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Higiene do Trabalho

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2015
Higiene do TrabalHo
Prof.ª Tathyane Lucas Simão 
Prof.ª Jovania Regina Formighieri
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Tathyane Lucas Simão 
Jovania Regina Formighieri
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
363.11 
S588h Simão, Tathyane Lucas
 Higiene do trabalho /Tathyane Lucas Simão, Jovania Regina 
Formighieri. Indaial : UNIASSELVI, 2015.
 207 p. : il.
 
 ISBN 978-85-7830-877-3
 1. Higiene no trabalho. 2. Segurança no trabalho 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
apresenTação
Antes da Revolução Industrial, pouco se estudou sobre a saúde dos 
trabalhadores e seus ambientes de trabalho. Têm-se relatos que, no século IV 
a.C., Hipócrates reconheceu e registrou a toxicidade do chumbo em minas, 
porém nenhuma medida preventiva foi adotada. 500 anos depois, Plínio 
descreveu os perigos relacionados à utilização do zinco e do enxofre, além 
da aparência dos trabalhadores expostos ao chumbo, mercúrio e poeiras. Ele 
descreveu, também, as primeiras “máscaras” utilizadas, isto é, os escravos 
colocavam panos ou membranas sobre o rosto para minimizar a inalação de 
poeiras (FUNDACENTRO, 2004).
Em 1473, um panfleto sobre doenças ocupacionais foi publicado, no qual 
havia instruções sobre a higiene ocupacional. Em seguida, a obra De re metallica 
(Dos Metais), em 1556, do pesquisador alemão Georgius Agricola, que publicou 
a precariedade com que os mineradores desenvolviam suas atividades e alguns 
dos métodos de prevenção de doenças utilizando a ventilação. 
Após certo tempo estagnada, a higiene ocupacional ganhou nova 
publicação, em 1700, com a obra De morbis artificum diatriba (As doenças dos 
trabalhadores) do médico italiano Bernardino Ramazzini, que descreveu 
uma variedade de doenças provenientes dos ambientes de trabalho. Este 
médico é considerado, hoje, o “pai da higiene ocupacional”. 
Durante o século XVIII, inúmeros problemas relacionados à higiene 
ocupacional foram descobertos. As mudanças ocorridas nesta época na 
economia e tecnologia resultaram na Revolução Industrial, aumentando 
consideravelmente as doenças relacionadas ao trabalho, devido ao ritmo de 
trabalho acelerado e sem as mínimas condições de higiene.
Nas décadas de 1930 e 1940, muitos empregadores foram influenciados 
pelo médico Robert Baker a contratar médicos do trabalho para analisar os 
problemas de saúde dos seus trabalhadores, além de ajudar no cumprimento 
das legislações. Esta atitude foi o passo inicial para os serviços de saúde 
dentro das indústrias. 
Ainda durante a Revolução Industrial, Charles Dickens descreveu as 
diversas alterações nos processos produtivos, as quais geravam mais riscos 
à integridade física e à saúde dos trabalhadores. Suas descrições serviram 
como base para a legislação sobre higiene ocupacional, legislação esta que 
até hoje vigora na Inglaterra.
IV
Já no Brasil, o impulso industrial ocorreu no final do século XIX 
com grandes semelhanças com a Revolução Industrial de cem anos antes na 
Inglaterra. Não diferente da Europa, as condições de trabalho nas indústrias 
brasileiras da época eram péssimas, jornadas de trabalho longas, mão de obra 
feminina e infantil e várias ocorrências de acidentes e doenças profissionais 
(FUNDACENTRO, 2004).
Semelhante ao que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos, após 
denúncias de trabalhadores, jornais e estudos em universidades é que houve 
maior preocupação com a saúde do trabalhador. A partir disso, o Estado começou 
a intervir nas relações de trabalho através de legislações específicas, aprovando, 
em 1919, o Decreto nº 3.754 (primeira lei sobre acidentes de trabalho).
A atuação do Ministério do Trabalho no campo da higiene e segurança 
do trabalho iniciou no governo de Getúlio Vargas e, assim, influenciou a 
formação de profissionais nesta área.
 
 Diante da importância da Higiene Ocupacional para os trabalhadores 
e para a sociedade em geral, este Caderno de Estudos trará uma apresentação 
sobre os agentes físicos, químicos e biológicos. Apresentará as doenças 
relacionadas a estes agentes, bem como os processos para caracterizá-los, os 
métodos de avaliação de cada agente, os equipamentos para essa avaliação e 
como interpretar os resultados encontrados nas avaliações ambientais. Trará, 
ainda, as normas, nacionais e internacionais, sobre os agentes, os programas 
de prevenção para estes agentes e como selecionar os equipamentos de 
proteção adequados.
 Este caderno será dividido da seguinte forma: na primeira unidade 
serão abordados os agentes físicos, na segunda unidade serão abordados 
os agentes químicos e para finalizar, a terceira unidade trará tudo sobre os 
agentes biológicos.
Bons estudos!
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
VI
VII
UNIDADE 1 – AGENTES FÍSICOS ..................................................................................................... 1
TÓPICO 1 – RUÍDO E VIBRAÇÃO ..................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 RUÍDO .................................................................................................................................................... 3
2.1 CONCEITOS GERAIS RELACIONADOS AO RUÍDO .............................................................. 4
2.2 DOENÇAS E SINTOMAS QUE O RUÍDO CAUSA NO ORGANISMO ................................. 4
2.3 AVALIAÇÃO DO RUÍDO ............................................................................................................... 5
2.4 PROCESSOS PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO RUÍDO .............................. 6
2.5 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO RUÍDO ................................................................. 6
2.6 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXOS 1 E 2 ....................................................... 7
2.6.1 Anexo 1 ..................................................................................................................................... 7
2.6.2 Anexo 2 .....................................................................................................................................9
2.7 NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 01 ................................................................. 9
2.8 PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA ............................................................. 10
2.9 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS E COLETIVOS .............. 11
2.9.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI ...................................................................... 11
2.9.2 Equipamentos de Proteção Coletivos – EPC ...................................................................... 12
2.9.2.1 Medidas de controle na fonte ............................................................................................. 12
2.9.2.2 Medidas de controle na trajetória ...................................................................................... 12
3 VIBRAÇÕES .......................................................................................................................................... 13
3.1 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO 
 CAUSA NO ORGANISMO ............................................................................................................ 14
3.2 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A VIBRAÇÃO LOCALIZADA OU DE MÃO
 E BRAÇO CAUSAM NO ORGANISMO ...................................................................................... 14
3.3 PROCESSO PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO ........................... 15
3.4 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA VIBRAÇÃO ......................................................... 15
3.5 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXO Nº 8 .......................................................... 17
3.6 NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 09 E 10 ......................................................... 17
3.6.1 Norma de Higiene Ocupacional – NHO 09: avaliação da exposição
 ocupacional a vibrações de corpo inteiro ............................................................................ 18
3.6.2 Norma de Higiene Ocupacional – NHO 10: avaliação da exposição
 ocupacional a vibrações em mãos e braços ......................................................................... 18
3.7 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DEPROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA .................. 18
3.7.1 Equipamento de Proteção Individual – EPI ........................................................................ 19
3.7.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC .......................................................................... 19
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 20
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 21
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 22
TÓPICO 2 – TEMPERATURAS EXTREMAS E PRESSÕES ANORMAIS ................................... 23
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23
2 TEMPERATURAS EXTREMAS ......................................................................................................... 23
2.1 CALOR ............................................................................................................................................. 23
sumário
VIII
2.1.1 Doenças e sintomas que o calor causa no organismo ........................................................ 24
2.1.2 Processo para caracterização de exposição ao calor .......................................................... 24
2.1.3 Instrumentos para avaliação do calor .................................................................................. 25
2.1.4 Norma Regulamentadora nº 15 – Anexo nº 3 ..................................................................... 26
2.1.5 Norma de Higiene Ocupacional – NHO 06 ........................................................................ 28
2.1.6 Seleção de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo .......................................... 29
2.1.6.1 Equipamentos de Proteção Individuais - EPI ................................................................. 29
2.1.6.2 Equipamentos de Proteção Coletivos – EPC ................................................................... 29
2.2 FRIO ................................................................................................................................................... 30
2.2.1 Doenças e sintomas que o frio causa no organismo ......................................................... 30
2.2.2 Processo para caracterização de exposição ao frio............................................................. 31
2.2.3 Instrumentos para avaliação do frio .................................................................................... 32
2.2.4 Norma Regulamentadora nº 15 – Anexo nº 9 ..................................................................... 34
2.2.5 ACGIH – Limites de tolerância ............................................................................................. 35
2.2.6 Seleção de Equipamentos de Proteção Individuais e Coletivos ...................................... 36
2.2.6.1 Equipamento de Proteção Individual ............................................................................... 36
2.2.6.2 Equipamento de Proteção Coletivo ................................................................................... 37
3 PRESSÕES ANORMAIS ..................................................................................................................... 38
3.1 TRABALHOS SOB CONDIÇÕES DE ALTA PRESSÃO – HIPERBÁRICA ............................. 38
3.1.1 Doenças e sintomas que a alta pressão causa no organismo ............................................ 38
3.1.2 Norma Regulamentadora nº 15 – Anexo nº 6 ..................................................................... 38
3.2 TRABALHOS SOB CONDIÇÕES DE BAIXA PRESSÃO – HIPOBÁRICA ............................. 39
3.2.1 Doenças e sintomas que a pressão hipobárica causa no organismo ............................... 40
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 41
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 42
TÓPICO 3 – RADIAÇÕES IONIZANTES E NÃO IONIZANTES, INFRASSOM
 E ULTRASSOM E UMIDADE........................................................................................ 43
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 43
2 RADIAÇÕES IONIZANTES .............................................................................................................. 43
2.1 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A RADIAÇÃO IONIZANTE CAUSA NO ORGANISMO 44
2.2 PROCESSO PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE .. 44
2.3 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE ................................ 45
2.4 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXO Nº 5 .......................................................... 47
2.5 NORMA REGULAMENTADORA Nº 16 – PERICULOSIDADE ............................................. 47
2.6 CNEN-NE-3.01 – DIRETRIZES BÁSICAS DE RADIOPROTEÇÃO ......................................... 48
2.7 NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 05 ................................................................. 48
2.8 ACGIH – LIMITES DE TOLERÂNCIA ......................................................................................... 49
2.9 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO ................. 49
2.9.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI ...................................................................... 50
2.9.2 Equipamentos de ProteçãoColetiva – EPC ........................................................................ 50
3 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES ................................................................................................... 52
3.2 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE 
 CAUSA NO ORGANISMO ........................................................................................................... 53
3.2 PROCESSO PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO NÃO 
IONIZANTE ..................................................................................................................................... 54
3.3 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXO Nº 7 .......................................................... 54
3.4 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO ................. 54
3.4.1 Equipamento de Proteção Individual – EPI ........................................................................ 54
3.4.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC .......................................................................... 55
4 INFRASSOM E ULTRASSOM ........................................................................................................... 56
5 UMIDADE .............................................................................................................................................. 56
IX
5.1 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A UMIDADE CAUSA NO ORGANISMO........................... 57
5.2 PROCESSO PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À UMIDADE ............................ 57
5.3 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXO Nº 10 ........................................................ 58
5.4 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO ................. 59
5.4.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI ...................................................................... 59
5.4.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC ........................................................................ 59
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 61
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 62
UNIDADE 2 – AGENTES QUÍMICOS ................................................................................................ 63
TÓPICO 1 – CONCEITOS, FORMAS DE ABSORÇÃO E 
 DOENÇAS RELACIONADAS ....................................................................................... 65
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65
2 CONCEITOS .......................................................................................................................................... 65
2.1 GASES E VAPORES ......................................................................................................................... 65
2.2 AERODISPERSOIDES ..................................................................................................................... 66
3 VIAS DE ABSORÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS NO ORGANISMO ............................... 68
4 DOENÇAS RELACIONADAS AOS AGENTES QUÍMICOS ..................................................... 69
4.1 PNEUMOCONIOSES ...................................................................................................................... 69
4.1.1 Silicose ...................................................................................................................................... 71
4.1.2 Asbestose .................................................................................................................................. 71
4.1.3 Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão (PTC) ......................................................... 72
4.1.4 Prevenção da Pneumoconiose .............................................................................................. 73
4.2 ASMA OCUPACIONAL ................................................................................................................. 75
4.3 SATURNISMO .................................................................................................................................. 75
4.4 HIDRARGIRISMO ........................................................................................................................... 77
4.5 DOENÇA CAUSADA PELA EXPOSIÇÃO AO CROMO .......................................................... 78
4.6 DOENÇAS CAUSADAS PELA EXPOSIÇÃO A SOLVENTES ORGÂNICOS........................ 79
4.7 BENZENISMO ................................................................................................................................. 80
4.8 DERMATITE ..................................................................................................................................... 81
4.8.1 Dermatite de contato por irritantes ...................................................................................... 82
4.8.1.1 Dermatite irritativa de contato forte (DICF) .................................................................... 82
4.8.2 Dermatites alérgicas de contato (DAC) ............................................................................... 83
4.9 ULCERAÇÕES ................................................................................................................................. 84
4.9.1 Úlcera crônica da pele não classificada em outra parte .................................................... 84
4.10 CÂNCER CUTÂNEO OCUPACIONAL .................................................................................... 85
4.11 PREVENÇÃO DAS DERMATITES ............................................................................................. 86
4.11.1 Prevenção primária: promoção da saúde .......................................................................... 86
4.11.2 Prevenção secundária .......................................................................................................... 86
4.11.3 Prevenção terciária .............................................................................................................. 86
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 87
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 90
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 91
TÓPICO 2 – CARACTERIZAÇÃO, MÉTODOS E INSTRUMENTAÇÃO ................................. 93
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 93
2 CARACTERIZAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS ..................................................................... 93
3 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS AGENTES QUÍMICOS ...................................................... 95
4 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS AGENTES QUÍMICOS .................................................. 97
4.1 TIPOS DE AMOSTRAGEM ............................................................................................................ 98
4.2 DURAÇÃO E NÚMERO DE AMOSTRAS ................................................................................... 99
X
4.3 INSTRUMENTAÇÃO ..................................................................................................................... 99
4.3.1 Avaliação de gases e vapores ..............................................................................................100
4.3.2 Avaliação de Aerodispersoides ...........................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................106AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................107
TÓPICO 3 – NORMAS E RESULTADOS .........................................................................................109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................109
2 INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS ..........................................................................................109
3 NORMAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS ..........................................................................110
3.1 NR 15: ANEXO 11 ..........................................................................................................................112
3.2 NR 15: ANEXO 12 ..........................................................................................................................114
3.3 NR 15: ANEXO 13 ..........................................................................................................................115
3.4 ACGIH .............................................................................................................................................116
4 MEDIDAS DE CONTROLE .............................................................................................................119
4.1 MEDIDAS RELATIVAS AO AMBIENTE ...................................................................................119
4.2 MEDIDAS RELATIVAS AO HOMEM ........................................................................................119
5 PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ..........................................................................................................122
5.1 PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA E SELEÇÃO DE 
 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ............................................................................................122
5.1.1 Administração do programa ...............................................................................................123
5.1.2 Procedimentos operacionais escritos .................................................................................123
5.1.3 Seleção, limitação e uso de respiradores ...........................................................................124
5.1.3.1 Treinamento........................................................................................................................127
5.1.3.2 Ensaio de vedação..............................................................................................................127
5.1.3.3 Manutenção, Inspeção e Guarda .....................................................................................128
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................129
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................130
UNIDADE 3 –AGENTES BIOLÓGICOS ..........................................................................................131
TÓPICO 1 – CONCEITOS BÁSICOS SOBRE AGENTES BIOLÓGICOS .................................133
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................133
2 AGENTES BIOLÓGICOS .................................................................................................................133
3 CLASSIFICAÇÃO E FORMAS DE DISPERSÃO NO AMBIENTE ..........................................136
4 CONTRAÇÃO DOS AGENTES PELO ORGANISMO ..............................................................139
5 DOENÇAS RELACIONADAS .........................................................................................................140
5.1 HUMAN IMMUNODEFICIENCY VIRUS - HIV (AIDS) ........................................................142
5.2 VHA - HEPATITE A ......................................................................................................................142
5.3 VHB – HEPATITE B .......................................................................................................................143
5.4 VHC – HEPATITE C ......................................................................................................................143
5.5 VHD – HEPATITE D ......................................................................................................................144
5.6 MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS – TUBERCULOSE ......................................................144
5.7 ORTOMIXOVIRUS INFLUENZA – INFLUENZA ....................................................................145
5.8 FLAVIRIDAE – DENGUE CLÁSSICA .........................................................................................145
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................147
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................148
TÓPICO 2 – HIGIENE DO TRABALHO MÉTODOS E INSTRUMENTAÇÃO .......................149
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................149
3 FUNDAMENTOS DA AVALIAÇÃO ..............................................................................................152
4 INSTRUMENTAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS ............................153
XI
5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AOS RISCOS AMBIENTAIS .....................155
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................160
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................161
TÓPICO 4 – NORMAS E RESULTADOS .........................................................................................163
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................163
2 LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTADORAS .............................................................163
3 NR 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE ................165
4 NORMAS INTERNACIONAIS .......................................................................................................176
5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES ................................................178
6 RELAÇÃO DOS RESULTADOS COM PROGRAMAS DE 
 SEGURANÇA DO TRABALHO .....................................................................................................180
7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO ..........................................186
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................193
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................196
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................197
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................199
XII
1
UNIDADE 1
AGENTES FÍSICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• compreender os agentes físicos e suas formas de energia;
• compreender quais são as doenças relacionadas ao agente físico;
• definição dos instrumentos e métodos de medição e caracterização dos agen-
tes físicos ligados às Normas Regulamentadoras e Normas Internacionais;
• apresentação dos limites detolerância exigidos pela Norma Regulamenta-
dora nº 15;
• apresentação de Normas Internacionais relacionadas aos agentes físicos;
• definição dos equipamentos de proteção individual para cada agente físico.
Esta unidade de ensino está dividida em 3 tópicos, sendo que, ao final de cada 
um deles, você encontrará atividades que contribuirão para a apropriação 
dos conteúdos.
TÓPICO 1 – RUÍDO E VIBRAÇÃO
TÓPICO 2 – TEMPERATURAS EXTREMAS E PRESSÕES ANORMAIS
TÓPICO 3 – RADIAÇÕES IONIZANTES E NÃO IONIZANTES, 
INFRASSOM E ULTRASSOM E UMIDADE 
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
RUÍDO E VIBRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Neste tópico você irá estudar sobre os agentes 
físicos ruído e vibração. Vai estudar todos os itens que compõem o entendimento 
desses itens. Os riscos físicos expõem uma troca de energia surpreendente entre 
o organismo e o ambiente, mas, se a quantia for excedente ao que o organismo 
pode resistir, as doenças podem aparecer.
2 RUÍDO
Todos os dias acontecem várias situações que envolvem som ou ruído, 
mas nunca percebemos ou paramos para decifrar o que está acontecendo. E esse 
é o problema quando o assunto é ruído no ambiente de trabalho, onde, hoje em 
dia, passamos a maior parte do nosso tempo.
Segundo Russo, Toise e Pereira (1984), o ruído é uma superposição de 
vários movimentos vibratórios, com frequências e intensidades diferentes. Seus 
componentes não são harmônicos entre si, comportando-se como um todo único. 
Geralmente, a sensação auditiva subjetiva provocada por ele é desagradável e 
perturbadora, principalmente quando se apresenta intenso e inesperado.
Leal (2008, S.P) relata que os riscos físicos se caracterizam por:
a) Exigirem um meio de transmissão (em geral o ar) para propagarem 
sua nocividade. 
b) Agirem mesmo sobre pessoas que não têm contato direto com a 
fonte do risco. 
c) Em geral ocasiona lesões crônicas, mediatas.
Com isso podemos ter uma noção do quanto o ruído é um problema na vida 
dos empregados e dos empregadores, porque ele não prejudica apenas quem está 
operando a máquina ou outro equipamento, pois, por ser o meio de transmissão o 
ar, o ambiente todo apresenta o ruído, afetando todos os empregados que estão lá.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
4
2.1 CONCEITOS GERAIS RELACIONADOS AO RUÍDO
Existem algumas explicações que precisam ser entendidas para que fique 
mais fácil compreender o ruído.
Som: é uma vibração que se dissemina através do ar em forma de ondas e é 
compreendida pelo ouvido humano. O som é confortável aos nossos ouvidos. 
Dependendo da frequência e da intensidade, ele pode ser relativamente danoso.
Ruído: é uma vibração que se dissemina através do ar em forma de ondas e é 
compreendida pelo ouvido humano. Ao contrário do som, o ruído é insuportável 
aos nossos ouvidos. Dependendo da frequência e da intensidade, ele pode ser 
relativamente danoso.
Frequência: é a quantia de ondas de um som difuso no período de 1 segundo. Os sons 
agudos são considerados os de alta frequência, já os sons graves são considerados os 
de baixa frequência. Nossos ouvidos são mais vulneráveis em algumas frequências 
do que em outras. A forma de medida da frequência é o Hertz (Hz).
Intensidade: é a ação ou pressão que o som desempenha em nossos ouvidos. É 
chamado como altura ou volume. Podemos diferenciar os sons de alta e baixa 
intensidade da seguinte forma: um sítio onde só existe a tranquilidade do mato e 
nada mais tem sons de baixa intensidade, enquanto uma fábrica onde tem máquinas 
ruidosas tem sons de alta intensidade. Então, conhecendo a diferença, conseguimos 
entender que quanto maior os valores da intensidade, mais o ruído torna-se uma 
ameaça para o empregado. A forma de medida da intensidade é o decibel (dB).
2.2 DOENÇAS E SINTOMAS QUE O RUÍDO CAUSA NO 
ORGANISMO
O ruído, sem que notem, causa uma série de problemas à saúde. Brito 
(1999, p. 16) deixa claro em seu estudo sobre o assunto:
O corpo humano começa a responder aos ruídos a partir de 85 dB. Essa 
reação ao ruído leva nosso organismo a ter diferentes respostas, como: 
dilatação da pupila; aumento da produção de hormônios da tireoide; 
aumento de batimento cardíaco; contração dos vasos sanguíneos; 
aumento da produção de adrenalina; baixo rendimento no trabalho; 
ansiedade; tensão; irritabilidade; insônia; alteração nos ciclos 
menstruais; impotência; nervosismo; baixa concentração; cansaço; 
aumento da pressão sanguínea; acidentes e outros.
Os efeitos do ruído são inúmeros, mas existe um facilmente 
demonstrável, que é a interferência com a comunicação oral. Esta 
acontece principalmente nas frequências de 500, 1000 e 2000 Hz, as 
denominadas bandas de oitava. Quando existe um som que possui 
níveis semelhantes aos da voz humana, e este é emitido nas frequências 
da voz, ocorre uma espécie de “mascaramento” que pode dificultar 
a comunicação oral, propiciando, assim, um aumento do número de 
acidentes de trabalho.
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
5
A vulnerabilidade da orelha humana à ação do ruído pode desencadear 
uma perda auditiva.
Quando ocorre uma lesão auditiva neurossensorial, surge a 
possibilidade de vários outros sintomas, entre eles:
· Zumbidos.
· Dificuldade no entendimento da fala.
· Outros (algiacusia; sensação de plenitude auricular; dificuldade de 
localização da fonte sonora).
Na audição, os efeitos podem ser:
Perda Auditiva Temporária (TTS) – ocorre quando o indivíduo é 
exposto a ruído intenso mesmo que por pouco tempo, e faz com que o 
limiar auditivo sofra alteração. Essa redução é temporária, e a audição 
volta ao normal após um período de repouso auditivo.
Trauma Acústico – é considerado como uma perda auditiva repentina, 
quando ocorre uma única exposição de ruído de impacto como 
explosões, produzindo lesões irreversíveis na cóclea, pois os níveis 
sonoros excedem os limites fisiológicos dessa estrutura.
Perda Auditiva Permanente (PAIR) – é decorrente da exposição a 
ruídos de alta intensidade por longos períodos. É também irreversível, 
pois há destruição de células auditivas.
A PAIR pode acarretar dificuldades para perceber sons agudos, como 
telefone, campainhas, relógio e outros. Rapidamente a lesão também 
começa a comprometer as frequências das áreas de conversação, 
afetando, assim, o reconhecimento da fala.
Pôde perceber, acadêmico(a), como é importante você entender tudo 
sobre ruído? O quanto ele é prejudicial e silencioso na vida das pessoas? O ruído 
não demonstra que está chegando à vida das pessoas, por isso precisa ser tratado 
com muita cautela.
2.3 AVALIAÇÃO DO RUÍDO
Conforme Saliba (2013, p. 205), a avaliação do ruído pode ser feita com os 
seguintes objetivos:
Avaliação Ocupacional: Esse tipo de controle visa constatar os 
possíveis riscos de dano auditivo e seu controle.
Avaliação do ruído para caracterização da insalubridade: A perícia 
visando à possível caracterização da insalubridade tem como base 
legal a NR 15, Anexos 1 e 2, e na maioria das vezes é realizada em 
perícias judiciais.
Avaliação para fins de aposentadoria especial: Essa avaliação é 
realizada para fins de comprovação junto ao INSS da exposição a 
níveis de ruído prejudiciais à saúde. O critério utilizado são as normas 
da NR 15, ACGIH, e da Previdência Social (Decreto nº 3.048/99).
Avaliação para fins de conforto: O critério utilizado nessa avaliação 
está regulamentado na NR 17 da Portaria nº 3.214/78 e nas normas da 
ABNT, em especial, NBR 10152, que serão mais detalhadas no capítulo 
VII – Ergonomia.
Avaliação da perturbação do sossego público: Nessa avaliação, a 
regulamentação em legislação municipal, estadual ou federal e as normas 
técnicas pertinentes encontram-se, em especial, nas normas da NBR 10151 
e 10152 da ABNT, que sugerimos aos leitores que fossem consultadas.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
6
2.4 PROCESSOS PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃOAO RUÍDO
Para ser constatada a exposição ao ruído de um trabalhador, precisa ser 
realizado o levantamento do ambiente de trabalho englobando a função do 
trabalhador, o que ele faz durante sua jornada de trabalho, quais são as máquinas 
e os equipamentos que ele opera, quais são os EPIs que ele utiliza, entre outras 
informações necessárias. Depois de realizado o levantamento de informações, 
são efetuadas as medições em cada operador ou em cada grupo homogêneo, que 
é um grupo de trabalhadores que realiza a mesma atividade. Após as medições 
concluídas, são expostos os resultados e é averiguado o que precisa ser feito para 
melhorar o ambiente de trabalho e quais são os tipos de EPI que o operador terá 
que utilizar caso o ruído passe do seu limite de tolerância estabelecido pela NR 15. 
2.5 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO RUÍDO
Os homens são capazes de detectar de onde vêm as ondas sonoras e 
distingui-las, mas com o aumento repentino de barulho em todos os lugares 
não é possível fazer afirmações precisas sobre um determinado som. Foi 
justamente pensando nisso que o mercado de aparelhos de medidas e precisão 
passaram a oferecer aparelhos, cuja função é medir a intensidade do som, como 
o decibelímetro e o dosímetro de ruído (SANCHES, 2012).
O decibelímetro dá o resultado do nível de pressão sonora na hora em 
seu leitor digital. Esse aparelho é o mais utilizado para comprovar a existência do 
som no ambiente de trabalho.
FIGURA 1 - MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – 
DECIBELÍMETRO
FONTE: Disponível em: <http://www.ferramentaskennedy.com.
br/loja/produto/31/8644/decibelimetro-digital-35-a-130-decibeis-
calibracao-interna-de460-instrutherm>. Acesso em: 24 fev. 2015.
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
7
O dosímetro de ruído é colocado no cinto ou no cós da calça do 
trabalhador, e próximo ao seu ouvido fica o microfone conectado a um cabo 
que leva as informações até o dosímetro. Esse aparelho pode ser utilizado em 
diversos trabalhadores em um dia, contando que as medições realizadas em cada 
trabalhador seja o suficiente de informações necessárias do seu dia de trabalho.
FIGURA 2 - DOSÍMETRO DE RUÍDO
FONTE: Disponível em: <http://www.segrad.com.br/locacao-detalhes.
php?id=1462&titulo=Dos%C3%ADmetro%20de%20Ruido%20/%20
Calibrador%20Ac%C3%BAstico>. Acesso em: 24 fev. 2015.
Lembrando que a calibração de todos os aparelhos de medição é importante 
e as aferições precisam ser realizadas periodicamente. Essas aferições, depois de 
realizadas, devem ser certificadas pelo fabricante, assistência técnica autorizada 
ou laboratórios credenciados para esse objetivo.
2.6 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXOS 1 E 2
A Norma Regulamentadora nº 15, em seus anexos 1 e 2, traz os limites de 
tolerância para os ruídos contínuos ou intermitentes e de impacto.
2.6.1 Anexo 1
QUADRO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
8
FONTE: Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A47594D040147D14EAE840951/
NR-15%20(atualizada%202014).pdf>. Acesso em: 23 fev. 2015.
Veja o que diz a Norma Regulamentadora nº 15 (2014) sobre o ruído 
contínuo ou intermitente:
1) Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de 
aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. 
2) Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em 
decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando 
no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). 
As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. 
3) Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os 
limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo. 
4) Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será 
considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível 
imediatamente mais elevado. 
5) Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) 
para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. 
6) Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de 
exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus 
efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:
C1 + C2 + C3 + Cn
T1 T2 T3 Tn
Exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. Na 
equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto 
a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária 
permissível a este nível, segundo o quadro deste anexo. 
7) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a 
níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem 
proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
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2.6.2 Anexo 2
O anexo 2 da Norma Regulamentadora nº 15 (2014) trata sobre o ruído 
de impacto:
1) Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de 
energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos 
superiores a 1 (um) segundo. 
2) Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com 
medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear 
e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas 
próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído 
de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o 
ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
3) Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora 
com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no 
circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". 
Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). 
4) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem 
proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 
dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou 
superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), 
oferecerão risco grave e iminente.
O grau de insalubridade afixado para os ruídos contínuos ou intermitentes 
e de impacto é de 20%.
Acadêmico(a)! Verifique na Norma Regulamentadora nº 15 todas as 
informações importantes sobre o ruído, a qual está disponível no site oficial do Ministério 
do Trabalho e Emprego: <http://portal.mte.gov.br/>.
IMPORTANT
E
2.7 NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 01
A NHO 01 tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a 
avaliação da exposição ocupacional ao ruído, que implique risco potencial de surdez 
ocupacional. Ela se aplica à exposição ocupacional a ruído contínuo ou intermitente 
e a ruído de impacto, em quaisquer situações de trabalho, contudo não está voltada 
para a caracterização das condições de conforto acústico (FUNDACENTRO, 2001).
Vamos ver o que diz a Norma de Higiene Ocupacional NHO 01 
(FUNDACENTRO, 2001) referente aos ruídos contínuos, intermitentes e de impacto: 
Ruído contínuo ou intermitente: todo e qualquer ruído que não está 
classificado como ruído de impacto ou impulsivo.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
10
Acadêmico(a)! Verifique na Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 – todas 
as informações importantes sobre o ruído. Disponível no site oficial da FUNDACENTRO: 
<http://www.fundacentro.gov.br/>.
IMPORTANT
E
2.8 PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
O programa de Proteção Auditiva traz benefício a quem é portador de 
perda auditiva ou não. Tem como objetivoprevenir as perdas auditivas e até 
estabilizar as perdas já acentuadas em decorrência da exposição ocupacional ao 
ruído (NETO, 2014).
O ponto inicial do PCA é a inspeção no ambiente de trabalho, verificando 
cada função e analisando cada posto de trabalho, identificando onde possa 
existir o ruído.
Na fase de avaliação ocupacional do ruído será feita uma avaliação 
sistemática e repetitiva dos níveis de ruído, definindo a dose e o LEQ em cada 
posto de trabalho (grupo homogêneo da exposição) (SALIBA, 2013).
Conforme Saliba (2013, p. 463), vamos entender agora como proceder nos 
casos de cada dose:
Dose > 0,5 < 1,0
Nesse caso, a NR 9 exige “Nível de Ação”. Segundo o subitem 9.3.6.1, 
esse nível representa o valor acima do qual devem ser iniciadas as 
ações preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de que as 
exposições a ruído ultrapassem os limites. As ações devem incluir o 
monitoramento periódico da exposição, a informação ao trabalhador 
e o controle médico.
Dose > 1,0
Nesse caso, devem-se, prioritariamente, estudar medidas de controle 
na fonte e na trajetória. Se essas medidas forem suficientes para 
reduzir a intensidade do ruído abaixo do limite (dose < 0,50), devem-
se apenas monitorar os riscos periodicamente. Se essas medidas 
não forem suficientes para reduzir a dose a < 1, devem-se adotar 
medidas de controle no homem, tais como limitação do tempo de 
exposição e o uso de EPIs. No caso dos EPIs, após a seleção deve-
se calcular sua atenuação, conforme explicado anteriormente. Caso 
sua atenuação reduza a intensidade abaixo do Limite de Tolerância, 
deve ser implantado o seu uso. O treinamento para o uso correto, 
Ruído de impacto ou impulsivo: ruído que apresenta picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores 
a 1 (um) segundo.
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
11
a substituição periódica, a higienização, a obrigatoriedade do uso 
efetivo, entre outros, são medidas necessárias na busca da eficiência 
de EPIs. Lembramos que o uso parcial do protetor auricular reduz 
significativamente sua atenuação. Caso o EPI não seja suficiente para 
reduzir a exposição à dose < 1,0, deve-se limitar o tempo de exposição 
ou adotar medidas de controle na fonte ou trajetória.
O controle médico, especialmente os exames audiométricos, irá verificar 
a eficiência das medidas de controle adotadas. A audiometria deve ser realizada 
na admissão, na demissão, nas mudanças de função e, periodicamente, conforme 
preceitua a NR 7 da Portaria nº 3.214 (SALIBA, 2013).
2.9 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Chegamos ao final do estudo sobre o ruído. A seleção dos equipamentos 
e medidas de controle deve ser feita conforme os resultados obtidos e o que 
melhor encaixa.
As medidas de controle do ruído podem ser consideradas basicamente 
de 3 (três) maneiras distintas: na fonte, na trajetória e no homem. As medidas 
na fonte e na trajetória deverão ser prioritárias, quando viáveis tecnicamente 
(SALIBA, 2013).
Vamos verificar, agora, os Equipamentos de Proteção Individual e os 
Equipamentos de Proteção Coletivos para eliminação ou neutralização do ruído.
2.9.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI
Os profissionais de segurança no trabalho e empregadores devem entender 
que o controle no homem, que é a utilização de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI), é a última saída que deve ser tomada. Os EPIs podem servir 
de complemento para as medidas adotadas na fonte e na trajetória, e também 
quando essas adotadas não forem o bastante para reparar o problema.
FIGURA 3 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA RUÍDO
FONTE: Disponível em: <http://www.cenciseg.com.br/>. Acesso em: 24 fev. 2015.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
12
2.9.2 Equipamentos de Proteção Coletivos – EPC
Os EPCs, ou medidas de controle, são mais eficientes do que os EPIs e 
também não geram tantos transtornos ao trabalhador.
2.9.2.1 Medidas de controle na fonte
Saliba (2013, p. 206) relata que são várias as medidas de controle na fonte que 
podem ser adotadas a fim de evitar que o ruído faça parte do dia a dia do trabalhador:
- Substituir equipamento por outro mais silencioso;
- Balancear e equilibrar partes móveis;
- Lubrificar eficazmente rolamentos, mancais etc.;
- Reduzir impactos, na medida do possível;
- Alterar o processo;
- Programar as operações, de forma que permaneça o menor número 
de máquinas funcionando simultaneamente;
- Aplicar material de modo a atenuar as vibrações;
- Regular os motores;
- Reapertar as estruturas;
- Substituir engrenagens metálicas por outras de plástico ou celeron.
2.9.2.2 Medidas de controle na trajetória
Quando as medidas de controle na fonte foram estudadas, mas chega-se à 
conclusão de que não será viável, entra-se no processo de verificação de medidas 
de controle no meio.
Vamos entender melhor o processo de medidas de controle na trajetória 
que Saliba (2013, p. 207) demonstra:
- Evitar a propagação – por meio de isolamento.
- Conseguir um máximo de perdas energéticas por absorção.
O isolamento acústico pode ser feito das seguintes formas:
1 – Evitando que o som se propague a partir da fonte;
2 – Evitando que o som chegue ao receptor.
Isolar a fonte: Significa a construção de barreira que separe a causa 
do ruído do meio que o rodeia, para evitar que esse som se propague.
Isolar o receptor: Construção de barreiras que separem a causa e o 
meio do indivíduo exposto ao ruído.
Deve-se ressaltar que a simples utilização do EPI não implica a eliminação de 
o risco do trabalhador vir a sofrer diminuição da capacidade auditiva. Os protetores 
auriculares, para serem eficazes, deverão ser usados de forma correta e obedecer aos 
requisitos mínimos de qualidade representada pela capacidade de atenuação, que 
deverá ser devidamente testada por órgão competente. O uso constante do protetor 
é importante para garantir a eficácia da proteção (SALIBA, 2013).
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
13
3 VIBRAÇÕES
A vibração no meio industrial é bem comum e seu acompanhamento deve ser 
levado em conta, assim como qualquer outro agente. As consequências que ele gera 
na saúde humana são significativas, sendo essencial avaliação e monitoramento.
A vibração é um deslocamento oscilatório de um corpo em razão de forças 
desequilibradas de elementos rotativos e movimentos intermitentes de uma 
máquina ou equipamento. É representado um movimento oscilatório e periódico 
caso o corpo vibre, abrangendo deslocamento em um determinado tempo.
Vamos entender dois tipos de vibrações ocupacionais que são muito 
presentes nos ambientes industriais: vibração de corpo inteiro e vibração 
localizada ou de mão e braço.
• Vibração ocupacional de corpo inteiro: Essas vibrações são passadas 
ao corpo em uma totalidade, frequentemente por meio da superfície de 
sustentação, como os pés, costas, nádegas de um indivíduo assentado. 
Normalmente, ocorrem em trabalho com máquinas pesadas: tratores, 
caminhões, ônibus, aeronaves, máquinas de terraplanagem, grandes 
compressores, máquinas industriais. 
• Vibração ocupacional localizada ou de mão e braço: Essas vibrações 
abrangem certas partes do corpo, em especial mãos e braços. 
Normalmente, ocorrem em operações com ferramentas manuais 
vibratórios: marteletes, britadores, rebitadeiras, compactadores, 
politrizes, motosserras, lixadeiras, peneiras vibratórias, furadeiras 
(HABRA, 2015, p. 5).
Os materiais mais utilizados para fazer o isolamento acústico são cortiça 
e lã de vidro, que são absorventes de som. Esses materiais devem ser utilizados 
para envolver as barreiras isolantes de som.
Percebem como vários dos tipos de medidas de controle são os EPCs que 
auxiliam a empresa a não terem gastos com os EPIs, e não ter o desgaste dos 
profissionais de segurança no trabalho e lideranças na imposição ao seu uso faz 
toda a diferença?Sempre devemos ter em mente que os EPCs e as medidas de controle 
precisam estar sempre em primeiro lugar. Só salvo quando estes saem muito 
caro financeiramente ou deem muito trabalho para a sua instalação, aí sim, 
entra o uso do EPI.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
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3.1 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A VIBRAÇÃO DE CORPO 
INTEIRO CAUSA NO ORGANISMO
Um indivíduo exposto à vibração de corpo inteiro pode apresentar vários 
problemas de saúde físicos definitivos ou também alterações no sistema nervoso. 
A região espinhal, o sistema circulatório e urológico e o sistema nervoso central 
são afetados se o trabalhador tem exposição frequente à vibração. Sintomas 
de alteração constantemente ocorrem ao longo da exposição ou após, que são 
insônia, dor de cabeça, tremores e cansaço, mas após um período de descanso os 
sintomas devem desaparecer.
De acordo com Saliba (2013, p. 214), os efeitos constatados em grupos 
sujeitos a circunstâncias rigorosas de vibração foram os seguintes: “Problemas na 
região dorsal e lombar, gastrointestinais, sistema reprodutivo, desordens no sistema 
visual, problemas nos discos intervertebrais, degeneração na coluna vertebral”.
3.2 DOENÇAS E SINTOMAS QUE A VIBRAÇÃO LOCALIZADA 
OU DE MÃO E BRAÇO CAUSAM NO ORGANISMO
Os efeitos predominantes da exposição à vibração nas mãos e braços 
podem ser de ordem neurológica, osteoarticular, muscular e vascular. 
O desenvolvimento da doença nas suas múltiplas fases em decorrência 
da exposição diária, em vários meses, pode ser notado por meio da apresentação 
demonstrada a seguir por Saliba (2013, p. 224):
- Formigamento ou adormecimento leve e intermitente, ou ambos, são 
frequentemente ignorados pelo paciente porque não interferem no 
trabalho ou em outras atividades. São os primeiros sintomas da síndrome.
- Mais tarde, o paciente pode experimentar ataques de branqueamento 
de dedos, confinados primeiramente às pontas; entretanto, com a 
continuidade da exposição, os ataques podem se estender à base do dedo.
- O frio frequente provoca os ataques, mas há outros fatores envolvidos 
com o mecanismo de disparo, como a temperatura central do corpo, a 
taxa metabólica, o tônus vascular (especialmente cedo, pela manhã) e 
o estado emocional.
- Os ataques de branqueamento geralmente duram de 15 a 60 minutos, 
mas, nos casos avançados, podem durar uma ou duas horas. A recuperação 
se inicia com um rubor, uma hiperemia reativa, especialmente vista na 
palma da mão, avançando do pulso para os dedos.
- Nos casos avançados, devido aos repetidos ataques isquêmicos, o 
tato e a sensibilidade à temperatura ficam comprometidos. Há perda 
de destreza e incapacidade para a realização de trabalhos minuciosos. 
- Prosseguindo a exposição, o número de ataques de branqueamento 
se reduz, sendo substituído por uma aparência cianótica dos dedos.
- Finalmente, pequenas áreas de necrose da pele aparecem na ponta 
dos dedos (acrocianose).
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
15
3.3 PROCESSO PARA CARACTERIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO 
À VIBRAÇÃO
No passado, até poucos anos atrás, a avaliação de vibração no corpo 
humano era pouco realizada, visto que, normalmente, quando se está num 
ambiente com vibrações elevadas, o nível de pressão sonora é bastante elevado. 
A avaliação da atividade por meio da dosimetria de ruído já caracterizava a 
atividade como insalubre (HABRA, 2015).
Para os dois tipos de vibração existentes, temos os instrumentos de 
medição, que fazem os levantamentos de valores que precisamos para obter os 
valores a indicar se existe mesmo a exposição à vibração ou não.
Deve ser feita uma antecipação de quais máquinas ou ferramentas que o 
operador usa; quais são suas atividades; quanto tempo o trabalhador fica exposto 
em cada procedimento que executa; verificar qual o tempo das pausas que ele faz 
e o tempo de exposição integral diário.
Depois de fazer o levantamento, deve ser instalado o instrumento de 
medição no trabalhador para evitar a influência do trabalho rotineiro do operador. 
É importante ressaltar que o trabalhador precisa estar ciente do que esse aparelho 
mede, o porquê que ele vai ser controlado e a importância de ele executar suas 
atividades normalmente, como faz todos os dias para evitar que a medição não 
tenha problemas e que seja realmente como o trabalhador está exposto.
Quando as medições forem encerradas, os valores da medição serão 
comparados aos limites de exposição que são indicados na NR 15 em seu anexo 
nº 8, que será estudado logo abaixo.
3.4 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA VIBRAÇÃO
Para que a medição seja realizada dentro do solicitado pelas Normas 
NHO 09 e NHO 10, devem ser analisados os procedimentos de medição e tudo 
o que está relacionado aos aparelhos conforme essas Normas, pois a NR 15, 
no seu anexo nº 8, deixa claro que todos os procedimentos técnicos devem ser 
acompanhados nas normas da FUNDACENTRO.
A seguir, vamos conhecer quais são os equipamentos de medição para 
cada tipo de vibração:
A NHO 10 (FUNDACENTRO, 2013) deixa claro que: 
Os medidores a serem utilizados na avaliação da exposição 
ocupacional à vibração em mãos e braços devem atender aos 
requisitos constantes da Norma ISO 8041 (2005) ou de suas futuras 
revisões e complementações e estarem ajustados de forma a atender 
aos seguintes parâmetros:
- circuito de ponderação para mãos e braços (Wh);
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
16
FIGURA 4 - MEDIDOR DE VIBRAÇÃO ACOPLADO AO 
ACELERÔMETRO DE MÃO E BRAÇO
FONTE: Disponível em: <http://www.aiqloja.com.br/medidor-de-
vibracao-mod-mv-100-digital-para-o-corpo-humano.html> Acesso 
em: 20 fev. 2015.
A NHO 09 (FUNDACENTRO, 2013) diz que:
Os medidores a serem utilizados na avaliação da exposição ocupacional 
à vibração de corpo inteiro devem ser integradores, atender aos 
requisitos constantes da Norma ISO 8041 (2005) ou de suas futuras 
revisões e complementações e estar ajustados de forma a atender aos 
seguintes parâmetros:
- circuitos de ponderação para corpo inteiro;
• Wk para o eixo “z”;
• Wd para os eixos “x” e “y”;
- fator de multiplicação “fj” em função do eixo considerado;
• fx = 1,4;
• fy = 1,4;
• fz = 1,0;
- medição em rms.
FIGURA 5 - MEDIDOR DE VIBRAÇÃO ACOPLADO AO ACELERÔMETRO 
DE ASSENTO
FONTE: Disponível em: <http://www.moset.com.br/seg_trabalho.htm>. 
Acesso em: 20 fev. 2015.
- fator de multiplicação em função do eixo considerado: f j = 1,0 para 
os eixos “x”, “y” e “z”;
- medição em rms.
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
17
3.5 NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXO Nº 8
A Norma Regulamentadora nº 15 (2014), no seu anexo nº 8, referente a 
vibrações, diz que deve:
Estabelecer critérios para caracterização da condição de trabalho 
insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e Braços 
(VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI). 
Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa das VCI e 
VMB são os estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional da 
FUNDACENTRO. 
Caracterização e classificação da insalubridade 
Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de 
exposição ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de 
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2. 
Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer 
dos limites de exposição ocupacional diária a VCI: 
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 
1,1 m/s2; 
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
Para fins de caracterização da condição insalubre, o empregador deve 
comprovar a avaliação dos dois parâmetros acima descritos. 
As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição 
ocupacional são caracterizadas como insalubres em grau médio. 
A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, 
abrangendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam o 
trabalhador no exercício de suasfunções. 
A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que 
contemple, no mínimo, os seguintes itens: 
a) Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos; 
b) Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, 
realizada de acordo com o item 3 do Anexo 1 da NR-9 do MTE; 
c) Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da 
exposição e representatividade da amostragem; 
d) Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de 
calibração; 
e) Dados obtidos e respectiva interpretação; 
f) Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação; 
g) Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente 
existentes e indicação das necessárias, bem como a comprovação de 
sua eficácia; 
h) Conclusão.
O grau de insalubridade para vibração, conforme inspeção em local de 
trabalho, tem o percentual de 20%.
3.6 NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 09 E 10
Vamos verificar, agora, o que dizem as Normas de Higiene Ocupacional 
(NHO) da FUNDACENTRO sobre as vibrações.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
18
3.6.1 Norma de Higiene Ocupacional – NHO 09:
avaliação da exposição ocupacional a vibrações de 
corpo inteiroa
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos 
para a avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro (VCI), que 
impliquem possibilidade de ocorrência de problemas diversos à saúde do trabalhador, 
entre os quais aqueles relacionados à coluna vertebral (FUNDACENTRO, 2013).
Acadêmico(a)! Verifique na íntegra a NHO 09, com todas as especificações e 
recomendações para avaliação e exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro. Site 
oficial da FUNDACENTRO: <http://www.fundacentro.gov.br/>.
IMPORTANT
E
3.6.2 Norma de Higiene Ocupacional – NHO 10:
avaliação da exposição ocupacional a vibrações em 
mãos e braços
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos 
para avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços que 
implique risco à saúde do trabalhador, entre os quais a ocorrência da síndrome 
da vibração em mãos e braços (SVMB) (FUNDACENTRO, 2013).
Acadêmico(a)! Verifique na íntegra a NHO 10, com todas as especificações e 
recomendações para avaliação e exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços. 
Site oficial da FUNDACENTRO: <http://www.fundacentro.gov.br/>.
IMPORTANT
E
3.7 SELEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DEPROTEÇÃO INDIVIDUAL 
E COLETIVA
Chegamos, agora, ao ponto de escolher as melhores maneiras e opções de 
proteger o trabalhador em suas atividades que são expostas à vibração. Vejamos 
a seguir algumas opções para auxiliar o trabalhador em sua jornada.
TÓPICO 1 | RUÍDO E VIBRAÇÃO
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3.7.1 Equipamento de Proteção Individual – EPI
O EPI mais conhecido e mais utilizado para vibração é a luva antivibração, 
mas devemos lembrar que só o uso da luva não é indicado, pois ela auxiliará 
na diminuição do impacto do equipamento transmitido à mão. É importante 
ressaltar que a vibração acaba deixando o trabalhador exposto a outros riscos, 
que deverão ser analisados e levantados os tipos de EPI, como o ruído e a poeira.
FIGURA 6 - UTILIZAÇÃO DE LUVA ANTIVIBRAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://segurancasaude.blogspot.com.
br/2013/03/riscos-fisicos-no-trabalho-sao.html> Acesso em: 21 fev. 2015.
3.7.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC
Saliba (2013, p. 230) selecionou algumas medidas de controle que são 
eficientes no combate à vibração:
Medidas de controle para vibrações de corpo inteiro:
- assentos com suspensão a ar;
- cabines com suspensão;
- calibração adequada do pneu;
- utilização de bancos com descanso para os braços, apoio lombar e 
ajuste do assento e do apoio das costas;
- limitação do tempo de exposição;
- implantação de programa de supervisão médica.
Medidas de controle para vibrações de mão e braço:
- usar ferramentas com características antivibratórias;
- utilizar luvas antivibração;
- executar práticas adequadas de trabalho que permitam manter as 
mãos e o corpo do trabalhador aquecidos bem como minimizar o 
acoplamento mecânico entre o trabalhador e a ferramenta vibratória;
- limitar o tempo de exposição;
- implantar programa de supervisão médica.
Entre outras medidas de prevenção, podemos sempre colocar em pauta 
os treinamentos com os operadores, sua conscientização sobre os riscos que 
estão expostos, quais os problemas que podem causar à sua saúde e também à 
implantação de sinalizações de segurança.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
20
POR QUE OUVIMOS E COMO FUNCIONA A AUDIÇÃO
O sistema auditivo é composto de 3 compartimentos: 
☛ O ouvido externo - formado pela orelha e o canal auditivo (local onde às vezes 
acumula cera), que tem a função de facilitar a captação do som e o amplifica nas 
frequências mais altas. Este fato é uma das principais razões do porquê, embora 
o ruído predominante nas fábricas tenha frequência entre 1000 e 2000 hz, a lesão 
observada no trabalhador compromete primeiro a audição de sons de 3000 a 6000 
hz. O ouvido externo funciona como um amplificador para frequências altas, 
chegando a aumentar a pressão sonora na frequência de 3000 Hz em até 20 decibéis. 
☛ O ouvido médio - composto pela membrana timpânica (o tímpano) e de 3 
ossículos (ossos pequenos) chamados de estribo, martelo e bigorna e dois 
músculos, um chamado estapédio e o outro tensor do tímpano. Os 3 ossos têm 
a função de facilitar a transmissão da energia sonora que chega na membrana 
para o interior de canais cheios de líquido, onde a energia sonora é convertida em 
hidráulica. A maneira como eles estão organizados tem a função de compensar a 
perda de energia que ocorre quando a energia passa do ar para um meio líquido. 
Os dois músculos, quando estimulados, se contraem, tendo a função de proteger 
o ouvido contra efeito de som muito elevado. 
☛ O ouvido interno - formado pela cóclea, que contém os elementos sensoriais 
para a audição e o sistema vestibular responsável pelo nosso equilíbrio (este, 
quando alterado, a pessoa pode apresentar vertigens, como ocorre na labirintite).
COMO PERCEBEMOS OS SONS?
 
A onda sonora atinge a cabeça, penetra no canal auditivo e atinge a membrana 
timpânica, vibrando-a. Esta membrana, ao vibrar, pela pressão dos sons, movimenta 
os 3 ossinhos que pressionam um líquido que existe dentro de canais chamados 
escalas, que fazem parte da cóclea. Este líquido pressionado se movimenta e estimula 
as células ciliadas existentes numa estrutura da cóclea, chamada órgão de Corti, que 
transformam a energia mecânica da onda sonora em impulsos elétricos e os transmitem 
ao cérebro, através do nervo acústico, informando da chegada de um determinado 
som. Isto ocorre, por exemplo, quando algum barulho ocorre inesperadamente perto 
de nós. Se um cão late, o ouvido capta a energia sonora emitida pelo latido, processa 
a energia e informa o cérebro, que aprendeu desde criança, que aquele é o som de um 
cão, de maneira a identificar rapidamente não apenas a existência do som mas sua 
localização e até quem o produziu.
FONTE: Disponível em: <http://www.cerest.piracicaba.sp.gov.br/site/images/caderno7_ruido.pdf>. 
Acesso em: 31 mar. 2014.
LEITURA COMPLEMENTAR
21
Neste tópico, você viu que:
• O ruído é uma superposição de vários movimentos vibratórios, com 
frequências e intensidades diferentes. Seus componentes não são harmônicos 
entre si, comportando-se como um todo único. Geralmente, a sensação auditiva 
subjetiva provocada por ele é desagradável e perturbadora, principalmente 
quando se apresenta intenso e inesperado.
• A vibração é um deslocamento oscilatório de um corpo em razão de forças 
desequilibradas de elementos rotativos e movimentos intermitentes de uma 
máquina ou um equipamento. É representado um movimento oscilatório e 
periódico caso o corpo vibre, abrangendo deslocamento em um determinadotempo.
• Vibração ocupacional de corpo inteiro: essas vibrações são passadas ao corpo 
em uma totalidade, frequentemente por meio da superfície de sustentação, 
como os pés, costas e nádegas de um indivíduo assentado.
• Vibração ocupacional localizada ou de mão e braço: essas vibrações abrangem 
certas partes do corpo, em especial mãos e braços.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 Quais são os instrumentos utilizados para medir a quantidade de ruído 
presente em um ambiente?
a) ( ) Acelerômetro e Decibelímetro.
b) ( ) Anemômetro e Decibelímetro.
c) ( ) Decibelímetro e Dosímetro.
d) ( ) Dosímetro e Termômetro.
2 Qual o grau de insalubridade que é indicado pela Norma Regulamentadora 
nº 15 para trabalhadores que são expostos à vibração?
a) ( ) 10%.
b) ( ) 20%.
c) ( ) 30%.
d) ( ) 40%.
3 Quantas horas um trabalhador pode ficar exposto a um ruído contínuo de 
85dB (A)?
a) ( ) 8 horas.
b) ( ) 9 horas.
c) ( ) 10 horas.
d) ( ) 11 horas.
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 2
TEMPERATURAS EXTREMAS E PRESSÕES ANORMAIS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico serão estudadas as temperaturas extremas, que são o calor e 
o frio, e as pressões anormais, que são as hiperbáricas e as hipobáricas. E referente 
a cada item, serão abordadas as legislações pertinentes e outras informações 
importantes para o entendimento de cada item.
2 TEMPERATURAS EXTREMAS
As temperaturas extremas são situações térmicas que exigem muito dos 
trabalhadores em seus afazeres profissionais. Elas podem ser identificadas em 
vários locais de trabalho, que podem ser em ambientes internos ou externos, mas 
que ambos podem acarretar muitos problemas aos trabalhadores.
As temperaturas extremas são divididas em calor e frio. Vamos, a seguir, 
entender sobre essas duas extremidades da temperatura.
2.1 CALOR 
Calor é uma forma de energia que se transfere de um sistema para outro 
em virtude de uma diferença de temperatura entre eles (ALMEIDA, 2015).
A exposição ao calor é comum em indústrias de fundição, metalúrgicas, 
papel, vidro, siderurgias, olarias, entre outros. E também em ambientes externos 
comuns em épocas do ano que são quentes.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
24
2.1.1 Doenças e sintomas que o calor causa no organismo
No organismo sujeito a uma sobrecarga térmica, várias reações 
fisiológicas ocorrem visando manter o equilíbrio, porém, essas reações provocam 
outras alterações que, somadas, podem resultar em distúrbio fisiológico. Uma 
das reações do organismo é a vasodilatação periférica, que tem a finalidade de 
aumentar a circulação sanguínea na superfície do corpo, através da qual se fazem 
as trocas de calor com o ambiente, pelos mecanismos mencionados. Oura reação 
é a ativação das glândulas sudoríparas, ou seja, há aumento do intercâmbio de 
calor por mudança do suor do estado líquido para vapor. A evaporação do calor 
tende a equilibrar as trocas de calor entre o organismo e o ambiente. Todavia, há 
limitações fisiológicas na perda de calor pelo suor (SALIBA, 2013).
As quatro principais doenças que a exposição ao calor causa são:
Exaustão: Os vasos sanguíneos dilatam e acontece uma falta de sangue do córtex 
cerebral, onde resulta na baixa de pressão arterial.
Desidratação: Reduz o volume do sangue, onde resulta a exaustão do calor.
Câimbras: Com o suor excessivo, o trabalhador perde água e sais minerais, 
principalmente o cloreto de sódio, que tem consequência de ocorrer espasmos 
musculares e câimbras.
Choque térmico: Quando a temperatura do corpo chega a certa temperatura, 
coloca em risco algum tecido vital que não pode ser atingido.
2.1.2 Processo para caracterização de exposição ao calor
Para a caracterização do calor, deve-se realizar uma inspeção no local de 
trabalho, acompanhando:
- Todo o procedimento de trabalho.
- Quais são as máquinas e os equipamentos que o trabalhador utiliza em sua 
jornada de trabalho.
- Se o trabalhador está exposto à carga solar ou não.
- Qual o seu ciclo de trabalho contando tempo trabalhado e tempo de descanso.
- Outras informações que apontem necessárias.
Após a inspeção e anotação de todas as informações pertinentes ao 
processo de exposição, vão ser realizadas as medições necessárias, seguindo 
todas as recomendações existentes na NR 15 e na NHO 06.
Depois de realizadas as medições e levantados os valores, é hora de 
comparar os valores obtidos aos expostos na NR 15 em seu anexo nº 3. Somente 
assim será caracterizada ou não a insalubridade.
TÓPICO 2 | TEMPERATURAS EXTREMAS E PRESSÕES ANORMAIS
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2.1.3 Instrumentos para avaliação do calor
Para sabermos qual a temperatura que o ambiente de trabalho possui, 
devemos fazer as medições com os instrumentos a seguir:
Termômetro de globo (Tg): O termômetro de mercúrio deve ser fixado 
no interior do orifício da rolha, e ambos devem ser inseridos no globo. 
A rolha deve ser fixada no globo com certa pressão a fim de não se 
soltar durante o uso. A posição relativa entre termômetro e rolha deve 
ser tal que, após montado no globo, o bulbo do termômetro fique 
posicionado no centro da esfera.
Termômetro de bulbo úmido natural (tbn): O termômetro de mercúrio 
deve ser montado na posição vertical e revestido com uma camisa de 
algodão branca que deverá envolver totalmente o bulbo de mercúrio. 
Na montagem, verificar que a distância entre a extremidade do 
bulbo (revestido pela camisa) e a lâmina d’água destilada contida no 
erlenmeyer deve ser de 25 mm ou de 2,5 cm. No momento da utilização 
do sistema, umedecer o pano totalmente com água destilada e encher 
o erlenmeyer até a extremidade com água destilada.
Termômetro de bulbo seco (tbs): Esses termômetros devem ser 
montados em um tripé e devem ficar no mesmo plano horizontal 
(SALIBA, 2013, p. 237 - 239).
FIGURA 7 - TERMÔMETROS DE GLOBO, BULBO SECO E BULBO ÚMIDO
Termômetro
de Globo
Termômetro
de Bulbo Seco
Termômetro
de Bulbo
Úmido
FONTE: Disponível em: <http://www.cursosegurancadotrabalho.net/2013/07/
Calculando-temperaturas-Instrumentos-de-medida-de-calor-e-umidade.html>. 
Acesso em: 16 fev. 2015.
UNIDADE 1 | AGENTES FÍSICOS
26
2.1.4 Norma Regulamentadora nº 15 – Anexo nº 3
A Norma Regulamentadora nº15 (2014), em seu Anexo nº 3, expõe todos 
os parâmetros e cálculos para definição de um trabalhador estar exposto ou não 
ao agente físico calor, sabendo assim se terá direito ou não à insalubridade. Vamos 
verificar a seguir o Anexo nº 3 na íntegra:
1) A exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido 
Termômetro de Globo – IBUTG, definido pelas equações que se seguem: 
Ambientes internos ou externos sem carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 
Ambientes externos com carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 
onde: 
tbn = temperatura de bulbo úmido natural 
tg = temperatura de globo 
tbs = temperatura de bulbo seco. 
2) Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo 
úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. 
3) As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à 
altura da região do corpo mais atingida. 
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. 
1) Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido 
no Quadro nº 1.
QUADRO Nº 1
REGIME DE TRABALHO 
INTERMITENTE COM 
DESCANSO NO PRÓPRIO 
LOCAL DE TRABALHO 
(por hora)
TIPO DE ATIVIDADE
LEVE MODERADA PESADA
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
15 minutos descanso
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
30 minutos trabalho
30 minutos descanso
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
15 minutos trabalho
45 minutos descanso
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o trabalho, 
sem

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