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Constituição do Estado de São Paulo esquematizada

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1
2
Olá, meu(minha) amigo(a)!
É um prazer participar da sua caminhada de sucesso rumo à aprovação.
Meu objetivo com este material é facilitar o estudo deste conteúdo, organi-
zando-o de forma esquematizada e direta. A esquematização da matéria como 
apresentada neste material foi desenvolvida por mim com o objetivo de apresen-
tar o conteúdo da maneira mais fácil de ser absorvida e memorizada pelo aluno.
Tive o cuidado de colocar TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER sobre a matéria, 
de modo que NÃO É NECESSÁRIO, a não ser que você queira, ESTUDAR OUTRO 
MATERIAL. Aqui você encontrará:
• TODA A LEGISLAÇÃO ESQUEMATIZADA
• TODA A DOUTRINA RELEVANTE PARA CONCURSOS PÚBLICOS
• TODA A JURISPRUDÊNCIA DO STF E DO STJ PERTINENTE AO CONTEÚDO
Este material servirá, também, para as suas revisões, as quais são indispen-
sáveis à medida que se aproxima o dia da prova.
Além de conter toda a parte teórica, o material apresenta DEZENAS DE QUES-
TÕES separadas por assunto para que você possa treinar o conteúdo que você 
acabou de estudar.
De fácil compreensão e em linguagem direta, o material foi elaborado de 
modo que você possa estudá-lo sozinho(a); mas, se ainda restar alguma dúvida, 
conte comigo por meio do Fórum.
Um abraço! Permaneça FIRME NO PROPÓSITO!
Professor: Ismael Noronha
Instagram: professorismael Noronha
APRESENTAÇÃO
33
Mapas 1 a 3 – DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO ......................................4
Questão de prova – MAPAS 1 a 3 ...............................................................................................7
Mapa 4 – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES .........................................................................8
Mapas 5 a 24 – DO PODER LEGISLATIVO ................................................................................ 9
ADENDO – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – 1 ................................................ 13
ADENDO – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – 2 ............................................... 14
 Questões de prova – MAPAS 5 a 24 .......................................................................................31
Mapas 25 a 37 – DO PROCESSO LEGISLATIVO .................................................................... 34
ADENDO – ASSUNTOS QUE EXIGEM LEI COMPLEMENTAR.............................................. 44
ADENDO – FLUXO DO PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS .................................................47
Questões de prova – MAPAS 25 a 37 .....................................................................................49
Mapas 38 a 43 – DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO ......................50
Questões de prova – MAPAS 38 a 43 .................................................................................... 56
Mapas 44 a 51 – PODER EXECUTIVO .....................................................................................58
Questões de prova – MAPAS 44 a 51 .................................................................................... 66
Mapas 52 a 60 – DO PODER JUDICIÁRIO ...............................................................................67
Questões de prova – MAPAS 52 a 60 ..................................................................................... 76
Mapas 61 a 71 – DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA .....................................................78
Questões de prova – MAPAS 61 a 71 ......................................................................................89
Mapas 72 a 86 – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................ 90
ADENDO – DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE OS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ...................................................................................................... 91
ADENDO – DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ......................................................92
Questões de prova – MAPAS 72 a 86 ................................................................................... 107
GABARITO ...................................................................................................................................113
SUMÁRIO
4
1 - DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 1
NOÇÕES
GERAIS
1. O Estado de São Paulo como ente participante da República Federativa do Brasil
CF Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal , constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
CF Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos , nos termos desta Constituição.
2. A autonomia dos entes implica nos seguintes atributos:
a. Autonomia política
i. Auto Organização
É a capacidade de cada ente federativo de elaborar suas
Constituições – no caso dos Estados, ou Leis Orgânicas,
no caso dos Municípios e do Distrito Federal
Consiste, também, na competência para editar as próprias
leis, dentro dos limites delineados pela Lei Fundamental.
ii. Auto Governo
Consiste na capacidade conferida aos entes
federativos para escolher os representantes
de seus poderes Executivo e Legislativo
b. Autonomia Administrativa (Auto Administração)
Refere-se à capacidade conferida aos entes federativos para
gerir, de forma autônoma, as competências constitucionais
que lhes forem outorgadas, da maneira que melhor lhes
aprouver, desde que não ponham em risco o pacto federativo
c. Autonomia Financeira
Consiste na capacidade de o DF arrecadar suas próprias receitas,
incluindo seus próprios tributos, e realizar suas próprias despesas
1 - DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 1
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
5
2 - DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 2
 �
 �
NOÇÕES
GERAIS
1. Das competências do Estado de São Paulo
a. Da previsão na Constituição de SP
Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil,
exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal.
b. Dos tipos de competências
i. Legislativas
As competências legislativas de SP estabelecem os assuntos
sobre os quais o Estado poderá Legislar. Em resumo, o Estado
poderá legislar sobre assuntos que não são nem da
competência da União nem dos Municípios, mas a CE-SP não
entra em detalhes. Isso você estudará em direito constitucional
ii. Administrativas
Delimitam o campo de atuação político-administrativo
do ente federado. São as competências para realizar
determinadas atividades e prestar serviços
iii. Tributárias
Essa competência permite ao Estado cobrar os
Tributos autorizados pela Constituição Federal
2. Das direitos relativos ao acesso à justiça
a. Da defesa dos direitos e liberdades fundamentais
Artigo 2º - A lei estabelecerá procedimentos judiciários abreviados
e de custos reduzidos para as ações cujo objeto principal seja a
salvaguarda dos direitos e liberdades fundamentais.
b. Da assistência jurídica integral e gratuita
Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica integral
e gratuita aos que declara insuficiência de recursos.
Artigo 103 - À Defensoria Pública, instituição essencial à
função jurisdicional do Estado, compete a orientação
jurídica e a defesa dos necessitados, em todos os graus
3. Dos princípios aplicados aos procedimentos administrativos
Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos , qualquer que seja o objeto,
observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados
e o devido processo legal , especialmente quanto à exigência da publicidade, do
contraditório, da ampla defesa e do despacho ou decisão motivados.
O objetivo desse dispositivo é assegurar que nos processos
administrativos, todos os interessados serão tratados de forma a
possibilitar igualdade de direitos e respeito ao devido processo legal
CFArt. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
2 - DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 2
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
6
3 - DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 3
 �
NOÇÕES
GERAIS
Outros assuntos sobre a Organização do Estado de SP
A. Da Capital do Estado
Artigo 6º - O Município de São Paulo é a Capital do Estado.
B. Dos Símbolos do Estado
Artigo 7º - São símbolos do Estado a
bandeira, o brasão de armas e o hino.
C. Dos bens do Estado
Artigo 8º - Além dos indicados no art. 26 da Constituição
Federal, incluem-se entre os bens do Estado os terrenos
reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio.
CF Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso,
na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres
não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não
compreendidas entre as da União.
3 - DOS FUNDAMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - 3
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
7
QUESTÃO DE PROVA – MAPAS 1 A 3 
01. (VUNESP/2016) A Constituição do Estado de 
São Paulo prevê, dentre os fundamentos do Es-
tado, que os processos administrativos, qual-
quer que seja o objeto, deverão observar, entre 
outros requisitos de validade
(A) o devido processo legal, mediante intima-
ção pessoal de todos os atos praticados.
(B) a igualdade entre os administrados.
(C) a publicidade como regra geral e o sigilo 
como exceção.
(D) a ampla defesa, mediante assistência jurí-
dica integral e gratuita.
(E) a motivação da decisão, sempre que dela 
possa resultar restrição de direitos.
8
4 - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES - UMA VISÃO GERAL
 �
 �
NOÇÕES
GERAIS
Considerações Gerais sobre os Poderes do Estado de SP
A. Dos Poderes do Estado de São Paulo
Art 5º - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
A União também tem os 3 poderes. Já os
Municípios têm, apenas, o Executivo e Legislativo
B. Da vedação de delegação de Poderes
Art 5º, § 1º - É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições.
No âmbito federal há exceções. Por exemplo, o Congresso
Nacional pode delegar ao Presidente da República a competência
para editar LEIS DELEGADAS. Mas isso não existe em SP
C. Da regra que impede que um membro de Poder seja
concomitantemente membro de outro Poder
a. Previsão na CE-SP
Art 5º, § 2º - O cidadão, investido na função de
um dos Poderes, não poderá exercer a de outro,
salvo as exceções previstas nesta Constituição.
b. Exemplo de Exceção - Situação em que um
membro de Poder poderá fazer parte de outro
sem perder seu mandato no Poder Originário
Artigo 17, I - Não perderá o mandato
o Deputado investido na função de:
i. Ministro de Estado
ii. Governador de Território
iii. Secretário de Estado, do Distrito Federal,
de Território, de Prefeitura de Capital
iv. chefe de missão diplomática temporária;
4 - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES - UMA VISÃO GERAL
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
9
5 - DO PODER LEGISLATIVO - 1
 �
NOÇÕES
GERAIS
Considerações Iniciais sobre o Poder Legislativo
A. Da Assembléia Legislativa Artigo 9º - O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa (ALESP)
B. Dos membros da Assembléia Legislativa
Artigo 9º - O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa, constituída de Deputados, eleitos e investidos na forma da legislação federal, para uma legislatura de 4 anos.
Cada Legislatura contém 4 Sessões Legislativas Ordinárias (SLO) e 8 (oito) Períodos Legislativos (P)
LEGISLATURA - 4 ANOS
1ª SLO (P1 + P2)
1º período
Legislativo (P1)
1 Fevereiro a 30 de junho
No primeiro ano da legislatura, a Assembleia Legislativa reunir-se-á
em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, para
a. a posse de seus membros
b. eleição da Mesa
Artigo 11 - Os membros da Mesa e seus substitutos
serão eleitos para um mandato de dois anos.
§ 1º - A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio,
pela maioria absoluta da Assembléia Legislativa.
§ 2º - É vedada a recondução para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subseqüente.
Artigo 12 - Na constituição da Mesa e das Comissões assegurar-se-á,
tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos
políticos com assento na Assembleia Legislativa.
A Mesa é composta pelo Presidente, Vices e
Secretários, conforme Regimento da Casa
2º período
Legislativo (P2)
1 de agosto a 15 de Dezembro
2ª SLO
P1 P2
3ª SLO
P1 P2
4ª SLO
P1 P2
Entre os períodos legislativos temos os RECESSOS PARLAMENTARES. É
possível que haja convocação para a casa funcionar durante os recessos,
o que se denomina SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA (SLE)
a. Hipóteses de Convocação Extraordinária
A convocação extraordinária da Assembléia Legislativa far-se-á:
1 - pelo Presidente da Assembleia, nos seguintes casos:
a) decretação de estado de sítio ou de estado de
defesa que atinja todo ou parte do território estadual;
b) intervenção no Estado ou em Município;
c) recebimento dos autos de prisão de Deputado, na hipótese de crime inafiançável.
2 - pela maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa ou
pelo Governador, em caso de urgência ou interesse público relevante.
b. Dos assuntos a serem tratados na SLE
Na sessão legislativa extraordinária, a Assembléia Legislativa somente
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada, vedado o
pagamento de parcela indenizatória de valor superior ao subsídio mensal
A CF (art. 57, § 7º) veda o pagamento de verba
indenizatória quando da convocação extraordinária
As reuniões marcadas para as datas fixadas serão
transferidas para o primeiro dia útil subseqüentes,
quando recaírem em sábado, domingo ou feriado
A sessão legislativa não será
interrompida sem aprovação do
projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e sem deliberação
sobre o projeto de lei do
orçamento e sobre as contas
prestadas pelo Governador,
referentes ao exercício anterior.
Ou seja, se até 30 de junho a
Assembleia não tiver feito isso,
ela não pode ir para o recesso de
meio de ano
5 - DO PODER LEGISLATIVO - 1
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
10
6 - DO PODER LEGISLATIVO - 2
 �
 �
NOÇÕES
GERAIS
1. Da quantidade de Deputados Estaduais da ALESP
a. Da previsão na CF
CF Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa (DE)
corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de
tantos quantos forem os Deputados Federais (DF) acima de doze.
O numero de DF é estabelecido em Lei Complementar de acordo
com a população de cada Estado e DF. Hoje temos 513 DF.
b. RESUMINDO o art. 27 da CF
i. Até 12 DF
DE = 3 x DF
O ACRE tem 8 DF. Então sua Assembleia
Legislativa terá 24 DE (3 x 8)
ii. Mais 12 DF
DE = DF + 24
O Estado de SP tem 70 DF. Então sua
Assembleia Legislativa terá 94 DE (70 + 24)
2. Dos quóruns mínimos
Dos quóruns mínimos para a abertura das Sessões
Artigo 10 - A Assembleia Legislativa funcionará
em sessões públicas, presente
a. nas sessões deliberativas, pelo menos 1/4 de seus membros
Nessas sessões ocorrerá a votação de proposições. Para
a sessão ser aberta, é necessário que estejam presentes
pelo menos 1/4 dos Deputados. No entanto, as matérias
só poderão ser votadas se estiverem presentes, pelos
menos, a MAIORIA ABSOLUTA dos Deputados
Artigo 10, §1º - Salvo disposição constitucional em
contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa e de
suas Comissões serão tomadas por maioria de votos,
presente a maioria absoluta de seus membros
A maioria absoluta corresponde a 48 presentes
Artigo 10, §2º - O voto será público.
b. nas sessões exclusivamente de debates , pelo menos 1/8 de seus membros
Nessas sessões não há deliberação, mas apenas debates
6 - DO PODERLEGISLATIVO - 2
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
11
7 - DO PODER LEGISLATIVO - 3
 �
NOÇÕES
GERAIS
Das Comissões da ALESP
A. Definição São organismos constituídos na ALESP, com número restrito
de membros, cujo objetivo é estudar e examinar proposições e
emitir pareceres relacionados à sua área de atuação
B. Da Previsão da CE-SP
Artigo 13 - A Assembleia Legislativa terá Comissões permanentes e
temporárias, na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno.
Permanentes
São organizadas em função da Matéria, geralmente coincidentes com o campo
funcional das Secretarias do Executivo. Não tem prazo de duração
determinado, permanecendo sua existência mesmo após o fim da Legislatura
Exemplo Comissão de Constituição e Justiça
Temporárias
Essas comissões especiais são criadas para apreciar uma matéria
específica , extinguindo-se com o término da legislatura ou
cumprida a finalidade para a qual foram criadas (Pedro Lenza)
Exemplo Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI
C. Regra para a Composição
das Comissões Artigo 12 - Na constituição da Mesa e das Comissões
assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcional
dos partidos políticos com assento na Assembleia Legislativa.
D. Das Competências Gerais da Comissões
Artigo 13, §1º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
1 - discutir e votar projetos de lei que dispensarem, na forma do Regimento
Interno, a competência do Plenário, salvo se houver, para decisão deste,
requerimento de 1/10 dos membros da Assembleia Legislativa;
2 - convocar Secretário de Estado, sem prejuízo do disposto no artigo 52-A, para prestar
pessoalmente, no prazo de 30 (trinta) dias , informações sobre assunto previamente
determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada;
3 - convocar dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, para prestar informações sobre assuntos
de área de sua competência, previamente determinados, no prazo de trinta dias, sujeitando-se,
pelo não comparecimento sem justificação adequada, às penas da lei;
4 - convocar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do
Estado e o Defensor Público-Geral, para prestar informações a respeito
de assuntos previamente fixados, relacionados com a respectiva área;
5 - acompanhar a execução orçamentária;
6 - realizar audiências públicas dentro ou fora da sede do Poder Legislativo;
7 - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
8 - velar pela completa adequação dos atos do Poder Executivo que regulamentem dispositivos legais;
9 - tomar o depoimento de autoridade e solicitar o de cidadão;
10 - fiscalizar e apreciar programas de obras, planos estaduais,
regionais e setoriais de desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer;
11 - convocar representantes de empresa resultante de sociedade desestatizada e representantes
de empresa prestadora de serviço público concedido ou permitido, para prestar informações
sobre assuntos de sua área de competência, previamente determinados, no prazo de 30 (trinta)
dias, sujeitando-se, pelo não comparecimento sem adequada justificação, às penas da lei.
7 - DO PODER LEGISLATIVO - 3
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
12
8 - DO PODER LEGISLATIVO - 4
 �
NOÇÕES
GERAIS
1. Regras Específicas sobre as CPI
Art. 13, § 2º - Às comissões parlamentares de inquérito aplica-se o seguinte:
a. CRIAÇÃO
são criadas mediante requerimento de 1/3 dos membros dos Deputados
STF MS 24.831 - Por ser uma prerrogativa das minorias, o exercício
do direito constitucional à investigação parlamentar NÃO pode ser
comprometido pelo bloco majoritário, por exemplo, no caso de recusa
intencional de indicação de membros para determinada comissão. Ou
seja, a simples apresentação do requerimento de 1/3 dos membros
é suficiente para a instauração da CPI (Novelino)
STF - MS 24.831 - Cumpridos os requisitos, a criação da CPI é determinada
no ato mesmo de apresentação do requerimento ao Presidente da Casa
Legislativa, independentemente de deliberação Plenária
STF - ADI 3.619 - O modelo federal de criação e instauração das
comissões parlamentares de inquérito constitui matéria a ser
compulsoriamente observada pelas Casas legislativas estaduais
b. FINALIDADE
destinam-se à apuração de fato determinado e por prazo certo;
O fato não precisa ser ÚNICO, mas todos devem ser determinados
c. PODERES
têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros
previstos em lei e no regimento interno da Câmara Legislativa;
Ver o próximo mapa
d. DAS CONCLUSÕES
suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas
aos órgãos competentes do Estado para que promovam a
responsabilidade civil e criminal de quem de direito.
IMPORTANTÍSSIMO
2. Das Comissões Representativas da ALESP
Art. 13, §3º - O Regimento Interno disporá sobre a competência da
Comissão representativa da Assembleia Legislativa que funcionará
durante o recesso, quando não houver convocação extraordinária.
Durante o recesso, como não há funcionamento da ALESP, essa comissão representa a
Casa. Caso haja convocação extraordinária, a MESA da ALESP reassumi a direção da Casa
3. Do Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares
a. Da Finalidade
Criado pela Resolução ALESP 853/2007, tem por finalidade promover, em
colaboração com a Mesa Diretora, a defesa do Poder Legislativo, seus órgãos e
membros, em especial quando atingidos em sua honra e imagem perante a
sociedade, em razão do exercício do mandato ou das suas funções institucionais
b. Das competências
Art. 13, §4º - Aplicam-se ao Conselho de Defesa das Prerrogativas
Parlamentares da Assembleia Legislativa as competências previstas
nos itens 2, 3, 7 e 11 do § 1º deste artigo, para apuração de fatos e
informações estritamente afetos à inobservância ou infringência
das prerrogativas das Deputadas e Deputados.
4. Da Procuradoria da Assembleia Legislativa
Artigo 30 - À Procuradoria da Assembleia Legislativa compete exercer a representação
judicial, a consultoria e o assessoramento técnico-jurídico do Poder Legislativo.
Parágrafo único - Lei de iniciativa da Mesa da Assembleia Legislativa organizará a
Procuradoria da Assembleia Legislativa, observados os princípios e regras pertinentes
da Constituição Federal e desta Constituição, disciplinará sua competência e disporá
sobre o ingresso na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos.
8 - DO PODER LEGISLATIVO - 4
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
13
ADENDO – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – 1
NOÇÕES
GERAIS
1. CPI Federais, Estaduais e Municipais
STF - ACO - 730 - Todas as prerrogativas e vedações das CPI
federais são estendidas às CPI estaduais e distritais
Em face da inexistência de Poder Judiciário municipal, NÃO podem ser
atribuídos a uma CPI instaurada na Câmara Municipal poderes de
investigação próprios de autoridade judicial, sob pena ser atribuída ao
Município uma competência que a Constituição não lhe outorga (Novelino)
2. Outras Considerações
a. Controle Judicial
Uma CPI no âmbito do Congresso Nacional sujeita-se ao controle
judicial, por meio de habeas corpus ou de mandado de segurança ,
diretamente pelo Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, i)
STF - HC 100200 - O fato de o paciente já ter prestado declarações à CPI
não acarreta prejudicialidade do writ quando ainda existir a possibilidade
de futuras convocações para prestação de novos depoimentos
CUIDADO - STF - MS 25.991 - O mandado de segurança não
é meio hábil para questionar relatório parcial de Comissão
Parlamentar de Inquérito, cujo trabalho, presente o § 3º do
artigo 58 da Constituição Federal, deve ser conclusivo
No âmbito estadual e distrital, o controle será realizado
pelo Tribunal de Justiça do Estado ou do DF
b. Contraditório
Aos depoentes NÃO é assegurado o direito ao contraditório,
haja vista a natureza apenas inquisitória (preparatória) das CPI
c. Prejudicialidadede ações perante o STF
STF - MS 23.852 - A jurisprudência do STF, por regra, determina a
prejudicialidade das ações de mandado de segurança e de habeas
corpus, sempre que as CPI vierem a extinguir-se, em virtude da
conclusão de seus trabalhos investigatórios, independentemente
da aprovação, ou não, de seu relatório final
A autoridade coatora sempre
será o Presidente da CPI
ADENDO I - COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - 1
14
ADENDO – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – 2
NOÇÕES
GERAIS
1. As CPI
podem
a. Determinar a quebra de sigilo BANCÁRIO, FISCAL e TELEFÔNICO
STF - MS 25.966 - A quebra de sigilo só será legítimas se for pertinente e imprescindível à investigação,
devidamente fundamentada, limitada no tempo e tomada pela maioria absoluta de seus membros
b. Investigar, simultaneamente, fatos que estejam sendo
investigados pelo Poder Judiciário ou em inquéritos policiais
c. Determinar diligências, perícias e exames que entenderem necessários
Deve ser observado a inviolabilidade domiciliar (art. 5, XII) , uma vez que a busca e apreensão
domiciliar é medida da competência exclusiva do Poder Judiciário (Reserva de Jurisdição)
d. Utilizar-se da polícia judiciária para localizar testemunha cujo endereço seja desconhecido
Em respeito ao princípio da não-incriminação, essa prerrogativa
NÃO alcança o convocado na condição de investigado
e. Convocar particulares e autoridadades públicas para depor
NÃO pode convocar autoridade judicial para depor a respeito de ato de natureza jurisdicional.
Se o ato for administrativo, a autoridade judiciária poderá ser convocada
HC 80.153 - O privilégio de que gozam determinadas autoridades, de no processo
penal, marcar dia e hora, para serem inquiridas deverá ser observado pelas CPI
CUIADO: As CPI não podem mais obrigar o comparecimento,
sendo facultado à parte o comparecimento ou não à CPI.
f. HC 80.240 - Convocar indígena para depor, desde que na sua
comunidade e na presença de representante da FUNAI e de antropólogo
2. As CPI
NÃO
podem
a. Assuntos de competência privativa do Judiciário - Cláusula de Reserva de Jurisdição
i. A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA (escuta telefônica) é de competência restrita
do Poder Judiciário e que somente poderá ser utilizada nos casos de
investigação criminal ou instrução processual penal
ii. Busca e apreensão domiciliar
iii. Decretar a indisponibilidade dos bens, Proibir o afastamento do país
e outras medidas cautelares , como, por exemplo, arresto, sequestro, etc
iv. Determinar qualquer espécie de prisão, ressalvada a prisão em flagrante
O investigado ou testemunha NÃO podem ser presos em flagrante por falso
testemunho nas hipóteses em que a revelação dos fatos possam incriminá-los
b. Publicidade de atos sigilosos
STF - MS 23.452 - Os dados sigilosos obtidos em razão da investigação não podem ser revelados a outrem
c. Investigar fato de interesse público vinculado exclusivamente às atribuições dos
Estados e Municípios, quando não há em torno do mesmo fato interesse simultâneo
da União. A competência, nesses casos, é das respectivas Casas legislativas
d. Desrespeitar o direito ao silêncio e ao sigilo profissional
STF - HC 79.589 - O direito ao silêncio alcança o depoente na condição de
investigado ou na condição de testemunha , independentemente da formalização, ou
não, do compromisso de dizer a verdade, sempre que a resposta possa incriminá-lo
STF - HC 79.812 - O privilégio contra a autoincriminação é plenamente invocável perante as CPIs
e. STF - HC 94.082 - Atingir a honra ou a imagem de depoente, o qual
poderá pleitear judicialmente indenização por danos morais ou materiais,
no caso de prejuízo financeiro advindo de sua exposição pública
f. Impedir a presença do advogado do depoente nas reuniões
g. Oferecer denúncia ao Judiciário, Processar, julgar ou condenar
alguém, uma vez que sua competência é apenas investigatória
Suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores
ADENDO II - COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - 2
15
9 - PODER LEGISLATIVO - 5
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NOÇÕES
GERAIS
1. Definição
O Estatuto dos Deputados é o conjunto de normas que instituem prerrogativas e
proibições aos parlamentares com a finalidade de assegurar a liberdade no exercício
do mandato. Algumas dessas prerrogativas são denominadas IMUNIDADES
2. Das Imunidades
A. Características
a. NÃO se tratam de privilégios pessoais, mas,
sim, garantias decorrentes do cargo ocupado
b. Garantem a independência do Poder Legislativo frente aos outros poderes
c. Fortalecem a Democracia e o Pluralismo Político
d. São IRRENUNCIÁVEIS por parte do parlamentar, uma vez que se referem à
relevância do cargo exercido (ratione muneris) e não à pessoa que o ocupa
e. NÃO são estendidas aos suplentes, salvo se estiverem no exercício do mandato
B. Tipos
a. Materiais
Garantem que os parlamentares não sejam responsabilizados civil
ou penalmente por quaisquer de suas palavras, opiniões e votos
proferidos no exercício do mandato ou em razão dele
b. Formais
i. Em relação à prisão
O parlamentar, desde a expedição do diploma, só poderá ser preso em flagrante de
crime inafiançável ou após trânsito em julgado de decisão penal condenatória
ii. Em relação ao prosseguimento de processo instaurado contra parlamentar
Recebida pelo Judiciário a denúncia contra o parlamentar por crime
ocorrido após sua diplomação, a Casa respectiva receberá uma
comunicação deste órgão e poderá, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros , suspender
a tramitação do processo enquanto durar o mandato do parlamentar
iii. Foro por prerrogativa de função
É a garantia assegurada pela Constituição Federal de os parlamentares
serem julgados pelo Tribunal de Justiça quando da prática de crimes
comuns praticados durante o mandato e em razão dele
C. Dos
parlamentares
beneficiados com
as Imunidades
a. Materiais
i. Senadores, Deputados Federais, Estaduais e Distritais
A imunidade é garantida em todo o território nacional em relação às
palavras, opiniões e votos relacionados com o exercício do mandato
ii. Vereadores
A imunidade só é garantida dentro do território do seu Município
b. Formais
i. Senadores, Deputados Federais, Estaduais e Distritais
A imunidade é garantida, mas, como veremos
adiante, há mitigações na jurisprudência do STF
ii. Vereadores
Em relação à Prisão e ao prosseguimento do processo
STF - HC 94.059 - Os VEREADORES não gozam dessas imunidades.
Em relação ao Foro por prerrogativa de função
STF ADI 2.553 - A CF não prevê prerrogativa de foro para
vereadores. A prerrogativa de foro é uma excepcionalidade e a
Constituição Federal já excepcionou, também nos estados, as
autoridades dos três Poderes com direito a essa prerrogativa. Foi
afastada a interpretação de que o artigo 125, parágrafo 1º, da
Constituição Federal permitiria aos estados estabelecer,
livremente ou por simetria com a União, prerrogativas de foro.
Novidade 2019
Mudança de entendimento
9 - PODER LEGISLATIVO - 5
16
10 - PODER LEGISLATIVO - 6
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NOÇÕES
GERAIS
Da Imunidade Material, Real ou Substantiva
(Inviolabilidades dos Parlamentares)
a. Da Previsão na CE
Art. 14, caput - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos
b. Características
Essa imunidade impede que os parlamentares, NO EXERCÍCIO DO
MANDATO, sejam incriminados civil, penal ou administrativamente pelo
"crimes de opinião" ou de "palavra", tais como Calúnia, Difamação, Injúria.
Essa imunidade persistirá em relação àqueles fatos mesmo após o término do
mandato. Ou seja, ele não responderá, após o término do mandato por
aqueles atos que estavam protegidos pela imunidade durante o mandato
STF – Inq 2.273 - A imunidade Penal é causa EXCLUDENTE DA TIPICIDADE
(Fato típico). Ou seja, sua conduta NÃO é tipificada como crime
c. Da abrangência da Imunidade
O STF vem reduzindo o alcance dessa imunidade, não permitindo que ela sejautilizada para acorbertar a prática deliberada de crimes ou insultos irrazoados
STF - HC 115.397 - O mandato parlamentar não implica, por si só,
imunidade. Há de apreciar-se o nexo entre as ideias expressadas e
as atribuições próprias à representação do povo brasileiro.
STF Pet 5.714 AgR - A imunidade parlamentar não contempla ofensas
pessoais, via achincalhamentos ou licenciosidade da fala . Garante,
contudo, modelo de expressão não protocolar, ou mesmo desabrido,
em manifestações muitas vezes ácidas, jocosas, mordazes, ou até
impiedosas, em que o vernáculo contundente, ainda que acaso
deplorável no patamar de respeito mútuo a que se aspira em uma
sociedade civilizada, embala a exposição do ponto de vista do orador
STF Pet 5.705 - A imunidade parlamentar material, estabelecida para fins de
proteção republicana ao livre exercício do mandato, NÃO confere aos
parlamentares o direito de empregar expediente fraudulento, artificioso
ou ardiloso, voltado a alterar a verdade da informação, com o fim de
desqualificar ou imputar fato desonroso à reputação de terceiros.
10 - PODER LEGISLATIVO - 6
17
11 - PODER LEGISLATIVO - 7
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NOÇÕES
GERAIS
Da Imunidade Material, Real ou Substantiva (Inviolabilidades dos Parlamentares)
A. Da abrangência da Imunidade
a. Atos praticados dentro da Casa Legislativa
i. Regra
STF - Pet 3.686 - Qualquer manifestação dentro dos recintos das Casas
Legislativas tem PRESUNÇÃO ABSOLUTA de pertinência com o
exercício do Mandato, sendo amparado com a Imunidade. Desnecessário,
nesse caso, perquirir sobre a pertinência entre o teor das afirmações
supostamente contumeliosas e o exercício do mandato parlamentar
ii. Exceção
STF Pet 5.243 - Mudança de entendimento - Caso Jair Bolsonaro x Maria do
Rosário - O fato de o parlamentar estar em seu gabinete no momento em
que concedeu a entrevista é fato meramente acidental, já que não foi ali
que se tornaram públicas as ofensas, mas sim através da imprensa e da
internet. A Corte entendeu que como a ofensa se deu em entrevista divulgada
na imprensa, equipara-se essa manifestação a um ato externo à Casa e que, no
caso, a fala do Deputado não tinha, na visão da Corte, relação com o mandato
b. Atos praticados fora da Casa Legislativa
i. Regra
STF Pet 5.243 - Os atos praticados em local distinto escapam à proteção da
imunidade, quando as manifestações não guardem pertinência, por um nexo
de causalidade, com o desempenho das funções do mandato parlamentar
ii. Exceção
STF Pet 5.243 - As manifestações realizadas fora do Congresso só
serão amparadas pela imunidade se forem realizadas no desempenho
do Mandato (in officio) ou em razão do mesmo (propter officium)
STF – RE 210.917 - A garantia constitucional da imunidade parlamentar material
também estende o seu manto protetor (1) às entrevistas jornalísticas, (2) à
transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios
produzidos nas Casas Legislativas (3) manifestações em redes sociais
B. Da quebra de decoro parlamentar
Apesar de não responder civil e penalmente, o parlamentar poderá
responder politicamente perante sua Casa Legislativa por QUEBRA DE
DECORO PARLAMENTAR, podendo, inclusive, sofrer a cassação do mandato
11 - PODER LEGISLATIVO - 7
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12 - PODER LEGISLATIVO - 8
NOÇÕES
GERAIS
Imunidade Formal em relação à Prisão
A. Previsão na CE
Art. 14, §2º - Desde a expedição do diploma , os membros da Assembleia
Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Assembleia Legislativa,
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão
O diploma é o documento expedido pela Justiça Eleitoral que reconhece a
validade de sua eleição, sem o qual não poderá tomar posse no seu cargo
B. Objeto da Imunidade
a. Regra O Parlamentar, desde a expedição do Diploma, NÃO poderá ser preso
b. Exceções - Hipóteses em que a prisão do Parlamentar é possível
i. Flagrante de crime inafiançável
I. Considerações
Não é possível a prisão preventiva ou temporária de Deputado Estadual,
Deputado Federal ou Senador porque a única prisão cautelar que o art.
53, § 2º da CF/88 admite é a prisão em flagrante de crime inafiançável
II. Dos procedimentos a serem observados com a prisão em flagrante
Os autos serão remetidos dentro de 24 (vinte e quatro) horas à Casa respectiva
A Casa, pelo voto ABERTO da maioria de seus membros, resolverá sobre a prisão
Se a Casa NÃO autorizar a formação de culpa, o Congressista será imediatamente
posto em liberdade, INDEPENDENTEMENTE DA GRAVIDADE DA CONDUTA
O voto NÃO é mais SECRETO, como era antes da EC 35/01
III. Da mesma regra quando da aplicação de outras medidas cautelares
STF - ADI 5.526 - O Poder Judiciário dispõe de competência para impor, por
autoridade própria , as medidas cautelares a que se refere o art. 319 do CPP. Caso isso
ocorra, será encaminhada à Casa respectiva, para os fins a que se refere art. 53, § 2º, da
CF, a decisão que houver aplicado medida cautelar sempre que a execução desta
impossibilitar direta ou indiretamente o exercício regular do mandato legislativo
ii. Condenação por sentença penal condenatória transitada em julgado
Essa é a situação em que qualquer pessoa no Brasil pode ser presa
C. Dos Crimes praticados
antes da Diplomação
Com a expedição do Diploma, a prisão NÃO poderá mais
ser determinada, senão depois do trânsito em julgado
D. O caso dos crimes
praticados após o
fim do mandato
por Ex Deputados
Após o fim do mandato os Ex- parlamentares perdem essa
prerrogativa, ficando sujeitos a todas as medidas penais, sem
exceção, inclusive prisões temporárias e preventivas
STF - ADI 1.828-MC - É inconstitucional preceito previsto em
Constituição Estadual que outorga a ex-parlamentares a imunidade do
Deputado Estadual à prisão e o seu foro por prerrogativa de função,
além de vedar, em relação aos mesmos antigos mandatários, qualquer
restrição de caráter policial quanto à inviolabilidade pessoal e patrimonial
Origem no
Direito inglês -
Freedom from
arrest
12 - PODER LEGISLATIVO - 8
19
13 - PODER LEGISLATIVO - 9
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NOÇÕES
GERAIS
Imunidade Formal em relação ao Prosseguimento do Processo
A. Previsão na CE
Art. 14, § 3º - Recebida a denúncia contra Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Tribunal de Justiça dará ciência
à Assembleia Legislativa que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros,
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação
B. Momento a partir do qual os
congressitas adquirem essa Imunidade
Desde a EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA pela justiça Eleitoral
C. Objeto da Imunidade
a. Se o crime foi cometido ANTES DA DIPLOMAÇÃO ,
o processo NÃO poderá ser sustado
STF - AC 700-AgR - Isso se aplica, inclusive, em relação aos crimes
cometidos no Mandato Anterior, cujos processos só podem ser
sustados durante a legislatura em que os crimes foram praticados
Antes da decisão proferida na AP 937, os processos
relativos a crimes cometidos antes da Diplomação, por
causa da prerrogativa de foro, eram encaminhados para o
TJ-SP. A partir desta decisão, eles continuam no órgão
originário, já que agora o foro no TJ-SP só se aplica ao fatos
que ocorrerem durante o mandato, e em função do cargo.
b. Se o crime for praticado APÓS A DIPLOMAÇÃO é possível que a
ALESP suste a tramitação do processo contra os Deputados
Hoje, o TJ-SP NÃO precisa de autorização para iniciar o processo
contra os Congressistas. Antes da EC 35/01, para que o TJ-SP pudesse
processar um parlamentar era necessária a autorização da Casa
respectiva - Licença Prévia. No entanto, apesar de não precisar mais
da licença, a tramitação do processo poderá ser sustada pela ALESP
13 - PODER LEGISLATIVO - 9
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14 - PODER LEGISLATIVO - 10
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NOÇÕES
GERAIS
Imunidade Formal em relação ao Prosseguimento do Processo
Procedimento para sustação conforme previsto na CE
a. Art. 14, § 3º - Do Recebimento da Denúncia pelo TJ-SP
Recebida a denúncia contra Deputado, por crime
ocorridoapós a diplomação, o Tribunal de Justiça
dará ciência à Assembleia Legislativa
b. Art. 14, § 3º - Possibilidade de Sustação da Ação
Por iniciativa de partido político nela representado
e pelo voto da maioria de seus membros, poderá,
até a decisão final, sustar o andamento da ação
Só estes possuem legitimidade para, em qualquer prazo, desde
que antes da decisão final do TJ-SP, propor a sustação da ação
c. Art. 14, § 4º - Prazo limite para apreciação, pela
Casa, do pedido de sustação do andamento da
ação feito por partido político da Casa
O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia
Legislativa no prazo improrrogável de 45 dias do seu
recebimento pela Mesa Diretora
d. Art. 14, § 5º - Influência da sustação
da ação sobre o Prazo Prescricional
A sustação do processo suspende a
prescrição , enquanto durar o mandato
Significa que, findo o MANDATO, o processo, em
regra, será encaminhado para a Justiça Comum e a
prescrição voltará a correr contra os parlamentares
14 - PODER LEGISLATIVO - 10
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15 - PODER LEGISLATIVO - 11
 
NOÇÕES
GERAIS
Foro por Prerrogativa de Função no TJ-SP
A. Definição
Consiste na garantia de os parlamentares serem julgados originariamente no
TJ-SP quando da prática de crimes comuns relacionados com o mandato
B. Previsão na CE
Art. 14, § 1º - Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão
submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça
C. Natureza dos crimes que estão sujeitos ao foro especial
A prerrogativa de foro refere-se, apenas, a causas de natureza penal. Os
congressistas NÃO possuem prerrogativa de foro em relação às ações de
natureza civil. Nestes casos serão julgados na Justiça Comum a ação
popular, a ação de improbidade administrativa, as ações civil públicas, etc
A locução crimes comuns , no entendimento do STF, alcança todas as
modalidades de infrações penais, inclusive os crimes dolosos contra a vida
e alcançando, até mesmo, as próprias contravenções penais (Novelino)
D. Considerações sobre o período de cometimento do crime
a. Crimes Cometidos antes da Diplomação
Não há mais foro para Deputados. Antes da AP 937, os
processos contra essas autoridades "subiam" para o TJ-SP
b. Desde a DIPLOMAÇÃO até fim do Mandato
STF AP 937 - Mudança de entendimento do STF em 2017 - Mutação Constitucional
- Deputados Federais e senadores somente devem responder a processos criminais no
STF se os fatos imputados a eles ocorrerem durante o mandato, e em função do
cargo. Nos demais casos, será julgado como qualquer outra pessoa
STF AP 568 - Findo o mandato sem o julgamento pelo STF, os autos serão, em regra
encaminhados à Justiça Comum para prosseguimento da ação. No entanto, se já
tiver sido finalizada a instrução no STF, a competência da Corte será mantida
c. Crimes cometidos após o encerramento do Mandato
STF - Súmula 451 - A competência especial por prerrogativa de função NÃO se
estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional
STF - ADI 1.828-MC - É inconstitucional preceito previsto em Constituição Estadual que
outorga a ex-parlamentares a imunidade do Deputado Estadual à prisão e o seu foro por
prerrogativa de função , além de vedar, em relação aos mesmos antigos mandatários,
qualquer restrição de caráter policial quanto à inviolabilidade pessoal e patrimonial
IMPORTANTÍSSIMO -
Por analogia se aplica
aos Deputados
Estaduais, com a
diferença que o foro
deles é o TJ-SP
15 - PODER LEGISLATIVO - 11
22
16 - PODER LEGISLATIVO - 12
NOÇÕES
GERAIS
Regras sobre o Foro por Prerrogativa de Função
(aplicação por analogia no âmbito estadual)
a. Da extensão do foro aos suplentes
STF – Inq (AgR) 2.421 - A prerrogativa de foro conferida aos membros
do Congresso Nacional somente se estenderá ao respectivo suplente
no caso de efetivo exercício da atividade parlamentar . Nesta
hipótese, havendo o retorno do titular do cargo, o suplente perde o
direito de ser investigado, processado e julgado no STF (Novelino)
b. Crimes praticados em concurso com
pessoas que NÃO são congressistas
STF, Inq. 1.107 - Via de regra, devido aos princípios da continência
ou conexão , o corréu será julgado pelo STF juntamente com o
parlamentar, havendo, portanto, atração de foro
STF - Súmula 704 - NÃO viola as garantias do juiz natural,
da ampla defesa e do devido processo legal a atração por
continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados
NO ENTANTO, se a Casa respectiva suste o processo contra o
congressista, isso NÃO aproveitará ao corréu. Nesse caso, o processo
será desmembrado e o corréu deverá ser julgado pela justiça comum
c. Competência do STF para autorizar diligências contra parlamentares
STF Rcl 511 - O STF, sendo o juiz natural dos membros do
Congresso Nacional nos processos penais condenatórios , é o
único órgão judiciário competente para ordenar toda e qualquer
providência necessária à obtenção de dados probatórios
essenciais à demonstração de alegada prática delituosa, inclusive a
decretação da quebra de sigilo bancário dos congressistas
STF – Pet 3.825 QO/MT - A Polícia Federal NÃO está autorizada a abrir,
sem autorização do STF, inquérito policial para apurar a conduta de
parlamentares federais ou do próprio Presidente da República
STF - Inq 2.411 - A autoridade policial NÃO pode, sequer, indiciar
o agente político sem autorização do foro especial - STF
16 - PODER LEGISLATIVO - 12
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17 - PODER LEGISLATIVO - 13
NOÇÕES
GERAIS
Outras garantias dos Parlamentares
A. Incorporação às Forças Armadas
Art. 17, § 7º - A incorporação às Forças Armadas de Deputados
e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra,
dependerá de prévia licença da Casa respectiva
B. Da Subsistência das Imunidades durante o Estado de Sítio
Art. 14, § 8º As imunidades de Deputados subsistirão durante o
estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de
2/3 dos membros da Casa respectiva , nos casos de atos
praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam
incompatíveis com a execução da medida.
C. Da Desobrigação de testemunhar
Art.17, § 6º - Os Deputados e Senadores
NÃO serão obrigados a testemunhar sobre :
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato
As pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações
D. Dos subsídios dos Deputados e da declaração de bens
a. Da fixação dos subsídios
Art. 18 - O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei
de iniciativa da Assembleia Legislativa , na razão de, no
máximo, 75% daquele estabelecido, em espécie, para os
Deputados Federais, observado o que dispõem os artigos 39, §
4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal
b. Da declaração pública de bens
Art. 18, Parágrafo único - Os Deputados farão declaração
pública de bens, no ato da posse e no término do mandato
17 - PODER LEGISLATIVO - 13
24
18 - PODER LEGISLATIVO - 14
NOÇÕES
GERAIS
1. Dos Afastamentos do Poder Legislativo
A. Da previsão na CF
Art. 17 - Não perderá o mandato o Deputado
I - investido no cargo de
i. Ministro de Estado
ii. Governador de Território
iii. Secretário de Estado, do Distrito Federal,
de Território, de Prefeitura de Capital
iv. Chefe de missão diplomática temporária
Art. 17, § 3º - Nesses casos o Parlamentar poderá
optar pela remuneração do mandato PARLAMENTAR
II - licenciado pela respectiva Casa
i. Por motivo de doença
ii. Para tratar, sem remuneração , de interesse particular desde que, neste
caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa
B. Segundo o STF, a licença parlamentar para ocupar
outros cargos tem as seguintes implicações
As imunidades material e formais são suspendidas
STF MS - 25.579 - O afastamento para o exercício de cargo no Poder
Executivo NÃO impede a instauração de processo disciplinar devido a quebra
de Decoro Parlamentar. Exige-se que, mesmo afastado do exercício do cargo,
o congressista mantenha o Decoro Parlamentar, sob pena de perda do cargo
2. Dos Suplentes
A. Da convocação dos suplentes
Art. 17, § 1º -O suplente será convocado nos casos de vaga , de investidura em
funções previstas no inciso I acima ou de licença superior a 120 (cento e vinte) dias.
STF MS 34.777 - Nas hipóteses de renúncia e afastamento de parlamentar,
deve ser empossado no cargo eletivo, como suplente, o candidato mais votado
na lista da coligação, e não do partido a que pertence o parlamentar eleito
STF – Inq. (AgR) 2.453 - As imunidades NÃO são estendidas
aos suplentes, EXCETO quando no efetivo exercício da função,
por exemplo, substituindo Deputado doente
B. Da nova eleição no caso de NÃO haver suplente
Art. 56, § 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente,
far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de
15 (quinze) meses para o término do mandato
18 - PODER LEGISLATIVO - 14
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
25
19 - PODER LEGISLATIVO - 15
NOÇÕES
GERAIS
Das incompatibilidades
a. Definição
São vedações ao exercício de determinadas atividades ou ao exercício
simultâneo de certos cargos, funções ou empregos públicos remunerados com
o objetivo de manter sua independência no exercício da função parlamentar
Os suplentes NÃO se submetem a essas incompatibilidades,
EXCETO quando substituírem o titular do mandato
Art. 16, I e § 2º - Caso desobedeça alguma dessas restrições,
o parlamentar poderá ter seu mandato cassado ou extinto
b. Hipóteses
Art. 16 - Os Deputados NÃO poderão
I - desde a
expedição
do diploma
a) firmar ou manter contrato, SALVO quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes , com
i. pessoa jurídica de direito público
ii. autarquia
iii. empresa pública
iv. sociedade de economia mista ou
v. empresa concessionária de serviço público
Incompatibilidade Contratual
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado ,
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum" (cargos em
comissão), nas entidades constantes da alínea anterior
Incompatibilidade Funcional
II - desde
a posse
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa
que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica
de direito público, ou nela exercer função remunerada
Incompatibilidade Profissional
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis
"ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"
Incompatibilidade Funcional
c) patrocinar causa em que seja interessada
qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"
Incompatibilidade Profissional
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo
Incompatibilidade Política
19 - PODER LEGISLATIVO - 15
26
20 - PODER LEGISLATIVO - 16
NOÇÕES
GERAIS
Das hipóteses em que o Parlamentar poderá perder o cargo - MAPA 1
Das situações que dependem de decisão da respectiva Casa - Natureza Constitutiva
a. Da previsão na CE
Art. 16 - Perderá o mandato o Deputado
I - que infringir qualquer das incompatibilidades estabelecidas no artigo anterior
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar
Art. 16, § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar ,
além dos casos definidos no regimento interno
i. o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional
ii. a percepção de vantagens indevidas
STF MS 24.458 - O Supremo Tribunal Federal entende que a Constituição consagra o
princípio da unidade da legislatura , segundo o qual, uma vez encerrada a legislatura,
pelo transcurso do período de quatro anos, encerram-se automaticamente os
processos e trabalhos realizados durante sua vigência. Com isso, as Comissões
Parlamentares de Inquérito instauradas em dada legislatura automaticamente são
extintas ao se atingir seu termo final. Do mesmo modo, os projetos de lei em trâmite
na Casa devem ser arquivados ao final da legislatura, salvo aqueles especificamente
ressalvados no regimento interno da Casa, que não são afetados pelo transcurso do
quadriênio legislativo. Entretanto, o princípio em apreço não impede a instauração
de processo administrativo-disciplinar, com vistas à cassação do mandato
parlamentar, em virtude de falta de decoro parlamentar praticada na legislatura
anterior. Desse modo, estará sujeito a processo disciplinar, do qual poderá resultar a
perda do mandato atual, aquele que já era titular de mandato na legislatura
antecedente e nela se conduziu de forma contrária ao decoro parlamentar.
STF - MS 25579 - O parlamentar, investido temporária e precariamente no
cargo de Ministro de Estado, por não ter perdido a condição de
parlamentar, sujeita-se a processo disciplinar perante a respectiva casa
legislativas se praticar ato que configure quebra de decoro parlamentar
STF - MS 25.647 - Por tratar-se de ato disciplinar de competência privativa da Casa
Legislativa respectiva (interna corporis), NÃO competirá ao Poder Judiciário decidir
sobre o mérito da tipicidade da conduta do parlamentar nas previsões regimentais
caracterizadoras da falta de decoro parlamentar ou mesmo sobre o acerto da decisão,
desde que garantido o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado
STF AP 996 - A perda do mandato nos casos de condenação criminal transitada em
julgado, em se tratando de deputados e senadores, regrada pelo art. 55, § 2º, da Lei Maior,
não é automática. Depende de decisão da respectiva Casa, nos termos do art. 55, § 2º
b. Procedimento para CASSAÇÃO do mandato
Art. 16, § 2º Nesses casos , a perda do mandato será decidida pela Assembleia Legislativa,
por votação nominal e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou
de partido político representado no Legislativo , assegurada ampla defesa.
20 - PODER LEGISLATIVO - 16
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21 - PODER LEGISLATIVO - 17
NOÇÕES
GERAIS
1. Das hipóteses em que o Parlamentar poderá perder o cargo - MAPA 2
Das situações que dependem de declaração
da respectiva Casa - Natureza Declaratória
a. Da previsão na CE
Art. 16 - Perderá o mandato o Deputado
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa,
à terça-parte (1/3) das sessões ordinárias, salvo licença
ou missão autorizada pela Assembleia Legislativa
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral,
nos casos previstos nesta Constituição
b. Procedimento para EXTINÇÃO do mandato
Art. 16, § 3º - A perda será declarada pela Mesa , de ofício ou mediante
provocação de qualquer dos membros da Assembleia Legislativa ou de
partido político nela representado , assegurada ampla defesa
2. Da renúncia do cargo por parlamentar submetido a processo que vise ou
possa levá-lo à perda do mandato - Previsão na Constituição Federal
Art. 55, § 4º - A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa
levar à perda do mandato terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais
A renúncia fica sujeita à condição suspensiva , só produzindo efeitos se a decisão
final NÃO concluir pela perda do mandato (Art. 1º, Decreto Legislativo n. 16/1994)
LC 64/1990 - Art. 1º, I, b - Se o membro do Congresso perder o mandato por
infringência dos incisos I e II do art. 55 da CF, ficará inelegível para as eleições
que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual
foram eleitos e nos 8 anos subseqüentes ao término da legislatura
21 - PODER LEGISLATIVO - 17
 
28
22 - PODER LEGISLATIVO - 18
NOÇÕES
GERAIS
Das competências da ALESP que serão tratadas por Lei e
que, portanto, dependem da Sanção do Governador
Artigo 19 - Compete à Assembleia Legislativa, com a
sanção do Governador, dispor sobre todas as matérias
de competência do Estado, e especialmente sobre:
I - sistema tributário estadual, instituição de impostos,
taxas, contribuições de melhoria e contribuição social;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento
anual, operações de crédito, dívida pública e empréstimos
externos, a qualquer título, pelo Poder Executivo;
III - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções públicas, observado o que estabelece o artigo 47, XIX, “b”
Art. 47 - Compete privativamente ao Governador
XIX - dispor, mediante decreto, sobre:a) organização e funcionamento da administração
estadual, quando não implicar aumento de despesa,
nem criação ou extinção de órgãos públicos
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos
Esse é o Decreto Autônomo
IV - autorização para a alienação de bens imóveis do Estado ou
a cessão de direitos reais a eles relativos, bem como o
recebimento, pelo Estado, de doações com encargo, não se
considerando como tal a simples destinação específica do bem;
V - autorização para cessão ou para concessão de uso de bens
imóveis do Estado para particulares, dispensado o consentimento
nos casos de permissão e autorização de uso, outorgada a título
precário, para atendimento de sua destinação específica;
VI - criação e extinção de Secretarias de
Estado e órgãos da administração pública
VII - bens do domínio do Estado e proteção do patrimônio público;
VIII - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público,
da Defensoria Pública e da Procuradoria Geral do Estado;
IX - normas de direito financeiro
22 - PODER LEGISLATIVO - 18
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
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23 - PODER LEGISLATIVO - 19
NOÇÕES
GERAIS
Das competências exclusivas da ALESP que serão tratadas
por Decreto Legislativo ou Resolução e que, portanto,
independem da Sanção do Governador (Artigo 20)
I - eleger a Mesa e constituir as Comissões;
II - elaborar seu Regimento Interno;
III - dispor sobre a organização de sua Secretaria, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IV - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador eleitos e
conceder-lhes licença para ausentar-se do Estado, por mais de 15 dias;
V - apresentar projeto de lei para fixar, para cada exercício
financeiro, os subsídios do Governador, do Vice-Governador,
dos Secretários de Estado e dos Deputados Estaduais;
VI - tomar e julgar, anualmente , as contas prestadas pela Mesa da
Assembleia Legislativa, pelo Governador e pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, respectivamente, do Poder Legislativo, do Poder Executivo e do Poder
Judiciário, e apreciar os relatórios sobre a execução dos Planos de Governo;
STF ADI 849 - Na verdade quem julga as contas da
Mesa da ALESP é o Tribunal de Contas do Estado
XXVI - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas.
VII - decidir, quando for o caso, sobre intervenção estadual em Município;
VIII - autorizar o Governador a efetuar ou contrair
empréstimos, salvo com Município do Estado, suas
entidades descentralizadas e órgãos ou entidades federais;
IX - sustar os atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar;
X - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo,
inclusive os da administração descentralizada;
XI - escolher dois terços (4 membros) dos membros do Tribunal
de Contas do Estado, após arguição em sessão pública
XII - aprovar previamente, após argüição em sessão pública, a
escolha dos titulares dos cargos de Conselheiros do Tribunal de
Contas, indicados pelo Governador do Estado (3 membros);
XIII - suspender, no todo ou em parte, a execução de lei ou ato normativo
declarado inconstitucional em decisão irrecorrível do Tribunal de Justiça;
Continua no próximo mapa
23 - PODER LEGISLATIVO - 19
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
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24 - PODER LEGISLATIVO - 20
NOÇÕES
GERAIS
Das competências exclusivas da ALESP que serão tratadas
por Decreto Legislativo ou Resolução e que, portanto,
independem da Sanção do Governador (Artigo 20)
XIV - convocar Secretários de Estado, dirigentes, diretores e
Superintendentes de órgãos da administração pública indireta e fundacional
e Reitores das universidades públicas estaduais para prestar, pessoalmente,
informações sobre assuntos previamente determinados, no prazo de trinta
dias, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificativa;
XV - convocar o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e o Defensor
Público- Geral, para prestar informações sobre assuntos previamente determinados, no
prazo de 30 dias , sujeitando-se às penas da lei, na ausência sem justificativa;
XVI - requisitar informações dos Secretários de Estado, dirigentes, diretores e
superintendentes de órgãos da administração pública indireta e fundacional, do
Procurador-Geral de Justiça, dos Reitores das universidades públicas estaduais e dos
diretores de Agência Reguladora sobre assunto relacionado com sua pasta ou
instituição, importando crime de responsabilidade não só a recusa ou o não
atendimento, no prazo de trinta dias, bem como o fornecimento de informações falsas
XVII - declarar a perda do mandato do Governador;
XVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito,
exceto nos casos previstos nesta Constituição;
XIX - autorizar ou aprovar convênios, acordos ou contratos de que
resultem para o Estado encargos não previstos na lei orçamentária;
XX - mudar temporariamente sua sede;
XXI - zelar pela preservação de sua competência legislativa
em face da atribuição normativa de outros Poderes;
XXII - solicitar intervenção federal, se necessário,
para assegurar o livre exercício de suas funções;
XXIII - destituir o Procurador-Geral de Justiça, por
deliberação da maioria absoluta de seus membros;
XXIV - solicitar ao Governador, na forma do Regimento Interno, informações
sobre atos de sua competência privativa, bem como ao Presidente do Tribunal
de Justiça, informações de natureza eminentemente administrativa
XXV - receber a denúncia e promover o respectivo processo, no caso de crime
de responsabilidade do Governador do Estado - Dispositivo Inconstitucional
STF - SV 46 - A definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento são da competência legislativa privativa da União.
A Lei do Impeacheament (1.079/50) define que o órgão que julgará
o Governador por crime de responsabilidade é um tribunal especial
composto por Deputados e Desembargadores. Lembre-se, por
outro lado, que o foro do Governador no crime comum é no STJ
24 - PODER LEGISLATIVO - 20
PROFESSOR ISMAEL NORONHA
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 QUESTÕES DE PROVA – MAPAS 5 A 24
02. (VUNESP/2018) Considerando o disposto na 
Constituição do Estado de São Paulo, assinale 
a alternativa correta a respeito da inviolabili-
dade dos Deputados Estaduais.
(A) Os Deputados são invioláveis por quais-
quer de suas opiniões, palavras e votos, 
exceto no âmbito penal.
(B) Os Deputados, desde a expedição do diplo-
ma, serão submetidos a julgamento peran-
te o Superior Tribunal de Justiça.
(C) Os Deputados não serão obrigados a tes-
temunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato.
(D) Desde a eleição, os membros da Assem-
bleia Legislativa não poderão ser presos, 
salvo em flagrante de crime inafiançável.
(E) As imunidades dos Deputados não subsis-
tirão durante o Estado de Sítio ou em caso 
de decretação de calamidade pública.
03. (FCC/2012) Determinada Comissão da Assem-
bleia Legislativa do Estado de São Paulo con-
vocou Secretário de Estado para prestar pes-
soalmente, no prazo de trinta dias, informações 
sobre assunto previamente determinado. Con-
soante previsto na Constituição do Estado de 
São Paulo, a ausência injustificada do Secretário
(A) importará infração disciplinar passível de 
suspensão de até quinze dias.
(B) importará crime de responsabilidade.
(C) importará crime comum.
(D) não acarretará qualquer consequência.
(E) importará contravenção penal.
04. (FCC/2012) Nos termos da Constituição do Es-
tado de São Paulo, no que concerne às Comis-
sões Parlamentares de Inquérito, é INCORRETO 
afirmar que
(A) serão criadas mediante requerimento de um 
quinto dos membros da Assembleia Legislativa.
(B) terão poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros pre-
vistos no Regimento Interno.
(C) se destinam à apuração de fato determinado.
(D) serão criadas por prazo certo.
(E) terão suas conclusões, quandofor o caso, 
encaminhadas aos órgãos competentes do 
Estado para que promovam a responsabili-
dade civil e criminal de quem de direito.
05. (FCC/2012) Considere a seguinte situação hipoté-
tica: João foi eleito membro da Mesa da Assem-
bleia Legislativa do Estado de São Paulo para o 
biênio 2010/2011. Ao final do exercício, João pre-
tendeu sua recondução ao mesmo cargo na elei-
ção imediatamente subsequente. Nos termos da 
Constituição do Estado de São Paulo, é
(A) permitida, em qualquer hipótese, a recon-
dução para o mesmo cargo.
(B) permitida apenas uma recondução para o 
mesmo cargo, desde que na eleição ime-
diatamente subsequente.
(C) vedada a recondução para o mesmo car-
go em qualquer hipótese, e não apenas na 
eleição imediatamente subsequente.
(D) permitida, por duas vezes subsequentes, a 
recondução para o mesmo cargo.
(E) vedada a recondução para o mesmo cargo 
na eleição imediatamente subsequente.
06. (FCC/2012) Conforme dispõe a Constituição do 
Estado de São Paulo, a Assembleia Legislativa 
funcionará em sessões públicas, presente, nas 
sessões deliberativas, pelo menos
(A) um quinto de seus membros e, nas sessões 
exclusivamente de debates, pelo menos 
um décimo de seus membros.
(B) um quinto de seus membros e, nas sessões 
exclusivamente de debates, pelo menos 
um oitavo de seus membros.
(C) um quarto de seus membros e, nas sessões 
exclusivamente de debates, pelo menos 
um oitavo de seus membros.
(D) metade de seus membros e, nas sessões 
exclusivamente de debates, pelo menos 
um décimo de seus membros.
(E) um quarto de seus membros e, nas sessões 
exclusivamente de debates, pelo menos 
um décimo de seus membros.
07. (FCC/2012) Nos termos da Constituição do Es-
tado de São Paulo, com relação ao Poder Legis-
lativo, é correto afirmar que
(A) na sessão legislativa extraordinária, não se 
admite que a Assembleia Legislativa delibe-
re sobre tema diverso do qual foi convocada.
(B) o Poder Legislativo é exercido pela Assem-
bleia Legislativa, constituída de Deputados, 
eleitos e investidos na forma da legislação 
federal, para uma legislatura de oito anos.
(C) a convocação extraordinária da Assembleia 
Legislativa poderá ser feita pelo Governa-
dor tão somente em caso de urgência.
32
(D) a Assembleia Legislativa reunir-se-á, em 
sessão legislativa anual, independente-
mente de convocação, de 1° de fevereiro a 30 
de junho e de 1° de agosto a 15 de dezembro.
(E) salvo disposição constitucional em contrá-
rio, as deliberações da Assembleia Legis-
lativa e de suas Comissões serão tomadas 
por maioria de votos, presente a maioria 
relativa de seus membros.
08. (FCC/2012) Nos termos da Constituição do Es-
tado de São Paulo, a Assembleia Legislativa 
terá Comissões permanentes e temporárias, 
na forma e com atribuições previstas no Regi-
mento Interno. Às comissões, em razão da ma-
téria de sua competência, cabe:
I – acompanhar execução orçamentária.
II – realizar audiências públicas dentro ou fora 
da sede do Poder Legislativo.
III – Iconvocar o Defensor Público Geral, para 
prestar informações a respeito de assuntos 
previamente fixados, relacionados com a 
respectiva área.
IV – fiscalizar e apreciar programas de obras, 
planos estaduais, regionais e setoriais de de-
senvolvimento e, sobre eles, emitir parecer.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, III e IV, apenas.
(C) I, II, III e IV.
(D) III, apenas.
(E) II e IV, apenas
09. (FCC/2010) Em atenção à Constituição do Esta-
do de São Paulo, a Assembleia Legislativa terá 
Comissões permanentes e temporárias, na for-
ma e com as atribuições previstas no Regimen-
to Interno, sendo que às comissões, em razão 
da matéria de sua competência, cabe
(A) discutir e votar projetos de lei que dispensa-
rem, na forma do Regimento Interno, a com-
petência do Plenário, salvo se houver, para 
decisão deste, requerimento de um décimo 
dos membros da Assembleia Legislativa.
(B) convocar Secretário de Estado para prestar 
pessoalmente, no prazo de quinze dias, infor-
mações sobre assunto previamente determi-
nado, importando crime de responsabilidade 
a ausência sem justificação adequada.
(C) convocar dirigentes de fundações insti-
tuídas pelo Poder Público para prestar in-
formações sobre assuntos de área de sua 
competência, previamente determinados, 
no prazo de quinze dias, sujeitando-se, 
pelo não comparecimento sem justificação 
adequada, às penas da lei.
(D) convocar o Defensor Público Geral para 
prestar informações a respeito de assuntos 
relacionados com a respectiva área, sendo 
dispensável que sejam previamente fixados.
(E) convocar representantes de empresa re-
sultante de sociedade desestatizada para 
prestar informações sobre assuntos de 
sua área de competência, previamente de-
terminados, no prazo de quinze dias, sujei-
tando-se, pelo não comparecimento sem 
adequada justificação, às penas da lei.
10. (FCC/2013) Camila, Sofia e Expedito são De-
putados da Assembleia Legislativa do Estado 
de São Paulo. Camila foi investida na função 
de Ministra de Estado; Sofia foi investida na 
função de Secretária de Estado e Expedito foi 
investido na função de Prefeito da capital do 
Estado de São Paulo. Nestes casos, segundo a 
Constituição do Estado de São Paulo,
(A) somente Expedito, perderá o mandato 
de Deputado.
(B) Camila, Sofia e Expedito, perderão o man-
dato de Deputado.
(C) Camila, Sofia e Expedito, não perderão o 
mandato de Deputado.
(D) somente Sofia perderá o mandato de Deputada.
(E) somente Camila e Expedito, perderão o 
mandato de Deputado.
11. (FCC/2013) Com relação à Organização do Po-
der Legislativo, considere:
I – A Assembleia Legislativa funcionará em ses-
sões públicas, presente, nas sessões delibera-
tivas, pelo menos um quarto de seus membros 
e, nas sessões exclusivamente de debates, 
pelo menos um oitavo de seus membros.
II – Os membros da Mesa e seus substitutos serão 
eleitos para um mandato de dois anos, sendo 
que a eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, 
pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa.
III – ISalvo disposição constitucional em contrá-
rio, as deliberações da Assembleia Legislati-
va e de suas Comissões serão tomadas por 
maioria de votos, presente a maioria absolu-
ta de seus membros.
IV – É vedada a existência de Comissões Temporá-
rias na Assembleia Legislativa, sendo prevista 
33
constitucionalmente somente a existência de 
Comissões Permanentes, na forma e com as 
atribuições previstas no Regimento Interno.
Nos termos da Constituição do Estado de São 
Paulo é correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) I e II.
(E) III e IV.
12. (FCC/2010) Compete, exclusivamente, à As-
sembleia Legislativa do Estado de São Paulo a 
iniciativa de leis que disponham, dentre outras 
matérias, sobre
(A) criação, incorporação, fusão e desmem-
bramento de Municípios; e sobre regras de 
criação, organização e supressão de distri-
tos nos Municípios.
(B) criação e extinção de cargos, funções ou 
empregos públicos na administração direta 
e autárquica, bem como sobre a fixação da 
respectiva remuneração.
(C) regime jurídico, provimento de cargos, es-
tabilidade e aposentadoria dos servidores 
públicos do Estado.
(D) criação, alteração ou supressão de cartó-
rios notariais e de registros públicos.
(E) regime jurídico, provimento de cargos, pro-
moções, estabilidade, remuneração, refor-
ma e transferência para inatividade de mi-
litares, bem como fixação ou alteração do 
efetivo da Polícia Militar.
34
25 - DO PROCESSO LEGISLATIVO - 1
NOÇÕES
GERAIS
1. Da Definição de
Processo Legislativo
O processo legislativo consiste nas regras procedimentais,
constitucionalmente previstas, para a elaboração das espécies
normativas , regras estas a serem criteriosamente observadas
pelos “atores” envolvidos no processo (Pedro Lenza)
2. Das normas
primárias
O Poder Legislativo NÃO detém o monopólio da função normativa das
normas primarias (normas com força de lei previstas expressamente
da CF) , pois existem outrasdestas fontes normativas que são criadas
diretamente sem a intervenção do Poder Legislativa, tais como os
Decretos Autônomos, os Regimentos Internos dos tribunais, dentre outras
3. Do objeto do Processo Legislativo do Estado de SP
Artigo 21 - O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à
Constituição
Por meio dessa normas realizam-se as alterações na Constituição
Federal, devendo-se sempre observar as limitações ao poder de reforma
II - leis
complementares
Essas leis são utilizadas para disciplinar os assuntos para os quais a CE
expressamente exige a criação dessa norma. Fundamentalmente a Lei Complementar
terá o mesmo Processo Legislativo de uma Lei Ordinária, com a diferença que deverá
ser aprovada pela MAIORIA ABSOLUTA dos membros de cada Casa, ao passo que a
Lei Ordinária poderá ser aprovada pela MAIORIA SIMPLES (RELATIVA)
NÃO há hierarquia entre as Lei Complementares e Ordinárias. As
hipóteses de regulamentação por meio de lei complementar
estão taxativamente previstas na Constituição Estadual
Embora leis complementares não sejam consideradas inconstitucionais pelo
simples fato de veicularem matéria reservada a leis ordinárias, os dispositivos
desse tipo de lei que não tratem de assunto próprio de lei complementar
ficam sujeitos a modificações posteriores promovidas por lei ordinária
III - leis ordinárias
São as normas criadas conjuntamente pelos Poderes Legislativo e Executivo.
O primeiro atuará na discussão e votação dos projetos de lei que lhe forem
apresentados e o segundo sancionando ou vetando esses projetos
IV - decretos
legislativos
O decreto legislativo é espécie normativa primária, de hierarquia legal, integrante do processo
legislativo, privativa da ALESP, para o trato de matérias de sua competência exclusiva.
V - resoluções.
São normas expedidas pela ALESP para tratar, geralmente, de assuntos de interesse
interno. Por exemplo, o Regimento da ALESP é uma Resolução da ALESP
Artigo 27 - O Regimento Interno da Assembleia Legislativa disciplinará os casos de
decreto legislativo e de resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação
serão feitas com observância das mesmas normas técnicas relativas às leis.
4. Da possibilidade de os Estados terem Medidas Provisórias e Leis Delegadas
STF ADI 2.391 - É possível a existência de MP estadual ou Lei Delegada Estadual , desde que haja
previsão no texto da constituição estadual e desde que sejam observados os princípios e limitações
impostos pela CF. Também, de acordo com a Corte, é possível a existência de MP municipal , desde que
prevista a possibilidade expressamente na Constituição do Estado e na Lei Orgânica do Município
5. Da observância obrigatória das regras do Processo Legislativo Federal no âmbito Estadual
STF - RE 583.231 - (...) é pacífico o entendimento de que as regras básicas do
processo legislativo da União são de observância obrigatória pelos Estados, por sua
implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes
25 - DO PROCESSO LEGISLATIVO - 1
35
26 - DO PROCESSO LEGISLATIVO - 2
NOÇÕES
GERAIS
1. Da classificação do Processo Legislativo
A. Quanto às formas de
organização política
a. Autocrático
A lei é elaborada pelo próprio governante, sem
participação popular de qualquer tipo
b. Direto O próprio povo, diretamente, realiza a discussão e votação das leis
c. Indireta ou
Representativa
Os cidadãos escolhem representantes e lhes conferem
poderes para a elaboração das espécies normativas,
obedecendo o procedimento previsto na Constituição
B. Quanto ao
rito e prazos
a. Ordinário
Destina-se à elaboração das Leis Ordinárias. Neste caso NÃO há prazos rígidos para
a conclusão das diversas fases que o compõem, sendo, portanto, o mais extenso
dos tipos de Processo legislativo. Este será o primeiro a ser estudado por ser o mais
complexo. Depois os demais processos para a criação das demais normas
b. Sumário
Neste caso, seguem-se as mesmas regras do processo ordinário, com a diferença
que existem prazos para que a Casa legislativa delibere sobre o assunto
c. Abreviado
Dispensa a apreciação do projeto de lei ordinária pelo Plenário da Câmara ou do
Senado, considerando-se aprovado se for aceito pelas Comissões de cada Casa.
d. Especiais
Esse tipo de procedimento é o utilizado para a elaboração das
demais espécies normativas, tais como Emendas à Constituição,
Leis Complementares Medidas Provisórias, leis Delegadas, etc
2. Fases do
Processo
Legislativo
A. Iniciativa
a. Geral
É a competência outorgada a determinada autoridade ou órgão para a
apresentação de projeto de lei sobre matérias diversas. Essa
competência é atribuída pelo texto constitucional ao Governador, aos
Deputados, às Comissões da ALESP e ao cidadãos por meio de
iniciativa popular . Importante é destacar que essa iniciativa NÃO É
IRRESTRITA, pois há na CF assuntos cujo iniciativa só poderá ser
exercida por determinados órgãos ou autoridades (Iniciativa Privativa)
b. Privativa
(Reservada
ou Exclusiva)
Algumas leis são de iniciativa privativa de determinadas pessoas, só
podendo o processo legislativo ser deflagrado por elas, sob pena de
se configurar vício formal de iniciativa, caracterizador da
inconstitucionalidade do referido ato normativo. É INDELEGÁVEL
c. Vinculada
A Constituição exigie que um determinado projeto de lei seja
apresentado em um prazo determinada. É o que ocorre, por
exemplo, com os projetos de leis que instituem o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais
d. Popular
Caracteriza-se como uma forma direta de exercício do poder sem o
intermédio de representantes, através de apresentação de projeto
de lei, dando-se início ao processo legislativo de formação da lei
B. Constitutiva
a. Deliberação Parlamentar i. Discussão e Votação
b. Deliberação Executiva
i. Sanção, no caso de aquiescência do chefe
do poder executivo com o projeto de lei
ii. Veto, no caso de o chefe do poder
executivo discordar do projeto de lei
C. Complementar
a. Promulgação
Este ato incide sobre o ato normativo acabado, ou seja, sobre aquele
que já passou por todas as outras etapas do Processo Legislativo e
está apto a inovar o ordenamento jurídico. Em suma, promulgar
significa atestar a existência da norma e sua executoriedade
b. Publicação
É o ato por meio do qual os que devem cumprir o ato normativo
são informados da existência da norma e de seu conteúdo. Esse
ato geralmente consiste na inserção do texto promulgado no
Diário Oficial para que se torne de conhecimento público
Adotado no Brasil
26 - DO PROCESSO LEGISLATIVO - 2
36
27 - DO PROCESSO LEGISLATIVO - 3
NOÇÕES
GERAIS
1. Objeto do Processo Legislativo Ordinário
Por meio deste processo são elaboradas as leis Ordinárias,
que são marcadas pela GENERALIDADE E ABSTRAÇÃO.
As regras aplicáveis às Leis Ordinárias são praticamente as
mesmas aplicáveis às Leis Complementares. As únicas diferenças
são que a LC é aprovada por Maioria Absoluta (distinção
formal) e os assuntos que devem ser tratados por LC são
expressamente previstos na CF (distinção material)
Importante
As matérias reservadas a Lei Complementar NÃO poderão
ser tratadas por Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Leis
Delegadas, ou qualquer outra espécie normativa
Fenômeno da Recepção: As leis ordinárias anteriores à CF 88 que
regulamentem matéria reservada pela nova ordem à lei
complementar, desde que estivessem em vigor no momento da
promulgação da nova Constituição e fossem com ela materialmente
compatíveis, foramm recepcionadas com o status de Lei
Complementar, como por exemplo o Código Tributário Nacional,
lei formalmente ordinária e materialmente complementar
2. Das fases do Processo Legislativo Ordinário
Esse tipo de processo divide-se em três fases:
Iniciativa, Constitutiva e Complementar
3. Dos legitimados para apresentar projetos
de Lei Ordinária ou Complementar
Artigo 24 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a
qualquer membro ou Comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador
do Estado, ao Tribunal de

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