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Resenha livro Os Pensadores Pré Socráticos

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OS PENSADORES PRÉ-SOCRÁTICOS 
Resenha do livro 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
São Paulo 
Abril, 2018 
Existe um confronto entre dois grupos sobre o início da Filosofia. Um acredita que as 
antigas civilizações orientais foram responsáveis pelo conhecimento que 
posteriormente foi difundido pelos gregos ("orientalistas"), e a o outra, que acreditam 
que esse conhecimento surgiu na Grécia ("ocidentalistas"). Foi entre o século III e VI 
d.C. que ocorreu a primeira ligação entre o pensamento grego e oriental escrita. Em 
doutrinações, o Oriente é oficializado como a fonte da Filosofia, sendo difundida na 
Grécia. Na atualidade, a maioria dos historiadores enxerga os gregos como os pais da 
Filosofia, pois eles foram os primeiros a aplicar fenômenos em teoria. 
Acredito que a absorção de informação é necessária para o progresso. Os gregos 
tiveram uma base oriental, porém a concentração de informações e a forma como elas 
são analisadas, e proliferadas, é uma virtude grega. 
 
Como resultado da invasão dórica, os micênicos migraram para novas ilhas e costas na 
Ásia Menor, e na tentativa de preservar sua cultura, surgiram as epopeias, poesias que 
encaminhavam esse povo a um futuro filosófico. As epopeias eram uma mistura de 
relatos e lendas, que com o tempo e o acúmulo histórico, viram o objeto de trabalho 
dos aedos: poetas e declamadores ambulantes. Apenas duas epopeias chegaram a 
atualidade, sendo essas a Ilíada e a Odisseia de Homero. 
Com esse fundamento, é possível entender a necessidade das epopeias para esses 
povos. Os problemas geográficos, por exemplo, não eram inteiramente compreendidos 
já que não era possível realizar um estudo. A sede pelo conhecimento, e para explicar 
fenômenos que afetavam suas vidas, leva a criação das epopeias. 
 
As epopeias serviram para compreensão de um povo grego que se fundamentava em 
mitologia. As interferências sobrenaturais ou até mesmo da natureza, eram atribuídas a 
deuses com forma humana. Isso serve para aproximar a compreensão da divindade ao 
ser humano, porém, cria uma realidade em que esses seres podem alterar o curso 
natural da vida de forma sobrenatural. Apesar das semelhanças físicas, e parcialmente, 
emocionais, os deuses homéricos são constituídos opostamente ao ser humano. Para 
Homero, a virtude estava associada a boas maneiras, ao heroísmo, e a superioridade, 
sendo normalmente vista como força e destreza, valores esses atribuídos ao heroísmo. 
Além da virtude, Homero acreditava que o homem possuía uma interioridade dupla, em 
que uma vivenciava os sonhos ao sair do corpo, e a outra vivia dependente do corpo. 
Essa que saía do corpo, era denominada como psyché, e estava presente na 
interpretação da morte de Homero: a psyché saía do corpo que entrava em 
decomposição e iria para o reino de Hades. Possui imagem semelhante ao corpo mas 
não possui consciência, com isso, os habitantes do Hades não poderiam influenciar na 
vida dos homens. 
É possível concluir que existia uma manipulação das massas, que ao buscar 
conhecimento para compreender seus problemas interiores e exteriores, são expostas 
a informações que, de certa forma, manipulam seu comportamento, ao afastar seus 
medos, como a morte, e apresentar ideais inatingíveis, como o heroísmo. 
 
Outro aedo importante da Grécia Antiga, foi Hesíodo. Ele foi o primeiro a assinar suas 
obras, deixando explícito que elas referem a sua própria vida. 
Prometeu roubou fogo de Zeus para os homens, e Zeus o condenou a ter seu fígado 
devorado por uma águia. Zeus dá uma caixa a Pandora e a instrui a nunca abrir a 
mesma. Instigada, Pandora abre a caixa e todos os males do universo escapam, 
restando dentro da caixa, apenas a esperança. É com isso que Hesíodo apresenta uma 
visão pessimista relacionada aos Deuses, e define a mulher como um ser desprezível. 
Hesíodo também apresenta três raças, sendo elas a raça do ouro que viveu livre de 
sofrimentos, inferiormente a raça de prata que se entregava a excessos, e a raça de 
bronze que era violenta e munida de armas. Posteriormente, surge a raça dos heróis, 
que voltaria a ser adorada por Zeus. 
Assim, vemos que Hesíodo, apesar de trazer um toque de realidade em suas obras, 
ainda era fortemente influenciado pelo patriarcado previamente visto na obra de 
Homero. Sua visão traria mais sensatez a seu público e que o trabalho gera virtude. 
 
A partir do século VI a.C. o homem passa a buscar explicações mais racionais e essas 
explicações eram frutos das experiências humanas, e não mais de mitos. Foi assim 
que surgiram as primeiras concepções filosóficas, ligadas a ciência. O primeiro filósofo, 
Tales de Mileto, acreditava que a água era a base de tudo: da Terra, do ser humano e 
de toda matéria. Em seguida, a escola de Mileto passa a Anaximandro, aperfeiçoador 
do relógio de sol e o primeiro a traçar um mapa geográfico. Para ele, o princípio do 
universo é a “arché”, um elemento que estaria presente em tudo e em todos os 
momentos de existência do universo, e que esse universo era infinito, sendo esse o 
princípio de “ápeiron”, que em movimento eterno, levaria a separação de opostos. O 
último chefe da escola de Mileto foi Anaxímenes, que acreditava que o universo era 
resultado das transformações de um ar infinito, o “pneuma ápeiron”, e que todas as 
coisas eram produtos do processo de rarefação e condensação do “pneuma ápeiron”. 
Aqui vemos a introdução científica na filosofia, já que para obter explicações que não 
podem ser vistas, é necessário um estudo científico. 
 
Com a restauração da religiosidade no século VI a.C., surge Pitágoras de Samos, que 
aplicou a matemática na religião. O Pitagorismo apresenta a teoria de que todas as 
coisas são constituídas por unidades invisíveis, separadas por um intervalo que inalaria 
o “pneuma ápeiron” e assim comporiam os números. Com esses números, era possível 
estabelecer níveis de realidade como finito e infinito, bem e mal, macho e fêmea, entre 
outros. Depois surge Heráclito de Éfeso, na escola de Eléia, que inaugurou a 
problemática lógica e ontológica, e as especulações sobre o conhecer e sobre o ser. 
Posteriormente, vem Xenófanes, que expunha ideias filosóficas próprias, e 
principalmente, onde proclama que existia apenas um Deus supremo. 
Vemos aqui a importância da matemática, juntamente da ciência biológica, para o 
entendimento da filosofia. Novos conhecimentos geram novas teorias e uma melhor 
compreensão do ser humano. 
 
No século V a.C. surge Parmênides, e sua obra apresenta o homem dividido entre dois 
caminhos, onde um se deixa conduzir pela razão de que “o que é, é e não pode deixar 
de ser” e o outro se atenta a dados empíricos, de sentido. Essa teoria é incompatível 
com teorias prévias pois limita o “o que é” a algo existente e limitado, enquanto o “o que 
não é” não existe, não se pode dividir ou desdobrar. Essa limitação, leva a uma recusa 
da teoria, onde Zenão argumentou que essas teorias eram caminhos sem saídas e 
contraditórios. Entre os argumentos restantes conservados de Zenão, os mais famosos 
mostram que o movimento sempre se acaba em incógnitas (como a flecha que se 
permanecesse parada em pontos de sua trajetória, tornaria seu movimento impossível). 
Vemos aqui, o primeiro impasse filosófico, onde uma teoria forte se torna objeto de 
contradição. Essa teoria balança a filosofia e mostra que ela nem sempre é um pilar 
completo. 
 
A obra de Heráclito de Efeso é constituída por frases que por muito tempo pensavam 
ser fragmentos de um texto. Contudo, foi reconhecido posteriormente que essas frases 
eram aforismos, apenas conclusões de um pensamento moral. Isso faz com que sua 
interpretação seja difícil, sendo oferecida duas soluções para esse problema: o 
confronto dos aforismos com o contexto cultural em que Heráclito viveu,ou seu estilo 
utilizar a linguagem de forma peculiar. 
 
A cultura grega se via num empasse onde essas informações eram recusadas pela 
igreja, mas também a instauração do regime democrático oferecia uma oportunidade 
de valorização filosófica. Nesse contexto temos Empédocles, que escreveu o poema 
“Sobre a Natureza” onde apresenta uma nova concepção da verdade, que ela é algo 
buscado pelo intelecto, e a evidência é absorvida com a aplicação dos sentidos. Ele 
também apresenta dois princípios: o Amor (Philia) que age como força de atração, e o 
Ódio (Neikos) que opostamente, afasta. Sua constituição do universo era regida pela 
“isonomia” onde o ser humano era sustentado pelo equilíbrio da força entre opostos. 
 
Anaxágoras escreveu sobre a noção do infinitamente pequeno, que todas as coisas 
estavam juntas e eram infinitas em número e em pequenez, e também escreveu sobre 
a divisibilidade infinita, onde cada coisa possui uma porção. Leucipo e Demócrito 
apresentam que o movimento existe graças a existência do vazio, e a agitação dos 
átomos nele. Demócrito tinha um pensamento científico extramemente racional, onde 
ameaçava valores e conservadorismo. 
Em conclusão, a evolução do pensamento filosófico, que se inicia com histórias 
míticas, e, com fatos e estudos incorporados a biologia, matemática e física, ela evolui 
para teses e fundamentos racionais e que mais se aproximam da realidade atual.

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