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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Profa Dra Sandra Zeitoun UNIP TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A neurociência teve que esperar mais de 70 anos, até que aparecesse um método de imagens por raios X que realmente fosse capaz de preencher os requisitos mínimos para o estudo estrutural do sistema nervoso. Esse desenvolvimento técnico, uma das mais importantes revoluções metodológicas na história da medicina, foi denominada de: Tomografia Computadorizada (TC). TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A TC é um dos métodos de exame mais confiáveis e seguros disponíveis atualmente. É rápida, simples e totalmente indolor. Utiliza um aparelho de raios X que gira em volta do corpo, fazendo radiografias transversais do mesmo. Estas radiografias são então convertidas em cortes tomográficos por um computador. Isto quer dizer que a TC constrói imagens internas das estruturas do corpo e dos órgãos através de cortes transversais (uma série de seções fatiadas) que são posteriormente montadas pelo computador para formar um quadro completo. O interior do corpo pode ser retratado com precisão e confiança para ser depois examinado. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Ao contrário da maioria dos exames de raios X, a TC pode detectar as menores alterações, em tecidos precocemente. Isto naturalmente simplifica o tratamento e melhora as chances de recuperação. Além do mais, a TC torna possível retratar as partes do corpo em três dimensões e deste modo certas áreas que estão superpostas podem ser examinadas. Os exames duram de 5 a 30 minutos, dependendo da área do corpo que estiver sendo examinada. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PROCEDIMENTO O paciente deita-se na mesa monitorizada, posicionada dentro de uma estrutura anelar (gantry). O gantry contém tubos de raio X que giram em torno do paciente durante o exame, produzindo as imagens altamente detalhadas. Deste modo, a TC pode cobrir extensas seções do corpo num só exame, porém, normalmente, uma ou duas áreas de um órgão são examinadas, como, por exemplo, o pulmão e a região abdominal, a cabeça e o pescoço etc. Como no raio X convencional, os ossos apresentam-se brancos e o ar, preto. PROCEDIMENTO Em certos exames pode se fazer necessário o uso de um meio de contraste para mostrar determinados vasos de modo mais claro e preciso – neste caso é necessário jejum de 4h de jejum e verificar se o paciente é alérgico à iodo. Durante a injeção do contraste, o paciente pode sentir uma sensação de calor que logo desaparece. Em certos casos, extremamente raros, poderão ser sentidas, momentaneamente, náuseas, coceiras ou irritação cutânea. A radiação em exames de TC é mínima devido à moderna tecnologia e breve duração do exame. No entanto, em mulheres grávidas, deve-se avaliar risco/benefício. APLICAÇÕES CLÍNICAS Abdome: fígado, pâncreas, vesícula biliar, rins e supra-renais, baço, vasos saguíneos abdominais. Pelve: bexiga, útero, ovários e próstata. Coluna vertebral. Cabeça e pescoço. Tórax: pulmões, mediastino e coração. Biópsia guiada por TC. APLICAÇÕES CLÍNICAS Tomografia de crânio o Útil para avaliar lesões intracranianas suspeitas. o Formam-se imagens, em corte transversal, de estruturas anatômicas da cabeça: tecido encefálico e líquido cerebroespinal adjacente. o Esta imagem axial é semelhante a uma imagem obtida olhando-se do topo da cabeça para baixo. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Corte transversal do cérebro de um paciente com um tumor, obtido por um tomógrafo por volta de 1976. Notar a comparação com o corte anatômico obtido na necropsia Tomografia de crânio moderna. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Diferença entre TC e Ressonância Magnética A principal diferença entre os dois métodos é o tipo de sinal utilizado na formação das imagens. A TC possui um emissor de raios X, que emite radiação ionizante. A ressonância magnética (RM) NÃO usa radiação ionizante, mas sim, um intenso campo magnético acoplado a um emissor de radiofrequência, que emite os sinais sonoros. A TC dura aproximadamente 5 minutos, a ressonância leva aproximadamente 30 minutos. O custo da TC é inferior ao custo da RM. A RM apresenta sensibilidade e especificidade superiores para estudos neurológicos, assim como para investigação músculo-esquelética e das mamas. A TC é superior na análise pulmonar, óssea e das alças intestinais. APLICAÇÕES CLÍNICAS Encéfalo: excelente visualização das estruturas do encéfalo. Coluna vertebral: visualização da medula espinal e espaço subaracnóideo. Sistema musculoesquelético: demonstra com precisão músculo, gordura, ligamentos, nervos, vasos e medula óssea. Coração: visualização precisa das valvas e coronárias. A aquisição da imagem é sincronizada com o ECG. Abdome e pelve: método preferido para estadiamento do carcinoma uterino, cervical e vulvar, além do câncer de próstata. Mama: produz análise extremamente detalhada de lesões mamárias complexas. Angiografia por RM: fornece informações anatômicas bidimensionais e tridimensionais. Indicada em lesões vasculares e acidentes vasculares encefálicos. APLICAÇÕES CLÍNICAS Campo “fechado”: o tem maior força magnética. Campo “aberto”: o indicado para crianças e pessoas claustrofóbicas (sem necessidade de sedação). o Adequado para obesos mórbidos. o Menor emissão de ruído. o Devido ao baixo campo magnético, outra pessoa pode permanecer com o paciente (útil para crianças). PROCEDIMENTO O paciente deita-se em uma cama especial que é deslocada para o interior do gantry. Sistemas de comunicação bidirecionais são usados para que o paciente possa manter comunicação com a equipe. O movimento respiratório pode causar distorções graves nas imagens abdominais e torácicas. Se for necessário uso de contraste é necessário jejum de 4h e verificar se o paciente é alérgico à iodo. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 1.5T RESSONÂNCIA MAGNÉTICA IMAGEM 3T ATLAS ANATÔMICO RESSONÂNCIA MAGNÉTICA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Total Spine Imaging T1W TSE 0.9 x 0.9 x 4 mm 13 sl, 1:41 min/st T2W TSE 0.9 x 0.9 x 4 mm 13 sl, 1:47 min/st T2W STIR TSE 0.6 x 0.6 x 4 mm, 20 sl, 3:18 min/st RESSONÂNCIA MAGNÉTICA T1W 0.5 x 0.5 mm, 24 slices 3 min / station T2W 0.5 x 0.5 mm, 12 slices 2:27 min / station STIR 0.6 x 0.6 mm, 12 slices 2:30 min / station System body coil Total body imaging RESSONÂNCIA MAGNÉTICA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA REFERÊNCIAS 1. FISCHBACH F. Manual de Enfermagem: Exames laboratoriais e diagnósticos. 7 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005. 2. Imagens cedidas pelo Professor Benedito Herbert de Souza.
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