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Correção de Fator de Potência 1 - 5 ����������� � ����� ������ � ����������� ����������������������������������������������������� ���� ����� � ����� � � � Uma instalação elétrica é, na maioria dos casos, formada por cargas indutivas (motores elétricos), portanto, faz-se necessária uma análise do fator de potência da instalação. A diminuição do fator de potência faz diminuir a potência ativa(real), aumentando a potência reativa, o que implica num aumento de corrente e, portanto, em perdas. Exemplo: Seja um circuito que consome uma potência aparente de 12kVA quando a alimentação é 220VRMS. A corrente consumida vale: RMS AP A V P I 55,54 220 10.12 3 === Se o circuito é só resistivo, toda a potência consumida é igual à potência ativa(real), sendo o FP igual a 1, isto é: kWIVP 121.55,54.220cos.. === φ Porém, se o circuito é indutivo com FP=0,5, nestas condições, a potência ativa será: kWP 65,0.55,54.220 == Se o FP aumentar para 0,85, com a mesma potência aparente, a potência ativa será: kWP 2,1085,0.55,54.220 == Como a potência ativa é a responsável pela transformação de energia elétrica em energia útil, concluímos que o aumento no FP implica no aumento da potência útil, sem o aumento de corrente. Existem várias formas de aumentar o FP de uma instalação elétrica, mas aqui só será analisadas a correção do fator de potência com a utilização de capacitores. Já foi visto que um indutor atrasa a corrente em relação à tensão. Como o capacitor adianta a corrente em relação à tensão, a ligação adequada de um capacitor num circuito pode compensar o atraso da corrente, reduzindo o ângulo de defasagem e, conseqüentemente, aumentando o fator de potência. Por razões econômica e prática, basta manter o FP acima de 0,85, que é o valor mínimo estipulado pelas concessionárias de energia elétrica, abaixo do qual os usuários pagam multa. O cálculo do capacitor de correção é feito da seguinte forma: Considerando-se um circuito com impedância Z cujo ângulo de fase é �1, como mostra afigura abaixo:� � � � Correção de Fator de Potência 2 - 5 � O Objetivo é diminuir esse ângulo para �2 A colocação do capacitor em paralelo com a carga diminui o ângulo de fase de �1 para �2, o que significa um aumento no FP do circuito, como mostra a figura abaixo: Quando a correção é feita (com a colocação do capacitor), a potência ativa do circuito não se altera, somente a potência aparente. Assim, a colocação do capacitor não muda o valor iR, já que ela está relacionada à componente resistiva da carga, que é a responsável pela potência ativa (P=v.iR). Na figura, identificamos os triângulos AC e 0BC e obtemos: 1 ________ . φtgOCAC = e 2 ________ .. φtgOCBC = v i1 v,i v Z � i1 � (a) Circuito (a) Diagrama fasorial Circuito sem Correção de FP e seu Diagrama Fasorial v Z C i2 i1 IC v,i v D(iC) C(iR) B(i2) A(i1) O �2 �1 � (a) Circuito (b)Diagrama Fasorial Circuito com Correção de FP e seu Diagrama Fasorial Correção de Fator de Potência 3 - 5 Do mesmo diagrama obtemos: ( )21 ____ 2 ____ 1 ____________________ ... φφφφ tgtgOCtgOCtgOCBCACODAB −=−=−== Como V P IOC R == ____ e CIODAB == ________ , resulta que: ( )21. φφ tgtgV P IC −= Por outro lado, CV X V I C C ..ω== Igualando-se as duas expressões de IC, temos: ( ) �=− CVtgtg V P ... 21 ωφφ ).(. 212 φφ ω tgtg V P C −= Este é, portanto, o valor do capacitor necessário para se corrigir o fator de potência do circuito de �1 para �2. Exemplos: 1- Um motor consome uma potência de 5kW em 220VRMS com FP=0,6. Calcular o valor do capacitor que aumenta o FP para 0,9 (f=60Hz) Solução: 33,1536,0cos 111 =�°=�= φφφ tg 49,0269,0cos 222 =�°=�= φφφ tg ( ) ( ) Ftgtg V P C µφφ ω 23049,033,1. 220.377 10.5 . 2 3 212 =−=−= 2- Uma carga indutiva dissipa uma potência real de 1kW consumindo uma corrente de 10ARMS / f=60Hz com um ângulo de defasagem de 60°. Calcular: a) Valor do capacitor que corrige o FP para 0,85. � Solução: Situação antes da correção: Correção de Fator de Potência 4 - 5 rmsVVVIVP 20060cos.10.1000cos.. =�°=�= φ 73,1601 =°= tgtgφ 62,08,3185,0cos 222 =�°=�= φφφ tg ( ) ( ) Ftgtg V P C µφφ ω 7462,073,1. 200.377 1000 . . 2212 =−=−= b) Corrente total fornecida pelo gerador após a correção do FP. Solução: Após a correção: v f=60Hz i1=10ARMS v,i ZL P=1kW �=60° i1(10A) iR v=200VRMS f=60Hz Z C i2 i1 10ARMS IC v,i iC iR(5A) i2(5,88A) i1(10A) 0 31,8° 60° iC )66,8(,1 Ai Correção de Fator de Potência 5 - 5 No diagrama fasorial, observamos que a soma vetorial de i1 com iC resulta em i2. Tem-se: i’1 � componente reativa da corrente i1. I’1 = I1.sen60° = 10.0,866 = 8,66Arms Tem-se: iR � componente ativa da corrente na carga. IR = I1.cos60° = 10.0,5 = 5Arms A corrente ativa na carga deve ser a mesma, antes e após a correção. A corrente fornecida pelo gerador após a correção passa a ser de: rms R A I I 88,5 85,0 5 cos 2 2 === φ Portanto, a corrente fornecida pelo gerador diminui de 10A para 5,88A, sem diminuir a potência real na carga. c) Potência aparente após a correção do FP. Solução: PAP = V.I2 = 200.5,88 = 1,176kVA Antes da correção do FP, a potência aparente era: PAP = V.I1 = 200.10 = 2kVA � Bibliografia: Circuitos em Corrente Alternada - Rômulo Oliveira Albuquerque - 6ª Edição – Editora Érica
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