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Apostila de Desenho Básico

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APOSTILA DE 
DESENHO BÁSICO 
 
 
 
 2 
 
FIEP - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA 
 
Presidente: Francisco de Assis Benevides Gadelha 
 
 
 
SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DA PARAÍBA 
 
Diretora Regional: Maria Gricélia Pinheiro de Melo 
 
Diretor Administrativo Financeiro: José Aragão da Silva 
 
Diretora de Operações: Maria Berenice de Figueiredo Lopes 
 
Diretora de Planejamento e Marketing: Patrícia Gonçalves de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Federação das Indústrias do Estado da Paraíba 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Regional da Paraíba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE DESENHO BÁSICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campina Grande 
2008 
 
 
 
 
 
FIEP
SESI
SENAI
IEL
 
 
 4 
É autorizada reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou 
sistema desde que a fonte seja citada. 
 
Este material didático foi adequado pela equipe do SENAI - Departamento 
Regional da Paraíba, tendo como referencial o Banco de Recursos Didáticos do 
SENAI/DN, sendo utilizado como fonte principal os materiais em referência. 
 
Informamos que não será permitida qualquer alteração neste material, sem 
que haja autorização da UNIEP. 
 
 
 
 
 
 
SENAI. PB. 
 : qualificação/SENAI 
Departamento Regional da Paraíba. – Campina Grande, 2008. 
 1. 
 CDD 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Regional da Paraíba 
 
Avenida: Manoel Guimarães – 195 – José Pinheiro 
CEP: 58100-440 – Campina Grande – PB 
Fone: (83) 2101.5300 
Fax: (83) 2101.5394 
E-mail: senaipb@fiepb.org.br 
Home page: http://www.fiepb.org.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
SUMÁRIO 
 
 
1. O DESENHO E O DESENHISTA 9 
1.1 O Desenho 9 
1.2 O Desenhista 10 
1.2.1 Qualidades indispensáveis a um Desenhista 11 
2. ARQUITETURA 11 
2.1 Conceitos 11 
2.2 Fases do Projeto 12 
2.2.1 1ª Fase: Estudo Preliminar 12 
2.2.2 2ª Fase: Anteprojeto 12 
2.2.3 3ª Fase: Projeto 12 
3. DESENHO DE ARQUITETURA 13 
3.1 Qualidades de um desenho 13 
3.2 Níveis de Expressão 13 
3.3 Objetivos do estudo de desenho 14 
3.4 Alguns materiais de desenho 15 
3.5 Uso dos materiais de desenho 15 
3.5.1 Lápis 15 
3.5.2 Borracha 15 
3.5.3 Régua “T” ou Paralela 15 
3.5.4 Papel 16 
3.6 Tamanhos e Formatos de Papéis 16 
3.6.1 Legendas 16 
4. OS PRIMEIROS TRAÇOS 17 
4.1 Traçado de Retas 17 
4.2 Linhas 17 
5. COTAS E INDICAÇÕES 19 
5.1 Linhas de cotas 19 
5.1.1 Cotagem de Desenhos 19 
6. LETRAS E ALGARISMOS 20 
6.1 Letras e Números Verticais 20 
7. ESCALA 21 
8. PROJEÇÕES 21 
8.1 Projeção Ortogonal 21 
8.2 Cubo de Referência 22 
8.3 Critérios para escolha da vista frontal 22 
9. FIGURAS GEOMÉTRICAS E SUAS ÁREAS 23 
9.1 Triângulo 23 
9.2 Quadrado 23 
9.3 Retângulo 23 
9.4 Losango 23 
9.5 Circunferência 23 
9.6 Trapézio 24 
10. SÍMBOLOS GRÁFICOS 24 
10.1 Portas 24 
 
 6 
10.1.1 Representação das Portas no desenho 24 
10.1.2 Convenções de Portas 25 
10.2 Janelas 25 
10.3 Peças Sanitárias 26 
10.4 Móveis 27 
10.5 Cozinha 27 
10.6 Área de Serviço 28 
10.7 Automóveis 29 
10.8 Esquadrias 29 
11. DETALHES CONSTRUTIVOS 30 
11.1 Fundação 30 
11.1.1 Alguns Tipos de Fundação 30 
12. ALVENARIA 31 
12.1 Tipos de Alvenaria 31 
12.1.1 De pedra 31 
12.1.2 De tijolo 31 
12.1.3 De gesso 31 
12.1.4 Painéis de Madeira 32 
13. TIPOS DE TIJOLO 32 
13.1 Paredes de Tijolo 32 
14. ETAPAS DO DESENHO 33 
14.1 Planta Baixa 33 
14.1.1 Fases de uma Planta Baixa 34 
14.2 Cobertas 37 
14.2.1 Cobertura 37 
14.2.2 Tipos de Telhas e Caimentos 37 
14.3 Estruturas de Tesouras 39 
14.3.1 Tipos de Tesouras 39 
14.3.2 Composição de um Telhado 40 
14.4 Cortes 41 
14.4.1 Corte Transversal 41 
14.4.2 Corte Longitudinal 41 
14.4.3 Cálculo da Cumeeira e do Pé Direito Desconhecido 45 
14.5 Fachadas 46 
14.6 Planta de Locação ou Situação e Planta de Coberta 47 
14.7 Planta de Localização 48 
15. PERSPECTIVAS 49 
15.1 Perspectiva Cavaleira 49 
15.2 Perspectiva Isométrica 49 
16. ESCADAS 51 
16.1 Definições 51 
16.2 Cálculos de Escadas 52 
16.3 Largura da Escada 52 
 
 7 
16.4 Vistas de Escadas 53 
16.4.1 Planta Baixa 53 
16.4.2 Corte 53 
16.5 Traçado de Escadas 54 
17. NORMAS DA ABNT LIGADAS A DESENHO BÁSICO 55 
18. REFERÊNCIAS 56 
 
 8 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Caro aluno: 
 
 
 
 Neste momento você está iniciando seus estudos na área de 
construção civil, no curso de Assistente de Gerenciamento de Obras do SENAI – 
Departamento Regional da Paraíba. 
 
 Este módulo contém informações necessárias sobre a disciplina 
Desenho Básico e tem o objetivo de fazer você conhecer os princípios e normas 
técnicas que comandam o profissional da construção civil, como também, conhecer 
os componentes, os instrumentos, as ferramentas e as máquinas utilizadas no dia-a-
dia do profissional desta área. 
 
 A presente série metódica é composta de tarefas, onde são apresentados 
conteúdos técnicos necessários para a compreensão de conceitos básicos em 
Desenho Básico, a fim de operacionalizar a realização da parte prática. 
 
 Trata-se de um material de referência, preparado com todo o cuidado para 
ajudá-lo em sua caminhada profissional. Por isso, desejamos que ele seja, não 
apenas a porta de entrada no mundo do trabalho, mas, que também indique os 
vários caminhos que este mundo pode oferecer quando se tem curiosidade, 
criatividade e vontade de aprender. 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
111... O DESENHO E O DESENHISTA 
 
1.1 O Desenho 
 
O homem pré-histórico marcou na rocha 
seres humanos, animais, plantas, elementos 
do seu mundo, expressando de uma forma 
intensa as suas vivências (fig. 1). 
 
As culturas da antiguidade como a Egípcia 
(fig. 2) e Grega, deixaram marcas da sua 
história registradas sob a forma de imagens 
desenhadas que nos oferecem meios para a 
compreensão do seu pensamento história e 
sabedoria. 
 
O desenho da idade média 
transporta-nos para o ambiente da 
época com as suas personagens 
ingênuas e espaços "impossíveis" 
por ausência da perspectiva (fig. 3). 
 
No renascimento o desenho ganha pujança e 
força com as suas perspectivas sublimes e a 
sensibilidade grandiosa dos mestres da 
época (fig.s 4, 5 e 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada cultura possui saberes, códigos e valores próprios e, portanto condiciona os 
sistemas de comunicação. O desenho de cada período histórico é condicionado por 
 
 
Fig. 1- Pintura rupestre - Lascaux. 15.000 a 10.000 anos A.C. 
 
Fig. 2- Fragmento do livro dos mortos de Tebas - Egipto, C/ 1000 AC 
 
Fig. 3 - Detalhe de um desenho mural de Palau Calades - 
Barcelona. Idade Média 
 
Fig 4 -Paolo Ucello 
estudo para cálice- Renascimento 
 
Fig. 5 -J. V. de Vries 
"Perspective pas altera" ,1604-1605 
 
Fig. 6 - Leonardo da Vinci - Estudo de perspectiva 
(detalhe) - Renascimento 
 
 10 
aquilo que em determinado momento histórico é considerado verdadeiro e digno de 
importância. 
 
Veja-se, por exemplo, como varia a representação de um Cristo na arte Bizantina ou 
na da Idade Média, do Gótico ou da atualidade. Igualmente a representação da 
figura humana aparece com aspectos completamente diversos conforme as épocas 
históricas devido aos conhecimentos que se tinham ou não sobre a anatomia 
humana, ou os ideais de beleza do momento. Também de indivíduo para indivíduo, 
mesmo sendo contemporâneos, o caráter do desenho varia caracterizando a 
capacidade de representação, sensibilidade, personalidade e interesses de cada 
um. Mesmo desenhos do mesmo indivíduo, por vezes variam bastante de acordo 
com diversas condicionantes, como a experiência, vivências, estados de espírito, 
etc. 
 
Quase sempre um registro desenhado parte de uma experiência de observação da 
realidade. Refletindo sobre o que vê, o homem registra o que compreende da 
realidade e o que julga ser digno de interesse.Do ponto de vista do observador procura-se fazer a decodificação do que se vê 
representado, a partir do que se conhece do mundo, fazendo associações 
automáticas entre o que conhecemos da realidade e o que vemos representado. O 
receptor, aquele que analisa um desenho, também só perceberá nele o que 
conseguir ou quiser entender. A cultura que cada um de nós possui, vai tornar-nos 
mais ou menos capazes de extrair "leituras" de uma imagem ou desenho. O tipo de 
sensibilidade, a disponibilidade e curiosidade para apreciar a imagem também 
conduzem a uma apreensão mais rica ou mais pobre. 
 
Todo desenho, enfim, traduz uma Idéia. Cada tipo de desenho tem uma quantidade 
de Símbolos e obedecem a uma série de Normas, que regulamentam sua 
qualidade. 
 
O Desenho de Arquitetura, por exemplo, é a tradução gráfica de uma edificação 
qualquer. Sua técnica de expressão está fundamentalmente baseada na Norma 
Brasileira 8 (NB-8) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e 
regulamentada pelas posturas municipais. 
 
 
1.2 O Desenhista 
 
É o indivíduo que traduz e sintetiza 
graficamente a idéia sobre o papel. 
Ele tem uma função muito importante 
junto ao pessoal técnico (arquitetos, 
engenheiros, construtores, mestres-de-
obras, etc.); é, portanto, o responsável 
pela expressão gráfica da obra. Como em 
toda atividade humana, a capacidade 
técnica de expressão do desenhista 
cresce em função da sua prática e 
dedicação profissional. 
 
 11 
1.2.1 Qualidades indispensáveis a um Desenhista 
 
Qualidades Pessoais 
 Ter ética profissional para o cumprimento de suas obrigações; 
 Ter bom relacionamento com os colegas de trabalho; 
 Ser dedicado ao trabalho que executa; 
 Ter interesse para adquirir novos conhecimentos sobre o trabalho que 
executa. 
 
Qualidades Profissionais 
 Conhecer a teoria básica do Desenho de Arquitetura; 
 Conhecer as técnicas de expressão gráfica do Desenho de Arquitetura; 
 Saber consultar o código de obras local; 
 Ter clareza na expressão gráfica; 
 Saber o que está desenhando; 
 Ser organizado e saber usar método adequado ao trabalho; 
 Usar e conservar adequadamente o material técnico. 
 
 
 
2. ARQUITETURA 
 
Arquitetura fundamenta-se em quatro importantes noções: 
 Espaço; 
 Formas; 
 Função; 
 Uso. 
 
Poderíamos, pois, dizer que a Arquitetura é a definição e apropriação formal de um 
espaço, por meio de uma forma volumétrica, voltado para uma determinada função 
e proporcionando um ou diferentes tipos de uso. 
 
 
2.1 Conceitos 
 
Projeto Arquitetônico 
É um conjunto de passos normativos, voltados para o planejamento formal de uma 
edificação qualquer, obedecendo a um programa dado. 
 
Programa 
É um conjunto de requisitos e exigências que vão permitir ao arquiteto ter um ponto 
de partida para iniciar o seu projeto. 
 
Desenho 
É uma representação gráfica orientada pelas normas técnicas. 
 
Obra 
Produto final, advindo de um projeto e regulamentado por um código de obras. 
 
 
 12 
2.2 Fases do Projeto 
 
2.2.1 1ª Fase: 
 
ESTUDO PRELIMINAR 
É a ligação de idéias básicas que, sob certos princípios e critérios técnicos 
específicos, vão gerar um projeto qualquer, que venha responder a um programa 
exigencial de funções. 
 
Compreende duas etapas: 
a) PARTIDO ARQUITETÔNICO 
É adotado pelas condições do terreno e imposição de programa estabelecido pelo 
cliente; 
 
b) DESENHO OU EXPRESSÃO GRÁFICO DO ESTUDO 
Geralmente é feito um desenho na escala 1;100, em papel sulfite, que constituirá o 
anteprojeto, sendo feitas nesta fase as consultas de código civil de obras e região 
administrativa para complementação de dados. 
 
2.2.2 2ª Fase: 
 
ANTEPROJETO 
É a definição formal e total de uma obra, nos seus aspectos de espaço, função, 
forma e uso, podendo ser modificado. 
 
 
2.2.3 3ª Fase: 
 
PROJETO 
É a representação gráfica formal da referida obra, orientada por imposição legal. 
 
 
NOTA: 
Em qualquer uma dessas fases, o desenho esboçado aparece como 
recurso gráfico para a expressão imediata de uma idéia. Da mesma 
forma, a perspectiva, rápida configuração fotográfica da obra e maneira 
fácil de ser entendida por qualquer leigo em arquitetura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representação gráfica do site: www.portuguesbrasileiro.istockphoto.com Perspectiva extraída do site: www.arcoweb.com.br 
http://www.portuguesbrasileiro.istockphoto.com/
 
 13 
3. DESENHO DE ARQUITETURA 
 
É a representação geométrica das diferentes projeções, vistas ou elevações, e 
seções de uma edificação ou parte dela, que mediante critérios técnicos 
(convenções) uniformizam e facilitam a leitura do desenho e a execução da obra. 
 
O conjunto de projeções se resolve em: Plantas, elevações, fachadas, seções ou 
cortes e detalhes. 
 
3.1 Qualidades de um desenho 
 Precisão na tradução das idéias; 
 Clareza de expressão do projeto; 
 Simplicidade de expressão; 
 Síntese gráfica. 
 
3.2 Níveis de Expressão 
Um projeto de arquitetura contém, geralmente, a quantidade de plantas exigidas 
pelas posturas municipais locais. No entanto, a obra pode ter alguns desenhos 
(detalhes) que vão direto para o canteiro de obras, sem precisar passa pela 
prefeitura. 
 
Quando vamos executar uma determinada tarefa prática em nossa escola ou na 
obra, necessitamos receber todas as informações e dados sobre a mesma. Essas 
informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como: 
1. Descrição verbal da tarefa; 
2. Fotografia da tarefa; 
3. Modelo da tarefa; 
4. Desenho técnico da tarefa. 
 
Se analisarmos cada uma dessas formas, veremos que nem todas proporcionam as 
informações indispensáveis para a execução tarefa; vejamos: 
 
1. Uma descrição verbal não é o bastante para transmitir as idéias de forma e 
dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. 
 
2. A fotografia transmite relativamente bem a idéia da parte exterior, mas não 
mostra seus detalhes internos, nem suas dimensões. Logo, a fotografia 
também não resolve o nosso problema. 
 
 
 14 
3. O modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas. Nem todos, porém. Por 
exemplo, se tivéssemos que transportar uma casa, para reproduzi-la pelo 
modelo... Além disso, a casa pode estar sendo “projetada”, não existindo 
ainda um modelo da mesma. 
 
 
4. O desenho técnico pode transmitir, com clareza, precisão e de maneira 
simples, todas as idéias de forma e dimensões de uma tarefa. Além disso, há 
uma série de outras informações necessárias que somente o desenho pode 
dar, tais como: o material de que é feita, os acabamentos de sua superfície, 
as tolerâncias de suas medidas, etc. 
 
 
Portanto, o conhecimento de Desenho (Técnico) é indispensável a todos aqueles 
que necessitam executar tarefas na área da Construção Civil, como também, em 
quaisquer outras áreas (ajustagem, tornearia, marcenaria, eletricidade, etc.). 
 
O Desenho de Arquitetura é usado pelos técnicos, engenheiros, arquitetos, 
projetistas, mestres-de-obras e operários qualificados, como uma linguagem técnica 
universal, pela qual se expressam e registram idéias e dados para a construção de 
um modo geral. 
 
Para que o uso do desenho de arquitetura se torne preciso, utilizam-se instrumentos, 
chamando-se de “Desenho com Instrumentos”. Quando feito à mão, sem a 
utilização destes instrumentos, chama-se “Desenho à mão livre” ou “Esboço”, ou 
ainda “Croqui”. 
 
 
3.3 Objetivos do estudo de desenho 
 Ler e interpretar, com segurança, desenhos técnicos, de acordo com as 
normas da ABNT; 
 Executar traçados à mão livre e com instrumentos básicos, como forma de 
expressão de sua linguagem técnica. 
 
 
 
 
 
 
 15 
3.4 Alguns materiais de desenho 
 
O material necessário para se desenhar não é composto de grande número de 
objetos; é simples, fácil de obter, e não custa caro. 
 
São alguns deles 
 Lápis ou Lapiseira (grafite/mina); 
 Papel; 
 Fita durex; 
 Borracha; 
 Esquadros de 45 e 60º; 
 Escalímetro; 
 Compasso; 
 Apontador de lápis ou estilete; 
 Transferidor; Curva francesa; 
 Régua “T” ou paralela; 
 Prancheta. 
 
Obs.: Existem ainda os materiais utilizados para os desenhos em papel vegetal, que 
utilizam tinta nanquim, os quais não veremos neste módulo. 
 
 
3.5 Uso dos materiais de desenho 
 
3.5.1 Lápis 
Existem alguns tipos de lápis que são utilizados de acordo com a necessidade do 
desenhista. 
 
Os lápis ou as minas são classificados por números ou letras. Por exemplo: 
 
 O lápis nº 01 e a mina 2B, são moles (macios), são 
próprios para os acabamentos dos desenhos; 
 O lápis nº 02 e a mina HB, são médio, utilizados 
para a maioria dos traçados; 
 O lápis nº 03 e a mina H, são duros. 
 
3.5.2 Borracha 
A borracha ideal para apagar os traços no papel é a borracha mole, pois a mesma 
não rasura a superfície do papel e mantém uma boa apresentação do desenho. 
 
3.5.3 Régua “T” ou Paralela 
Régua T é um instrumento próprio para desenho técnico. 
Assim como a régua paralela é uma régua utilizada para 
apoiar o esquadro ou para traçar linhas paralelas quando 
apoiada na mesa de desenhos, possui em média 80 cm e 
normalmente é de madeira com detalhes em acrílico. Há 
ainda uma variação de tamanho, que vai de 60 a 150cm e 
pode ser fixa ou móvel. 
Quanto mais duros, 
maior é o número que 
acompanha o H; 
quanto mais macios, 
maior é o número que 
acompanha o B. 
 
 
 16 
3.5.4 Papel 
O papel é o material que desempenha no desenho uma grande importância. Sua 
qualidade e dimensão dependem da natureza e objetivo do desenho. 
 
Papel Manteiga 
Tipo de papel com certa transparência, vendido em folhas de 01 metro ou em rolos 
com 50 metros, é utilizado para fazer o anti-projeto (esboço ou rascunho). 
 
Papel Sulfite 
Utilizado em desenho técnico, tem uma vasta variedade de gramaturas, que vai 
desde o “papel ofício” (90g) até a “cartolina” (180g). 
 
Papel Vegetal 
Papel transparente, bastante utilizado pelo desenhista arquitetônico, devido à 
qualidade final do desenho, como também pela qualidade da reprodução de projetos 
que oferece através de cópias heliográficas. 
Sobre ele pode ser utilizado lápis grafite, porém, é mais utilizada tinta nanquim. 
 
 
3.6 Tamanhos e Formatos de Papéis 
As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na posição horizontal, 
conforme mostra o desenho ao lado: 
 
 
A tabela abaixo apresenta alguns formatos e 
dimensões dos papéis utilizados em desenho 
técnico, como também suas legendas, que estão 
expressas em milímetros. 
 
 
 
 
FORMATO 
 
DIMENSÕES 
MARGEM 
COMPRIMENTO 
DA LEGENDA 
ESPESSURA 
LINHAS DA 
MARGENS ESQUERDA OUTRAS 
A0 841 x 1189 25 10 175 1,4 
A1 594 x 841 25 10 175 1,0 
A2 420 x 594 25 7 178 0,7 
A3 297 x 420 25 7 178 0,5 
A4 210 x 297 25 7 178 0,5 
 
Havendo necessidade de utilizar formatos fora dos padrões mostrados na tabela 
acima, é recomendada a utilização de folhas com dimensões de comprimentos ou 
larguras correspondentes a múltiplos ou a submúltiplos dos citados padrões (ver 
NBR 10068). 
 
 
3.6.1Legendas 
De acordo com a ABNT, todos os projetos devem conter legendas. 
 
Folha Vertical
Folha Horizontal
Legenda Legenda
 
 17 
A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho (número, 
origem, título, executor etc.) e ainda as seguintes situações: 
1) Ficar no canto inferior do desenho e indicar todas as indicações que sejam 
necessárias à sua compreensão; 
2) As letras e os números das legendas (bem como em qualquer outra parte do 
projeto) poderão ser verticais ou inclinadas, devendo neste último caso, o ângulo 
de inclinação com a linha de base variar de 60º a 75º; 
3) A legenda deverá conter obrigatoriamente os seguintes elementos: 
 Nome da repartição, firma ou empresa; 
 Título do desenho; 
 Escala; 
 Número do desenho; 
 Data e assinatura dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação. 
Outras indicações poderão ser incluídas na legenda quando necessárias. A legenda 
terá a disposição que mais convier, mas o seu comprimento, sempre que possível, 
não deverá ultrapassar 165 mm. 
4) Lista de peças e outras indicações suplementares deverão ser escritas de 
preferência acima da legenda, podendo também ser colocadas ao lado, ou 
mesmo em folhas separadas, quando for conveniente. 
 
 
 
 
Detalhe da LEGENDA 
 
 
 
 
4. OS PRIMEIROS TRAÇOS 
 
4.1 Traçado de Retas 
 Para o traçado de retas verticais, o desenhista fará uso do esquadro bem 
como da régua “T”. 
 Para o traçado de retas horizontais, o aluno desenhista fará uso da régua 
“T”. 
 
4.2 Linhas 
As linhas são a base do desenho. Combinando-se linhas de diferes tipos e 
espessuras, é possível descrever-se graficamente qualquer peça, com riqueza de 
detalhes. 
 
 
 
 
Formato A1
 
 18 
ESPESSURA EMPREGO EXEMPLO 
 
 
 
Contínua grossa 
 
 
 
Arestas e contornos de 
superfícies de elementos 
seccionados e visíveis. 
 
 
 
 
 
 
Contínua média 
 
 
Arestas e contornos de cujas 
superfícies visíveis não 
foram seccionadas e se 
encontram destacadas das 
linhas mais próximas do 
observador. 
 
 
 
 
 
 
 
Contínua fina 
 
 
 
Linhas de chamada ou 
extensão, linhas de cota, 
hachurias, para 
representarem pisos e 
azulejos e linhas de 
construção do desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
Tracejada média 
 
 
 
 
 
 
Arestas e contornos não 
visíveis 
 
 
 
 
 
Traço ponto grossa 
 
 
 
 
 
Linhas de corte 
 
CORTE AA
A A
 
 
 
 
 
Traço ponto fina 
 
 
 
 
 
Linhas de centro e eixos de 
simetria 
 
 
 
 
 
 
Traço ponto média 
 
 
 
 
 
Linhas de corte em desvio, 
ou mesmo linha de corte 
 
A
B
A
B
 
 
 19 
 
 
Zigue-zague fina 
 
 
 
Rupturas longas. 
Obs.: Quando usar tal tipo 
de linha para rupturas 
curtas, deverá esta ser com 
linha média 
 
 
 
 
 
 
 
Sinuosa média 
 
 
 
 
 
 
Rupturas curtas 
 
 
A espessura das linhas dependem do tamanho do desenho, sendo a média, metade 
da grossa e a fina metade de média 
 
 
5. COTAS E INDICAÇÕES 
 
5.1 Linhas de cotas 
 
5.1.1 Cotagem de Desenhos 
 
Para a realização de obras, não basta apenas seu simples desenho. Há 
necessidade de mostrar também as dimensões e informações complementares que 
possibilitem a sua execução. 
 
Linha fina, escura, traçada paralelamente a direção do comprimento a ser cotado, 
limitada por traços (no caso de desenho de arquitetura), indicando os limites da cota. 
A linha de cota deve ser traçada a uma distância de aproximadamente 7 mm de 
outras linhas de cota ou do contorno do desenho. 
 
À colocação das dimensões de um objeto no desenho chamamos de cotagem. É 
uma forma padronizada de indicar as medidas do objeto, levando-se em conta sua 
construção. 
 
Cotar um objeto é representar suas dimensões no desenho através de uma 
grandeza numérica, símbolos e notas. 
 
As regras de cotagem devem seguir as orientações e princípios padronizados pela 
ABNT, conforme NBR 10126 e ao critério de ‘”máxima clareza”, de modo a admitir 
uma única interpretação das informações do desenho. 
 
 
Cota 
É o valor numérico que representa a dimensão real do que é 
desenhado, escrito acima e no centro da linha de cota. A 
unidade da medida, quando idêntica a todas as demais 
medidas da peça não deve ser escrita ao lado da cota. 
 
 
 20 
As seções circulares, como de tubulações, são indicadas com o respectivo diâmetro, 
e a seguir o símbolo Ø. 
As linhas de chamada devem ser perpendiculares à linha cujo comprimento se quer 
indicar. 
 
Os vão de portas e janelas podem ser cotados como segue abaixo: 
 
0
,8
0
2
,1
0
1
,0
0
0
,9
0
0
,9
0
1
,2
0
1,00 x 0,90
1,20
0
,8
0
 x
 2
,1
0
LARGURA
ALTURA
PEITORIL
LARGURA
ALTURA
Portas Janelas
 
 
 
6. LETRAS E ALGARISMOS 
 
As letras em qualquer parte do desenho, serão com normógrafo (figura 7), ou à 
mão livre. 
 
O normógrafo é uma régua auxiliar para desenho. O tipo mais 
comum é o normógrafo para desenho de caracteres. Pode ser 
uma régua vazada com a qual se 
desenham as letras e números ou então 
uma régua com sulcos no formato dos 
caracteres, que sãotransferidos para o 
papel através de um instrumento 
denominado de aranha para normógrafo (figura 8). 
 
Quando as letras ou algarismos forem à mão livre, deverão ser verticais ou 
inclinadas, sendo a inclinação válida para 60º e 75º. 
 
 
6.1 Letras e Números Verticais 
 
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 
0123456789 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 
Figura 7 
 
 21 
7. ESCALA 
 
É a relação proporcional entre a realidade e o desenho. 
 
A necessidade do emprego de uma escala no desenho surgiu da impossibilidade de 
representarmos um desenho muito grande ou pequeno em uma folha de papel. 
 
Utiliza-se a escala de redução quando a realidade for muito grande. 
 
Quando a realidade for pequena, utiliza-se a de ampliação. 
 
Quando o desenho for de tamanho igual à realidade, utilizamos a escala natural. 
 
No desenho de arquitetura, praticamente todos os desenhos são feitos em escala de 
redução. 
 
As escalas mais usadas em um projeto arquitetônico são: 1:20 (lê-se: um para 
vinte), 1:50, 1:100, 1:200 e 1:1000. 
 
 
8. PROJEÇÕES 
 
8.1 Projeção Ortogonal 
 
A projeção ortogonal de um objeto em plano de projeção é chamada de vista 
ortográfica. Podemos representar múltiplas vistas de direções diferentes de forma 
sistemática da forma de objetos 3D. A projeção ortogonal é uma representação 
bidimensional de um objeto tridimensional, na engenharia no processo de fabricação 
é necessária uma descrição completa e clara da forma e do tamanho de um objeto 
projetado para ser concebido. Cada vista fornece determinadas informações, a vista 
frontal mostra a verdadeira grandeza e forma de superfícies que são paralelas à 
frente do objeto. 
 
 
As seis vistas principais, mostrada na figura 9: 
 - Vista frontal (VF); - Vista superior (VS); - Vista lateral esquerda (VLE); 
 - Vista lateral direita (VLD); - Vista posterior (VP); - Vista inferior (VI). 
 
Figura 9 
 
 22 
As três dimensões principais de um objeto, mostrada na figura 10: 
 Largura (L); 
 Altura (H); 
 Profundidade (P). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2 Cubo de Referência 
 
A forma de entender o Lay-out das vistas na 
folha de papel é o cubo de referência. Se os 
planos de projeção fossem colocados 
paralelos a cada face principal do objeto, eles 
formariam um cubo, como mostrado na figura 
11. Dentro do cubo, o objeto é projetado em 
cada uma das seis faces, no lado oposto do 
objeto, formando as seis vistas principais. 
 
 
 
 
Seis vistas de um automóvel são mostradas na figura 12. A vista escolhida para a 
vista frontal é, neste caso, a lateral, não a frente do automóvel. 
 
 
8.3 Critérios para escolha da vista frontal 
 
 Maior número de detalhes voltados 
para o observador; 
 Posição de uso, fabricação ou 
montagem; 
 Maior área (desde que satisfaça o 
primeiro item); 
 Vista que proporcione uma VLE mais 
detalhada e com menor número de linhas invisíveis. 
Figura 10 
Figura 11 
Figura 12 
 
 23 
9. FIGURAS GEOMÉTRICAS E SUAS ÁREAS 
 
9.1 Triângulo 
É a figura geométrica que ocupa o espaço interno limitado por três 
linhas retas que concorrem, duas a duas, em três pontos 
diferentes formando três lados e três ângulos internos que somam 
180°. 
 
Cálculo da área: a x b / 2 
Cálculo do perímetro: a + b + h 
 
 
9.2 Quadrado 
É um quadrilátero (polígono de 4 lados) regular. 
 
Cálculo da área: L x L 
Cálculo do perímetro: L + L + L + L 
 
 
9.3 Retângulo 
Um retângulo (português brasileiro) ou rectângulo (português 
europeu) é um paralelogramo cujos lados formam ângulos 
retos entre si e que, por isso, possui dois pares de lados de 
mesma medida. 
 
Cálculo da área: B x A 
Cálculo do perímetro: 2 x (B x A) 
 
 
9.4 Losango 
É um quadrilátero eqüilátero, ou seja, é um polígono formado 
por quatro lados de igual comprimento. Um quadrado é um caso 
particular de losango e todo losango é também um 
paralelogramo. 
 
Cálculo da área: (L1 x L2) / 2 
Cálculo do perímetro: L + L + L + L 
 
 
9.5 Circunferência 
É o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão a 
uma certa distância, chamada raio, de um certo ponto, chamado 
centro. Um conceito correlato e próximo, porém distinto, é o de 
círculo. A circunferência é o contorno do círculo. 
 
Cálculo da área: π x R² 
Cálculo do perímetro: 2 x π x R 
 
 
 
 
a h
b
l l
l
l
b
a
R
l1
ll
ll
l2 
 
 24 
9.6 Trapézio 
Na geometria, o trapézio é um quadrilátero com dois lados 
paralelos. 
 
Cálculo da área: B + b / 2 x h 
Cálculo do perímetro: a + B + X + b 
 
 
 
 
10. SÍMBOLOS GRÁFICOS 
 
10.1 Portas 
A porta interna faz a comunicação entre 
dois ambientes que têm os pisos no 
mesmo plano (exceto banheiros e 
cozinhas, quando dão acesso à área de 
serviço). 
 
 
 
 
 
 
 
As portas externas comunicam 
ambientes onde os dois pisos têm 
alturas (cotas) diferentes (o piso 
externo é mais baixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.1.1 Representação das Portas no desenho 
 
 
 
 
 
 
Vista em planta Vista em corte 
 
Obs.: Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o 
ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de 
cota nos pisos de, pelo menos, 1 ou 2 cm. Por isso, estas portas são desenhadas 
como externas. 
b
B
a x
0
,8
0
 x
 2
,1
0
 
 25 
As portas são desenhadas abertas nas plantas, mas representam-se fechadas nos 
cortes e nas fachadas. 
 
10.1.2 Convenções de Portas 
Portas para Largura (cm) Altura (cm) 
Banheiro 0,60 2,10 
Quarto 0,70 2,10 
Dispensa ou Depósito 0,70 2,10 
Cozinha ou área de serviço (externa) 0,80 2,10 
Sala (externa) 0,80 (ou mais) 2,10 
 
 
10.2 Janelas 
Abertura destinada a iluminar e ventilar os ambientes internos, além de facilitar a 
visão do exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pla
no
 ho
riz
on
tal
Parede
Janela
Peitoril
1
,0
0
0
,9
0
0
,9
0
1
,2
01,00 x 0,90
1,20 ALTURA
PEITORIL
LARGURA
Janelas
Planta
Planta
Corte
 
 26 
10.3 Peças Sanitárias 
 
Lavatório 
 
 
Bacia Sanitária 
 
 
 
Bidê 
 
 
Box (chuveiro) 
 
 
 
 
 27 
Banheira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.4 Móveis 
 
Mesa Sofá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cama Guarda-roupas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.5 Cozinha 
 
Balcão com Pia 
 
Box
Banheira
Planta
Mesa
0,80 x 1,20m
0,90 x 1,50m
Altura = 0,78m
Cadeira
0,45 x 0,45m
Altura = 0,50m
Sofá
0,70 x 1,90m
Poltrona
0,70 x 0,70m
Casal
1,50 x 1,90m
Solteiro
0,80 x 0,70m
0
,5
0
0
,5
0
Altura e largura variáveis
0
,5
0
0
,8
0
0
,8
0
Variável
Variável 0,50l
Pia c/ 01 cuba Balcão com Pia
Planta
Vista Frontal Corte Lateral
 
 28 
Fogão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geladeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.6 Área de Serviço 
 
Tanque/lavanderia 
 
 
 
 
 
 
 
Máquina de Lavar Roupas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04 BOCAS
0,50m largura
0,60m profundidade
0,85m altura
06 BOCAS
0,75m largura
0,60m profundidade
0,85m altura
BUJÃO
Ø 0,40m
0,75m largura
0,65m profundidade
1,80m altura
0,60m l
0,60m p
argura
rofundidade
1,00m altura
1,00m l
0,50m p
argura
rofundidade
1,00m altura
 
 29 
10.7 Automóveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.8 Esquadrias 
As medidas das esquadrias (portas e janelas) podem variar de acordo com o projeto. 
 
Portas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Janelas 
1,55
4
,1
0 4
,5
0 5
,7
5 6
,5
0
 a
 1
0
,0
0
Pequeno Médio Grande Caminhão (altura = 2,70M)
1,70 2,00 2,20 a 2,60
 
 30 
11. DETALHES CONSTRUTIVOS 
 
O desenhista não deve limitar-se à utilização das técnicas de desenho, dos 
instrumentos, dos símbolos, etc. Ele deve conhecer uma construção por dentro, 
aquilo que está por trás das tintas e dos revestimentos, o que existe por baixo dos 
pisos e por dentro das lajes, as canalizações e outros detalhes. 
 
 
11.1 Fundação 
 
É a parte inferior da construção; é ela que transmite as cargas da construção ao 
terreno. 
 
O tipo da fundação depende do estudo do subsolo. 
 
Sondagemgeológica é a retirada de amostras das camadas do solo e sua análise 
física. 
 
 
11.1.1 Alguns Tipos de Fundação 
 
Alicerces 
 
 
 
 
Rasa (de pouca profundidade) 
 Em rachões (blocos de pedra); 
A fundação em rachões é ainda muito usada no meio rural. A indústria 
apresenta uma solução nova com as vantagens das cintas e dos rachões e 
sem seus inconvenientes (uso de madeira, falta de uniformidade das pedras, 
mão de obra demorada, etc.). 
 
 
 Em sapata corrida de concreto armado. 
Recebem as cargas direto das paredes. A 
transferência de carga é feita linearmente. As 
sapatas corridas são sucedâneas dos alicerces, 
para paredes mais carregadas ou solos menos 
resistentes. (Fig. 
 
 
 31 
Do ponto de vista estrutural, a sapata corrida é uma solução mais homogênea do 
que a pré-moldada. 
 
 
Profunda (feita por meio de estacas) 
 De madeira; 
 De concreto armada; 
 Metálicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. ALVENARIA 
 
É o sistema construtivo formado por materiais colocados regularmente e mantidos 
em posição de equilíbrio. 
 
 
12.1 Tipos de Alvenaria 
 
12.1.1 De pedra 
 Com argamassa 
 Sem argamassa ou pedra seca 
 De pedra aparelhada 
 
12.1.2 De tijolo 
 De barro (argila) 
 De cimento 
 Com revestimento aparente 
 
12.1.3 De gesso 
 Bastante utilizada devido a sua praticidade em construí-la. Graficamente ela é 
representada com 10 cm de espessura. 
 
 
 32 
12.1.4 Painéis de Madeira 
 
São usados para a separação de ambientes. 
 
São representadas graficamente com 5 cm de espessura e não têm a mesma 
resistência que as paredes de alvenaria. 
As divisórias em madeira oferecem algumas vantagens tais como: 
 Possibilidade de desmontagem; 
 Versatilidade (portas, janelas, guichês e visores); 
 Acabamento variado; 
 Facilidade de montagem. 
 
 
 
13. TIPOS DE TIJOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
13.1 Paredes de Tijolo 
 
A maioria das paredes de tijolos são feitas com tijolos de 8 furos, cujas medidas são: 
Altura = 10cm 
Largura = 20cm 
Comprimento = 20cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tijolo cerâmico 
Tijolo maciço Tijolo de concreto 
Parede de ½ vez ou 
de ½ tijolo 
Parede de 1 vez ou de 
1 tijolo ou dobrada 
Parede de 1 ½ vez ou 
de 1 ½ tijolo 
 
 33 
14. ETAPAS DO DESENHO 
 
As técnicas de desenho e a seqüência no trabalho são elementos importantes para 
se obter eficiência e qualidade. Muitos desenham de qualquer jeito, em geral mal e 
devagar. O profissional sabe que para um trabalho ficar bem feito depende de bons 
instrumentos e de bom material, mas se não tiver uma correta aplicação, de nada vai 
adiantar. E essa aplicação depende exclusivamente do desenhista. 
 
Cabe-nos fazer um trabalho limpo e bem apresentado, pois, um serviço ruim pode 
ser aceito, por esse ou aquele motivo, mas o trabalho seguinte será entregue o outro 
profissional. O desenhista competente é bom e rápido, pois essas qualidades não 
são essenciais. 
 
 
 
14.1 Planta Baixa 
 
A planta baixa é a representação gráfica de uma obra, representada pela vista 
interna, a um plano horizontal de 1,60m de altura. É onde se especifica quase todo 
tipo de informação possível do projeto, informações estas de construção e todo tipo 
de cota possível que mostre distâncias de largura e comprimento do ambiente. Tudo 
que estiver acima desta medida, será dada em projeção. 
 
 
 34 
14.1.1 Fases de uma Planta Baixa 
 
1ª Fase 
 
1. Marcar o contorno externo do Projeto; 
2. Desenhar a espessura das paredes externas; 
3. Desenhar as principais divisões internas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta fase, é usado lápis fino. 
 
 35 
2ª Fase 
 
4. Desenhar portas e janelas; 
5. Desenhar os equipamentos: balcão, bacia, lavatório, etc.; 
6. Apagar os excessos das linhas traçadas. 
7. Desenhar a projeção da coberta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta fase, é usado lápis fino. 
 
 36 
3ª Fase 
 
8. Desenhar as linhas pontilhadas (projeção da coberta – beiral); 
9. Acentuar a espessura dos traços; 
10. Colocar linhas de cota e cotar; 
11. Escrever os nomes dos compartimentos; 
12. Indicar as posições dos cortes, a entrada e o norte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planta Baixa 
Esc.: 1:50 
Quarto
Sala
Terraço
Copa
Cozinha
WC
5.00
ENTRADA
N
 
 37 
14.2 Cobertas 
 
14.2.1 Cobertura 
Conjunto de madeiramentos e de telhas que serve de proteção a casa. 
 
 
Compõem a cobertura: 
 
 Telhado (ou cobertura) – Cobertura de uma edificação. Normalmente 
constituído por telhas; 
 Estrutura (ou armação) - Conjunto de elementos que sustenta telhados ou 
forros; 
 Calha - Canal. Duto de alumínio, ferro galvanizado, cobre, PVC ou latão que 
recebe as águas das chuvas. 
 
 
14.2.2 Tipos de Telhas e Caimentos 
 
Os principais tipos de telhas existentes no mercado são: 
 
Telha Francesa ou Marselha 
A telha francesa é muito comum em telhados com alta inclinação. 
Comumente utilizada no sul do país. Exige estrutura ou armação 
muito forte e cara, pois é feita em madeira de lei. 
Inclinação: 35% 
Consumo: 15 a 16 telhas/m² 
 
 
Telha Paulista ou Colonial 
Telha mais comum e bastante utilizada na região nordeste. É 
leve e tem preço acessível. Não exige tanto da armação, devido 
ao seu peso. 
Inclinação: 25% 
Consumo: 30 a 32 telhas/m² 
 
 
Telhas de Fibrocimento 
Resultado da combinação de cimento com fibra de amianto. 
Muito utilizado por facilidade no ajuste das peças e economia 
no madeiramento. Caso a opção seja por este tipo de telha, 
não esquecer os cortes para que as telhas se ajustem 
perfeitamente nos encaixes. 
Inclinação: 10% (mínima) 
Consumo: de acordo com o modelo 
 
 
Telhas de Alumínio e Aço Galvanizado 
As telhas de aço apresentam como diferencial a 
capacidade de vencer grandes vãos, justamente pela 
excelente resistência à tração e o baixo peso 
 
 38 
proporcionado pela pequena espessura do material. Permitem também a execução 
de telhados com curvaturas, o que confere maior liberdade para projetos de 
arquitetura. As telhas metálicas são as mais modernas do mercado, ao lado das de 
concreto e das de fibra vegetal. 
Inclinação: 5% (mínima) 
Consumo: de acordo com o modelo 
 
 
Fibra vegetal 
São leves e não quebram. Nas telhas produzidas com 
resíduos de fibras vegetais, são usadas fibras vegetais de 
madeiras, como pinho e eucalipto, e de não-madeiras, como 
sisal, bananeira e coco, empregadas no reforço dos materiais 
cimentícios. Fibras de papel reciclado também são usadas na 
fabricação destas novas telhas. 
Inclinação: 10% (mínima) 
Consumo: de acordo com o modelo 
 
 
Transparentes 
Também chamadas de telhas de aclaramento, podem 
ser de fibra de vidro, polipropileno e policarbonato. São 
uma boa opção para reduzir o uso de iluminação 
elétrica durante o dia. 
Inclinação: 10% 
Consumo: de acordo com o modelo 
 
 
 
 39 
14.3 Estruturas de Tesouras 
As armações tipo tesouras correspondem ao sistema de vigas estruturais treliçadas, 
ou seja, estruturas isostáticas executadas com barras situadas num plano e ligadas 
umas ao outras em suas extremidades por articulações denominadas de nós, em 
forma de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija, apoiada nas 
extremidades. 
 
 
14.3.1 Tipos de Tesouras 
Independente do material a ser utilizado na execução de estruturas tipo tesoura, as 
concepções estruturais são definidas pelas necessidades arquitetônicas do projeto e 
das dimensões da estrutura requerida, onde podemos ter os seguintes esquemas: 
Tesoura com lanternim
Tesoura com lanternim
Tesoura sem linha
Tesoura simples
Tesoura simples com asnas
Tesoura com tirantes e escoras
 
Tesoura de mansarda Tesoura tipo sheed
Tesoura de alpendre
 
 Imagens extraídas do site: 
http://www.uepg.br/denge/aulas/Coberturas/Coberturas.doc 
 
 40 
14.3.2 Composição de um Telhado 
13
6
9
5
4
3
7
14
12
8 10
11
1
2
2
1 – Ripas
2 – Caibros
3 – Cumeeiras
4 – Terças
5- Contrafrechal
6 – Frechal
7 – Chapuz
8 – Perna ou empena
9 – Linha, tensou ou tirante
10 – Pendural ou pendural central
11 – Escora
12 – Pontalete, montante ou pendural
13 – Ferragem ou estribo
14 – ferragem ou cobrejunta
15 – Vista, testeira ou aba
16 – Mão francesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15
1
1
1
7
13
2 2
3
16
10
9
15
1
1
1
4
6
Imagens extraídas do site: 
http://www.uepg.br/denge/aulas/Coberturas/Coberturas.doc 
 
 41 
14.4 Cortes 
 
14.4.1 Corte Transversal 
 
É o corte que se faz no sentido da largura da casa. É geralmente o corte que tem 
menos extensão. 
 
 
14.4.2 Corte Longitudinal 
 
É o corte que se faz no sentido do comprimento da casa. É geralmente o corte de 
maior extensão. 
 
 
Visão do corte retirando o plano de seção 
 
Projeção do Corte DD’ 
Esc. __________________ 1:50 
 
 42 
Visão do Corte Transversal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte DD’ 
Esc. __________ 1:50 
Corte CC’ 
Esc. __________ 1:50 
 
 43 
Visão do Corte Longitudinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte AA’ 
Esc. __________ 1:50 
Corte BB’ 
Esc. __________ 1:50 
 
 44 
Conhecendo melhor 
 
Beiral 
Prolongamento do telhado para além da 
parede externa, protegendo-a da ação das 
chuvas e do sol. 
 
 
 
 
 
 
Cumeeira 
Parte mais alta do telhado, onde se 
encontram as superfícies inclinadas 
(águas). A grande viga de madeira 
que une os vértices da tesoura e 
onde se apóiam os caibros do 
madeiramento da cobertura. 
Também chamada espigão horizontal. 
 
 
Água 
Cada uma das superfícies 
inclinadas da cobertura, que 
principia no espigão horizontal 
(cumeeira) e segue até à beirada. 
 
 
 
Verga 
Pequena viga na parte superior de 
porta ou janela. 
 
Peitoril 
Base inferior das janelas que se 
projeta além da parede e funciona 
como parapeito. 
 
Pé Direito 
Altura entre o piso e o teto. 
 
Embasamento ou Sôco 
É a diferença de altura entre o terreno e o piso. 
 
 
BEIRAL
CUMEEIRA
ÁGU
A ÁGUA
VERGAVERGA
EMBASAMENTO
 
 45 
14.4.3 Cálculo da Cumeeira e do Pé Direito Desconhecido 
 
Onde: 
 
X = Vão Maior 
Y = Vão Menor 
PD = Pé Direito 
PDD = Pé Direito Desconhecido 
Z = Cumeeira 
 
 
Cálculo da Cumeeira 
 
Cumeeira = (Vão Maior x i%) + Pé Direito 
 
 
Cálculo do Pé Direito Desconhecido 
 
Pé Direito Desconhecido = Cumeeira – (Vão Menor x i%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PD PDD
XY
Z
i = %
 
 46 
14.5 Fachadas 
 
Fachada 
Corresponde a uma das faces de uma obra arquitetônica. Geralmente feita na 
escala 1:50. 
 
As fachadas podem ser: 
 Frontal; 
 Posterior; 
 Lateral (direita ou esquerda). 
 
Na fachada é expressa a visão que se tem de fora da obra. Nela podem ser 
incluídas plantas (arbustos) e detalhes de materiais empregados no revestimento 
(cimento, chapisco, concreto, pedras, vidro, etc.) e portas e esquadrias. Não são 
colocadas medidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fachada Frontal 
Escala ________ 1:50 
 
 47 
14.6 Planta de Locação ou 
Situação e Planta de Coberta 
 
A Planta de Locação mostra 
onde a construção está locada 
dentro do terreno, sempre 
indicando as cotas de 
amarração, ou seja, as distâncias 
do limite do terreno (muro, cerca 
viva, etc.) até um ponto inicial da 
obra. No mínimo, colocar sempre 
duas cotas. 
 
Nesta Planta, ainda podemos 
também definir a locação das 
calçadas, caminhos, etc., sempre 
cotando, ou amarrando ao 
terreno. Normalmente ela serve 
como ponto de partida para a 
marcação ou locação da 
construção no terreno. 
 
Na Planta de Cobertura, 
indicamos sempre as posições 
das águas, ou seja, para que 
lado cada pedaço do telhado 
está inclinado. 
 
Normalmente, estas duas plantas 
são feitas na escala de 1:200. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
.0
0
3.00
3.00
3.00
12.00
3
0
.0
0
5.00
6.00
4.00
7
.0
0
6
.0
0
1
2
.0
0
 
 48 
14.7 Planta de Localização 
 
A Planta de Situação mostra onde o terreno da construção está situado no 
quarteirão, bairro, rua, ou cidade, sempre mostrando quando possível, um ou mais 
pontos de referência, como por exemplo, construções existentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rua da Saudade
R
u
a
 d
a
 S
e
s
p
e
ra
n
ç
a
Rua da Alegria
R
u
a
 d
a
 P
a
z01 02 03 04
0811112
06
0710
1
2
,0
0
12,00
12,00
12,00
12,00
1
2
,0
0
1
2
,0
0
1
2
,0
0
Planta de Localização
Escala ______________ 1: 1000
N
 
 49 
15. PERSPECTIVAS 
 
15.1 Perspectiva Cavaleira 
 
A perspectiva cavaleira é uma projeção cilíndrica oblíqua 
sobre um plano paralelo a uma das faces principais do 
objeto. 
 
O desenho em perspectiva cavaleira é um auxiliar 
essencial na visualização e resolução de problemas de 
geometria no espaço, tendo em conseqüência uma 
grande importância no ensino da geometria, devendo ser 
aprendido e utilizado pelos alunos como meio principal de 
representação. 
 
Na figura ao lado pode compreender-se como se forma a 
perspectiva cavaleira de um cubo, representado pelas 
suas vistas (frente e planta). C" e C', quadrados 
sombreados a cinzento, são a vista de frente e a planta 
do cubo. 
 
O plano, de projecção, paralelo a duas faces do cubo, está também representado 
pelas suas vista de frente e planta. “As setas d” e d' são as vistas do vetor d que 
define a direção da projecção oblíqua de que resulta a perspectiva cavaleira. 
 
Na perspectiva cavaleira, o que varia é a direção da projecção, 
pois a posição do cubo em relação ao plano de projecção está 
fixa, dado que o plano de projecção é paralelo a uma das faces 
do cubo, e adopta-se ainda a convenção de colocar sempre a 
representação de algumas arestas do cubo (AB, etc.) paralelas 
ao bordo inferior do desenho. Daqui resulta que um segundo 
grupo de arestas (AE, etc.) fica paralelo aos bordos laterais da 
folha de desenho e o terceiro grupo de arestas (BC, etc.) é, no espaço, 
perpendicular ao plano de projecção. Os parâmetros que definem a perspectiva 
cavaleira são o ângulo, entre a direção das arestas do terceiro grupo e a direção das 
arestas paralelas ao bordo inferior da folha de desenho. 
 
 
15.2 Perspectiva Isométrica 
 
ISO = mesma 
MÉTRICA = medida. 
 
A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções de comprimento, da 
largura e da altura do objeto representado. 
 
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi-retas, no 
espaço, que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120º. 
Essas semi-retas, assim dispostas, são denominadas de eixos isométrícos, que 
podem ser representados em posições variadas, mas sempre formando entre si, 
 
 
 
 50 
ângulos de 120º. Sempre traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre 
dos eixos isométricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. – Eixos Isométricos e os ângulos de referência. 
 
 
TRAÇADO 
 
No traçado de um objeto em perspectiva isométrica é adotado um coeficiente de 
transformação igual para os três eixos de aproximadamente 0,816 (na prática 0,82) 
do comprimento real. Assim, por exemplo, um cubo de 20 mm de aresta, é 
representado aplicando-se o coeficiente de redução e obtêm-se um cubo isométrico 
como mostra a figura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. – Aplicação do coeficiente de redução 
 
 
 
 
 
 51 
16. ESCADAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16.1 Definições 
 
Escada 
Uma escada é uma construção formada por uma série de degraus, destinadas a 
ligar locais com diferenças de nível. 
 
Degrau 
O degrau é composto do passo e do eretor. 
 
 
Piso, cobertor ou passo 
É a lâmina horizontal do degrau que é pisada. 
O comprimento do passo é medido desde a margem externa do degrau ao "eretor" 
vertical entre degraus. 
 
Espelho ou eretor 
A porção vertical do degrau entre degraus. Este pode estar ausente para um efeito 
de escada "aberta". 
 
Balaustrada 
É o sistema completo de corrimões e estacas que impede as pessoas de cair sobre 
a borda. 
 
Corrimão 
Apoio para a mão colocado ao longo das escadas. 
 
Patamar 
Piso que separa os lances de uma escada. 
CorrimãoPatamar
Nariz
Espelho
Piso
 
 52 
16.2 Cálculos de Escadas 
 
1. Determinar a altura total (HT) 
HT = PD + Laje, onde: 
HT = Altura Total 
PD = Pé Direito 
 
2. Determinar a quantidade de espelhos (QE) 
QE = HT , onde: 
 E 
QE = Quantidade de Espelhos 
E = Altura desejada do Espelho 
 
A quantidade de espelhos (QE) tem que ser um número inteiro, caso contrário, o 
mesmo terá que ser arredondado. 
Ex. 1) 2,85m = 15 2) 2,80m = 16,47 
 0,19m 0,17m 
 
Dividir novamente a altura total (HT) pela quantidade encontrada, tendo-se como 
resultado a altura do espelho (E), que não poderá ser superior a 0,19m. 
E = HT então: E = 2,80 = 0,175m 
 QE 16 
 
Caso o resultado obtido seja superior a 0,19m, deverá se aumentar um espelho. 
 
3. Determinar a largura do piso 
Encontrada a altura do espelho (E), utiliza-se a fórmula de BLONDELL e obtém-se a 
largura do piso (P). 
2E + P = 64 
 
A quantidade de pisos (QP) será sempre a quantidade de espelhos (QE) menos um. 
QP = QE – 1 
 
4. Determinar o comprimento da escada 
O comprimento de uma escada será o produto de um piso (P) pela quantidade de 
pisos (QP). 
Comprimento da Escada = P x QP 
 
16.3 Largura da Escada 
A largura da escada é sempre dependente do caráter utilitário da mesma. Assim, 
para passagem de poucas pessoas, é suficiente uma largura de 0,90m. Tratando-se 
de trânsito nos dois sentidos, é suficiente 1,20m de largura. No caso de trânsito 
rápido, em que há necessidade de desvio, aumenta-se a largura para 1,80m. 
1,80m1,20m0,90m
 
 53 
16.4 Vistas de Escadas 
 
16.4.1 Planta Baixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16.4.2 Corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
20 21
2
19
3
18
4
17
5
16
6
15
7
14
8
13
9
12
10
1º Patamar
2º Patamar
11
Piso do andar superior
Piso do andar térreo
Espelho
Piso do degrau
Laje da escada
Patamares
2
,0
0
Altura Livre Mínima = 2,00m
 
 54 
16.5 Traçado de Escadas 
Consideremos o desnível que devemos vencer através da escada de um lance. O 
desnível indicado vale 3,06m e corresponde à diferença de cota entre os dois 
pavimentos. A escada deverá ter largura do piso igual a 30cm e altura do espelho 
igual a 17cm. 
Para efetuar o traçado da escada, o procedimento é o seguinte: 
1. Divide-se o desnível pela altura do espelho, para achar quantos espelhos serão 
precisos nesse desnível: 
3,06m = 306cm 
306cm ÷ 17cm = 18 espelhos 
 
Se na escada teremos 18 espelhos, isto indica que teremos 17 pisos, pois numa 
escada o número de pisos é igual ao número de espelhos menos 1. 
 
2. Dividimos o desnível de 17 em 17cm que é a altura de cada espelho, e marcamos 
de 30 em 30cm a largura do piso correspondente. 
 
Estes traçados deverão ser feitos em escala de 1:100. 
 
 
 
 
 
 
 55 
17. NORMAS DA ABNT LIGADAS A DESENHO BÁSICO 
 
 NBR 5984 – NORMA GERAL DE DESENHO TÉCNICO (Antiga NB 8) 
 NBR 6402 – EXECUÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS DE MÁQUINAS E 
ESTRUTURAS METÁLICAS (Antiga NB 13) 
 NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL 
 NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES 
 NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO 
 NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS 
 NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM 
DESENHOS 
 NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS 
LARGURAS DAS LINHAS 
 NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO 
TÉCNICO 
 NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS 
 NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE 
HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO 
 NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO 
 NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS 
TÉCNICOS 
 NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES 
 NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS 
EM DESENHO TÉCNICO 
http://www.eel.usp.br/na_apostila/pdf/capitulo1.pdf 
 
 
 56 
18. REFERÊNCIAS 
 
http://odesenho.no.sapo.pt/ 
http://www.rau-tu.unicamp.br/~luharris/DTarq/DTarq_M5.htm 
http://www.eel.usp.br/na_apostila/pdf/capitulo1.pdf 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Norm%C3%B3grafo 
http://www.cce.ufsc.br/~scheidt/projecao_ortogonal.html 
http://www.sitengenharia.com.br 
http://www.fazfacil.com.br 
http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_b.htm 
http://www.uepg.br/denge/aulas/Coberturas/Coberturas.doc 
http://www.edifique.arq.br/images/estacas.GIF 
 
 
SENAI – DR 
UNIEP – Unidade de Educação Profissional 
 
 
Coordenador: 
 
Adjair Maia Lourenço 
 
 
Equipe Técnica: 
 
Djair Araújo Furtado 
José Afonso Rodrigues Pascoal 
Renata Silva Santos 
 
 
Conteudista: 
 
Fábio Barbosa 
 
 
Digitador: 
 
Fábio Barbosa 
 
 
Colaboração: 
 
Alexandre de Sousa Neves 
 
 
Normalização Bibliográfica: 
 
Mary France Targino P. Gomes 
 
 
 
 57 
Capa: 
 
Hélio Soares