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Índice Pag. Introdução 2 Companhia da Zambézia 3 Obrigações 3 Culturas 3 Seus principais setores de atuação 3 Formas de Exploração 4 Conclusão 5 Referências Bibliográficas 6 Introdução Companhia de Zambézia - Fundada em Maio de 1892 e relíquia de Paiva de Andrade, ocupava as áreas de Chire, fronteira com Niassalândia e a futura Rodésia do Norte, entre Zumbo e Luenha. Ela nasce da fusão da Sociedade dos Fundadores da Companhia Geral da Zambézia (1880) com a Central Africa And Zouthamberg Exploration Company. No presente trabalho, desenvolvemos a historia da companhia acima referida, destacando a suas culturas, formas de exploração e sobretudo a sua localização. Companhia da Zambézia A Companhia da Zambézia possuiu o estatuto de semi-majestática, sua origem remonta da concessão feita pelo governo a Paiva de Andrada, que compreendia as minas de ouro da Zambézia, posses até então inexploradas pelo Estado. Em 1879, em Paris, constituiu-se a Sociedade dos fundadores da Companhia da Zambézia, devido a um decreto que declarava que sua concessão só seria efetivada quando ela tivesse o mínimo de capital suficiente para a exploração integral da sua localidade. Inicialmente impossibilitada de capital, foi forçada a ceder parte da sua área à Companhia de Moçambique. Em 1892, com o investimento de capital inglês, oficialmente surgiu a Companhia da Zambézia. Quando a sua fundação, a Companhia da Zambézia tinha como principais objectivos adquirir concessões de qualquer ordem, empreender obras publicas – estradas, caminhos de ferro, pontes, canais, telégrafos, portos marítimos e fluviais. Obrigações · Comparticipação do Estado nos lucros da companhia em 5%; · O pagamento pela companhia de uma renda anual dos prazos igual à maior cobrança neles feita pelo Estado nos dez anos anteriores a 1892 acrescida de 10%; · A construção pela companhia do cabo submarino entre quelimane e Moçambique, e de linhas telegráficas entre Tete e Missale. · Repressão e punição de todo o contrabando na área da sua concessão. · Submissão à resolução de um tribunal arbital de todas as questões suscitadas entre o Estado e a Companhia. Culturas · Plantação de palmeiras que cobria uma extensa área de 6.000 hectares; · Plantação de sisal em Massingire que cobria uma área de 2.500 hectares; · Plantação de chá em Gorué, numa área de 1.000 hectares; · Criação de gado para a irrigação. Seus principais setores de atuação · indústria mineral, · a agricultura e · o desenvolvimento da navegação no rio Zambeze As companhias construíram estradas e portos para importação e exportação de produtos no mercado colonial moçambicano. Foram responsáveis pela criação da ferrovia que ligava o porto de Beira a Rodésia, atual Zimbábue, inaugurada em 1899. Desenvolveram políticas que beneficiavam a colonização branca portuguesa e davam pouca atenção à integração da população negra. Formas de Exploração Suas medidas administrativas prejudicaram a produção da agricultura familiar local e forçaram grande contingente populacional a se mudar para o Transvaal em busca de trabalho na mineração de ouro. Conclusão Ao fazer o presente trabalho concluímos que: as grandes companhias que recebiam permissão de sua majestade: eram autorizados directamente pelo rei de Portugal a explorar as terras do seu domínio e a conceder terras a pequenas companhias (concessionárias). Aqui a presença da burguesia portuguesa não se fazia sentir pois elas tinham muito poder. A companhia de Zambézia foi uma das maiores companhias e a mais importante, pois contribui directamente para o desenvolvimento do país na época. Referências Bibliográficas ALBUQUERQUE, Mouzinho. Moçambique (1896 - 1898). Lisboa: Agência Geral das Colônias, 1934. ANDERSON, Perry. Portugal e o ultracolonialismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966. CABAÇO, José Luís. Moçambique: identidade, colonialismo e libertação. São Paulo: Editora Unesp, 2009. CABRAL, Manuel Villaverde. Portugal na Alvorada do século XX: forças sociais, poder político e crescimento econômico de 1890 a 1914. Lisboa: Regra do Jogo, 1979. FRELIMO. História de Moçambique. Maputo: 1971 SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA. As concessões de direitos majestáticos a empresas mercantis para o ultramar. Lisboa: Tipografia do Comércio de Portugal, 1891. 6