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Prêambulo.-Título-I-Princípios-Fundamentais-1.pdf Constituição Esquematizada + Jurisprudências Professor: José de Oliveira CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 2 de 9 www.exponencialconcursos.com.br SUMÁRIO PREÂMBULO ............................................................................................................................................... 3 TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................... 3 Fala galera! É com imenso prazer que elaborei esta CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS para o Exponencial Concursos. Trata-se de um material de apoio importante para ser utilizado como ferramenta de revisão com basicamente tudo o que é cobrado nas provas de concursos públicos: lei seca e jurisprudências correlatas. Aliado a isto, estão diversas esquematizações para visualização do conteúdo e melhor aprendizado do aluno. Este arquivo está atualizado até a EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 105, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2019. No entanto, sempre que forem surgindo novas Emendas Constitucionais, irei atualizar o material e disponibilizá-lo no site do Exponencial Concursos e em meu Instagram. Espero que apreciem o material! Se surgir qualquer dúvida, crítica, sugestão, elogio ou comentário, entrem em contato diretamente comigo. Email: joseofneto@gmail.com Instagram: @joseofneto Grande abraço e bons estudos! CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 3 de 9 www.exponencialconcursos.com.br PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; UNIÃO HOMOAFETIVA - ANALOGIA COM A UNIÃO ESTÁVEL PROTEGIDA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - PRINCÍPIO DA IGUALDADE (NÃO-DISCRIMINAÇÃO) E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA - RECONHECIMENTO DA RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA DE UM PARCEIRO EM RELAÇÃO AO OUTRO, PARA TODOS OS FINS DE DIREITO - À união homoafetiva, que preenche os requisitos da união estável entre casais heterossexuais, deve ser conferido o caráter de entidade familiar, impondo-se reconhecer os direitos decorrentes desse vínculo, sob pena de ofensa aos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana. - O art. 226, da Constituição Federal não pode ser analisado isoladamente, restritivamente, devendo observar-se os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana. Referido dispositivo, ao declarar a proteção do Estado à união estável entre o homem e a mulher, não pretendeu excluir dessa proteção a união PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS fundamentos objetivos fundamentais princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 4 de 9 www.exponencialconcursos.com.br homoafetiva, até porque, à época em que entrou em vigor a atual Carta Política, há quase 20 anos, não teve o legislador essa preocupação, o que cede espaço para a aplicação analógica da norma a situações atuais, antes não pensadas. O relator reconheceu, por outro lado, que o princípio da dignidade da pessoa humana admitiria transbordamento e que, no plano da legislação infraconstitucional, essa transcendência alcançaria a proteção de tudo que se revelasse como o próprio início e continuidade de um processo que desaguasse no indivíduo-pessoa, citando, no ponto, dispositivos da Lei 10.406/2002 (Código Civil), da Lei 9.434/97, e do Decreto-lei 2.848/40 (Código Penal), que tratam, respectivamente, dos DIREITOS DO NASCITURO, da VEDAÇÃO À GESTANTE DE DISPOR DE TECIDOS, ÓRGÃOS OU PARTES DE SEU CORPO VIVO e do ATO DE NÃO OFERECER RISCO À SAÚDE DO FETO, e da CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO, ressaltando, que o bem jurídico a tutelar contra o aborto seria um organismo ou entidade pré-natal sempre no interior do corpo feminino. Aduziu que a lei em questão se referiria, por sua vez, a embriões derivados de uma fertilização artificial, obtida fora da relação sexual, e que o emprego das células-tronco embrionárias para os fins a que ela se destina NÃO IMPLICARIA ABORTO. Afirmou que haveria base constitucional para um casal de adultos recorrer a técnicas de reprodução assistida que incluísse a fertilização in vitro, que os artigos 226 e seguintes da Constituição Federal disporiam que o homem e a mulher são as células formadoras da família e que, nesse conjunto normativo, estabelecer-se-ia a figura do planejamento familiar, fruto da livre decisão do casal e fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável (art. 226, § 7º), inexistindo, entretanto, o dever jurídico desse casal de aproveitar todos os embriões eventualmente formados e que se revelassem geneticamente viáveis, porque não imposto por lei (CF, art. 5º, II) e incompatível com o próprio planejamento familiar (STF. ADI 3510/DF. rel. Min. Carlos Britto). EMENTA: DNA: submissão compulsória ao fornecimento de sangue para a pesquisa do DNA: estado da questão no direito comparado: precedente do STF que libera do constrangimento o réu em ação de investigação de paternidade (HC 71.373) e o dissenso dos votos vencidos: deferimento, não obstante, do HC na espécie, em que se cuida de situação atípica na qual se pretende - de resto, apenas para obter prova de reforço - submeter ao exame o pai presumido, em processo que tem por objeto a pretensão de terceiro de ver-se declarado o pai biológico da criança nascida na constância do casamento do paciente: hipótese na qual, à luz do princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade, se impõe evitar a afronta à dignidade pessoal que, nas http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 5 de 9 www.exponencialconcursos.com.br circunstâncias, a sua participação na perícia substantivaria (STF. HC 76.060/SC. Relator: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE). O postulado da dignidade da pessoa humana, que representa - considerada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1º, III) - significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso País, traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo. Doutrina. - O princípio constitucional da busca da felicidade, que decorre, por implicitude, do núcleo de que se irradia o postulado da dignidade da pessoa humana, assume papel de extremo relevo no processo de afirmação, gozo e expansão dos direitos fundamentais, qualificando-se, em função de sua própria teleologia, como fator de neutralização de práticas ou de omissões lesivas cuja ocorrência possa comprometer, afetar ou, até mesmo, esterilizar direitos e franquias individuais. - Assiste, por isso mesmo, a todos, sem qualquer exclusão, o direito à busca da felicidade, verdadeiro postulado constitucional implícito, que se qualifica como expressão de uma idéia-força que deriva do princípio da essencial dignidade da pessoa humana. IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. LEI DE IMPRENSA. REGIME CONSTITUCIONAL DA "LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA", EXPRESSÃO SINÔNIMA DE LIBERDADE DE IMPRENSA. (...) O corpo normativo da Constituição brasileira sinonimiza liberdade de informação jornalística e liberdade de imprensa, rechaçante de qualquer censura prévia a um direito que é signo e penhor da mais encarecida dignidade da pessoa humana, assim como do mais evoluído estado de civilização. (...) O art. 220 da Constituição radicaliza e alarga o regime de plena liberdade de atuação da imprensa, porquanto fala: a) que os mencionados direitos de personalidade (liberdade de pensamento, criação, expressão e informação) estão a salvo de qualquer restrição em seu exercício, seja qual for o suporte físico ou tecnológico de sua veiculação; b) que tal exercício não se sujeita a outras disposições que não sejam as figurantes dela própria, Constituição. A liberdade de informação jornalística é versada pela Constituição Federal como expressão sinônima de liberdade de imprensa. Os direitos que dão conteúdo à liberdade de imprensa são bens de personalidade que se qualificam como sobredireitos. (...) O § 5º do art. 220 apresenta-se como norma constitucional de concretização de um PLURALISMO finalmente compreendido como fundamento das sociedades autenticamente democráticas; isto é, o pluralismo como a http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 6 de 9 www.exponencialconcursos.com.br virtude democrática da respeitosa convivência dos contrários. A imprensa livre é, ela mesma, plural, devido a que são constitucionalmente proibidas a oligopolização e a monopolização do setor (§ 5º do art. 220 da CF). A proibição do monopólio e do oligopólio como novo e autônomo fator de contenção de abusos do chamado "poder social da imprensa" (STF. ADPF 130/DF. Relator: Min. CARLOS BRITTO). (...) 2. O legislador ordinário atentou para a necessidade de assegurar a prevalência dos princípios da igualdade, da inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas para, considerados os limites da liberdade de expressão, coibir qualquer manifestação preconceituosa e discriminatória que atinja valores da sociedade brasileira, como o da harmonia inter-racial, com repúdio ao discurso de ódio. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. FUNDAMENTOS DA RFB soberania cidadania dignidade da pessoa humana valores sociais do trabalho e da livre iniciativa pluralismo político EXERCÍCIO DO PODER PELO POVO indiretamente representantes eleitos diretamente plebiscito referendo iniciativa popular http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 7 de 9 www.exponencialconcursos.com.br Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Os dispositivos impugnados contemplam a possibilidade de a Assembleia Legislativa capixaba convocar o presidente do Tribunal de Justiça para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência injustificada desse chefe de Poder. Ao fazê-lo, porém, o art. 57 da Constituição capixaba não seguiu o paradigma da CF, extrapolando as fronteiras do esquema de freios e contrapesos – cuja aplicabilidade é sempre estrita ou materialmente inelástica – e MACULANDO O PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES (...). (STF. ADI 2.911. rel. min. Ayres Britto); Separação e independência dos Poderes: freios e contrapesos: parâmetros federais impostos ao Estado-membro. Os mecanismos de controle recíproco entre os Poderes, os "freios e contrapesos" admissíveis na estruturação das unidades federadas, sobre constituírem matéria constitucional local, só se legitimam na medida em que guardem estreita similaridade com os previstos na Constituição da República: (...) (STF. ADI 1.905 MC. rel. min. Sepúlveda Pertence). Norma que subordina convênios, acordos, contratos e atos de secretários de Estado à aprovação da Assembleia Legislativa: inconstitucionalidade, porque ofensiva ao princípio da independência e harmonia dos Poderes (STF. ADI 676. rel. min. Carlos Velloso). Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; PODERES DA UNIÃO Poder Legislativo Poder Executivo Poder Judiciário http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 8 de 9 www.exponencialconcursos.com.br IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária GARANTIR o desenvolvimento nacional ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades sociais e regionais PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 9 de 9 www.exponencialconcursos.com.br Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Princípios das relações internacionais que buscam a PAZ prevalência dos direitos humanos defesa da paz solução pacífica dos conflitos repúdio ao terrorismo e ao racismo concessão de asilo político Princípios das relações internacionais que mostram a INDEPENDÊNCIA entre os estados independência nacional autodeterminação dos povos não-intervenção igualdade entre os Estados cooperação entre os povos para o progresso da humanidade http://www.exponencialconcursos.com.br/ Título-II-Direitos-e-Garantias-Fundamentais-1.pdf Constituição Esquematizada + Jurisprudências Professor: José de Oliveira CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 2 de 67 www.exponencialconcursos.com.br SUMÁRIO TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ........................................................................... 3 CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ............................................................... 3 CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS ........................................................................................................... 41 CAPÍTULO III - DA NACIONALIDADE ............................................................................................................. 55 CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS ..................................................................................................... 58 CAPÍTULO V - DOS PARTIDOS POLÍTICOS ..................................................................................................... 65 Se surgir qualquer dúvida, crítica, sugestão, elogio ou comentário, entrem em contato diretamente comigo. Email: joseofneto@gmail.com Instagram: @joseofneto Grande abraço e bons estudos! CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 3 de 67 www.exponencialconcursos.com.br TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS A Turma, concluindo julgamento, negou provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - Art. 5º DIREITOS SOCIAIS - Art. 6º a 11 DIREITOS DE NACIONALIDADE - Art. 12 e 13 DIREITOS POLÍTICOS - Art. 14 a 16 PARTIDOS POLÍTICOS - Art. 17 DIREITOS bens e vantagens prescritos na norma constitucional GARANTIAS instrumentos utilizados para e assegurar o exercício dos direitos DIREITOS FUNDAMENTAIS EFICÁCIA VERTICAL Estado x Particular EFICÁCIA HORIZONTAL Particular x Particular http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 4 de 67 www.exponencialconcursos.com.br Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que mantivera decisão que reintegrara associado excluído do quadro da sociedade civil União Brasileira de Compositores - UBC, sob o entendimento de que fora violado o seu direito de defesa, em virtude de o mesmo não ter tido a oportunidade de refutar o ato que resultara na sua punição - v. Informativos 351, 370 e 385. Entendeu-se ser, na espécie, hipótese de aplicação direta dos direitos fundamentais às relações privadas. Ressaltou-se que, em razão de a UBC integrar a estrutura do ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, entidade de relevante papel no âmbito do sistema brasileiro de proteção aos direitos autorais, seria incontroverso que, no caso, ao restringir as possibilidades de defesa do recorrido, a recorrente assumira posição privilegiada para determinar, preponderantemente, a extensão do gozo e da fruição dos direitos autorais de seu associado. Concluiu-se que as penalidades impostas pela recorrente ao recorrido extrapolaram a liberdade do direito de associação e, em especial, o de defesa, sendo imperiosa a observância, em face das peculiaridades do caso, das garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (...) (STF, RE 201.819/RJ, rel. Min. Ellen Gracie, rel p/ acórdão Min. Gilmar Mendes). Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LEI DE BIOSSEGURANÇA. PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO DIREITO À VIDA. CONSITUCIONALIDADE DO USO DE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS EM PESQUISAS CIENTÍFICAS PARA FINS TERAPÊUTICOS. DESCARACTERIZAÇÃO DO ABORTO. (...) A pesquisa científica com células-tronco embrionárias, autorizada pela Lei n° 11.105/2005, objetiva o enfrentamento e cura de patologias e traumatismos que severamente limitam, atormentam, infelicitam, desesperam e não raras vezes degradam a vida de expressivo contingente populacional (...). A escolha feita pela Lei de Biossegurança não significou um desprezo ou desapreço pelo embrião "in vitro", porém usa mais firme disposição para encurtar caminhos que possam levar à superação do infortúnio alheio. (...) Inexistência de ofensas ao direito à vida e da dignidade da pessoa humana, pois a pesquisa com células- tronco embrionárias (inviáveis biologicamente ou para os fins a que se destinam) significa a celebração solidária da vida e alento aos que se acham à margem do exercício concreto e inalienável dos direitos à felicidade e do viver com dignidade (Ministro Celso de Mello). III - A PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DO DIREITO À VIDA E OS DIREITOS INFRACONSTITUCIONAIS DO EMBRIÃO PRÉ-IMPLANTO. O Magno Texto http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 5 de 67 www.exponencialconcursos.com.br Federal não dispõe sobre o início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. (...). O Direito infraconstitucional protege por modo variado cada etapa do desenvolvimento biológico do ser humano. Os momentos da vida humana anteriores ao nascimento devem ser objeto de proteção pelo direito comum. O embrião pré-implanto é um bem a ser protegido, mas não uma pessoa no sentido biográfico a que se refere a Constituição. IV - AS PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO NÃO CARACTERIZAM ABORTO. (...) Não se cuida de interromper gravidez humana, pois dela aqui não se pode cogitar. A "controvérsia constitucional em exame não guarda qualquer vinculação com o problema do aborto." (...) (STF, ADI 3510/DF, Relator: Min. AYRES BRITTO). ESTADO – LAICIDADE. O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro quanto às religiões. Considerações. FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER – LIBERDADE SEXUAL E REPRODUTIVA – SAÚDE – DIGNIDADE – AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS FUNDAMENTAIS – CRIME – INEXISTÊNCIA. Mostra-se inconstitucional interpretação de a interrupção da gravidez de feto anencéfalo ser conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal (ADPF 54/DF, Relator: Min. MARCO AURÉLIO). I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; ATOS QUE INSTITUÍRAM SISTEMA DE RESERVA DE VAGAS COM BASE EM CRITÉRIO ÉTNICO-RACIAL (COTAS) NO PROCESSO DE SELEÇÃO PARA INGRESSO EM INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR (...) I – Não contraria - ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto no caput do art. 5º da Carta da República, a possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho universalista, que abrangem um número indeterminados de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, que atingem grupos sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades decorrentes de situações históricas particulares. (...) III – Esta Corte, em diversos precedentes, assentou a CONSTITUCIONALIDADE das políticas de ação afirmativa. IV – Medidas que buscam reverter, no âmbito universitário, o quadro histórico de desigualdade que caracteriza as relações étnico- raciais e sociais em nosso País, não podem ser examinadas apenas sob a ótica de sua compatibilidade com determinados preceitos constitucionais, isoladamente considerados, ou a partir da eventual vantagem de certos critérios sobre outros, devendo, ao revés, ser analisadas à luz do arcabouço principiológico sobre o qual se assenta o próprio Estado http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 6 de 67 www.exponencialconcursos.com.br brasileiro. (...) VII – No entanto, as políticas de ação afirmativa fundadas na discriminação reversa apenas são legítimas se a sua manutenção estiver condicionada à persistência, no tempo, do quadro de exclusão social que lhes deu origem. Caso contrário, tais políticas poderiam converter-se benesses permanentes, instituídas em prol de determinado grupo social, mas em detrimento da coletividade como um todo, situação – é escusado dizer – incompatível com o espírito de qualquer Constituição que se pretenda democrática, devendo, outrossim, respeitar a proporcionalidade entre os meios empregados e os fins perseguidos (STF, ADPF 186/DF, Relator Ministro Ricardo Lewandowski). Reserva de vagas para negros em concursos públicos. Constitucionalidade da Lei n° 12.990/2014. Procedência do pedido. 1. É constitucional a Lei n° 12.990/2014, que reserva a pessoas negras 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal direta e indireta, por três fundamentos. (...) 3. Por fim, a administração pública deve atentar para os seguintes parâmetros: (i) os percentuais de reserva de vaga devem valer para todas as fases dos concursos; (ii) a reserva deve ser aplicada em todas as vagas oferecidas no concurso público (não apenas no edital de abertura); (iii) os concursos não podem fracionar as vagas de acordo com a especialização exigida para burlar a política de ação afirmativa, que só se aplica em concursos com mais de duas vagas; e (iv) a ordem classificatória obtida a partir da aplicação dos critérios de alternância e proporcionalidade na nomeação dos candidatos aprovados deve produzir efeitos durante toda a carreira funcional do beneficiário da reserva de vagas (STF, ADC 41/DF, Relator Ministro Roberto Barroso). II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Particular autonomia de vontade Administração Pública atuação balizada pela lei http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 7 de 67 www.exponencialconcursos.com.br III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; STF - Súmula Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. LEGALIDADE conceito mais amplo respeito à lei e aos atos normativos em geral, considerando o ordenamento jurídico por completo RESERVA LEGAL exigência para que determinado tema seja tratado por meio de lei ou norma de igual hierarquia http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 8 de 67 www.exponencialconcursos.com.br IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (...) 2. O legislador ordinário atentou para a necessidade de assegurar a prevalência dos princípios da igualdade, da inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas para, considerados os limites da liberdade de expressão, coibir qualquer manifestação preconceituosa e discriminatória que atinja valores da sociedade brasileira, como o da harmonia inter-racial, com repúdio ao discurso de ódio (...) (STF, HC 109.676/RJ, Relator Ministro Luiz Fux). É inconstitucional o § 1º do art. 4º da Lei nº 9.612/98. Esse dispositivo proíbe, no âmbito da programação das emissoras de radiodifusão comunitária, a prática de proselitismo, ou seja, a transmissão de conteúdo tendente a converter pessoas a uma doutrina, sistema, religião, seita ou ideologia. O STF entendeu que essa proibição afronta os arts. 5º, IV, VI e IX, e 220, da Constituição Federal. A liberdade de pensamento inclui o discurso persuasivo, o uso de argumentos críticos, o consenso e o debate público informado e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação de informações (STF, ADI 2.566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 16/5/2018, Informativo 902). (...) (a) os escritos anônimos não podem justificar, só por si, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração da “persecutio criminis”, eis que PEÇAS APÓCRIFAS NÃO PODEM SER INCORPORADAS, FORMALMENTE, AO PROCESSO, salvo quando tais documentos forem PRODUZIDOS PELO ACUSADO, ou, ainda, USO DE ALGEMAS Hipóteses Resistência Fundado receio de fuga Perigo à integridade física É uma hipótese excepcional Deve ser justificada por escrito Não observância das normas Responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente Nulidade da prisão ou do ato processual Não exonera o Estado de sua responsabilidade civil http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 9 de 67 www.exponencialconcursos.com.br QUANDO CONSTITUÍREM, ELES PRÓPRIOS, O CORPO DE DELITO (como sucede com bilhetes de resgate no delito de extorsão mediante sequestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o “crimen falsi”, p. ex.); (b) nada impede, contudo, que o Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas INFORMAIS destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas; e (c) o Ministério Público, de outro lado, independentemente da prévia instauração de inquérito policial, também pode formar a sua “opinio delicti” com apoio em outros elementos de convicção que evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios suficientes de sua autoria, desde que os dados informativos que dão suporte à acusação penal não tenham, como único fundamento causal, documentos ou escritos anônimos (STF, informativo 393). STJ - Súmula 611: Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração. (...) 5. JORNALISMO E LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. (...) O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. (...) As liberdades de expressão e de informação e, especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, sempre em razão da proteção de outros valores e interesses constitucionais igualmente relevantes, como os direitos à honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em geral. (...) A exigência de diploma de curso superior para a prática do jornalismo - o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e de informação - não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 10 de 67 www.exponencialconcursos.com.br incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição. (...) Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação (STF, RE 511.961/SP, Relator Ministro Gilmar Mendes). Por entender que o exercício dos direitos fundamentais de reunião e de livre manifestação do pensamento devem ser garantidos a todas as pessoas, o Plenário julgou procedente pedido formulado em ação de descumprimento de preceito fundamental para dar, ao art. 287 do CP, com efeito vinculante, interpretação conforme a Constituição, de forma a excluir qualquer exegese que possa ensejar a criminalização da defesa da legalização das drogas, ou de qualquer substância entorpecente específica, inclusive através de manifestações e eventos públicos (STF, informativo 631). 1. O princípio da legalidade norteia os requisitos dos editais de concurso público. 2. O artigo 37, I, da Constituição da República, ao impor, expressamente, que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei”, evidencia a frontal inconstitucionalidade de toda e qualquer restrição para o desempenho de uma função pública contida em editais, regulamentos e portarias que não tenham amparo legal. (...) 7. É direito fundamental do cidadão preservar sua imagem como reflexo de sua identidade, ressoando indevido o desestímulo estatal à inclusão de tatuagens no corpo. 8. O Estado não pode desempenhar o papel de adversário da liberdade de expressão, incumbindo-lhe, ao revés, assegurar que minorias possam se manifestar livremente. (...) 11. Os princípios da liberdade e da igualdade, este último com esteio na doutrina da desigualdade justificada, fazem exsurgir o reconhecimento da ausência de qualquer justificativa para que a Administração Pública visualize, em pessoas que possuem tatuagens, marcas de marginalidade ou de inaptidão física ou mental para o exercício de determinado cargo público. 12. O Estado não pode considerar aprioristicamente como parâmetro discriminatório para o ingresso em uma carreira pública o fato de uma pessoa possuir tatuagens, visíveis ou não. (...) 14. As restrições http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 11 de 67 www.exponencialconcursos.com.br estatais para o exercício de funções públicas originadas do uso de tatuagens devem ser EXCEPCIONAIS, na medida em que implicam uma interferência incisiva do Poder Público em direitos fundamentais diretamente relacionados ao modo como o ser humano desenvolve a sua personalidade (...) (STF, RE 898.450/SP, Relator: Ministro Luiz Fux). V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; É CONSTITUCIONAL a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana (STF, RE 494.601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 (repercussão geral) - Informativo 935). VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; LEI DE IMPRENSA. ADEQUAÇÃO DA AÇÃO. REGIME CONSTITUCIONAL DA "LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA", EXPRESSÃO SINÔNIMA DE LIBERDADE DE IMPRENSA. A "PLENA" LIBERDADE DE IMPRENSA COMO CATEGORIA JURÍDICA PROIBITIVA DE QUALQUER TIPO DE CENSURA PRÉVIA. (...) 10.2. Incompatibilidade material insuperável entre a Lei n° 5.250/67 e a Constituição de 1988. (...) Total procedência da ADPF, para o efeito de declarar como NÃO RECEPCIONADO pela Constituição de 1988 todo o conjunto de dispositivos da Lei federal nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967 (STF, ADPF 130/DF, Relator: Ministro Carlos Britto). (...) MÉRITO: APARENTE CONFLITO ENTRE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE INFORMAÇÃO, ARTÍSTICA E CULTURAL, INDEPENDENTE DE CENSURA OU AUTORIZAÇÃO PRÉVIA (ART. 5º INCS. IV, IX, XIV; 220, §§ 1º E 2º) E INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, VIDA PRIVADA, HONRA E IMAGEM DAS PESSOAS (ART. 5º, INC. X). (...) 3. A Constituição do Brasil proíbe http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 12 de 67 www.exponencialconcursos.com.br qualquer censura. O exercício do direito à liberdade de expressão não pode ser cerceada pelo Estado ou por particular. (...) 6. Autorização prévia para biografia constitui censura prévia particular. O recolhimento de obras é censura judicial, a substituir a administrativa. O risco é próprio do viver. Erros corrigem-se segundo o direito, não se cortando liberdades conquistadas. A reparação de danos e o direito de resposta devem ser exercidos nos termos da lei. 7. A liberdade é constitucionalmente garantida, não se podendo anular por outra norma constitucional (inc. IV do art. 60), menos ainda por norma de hierarquia inferior (lei civil), ainda que sob o argumento de se estar a resguardar e proteger outro direito constitucionalmente assegurado, qual seja, o da inviolabilidade do direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem. (...) 9. Ação direta julgada procedente para dar interpretação conforme à Constituição aos arts. 20 e 21 do Código Civil, sem redução de texto, para, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de pensamento e de sua expressão, de criação artística, produção científica, declarar inexigível autorização de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo também desnecessária autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes) (STF, ADI 4.815/DF, Relatora: Ministra Carmem Lúcia). X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...) 4. Os artigos 5º e 6º da Lei Complementar nº 105/2001 e seus decretos regulamentares (Decretos nº 3.724, de 10 de janeiro de 2001, e nº 4.489, de 28 de novembro de 2009) consagram, de modo expresso, a permanência do sigilo das informações bancárias obtidas com espeque em seus comandos, não havendo neles autorização para a exposição ou circulação daqueles dados. Trata-se de uma transferência de dados sigilosos de um determinado portador, que tem o dever de sigilo, para outro, que mantém a obrigação de sigilo, permanecendo resguardadas a intimidade e a vida privada do correntista, exatamente como determina o art. 145, § 1º, da Constituição Federal (STF, ADI 2859/DF, Relator: Ministro Dias Toffoli). Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva. Assim, a página do Senado Federal na internet não pode divulgar os dados obtidos por meio da quebra de sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI) (STF, MS 25.940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/4/2018, Informativo 899). http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 13 de 67 www.exponencialconcursos.com.br O Colegiado asseverou que o sigilo de informações necessário à preservação da intimidade é RELATIVIZADO quando há interesse da sociedade em conhecer o destino dos recursos públicos. Diante da existência de indícios da prática de ilícitos penais envolvendo verbas públicas, cabe ao MP, no exercício de seus poderes investigatórios [CF, art. 129, VIII (2)], requisitar os registros de operações financeiras relativos aos recursos movimentados a partir de conta-corrente de titularidade da prefeitura municipal. Essa requisição compreende, por extensão, o acesso aos registros das operações bancárias sucessivas, ainda que realizadas por particulares, e objetiva garantir o acesso ao real destino desses recursos públicos. Decidir em sentido contrário implicaria o esvaziamento da própria finalidade do princípio da publicidade, que é permitir o controle da atuação do administrador público e do emprego de verbas públicas (STF, informativo 879). (...) INGRESSO DE ENTORPECENTES EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL. (...) III - Não se configura a ilicitude da prova decorrente de revista íntima na qual se encontraram entorpecentes no corpo de denunciada, se tal procedimento não excedeu os limites do objetivo do ato, que é a garantia da segurança pública quando da entrada de visitantes em estabelecimentos prisionais. Em outras palavras, é possível a mitigação do direito à intimidade da pessoa, como na espécie, em benefício da preservação de outros direitos constitucionais igualmente EXCEÇÕES AO SIGILO BANCÁRIO ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA Não se trata de QUEBRA DE SIGILO, mas de uma transferência de informações da instituição financeira para o fisco MINISTÉRIO PÚBLICO Não se trata de quebra de sigilo, mas de ACESSO às informações financeiras que envolvam RECURSOS PÚBLICOS TRIBUNAL DE CONTAS Não se trata de quebra de sigilo, mas de ACESSO às informações financeiras que envolvam RECURSOS PÚBLICOS CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 14 de 67 www.exponencialconcursos.com.br consagrados, uma vez que não há, no ordenamento jurídico- constitucional, direitos fundamentais de caráter absoluto (MS n. 23.452/RJ, Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 12/5/2000). IV - O direito à intimidade, portanto, não pode servir de escudo protetivo para a prática de ilícitos penais, como o tráfico de entorpecentes no interior de estabelecimentos prisionais, notadamente quando, em casos como o presente, há razoabilidade e proporcionalidade na revista íntima, realizado por agente do sexo feminino e sem qualquer procedimento invasivo (precedente). (HC 328.843/SP). XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; No sentido constitucional, o termo domicílio tem amplitude maior do que no direito privado ou no senso comum, não sendo somente a residência, ou, ainda, a habitação com intenção definitiva de estabelecimento, mas inclusive, quarto de hotel habitado (STF, RHC 90.376-3/RJ - Rei. Min. Celso de Mello). Considera-se, pois, domicílio todo local, delimitado e separado, que alguém ocupa com exclusividade, a qualquer título, inclusive profissionalmente, pois nessa relação entre pessoa e espaço preserva-se, mediatamente, a vida privada do sujeito. Como já pacificado pelo Supremo Tribunal Federal, domicílio, numa extensão conceitual mais larga abrange até mesmo o local onde se exerce a profissão ou a atividade, desde que constitua um ambiente fechado ou de acesso restrito ao público, como é o caso típico dos escritórios profissionais (STF, HC 82.788/RJ - Rei. Min. Celso de Mello). XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem EXCEÇÕES À INVIOLABILIDADE DOMICILIAR flagrante delito desastre prestar socorro determinação judicial durante o dia http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 15 de 67 www.exponencialconcursos.com.br judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; ALEGACAO DE INTERCEPTACAO CRIMINOSA DE CARTA MISSIVA REMETIDA POR SENTENCIADO. (...) A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da Lei n. 7.210/84, proceder a interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a clausula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas. Suposta ilegalidade decorrente do fato de os policiais, após a prisão em flagrante do corréu, terem realizado a análise dos últimos registros telefônicos dos dois aparelhos celulares apreendidos. Não ocorrência. Não se confundem comunicação telefônica e registros telefônicos, que recebem, inclusive, proteção jurídica distinta. Não se pode interpretar a cláusula do art. 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos dados enquanto registro, depósito registral. A proteção constitucional é da comunicação de dados, e não dos dados. (STF, HC 91.867, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-4-2012, Segunda Turma, DJE de 20-9-2012). Não é necessária a transcrição integral dos diálogos captados por meio de interceptação telefônica. Basta que sejam transcritos os trechos necessários ao embasamento da denúncia oferecida e que seja entregue à defesa todo o conteúdo das gravações em mídia eletrônica. No entanto, não haverá, em princípio, qualquer irregularidade caso o juiz da causa entenda pertinente a degravação de É INVIOLÁVEL O SIGILO correspondência comunicações telegráficas comunicações de dados comunicações telefônicas salvo, ordem judicial, nas hipóteses previstas em lei investigação criminal instrução processual penal http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 16 de 67 www.exponencialconcursos.com.br todas as conversas e determine a sua juntada aos autos (STF, AP 508 AgR/AP, julgada em 7/2/2013). Sem prévia autorização judicial, são NULAS as provas obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no WhatsApp presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante (STJ, informativo 583). Na ocorrência de autuação de crime em flagrante, ainda que seja dispensável ordem judicial para a apreensão de telefone celular, as mensagens armazenadas no aparelho estão protegidas pelo sigilo telefônico, que compreende igualmente a transmissão, recepção ou emissão de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por meio de telefonia fixa ou móvel ou, ainda, por meio de sistemas de informática e telemática (STJ, informativo 593). Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto, tendo o referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa (STJ, informativo 617). Se o telefone celular foi apreendido em busca e apreensão determinada por decisão judicial, não há óbice para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho, inclusive as conversas do WhatsApp. Para a análise e a utilização desses dados armazenados no celular não é necessária nova autorização judicial. A ordem de busca e apreensão determinada já é suficiente para permitir o acesso aos dados dos aparelhos celulares apreendidos (STJ, RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix Fischer). XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; TRABALHO – OFÍCIO OU PROFISSÃO – EXERCÍCIO. Consoante disposto no inciso XIII do artigo 5º da Constituição Federal, “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. BACHARÉIS EM DIREITO – QUALIFICAÇÃO. Alcança-se a qualificação de bacharel em Direito mediante conclusão do curso respectivo e colação de grau. ADVOGADO – EXERCÍCIO PROFISSIONAL – EXAME DE ORDEM. O Exame de Ordem, inicialmente previsto no artigo 48, inciso III, da Lei nº 4.215/63 e hoje no artigo 84 da Lei nº 8.906/94, no que a atuação http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 17 de 67 www.exponencialconcursos.com.br profissional repercute no campo de interesse de terceiros, mostra-se consentâneo com a Constituição Federal, que remete às qualificações previstas em lei (STF, RE 603.583/RS, Relator: Min. MARCO AURÉLIO). (...) A Constituição de 1988, ao assegurar a liberdade profissional (art. 5º, XIII), segue um modelo de reserva legal qualificada presente nas Constituições anteriores, as quais prescreviam à lei a definição das "condições de capacidade" como condicionantes para o exercício profissional. (...) O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. (...) O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. (...) As liberdades de expressão e de informação e, especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, sempre em razão da proteção de outros valores e interesses constitucionais igualmente relevantes, como os direitos à honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em geral. (...) A exigência de diploma de curso superior para a prática do jornalismo - o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e de informação - não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição (STF, RE 511.961/SP, Relator: Min. GILMAR MENDES). ATIVIDADE DE MÚSICO. INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL – OMB. NÃO OBRIGATORIEDADE. (...) a atividade de músico é manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão, sendo, por isso, incompatível com a Constituição Federal de 1988 a exigência de inscrição na Ordem dos Músicos do Brasil, bem como de pagamento de anuidade, para o exercício de tal profissão (STF, RE 414.426, Rel. Min. Ellen Gracie). XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; O parlamentar, na condição de cidadão, pode exercer plenamente seu direito fundamental de acesso a informações de interesse pessoal ou coletivo, nos termos do art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal e das normas de regência desse direito. O parlamentar, na qualidade de cidadão, não pode ter cerceado o exercício do seu direito de acesso, via requerimento ADMINISTRATIVO ou http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 18 de 67 www.exponencialconcursos.com.br JUDICIAL, a documentos e informações sobre a gestão pública, desde que não estejam, excepcionalmente, sob regime de sigilo ou sujeitos à aprovação de CPI. O fato de as casas legislativas, em determinadas situações, agirem de forma colegiada, por intermédio de seus órgãos, não afasta, tampouco restringe, os direitos inerentes ao parlamentar como indivíduo (STF, RE 865.401/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/4/2018, Informativo 899). XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; DIREITO DE REUNIÃO Reunião PACÍFICA Não pode ter ARMAS Em locais ABERTOS AO PÚBLICO INDEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO Exige apenas PRÉVIO AVISO Desde que NÃO FRUSTREM outra reunião convocada para o MESMO LOCAL http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 19 de 67 www.exponencialconcursos.com.br XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; REPRESENTAÇÃO – ASSOCIADOS – ARTIGO 5º, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALCANCE. O disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra representação específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a revelar a defesa dos interesses dos associados. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL – ASSOCIAÇÃO – BENEFICIÁRIOS. As balizas subjetivas do título judicial, formalizado em ação proposta por associação, é definida pela representação no processo de conhecimento, presente a autorização expressa dos associados e a lista destes juntada à inicial (STF, RE 573.232/SC, Relator: Min. MARCO AURÉLIO). EXECUÇÃO – AÇÃO COLETIVA – RITO ORDINÁRIO – ASSOCIAÇÃO – BENEFICIÁRIOS. Beneficiários do título executivo, no caso de ação proposta por associação, são aqueles que, residentes na área compreendida na jurisdição do órgão julgador, detinham, antes do ajuizamento, a condição de filiados e constaram da lista apresentada com a peça inicial (STF, RE 612.043/PR, Relator: Min. MARCO AURÉLIO). DECISÃO JUDICIAL DISSOLUÇÃO Necessário o trânsito em julgado da decisão condenatória Decisão mais gravosa SUSPENSÃO Não necessita de trânsito em julgado http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 20 de 67 www.exponencialconcursos.com.br Súmula 629 do STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. Súmula 630 do STF: a entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. O objeto do mandado de segurança coletivo será um direito dos associados, independentemente de guardar vínculo com os fins próprios da entidade impetrante do writ, exigindo-se, entretanto, que o direito seja compreendido na titularidade dos associados e que exista ele em razão das atividades exercidas pelos associados, mas não se exigindo que o direito seja peculiar, próprio, da classe (STF - Pleno – Rest. N. 181.438-1/SP – Rel. Min. Carlos Velloso). XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL Necessidade de autorização expressa Defesa dos direitos dos associados em ações judiciais ou recursos administrativos SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL Não necessita de autorização expressa Defesa do direito dos associados mediante impetração de mandado de segurança coletivo http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 21 de 67 www.exponencialconcursos.com.br XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: D E S A P R O P R I A Ç Ã O IMÓVEL QUE CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL Indenização PRÉVIA e em DINHEIRO Possível nos seguintes casos Necessidade pública Utilidade pública Interesse social IMÓVEL QUE NÃO CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL - DESAPROPRIAÇÃO- SANÇÃO IMÓVEL URBANO Realizada pelo Município Pagamento em títulos da dívida pública IMÓVEL RURAL Realizada pela União Pagamento em títulos da dívida agrária PEQUENA PROPRIEDADE RURAL desde que trabalhada pela família não será penhorada para pagamento de débitos decorrente de sua atividade produtiva http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 22 de 67 www.exponencialconcursos.com.br a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; Propriedade intelectual Direito autoral Autor Tempo INDETERMINADO Herdeiro Tempo DETERMINADO Propriedade industrial Autor Tempo DETERMINADO DIREITO DE HERANÇA Art. 5º, XXXI Bens de estrangeiros situados no BRASIL Será aplicada a lei brasileira desde que a outra não seja mais favorável A lei beneficiará o cônjuge e filhos brasileiros http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 23 de 67 www.exponencialconcursos.com.br XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; Em conclusão de julgamento, o Tribunal, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro - CONSIF contra a expressão constante do § 2º do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor - CDC (Lei 8.078/90) que inclui, no conceito de serviço abrangido pelas relações de consumo, as atividades de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária (Lei 8.078/90: "Art. 3º... § 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.") (...) Entendeu-se não haver conflito entre o regramento do sistema financeiro e a disciplina do consumo e da defesa do consumidor, haja vista que, nos termos do disposto no art. 192 da CF, a exigência de lei complementar refere-se apenas à regulamentação da estrutura do sistema financeiro, não abrangendo os encargos e obrigações impostos pelo CDC às instituições financeiras, relativos à exploração das atividades dos agentes econômicos que a integram - operações bancárias e serviços bancários -, que podem ser definidos por lei ordinária (STF. ADI 2591/DF. Rel. orig. Min. Carlos Velloso, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau). (...) É APLICÁVEL o limite indenizatório estabelecido na CONVENÇÃO DE VARSÓVIA e DEMAIS ACORDOS INTERNACIONAIS subscritos pelo Brasil, em relação às condenações por dano material decorrente de extravio de bagagem, em voos internacionais. 5. Repercussão geral. Tema 210. Fixação da tese: "Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm PREVALÊNCIA em relação ao Código de Defesa do Consumidor" (STF. RE 636.331/RJ. Relator: Min. GILMAR MENDES). XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 24 de 67 www.exponencialconcursos.com.br b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; EMENTA: AÇÃO RESCISÓRIA - AJUIZAMENTO - AUSÊNCIA DE CAPACIDADE POSTULATÓRIA - DIREITO DE PETIÇÃO E A QUESTÃO DA CAPACIDADE POSTULATÓRIA. - Ninguém, ordinariamente, pode postular em juízo sem a assistência de Advogado, a quem compete, nos termos da lei, o exercício do jus postulandi. A exigência de capacidade postulatória constitui indeclinável pressuposto processual de natureza subjetiva, essencial à válida formação da relação jurídico-processual. São nulos de pleno direito os atos processuais, que, privativos de Advogado, venham a ser praticados por quem não dispõe de capacidade postulatória. - O direito de petição qualifica-se como prerrogativa de extração constitucional assegurada à generalidade das pessoas pela Carta Política (art. 5º, XXXIV, a). Traduz direito público subjetivo de índole essencialmente democrática. O direito de petição, contudo, não assegura, por si só, a possibilidade de o interessado - que não dispõe de capacidade postulatória - ingressar em juízo, para, independentemente de Advogado, litigar em nome próprio ou como representante de terceiros (STF. AR 1.354/BA. Relator: Min. CELSO DE MELLO). STF - Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Exceções à proibição da jurisdição condicionada Justiça desportiva habeas data Reclamação contra o descumprimento de súmula vinculante concessão de benefício previdenciário http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 25 de 67 www.exponencialconcursos.com.br STF - Súmula 654: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado. XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; STF - Súmula Vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. STF - Súmula 603: A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri. Ementa: ALGEMAS - UTILIZAÇÃO. O uso de algemas surge excepcional somente restando justificado ante a periculosidade do agente ou risco concreto de fuga. JULGAMENTO - ACUSADO ALGEMADO - TRIBUNAL DO JÚRI. Implica prejuízo à defesa a manutenção do réu algemado na sessão de julgamento do Tribunal do Júri, resultando o fato na insubsistência do veredicto condenatório (STF. HC 91.952/SP). A lei nova não poderá retroagir para prejudicar Direito adquirido direito que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aquele cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem Ato jurídico perfeito ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou Coisa julgada decisão judicial que não caiba mais recurso http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 26 de 67 www.exponencialconcursos.com.br XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; TORTURA proibido em nosso ordenamento jurídico crime inafiançável insuscetível de graça ou anistia RACISMO Inafiançável Imprescritível Pena de Reclusão TORTURA, TRÁFICO, TERRORISMO E HEDIONDOS Inafiançáveis Prescritíveis Insuscetíveis de graça ou anistia AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM CONSTITUCIONAL E O ESTADO DEMOCRÁTICO Inafiançável Imprescritível http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 27 de 67 www.exponencialconcursos.com.br XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; STF - Súmula Vinculante 26: Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. PENA — REGIME DE CUMPRIMENTO — PROGRESSÃO — RAZÃO DE SER. A progressão no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semiaberto e aberto, tem como razão maior a ressocialização do preso, que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. PENA — CRIMES HEDIONDOS — REGIME DE CUMPRIMENTO — PROGRESSÃO — ÓBICE — ART. 2º, § 1º, DA LEI 8.072/1990 — INCONSTITUCIONALIDADE — EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. Conflita com a garantia da individualização da pena — art. 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal — a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990 (STF, HC 82.959, Relator Ministro Marco Aurélio). STF - Súmula Vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. http://www.exponencialconcursos.com.br/ https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8072.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8072.htm CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 28 de 67 www.exponencialconcursos.com.br XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO. ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco integral. 2. A omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. 3. É dever do estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos fundamentais do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal). 4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se contra legem e a opinio doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. 6. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. 7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado danoso. 8. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, O ESTADO É RESPONSÁVEL PELA MORTE DO DETENTO (...) (STF, RE 841.526/RS, Relator: Min. LUIZ FUX). I - É lícito ao Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer, consistente na promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais. II - Supremacia da dignidade da pessoa humana que legitima a intervenção judicial. (...) IV - Impossibilidade de opor-se à sentença de primeiro grau http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 29 de 67 www.exponencialconcursos.com.br o argumento da reserva do possível ou princípio da separação dos poderes (STF, RE 592.581/RS, Relator: Min RICARDO LEWANDOWSKI). Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. Frisou que Estado é responsável pela guarda e segurança das pessoas submetidas a encarceramento, enquanto ali permanecerem detidas, e que é seu dever mantê-las em condições carcerárias com mínimos padrões de humanidade estabelecidos em lei, bem como, se for o caso, ressarcir os danos que daí decorrerem. Ademais, asseverou que as violações a direitos fundamentais causadoras de danos pessoais a detentos em estabelecimentos carcerários não poderiam ser relevadas ao argumento de que a indenização não teria o alcance para eliminar o grave problema prisional globalmente considerado, dependente da definição e da implantação de políticas públicas específicas, providências de atribuição legislativa e administrativa, não de provimentos judiciais. Sustentou que admitir essa assertiva significaria justificar a perpetuação da desumana situação constatada em presídios como aquele onde cumprida a pena do recorrente. A criação de subterfúgios teóricos — como a separação dos Poderes, a reserva do possível e a natureza coletiva dos danos sofridos — para afastar a responsabilidade estatal pelas calamitosas condições da carceragem afronta não apenas o sentido do art. 37, § 6º, da CF, mas também determina o esvaziamento das inúmeras cláusulas constitucionais e convencionais citadas. O descumprimento reiterado dessas cláusulas se transforma em mero e inconsequente ato de fatalidade, o que não pode ser tolerado (STF, informativo 854). L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 30 de 67 www.exponencialconcursos.com.br STF – Súmula 421: Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro. Extradição: Colômbia: crimes relacionados à participação do extraditando - então sacerdote da Igreja Católica - em EXTRADIÇÃO Brasileiro NATO Nunca será extraditado Brasileiro NATURALIZADO pode ser extraditado nas seguintes hipóteses crime comum, praticado antes da naturalização tráfico ilícito de entorpecentes ESTRANGEIRO pode ser extraditado não pode ser extraditado nas seguintes hipóteses crime político crime de opinião EXTRADIÇÃO PASSIVA O ESTADO ESTRANGEIRO solicita a extradição ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA Deve existir um PROCESSO PENAL, além da DUPLA TIPICIDADE - o fato objeto de julgamento TAMBÉM DEVE SER CRIME NO BRASIL O PRESIDENTE DA REPÚBLICA pode INDEFERIR o pedido ou ENCAMINHAR AO STF O STF analisa a LEGALIDADE e a PROCEDÊNCIA do pedido Caso o STF AUTORIZE a extradição, a decisão caberá ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA http://www.exponencialconcursos.com.br/ CONSTITUIÇÃO ESQUEMATIZADA + JURISPRUDÊNCIAS Prof. José de Oliveira Prof. José de Oliveira 31 de 67 www.exponencialconcursos.com.br ação militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Questão de ordem. Reconhecimento do status
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