço os traços com bastante leveza pois iremos apagar diversas linhas utilizadas nesta fase do desenho. Vamos apagar agora as linhas utilizadas para dividirmos os lances da escada. Logo após, podemos traçar o limite do primeiro e segundo lance. 114 Os degraus que estão acima do plano de corte (aproximadamente a 1,50m acima do piso) devem apresentar com o tipo de linha tracejado (arestas invisíveis). 115 Desenho dos corrimãos Neste momento devemos fazer o desenho dos corrimãos. A distância entre os corrimãos e as paredes é de no mínimo 4 cm. A largura dos mesmos também é entre 3 à 4,5 cm. 116Finalização do Desenho da Planta do Pav. Térreo da Escada Finalizaremos a planta baixa do pavimento inferior, cotando-o, inserindo cotas de nível, numeração dos degraus, indicação do sentido do fluxo de subida, janela e escolhendo os locais onde será cortada a escada, para a visualização da mesma em cortes. 117 Desenho da escada - Planta do Pavimento Superior Iremos desenvolver o desenho do pavimento superior. Os passos para a construção do desenho são semelhantes aos realizados no desenvolvimento do pavimento inferior. As diferenças estão na caixa da escada e na não utilização de linhas tracejadas pois, a vista superior está acima do plano de corte. Desenho da caixa da escada 118 Desenho dos degraus 119 Desenho dos corrimãos 120 Finalização do Desenho da Planta do Pav. Superior 121 Desenho da escada - Corte AA e Corte BB Vamos neste momento realizar os cortes transversais escolhidos no desenho das plantas dos pavimentos inferiores e superiores. Desenho da caixa da escada 122 Desenho dos degraus da escada 123 Vamos tracejar as arestas não visíveis do corte. 124 Desenho dos corrimãos da escada 125 Finalização do Desenho do Corte AA 126 Corte BB O processo para desenvolvermos o Corte BB é idêntico ao do Corte AA. 127 Desenho da escada - Corte CC Vamos neste momento realizar o corte longitudinal escolhido no desenho das plantas dos pavimentos térreo e superiores. Desenho da caixa da escada 128 Desenho dos degraus da escada Processo da divisão de seguimentos. 129 130 131 Definição do segundo lance, que não é interceptado pelo corte. 132 Desenho dos corrimãos da escada 133 Finalização do Desenho do Corte CC 134 135 ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA 1. Define-se o espaço onde se desenvolve a escada, prevendo a área a ser ocupada; 2. Traçam-se duas horizontais com afastamento igual ao pé direito + espessura da laje: altura a ser vencida pela escada; 3. Divide-se esse afastamento em "n" partes iguais = numero de espelhos; 4. Pelos pontos de divisão, traçam-se paralelas horizontais e, em seguida, marcam se as divisões "p" (comprimento do piso) e por elas traçam-se paralelas verticais. Se n maior que 10, a escada deverá se desenvolver em dois lances, com um patamar intermediário entre eles; 5. Numeram-se as horizontais e as verticais. O encontro destas linhas dá a parte superior - em vista ou em corte - da escada (horizontais = pisos; verticais = espelhos); 6. No prolongamento do espelho, marca-se a altura do corrimão (90cm) que será traçado paralelo à extremidade dos degraus; 7. Marca-se a espessura da laje, deixando-se uma altura livre de 2,10m para passagem entre a escada e a laje do pavimento superior; 8. Traça-se o desenho inferior a escada (planta baixa). O plano de corte da planta deveria separar os degraus que estão acima (não visíveis) e abaixo (visíveis), mas a convenção simplifica a representação, tracejando-se os degraus acima da linha do corte (ou depois da metade da escada). No pavimento superior os degraus são todos visíveis. 136 Seqüencia de trabalhos para a planta baixa 137 138 139 140 Seqüencia de trabalhos para os cortes 141 ESCADAS CIRCULARES As caixas de escadas circulares têm dimensões muito reduzidas, devido ao desenvolvimento em hélice dos degraus. São muito cansativas e incômodas, e, por isso, admitidas apenas como auxiliares em oficinas e mezaninos. Podem ser classificadas em: _ de bomba: quando seu lance se apóia em dois banzos (paredes), interna e externamente, tendo a alma (centro) oca (também chamada de olho); _ de mastro: quando seu lance se apóia em um pilar central (mastro), podendo ou não apoiar-se, também, em um banzo externo. CÁLCULO DE UMA ESCADA CIRCULAR: 142 Para o seu cálculo, deve-se imaginar uma linha imaginária - linha de piso - afastada de 50 a 60cm do corrimão central. Mede-se, então, o piso AB, variante entre 18 a 32cm: Onde o número de pisos (N) é dado pela divisão entre o pé esquerdo (PE) e a altura do espelho (h). O comprimento da escada é igual ao comprimento da circunferência, e também é igual a (n-l ).p, arbitrando-se um valor para p ( varia de 18 a 32cm). Determinando-se o raio (R) da escada, tem-se que: ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA CIRCULAR Após definido os cálculos, deve-se seguir os seguintes passos: 1. Inicia-se desenhando a linha de piso - uma circunferência - com raio R; 2. O corrimão externo deve estar, no mínimo, a 50cm da linha de piso. Traça-se, então, a pequena circunferência que será a coluna central da escada; 3. A partir daí (da coluna central) marca-se a largura desejada e traça-se a circunferência externa; 4. Utilizando duas linhas horizontais, marca-se a altura que será dividida em n partes iguais e correspondentes ao número de espelhos; 5. Traçam-se as linhas verticais correspondentes à coluna central e ao cilindro externo (linhas tangentes às circunferências); 6. Nas intersecções entre as linhas verticais e horizontais com a mesma numeração serão os respectivos degraus. Deve-se, então, traçar os contornos das suas faces externas e, depois, das faces internas, definindo-se, a seguir, as partes visíveis; 7. A partir daí defini-se a espessura da laje e o corrimão. Adicionam-se os balaústres do corrimão e introduz, na planta, as devidas convenções. 143 Fachadas 144 Seqüencia de trabalhos para as Fachadas 145 Referências Bibliográficas ∎ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Saídas de Emergência em edifícios. ABNT, 1993. 35 p. (NBR 9077/93). ∎ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. 97 p. (NBR 9050/2004). ∎CARVALHO, A. W. B. & REIS, L. F. Circulação vertical nos edifícios: escadas e rampas. Viçosa:UFV,2004. 106 p. ∎ NEUFERT, Ernest. Arte de projetar em arquitetura. São Paulo: Gustavo Gilli,
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