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Rochas na Engenharia Civil

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15
ROCHAS
Engenharia Civíl
3o Ano
Universidade Unip
2020
Rochas
Trabalho de pesquisa bibliográfica da cadeira Materiais Geológico para a engenharia civíl
Docente: Devanil
Universidade Unip
2020
Índice
1.	Introdução	4
2.	O que são rochas	4
3.	Rochas usadas na engenharia	8
4.	Granada	31
5.	Pedras preciosas	33
6. Conclusão......................................................................................................................................40
7. Bibliografia.........................................................................................................................42
1-Introdução
O intuito deste trabalho é ilustrar os minerais rochosos que temo em nosso planeta e como podemos utiliza los nos mais diversos processos de engenharia civil.
Passando pelos primórdios de quando o universo era denso e quente, até o mais próximo dos dias atuais, os primórdios da engenharia e da utilização destes materiais.
Desde muito tempo atrás, as rochas tem um papel fundamental na construção civil. Na moderna construção civil, o uso de rochas para revestimentos e ornamentos é um segmento de vasta aplicação, sendo uma das mais importantes atividades do extrativismo mineral. 
Na Antiguidade, todas as civilizações fizeram o uso das rochas como meio para desenvolver as suas estruturas sociais. As pirâmides do Egito, por exemplo, eram basicamente construídas por rochas calcárias e os túmulos de alguns faraós foram construídos com mármores, inexistente na região e, por isso, transportados de grandes distâncias até o local.
Além disso, o homem não se utilizava apenas da rocha em seu estado bruto como matéria-prima. Ao longo da história, até os dias atuais, o homem desenvolveu técnicas para transformar física e quimicamente as rochas. Um exemplo disso é a fabricação do concreto, utilizado pela primeira vez pelos romanos.
Apesar de ser uma prática milenar, a exploração das rochas também pode acarretar impactos ambientais, podendo provocar a insurgência de processos erosivos na região de retirada do material, além da poluição sonora gerada pelas explosões de dinamites nas zonas de extração, interferindo no ecossistema e causando transtorno à fauna local.
2- O que são Rochas?
Rochas são agregados sólidos naturais constituidos de minerarais ou mineraloides, a camada externa da terra que é chamada de Litosfera e foi originada dessa aglomeração de minerais desde sua formação há bilhoes de anos atras.
O estudo científico das rochas é chamado de petrologia, um ramo da geologia. Os termos populares pedra e calhau se referem a pedaços ou fragmentos soltos de rochas. Para ser considerada como uma rocha, esse agregado tem que ter representatividade à escala cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo, ou seja, o fenômeno geológico que forma a rocha ser suficientemente importante na história geológica para se dizer que faz parte da dinâmica da Terra.
Classificação das rochas.
As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas. 
Rochas Igneas
Tambem conhecidas como Magmáticas,ou eruptivas, seu nome deriva do Latin ignis que significa fogo; Como o próprio nome diz elas tem sua principal formação de erupçoes vulcanicas, ou depositos de magma , podendo ou não ter cristalizaçao.
Essas rochas tambem podem ser intrusivas (plutonias) ou extrusivas (vulcanicas) , o mgama pode ser obtido com o derretimento total ou parcial de rochas que existem no manto que esta abaixo da crosta terrestre  Normalmente, o derretimento é provocado por um ou mais dos três processos: o aumento da temperatura, diminuição da pressão ou uma mudança na composição. Já foram descritos mais de 700 tipos de rochas ígneas, sendo que a maioria delas é formada sob a superfície da crosta da Terra com diversas propriedades, em função de sua composição e do modo de como foram formadas. 
Rochas ígneas intrusivas
As rochas ígneas intrusivas (conhecidas também como plutônicas ou abissais) são formadas a partir do arrefecimento do magma no interior da crosta, nas partes profundas da litosfera, sem contato com a superfície. Em geral, o resfriamento é lento e ocorre a cristalização de todos os seus minerais, apresentando então uma textura holocristalina, ou seja, apresenta grande número de cristais observáveis à vista desarmada. Normalmente as rochas plutônicas ou intrusivas apresentam uma estrutura maciça. A sua estrutura mais corrente é granular, isto é, os minerais apresentam-se equidimensionais ligados entre si.
Rochas ígneas extrusivas
As rochas ígneas extrusivas (conhecidas também como vulcânicas ou efusivas) são formadas a partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas atuais ou antigas. A consolidação do magma, então, acontece na superfície da crosta ou próximo a ela. O resfriamento é rápido, o que faz a que estas rochas, por vezes, apresentem material vítreo, logo, possuem uma textura vidrosa , ou seja, uma textura que não apresenta cristais (a olho nu) ou até mesmo uma textura hemicristalina, isto é, apresenta alguns cristais no seio de uma massa amorfa. Há uma grande diversidade de rochas vulcânicas que se agrupam em alguns tipos gerais: riólitos, traquitos, andesitos e basaltos, entre os quais existe uma série de rochas intermediárias, do mesmo modo que nas rochas plutônicas.
Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares são rochas formadas através da deposição, e consequente cimentação ou consolidação de fragmentos provenientes de material mineral ou material orgânico.
No caso do material mineral, os respectivos fragmentos, denominados de detrito geológico, são provenientes da meteorização e da erosão. Estes fragmentos minerais são transportados pelo gelo, vento, água, movimento de massas geológicas ou glaciares, sendo estes agentes denominados de agentes de denudação. 
No caso do material orgânico, os respetivos fragmentos, denominados de detrito biológico, são geralmente provenientes de corpos e partes de organismos subaquáticos, essencialmente conchas, assim como das suas massas fecais. As rochas sedimentares acumulam-se em planaltos na crosta terrestre, tendo sido geralmente , conhecido como fundos marinhos, cobrindo cerca de 75% da superfície terrestre e 90% dos leitos marinhos, correspondendo ainda a 5% do volume da Terra.
Por serem formados por detrito biológico, as rochas sedimentares são importantes fontes de material fóssil.
Rochas sedimentares clásticas 
Rochas sedimentares clásticas são compostas por fragmentos de materiais derivados de outras rochas. São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com outros minerais comuns, como feldspato, anfibólios, argilominerais e raramente alguns minerais ígneos mais exóticos.
A classificação das rochas sedimentares clásticas é complexa, porque há muitas variáveis envolvidas. A granulometria (tanto o tamanho médio, como a gama de tamanhos de partículas), a composição das partículas, do cimento e da matriz (o nome dado às pequenas partículas presentes nos espaços entre os grãos maiores) são tomadas em consideração. Em relação à granulometria, pode dizer-se que, por exemplo, a argila pertence ao grupo com partículas mais finas, os arenitos com partículas de tamanho intermédio, e os conglomerados formados por partículas maiores.
Rochas sedimentares biogênicas
São formadas por materiais gerados por organismos vivos, como corais, moluscos e foraminíferos, que cobrem o fundo do oceano com camadas de calcite que podem mais tarde formar calcários. Outros exemplos incluem os estromatólitos, e o sílex encontrado em nódulos em giz (que é em si uma rocha sedimentar biogênica, uma forma de calcário).
Rochas sedimentares quimiogênicas
Podem se formar quando em soluções minerais, tais como a água do mar que se evapora. Os exemplos incluemo calcário, o halite e o gesso.
Rochas metamórficas 
São rochas que resultam da transformação da rocha original, o protólito. Este dá origem a uma rocha metamórfica depois de sofrer transformações químicas e físicas devido ao fato de se submeter a temperaturas e pressões elevadas e à atuação de fluidos sofre erosão (metassomatose) em zonas profundas da crosta terrestre, sem que, contudo, cheguem a fundir (a não ser, talvez, parcialmente). O protólito tanto pode ser uma rocha sedimentar, como uma rocha ígnea ou mesmo outra rocha metamórfica.
Podem formar-se, simplesmente, por estarem sujeitas às altas temperaturas existentes muito abaixo da superfície terrestre e à pressão provocada pelo peso das camadas de rocha superiores (pressões litostáticas). Podem também ter origem em processos tectónicos como colisões continentais que provocam pressão horizontal, fricção e deformações. Podem, ainda, formar-se graças ao chamado metamorfismo de contato, quando a rocha, sempre no estado sólido, é aquecida pela intrusão de rocha fundida (magma) proveniente do interior da Terra. Alguns exemplos de rochas metamórficas são o gnaisse, a ardósia, o mármore, o xisto, e o quartzito.
Na classificação das rochas metamórficas, torna-se importante referir o conceito de fácies metamórfica segundo o qual a composição mineralógica de rochas metamórficas diferentes que já tenham atingido o equilíbrio depende apenas da sua composição química, se o metamorfismo que gerou essas rochas ocorreu à mesma temperatura e pressão. Assim, consegue-se determinar as condições de temperatura e pressão em que se originou uma rocha apenas pela análise dos tipos de associação de minerais que estas apresentam.
3- As Rochas usadas na Engenharia Civil.
Introdução
As rochas são empregadas na construção desde a mais remota antiguidade. Ao longo do 
tempo a utilização deste material se intensificou, diversificou e atualmente este recurso 
natural vem sendo aplicado em diversas finalidades construtivas, seja como fundação, 
agregados para concreto, pavimentações, alvenarias e revestimento de edificações. 
É um material que para as aplicações que lhe são peculiares, a natureza o oferece pronto e 
pode-se contar com muitas variedades, cores e texturas.
O Granito é uma rocha formada por um conjunto de minerais.
Sua composição é basicamente a seguinte:
Quartzo, um mineral incolor;
o Feldspato (ortoclase, sanidina e microclina), responsável pela variedade de cores (avermelhada, rosada e creme-acinzentada);
Mica (biotite e moscovite), que confere o brilho à rocha.
As cores de granito mais encontradas na natureza são as de tons cinzento e avermelhado, contudo encontram-se nas cores: branco, preto, azul, verde, amarelo e marrom.
Além disso, os granitos podem apresentar minerais como: anfíbolas (hornblenda), piroxenas (augite e hiperstena), olivina, zircão, dentre outros.
Características do Granito
Rocha ígnea (formada pelo resfriamento de magma derretido);
Alto grau de dureza;Cristalino;Coloração variada.
História do Granito
O primeiro povo a extrair e utilizar o granito foram os egípcios e, posteriormente, os romanos.
No Egito, a rocha era utilizada na construção de monumentos e túmulos faraônicos já que eles se preocupavam muito com a estética.
Já na Idade Média, o granito passou a ser usado largamente nas casas e nas igrejas. Atualmente é muito utilizado na construção civil bem como para ornamentos e decoração de interiores.
Extração de Granito no Brasil
O Brasil é um dos principais produtores de granito e está entre os maiores exportadores do mundo. Cada estado brasileiro possui extração da rocha e dependendo do local, o granito varia de tonalidade.
Assim, entre os tipos de granito mais valorizados do Brasil está o baiano, no qual as rochas são azuis (Azul-Bahia); enquanto em Minas Gerais são na cor lilás (Lilás-Gerais) e no estado de São Paulo, por sua vez, são verdes (verde-Ubatuba).
Diferença entre o Granito e o Mármore
O granito é mais duro e resistente do que o mármore, uma vez que é composto basicamente de três minerais (mica, feldspato e quartzo), enquanto o mármore é formado por um mineral e calcita. Ademais, o granito não possui tantos veios, sendo menos poroso que o mármore.
Em relação à coloração, o granito é mais mesclado e apresenta pontos pretos, enquanto o mármore possui uma cor mais uniforme.
Uma maneira de identificar se a rocha é mármore ou granito é riscando a superfície: o mármore risca, enquanto o granito - devido a sua resistência - não pode ser riscado.
Ardósia
Ardósias são materiais rochosos naturais altamente duráveis, historicamente utilizados para revestimento de pisos, paredes, telhados e peças de mobiliário. Seu uso como telha, em vários países da Europa, é noticiado desde o século X. Mais recentemente, sua aplicação foi também muito disseminada para o revestimento de pisos, paredes e fachadas, bem como para elaboração de mobiliário. Do ponto de vista geológico, ardósias são classificadas como rochas metamórficas, de origem sedimentar e granulação muito fina. Sua principal característica é a presença de planos preferenciais de clivagem, que permitem a delaminação de placas notavelmente lisas e uniformes, até de grandes dimensões. Os principais constituintes das ardósias incluem minerais como a mica branca (sericita), quartzo, clorita, grafita e/ou material carbonoso, que são bastante estáveis e resistentes a agentes químicos agressivos, garantindo grande durabilidade aos revestimentos aplicados. A variação desses constituintes mineralógicos determina a existência de diferentes padrões cromáticos, destacando-se as ardósias cinzas, grafite, negras, verdes e vinho, além das denominadas ardósias ferrugem ou multicolor. Quando são mais espaçados os planos de clivagem, define-se ardósia do tipo “matacão”. Todas as variedades cromáticas permitem ótimas combinações estéticas com madeira e metal, bem como com outras rochas mais claras (p.ex. mármores e quartzitos), pois as ardósias possuem superfícies não refletivas e homogêneas que valorizam os materiais a elas associados nos revestimentos. Os próprios rejuntamentos, quando mais espaçados e preenchidos com argamassas claras, valorizam o efeito estético do revestimento aplicado, simulando a composição de mosaicos e montagens do tipo “palladianas”.
As ardósias lavradas no estado de Minas Gerais representam cerca de 95% do total da produção brasileira, que em 2008 totalizou quase 1 milhão t. Também em 2008 foram exportadas 214 mil t de produtos de ardósia, para 75 países em todos os continentes, incluindo principalmente telhas e lajotas calibradas. De fato, o Brasil figura entre os maiores produtores e exportadores de ardósia. A denominada “Província de Ardósia de Minas Gerais”, que abrange 7.000 km2 e tem a cidade de Papagaios como referência mínero-industrial, representa um dos maiores jazimentos mundiais atualmente conhecidos, dispondo de reservas suficientes para 10 mil anos de exploração contínua. Reino Unido, Espanha, EUA, Holanda, Alemanha e Itália estão entre os principais destinos das exportações brasileiras de ardósia. Estes países são, eles próprios, produtores tradicionais e altamente exigentes com os materiais consumidos, o que atesta o alto padrão de qualidade das ardósias brasileiras. Destaca-se, a propósito, que as ardósias brasileiras são vocacionadas tanto para a elaboração de telhas quanto para lajotas e placas de revestimento. Tal característica transformou-as em um material de largo emprego e muito valorizado na construção civil, utilizado em obras importantes na Europa e nos EUA. A possibilidade de elaboração de chapas com dimensões métricas tornou as ardósias brasileiras um material preferencial para tampos de sinuca.
Aspectos Tecnológicos de Interesse 
As rochas ornamentais e de revestimento são basicamente subdivididas em granitos e mármores. Os granitos abrangem um grande conjunto de rochas silicáticas e os mármores englobam várias rochas carbonáticas metamorfizadas. Os outros materiais importantes do setor de rochas ornamentais incluem justamente as ardósias,além de quartzitos, serpentinitos, travertinos e calcários (limestones). Os mármores, travertinos, calcários e serpentinitos são em geral menos resistentes ao desgaste abrasivo e quimicamente mais reativos que os granitos e quartzitos, exigindo alguns cuidados de manutenção quando especificados para fachadas, pisos e áreas de serviço. Os granitos e quartzitos podem ser mais sensíveis à infiltração de líquidos e manchamentos, sobretudo pela percolação de umidade residual, excesso de água nas argamassas de fixação e rejuntamento e presença de oleosidade nestas argamassas. As ardósias têm um padrão de resistência intermediário entre granitos e mármores, quanto ao ataque químico e abrasão, superando-os no quesito de resistência à flexão. Quando posicionadas em uma tabela geral de qualificação tecnológica para rochas de revestimento, as ardósias são identificadas como materiais de baixa absorção d’água, baixa porosidade, médio a alto coeficiente de dilatação térmica, média resistência ao desgaste abrasivo, alta resistência a impactos, média resistência à compressão e altíssima resistência à flexão. Pela granulação fina dos constituintes mineralógicos, as superfícies polidas das ardósias não desenvolvem refletividade e brilho intenso, o que constitui fator de valorização para grande parte dos revestimentos especificados em edificações. O denominado acabamento escovado, quando aplicado em ardósias, confere aspecto acetinado bastante peculiar às superfícies tratadas.
Dolomita
Dolomita ou dolomite assim denominada em homenagem ao geólogo francês Déodat de Dolomieu é um mineral de carbonato de cálcio e magnésio CaMg(CO3)2 ou CaMg•2CO3, muito abundante na natureza na forma de rochas dolomíticas, utilizado como fonte de magnésio, sobretudo para a fabricação de materiais refratários.
Na dolomita existe uma solução sólida entre o magnésio e o ferro. Sendo o extremo em Ferro denominado siderite e o extremo em magnésio denominado magnesite.
O mineral é de cor cinza com raias brancas, de brilho vítreo. Tem dureza entre 3,5 e 4,0 na escala de Mohs. A sua densidade varia entre 2,86 e 3,10. Cristaliza no sistema trigonal, geralmente em romboedros.
A origem da dolomite constitui um grande enigma geológico, não se sabendo muito ainda sobre a sua génese. São propostos modelos hidrotermais, com fluidos vindos de grandes profundidades, através de falhas geológicas também muito profundas; modelos de origem a partir de interação microbial em ambientes hipersalinos; modelos de misturas de águas doce e salgada, entre inúmeros outros.
Rochas carbonáticas – calcários
	Rochas carbonatadas ou calcários são rochas constituídas por calcita (carbonato de cálcio) e/ou dolomita (carbonato de cálcio e magnésio). Podem ainda conter impurezas como matéria orgânica, silicatos, fosfatos, sulfetos, sulfatos, óxidos e outros.
O termo “calcário” é empregado para caracterizar um grupo de rochas com mais de 50% de carbonatos.
	
Classificação
	A mais utilizada foi estabelecida por Pettijohn, relacionada com a porcentagem de óxido de magnésio, MgO, contido na rocha.
		Denominação
	% de MgO
	calcário
	0 a 1,1
	calcário magnesiano
	1,1 a 2,1
	calcário dolomítico
	2,1 a 10,8
	dolomito calcítico
	10,8 a 19,5
	dolomito
	19,5 a 21,7
	
	Usos e aplicações
	
	O emprego das rochas calcárias depende da composição química e/ou características físicas.
	Calcários para a indústria de cimento - cimentos hidráulicos
	A denominação cimento hidráulico se refere à capacidade de endurecimento pela ação da água sem intervenção do ar.
O tipo de cimento mais importante e de maior aplicação é o cimento “Portland”. As matérias-primas para a sua fabricação são o calcário, a argila e a gipsita. O calcário fornece o óxido de cálcio, a argila fornece sílica, óxido de alumínio e óxido de ferro. A gipsita é adicionada ao clínquer (calcário+argila), para regular o tempo de endurecimento da mistura após a adição de água.
	Calcários para a indústria da cal - cimentos não-hidráulicos
	
Principais usos das cales
		construção civil
	siderurgia
	metalurgia
	indústria química
	indústria de produtos alimentícios
	indústria petrolífera
	indústria cerâmica
	saneamento
	indústria do papel
	indústria do vidro
	tintas e vernizes
	explosivos
	plásticos
	perfumaria
	 
	Calcários aplicados “in natura”
	blocos ornamentais: estatuária, revestimentos de interiores e exteriores, arte fúnebre, lajes, etc.
britado: usado na preparação de argamassas e agregados, em pavimentos rodoviários, lastros de ferrovias, pedras para enrocamento, pedriscos para cobertura, alvenaria e pedras para áreas rurais. Quando a brita apresenta um bom aspecto, possibilitando o polimento, é utilizada na confecção de blocos ornamentais (pedras para terraços, tampos de mesa, pias e banheiros), em mistura com cimento branco, constituindo as pedras chamadas “marmorites”.
moído: utilizado principalmente como corretivo de solo para a agricultura. Para a utilização e comercialização as especificações legais exigidas estabelecem que os calcários devem ter as seguintes características físicas:
100% das partículas menores que 2,00mm (peneira ABNT – 10)
70% das partículas menores que 0,84mm (peneira ABNT - 20)
50% das partículas menores que 0,30mm (peneira ABNT – 50)
Os limites mínimos para as características químicas estabelecidas são: 67% para o PN (poder de neutralização) , equivalente em carbonato de cálcio; 45% para o PRNT (poder relativo de neutralização total) e 38% para a soma de CaO mais MgO. É utilizado na correção de solos ácidos sendo empregados calcários, calcários dolomíticos e dolomitos.
		Existem três faixas de ocorrência distintas em terrenos metamórficos, Noroeste, Central e Sudeste.
As ocorrências da faixa Noroeste - Formação Itaiacoca - e Sudeste - Formação Capiru - são constituídas exclusivamente por dolomitos, ocorrendo pequenas lentes de calcários. Estas faixas apresentam teores de MgCO3 entre 3,6 a 4,1% e CaCO3 entre 55 a 61%.
As ocorrências da faixa Central - Formação Votuverava - são constituídas por calcários puros e calcários dolomíticos, englobando as localidades de Bateias, norte de Rio Branco do Sul e Cerro Azul. Os teores variam entre 20,5 a 52,8% de CaO e 0,5 a 14,1% de MgO.
Outra faixa calcária, de origem sedimentar, é a Formação Irati na Bacia do Paraná, cujo calcário dolomítico é utilizado como corretivo de solos.Estima-se que mais de 90% da produção de calcário dolomítico destinado à indústria da cal, seja utilizada na construção civil. Pequena parcela se destina à indústria química, cerâmica, tintas, rações, pedras para calçamento, brita, areia artificial e outros.
40 a 60% da produção da cal é exportada para outras unidades da federação, com destaque para São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. A exportação inclui também minério bruto (calcário dolomítico) para a produção de cal, principalmente para São Paulo
Gnaisse
Origem 
Conhecido popularmente como "rocha movimentada" devido ao aspecto listrado de seus minerais segregados em faixas claras e escuras.
 É uma rocha formada por metamorfismo regional de pressão e temperatura bastante elevadas (700 a 800 °C e as pressões entre 6 a 8 Kbar), de estrutura orientada com feldspato. Pode originar-se tanto de rochas magmáticas como de rochas sedimentares. Os Gnaisses derivados de rochas ígneas (Ortognaisse) contem minerais muito semelhantes aos das rochas originais. A característica mais importante é a estrutura típica orientada (gnaissico). 
De acordo com a rocha de origem, os gnaisses recebem os nomes: granito gnaisse, diorito gnaisse, sienito gnaisse, paragnaisse (proveniente de sedimentos), de acordo com o aspecto e a estrutura, são denominados fitados, ocelares e facoidais.
Os gnaisses são equivalentes metamórficos de grau intermédio a elevado:
Rochas sedimentar argulososas e quartzo: são neste caso denominado de paragnaisses;
Rochas ígneas quartzo-feldspatica (granitos, riolitos, porfilos graníticos, tufos piroclasticosacidos e ignimbrito): estes são Ortognaisse.
O gnaisses tenderá a associar-seaos quartzitos, mármores e micaxistos, em quanto que podem ser Ortognaisse ou paragnaisses aqueles que se associam a anfibolito e granulitosTipos de gnaisses
De acordo com os componentes característicos, dividem-se em sericita, moscovita, biotita, augita, hornblenda gnaisses
Sericita gnaisse
Um gnaisse com abundância de sericita (uma variedade de moscovita) finamente escamosa. Moscovite gnaisse
Um gnaisse rico de moscovite, mineral responsável pelo brilho sedoso-metálico característico exibido pela rocha.
Granito gnaisse migmatito
Uma rocha metamórfica gerada em condições de metamorfismo alto (catazona), atravessada por veio estreito de granito. As rochas metamórficas com infiltração de material estranho que as atravessa se denominam migmatito ou rochas mistas. Sempre que o gnaisse tenha composição mineralógica semelhante de rochas plutónicas ígneas, o vocábulo gnaisse devera adjectivar-se de modo a indicar essa afinidade; exemplos serão: gnaisse monzonítico e gnaisse granítico.
Alguns gnaisses apresentam acentuado porfiroblastismo dos feldspatos e então denominam-se de gnaisses ocelados
Propriedades do gnaisse
Gnaisse é uma rocha que apresenta diversas variações por ser de origem metamórfica. Suas propriedades variam muito de acordo com o local de sua extracção, em média apresenta massa especifica próxima de 2600kg/m3.
Aplicações 
No aspecto económico, destaca-se a importância da classe dos gnaisses graníticos:
É uma das rochas mais comummente empregadas em construção com largo emprego em pavimentação na forma de paralelepípedos ou mesmo sub-base de rodovias; é usada também em leitos de ferrovias. É frequentemente utilizada como pedra britada, quando o teor em mica é baixo. Aceita polimento, permitindo obtenção de material de fino acabamento em forma de lajes.
Os gnaisses graníticos são considerados rochas ornamentais, pois apresentam beleza visual e são resistentes tanto a ataques químicos quanto ao polimento natural ao longo dos anos.
Tendo em conta as propriedades do Gnaisse, esta rocha pode ser substituída principalmente pelo granito e pelo mármore. Esta substituição acontece por causa das propriedades semelhantes que estas rochas apresentam em relação ao Gnaisse.
Por exemplo, o granito pode substituir o Gnaisse na construção civil, mais precisamente como pedra brita para construção de edifícios, construção de betão, nas ferrovias, isso devido a sua elevada resistência aos agentes da geodinâmica externa, elevada resistência a meteorização, e também a elevada resistência ao impacto. 
A referida rocha, ainda pode substituir o Gnaisse no revestimento de paredes, pisos, bancadas mais em ambientes internos bem como em ambientes externos, húmidos ou secos, com baixo ou maior trafego, pois o seu grão de absorção de líquidos e baixo e é um material que pode ser polido facilidade varias o que prolonga o tempo de vida.
Além do granito, o Gnaisse pode ser substituído pelo mármore principalmente no ponto de vista da sua aplicação. O mármore pode ser usado na ornamentação de paredes, pisos apenas em ambientes internos e menos húmidos principalmente em ambientes de baixo trafego pois a sua resistência ao impacto tanto a resistência a absorção de líquidos, assim como a resistência aos agentes da geodinâmica externa e muito baixa. 
É aconselhável usar em ambientes internos também, devido a sua cor clara e de extrema elegância o que ajuda a diminuir a sensação de calor. 
Não são usados em ambientes de muito trânsito e muito impacto no solo, por conta da sua resistência ao desgaste e ataques químicos. 
Não e recomendado em ambientes frequentemente exposto a água pois apresenta maior porosidade
Mármore
A pedra é um dos materiais há mais tempo utilizados pelo homem na construção civil. Por todas as suas peculiaridades, tem sido uma poderosa moeda de troca, movendo economias e gerando riqueza para vários países no mundo. Atualmente, o continente europeu é o que mais detém a extração, principalmente do mármore. Mas, até ser utilizado na arquitetura e na decoração, ele deve passar por um longo processo, desde o corte ao tratamento final das placas .
Depois disso, sua aparência fica tão bonita que se torna um diferencial nos projetos tanto de áreas internas quanto externas.
O mármore é uma rocha metamórfica proveniente do calcário e dependendo da composição de seus minérios pode apresentar variadas cores como rósea, branca, esverdeada ou preta. Dentre esses minérios está a mica, o feldspato e outros.
Ela recebe o nome de rocha metamórfica porque é formada a partir da transformação físico-química sofrida pelo calcário a altas temperaturas e pressão. Isto exlplica porque as maiores jazidas de mármore se encontram em regiões de atividade vulcânica e que possuem a rocha matriz calcária.
O grau metamórfico juntamente com a composição química do mineral é que moldam a rocha dando variadas cores e texturas, e fazem do mármore um material rentável na indústria de rochas ornamentais.
O mármore é usado em decorações, na confecção de objetos ornamentais e esculturas. A famosa estátua Vênus de Milo foi esculpida em mármore no século II a.C. O mármore pode ainda ser usado em construções civis na fabricação de objetos para uso domiciliar como pias, mesas e pisos.
Em nosso país, as maiores concentrações de mármore estão no estado do Espírito Santo, sendo este também o maior produtor de rochas ornamentais do país. A História da mineração do Mármore, no Espírito Santo, surgiu com o início das atividades de fábricas de cimento, mas a utilização do calcário e sua mineração são desde 1878, quando era usado para a fabricação de cal, tijolos e telhas.
O mármore pode apresentar uma variedade de cores e texturas. Por isso, ele é altamente utilizado na indústria da construção civil. Mas, os motivos vão além das questões estéticas. Essa rocha apresenta características bastante impressionantes, como a alta durabilidade, porosidade e resistência à ruptura. Só que, em contrapartida, ela requer certos cuidados quanto à sua limpeza e manutenção. Deve-se evitar o contato com água sanitária, ácidos, óleos e gorduras que possam manchar ou corroer o material.
Esteatito
Esteatito (também pedra de talco ou pedra-sabão) é o nome dado a uma rocha metamórfica, compacta, composta sobretudo de talco (também chamado de esteatite ou esteatita), mas contendo muitos outros minerais como magnesita, clorita, tremolita e quartzo, por exemplo. É uma rocha muito branda e de baixa dureza, por conter grandes quantidades de talco na sua constituição. A pedra-sabão é encontrada em cores que vão de cinza a verde. Ao tato, dá uma sensação de ser oleosa ou saponácea, derivando-se daí sua designação de pedra-sabão. Existem grandes depósitos de valor comercial no Brasil, em maior escala no estado de Minas Gerais.
Características físicas
A pedra-sabão é praticamente impenetrável. Não é afetada por substâncias alcalinas ou ácidas. Uma das notáveis características da pedra-sabão é sua excelente capacidade de resistir a extremos de temperatura desde muito abaixo de zero até acima de cerca 1000 °C. A pedra-sabão resiste às exposições e mudanças de condições atmosféricas durante séculos.[carece de fontes]
A 709 metros de altitude, com cerca de 30 metros de altura e totalmente revestida de chapas de pedra-sabão, a estátua do Cristo Redentor foi construída entre 1926 e 1931.
Usos da pedra-sabão
Este tipo de rocha é muito utilizado na fabricação de panelas, esculturas e decoração, pela facilidade com que é trabalhada. O seu uso é generalizado pelo mundo afora: desde as esculturas tradicionais dos Inuit até a algumas obras do Aleijadinho.[1] É especialmente utilizada na construção de lareiras, também pela sua capacidade de absorver e distribuir de forma regular o calor.
A pedra-sabão, em virtude de suas excelentes propriedades de absorção de calor, retém quase todo o calor produzido pela fonte de energia (madeira, carvão mineral, carvão vegetal, gás, energia elétrica) e o conduz rapidamente, através do chamado aquecimento de massa térmica. Isto significa que a própria pedra atuacomo uma eficiente fonte de calor e não a chama propriamente dita, como acontece com as tradicionais lareiras abertas. Por outras palavras, o calor absorvido pela massa da pedra-sabão é, em seguida, liberado lenta e uniformemente no passar do tempo, mesmo após a fonte de calor se extinguir ou ser desligada. Outra característica notável da pedra-sabão é que gera calor radiante, enquanto permanece, em geral, isenta de perigo ao toque.
No Brasil, especialmente no Estado de Minas Gerais e na cidade turística de Ouro Preto, esta pedra é usada para a confecção de artesanatos feitos pela população local como: Porta-jóias, panelas, canecas, taças de vinho, além de souvenirs e estatuetas. Encontrados em feiras locais e pela internet. Algumas tribos da América do Norte utilizavam a pedra-sabão para produzir tigelas, recipientes para cozinha e outros objetos; historicamente, este hábito era particularmente comum durante o chamado período arqueológico arcaico.[2] Outras tribos faziam cachimbos de pedra-sabão para fumar tabaco; inúmeros exemplares já foram encontrados em artefatos de diferentes culturas de nativos norte-americanos e outros continuam em uso nos dias de hoje. A baixa condutividade de calor da pedra-sabão permite o fumo de forma prolongada, sem que o cachimbo se aqueça demais.[3]
Os viquingues escavavam pedra-sabão diretamente da pedra matriz, manufaturavam panelas e as vendiam localmente e no exterior.
 Tepe Yahya, uma antiga cidade comerciante no sudeste do Irã, era um centro de produção e distribuição de pedra-sabão nos anos de 5000 a 3000 A.C.[5] A pedra-sabão também era utilizada na Civilização Minoica em Creta. No Palácio de Cnossos, a recuperação arqueológica incluiu uma magnificente mesa cerimonial feita de estereatita. 
Os Iorubás do oeste da Nigéria utilizavam pedra-sabão em muitas estátuas, especialmente em Esie, onde arqueologistas descobriram centenas de estátuas de homens e mulheres do tamanho de metade de uma pessoa. Os Iorubás de Ife também produziram um obelisco em miniatura de pedra-sabão com animais de metal chamada supersticiosamente de "os empregados de Oranmiyan".
A pedra-sabão tem sido usada na Índia durante séculos como material para esculturas. A mineração desta pedra para atender a demanda mundial de talco está ameaçando o habitat natural dos tigres indianos
 Os templos do Império Hoysala eram feitos de pedra-sabão.
 A pedra-sabão é usada por ferreiros como um marcador pois, devido à sua resistência ao calor, ela se mantém visível mesmo quando aquecida. Também vem sendo utilizada por muitos anos por costureiras, carpinteiros e outros artesãos como um giz para fazer marcas no material a ser trabalhado, pois suas marcas são visíveis e podem ser apagadas.
Outro uso deste material é o de servir como molde para trabalhar materiais maleáveis como o peltre ou prata, devido à sua facilidade de ser trabalhado e sua não degradação com o calor. A superfície lisa da pedra-sabão permite a fácil retirada do objeto fundido do molde.
Pedra-sabão minada localmente era utilizada como pedra de túmulos no nordeste do estado da Geórgia, EUA, do século XIX, nas regiões de Dahlonega e Cleveland.
A pedra-sabão também é bastante utilizada pelos chineses para a confecção de selos (em forma de carimbo) para a assinatura de cartas e documentos.
A pedra-sabão é comumente utilizada como isolante elétrico ou como caixa de força que abriga componentes elétricos, devido à sua durabilidade e baixa condutividade elétrica, e porque pode ser moldada em formatos complexos mediante fundição. O esteatito sofre transformações nas suas propriedades físico-químicas quando aquecido em temperaturas de 1000–1200 °C, convertendo-se em enstatita and cristobalita. Na escala Mohs, esta transformação corresponde a um aumento de dureza de 1 para 5.5–6.5. 
Como tratar a pedra-sabão
Utilizar óleo mineral (qualquer tipo de óleo hidrocarbônico, que pode ser adquirido em farmácias). Esfregar o óleo na pedra. Remover excedentes para que não haja aparência de molhado. No passar do tempo, fazer nova aplicação de óleo. Os seladores de pedras produzem pouco efeito sobre a pedra-sabão, em comparação com granito ou ardósia. Fazer a limpeza com esponja ou com pano macio, utilizando água limpa e detergente neutro, se necessário.
Basalto
Origem
Ígnea, Vulcânica, Hipoabissal
Família Gabro-basalto
Basaltos são rochas com teores de SiO2 entre 45 e 52%, com teor de álcalis totais (Na2O + K2O) menor que 5%. Quimicamente podem ser subdivididos ou classificados de acordo com o diagrama AFM (Ivine & Baragar, 1971 – Figura 1A), em basaltos toleíticos e alcalinos, e de acordo com o diagrama SiO2 versus (FeOT/MgO) (Myiashiro, 1975 – Figura 1B) em cálcio-alcalinos, fracamente cálcio-alcalinos e toleíticos.
De acordo com o diagrama de mineralogia normativa Diopsídio (Enstatita + Ferrossilita + Wollastonita) – Olivina (Forsterita + Fayalita) – Hiperstênio (Enstatita + Ferrossilita) (Chayes, 1966), os basaltos são classificados em alcalinos e subalcalinos, enquanto no diagrama tetraédrico basáltico (Yoder e Tilley, 1962) estas são classificadas em basaltos alcalinos, olivina basaltos, olivina toleítos, hiperstênio basaltos e toleítos 
Os basaltos também podem ser classificados de acordo com o ambiente tectônico no qual se estabeleceram, em MORB (mesoceanic ridge basalts – basaltos de cadeia meso-oceânica), que são empobrecidos em elementos químicos incompatíveis, principalmente elementos litófilos de raio iônico grande (LILE – large ion litophile elements) e elementos terras raras leves (LREE – light rare earth elements), OIB (ocean island basalts – basaltos de ilhas oceânicas), que são enriquecidos em elementos químicos incompatíveis, e basaltos intracontinentais. De acordo com as variações químicas observadas nos basaltos do tipo MORB, estes podem ainda ser subdivididos em N-MORB (normal mesoceanic ridge basalts – basaltos normais de cadeia meso-oceânica), E-MORB (enriched mesoceanic ridge basalts – basaltos enriquecidos de cadeia meso-oceânica) e T-MORB (transitional mesoceanic ridge basalts – basaltos transicionais de cadeia meso-oceânica).
Descrição Macroscópica
São rochas holocristalinas, hipocristalinas ou raras vezes vítreas, com matriz afanítica. Normalmente apresentam estrutura isotrópica, mas podem preservar estruturas de fluxo quando efusivas, como pahoehoe, cordada ou fluidal, e estruturas miloníticas ou cataclásticas quando intrusivas.
clinopiroxênio e olivina (55-35%); plagioclásio cálcico (An > 50% – labradorita) (40-60%); pode conter matriz vítrea ou vidro vulcânico.
óxidos (cromita, titanomagnetita ou ilmenita); apatita; pode conter piroxênio com baixo teor de cálcio (enstatita ou pigeonita), olivina, nefelina ou outro feldspatoide como minerais qualificadores, sendo que piroxênios com baixo teor de cálcio e feldspatoides não podem coexistir neste tipo de rocha. Como minerais secundários, produto de alteração ou anquimetamorfismo, pode ocorrer serpentina, iddingsita, esmectita, clorita ou sericita.
Texturas e microestruturas
Os tipos holocristalinos costumam apresentar textura pilotaxítica, subofítica ou ofítica; os tipos hipocristalinos podem apresentar textura vitrofírica, variolítica, intersertal, intersticial ou hialopilítica; enquanto os tipos vítreos são geralmente maciços ou compactos, com cristalitos e microlitos denominados de taquilita. A granulação, muito fina a fina, possui uma distribuição serial do tamanho dos cristais. Em geral são afíricos, mas quando mais evoluídos, podem apresentar fenocristais ou microfenocristais de olivina, piroxênio (em geral augita diopsídica) ou plagioclásio (anortita, bytownita, ou mais frequentemente, labradorita).
Turmalina Negra 
Os minerais do grupo da turmalina constituem um dos mais complexos grupos de silicato quanto à sua composição química, sendo todos eles ciclossilicatos. A composição química da turmalina é Na(Mg,Fe,Li,Mn,Al)3Al6(BO3)3Si6.O18(OH,F)4 .Trata-se de um grupo de silicatos de boro e alumínio, cuja composição é muito variável devido às substituições isomórficas (em soluçãosólida) que podem ocorrer na sua estrutura. Os elementos que mais comumente participam nestas substituições são o ferro, o magnésio, o sódio, o cálcio e o lítio existindo outros elementos que podem também ocorrer. A palavra turmalina é uma corruptela da palavra turamali do cingalês para pedra que atrai a cinza (uma referência às suas propriedades piroeléctricas).
 Turmalina apresenta uma grande variedade de cores. Geralmente as ricas em ferro vão desde o preto ou preto-azulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente em todas as cores do arco-íris,azul, verde, vermelho, amarelo ou cor-de-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado turmalina melancia).
Exemplar de Turmalina Melancia ( Rocha em seu estado Bruto)
A variedade mais comum de turmalina é a schorl ou schorlita, descrita pela primeira vez por Johannes Mathesius em 1524. Estima-se que possa corresponder a 95% ou mais de toda a turmalina existente na natureza. O significado da palavra schorl é um mistério tratando-se talvez de uma palavra de origem escandinava.
Gemas de turmalina vivamente coloridas, provenientes de Sri Lanka, foram trazidas para a Europa em grandes quantidades pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, para satisfazer a sua procura como objeto de curiosidade e como gema. Nessa altura, não se sabia que schorlita e turmalina eram o mesmo mineral. 
Pizoeletrectricidade
Turmalina Lapidada
Todos os cristais hemimórficos são piezoeléctricos e frequentemente também piroeléctricos. Quando aquecidos, os cristais da turmalina tornam-se carregados electricamente - positivamente numa extremidade e negativamente na outra, tal como uma bateria. Devido a este efeito os cristais de turmalina em colecções podem apresentar uma camada de pó pouco recomendável quando exibidos sob luzes que produzam muito calor. As propriedades eléctricas pouco comuns da turmalina tornaram-na famosa no século XVIII.
Ocorrências na Natureza
A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes geológicos. Rochas ígneas, em particular o granito e pegmatitos graníticos e nas rochas metamórficas como o xisto e o mármore. A schorlita e as turmalinas ricas em lítio são geralmente encontradas em granitos e pegmatitos graníticos. As turmalinas ricas em magnésio (dravites), estão limitadas aos xistos e aos mármores. Além disso, a turmalina é um mineral resistente e pode ser encontrada em quantidades menores na forma de grãos em areias, arenitos e conglomerados.
Usos e Aplicações 
A turmalina é usada em joalharia, em manometros e alguns tipos de microfones. Nas jóias, a indicolita (azul) é das mais caras seguida pela verdelita (verde) e pela rubelita (cor-de-rosa ou vermelha). Ironicamente, a variedade mais rara, a acroíta (incolor), não é apreciada sendo a menos cara das turmalinas transparentes. Em 1989, foi descoberta em São José da Batalha, Paraiba (Brasil) a turmalina Paraíba, com uma cor verde ou verde-azulada bem diferente das conhecidas, e que é hoje a variedade mais cara de todas. Posteriormente, a turmalina Paraíba foi encontrada também no estado do Rio Grande do Norte e na África (Moçambique e Nigéria). Essas jazidas estão em vias de esgotamento.
Obsidiana
Origem Ígnea, Vulcânica
Família Granito-riolito
Rocha efusiva, formada pelo resfriamento rápido de magmas geralmente riolíticos, formando-se de material essencialmente vítreo. É também conhecida como pedra-da-bruxa. É uma rocha ácida, potássica, metaluminosa, subalcalina ou alcalina.
Classe de coloração Leucocrática, Hololeucocrática
Texturas e microestruturas
A estrutura pode ser maciça, vesicular, amigdaloidal, escoriácea ou celular, com fratura conchoidal. Trata-se de uma rocha de textura holovítrea, desprovida de cristais e de grau de visibilidade vítreo.
A obsidiana é produzida quando lavas félsicas emitidas por um vulcão arrefecem rapidamente com pouca ou nenhuma cristalogénese. A obsidiana é frequentemente encontrada nas margens de escoadas lávicas de características félsicas, especialmente das riolíticas, nas quais o alto teor em dióxido de silício propicie uma composição química que induz elevada viscosidade e um alto grau de polimerização na lava. A inibição da difusão atómica que resulta da alta viscosidade e polimerização explica a reduzida taxa de crescimento dos cristais.
Para a formação da obsidiana é fundamental um baixo teor mássico de água (em geral em torno de 1%), sendo que quando o teor em água excede os 2-3% (em massa), a formação de micro-bolhas na lava em arrefecimento produz pedra-pomes em vez de obsidiana. Em situações intermédias forma-se a retinite, uma massa igualmente amorfa (e portanto um mineralóide), mas com grandes percentagem de inclusões cristalinas e sem o lustre vítreo típico da obsidiana.
A natureza vítrea da obsidiana, na essência um sólido amorfo, ou seja um vidro, confere a esta rocha uma elevada dureza (5-6 na escala de Mohs) e fragilidade, pelo que fractura na forma concoide, produzindo lâminas com gume muito afiado. A capacidade de formar lâminas cortantes de elevada dureza levou a que a obsidiana fosse utilizada no passado na manufactura de ferramentas de corte e de perfuração, tendo recentemente sido utilizada na produção experimental de lâminas cirúrgicas a utilizar em bisturis de grande precisão
Origem e propriedades
O nome «obsidiana» deriva de uma observação constante da obra História Natural de Plínio, o Velho, que afirma que:
“	... entre as várias formas de vidro deve ser considerado o vidro obsiano, uma substância muito similar à encontrada por Obsius na Etiópia.	”
Este texto de Plínio, o Velho, estabelece a etimologia do nome «obsidiana», assim designada por se assemelhar ao vidro vulcânico encontrado na Etiópia por Obsius, um explorador romano, a que fora dado o nome de obsiānus lapis, em honra do seu descobridor.
A obsidiana forma-se quando a lava, o material de que é originária, arrefece rapidamente sem permitir a cristalização da maioria dos seus compostos constituintes. As tectites foram durante muito tempo consideradas como obsidianas produzidas por erupções vulcânicas lunares, mas na actualidade poucos cientistas consideram verdadeira essa hipótese, atribuindo antes a sua formação ao impacte de corpos extraterrestres.
A obsidiana é um material semelhante a um mineral, ou seja um mineralóide, mas não um verdadeiro mineral pois, por ser um vidro, isto é um sólido amorfo, não cumpre um dos requisitos essenciais dos minerais que é serem cristalinos. Para além disso, a sua composição química é demasiado complexa para que pudesse constituir um único mineral.
Apesar da obsidiana ser geralmente de coloração escura, similar a rochas máficas como os basaltos, a composição da obsidiana é em extremo félsica. A obsidiana é composta maioritariamente por SiO2 (dióxido de silício), geralmente numa proporção de 70% ou mais. Entre as rochas cristalinas com composição semelhante à obsidiana incluem-se os granitos e os riolitos.
Em consequência da obsidiana ser metaestável nas condições prevalecentes na superfície da Terra (com o tempo o vidro transforma-se em finos cristais minerais), não é encontrada obsidiana formada antes do Período Cretáceo. Este processo de decomposição da obsidiana é acelerado pela presença de água. Tendo em geral menos de 1% de água (em peso) na sua composição quando é formada, a obsidiana fica progressivamente hidratada quando exposta às águas subterrâneas, formando perlite.
A obsidiana pura tem em geral uma coloração escura, mas a cor varia em consequência da presença de impurezas. Ferro e magnésio tipicamente dão à obsidiana uma coloração negra ou castanho escuro. São conhecidas algumas rarasocorrências de obsidiana quase incolor. Em algumas rochas, a inclusão de pequenos cristais brancos de cristobalite, forma aglomerados radiais no seio do vidro negro que produzem um padrão de manchas, por vezes em forma de floco de neve (obsidiana floco de neve). A obsidiana pode conter padrões formados por bolhas de gás que permaneceram do fluxo da lava, alinhadas ao longo de camadas criadas à medida que a rocha fundida fluía antes de arrefecer. Essas bolhas podem produzir interessantes efeitos tais como um brilho dourado (obsidiana brilhante). Um brilho iridescente, em forma de arco-íris (obsidiana arco-íris) é causado pela inclusão de nanopartículas de magnetite.
Ocorrência
A obsidiana pode ser encontrada em locais onde tenham ocorrido erupções riolíticas, pelo que apesar de não ser uma rocha comum ocorre em múltiplas áreas de vulcanismo recente, desde a Australásia, à Eurásia e às Américas,para além de diversas regiões insulares.
Na América do Norte a obsidiana ocorre em escoadas lávicas no interior das caldeiras do Vulcão Newberry e do Vulcão de Medicine Lake no Cascade Range e nas Inyo Craters a leste da Sierra Nevada na Califórnia. O Yellowstone National Park inclui uma área rica em obsidiana localizada entre Mammoth Hot Springs e a Norris Geyser Basin. Existem depósitos em diversos estados do oeste dos Estados Unidos, incluindo Arizona, Colorado, New Mexico, Texas, Utah, Washington, Oregon e Idaho. Depósitos de obsidiana foram também localizados no leste do continente, nos estados de Virgínia, Pennsylvania e Carolina do Norte.
Na região do Mediterrâneo central são conhecidos depósitos em quatro regiões: Lipari, Pantelleria, Palmarola e Monte Arci. Na região do Mar Egeu são conhecidos desde a Antiguidade depósitos em Milos e Giali.
A região em torno da cidade de Acigöl e o vulcão de Göllü Dağ são as mais importantes origens de obsidiana conhecidos na Anatólia central e uma das mais importantes origens deste material durante o período pré-histórico no Oriente Médio.
Uso pré-histórico e histórico
Ponta de flecha feita de obsidiana
A primeira evidência arqueológica conhecida do uso de obsidiana foi descoberta em Kariandusi e outros sítios da idade Achelense (que começou há cerca de 1,5 milhões de anos atrás) e foi datada de 700.000 a. C, ainda que o número de objectos encontrados nestes sítios seja muito limitado em comparação com o Neolítico.
A análise do uso de obsidiana na cerâmica do Neolítico na área em torno de Lipari demonstra que este é significativamente mais baixo a uma distância equivalente a duas semanas de caminhada. A obsidiana proveniente da Anatólia foi utilizada no Levante e na região do actual Curdistão iraquiano desde cerca de 12 500 a. C. A primeira evidência do seu uso por civilizações do período histórico foi encontrada em escavações realizadas em Tell Brak e data de finais do quinto milénio.
A obsidiana foi muito valorizada nas culturas da Idade da Pedra porque, como o sílex, podia ser fracturado para produzir lâminas cortantes ou pontas de flecha e de lança. Como ocorre com todos os vidros vulcânicos e alguns outros tipos de rochas, a obsidiana fractura-se com uma característica fractura concoide. A forma de fractura da obsidiana permite que se possa golpear com outras pedras para modificar a sua forma, permitindo a criação de objectos com formas complexas.
A obsidiana também era polida para criar espelhos rústicos primitivos. Para calcular a idade dos artefactos de obsidiana, os arqueólogos modernos desenvolveram um sistema de datação relativa conhecido por datação por hidratação da obsidiana.
Oriente Médio
Ferramentas de obsidiana de Tilkitepe, Turquia, datadas do quinto milénio antes de Cristo (Museu das Civilizações da Anatólia)
No Período de al-Ubaid,no quinto milénio antes de Cristo, já se faziam facas a partir de obsidiana minado no território que hoje é a Anatólia central, Turquia.
No Antigo Egipto utilizou-se para fins decorativos obsidiana importada das ilhas do Mediterrâneo oriental e das regiões do sul do Mar Vermelho. A obsidiana também se utilizava em circuncisões rituais pela sua agudez e maneabilidade. Na zona do Mediterrâneo oriental utilizou-se obsidiana para fabricar ferramentas, espelhos e objectos decorativos.
Também se encontraram objectos de obsidiana em Gilat, um sítio no oeste de Negueve, em Israel. Oito artefactos de obsidiana de Gilat que datam da Idade do Cobre são provenientes dos jazigos da Anatólia. Mediante a análise de ativação de neutrões (NAA) na obsidiana encontrada neste sítio conseguiu-se determinar rotas comerciais e redes de intercâmbio desconhecidas até então.
Américas
A análise cuidadosa da obsidiana numa cultura ou lugar pode ser de grande utilidade para reconstruir o comércio, a produção e a distribuição, e com isso compreender os aspectos económicos, sociais e políticos de uma civilização. Este é o caso de Yaxchilán, uma cidade maia onde até se estudaram as implicações das guerras ligadas com o uso de obsidiana e os seus restos.[36] Outro exemplo é a recuperação arqueológica dos sítios costeiros Chumash na Califórnia, que apontam para a existência de laços comerciais importantes com o longínquo sítio de Casa Diablo nas montanhas da Sierra Nevada.
As culturas mesoamericanas usaram profusamente a obsidiana para elaborar ferramentas e ornamentos. Também a utilizaram para elaborar armas, como as espadas de madeira dura com folhas de obsidiana incrustadas, conhecidas como hadzab entre os maias ou macuahuitl entre os aztecas. A arma era capaz de infligir terríveis lesões por combinar as lâminas afiladas da obsidiana com o corte irregular de uma arma de serra.
As populações aborígenes das Américas comercializavam a obsidiana por todo o continente. Como cada vulcão, e em alguns casos cada erupção vulcânica, produz obsidiana com características distintas, os arqueólogos podem traçar as origens de cada artefacto específico. As mesmas técnicas de rastreio permitiram rastrear a origem da obsidiana encontrada na Grécia como procedente de Melos, Nisyros ou Giali, ilhas do mar Egeu. Os blocos e as folhas de obsidiana vendiam-se terra adentro, a grandes distâncias da costa.
Em Chile encontraram-se ferramentas de obsidiana provenientes do vulcão Chaitén tão longe como em Chan-Chan, Mehuín, 400 km a norte do vulcão e também em vários lugares a 400 km ao sul do vulcão.
Ilha de Páscoa
Na Rapa Nui (Ilha de Páscoa) a obsidiana, denominada pelos antigos rapanui como mat'a, foi utilizada para elaborar ferramentas afiladas, tanto de corte como para a guerra, em forma de pontas de lança, as quais foram encontradas abundantemente em toda a ilha, e também como material para formar as pupilas dos olhos das estátuas moai (ou mo'ai).
Uso atual
Actualmente, alguns cirurgiões utilizam lâminas de obsidiana porque o seu fio é até cinco vezes mais delgado que o dos bisturis de aço. Os cortes feitos com as lâminas de obsidiana são mais finos e causam menos dano ao tecido orgânico, permitindo que as feridas cirúrgicas sarem mais rapidamente.
Apesar de nos Estados Unidos o uso de lâminas de obsidiana para fins cirúrgicos em seres humanos não ter ainda sido aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a obsidiana é utilizado como escalpelo por alguns cirurgiões, porque as folhas de obsidiana bem preparadas apresentam um fio muito mais nítido que os bisturis cirúrgicos de alta qualidade de aço; o fio da obsidiana tem uma espessura de apenas 3 nanómetros. Mesmo a lâmina de metal melhor afiada tem uma folha irregular e dentada quando vista sob um microscópio; pelo contrário, as lâminas de obsidiana apresentam-se suaves e uniformes quando examinadas, mesmo com recurso a um microscópio electrónico.
A obsidiana é também utilizada para fins ornamentais e como pedra preciosa. Desde a década de 1970 que se utiliza obsidiana para a fabricação da base dos giradiscos, como por exemplo o modelo SH-10B3 da Technics, de coloração negra grisácea.
Sodalita
A sodalita é um mineral raro de coloração geralmente azul ou violeta-azulada, amplamente usado como gema e em objetos ornamentais.Pode ser também cinza, amarela, verde ou rosa e é frequentemente manchada de branco, o que diminui seu valor. É lapidada em em cabuchão ou em forma de contas. Translúcida, muito raramente transparente. Quando azul, assemelha-se ao lápis-lazúli, dele diferindo pela densidade e pela presença de pirita, rara na sodalita. Seu azul é diferente, sendo do tipo azul royal e não ultramarino, como o lápis-lazúli e a lazurita. Distingue-se ainda de minerais semelhantes por seu traço branco. Possui seis direções de clivagem pobre, que se traduzem em fendas incipientes através da pedra. É um mineral relativamente frágil, assim chamado pela presença de sódio em sua composição. Mineralogicamente, é classificada como feldspatoide. . O grupo da sodalita inclui outros três silicatos cúbicos: hauynita, noseana e lazurita.
Estrutura
A sodalita é um mineral cúbico que consiste em uma rede de gaiolas de aluminossilicato Na+ cátions na inter-framework. Essa estrutura, forma uma estrutura de gaiola semelhante a Zeólitos. Cada célula unitária contém duas estruturas de gaiola.[1] A sodalita natural contém principalmente ânions de cloreto nas gaiolas, mas eles podem ser substituídos por outros ânions, como sulfato, sulfeto, hidróxido, trissulfur com outros minerais no grupo sodalita representando composições de membros finais.
Descoberta em 1806 na Groenlândia, a sodalita só se tornou uma pedra ornamental importante a partir de 1891 quando vastos depósitos de material de boa qualidade foram descobertos em Ontário, Canada. Passou então a ser chamada de Azul Princesa em homenagem à Princesa Patrícia, que visitou Ontario algum tempo depois de sua descoberta e que escolheu a sodalita para decorar o interior de Marlborough House na Inglaterra. Atualmente muito usada na joalheria como gema semi preciosa.
A hackmanite é uma importante variedade de sodalita que exibe tenebrescência: em fratura recente, ela é violeta a vermelha, mas gradualmente passa a branca ou verde à luz solar. Se deixada em ambiente escuro por algum tempo, a cor violeta reaparecerá. O processo é acelerado se for usada luz ultravioleta de comprimento de onda curto. Muitas sodalitas também fluorescem com cor laranja sob luz UV.
Com hábito tipicamente maciço, é encontrada na forma de veios em rocha ígneas ácidas como nefelinassienitos. Associa-se a outros minerais típicos de ambientes insaturados, principalmente leucita, cancrinita e natrolita
Sodalita polida, Brasil.
Importantes depósitos de sodalita são encontrados em poucas localidades: Bancroft, Ontario e Mont-Saint-Hilaire, Quebec no Canadá; e Litchfield, Maine e Magnet Cove, Arkansas nos Estados Unidos. Jazidas menores são encontradas na América do Sul (Brasil e Bolívia), Portugal, Romênia, Myanmar e Rússia. A hackmanite é encontrada principalmente em Mont Saint-Hilare (Canadá) e Groenlândia. Nesta última localidade, é produziada uma variedade verde chamada sodalita camaleão. Cristais euédricos, transparentes são encontrados no norte da Namibia e nas lavas do Vesúvio, Itália. Estes espécimes raros são altamente valorizados pelos colecionadores.
Cianita
A cianita é um silicato tipicamente azul, mas que pode ser também incolor, verde ou castanho. É geralmente encontrada em pegmatitos metamórficos ou rochas sedimentares ricos em alumínio. É também chamada de distênio (ou distena) , que significa duas forças (do gr. sthenos) , porque tem durezas bem diferentes conforme a face considerada.A cianite é um polimorfo da andaluzita e da sillimanita. É um mineral fortemente anisotrópico. Na escala de Mohs, a sua dureza varia entre 4,5 e 7,0, dependendo da direção cristalográfica. Dureza variável é uma característica de quase todos os minerais, mas variação tão grande como a da cianita não é comum e considera-se um traço identificativo.
O nome deriva do grego kyanos, que significa azul, é um silicato tipicamente azul, mas que pode ser também incolor, verde ou castanho. É geralmente encontrada em pegmatitos metamórficos ou rochas sedimentares ricos em alumínio. É também chamada de distênio (ou distena) , que significa duas forças (do grego.sthenos) , porque tem durezas bem diferentes conforme a face considerada.
A cianite é um polimorfo da andaluzita e da sillimanita. É um mineral fortemente anisotrópico. Na escala de Mohs, a sua dureza varia entre 4,5 e 7,0, dependendo da direção cristalográfica. Dureza variável é uma característica de quase todos os minerais, mas variação tão grande como a da cianita não é comum e considera-se um traço identificativo.
Uso da Cianita Na Industria
Usa-se principalmente em produtos refractários e cerâmicos, incluindo porcelana. Utiliza-se na fabricação de utensílios de electricidade. A cianite também pode ser usada como pedra preciosa graças a sua cor. É importante também para os coleccionadores de minerais por sua beleza e raridade. A importância deste mineral é latente, já que inclusive, uma companhia, a Kyanite Mining Corporation dedica-se exclusivamente à sua extracção e beneficiamento. É produzida na Suíça, Quênia, Mianmar, Áustria e Brasil (Minas Gerais).
Olho de tigre 
é uma gema que exibe acatassolamento apresentando normalmente cor amarela a vermelho-marrom, com um lustre sedoso. Trata-se de crocidolita silicificada, um clássico exemplo de pseudomorfismo. Uma variedade de não totalmente silicificada é chamada olho de falcão. Um membro do grupo do quartzo, suas propriedades físicas e visuais são idênticas ou muito próximas às propriedades de um cristal simples de quartzo.
As gemas são geralmente lapidadas em cabochão para melhor exibirem o efeito de acatassolamento. Pedras de cor vermelha são obtidas por tratamento térmico. Pedras do cor-de-mel são usadas para imitar a muito mais valiosa variedade de crisoberilo olho-de-gato (cimófano), porém e o efeito final não é convincente.
4- Granada
Granada (do latim granatus, um grão) é o nome geral dos membros de um grupo de minerais com habitus cristalino constituído por dodecaedros e trapezoedros. São nesosilicatos de fórmula geral, A3B2(SiO4)3. As diversas variedades de granada podem incorporar diversos elementos químicos na sua estrutura, principalmente cálcio, magnésio, alumínio, ferro2+, ferro3+, cromo, manganês e titânio. As granadas não apresentam clivagem, mas mostram partição dodecaédrica. A fratura é concoidal a desigual; algumas variedades são muito resistentes e são valiosas para finalidades abrasivas. A dureza das granadas encontra-se no intervalo 6,5-7,5 e a densidade (peso específico) está entre 3,1 e 4,3. O brilho varia entre vítreo e resinoso, podendo ainda ser transparentes ou opacas, conforme a presença ou ausência de inclusões. As granadas podem apresentar as seguintes cores: vermelho, amarelo, marrom, preto, verde, ou incolor. Os membros do grupo da granada subdividem-se através da sua variabilidade química.
Membros do grupo granada
Piropo
Piropo, ou Rubi do Cabo, é uma granada de cor vermelho-sangue, devido a seu conteúdo de ferro e cromo. A sua fórmula é Mg3Al2(SiO4)3. O magnésio pode ser substituído em parte por cálcio e/ou ferro ferroso (Fe2+).
O piropo raramente possui inclusões, mas, quando presentes, estas se encontram em forma de cristais arredondados ou apresentam contorno irregular. Como todas as granadas, o piropo não possui clivagem, e a fratura é de subconcoide a irregular.
O piropo é encontrado em rocha vulcânica e depósitos aluviais e pode, juntamente com outros minerais, indicar a presença de rochas portadoras de diamantes. As localizações de jazidas incluem Arizona, África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Myanmar, Escócia, Suíça e Tanzânia.
Os exemplares transparentes são usados como gemas. Uma variedade importante de piropo - a rodolite, do grego a rosa - é originária do condado de Macon na Carolina do Norte, é caracterizada pela cor violeta-vermelha e por constituir uma solução sólida de 2:1 entre piropo e almandina.
A palavra piropo deriva do grego pyropos, significando flamejante. Os piropos suíço e sul-africano são pedras de vermelho mais claro do que as pedras da Boémia, onde se utilizao piropo na joalheria há mais de quinhentos anos.
Grossularite
Grossularite ou grossulária é uma granada de cálcio-alumínio com a fórmula Ca3Al2(SiO4)3, embora o cálcio pode em parte ser substituído por ferro ferroso (Fe2+) e o alumínio por ferro férrico (Fe3+). As cores mais comuns deste mineral são verde, canela, marrom, vermelho, e amarelo. A grossularite é um mineral típico de metamorfismo de contacto de calcários, onde se encontra associada a vesuvianite, diópsido, wollastonite e wernerite. Grossularite é um termo derivado da botânica.
Almandite
Almandite, almandina ou carbúnculo é uma granada do ferro-alumínio com a fórmula Fe3Al2(SiO4)3. As variedades transparentes podem ter bastante valor enquanto pedras preciosas. A almandite é um mineral comum em rochas metamórficas como o micaxisto, onde ocorre associado a estaurolite, distena, andaluzite, entre outros.
Espessartite
Espessartite ou Spessartita é uma granada de manganês e alumínio de fórmula Mn3Al2(SiO4)3. O nome é derivado da cidade de Spessart na Baviera. Esta variedade pode apresentar cores variadas, de acordo com o tipo e quantidade de impurezas. As mais famosas são as espessartites laranja de Madagascar e os exemplares violeta-vermelhos que ocorrem em riólitos do Colorado e Maine.
Uvarovite
Uvarovite ou Uvarovita é uma granada de cálcio e cromo de fórmula Ca3Cr2(SiO4)3. Dentro do grupo das granadas, é a variedade mais rara, surgindo em pequenos cristais de cor verde associados a cromita e serpentina.
A atraente e brilhante cor verde da uvarovite se deve à presença de cromo. Os cristais são muito frágeis, com fratura de subconcoide a irregular.
A uvarovite ocorre em rochas de serpentina. Os melhores cristais são encontrados nos Urais, na Rússia, em torno de cavidades ou fissuras na rocha. Outras fontes são a Finlândia, a Turquia e a Itália.
Andradite
Andradite ou Andradita é uma granada de cálcio e ferro de fórmula Ca3Fe2(SiO4)3, embora sejam comuns substituições catiónicas importantes. As cores dependem destas variações e podem ser vermelho, amarelo, marrom, verde ou preto. As variedades reconhecidas são topazolite (amarelo ou verde), demantoide (verde) e melantite (preto). A andradite pode ser encontrada em rochas ígneas de profundidade, como os sienitos, e em rochas metamórficas como os xistos e calcários. Seu nome homenageia o mineralogista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, mais conhecido por sua atuação na história política do Brasil, que lhe valeu o cognome de Patriarca da Independência.
5- Pedras Preciosas
As pedras preciosas são importantes na economia de muitos países, inclusive do Brasil, que é um dos maiores produtores do mundo. Nosso país produz cerca de 90 tipos diferentes de pedras preciosas, usadas em joias e em objetos decorativos. Nem todas as gemas são muito caras, mas algumas, como diamante, esmeralda, rubi, safira, turmalina paraíba, alexandrita e opala negra atingem preços altíssimos.
O diamante que não serve para uso em joias tem muitas aplicações na indústria em ferramentas de corte e perfuração. As granadas e o quartzo são usados como abrasivos. Rubis e safiras de baixa qualidade são usados como abrasivos e em relógios.
Abrasivos
Diversos minerais são usados como abrasivos, entre eles granada, coríndon, quartzo e estaurolita.
Ónix
Variedade semipreciosa de quartzo calcedônia, listrada de preto e branco. Entre suas variedades está o ônix carneliana, que possui listras brancas e vermelhas e a sardônia, que possui listras brancas e marrons. O nome "ônix" é apropriado somente às variedades em preto e branco mas é usado informalmente para as outras variedades.
É também usado para variedades de alabastro, mármore, obsidiana e opala, e enganosamente para materiais com listras contorcidas, como "ônix da caverna" e "ônix mexicana".
Etimologia
Ônix vem através do latim (da mesma grafia), do grego ὄνυξ, que significa "garra" ou "unha". Ônix com faixas brancas e cor de carne pode às vezes parecer uma unha.
O mineral é formado por listras de calcedônia em cores alternadas. É criptocristalino, consistindo de finos intercrescimentos dos minerais de sílica, quartzo e moganita. Suas bandas são paralelas umas às outras, em oposição às bandas mais caóticas que frequentemente ocorrem em ágatas.
A sardônica é uma variedade em que as listras coloridas são cornalinas (tons de vermelho) em vez de preto. A ônix na cor preto é talvez a variedade mais famosa, mas não é tão comum quanto a com faixas coloridas. Tratamentos artificiais são usados desde os tempos antigos para produzir tanto a cor preto para a "ônix preto" e os vermelhos e amarelos para a sardônia. A maioria das "ônix pretas" no mercado são coloridas artificialmente.
Imitações e tratamentos
O nome também tem sido comumente usado para rotular outros materiais com listras, como a calcita encontrada no México, Índia e outros locais, e muitas vezes esculpidas, polidas e vendidas. Este material é muito mais suave do que a ônix verdadeiro, e muito mais disponível. A maioria dos itens esculpidos vendidos como "ônix" hoje são carbonatos.
Tipos de ônix artificiais também foram produzidos a partir de calcedônia comum e ágata lisa. O naturalista do primeiro século Plínio, o Velho descreveu essas técnicas sendo usadas nos tempos romanos. Tratamentos para a produção de preto e outras cores incluem a imersão fervura da calcedônia em soluções de açúcar, em seguida, tratamentos com ácido sulfúrico ou ácido clorídrico para carbonizar os açúcares que foram absorvidos nas camadas superiores da pedra..Estas técnicas ainda são usadas, assim como outros tratamentos de tingimento, e a maioria das chamados “ônix pretas” vendidas são tratadas artificialmente.
 Além dos tratamentos com corantes, o aquecimento e o tratamento com ácido nítrico têm sido usados para clarear ou eliminar cores indesejáveis.
Ocorrência geográfica
É uma pedra preciosa encontrada em várias regiões do mundo, incluindo Iêmen, Uruguai, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, República Tcheca, Alemanha, Índia, Indonésia, Madagascar, América Latina, Reino Unido e vários estados dos EUA.
Uso histórico
A pedra tem uma longa história de uso em esculturas e jóias, onde geralmente é cortada como um cabochão ou em miçangas. Também tem sido usada para intaglio e camafeus, onde as bandas fazem a imagem contrastar com o fundo.A maior parte das ônix é natural, porém muito do material disponível comercialmente é produzido através da colorização de ágata.
A pedra foi usada no Egito já na Segunda Dinastia para fazer tigelas e outros itens de cerâmica. O uso da sardonia aparece na arte da civilização minoica, principalmente das recuperações arqueológicas em ´Knossos.
A ônix verde brasileira era frequentemente usada como plinto para esculturas art déco criadas nas décadas de 1920 e 1930. O escultor alemão Ferdinand Preiss usou a ônix verde brasileira para a base na maioria de suas esculturas criselefantina.A ônix verde também era usada em bandejas e pratos - produzidos principalmente na Áustria - frequentemente com pequenos animais de bronze .
Jaspe
 Segundo Cornejo (2010) o Jaspe é uma variedade do quartzo criptocristalino que se diferencia dos demais minerais que compõe o grupo devido à sua opacidade, que se apresenta mesmo variando a espessura da placa que for seccionada. Outra característica presente nesta rocha é a presença de impurezas em sua estrutura porosa. E esta impurezas, que podem ser muito diferentes, geram cores, matrizes e padrões muito variados. Daí a grande variedade de Jaspes que conhecemos.
De acordo com o mesmo autor, o Jaspe é uma mistura fina de argila e sílica, cujo nome, derivado do grego, significa “pedra manchada ou pontilhada”. Este mineral é muito apreciado e conhecido por quem coleciona, estuda ou os utiliza em terapias alternativas, pois suas mais variadas cores e nuances proporcionam pedras únicas e especiais.
 O Jaspe é uma pedra abundante em todo o mundo, existindo numa variedade de cores e de padrões que têm designações individualizadas. A palavra «Jaspe» deriva do grego «iapis» quesignifica «Ágata» e, de facto, o Jaspe e as suas variedades costumam agrupar-se no grupo a que pertencem a Ágatae a Calcedónia , que incluem as variedades de quartzo fibrosas e granulosas. O Jaspe é uma variedade densa e opaca, microcristalina, de quartzo e os seus grãos são finos, semelhantes a grãos de açúcar, ocorrendo em nódulos ou no enchimento de fissuras numa variedade de cores: castanho, branco, cinzento azulado, cinzento, laranja, amarelo, vermelho, rosado, verde, púrpura, multicolor.
Materiais de origem 
Óxido de sílica, dióxido com ferro, manganês, enxofre, traços de magnésio.
Coloração 
 Vermelho, vermelho-escuro, opaco, castanho, branco, cinzento azulado, cinzento, laranja, amarelo, rosado, verde, púrpura, multicolor e muitas outras variedades
 Como já falado, este mineral pode ser encontrado nas mais variadas cores e tonalidades, e também pode apresentar veios, fios, listras paralelas ou curvas, desenhos concêntricos, pontos, manchas, nódulos, etc. Cada combinação de características vai formar um tipo de jaspe encontrado no mercado. Inclusive suas formas e cores acabam dando nome, comerciais na maioria das vezes, a uma infinidade de exemplares. A impureza chega a representar 20% da gema.
Curiosidade
O jaspe é uma variedade semicristalina de agregado de quartzo opaco, finamente granulado, de cores diversas e aspectos muito variados, manchado irregularmente ou com camadas, sendo a cor mais comum a vermelha.
Os nativos americanos usaram a Jaspe em cerimônias para trazer chuva e para a adivinhação. No Egito antigo eram usados como amuletos esculpindo-os em forma de besouro, um antigo rei egípcio, Nechepsus, usava, para fortalecer seu aparelho digestivo.
Na Idade Média foi considerado a pedra dos vencedores, colocada em suas espadas, como foi o caso sigifrido vestindo um jaspe Balmung no punho. 
 A palavra jaspe, vem do grego iaspi que significa "pedra manchada".
Na Antiguidade o jaspe tinha uma grande reputação como provocador de chuvas e ajudava na advinhação.
No século IV, o jaspe era reconhecido como dispersador de espíritos malignos e protetor daqueles que o usavam contra mordidas de criaturas venenosas.
Um autor anônimo alemão do século XII, assegurava que, se o jaspe fosse colocado em uma mordida de cobra, o veneno da ferida seria totalmente absorvido.
O jaspe era incrustado em ouro e usado sobre o peitoral dos grandes sacerdotes no tempo de Aarão.
Galeno recomendava amarrar jaspe na coxa das mulheres para facilitar o parto.
Os antigos romanos usavam o Jaspe e acreditavam que ele afastava demônios e espíritos malignos. 
Os antigos gregos acreditavam que o Jaspe assegurava ao seu usuário harmonia interior e um matrimônio feliz. As mulheres acreditavam que o Jaspe as livrava das moléstias femininas e lhes proporcionava uma gravidez harmônica. 
O Jaspe fazia parte das pedras mais valiosas da Antigüidade e é até mesmo mencionado nas revelações da Bíblia. 
A pedra de toque ou lidita é um jaspe preto utilizado para fazer prova de toque com ligas de ouro, as quais atritadas na sua superfície, deixam um traço que tratado por ácidos permite deduzir a proporção de ouro.
Seus signos do zodiaco associados são o Aries, o Escorpião, a Virgem, o Câncer, o Capricornio. 
O termo jasper vem do Oriente e nos tempos antigos era sinônimo de quartzo
Antes chamado "a mãe de todas as pedras", ele transmitiria a sabedoria, a força elementar, o amor de "nossa mãe a Terra". Suas virtudes são de estancar o sangue, de impedir o abôrto, de favorecer o parto.
Ele irradiaria permanentemente uma energia vital protegendo, purificando, vivenciando. Ele traria compaixão e sensibilidade, a vontade de fazer o bem e desenvolveria a eloquência, ele desenvolveria também o odorato. 
Entre os judeus, o Jaspe tinha um significado muito importante. Eles acreditavam que o Jaspe era a primeira pedra fundamental da nova Jerusalém. 
Locais onde é encontrada 
Brasil (Ocorre notadamente em Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), África do Sul, Índia, Austrália, Madagascar.
Como é Extraido ou Garimpado
 As pedras são extraídas do solo, nas minas encontradas em diferentes regiões. Ao serem retiradas encontram-se cobertas com terra e com incrustações decorrentes dos muitos anos que estão depositadas. Atualmente existem diversas maneiras que as pedras são vendidas: naturais, tingidas, polidas ou brutas, serradas de formas diferentes, dependendo do mercado alvo. Para a comercialização de pedras vendidas de forma natural, o processo mais utilizado para a finalização do produto, passam pelo processo descrito abaixo.
Ao chegarem do garimpo, as pedras são descarregadas e cortadas, dependendo do destino final, podendo ser cortadas em chapas, porta-jóias ou objetos de ornamentação diversos. Após o corte, que é realizado em máquinas específicas, com água e óleo, é feita a lavagem, também utilizando água e detergente, e dependendo do grau de sujeira, pode ser utilizado soda cáustica, uma vez que na seção de corte, uma pequena fração do óleo utilizado para lubrificação das máquinas, fica aderida na pedra.
O passo seguinte é a lixação e polimento, finalizando com outra lavagem, utilizando ácidos inorgânicos, água e detergente. Uma pequena quantidade de minerais é lavada com ácido muriático -uma lavagem mais eficaz-, para remoção de total resíduo do processo. A conclusão do processo específico depende exclusivamente do modo pelo qual a pedra irá ser comercializada para o público alvo.
Jaspe e a Saúde
Jaspe é uma pedra que aumenta o sistema imunológico do seu transportador, além disso, limpa os poluentes tóxicos do torso. É provado benéfico para os rins, bem como para toda a região abdominal do seu transportador. Além disso, é contemplado equilibrar os minerais do torso físico de seu transportador. É um pedregulho de jóias que repara as questões relacionadas com o movimento intestinal, a hérnia e os problemas da próstata do seu transportador. É muito utilizado para tratar os problemas de IBS e obesidade de seu operador. A imagem Jasper também se especula para curar os distúrbios da derme. Também cura alergias também às doenças pulmonares de seu transportador. Sobre os fundamentos físicos, repara os problemas gerais do corpo, juntamente com os problemas emocionais do seu portador.
Utilização do Jaspe
Asbestos
Asbestos são um grupo de silicatos fibrosos que inclui crocidolita, crisotilo, antofilita, tremolita e amosita. Esses minerais são usados em tecidos à prova de fogo, isolantes térmicos e elétricos adicionados ao cimento, em lonas e pastilhas de freios, na fabricação de papel, plástico, borracha e material para filtração.
Alguns minerais destacam-se por possuir uma variada gama de aplicações industriais. Alguns deles são citados a seguir:
Gipsita e anidrita - sulfatos de cálcio (o primeiro hidratado), usados na fabricação de cimento, cerâmica, fertilizante, ácido sulfúrico, sulfato de amônio, papel, tinta, inseticida, cerveja, gesso, giz, vidro, esmalte, corretivo de solo, na metalurgia e em outros setores.
Quartzo - além de ter muitas variedades que são pedras preciosas (ametista, citrino, ágata, ônix, jaspe, quartzo rosa, quartzo enfumaçado etc.), é usado em relógios, equipamentos de rádio, fibras óticas, cerâmica e instrumentos científicos.
Calcita
Cristaliza em uma grande variedade de formas. É fonte de cálcio e cal, sendo importante também como pedra decorativa (mármore-ônix) e em instrumentos óticos (quando límpida e incolor). É o principal constituinte dos calcários e mármores, ocorrendo também em conchas, bem como cimento em rochas sedimentares e em carbonatos.
Tem o cálcio como principal elemento formador.
A calcita ou calcite é o mineral constituinte do calcário. Normalmente nas grutas de calcário as estalagmites e estalactites são feitas de calcita.
A chamada água dura, é uma água encontrada em regiões ricas em calcita contendo uma alta concentração de cálcio. Se a concentração for muito alta, a água não faz espuma em contato com o sabão. Quando a calcite se dissolve, os seus sais escorrem pelas

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