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1
2
Presidente
FRANCISCO BELLO GALINDO FILHO
Vice-presidente
SOLANGE FERNANDES BEIRO
Diretora Financeira
MARLI ANITA PREISSLER IGLESIAS
Diretor Financeiro Substituto
JOSÉ GERALDO DE MELO OLIVEIRA
Diretor Administrativa
IVAN PROFIRO LOUZADA
Diretor Administrativo Substituto
NILTON BALBINO
CONSELHO CURADOR
Presidente
CRISTIANE BRASIL
Vice-presidente
HONÉSIO PIMENTA PEDREIRA FERREI-
RA
Membros Titulares
BENITO DA GAMA SANTOS
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO 
THADEO
EDUARDO SEABRA DA COSTA
ELAINE MATOZINHO RIBEIRO
LUIZ FRANCISCO CORREA BARBOSA
LUIZ RONDON TEIXEIRA DE MAGAL-
HÃES FILHO
NORBERTO PAULO DE OLIVEIRA MAR-
TINS
Suplentes
ALEXANDRE CHAVES RODRIGUES
JORGE LUIZ MAURICIO CANANEIA 
GOMES
OSWALDO MARQUES CERA
CONSELHO FISCAL
Membros Titulares
DENISE CONDE VILLETH DANTAS
EDSON PACHECO DOS SANTOS
VERA LUCIA GORGULHO AZEVEDO
Suplentes
EDUARDO NUNES SERDOURA
GUILHERME MOUTINHO SERODIO
MARA LUCIA RODRIGUES VELOSO
FICHA TÉCNICA
Quem Somos
 Os institutos e fundações partidárias foram criados no Brasil com a publicação da Lei nº 
6.339/1976, que passou a obrigar os partidos a criar e manter instituto de doutrinação e educação 
política destinado a formar, renovar e aperfeiçoar quadros e lideranças partidárias. Todavia, so-
mente em 1995 foram introduzidas na legislação mudanças substanciais no que toca à criação e 
à manutenção dessas entidades, a partir do vinculamento de recursos do Fundo Partidário. Com 
as mudanças, a lei sobre os partidos políticos passou a determinar que “os recursos oriundos do 
Fundo Partidário serão aplicados na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa, 
de doutrinação e educação política” e que “a fundação ou instituto de direito privado, criado 
por partido político, destinado ao estudo e pesquisa, à doutrinação e à educação política, rege-se 
pelas normas da lei civil e tem autonomia para contratar com instituições públicas e privadas, 
prestar serviços e manter estabelecimentos de acordo com suas finalidades, podendo, ainda, 
manter intercâmbio com instituições não nacionais”.
 A partir dessa mudança na legislação, os partidos políticos se sentiram estimulados a 
estruturarem as suas fundações, para investir na formação política dos cidadãos e de seus quad-
ros políticos. ar a memória do partido e do movimento político que ele representa, o trabalhis-
mo. No dia 18 de dezembro de 1997, foi realizada a primeira reunião do Conselho Curador da 
Fundação Instituto Getúlio Vargas.
 Um outro importante marco legal para reger as atribuições das fundações partidárias foi 
a Resolução nº 22.121/2005 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que obrigou os institutos a se 
adequarem à estrutura jurídica produzida pelo novo Código Civil. As entidades mantidas pelos 
partidos políticos, voltadas para pesquisa, doutrinação e educação política, que foram criados 
sob a forma de institutos, associação ou sociedade civil, deveriam ser convertidos em fundações 
de direito privado. Neste sentido, após a resolução, os partidos transformaram seus institutos 
em fundações, sendo atribuição legal do Ministério Público zelar pelo seu funcionamento ad-
equado. A FIGV, mais tarde renomeada como Fundação PTB - FPTB, imediatamente adaptou 
seu estatuto, para estar com suas regras internas em perfeita consonância com a Resolução do 
TSE.
 Atualmente, a Fundação renomeada Fundação Ivete Vargas, é um ente jurídico de direi-
to privado, instituído pelo Partido Trabalhista Brasileiro, com sede e foro na cidade de Brasília, 
Distrito Federal. A Fundação em essência é um centro de estudos e de formulação política e, 
entre suas funções estatutárias, se inserem:
a) Realizar estudos e pesquisas sobre temas políticos, sócio-culturais e econômicos;
b) Organizar cursos de formação, de capacitação política e de administração pública;
c) Planejar, promover, organizar e executar congressos, conferências, ciclos de estudos, sem-
inários, simpósios e reuniões partidárias;
d) Manter arquivos e centros de documentação destinados a identificar, tratar, preservar e divul-
gar a memória do partido e da Fundação;
e) Celebrar convênios, acordos de cooperação, contratos e intercâmbios com outras entidades 
nacionais e estrangeiras.
 Embora seja um órgão partidário, a Fundação se reserva o direito à isenção científica e 
à liberdade de expressão, estando aberta à participação de todas a correntes de pensamento.
3
4
Sumário
A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS........................................................................................05
Como Aprender um Novo Idioma...............................................................................................07 
O Que Contribui para o Êxito.....................................................................................................08
A Estruturação da LIBRAS.........................................................................................................09
Unidade 1 Conhecendo e Reconhecendo.............................................................................11
Unidade 2 Identidade, Cultura e Comunidade Surda...........................................................15
Unidade 3 Rotina Diária......................................................................................................41
Unidade 4 Relacionamentos e Família................................................................................49
Bibliografia Consultada..............................................................................................................61
-
5
1 - A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS
LIBRAS é a Língua de Sinais usada pelas comunidades de surdos no BRASIL, reconhecida 
pela Lei 10.436. Ela não é uma simples gestualização, assim como as diversas línguas natu-
rais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos, a diferença está pautada ma 
sua modalidade de articulação, visual-espacial. Assim sendo, para se comunicar em LIBRAS, 
não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as 
frases, estabelecendo comunicação. Assim, a LIBRAS se apresenta como um sistema linguís-
tico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Como toda língua, as línguas de sinais aumentam seus vocabulários com novos sinais intro-
duzidos pelas comunidades surdas em resposta às mudanças culturais e tecnológicas. Assim 
a cada necessidade surge um novo sinal e, desde que se torne aceito, será utilizado pela co-
munidade.
Acredita-se também que somente exista uma língua de sinais no mundo, mas assim como as 
pessoas ouvintes em países diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas surdas por 
toda parte do mundo, que estão inseridas em “Culturas Surdas”, possuem suas próprias lín-
guas, existindo, portanto, muitas línguas de sinais diferentes, como: Língua de Sinais Fran-
cesa, Chilena, Portuguesa, Americana, Argentina, Venezuelana, Peruana, Brasileira, Inglesa, 
Italiana, Japonesa, Chinesa, Uruguaia, Russa, Urubus-Kaapor (Índios), citando apenas algu-
mas. Estas línguas são diferentes uma das outras e independem das línguas orais-auditivas 
utilizadas nesses e em outros países, por exemplo: o Brasil e Portugal possuem a mesma 
língua oficial, o português, mas as línguas de sinais destes países são diferentes. O mesmo 
acontece com os Estados Unidos e a Inglaterra, entre outros. Também pode acontecer que 
uma mesma língua de sinais seja utilizada por dois países, como é o caso da Língua de Sinais 
Americana que é usada pelos surdos dos Estados Unidos e do Canadá.
Embora cada língua de sinais tenha sua própria estrutura gramatical, surdos de países com 
línguas de sinais diferentes comunicam-se com mais facilidade uns com os outros, fato que 
não ocorre entre falantes de línguas orais, que necessitam de um tempo bem maior para um 
entendimento. Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver e apro-
veitar gestos e pantomimas (Arte ou ato de expressão por meio de gestos; mímica) para a 
comunicação e estarematentos às expressões faciais e corporais das pessoas e devido ao fato 
dessas línguas terem muitos sinais que se assemelham às coisas representadas.
No Brasil, as comunidades surdas urbanas utilizam a LIBRAS, mas além dela, há .registros 
6
de uma outra língua de sinais que é utilizada pelos índios Urubus-Kaapor na Floresta Ama-
zônica.
Muitas pessoas acreditam que a LIBRAS é o português feito com as mãos, que os sinais subs-
tituem as palavras desta língua, e que ela é uma linguagem como a linguagem das abelhas ou 
do corpo, como a mímica. Entre as pessoas que acreditam que a LIBRAS é realmente uma 
língua, há algumas que pensam que ela é limitada e expressa apenas informações concretas, 
e que não é capaz de transmitir idéias abstratas.
Esses mitos precisam ser desfeitos porque a LIBRAS, como toda língua de sinais, é uma 
língua de modalidade gestual-visual que é utilizada como canal ou meio de comunicação, 
movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão; portanto, diferencia 
da Língua Portuguesa, uma língua de modalidade oral-auditiva, que utiliza, como canal ou 
meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. Mas as
 
 
diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas 
gramaticais de cada língua.
Uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir de unidades mínimas 
que formam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem os seguintes níveis linguísti-
cos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
Entre as línguas é que os usuários de qualquer língua podem expressar seus pensamentos 
diferentemente, por isso uma pessoa que fala uma determinada língua utiliza essa língua de 
acordo com o contexto e o modo de se falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma 
pessoa estranha, assim, quando se aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-la a 
partir do contexto.
Também é que todas as línguas possuem diferenças quanto ao seu uso em relação à região, ao 
grupo social, à faixa etária e ao gênero. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a 
norma culta, a norma padrão, que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma 
região e um grupo social como padrão.
7
Ao se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora sendo de modali-
dade de diferente, possuem também estas características em relação às diferenças regionais, 
sócio-culturais, entre outras, e em relação às suas estruturas porque elas também são compos-
tas pelos níveis descritos acima. O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas 
orais-auditivas, são denominados sinais nas línguas de sinais.
Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado 
formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço 
em frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às 
vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros.
2 - COMO APRENDER UM NOVO IDIOMA
Quem deseja aprender um novo idioma precisa fazer mais do que memorizar novas palavras. 
Precisa aprender uma nova forma de pensar, novos padrões de pensamento e a cultura que 
permeia os usuários desta. A lógica e o senso de Humor podem ser diferentes em outro idio-
ma. A pronúncia de novos sons (sinais) exigirá um uso diferente do corpo e/ou dos órgãos da 
fala.
O que nos ajudará a não apenas entender, mas também a falar esse idioma fluentemente? 
Como no caso do aprendizado de qualquer idioma, há algumas técnicas básicas que podem 
nos ajudar a ser fluentes na idioma. Vejamos algumas sugestões:
Ouça com atenção: De início, um novo idioma pode soar totalmente incompreensível para 
uma pessoas não treinada. Mas, à medida que a pessoa aprende a se concentrar no que ouve e 
vê, passará a reconhecer algumas palavras do idioma e padrões da linguagem que se repetem. 
Escutar exige muita concentração, mas o esforço realmente compensa. Nas práticas viven-
ciais, nos concentramos no que está sendo explicado, ou ficamos distraídos? É vital fazer o 
máximo para nos concentrar no que está sendo apresentado.
Imite os que falam o idioma com fluência: Os que estudam um novo idioma são incentivados 
a não apenas ouvir atentamente, mas também a tentar imitar, ou copiar, a pronún-cia e a ma-
neira de falar dos que são fluentes na idioma. Isso os ajuda a evitar desenvolver um sotaque 
muito forte que dificulte que outros os entendam. Falar um idioma envolve não apenas enten-
der, mas usar, explicar e ensiná-lo a outros.
Memorize: Quem estuda um novo idioma precisa memorizar muitas coisas novas. Isso in-
clui novas palavras, expressões, situações. Certamente faríamos bem em memorizar diálogos 
contextualizados e músicas que correspondem a uma estrutura sinalizada.
A repetição: esta ajuda a fixar a memória. Assim repetidos lembretes são essenciais para nos-
so aprendizado.
Leia de forma audível: Alguns tentam estudar um novo idioma de forma silenciosa ou imagi-
nária. Isso não produz os melhores resultados. Quando estudamos uma idioma, talvez preci-
semos, às vezes, ler “em voz baixa” para ajudar na nossa concentração. Com isso, o assunto 
fica mais bem gravado na mente.
Estude a gramática: A certa altura, é benéfico estudar a gramática, ou os princípios e re-gras 
8
do novo idioma que estamos aprendendo. Isso nos permitirá entender a estrutura do idioma, 
habilitando-nos a falar corretamente.
Continue a fazer progresso: A pessoa talvez aprenda o suficiente para uma conversa comum, 
mas depois pare de progredir. Esteja disposto a e expandir seu vocabulário, por assim dizer. 
Sem desanimar, lembre-se sempre de comparar seu progresso no aprendizado não com os 
outros, mas sim com o que já conseguiu alcançar.
Estabeleça horários de estudo. Períodos de estudo curtos e regulares são mais eficazes do 
que longos períodos ocasionais. Estude quando estiver atento, menos sujeito a distrações. 
Aprender um novo idioma é como abrir caminho numa floresta. Quanto mais se usa a trilha, 
mais fácil fica o percurso. Se a trilha não for usada por muito tempo, a mata logo a fe-chará. 
Assim, persistência e constância são vitais.
Fale! Fale! Fale! Alguns que estão aprendendo um novo idioma talvez hesitem em se expres-
sar nesse por timidez ou medo de errar. Isso pode impedir seu progresso. Com relação a este 
aprendizado, aplica-se o antigo ditado: “A prática faz a perfeição.” Quanto mais a pessoa 
exercita esta nova comunicação, mais à vontade se sente de usá-la.
3 - O QUE CONTRIBUI PARA O ÊXITO
● Motivação. Você precisa de um incentivo — uma razão para atingir o seu alvo. Alunos com 
grande motivação geralmente se saem melhor.
● Humildade. Não exija demais de si mesmo — erros são inevitáveis, especialmente no co-
meço. “As pessoas vão rir”, diz Alison, “por isso tenha senso de humor!” Valerie concorda: 
“Você é como um bebê que está aprendendo a andar. Você tropeça e cai frequentemente, mas 
tem de se levantar e tentar de novo.”
● Paciência. “Os dois primeiros anos foram difíceis para mim e às vezes tinha vontade de 
desistir”, admite David. Mesmo assim, ele reconhece: “Vai ficando mais fácil.” Jill também 
acha a mesma coisa. “Você não acredita que fez muito progresso até que olha para trás”, diz 
ela.
● Prática. Exercícios regulares vão ajudá-lo a se tornar fluente no idioma que está aprenden-
do. Procure praticar todos os dias, mesmo que seja apenas alguns minutos. É como diz certo 
livro didático: “Melhor ‘pouco e sempre’ do que ‘muito mas raramente’.”
 
Recursos úteis:
● Cartões de fixação. Cada cartão contém uma palavra ou frase na frente e a tradução no ver-
so. Se não estiverem disponíveis onde mora, você pode montar sua própria coleção usando 
um fichário.
● DVDs e Vídeos pedagógicos. Ajudam-no a aprender por escutar o idioma falado de ma-
neira correta. Por exemplo, enquanto dirigia o carro, David aprendeu o básico de japonês 
escutando fitas cassete de um livro de bolso para viagens.
● Programasde computador interativos. Alguns desses permitem gravar a voz e comparar a 
9
sua pronúncia com a dos falantes nativos.
● Filmes e Televisão. Se na região onde mora houver programas no idioma que está apren-
dendo, por que não sintonizá-los para verificar quanto consegue entender?
● Revistas e Livros. Tente ler matérias na língua que está aprendendo, certificando-se de que 
o nível de compreensão não seja nem muito avançado nem muito básico.
4 - A ESTRUTURAÇÃO DA LIBRAS
Classificadores Um classificador (CL) é uma forma que estabelece um tipo de concordância 
em uma língua. Na LIBRAS, os classificadores são formas representadas por configurações 
das mãos, braços, dedos e todos o corpo para transmitir ações, formatos de objetos e situa-
ções, que lembram à realidade complementando o sentido da frase, situação ou sinal. Ajudam 
construir sua estrutura sintática, através de recursos corporais que possibilitam relações gra-
maticais altamente abstratas.
Expressões Corporais e Faciais É a movimentação do corpo, braço, dedos, rosto, boca e olhos 
para o auxilio da sinalização. Usamos para identificar sujeitos, objetos e ações. Auxilia no 
processo de comunicação, pois a nossa comunicação com um surdo estará bem ligada a ex-
pressões faciais e posicionamento corporal, pois muitos sinais em sua configuração têm como 
traço diferenciador as expressões.
Iconicicadade A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e per-
cebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o 
“desenho” no ar do referente que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza 
linguística, a realização de um sinal pode ser motivada pelas características do dado da reali-
dade a que se refere, mas isso não é uma regra. Mas a grande maioria dos sinais da LIBRAS 
são arbitrários, não mantendo relação de semelhança alguma com seu referente.
Histórico e Cultura Muitos sinais principalmente no Brasil são carregados de uma história 
de formação e cultura. Para entender por que ele recebe esta formação devem ser analisados 
os fatos e acontecimentos anteriores a seu uso. Com o passar do tempo, muitos outros sinais 
10
passam a ser criados ou modificados de acordo com a necessidade e surgimento de fatos na 
história da comunidade surda, e muitos outros vem sendo substituídos e modificados com o 
tempo. Além de passarmos pelo processo do dialeto do País, temos Regional e Social dando 
a possibilidade de variações destes.
Empréstimos Linguísticos Como em toda língua a LIBRAS se apropria de alguns sinais são 
realizados através da soletração, uso das iniciais das palavras, cópia do sinal gráfico pela 
influência da Língua Portuguesa escrita. Estes empréstimos sofrem mudanças formativas e 
acabam tornando-se parte do vocabulário da LIBRAS. Além de passar a fazer empréstimos 
de outros sinais provenientes de países com a Língua de Sinais mais desenvolvida.
Sinais Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de si-
nais também existem ítens lexicais, que recebem o nome de sinais, que são gestos específicos 
usados para identificar uma pessoa, objeto, animal ou ação. Os sinais surgem da combinação 
de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação no espaço ou no corpo onde 
os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas da LIBRAS.
Aspectos Linguísticos A LIBRAS como o português tem sua estrutura linguística, desde a 
Fonologia - que denominamos os 5 Parâmetros-, morfologia, sintaxe, semântica, lexicologia 
e pragmática.
Está é a Língua de Sinais usada pelas comunidades de surdos no BRASIL, reconhecida pela 
Lei 10.436. Ela não é uma simples gestualização, assim como as diversas línguas naturais e 
humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos, a diferença está pautada ma sua 
modalidade de articulação, visual-espacial. Assim sendo, para se comunicar em LIBRAS, 
não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as 
frases, estabelecendo comunicação. Assim, a LIBRAS se apresenta como um sistema linguís-
tico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil
11
UNIDADE 1
Encontros e Desencontros
O Encontro
12
13
DATILOLOGIA
A Datilologia, arte de conversar usando os dedos, é usada em muitas línguas gestuais, com 
vários propósitos: representar palavras (especialmente nomes de pessoas ou de localidades) 
que não têm gesto equivalente, para ênfase ou classificação, para se ensinar ou aprender uma 
determinada língua gestual usando a oral como referência.
Fazemos grande uso desta para, soletrar palavras ou nomes próprios, usar os numerais, recur-
sos matemáticos e ditar textos.
A Datilologia tem a sua origem em Espanha. A sua fonte conhecida mais antiga, a obra do 
monge franciscano Mechor Sánchez de Yebra (1526-1586), foi publicada em 1593. Outro 
monge espanhol, contemporâneo de Sánchez Yebra, Pedro Ponce de León (1508-1584), tam-
bém tinha feito uso de um alfabeto manual para educar vários meninos surdos. A difusão 
alcançada pelo alfabeto manual de Sánchez de Yebra. Pablo Bonet era secretário da família 
Fernandez de Velasco, que tinha vários surdos, por causa dos frequentes casamentos entre 
parentes, realizados para manter o patrimônio vinculado à família.
No século XVIII, a Datilologia surgiu em França, através de Jacob Rodriguez Pereira e em 
1816, através de Thomas Hopkins Gallaudet, e foi levada para os EUA.
Assim a Datilologia foi inserida nas línguas gestuais, por educadores, tanto ouvintes como 
surdos, servindo como ponte entre a língua gestual e a língua oral que a rodeia. Hoje a Dati-
lologia se apresenta nas seguintes formas:
ALFABETO MANUAL
O Alfabeto Manual é a representação em sinais da escrita da língua oral, por sua vez, saber 
usar e conhecer o alfabeto não é sinônimo de conhecer a língua de sinais. O alfabeto manual 
segue a mesma estrutura de sequência do alfabeto oral do país, assumindo muitas vezes as 
formas que as letras se assemelham quando as mãos se movimentam.
14
REPRESENTAÇÃO NUMÉRICA:
Os numerais são as variações que a mão predominante assume se assemelhando ao referente: 
números de Quantidade, Ordinais, Cardinais, variações. Fazemos uso destes quando preci-
samos sinalizar; número de casa, idade, aulas de matemática, horas, quantidades, ordem e 
outros. Quando usamos números de mais de 2 dígitos movimentamos a mão da esquerda para 
a direita, separando bem dando melhor visual da escrita espacial.
CARDINAIS
São usados para definir valor numérico, como número de telefone, casa e operações matemá-
ticas.
Nas dezenas a mão fica parada. Nos números de 1-4 a palma da mão fica virada para o corpo. 
Nos números que tem o zero a esquerda, apenas rotacionará o pulso. Os números 11, 22, 33, 
77 são sinalizados com o dedo indicador para frente e vibratório, não repetitivo.
Quantidade
Estes são usados para definir quantidade específica de algo. As quantidades de 1 ao 4 são 
sinalizadas a partir do dedo indicador virados com as pontas para cima.
As quantidades de acima de 5 são sinalizadas da mesma maneira que os números cardinais.
15
ORDINAIS
Os sinais para 1º a 9º são feitos com a mão tremendo. Os sinais para dezenas (10º, 20º, etc..) 
São feitos com a mão parada. Variando as situações, classificaremos o contexto para perceber 
que se trata de um numeral ordinal.
Valores
Valores
Os valores referentes a R$1,00 a R$9,00 são feitos com a mão rotacionando em mesmo senti-
do. Já os valores de R$10 ,00 em diante são usados os números cardinais com o sinal de real 
na sequência.
VARIAÇÕES
ACENTUAÇÃO E PONTUAÇÃO
Como na língua portuguesa, precisamos usar também acentuação e pontuação nas palavras 
ou frases soletradas, de acordo com a necessidade. Assim toda acentuação e soletração, é 
desenhada com o dedo indicador da mão predominante ou ambas.
MATEMÁTICOS
Para efetuar contas precisaremos utilizar tal recurso, assim articularemos os dedos indicado-
res e outros assemelhandoa mão aos símbolos matemáticos aos quais se referem:
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SOLETRAÇÃO RÍTMICA (SINAIS SOLETRADOS)
Além dos sinais comuns que tem semelhança com seu referente, muitas vezes a língua de 
sinais faz empréstimos do português de palavras simples e muito usadas, assim denominamos 
estas palavras soletradas por todas as letras ou as suas iniciais como Sinal Soletrado.
SOLETRAÇÃO
Na soletração, é de suma importância configurar bem as mãos, destacando altura necessária 
(preferencialmente usando um pano de fundo, que é o peitoral), suavizar a mudança entre as 
letras e pausar quando necessário em uma palavra composta. Para isto, é expressado na últi-
ma configuração articulada uma ênfase levantado, abaixando ou fazendo um leve movimento 
rápido na última letra da palavra.
Quando usamos nossas mãos para soletrar, podemos comparar com uma árvore, o tronco não 
se meche, apenas as folhas balançam ao vento, ou seja, não precisamos movimentar o braço 
nem sair com ele do lugar.
Para perceber bem a soletração devemos sempre atentar para as sílabas, não letras isoladas, e 
ler a palavra como um todo ao invés de ler as letras separadas.
SAUDAÇÕES
O cumprimento é uma forma de saudação amigável entre duas pessoas ou entidades, geral-
mente com algum gesto ou fala. Em toda e qualquer cultura ou povo, se prioriza fazer uso 
deste.
Os gestos que simbolizam os cumprimentos variam de cultura para cultura. No Ocidente e na 
maioria do mundo, entre homem-homem costuma-se utilizar o aperto de mão. Entre homem-
-mulher, mulher-mulher que não tem certa intimidade, também. É comum se utilizar um, dois 
ou até três beijos no rosto entre homem-mulher, mulher-mulher que já são colegas ou amigos 
há algum tempo.
17
Na língua de sinais seguimos os mesmos padrões culturais de formalidade e informalidade. 
Apenas a maneira de expressa-los será diferente. No geral os cumprimentos têm a base do 
sinal para BOM seguindo do momento do dia que a pessoa está vivenciando no momento. 
Exemplos:
18
Identificação e Sinalização
Todas as línguas, passam a ser conhecidas como tal, desde que assumam uma função social e 
expresse comunicação clara. Assim elas possuem um amplo vocabulário comum. Do mesmo 
modo acontece na LIBRAS, o vasto vocabulário que esta compreende, é formado não por 
meio do alfabeto manual, mas é fundamentado com princípios pertinentes a cultura e comu-
nidade em que se vive e partilha.
Por isso que a formação intelectual e social dos sinais deve ser bem analisada. Estes sinais 
são criados a partir de experiências visuais priorizando: a semelhança, ambiente e costume.
Por ser uma língua visual precisamos entender não a palavra correspondente a cada gesto, 
mas sim que sentido no campo visual momentâneo ele transmite, se preocupando apenas com 
o sentido na língua alvo.
 
Assim cada coisa ou pessoa em um ambiente de convívio social, familiar ou educacional de 
surdos passa a ser identificado com um gesto eu pode estar ligado a alguma destas três idéias.
POR EXEMPLO:
Quando nos apresentamos a alguém, usamos soletrar o nome próprio (dactilologia), (este 
não é de muita relevância no mundo visual), após usaremos o que é popularmente chamado 
de “SINAL”, pois cada pessoa que participa da “comunidade surda” é batizado com este, e 
é identificado sempre por este sinal. Como já dito, este sinal é uma característica própria da 
pessoa.
Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, um traço visual próprio 
da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal (nome visual) usa-se o alfabeto manual 
que compõe o quadro das configurações de mãos usadas na Libras. O alfabeto manual teve 
origem pela necessidade de representar as letras de forma visual e era usado principalmente 
para ensinar pessoas surdas a ler e escrever, na Libras o uso do alfabeto manual é caracteri-
zado como um Empréstimo Linguístico.
19
Usamos este gesto quando queremos saber a correspondência em português soletrado para 
algo ou alguém que estamos apontando.
Usamos este gesto quando queremos saber o correspondente em libras para algo ou alguém 
que estamos apontando. Ou quando estamos caracterizando algo.
Árvore _______ bonita. Eu _______ João
 
UNIDADE 2
Identidade, Cultura e Comunidade Surda
1- UM POUCO DAS CONCEPÇÕES, HISTÓRICO E VIDA DOS SURDOS
Na sequência deverá ser estudado em casa os textos abaixo em grupo para apresentação dos 
assuntos selecionados pelo professor durante a aula. Esta apresentação precisará conter uma 
boa exploração de recursos visuais. Nesta haverá a presença de um professor ouvinte para 
avaliação e complementação.
 
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2- CULTURA SURDA
A palavra cultura em si possui vários significados. Pensando em pessoas surdas, ela represen-
ta identidade porque pode-se afirmar que estas possuem uma cultura uma vez que têm uma 
forma própria de apreender o mundo que os identificam como tal.
STOKOE, um Linguista americano, e seu grupo de pesquisa, em 1965, foram os primeiros 
estudiosos a falar sobre as características sociais e culturais dos Surdos.
A Linguista surda americana, Carol Padden, esclareceu um pouco mais a conceituação da 
cultura surda. Para ela, “uma cultura é um conjunto de comportamentos aprendidos de um 
grupo de pessoas que possui sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradi-
ções”. PADDEN (1989).
Assim podemos esclarecer em outro ponto de vista que a Cultura Surda se dá a partir de três 
princípios básicos: (1) o estilo de comunicação, visual ou não, (2) o meio em que vive, ou 
seja, a comunidade que o sujeito vivência suas experiências e (3) a meio ou canal por onde o 
conhecimento, informação e aprendizagem passam, se o sujeito surdo tem uma percepção do 
mundo de uma maneira geral dos surdos ou se sofre influência do ouvintismo.
Por isso não podemos dizer que basta ser surdo para ser partícipe de uma cultura surda, por-
que sendo a maioria dos surdos, 95%, filhos de pais ouvintes, muitos destes não aprendem 
a LIBRAS e não conhecem as Associações de Surdos, que são as Comunidades Surdas, po-
dendo dentro do estudo sócio-antropológico ser consideradas apenas pessoas com deficiência 
auditiva.
Hoje há a grande discussão política e firmamento dos direitos de cidadania e linguísticos, as 
pessoas já fazem uma distinção entre “ser Surdo” e ser “deficiente auditivo” (surdo oraliza-
do). Pois a palavra “deficiente”, que não foi escolhida por elas para se denominarem, estig-
matiza a pessoa porque a mostra sempre pelo que ela não tem, em relação às outras e, não, o 
que ela pode ter de diferente e, por isso, acrescentar às outras pessoas.
Ser Surdo é saber que pode comunicar com mãos e aprender uma língua oral-auditiva através 
desta na modalidade escrita e por opção na modalidade oral, é conviver com pessoas que, 
em um universo de sons, deparam-se com pessoas que estão percebendo o mundo, principal-
mente, pela visão, e isso faz com que eles sejam diferentes e não necessariamente deficientes.
A diferença está no modo de apreender o mundo, que gera valores, comportamentos comuns 
compartilhados e tradições sócio-interativas, sendo estes o que realmente moldam a “Cultura 
Surda”. Por isso podemos afirmar que cultura surda se pauta nestes três pilares, Comunica-
ção, Conhecimento e a Comunidade.
As pessoas Surdas em questão de relacionamento tem uma ampla diversidade e preferem um 
relacionamento mais íntimo com outra pessoa Surda; Suas piadas envolvem a problemática 
da incompreensão da surdez pelo ouvinte que geralmente é o português que não percebe bem, 
ou quer dar uma de esperto e se dá mal;.
Seu teatro já começa a abordar questões de relacionamento, educação e visão de mundo, pró-
pria das pessoas Surdas.O Surdo tem um modo próprio de olhar o mundo onde as pessoas são 
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expressões faciais e corporais.
Assim numa visão sócio-antropológica e linguística, a “Comunidade Surda” não é um lugar 
onde pessoas deficientes, que têm problemas de comunicação se encontram, mas um ponto de 
articulação política e social. Pois cada vez mais, os Surdos se organizamnesses espaços en-
quanto minoria linguística que luta por seus direitos linguísticos e de cidadania, impondo-se 
não pela deficiência, mas pela diferença.
Vendo por esse prisma, pode-se falar de Cultura Surda, ou seja, Identidade Surda. O Surdo 
é diferente do ouvinte porque percebe e sente o mundo de forma diferenciada e se identifica 
com aqueles que também, apreendendo o mundo como Surdos, possuem valores que vêm 
sendo transmitidos de geração em geração independentemente da Cultura dos ouvintes, a 
qual também se inserem.
3 - IDENTIDADES SURDAS
Segundo a palavra do Skliar (1998:15) sobre o ouvintismo: “Trata-se de um conjunto de re-
presentações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e a narrar-se como 
se fosse ouvinte. Além disso, é nesse olhar-se, e nesse narrar-se que acontecem as percepções 
do ser deficiente, do não ser ouvinte; percepções que legitimam as práticas terapêuticas ha-
bituais.”
SURDO NÃO É DEFICIENTE, É APENAS DIFERENTE, com signos diferentes de ouvin-
tes, nós temos signos visuais enquanto que ouvintes têm signos auditivos.
É uma perda de tempo usar os signos que os surdos não têm, nós temos a nossa comunicação 
visual, temos a nossa própria língua, a língua de sinais permite que o surdo crie a sua lingua-
gem interior, entender os conceitos da vida, e além disso também permite que o surdo tenha 
formação de linguagem e pensamento, ter orgulho de sua diferença, e além do mais é uma 
língua mais rica do que a falada, como já está comprovado nas pesquisas a que me lancei na 
área Surdez.
Gládis critica a influência do poder ouvintista que prejudica a construção da identidade surda: 
“É evidente que as identidades surdas assumem formas multifacetadas em vista das frag-
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mentações a que estão sujeitas face à presença do poder ouvintista que lhe impõe regras, 
inclusive, encontrando no estereótipo surdo uma resposta para a negação da representação da 
identidade surda ao sujeito surdo.”
Levando em conta os fatores sociais, familiares, o poder ouvintista que determinam na cons-
trução da identidade do sujeito surdo, explicarei aqui as categorias de identidades surdas, 
uma vez que existem diferenças entre os surdos:
Identidade Surda - são as pessoas que têm identidade surda plena, geralmente são filhos de 
pais surdos, têm consciência surda, são mais politizados, têm consciência da diferença, e têm 
a língua de sinais como a língua nativa. Usam recursos e comunicações visuais.
Identidade Surda Híbrida - são surdos que nasceram ouvintes e posteriormente se tornam sur-
dos, conhecem a estrutura do português falado. Gládis narra a experiência própria: “Isso não 
é tão fácil de ser entendido, surge a implicação entre ser surdo, depender de sinais, e o pensar 
em português, coisas bem diferentes que sempre estarão em choque. Assim, você sente que 
perdeu aquela parte de todos os ouvintes e você tem pelo meio a parte surda. Você não é um, 
você é duas metades.”
Identidade Surda de Transição - eu especificaria nesta categoria os surdos que são oralizados, 
foram mantidos numa comunicação auditiva, são filhos de pais ouvintes, e tardiamente des-
cobrem a comunidade surda, e nesta transição, os surdos passam pela desouvintização, isto é, 
passam do mundo auditivo para o mundo visual, como é o meu caso.
Identidade Surda Incompleta - são surdos que são dominados pela ideologia ouvintista, eles 
não conseguem quebrar o poder dos ouvintes que fazem de tudo para medicalizar o surdo, 
negam a identidade surda como uma diferença, são surdos estereotipados, acham ouvintes os 
superiores.
Identidade Surda Flutuante - Os surdos têm consciência ou não da própria surdez, vítima da 
ideologia ouvintista. São surdos conformados e acomodados a situações impostas pelo ou-
vintismo, não têm militância pela causa surda, são surdos que oscilam de uma comunidade a 
outra, não conseguem viver em harmonia, em nenhuma comunidade, por falta de comunica-
ção com ouvintes e pela falta de Língua de Sinais com surdos.
4- COMUNIDADE SURDA, POVO SURDO E SUAS INTERAÇÕES
Não se tem registro de quando os homens começaram a desenvolver comunicações que pu-
dessem ser consideradas línguas. Hoje a raça humana está dividida nos espaços geográficos 
delimitados politicamente e cada nação tem sua língua ou línguas oficiais como, por exem-
plo, o Canadá que possui a língua inglesa e a francesa. Os países que possuem somente uma 
língua oficial são, politicamente, monolíngues, os que possuem duas são bilíngues e os que 
possuem mais de duas, polilíngues.
Em todos os países, os Surdos são minorias linguísticas como outras, mas não devido à imi-
gração ou à etnia, já que a maioria nasce de famílias que falam a língua oficial da comunidade 
maior, a qual também
 
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pertencem por etnia; eles são minoria linguística por se organizarem em associações onde o 
fator principal de integração é a utilização de uma língua gestual-visual por todos os associa-
dos. Sua integração está no fato de terem um espaço onde não há repressão de sua condição 
de Surdo, podendo expressarem-se da maneira que mais lhes satisfazem para manterem entre 
si uma situação prazerosa no ato de comunicação.
As línguas se transformam a partir das comunidades linguísticas que a utilizam. Uma criança 
surda precisará se integrar à Comunidade Surda de sua cidade para poder ficar com um bom 
desempenho na língua de sinais desta comunidade. Assim como os surdos estão em duas 
comunidades precisam manter esse bilinguismo social, e uma língua ajuda na compreensão 
da outra.
As comunidades surdas estão espalhadas pelo país, e como o Brasil é muito grande e diversi-
ficado, as pessoas possuem diferenças regionais em relação a hábitos alimentares, vestuários 
e situação socioeconômica, entre outras. Estes fatores geraram também algumas variações 
linguísticas regionais.
As escolas de surdos, de surdos, mesmo sem uma proposta bilíngue (língua portuguesa e lín-
gua de sinais), propiciam o encontro do surdo com outro surdo, favorecendo que as crianças, 
jovens e adultos possam adquirir e usar a LIBRAS. Em muitas escolas de surdos há vários 
professores que já sabem ou estão aprendendo com “professores surdos” a língua de sinais, 
além de oferecer cursos também para os pais destas crianças.
Então entendermos que a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também 
sujeitos ouvintes – membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros – que parti-
cipam em compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização.
Para ser membro da Comunidade Surda, o individuo precisa ter: assimilação e integração 
com o mundo surdo; incremento de normas e valores partilhados; participação continua nas 
ações e atividades da própria comunidade, de forma a existir um claro conhecimento de que 
pertence a comunidade; divide experiências comuns ou diferentes ao longo do desenvolvi-
mento do individuo.
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Por isso podemos concluir que no Brasil, estas têm como fatores principais a integração da 
LIBRAS, os esportes, interações sociais, informação e escolarização, criando uma estrutura 
própria.
Assim temos exemplos de comunidades surdas no Brasil:
Associações de surdos Possuem estatutos que estabelecem regras, funções e atividades dis-
tintas em favor da comunidade surda nela inserida. Participam também dessas comunidades 
surdas, pessoas ouvintes que fazem trabalhos de assistência social ou religiosa, ou são intér-
pretes, ou são familiares, pais de surdos ou cônjuges, ou ainda professores.
Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - FENEIS É uma Entidade não go-
vernamental, registrada no Conselho Nacional de Serviço Social/CNAS e não está subordina-
da à CBDS, sendo filiada a World Federation of The Deaf. Foi fundada em 1987 tendo como 
sede o Rio de Janeiro, mas já possui regionais por todo o Brasil. A FENEIS atua como um 
órgão de integração dos surdos na sociedade, através de convênios com empresas e institui-
ções que empregam Surdos, bem como tem promovido e participado dedebates, seminários, 
câmaras técnicas, congressos nacionais e internacionais. Em defesa dos direitos dos Surdos 
em relação à sua língua, à educação, a intérpretes em escolas e estabelecimentos públicos, a 
programas de televisão legendados, assistência social, jurídica e trabalhista e outros são as 
funções assumidas pela FENEIS também.
Confederação Brasileira de Desportos Surdos - CBDS Fundada em 1984, mas sua história 
começa bem antes, na década de 50, com o intenso movimento de criação de associações de 
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surdos. No início, as associações funcionavam como espaços de recreação e lazer, mas com 
o passar do tempo passaram a ser importantes pontos de articulação política e de prática 
desportiva. Entretanto, nessa época ainda não havia uma organização centralizada e as com-
petições eram muito voltadas para o futebol. Em paralelo, o país vivia também um momento 
político bastante favorável para o setor dos esportes. O Presidente Getúlio Vargas havia aca-
bado de criar o CND (Conselho Nacional de Desportos) como incentivo ao esporte no país.
Escolas de Surdos e Pontos de Encontro Comum A escola sempre será um espaço de encontro 
surdo, pois, além de ser ela a primeira instituição onde muitos têm a chance de conviver e 
de se auto identificarem com outros surdos, é também um espaço de convivência. Espaços 
para encontros de surdos tem sido Shopping, terminal (ônibus), porta de escolas de surdos e 
outros, nestes espaços também se vivenciam a experiência de participar numa comunidade 
surda.
Grupos Religiosos Há interferência de grupos religiosos em muitas destas comunidades e em 
vários casos estes mesmos passam a ser uma comunidade pela periodicidade de presença de 
surdos neste espaço, às vezes, representadas apenas com intuito de evangelização mas cria-se 
regras grupais e relações de intercambio.
5- RETROSPECTIVA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL
O mais antigo registro que menciona sobre ‘Língua de Sinais” é de 368 aC, escrito pelo filó-
sofo grego Sócrates, quando perguntou ao seu discípulo:‘Suponha que nós, os seres humanos, 
quando não falávamos e queríamos indicar objetos, uns para os outros, nós o fazíamos, como 
fazem os surdos mudos, sinais com as mãos, cabeça, e demais membros do corpo ?
Nessa comunicação de idéias por outros sentidos, a comunicação se dá através dos olhos nos 
sinais feitos pelas mãos, expressão facial, corporal e, às vezes também, sons, tudo simultane-
amente ou também sequenciado e a pessoa precisa ficar atenta a todas essas expressões para 
entender o que está se dizendo.
Este é o universo de uma pessoa que utiliza uma língua de modalidade gestual-visual. A co-
municação por sinais foi a solução encontrada também pelos monges beneditinos da Itália, 
cerca de 530 d.C, para manter o voto do silêncio. Mas pouco foi registrado sobre esse sistema 
ou sobre os sistemas usados por surdos até a Renascença, mil anos depois.
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Até o fim do século XV, não havia escolas especializadas para surdos na Europa porque, na 
época, os surdos eram considerados incapazes de serem ensinados. Por isso as pessoas sur-
das foram excluídas da sociedade e muitas tiveram sua sobrevivência prejudicada. Existiram 
leis que proibiam o surdo de possuir ou herdar propriedades, casar-se, votar como os demais 
cidadãos.
Muitos surdos foram excluídos somente porque não falavam, o que mostra que, para os ou-
vintes, o problema maior não era a surdez, propriamente dita, mas sim a falta de fala. Daquela 
época até hoje, ainda muitos ouvintes confundem a habilidade de falar com voz com a inte-
ligência desta pessoa, talvez seja porque a palavra “fala” esteja etimologicamente ligada ao 
verbo/pensamento/ação e não ao simples ato de emitir sons articulados.
Apesar desse preconceito generalizado, houve pessoas ouvintes que desenvolveram métodos 
para ensinar surdos a língua oral de seu país, como, por exemplo, um italiano chamado Gi-
rolamo Cardano, que utilizava sinais e linguagem escrita, e um espanhol, monge beneditino, 
chamado Pedro Ponce de Leon, que utilizava, além de sinais, treinamento da voz e leitura de 
lábios.
Entre estas pessoas que começaram a educar os surdos, algumas acreditaram que a primeira 
etapa da educação deles devia ser um ensino da língua falada, adotando uma metodologia 
que ficou conhecida como “método oralista puro”. Outras utilizaram a língua de sinais, já co-
nhecida pelos alunos, como meio para o ensino da fala, foi o chamado “método combinado”.
Entre os adeptos da segunda proposta, estavam os professores Juan Pablo Bonet, da Espanha; 
o Abbé Charles Michel de I’Epee, da França; Samuel Heinicke e Moritz HilI, da Alemanha; 
Alexandre Graham Beli, nascido na Escócia mas que morou no Canadá e nos Estados Uni-
dos; e Ovide Decroly, da Bélgica.
Destes professores, o mais importante, do ponto de vista do desenvolvimento da língua de 
sinais brasileira, foi I’Epee, porque foi de seu instituto na França, que veio para o Brasil, o 
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Padre Huet, um professor surdo, que, à convite de Dom Pedro II, trouxe este “método com-
binado”, criado por l’Epee, para trabalhar com os surdos do Brasil.
Em 1857, foi fundada a primeira escola para surdos no Brasil, o Instituto dos Surdos-Mudos, 
hoje, Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES). Foi a partir deste instituto que surgiu, 
da mistura da Língua de Sinais Francesa, trazida por Huet, com a língua de sinais brasileira 
antiga, já usada pelos surdos das várias regiões do Brasil, a Língua Brasileira de Sinais.
 
O instituto de L‘Eppe contribuiu, também, para o desenvolvimento da LIBRAS porque, em 
1896, houve nesta escola um encontro internacional que avaliou a decisão do Congresso 
Mundial de Professores de surdos que tinha ocorrido em 1880, em Milão.
A pedido do governo, viajou para a França, o professor do antigo Instituto, A. i. de Moura e 
Silva, para avaliar aquela decisão de que todos os surdos deveriam ser ensinados pelo “mé-
todo oralista puro”.
Moura e Silva concluiu em seu relatório que este método não podia servir a todos os surdos. 
Assim, o antigo Instituto continuou como um centro de integração para o fortalecimento do 
desenvolvimento da LIBRAS, pois segundo Relatório do Diretor Dr. Tobias Rabelio Leite, 
de 1871, esta escola já possuía alunos vindos de várias partes do país e após dezoito anos 
retornavam ‘as cidades de origem levando com eles a LIBRAS.
6 - RETROSPECTIVA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL ( II )
As escolas podem ser um dos fatores de integração ou desintegração das comunidades surdas, 
dependendo da metodologia adotada. Se uma escola rejeita a língua de sinais, as crianças 
surdas que estudam nesta escola ou não vão conhecer a comunidade surda de sua cidade e, 
consequentemente, não aprenderão uma língua de sinais ou poderão se interagir com os sur-
dos de sua cidade somente após a adolescência.
A partir do Congresso em Milão, em 1880, a filosofia educacional começou a mudar na Eu-
ropa e, consequentemente, em todo mundo. O método combinado, que utilizava tanto sinais 
como o treinamento em língua oral, foi substituído em muitas escolas pelo método oral puro, 
o oralismo.
Os professores surdos já existentes nas escolas naquela época, foram afastados, e os alunos 
desestimulados e até proibidos de usarem as línguas de sinais de seus países, tanto dentro 
quanto fora da sala de aula. Era comum a prática de amarrar as mãos das crianças para im-
pedi-las de fazer sinais. Isso aconteceu também no Brasil. Mas, apesar dessas repressões, as 
línguas de sinais continuaram sendo as línguas preferidas das comunidades Surdas por serem 
a forma mais natural delas se comunicarem.
Hoje, há escolas aqui no Brasil que, mesmo ainda sem uma proposta bilíngue, têm se tornado 
fator de integração da cultura surda brasileira porque as crianças, jovens e adultos se comu-
nicam em LIBRAS, e muitos professores destas escolas já sabem ou estão aprendendo esta 
língua com instrutores surdos.
Por outro lado, várias escolas, em cidades ou estados que não possuem associação de surdos, 
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trabalhamainda somente com uma metodologia oralista e as crianças surdas destas escolas 
desenvolvem um dialeto entre elas para uma comunicação mínima, mas estas ficam total-
mente afastadas da Cultura Surda brasileira e a maioria não tem um bom rendimento escolar.
Devido ainda a esta metodologia oralista, há alguns surdos que, rejeitando a Cultura Surda 
e consequentemente a LIBRAS, só querem utilizar a língua portuguesa, e há muitos surdos 
que, embora queiram se comunicar com outros surdos em LIBRAS, devido ao fato de terem 
se integrado à Cultura Surda tardiamente, usam, não a LIBRAS, mas um bimodalismo, ou 
seja, sinalizam e falam simultaneamente, como os ouvintes quando começam a aprender al-
guma língua de sinais.
Pelo não domínio da LIBRAS, muitos surdos, quando estão em uma situação (eventos acadê-
micos, políticos, jurídicos, etc) que exigiria intérpretes de LIBRAS para melhor compreen-
são, não conseguem entender nem a língua portuguesa nem a LIBRAS, ficando marginaliza-
dos, sem poder ter uma participação ativa.
Mas se, ao contrário desta situação, houver uma valorização desta língua e, nas escolas, tanto 
professores como alunos a utilizarem em todas as circunstâncias, poderá haver uma partici-
pação efetiva de surdos adultos e dos alunos.
Aqui no Brasil, há mais de cem anos atrás, a primeira escola para surdos valorizava a LI-
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BRAS, que era utilizada pelos alunos naquela época. Este respeito à LIBRAS propiciou o 
surgimento da primeira pesquisa sobre esta língua, que foi publicada em um livro que, através 
de desenhos e explicação destes, mostrava sinais mais usados pela comunidade surda do Rio 
de Janeiro.
 
Este livro, Iconografia dos Signaes dos Surdos-Mudos, publicado em 1875, foi feito por um 
ex-aluno do Instituto de Surdos-Mudos, Flausino José da Gama que, ao completar dezoito 
anos, foi contratado por esta escola para ser um Repetidor, ensinando aos seus colegas, em 
LIBRAS, os conteúdos das disciplinas, segundo o Relatório do Diretor, Tobias Rabello Leite, 
de 1871.2
Embora nos primeiros Relatórios sobre as primeiras turmas deste Instituto, feitos pelo diretor 
a partir de 1869, constem o nome de alunas, em número reduzido, posteriormente, durante 
muitos anos, este instituto se tornou uma escola só para meninos, e meninos livres. Os então 
educadores consideravam que as meninas surdas, por serem tranquilas e estarem submissas 
às famílias, não necessitavam de escola, o que seria vantajoso para o governo porque não iria 
ter gastos para repasse de recursos financeiros na educação para elas. Felizmente essa situa-
ção mudou e hoje podemos contar com profissionais surdos, homens e mulheres, que estão se 
destacando também na área de educação.
7- CLASSIFICADORES
A língua de sinais brasileira, assim como qualquer língua de sinais, é organizada espacial-
mente, de forma bastante complexa. O uso do espaço é uma característica fundamental nas 
línguas visual-espaciais e está presente em todos os níveis de análise. No que se refere ao 
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nível fonológico, um mesmo sinal pode ser realizado em diferentes locais, dentre eles o 
espaço neutro, que corresponde à área localizada na frente do sinalizante. Dependendo do 
ponto utilizado no espaço para a realização de um sinal, pode haver a produção de sinais com 
diferentes referentes.
Um classificador (CL)1 é uma forma que estabelece um tipo de concordância em uma
língua. 2Na Língua de Sinais, os classificadores são formas representadas por configurações 
das mãos, braços, dedos e todos o corpo para transmitir ações, formatos de objetos e situa-
ções, que lembram à realidade e complementam o sentido da frase, situação ou sinal.
Portanto, os classificadores são marcadores de concordância de gênero, número, forma e 
modo. São muito importantes, pois ajudam construir sua estrutura sintática, através de recur-
sos corporais que possibilitam relações gramaticais altamente abstratas.
Por exemplo, para se dizer nessas línguas que “uma pessoa está vestindo uma blusa de boli-
nhas, quadriculada ou listrada”, usam-se expressões adjetivas desenhadas no peito do emis-
sor, mas esta descrição não é um classificador, e sim um adjetivo que, embora classifique,
estabelece apenas uma relação de qualidade do objeto e não relação de concordância de gê-
nero (PESSOA, ANIMAL, COISA), que é a característica dos classificadores, como também
em outras línguas orais e de sinais.
Os classificadores utilizam configurações de mãos que representam alguma propriedade físi-
ca de uma classe. Podemos ter classificadores para representação:
Algumas Configurações de Mãos
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8- TAMANHO E FORMA:
Para acompanhar a análise dos classificadores, segue abaixo a tabela das Configurações de 
Mãos - CM .
Esses classificadores podem incorporar algum tipo de ação, vejam exemplos a seguir:
9- SERES VIVOS E OBJETOS
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SINTAXE
Nas línguas de sinais, assim como na LIBRAS, apresentam-se vários casos de incorporação 
de argumento ou complemento. Esse processo é muito frequente e visível devido às caracte-
rísticas espaciais e icônicas dos sinais. Os exemplos abaixo ilustram esse tipo de incorpora-
ção.
a) Se o objeto direto do verbo for, por exemplo: prato, rosto, etc, o verbo incorporará este 
argumento e teremos formas verbais diferentes.
b) Incorporação do modo e aspecto
Exemplos:
Em LIBRAS, como dificilmente se pode falar em prefixo e em sufixo porque os morfemas ou 
outros componentes dos sinais se juntam ao radical simultaneamente, preferimos dizer que 
os classificadores são afixos incorporados ao radical verbal ou nominal. Por isso o verbo tem 
a flexão de acordo com o objeto, pessoa ou animal em questão no momento.
O classificador em ANDAR (para pessoa) pode ser utilizado também com outros significados 
como ‘duas pessoas passeando’ ou ‘um casal de namorados’ (no caso das pontas dos dedos 
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estarem voltadas para cima), ‘uma pessoa em pé’ (pontas dos dedos para baixo), etc. Este 
classificador é representado pela configuração de mãos em V, como se segue:
10- TIPOS DE CLASSIFICADORES NAS LÍNGUAS DE SINAIS
1) CLASSIFICADORES DESCRITIVOS
As descrições visuais podem ser captadas de acordo com as imagens dos objetos animados 
ou inanimados. Observam-se aspectos tais como: som, tamanho, textura, paladar, tato, chei-
ro, “olhar”, sentimentos ou formas visuais, bem como a localização e a ação incorporada ao 
classificador. Essa classificação pode ter até três dimensões:
a) dimensional - dar dimensões determinadas e adequadas de acordo com o que está sendo 
visualizado;
b) bidimensional – dar o dobro das dimensões determinadas adequando-as ao que está sendo 
visualizado;
c) tridimensional – dar as três dimensões do que está sendo visualizado dando a sensação de 
penetração do relevo visual.
Na descrição visual para referir a forma, tamanho, textura, paladar, cheiro, sentimentos, 
olhar”, ou desenhos de forma assimétrica ou simétrica é utilizado, dependendo da situação, 
uma mão ou duas.
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11- CLASSIFICADORES ESPECIFICADORES
A sua função é descrever visualmente a forma, o tamanho, a textura, o paladar, o cheiro, os 
sentimentos, o “olhar”, os “sons” do material, do corpo da pessoa e dos animais.
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12- CLASSIFICADORES DE PLURAL
As configurações das mãos substituem o objeto em si sendo com a contínua repetição.
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13 - CLASSIFICADORES INSTRUMENTAIS
É a incorporação do instrumento descrevendo a ação gerada por ele.
DIÁLOGO
UM RAPAZ (B) CHEGA E COMEÇA A FALAR EM PORTUGUÊS COM O ATENDENTE 
(A):
B: Olá tudo bem?! Gostaria de uma informação. (Fala em português)
A: Desculpe, mas não consigo te entender. Eu sou surdo.
B: Ah! Sem problemas.
A:Você também é surdo?
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B: Não, eu sou ouvinte. Mas estou aprendendo LIBRAS.
A: Onde você está aprendendo LIBRAS?
B: Na escola, estamos tendo um curso para professores.
A: Quem está ministrando este curso?
B: É um professor de Belo Horizonte, o sinal dele é este.
A: Eu não o conheço... Não me lembro...
B: Ele é um homem alto, usa barba e é magro.
A: Ah, sim! Lembrei. Conheço, sim. Ele ensinaLIBRAS muito bem, ele é ótimo.
B: Que horas são agora?
A: São 2:45.
B: Desculpe, estou atrasado. Preciso ir embora.
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6- UNIDADE 3
Rotina
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1- EXPRESSÕES CORPORAIS
 GEOMETRIA ESPACIAL
Podemos classificá-la como a movimentação do corpo, braço e dedos, no auxilio da sinali-
zação. Este é também o identificador de sujeitos, objetos e ações presentes em um ambiente 
visual.
Assim a utilização deste recurso deve obedecer a uma ordem de posicionamento e espa-
çamento apropriados. Com esta, visualizamos personagens e cenas em um mesmo campo 
visual, com dimensões distintas. Dividiremos a geometria espacial em 4 campos de análise:
1 LOCALIZAÇÃO: Este é o lugar onde se específica o posicionamento dos classificadores. 
Fixando uma vez não poderemos mudá-la de lugar se não houver situação de movimentação 
do contexto, ou isto confundirá, misturando seres, ações e fatos.
EX.: O VULCÃO EM ERUPÇÃO, DESTRUIU UMA IPATINGA E A VALADARES NÃO.
2 TRANSPOSIÇÃO: Após localizarmos todos os seres e objetos presentes na situação sina-
lizada, daremos continuidade com a movimentação e o uso dos verbos flexionados de acordo 
com gênero, grau e número da cena. Temos duas possibilidades de transposição; a flexão 
verbal no espaço neutro ou a mudança de lugar dos personagens sinalizados.
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3 INTERMEDIAÇÃO: Esta é a habilidade de sinalizar uma conversa de duas ou mais pes-
soas contendo ou não um narrador. Conseguindo atingir um posicionamento corporal adequa-
do, teremos um movimento de corpo, pescoço ou expressão facial específicos para identificar 
qual personagem está sendo representado. Para ser narrador nesta questão a posição corporal 
deve ser neutra virado para frente.
A FILHA FALOU PARA A MÃE: A NOITE PASSEAR POSSO?
A MÃE FALOU PARA A FILHA: É MUITO PERIGOSO.
A FILHA FALOU PARA A MÃE: POR FAVOR
A MÃE FALOU PARA A FILHA: OK! PODE.
4 DRAMATIZAÇÃO (MÍMICA): é um recurso que utilizamos para complementar o sen-
tido de uma idéia dentro dos classificadores e da inteira LIBRAS (Língua Brasileira de Si-
nais). Usamos esta para expressar sentido que dê mais graça, emoção e sentido a explicações 
apropriadas e necessárias. Como em músicas, histórias e poesias, que se tornam um recurso 
indispensável.
EXPRESSÃO FACIAL
Esta é de muita importância em um processo de comunicação, pois a nossa comunicação com 
um surdo estará bem ligada a expressões faciais, pois muitos sinais em sua configuração têm 
como traço diferenciador a expressão facial.
Como nos sinais ALEGRE/TRISTE ou LEMBRAR/ESQUECER encontramos a ne-
cessidade do uso desta para diferenciá-los. Há sinais feitos somente com a bochecha como 
LADRÃO/LADRA ATO-SEXUAL. Outros usaremos a mão e expressão facial, como o sinal 
BALA, e ALEGRE, acima citado. Mas poderemos classificar algumas expressões faciais em 
alguns sentidos necessários:
- INTENSIDADE/QUANTIDADE: muito, pouco, razoável.
- SENTIMENTO: vergonha, medo, raiva, convencimento, tristeza, amor, etc...
- TEMPO: recente, hoje, agora, passado, a muito tempo, próximo, perto, futuro.
- INTERTEXTUALIDADE: liga assuntos diversos transformando-os em apenas uma histó-
ria. Ou mesmo do sentido de textos em língua ou situações diferentes.
 
EXPRESSÃO LABIAL E VISUAL
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Ao sinalizarmos, não falamos as palavras em português e LIBRAS respectivamente, nem fe-
charemos a boca, pois isto “amarra” a conversa no “português sinalizado”, podendo perder o 
sentido pois são duas línguas distintas. Será necessário apenas balbuciar barulhos que imitem 
a realidade do acontecimento ou objeto falado.
Há sinais nos quais os sons e expressões faciais complementam os traços manuais, como os 
sinais HELICÓPTERO, MOTO, PRECAUÇÃO, etc...
Além de usarmos o corpo, as mãos e os lábios para expressarmo-nos na língua de Sinais, 
temos outro função corporal de grande importância, esta é o olho, o qual “fala” por nós. O 
sentido desta afirmação é comprovado por vários pesquisadores, os quais tem atualmente usa-
do este em itens como: máquina da verdade, testes psicológicos e muitos outros. Na cultura 
surda o olho transmite o sentimento, motivação da pessoa, demonstra sinceridade e veracida-
de de uma pessoa, bem como concordância pronominal na gramática.
DIÁLOGO 
HÁ DUAS MOÇAS SENTADAS NA MESA, LANCHANDO. NO FUNDO DA LANCHO-
NETE. HÁ UM RAPAZ CONVERSANDO COM OUTRO. UMA DAS MOÇAS (A) OLHA 
PARA O RAPAZ E CHAMA A ATENÇÃO DA OUTRA (B), APONTANDO PARA ELE.
A: Olhe.
E: O que?
A: Aquele rapaz de roupa azul, com bigode, alto.
B: No lado direito?
A: Sim, à direita.
B: Ele é surdo?
A: Não, ele é ouvinte.
B: Ele sabe bem LIBRAS. Quem o ensinou?
A: O Professor da faculdade, ele me falou. 
B: Você o conhece?
A: Sim, nós fomos para uma festa e conversamos muito.
B: Mas e depois o que aconteceu?
A: Desculpa, mas isso eu não posso te contar.
 
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7- UNIDADE 4
Relacionamentos e Família
ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE
A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e percebida pelos 
surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o “desenho” no ar
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do referente que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza linguística, a 
realização de um sinal pode ser motivada pelas características do dado da realidade a que se
refere, mas isso não é uma regra. Mas a grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários,
não mantendo relação de semelhança alguma com seu referente.
Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos e arbitrários:
SINAIS ICÔNICOS
Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou coisa foto-
grafada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que fazem alusão à imagem do 
seu significado, podemos levar em conta também que alguns sinais que não representam seu 
referente por semelhança visual concreta podem fazer parte deste grupo, por ter significação 
dentro de um fato usual ou histórico da cultura surda ou da vivência destes nos diferentes 
ambientes. (quase/pouco, biscoito, mulher, sábado...)
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SINAIS ARBITRÁRIOS
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que representam. 
Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre significante 
e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais não eram línguas por 
serem icônicas, não representando, portanto, conceitos abstratos. Isto não é verdade, pois em 
língua de sinais tais conceitos também podem ser representados, em toda sua complexidade.
Ex.:
VARIAÇÕES, HISTÓRIA E CULTURA DAS LÍNGUAS DE SINAIS
VARIAÇÃO DE PAÍS: Na maior parte do mundo existem pelo menos uma língua de sinais 
usada por uma comunidade surda em cada país. Sendo assim, cada país é dotado de um lín-
gua de sinais diferente da língua oral usada. Além do mais as línguas de sinais se diferem de 
país para país, pois sua cultura e formas de percepção se diferem. Mesmo assim as línguas de 
sinais partem de pantomimas que facilitam a comunicação com usuários de línguas de sinais 
estrangeiros.
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CONTRASTES ENTRE A LIBRAS E A LÍNGUA PORTUGUESA
Ao apresentar correspondências entre duas línguas de níveis diferentes, muitas vezes encon-
tramos palavras idênticas ou dislexicalizadas (as quais são abertas a muitos sentidos),por isso 
nos deparamos com uma dificuldade de transmissão entre as línguas em questão, pois não 
havendo esta análise e diferenciação, praticamos transliteração ou seja dizer exatamente o 
correspondente único da língua fonte para língua alvo.
Esta mudança de sentido de uma palavra ou expressão pode causar um desentendimento e 
confusão. Por isso, além de entender certas palavras, precisamos entender seus vários senti-
dos e contextos que estão encaixadas. Pois existem palavras que causam diferença por pouca 
semelhança em sua estrutura. No português a na LIBRAS temos palavras que trazem estas 
formas:
+ Homônimas (Homógrafas e homófonas) que necessitam de um bom complemento para 
compreensão, exemplo é a palavra banco (estabelecimento financeiro ou objeto de sentar). 
Ás vezesbasta entender a frase em questão:
O homem sentou-se no banco do quintal. (objeto de sentar)
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Consultou, no banco, o saldo de sua conta. (estabelecimento financeiro)
+ Parônimas são palavras que ao transmitir um assunto também devemos ter cuidado, pois 
tem som e grafia semelhantes:
O Homem negro foi descriminado. (Absolver de crime; tirar a culpa de; inocentar) O Homem 
negro foi discriminado. (Diferençar, distinguir; discernir)
+ Sinais Idênticos: são os quais realizamos de forma idêntica, tendo apenas o contexto e sen-
tido diferentes:
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ESTRUTURA DAS FRASES EM LIBRAS
Costuma-se pensar que as sentenças da LIBRAS são completamente diferentes do ponto de 
vista estrutural daquelas do português. Realmente, no que diz respeito à ordem das palavras 
ou constituinte, há diferenças porque o português é uma língua de base sujeito-predicado 
enquanto que a LIBRAS é uma língua do tipo tópico-comentário.
Nas sentenças do português, a ordem predominante é: sujeito (S)-verbo (V)-Verbo (O)-obje-
to, normalmente chamada de SVO. Assim, as sentenças se estruturam da seguinte maneira:
Nestas sentenças, além da concordância sujeito-predicado que determina quem faz o que 
no evento descrito pelo verbo da sentença, a ordem também é significativa porque senão 
não saberíamos qual é o sujeito da primeira sentença “o leão matou o urso” porque tanto o 
constituinte “o leão” quanto o constituinte “o urso” podem concordar com o verbo. Então, 
se alterássemos a ordem dos constituintes acima “o urso matou o leão”, o sujeito deixaria de 
ser “o leão” para ser “o urso”. Além do mais, há o aspecto semântico dos constituintes e do 
verbo que permite que tanto um quanto outro constituinte seja o sujeito de “matar”, isto é, 
aquele que mata.
Este não é o caso da segunda sentença onde o significado dos constituintes “todos os meni-
nos” e “futebol” não dá margem às duas possibilidades acima. Além do mais, a concordância 
sujeito-predicado nesta segunda sentença fica ressaltada pelo fato de incluírem a marca de 
plural enquanto que o segundo constituinte “futebol” está no singular. Neste caso, a ordem é 
menos relevante para se saber a função gramatical e o papel semântico dos dois constituintes.
Entretanto, a primeira sentença poderia ter o seu último constituinte deslocado para a frente 
da sentença através de operações como por exemplo a topicalização (Tópico Comentário):
Note-se, porém, que nos dois casos houve necessidade de apelo a mecanismos inusuais do 
tipo entoação e uso da preposição “a”. Nestes casos, “o urso” continua sendo o objeto direto 
de “matar” e “o leão”, o seu sujeito, apesar de termos a topicalização do objeto, isto é, apesar 
do objeto direto ser o tópico da sentença e o sujeito e o verbo serem o comentário do tópico.
A topicalização é relativamente frequente em português, principalmente, na fala coloquial.
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Assim podemos concluir que diferente do português, ordem preferencial das sentenças da 
LIBRAS não segue a estrutura SVO (sujeito-verbo-objeto).
As frases em LIBRAS compreendem uma diferença de estrutura, pois a surdez provoca uma 
visão diferente do mundo que vivem. Assim por fazerem uso principal da visão para enten-
derem e interagirem no mundo, podemos dizer que o abstrato é algo muitas vezes implícito 
no período pré-lingual do surdo, com isto em vista o surdo desenvolve a linguagem concreta 
visual em primeiro plano para depois passar para a abstrata na sua comunicação. É como se 
fossemos montando um cenário visual, partindo sempre do macro para o micro. O dia, o tem-
po, o espaço, os objetos, os sujeitos, as ações e por fim as consequências.
Assim na Língua de Sinais podemos partir de 5 pressupostos de estruturas de construção de 
frases:
1 Do Macro para o micro
2 Do concreto para o Abstrato 
3 Do passivo para o Ativo
4 Dos Advérbios para os sujeitos (passivo depois ativo) para a ação (verbo) para o resultado.
5 Estrutura Tópico comentário
Estrutura das Frases: Advérbios + Sujeito passivo + sujeito Ativo + Ação (Verbo) + Resulta-
do.
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8 - ATIVIDADES DE DIÁLOGOS
1. VOCÊ TEM CANETA? NÃO, NÃO TENHO. ESQUECI EM CASA SEM PROBLEMA
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2. VOCÊ QUER DOCE? NÃO, NÃO QUERO. ESTOU COM O ESTOMAGO CHEIO.
EU TAMBÉM ONTEM COMI MUITO
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3. SUA MÃE TEM CARRO? ELA NÃO TEM. MAS MEU IRMÃO SIM.
PORQUÊ?! VOCÊS QUEREM PASSEAR?
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4. VOCÊ VAI FAZER O QUE? VOU AO SUPERMERCADO. VOCÊS DUAS QUEREM 
IR? EU QUERO, MAS NO MEU OU NO SEU CARRO?
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5. NÓS VAMOS COMER FORA? HOJE EU NÃO TENHO DINHEIRO. AMANHÃ EU 
VOU! COMBINADO, AMANHÃ NÓS DUAS VAMOS! HOJE, EU VOU SÓ.
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6. VOCÊS DUAS QUEREM CONHECER SURDOS NO SÁBADO? SÁBADO, NÃO POS-
SO, PRECISO ESTUDAR. NO DOMINGO, DÁ À TARDE, É POSSÍVEL.
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7. VOCÊ SABE ONDE FICA O SUPERMERCADO ARAÚJO? EU NÃO SEI, MAS O SI-
MÕES É LOGO ALI
OK! OBRIGADO!
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8. DESCULPA, MAS EU NÃO ENTENDI O QUE VOCÊ ME DISSE. EU DISSE QUE EU 
NÃO VOU A FESTA. PORQUE? ESTOU MUITO CANSADA
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9. QUE HORAS O ÔNIBUS PASSA NO DOMINGO? DESCENDO PARA O CENTRO 2 
HORAS (14HS). NOSSA! COMO DEMORA.
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10. EU NÃO ESTUDEI NADA PARA PROVA DE HOJE. EU ESTUDEI UM POUCO, MAS 
ACHO QUE ESTÁ DIFÍCIL. EU TENHO MEDO DE NÃO PASSAR CALMA, VAI DAR 
CERTO.
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9- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALBRES, Neiva de Aquino. NEVES, Sylvia Lia Grespan. De Sinal em Sinal: comunicação 
em LIBRAS para aperfeiçoamento do ensino dos componentes curriculares. 1ª edição – São 
Paulo SP, 2008.
BRASIL. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria 
de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; 
SEESP, 2004.
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo 
Brasileiro: UFRJ, Departamento de Linguística e Filologia, 1995.
FELIPE, Tanya A; MONTEIRO, Myrna S. LIBRAS em Contexto: curso básico, livro do 
professor instrutor – Brasília : Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos, MEC: 
SEESP, 2001.
PIMENTA, Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso de LIBRAS 1. Rio de Janeiro : 
LSB Vídeo, 2006.
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: es-
tudos linguísticos. Porto Alegre : Artmed, 2004.
VASCONCELOS, Silvana Patrícia; SANTOS, Fabrícia da Silva; SOUZA, Gláucia Rosa da. 
LIBRAS: língua de sinais. Nível 1. AJA - Brasília: Programa Nacional de Direitos Humanos. 
Ministério da Justiça / Secretaria de Estado dos Direitos
Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania. Sentinela. 15 de Agosto de 2008 – 
Você fala fluentemente a língua Pura? §21-25. Associação Torre deVigia de Bíblias e Trata-
dos. Cesário Lange, SP.
Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania. Despertai. 08 de Janeiro de 2000. 
“Gostaria de aprender outro idioma?” § 12-13. Associação Torre de Vigia de Bíblias e Trata-
dos. Cesário Lange, SP.
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ANOTAÇÕES:
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ANOTAÇÕES:
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Outros materiais