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Determinismo Geográfico 
Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um pensador alemão, considerado como um dos principais teóricos clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo Geográfico. Vale lembrar que a expressão “determinismo” não era empregada pelo próprio Ratzel, tratando-se de uma atribuição conceitual que foi dada a partir das leituras sobre o seu pensamento. Sua principal obra publicada foi a Antropogeografia.
A Ratzel deve-se a ênfase dos estudos geográficos sobre o homem. Entretanto, a teoria ratzeliana via o ser humano a partir do ponto de vista biológico (não social) e que, portanto, não poderia ser visto fora das relações de causa e efeito que determinam as condições de vida no meio ambiente.
A essa concepção deu-se o nome de Determinismo geográfico, em que o homem seria produto do meio, ou seja, as condições naturais é que determinam a vida em sociedade. O homem seria escravo do seu próprio espaço.
Esse pensador foi bastante influenciado pela obra de Charles Darwin, que defendia o postulado de que a evolução se basearia na luta entre as diferentes espécies, de forma que aquelas que possuíssem as características de melhor adaptação ao meio sobreviveriam. Ratzel, de certa forma, aplicou essas ideias à espécie e sua vida em sociedade. Os seres humanos, raças e etnias mais aptos venceriam e dominariam os povos considerados inferiores.
Tais ideais basearam e justificaram teoricamente a dominação dos povos europeus, que se colocaram como uma civilização mais evoluída e desenvolvida, com a missão de dominar os povos inferiores e impor sobre eles a sua cultura e o seu modo de vida. Suas ideias também influenciaram aquilo que mais tarde veio a ser denominado por Nazismo.
Ratzel foi também um profundo estudioso do conceito e comportamento do Estado moderno. Para ele, o Estado seria a sociedade organizada para construir, defender ou expandir o seu território. Também considerava que essa era uma forma de organização que aconteceria de forma natural em qualquer sociedade avançada. O Estado, para Ratzel, era um organismo vivo.
A partir dessa concepção, elaborou o conceito de espaço vital, que seria as condições espaciais e naturais para a manutenção ou consolidação do poder do Estado sobre o seu território. Seriam as condições naturais disponíveis para o fortalecimento de uma dada sociedade ou povo. Aquelas populações que dispusessem de melhor espaço vital estariam mais aptas a se desenvolver e a conquistar outros territórios.
Tal noção foi fundamental diante do contexto histórico da Alemanha, que havia acabado de passar pelo seu processo de reunificação e necessitava de uma base para justificar e se afirmar enquanto Estado, com capacidade de crescimento, expansão e dominação.
Apesar de se considerar o “pai da Geopolítica”, Ratzel jamais utilizou essa expressão, que foi elaborada por um de seus discípulos, o pensador sueco Rudolf Kjellen. Pode-se dizer, no entanto, que as suas ideias foram constitutivas de uma verdadeira Geografia do Poder.
POSSIBILISMO GEOGRÁFICO
Esta corrente nasceu na França com Paul Vidal de La Blache. Esta corrente enquadrou no pensamento dominante dos homens. Os estudos frutos dessa linha de pensamento geográfico procurou provar que a natureza exercia influências sobre o homem (determinismo), mas que o homem tinha (e têm) POSSIBILIDADES de modificar e de melhorar o meio, dando origem assim ao POSSIBILISMO GEOGRÁFICO. 
Sendo assim fica claro que a natureza passou a ser considerada fornecedora de possibilidades e o homem o principal agente geográfico.
O nosso espaço geográfico só existe porque o homem faz parte de dele, caso contrário, seria apenas um espaço natural.
Então a vida social inclusive a educacional depende muito de HOMENS que façam a diferença dentro das políticas educacionais, pois apenas o sistema sem raízes não será o suficiente para um equilíbrio entre as forças internas e externas para a criação de um espaço, feito de homens, melhor.

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