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Maquiador 2

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2
Maquiador
2
Prog rama de
Maquiador
i m a g e m e b e l e z a
Arco Ocupacional
Qualificação
Profissional
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Rodrigo Garcia
Secretário
Nelson Baeta Neves Filho
Secretário-Adjunto
Maria Cristina Lopes Victorino
Chefe de Gabinete
Ernesto Masselani Neto 
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Bardot Hair Body Soul, Grupo Satyros, Kelly Alves, Lay Out, Leo’s Cabeleireiros, 
Luciano Dias Rodrigues, Neci Diniz & Cabeleireiros, RedDoor Salon & SPA, 
Renato Rodriguez, Robson Trindade, Rosângela Bittencourt, Star Play Buffet, 
Studio B. Cabeleireiros, Tânia Trindade e Tide Martins
Coordenação do Projeto
CETTPro/SDECT 
Juan Carlos Dans Sanchez
Fundação Padre Anchieta 
Monica Gardelli Franco
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap
José Lucas Cordeiro
Apoio Técnico à Coordenação
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
Fernando Moraes Fonseca Jr., Laís Schalch,
Maria Helena de Castro Lima, Selma Venco
Apoio à Produção
Fundação do Desenvolvimento 
Administrativo – Fundap 
Ana Paula Alves de Lavos, Bianca Briguglio,
Emily Hozokawa Dias, Isabel da Costa Manso
Nabuco de Araújo, José Lucas Cordeiro,
Karina Satomi, Laís Schalch,
Maria Helena de Castro Lima,
Selma Venco
CETTPro/SDECT 
Cibele Rodrigues Silva,
João Batista de Arruda Mota Jr.
Textos de Referência
Maria Helena de Castro Lima
Selma Venco
FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA
Presidente 
João Sayad
Vice-Presidentes 
Ronaldo Bianchi
Fernando Vieira de Mello
Diretoria de Projetos Educacionais
Diretor 
Fernando José de Almeida
Gerentes 
Monica Gardelli Franco
Júlio Moreno
Coordenação técnica
Maria Helena Soares de Souza
Equipe Editorial
Gerência editorial 
Rogério Eduardo Alves
Produção editorial 
Janaina Chervezan da Costa Cardoso
Edição de texto 
Fernanda Bottallo
Marcelo Alencar
Preparação 
Luciana Soares
Revisão 
Beatriz Chaves
Helô Beraldo
Karlo Gabriel
Identidade visual 
João Baptista da Costa Aguiar
Arte e diagramação 
Fernando Makita
Pesquisa iconográfica 
Elisa Rojas
Monica Souza
Ilustrações 
Osnei
Tom B
Consultoria 
Titta Aguiar
Secretaria de deSenvolvimento 
econômico, ciência e tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa 
Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional 
para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio 
negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo 
desempregado.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou 
quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes. 
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego. 
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência 
e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-
sional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para 
facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores 
experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho 
e excelentes cidadãos para a sociedade.
Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação 
profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a 
realização de sonhos ainda maiores.
 
Boa sorte e um ótimo curso!
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência e Tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Aqui começa nosso caminho para um novo aprendizado. Um aprendizado comple-
to. Por quê?
Será que, no mundo de hoje, é suficiente apenas conhecermos as técnicas para, então, 
fazer uma boa maquiagem? 
Certamente, não. Descobrir como podemos melhorar nossa busca por um novo 
emprego, como obter o orçamento de uma maquiagem para uma noiva, como redi-
gir um cartaz para divulgar o que sabemos fazer, entre outros, são conhecimentos 
essenciais para que possamos nos tornar bons profissionais, E, para isso, é necessário 
saber muito mais do que a técnica.
O ponto de vista do Via Rápida Emprego é o de que o profissional, para iniciar sua 
carreira ou aperfeiçoar aquilo que já sabe, deve não só conhecer as técnicas de ma-
quiagem, mas, também, precisa adquirir outros conhecimentos para uma participa-
ção cidadã na sociedade. Isso lhe proporcionará maiores chances na obtenção do 
emprego ou no desenvolvimento de uma atividade por conta própria como profis-
sional autônomo.
Neste nosso trabalho, vamos conhecer as várias facetas do profissional da maquiagem. 
Responderemos algumas perguntas, como: onde ele atua? O que precisa conhecer 
para desempenhar melhor seu trabalho? 
Vamos, também, enfrentar o desafio de descobrir a matemática no corpo humano 
e por que ela é importante na maquiagem.
Como você verá, nosso curso será cheio de novidades para que sua formação seja a 
mais completa possível.
Vamos às aulas!
Sum á ri o
Unidade 7
9
maquiagem combina com cidadania
Unidade 8
23
o encontro da história com a maquiagem
Unidade 9
83
maquiagens especiais
Unidade 10
103
ingresso no mercado de trabalho 
Unidade 11
111
revendo meus conhecimentos 
Unidade 12
115
resumo das principais etapas de maquiagem
dados internacionais de catalogação na publicação (cip) 
(bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Imagem e beleza /
maquiador. -. -- São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.
v.2, il. (série: Arco Ocupacional)
Vários autores
Programa de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho - SERT
ISBN 978-85-61143-89-3
1. Ensino profissionalizante 2. Maquiagem I. Título II. Série
CDD 371.30281
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 9
unida d e 7
Maquiagem Combina 
Com Cidadania
A compreensão de cidadania foi trabalhada no tema “Cidadania, 
igualdade e inclusão” do Caderno do Trabalhador 2 – Conteú-
dos Gerais. Lá foi visto que a cidadania é uma construção cons-
tante de conquista de direitos.
Por esse motivo, podemos dizer que cidadania combina com 
quase tudo. Só não combina com preconceito, desigualdade, 
discriminação, desrespeito aos direitos.
Para tocarmos nesse assunto, vamos, em primeiro lugar, pensar 
como o mundo é organizado: existem um espaço público e um 
espaço privado. Acontece que nem sempre paramos para exami-
nar a fundo essa divisão. 
Como podemos entendê-la? Na Grécia antiga, por exemplo, 
havia uma clara separação entre homens e mulheres e, também, 
entre as classes. As mulheres não podiam participar do mundo 
10 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
público, pois apenas os homens livres, com mais de 20 anos e que não praticassem 
atividades braçais, podiam participar da vida política. A eles era dado o direito de 
tomar decisões políticas.
As mulheres e os escravos ficavam com a responsabilidade das atividades domésticas, 
o chamado “mundo privado”.
Tinha, então, uma divisão bastante clara de gêneros (homens e mulheres) e de 
classes (homens livres e escravos). 
O espaço público era marcado pelo exercício da política, e a vida privada, pela manu-
tenção da vida, composta pelas famílias, aqui compreendidas como o centro das de-
sigualdades. Estamos falando da Grécia antiga, ou seja, de 2000 antes de Cristo (a.C.).
Podemos parar e pensar: desde o início foi negado às mulheres o direito de partici-pação na vida pública, portanto, o direito de serem cidadãs. Estava, dessa forma, 
instalada a diferença!
Os homens (ou parte deles) eram considerados seres livres e capazes de participar da 
vida política das cidades.
Estamos diante de um impasse: as mulheres, com a responsabilidade de cuidar da 
casa, de todos os afazeres, das crianças e dos idosos, permitiam que os homens ti-
vessem tempo para participar da vida política da cidade. Por outro lado, elas eram 
impedidas de ter outras atividades que não as da casa por falta de tempo.
Grécia antiga: divisão clara de gêneros (homens e mulheres) e classes (pessoas livres e escravos)
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 11
E no Egito, era diferente?
No antigo Egito, o faraó era a pessoa mais importante, e sua vontade precisava ser 
sempre respeitada. 
O Egito é famoso por suas pirâmides, mas vamos ver também como era formada a 
“pirâmide social”, isto é, como era dividida a sociedade naquela época. 
O faraó era a autoridade máxima do país e abaixo dele vinham os nobres e os altos fun-
cionários. Repare no formato da pirâmide: ela é maior na parte de baixo. Essa base repre-
senta quem estava em maior número naquele país: os escravos, os camponeses e os artesãos. 
Os escravos eram obrigados a realizar serviços forçados, construir as pirâmides, carregar 
as pedras. Eles também realizavam o trabalho agrícola de produção de alimentos e da 
plantação, e cuidavam do gado. 
Perceba que a base da sociedade era composta pela maioria da população: escravos, segui-
da de camponeses e artesãos, que possuíam pouco ou nenhum direito. Aqueles que tinham 
algum conhecimento ou poder econômico estavam mais acima na pirâmide social. 
As mulheres não aparecem nessa pirâmide, apesar de os egípcios terem sido comandados 
por várias rainhas, como Cleópatra, que foi apresentada na Unidade 1.
Pirâmide social do antigo Egito: escravos na base, faraó no topo
12 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Apenas em 1897, na Inglaterra, as mulheres começam a se organizar a fim de conquistarem 
o direito ao voto. No Brasil o voto feminino foi regulamentado somente em 1934.
Os direitos humanos
Em 1948, foi assinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e adotada pelo 
Brasil a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela contém os direitos fun-
damentais dos seres humanos. Conheça alguns artigos desse documento.
Artigo 1o
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão 
e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. 
Artigo 2o 
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas 
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, 
religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, 
nascimento, ou qualquer outra condição. 
Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica 
ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de 
um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer 
outra limitação de soberania. 
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Democracia ao alcance de todos: no Brasil, as mulheres só conquistaram o direito de votar em 1934
Artigo 3o
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo 4o
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escra-
vos serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo 5o
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano 
ou degradante. 
Artigo 6o
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa 
perante a lei.
Artigo 7o
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção 
da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole 
a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. 
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 13
14 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
[...]
Artigo 19o
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; 
este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opi-
niões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias 
por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. 
Artigo 20o
§ 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e 
associação pacíficas. 
§ 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma 
associação. 
Artigo 21o
§ 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no gover-
no de seu país, diretamente ou por intermédio de repre-
sentantes livremente escolhidos. 
§ 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço 
público de seu país. 
§ 3. A vontade do povo será a base da autoridade do 
governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas 
e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou 
processo equivalente que assegure a liberdade de voto. 
A Constituição Federal do 
Brasil, promulgada em 
1988, é conhecida como a 
Constituição Cidadã e se 
baseou em parte na Decla-
ração Universal dos Direi-
tos Humanos para ser es-
crita. Para saber mais, leia 
o texto constitucional no 
site www.presidencia.gov.
br. Você perceberá que boa 
parte do que está previsto 
na Declaração pode ser 
encontrado na nossa Cons-
tituição, em especial dos 
artigos 1º ao 5º.
Você sabia?
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 15
Atividade 1
DebaTendo os direiTos humanos
Divididos em grupos de no máximo cinco pessoas, vamos ao trabalho.
1. Leiam atentamente cada artigo e procurem no dicionário as palavras que vocês 
não conheçam.
2. Como esses direitos ocorrem no dia a dia das pessoas que habitam o seu bairro?
3. Discutam com seus colegas como vocês aplicariam esses artigos à sua nova pro-
fissão de maquiador.
4. Agora que vocês discutiram os artigos, pensem em uma forma criativa para apre-
sentá-los à classe. Pode ser um teatro, um jogral, um espetáculo de mímicas, um 
cartaz. Soltem a imaginação e transmitam a compreensão do grupo para a turma.
16 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Preconceito no mercado de trabalho
Vamos, em primeiro lugar, lembrar o que é o preconceito. 
Você já reparou que algumas palavras têm seu significado 
alterado apenas colocando-se uma pequena sílaba (prefi-
xo) em seu início? 
No caso, pré- indica algo que vem antes (usamos para 
cheque pré-datado, por exemplo). Conceito é a compre-
ensão que temos de alguma coisa. 
Preconceito, portanto, é quando há o julgamento de algo 
ou de alguém antes de conhecê-los ou compreendê-los; 
de forma discriminatória, intolerante e generalizada.
Se perguntarmos a uma pessoa se ela tem preconceitos 
– de cor, de orientação sexual, por alguém ser homem ou 
mulher, rico ou pobre, gordo ou magro –, provavelmen-
te vamos ouvir que não. 
Mas nem sempre isso é verdade. O preconceito pode surgir 
de forma não muito agressiva. É comum, por exemplo, al-
guém fazer piadas sobre homossexuais e muitos rirem delas. 
O preconceito também pode existir de uma forma que 
quase não percebemos. Por exemplo, quando emprega-
dores: não contratam pessoas obesas para trabalhar em 
lojas de moda; não promovem uma mulher a um cargo 
de chefia; pagam salários mais baixos a negros e mulheres.
O preconceito pode, então, manifestar-se de muitas ma-
neiras e precisamos ficar atentos a isso.
Diferenciar salários, dar uma promoção no trabalho por 
causa do sexo, da cor ou mesmo do porte físico, são ma-
nifestações de preconceito, formas de discriminação.
Muito já se avançou na conquista de direitos para os seres 
humanos; mas há muito ainda a ser feito para alcançarmos 
a igualdadeentre as pessoas no mundo.
IMP
Procure sempre no dicionário 
as palavras cujo significado 
você desconhece.
IMP
Em 1989, foi promulgada no 
Brasil a Lei 7.716, que define 
crimes de preconceito de raça ou 
de cor, punindo-os com prisão. 
No estado de São Paulo há uma 
norma que combate a 
discriminação contra os 
homossexuais. Trata-se da Lei 
10.948/2001. A pessoa que se 
sentir vítima de discriminação 
pode apresentar queixa na 
Secretaria de Justiça e Defesa da 
Cidadania. Informe-se a respeito.
As mulheres recebem sa-
lários 28% menores que 
os homens para exercer a 
mesma função com o 
mesmo grau de escolari-
dade. E esse percentual é 
ainda maior se a mulher 
for negra.
Você sabia?
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 17
Atividade 2
De olho no preConCeiTo
Em grupos de quatro pessoas debata o tema e responda:
a) Como o grupo compreendeu o sentido de preconceito?
b) Vocês já se sentiram discriminados em alguma situação?
c) Como podemos efetivamente contribuir para o com-
bate ao preconceito?
d) Algumas pessoas costumam ser discriminadas pela 
aparência, pela maneira como se vestem e se pintam 
ou pelos acessórios que usam (como piercings etc.). 
Vocês conhecem alguma situação como essa?
Organizem as ideias e as apresentem à turma.
A história e a construção do preconceito
Um assunto bastante atual relacionado aos direitos hu-
manos é a inclusão social. Trata-se de um tema cujo 
objetivo é reduzir o preconceito e, quem sabe, acabar com 
a discriminação, dando oportunidades iguais a todas as 
pessoas, especialmente àquelas que são excluídas por cau-
sa de diferenças sociais, geográficas, econômicas, etárias, 
físicas, raciais etc.
Precisamos estar atentos para, na nossa vida, sempre bus-
car tratar todas as pessoas com igualdade e dar valor ao 
que cada uma delas tem a oferecer.
A pintura corporal indígena
Como vimos no tema “Repassando a história” do Ca-
derno do Trabalhador 5 – Conteúdos Gerais, ao chegar 
ao Brasil, os portugueses depararam-se com os índios 
que já viviam aqui e que possuíam uma cultura, um 
jeito de ser e de viver bem diferente da cultura do euro-
peu. Eles também possuíam uma maneira diferente de 
DICA
Leia mais a respeito da inclusão 
social no tema “Cidadania, 
igualdade e inclusão” do 
Caderno do Trabalhador 2 – 
Conteúdos Gerais. 
18 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
se vestir e de se enfeitar. Imaginem qual deve ter sido a reação dos portugueses 
vendo um índio com o corpo pintado.
A pintura corporal indígena possui uma mensagem, além de ser uma proteção 
contra o sol e os insetos. Ela pode ser usada em cerimônias religiosas, em rituais de 
guerra, para indicar a posição da pessoa dentro de uma família etc.
Os desenhos eram tão admirados pelos europeus que foram passados para o papel, 
até mesmo como obras de arte. 
As tintas usadas pelos índios eram de origem vegetal: o vermelho era retirado do 
urucum (1); o preto, extraído do suco do jenipapo (2); o amarelo, do açafrão (3). 
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Índios com o corpo pintado: jeito de ser e de viver bem diferente da cultura dos povos europeus
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 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 19
Cada tribo usa traçados e símbolos diferentes.
Um bom exemplo de pintura corporal é a dos kalapalos, povo que vive no Parque 
do Xingu, no Mato Grosso. Pacíficos e cordiais, dedicam-se à pesca e à agricultura 
e costumam fazer decorações especiais no corpo e no rosto tanto para rituais como 
simplesmente para ficarem mais bonitos.
Um dos eventos mais conhecidos do kalapalos é a luta huka-huka, em que o objeti-
vo é fazer o adversário cair de costas. Ela acontece no último dia do Kuarup, ritual 
em memória dos mortos, e, apesar de ser uma disputa, tem como finalidade a 
confraternização entre os membros da tribo.
Atividade 3
PinTura Corporal indígena
1. Em duplas e na sala de informática, pesquisem sobre a pintura corporal indígena. 
Vocês podem procurar, em um site de busca, informações sobre diferentes tribos, 
como bororos, bakairis e guajajaras, entre outras. Escolham uma das tribos para 
aprofundar sua pesquisa.
2. Pesquisem qual o sentido da pintura corporal para a tribo que escolheram. 
a) O que ela quer (ou queria) transmitir?
b) Temos hoje algo parecido com a pintura corporal indígena?
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Mato Grosso (em destaque no mapa acima): terra dos pacíficos e cordiais kalapalos, do Parque do Xingu
20 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
3. Vamos fazer um exercício para aperfeiçoar nossos de-
senhos, pois ter bons traços é um conhecimento im-
portante para o maquiador.
4. O grupo agora se transforma em uma cooperativa de 
tatuadores! Criem tatuagens inspiradas na pesquisa rea-
lizada sobre a pintura indígena. Desenhem as tatuagens 
à mão livre e pronto. 
5. Vocês acabaram de criar o primeiro mostruário de 
tatuagens da cooperativa e ele merece ser exibido para 
que todos possam apreciá-lo. Façam um cartaz com 
os vários desenhos e seus detalhes acompanhados de 
pequenos textos explicativos sobre o significado para 
a tribo estudada.
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Para realizar uma tatuagem são 
necessários conhecimentos, 
técnicas e equipamentos 
específicos que vão além da 
profissão de maquiador, até 
porque essa prática pode colocar 
em risco a saúde do cliente. A 
maquiagem pode ser um primeiro 
passo para uma outra profissão 
que ainda não é reconhecida, mas 
muito procurada comercialmente: 
a de tatuador.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 21
Maquiagem: ferramenta para alterações da pele
Como profissional de beleza, você deverá estar preparado para lidar com os mais 
variados clientes. Inclusive alguns que apresentam doenças que afetam diretamente 
a aparência. A maquiagem pode ser uma importante aliada na redução dos efeitos 
desses problemas.
Você já ouviu falar de vitiligo?
Vitiligo é uma doença da pele, não contagiosa (não é transmitida de uma pessoa a 
outra). Ela se apresenta em forma de manchas esbranquiçadas por todo o corpo. 
Algumas pessoas, por não terem as devidas informações e considerarem o vitiligo 
contagioso, evitam e discriminam quem sofre desse mal.
O profissional não precisa ficar com receio de maquiar uma pessoa que apresenta 
essas manchas na pele. Muito pelo contrário, ele pode ajudar a melhorar o aspecto 
do cliente, disfarçando esse problema. Vamos ver como fazer uma maquiagem em 
uma pessoa com vitiligo.
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Manchas provocadas pelo vitiligo: a doença não é contagiosa e a maquiagem pode disfarçar o problema
22 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Como maquiar
1. Em primeiro lugar, certifique-se de que o seu cliente tem mesmo vitiligo. Depois, 
como deve ocorrer em qualquer maquiagem, com uma loção tônica suave, reali-
ze a limpeza da pele.
2. Com um pincel, aplique um corretivo no tom da pele do seu cliente nos locais 
das manchas.
3. Passe uma base cremosa ou em pó, da cor da pele, aplicando-a suavemente com 
uma esponja em todo rosto, pescoço e colo, não se esquecendo das têmporas e da 
ponta do nariz.
4. Aplique a maquiagem nos olhos,bochechas e boca. Por fim, você poderá passar 
com um pincel largo e macio um pouco de pó por todo o rosto para dar acaba-
mento e fixar a maquiagem.
Para saber mais sobre o vitiligo, pesquise na internet com a ajuda de seu monitor.
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 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 23
unida d e 8 
O enConTro da hisTória 
Com a maquiagem
Você já parou para pensar sobre o modo como o conhecimento 
do passado ajuda a entender o presente? De que forma fazemos 
parte da história? Como ela afeta nossa vida?
E a moda, acompanha o movimento da história? Será que o 
momento histórico influencia a moda e a maquiagem?
Nesta unidade, vamos fazer uma retrospectiva histórica incluin-
do as tendências da moda e da maquiagem em alguns períodos.
Anos 1910 
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Cena da Primeira Guerra Mundial: após o conflito, a indústria têxtil experimentou um grande crescimento
24 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A chamada “indústria da moda” nem sempre foi como a conhecemos hoje. 
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, ocorreu um fato que mudou para sempre 
esse cenário. 
Era uma época em que os países precisavam recuperar suas economias, superar os 
efeitos dessa guerra, que durou quatro anos (de 1914 a 1918). Assim, as indústrias 
tinham que crescer e criar empregos. Isso aconteceu principalmente na Europa e nos 
Estados Unidos, e a indústria que mais cresceu foi a têxtil. As tecelagens passaram 
a fabricar muito mais roupas e tecidos, barateando os produtos.
Como resultado desse processo surgiu o pret-à-porter – uma expressão francesa que 
significa “pronto para vestir”; um tipo de roupa mais acessível e pronta para usar, 
como a que pode ser comprada hoje em qualquer loja do ramo.
A mulher elegante da década de 1910 se inspirava nas atrizes do cinema mudo. A 
maquiagem dessa época explodiu em cores e invenções: as cores dos pós compactos 
adaptavam-se cada vez melhor à pele, indo do rosa ao branco, com destaque para a 
famosa cor “Raquel”, de um bege intenso. Os tons violeta (da cor da flor de malva), 
ocre e alaranjado também estavam em alta. Os olhos eram enegrecidos com kajal 
(lápis mais macio, grosso e de maior durabilidade). 
Observe a seguir as imagens de algumas musas, que mostram como era a beleza 
feminina daquele tempo.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1910
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Belezas típicas da época: rostos maquiados com pós compactos e olhos enegrecidos com kajal
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Anos 1920 
A nova estética da moda
O desenvolvimento industrial ainda engatinhava no Bra-
sil. Nossa economia tinha como base a produção de café 
e a maior parte da população ainda vivia no campo. A 
cafeicultura, porém, estimulou o desenvolvimento dos 
transportes e do comércio. Algumas cidades, como São 
Paulo, começaram a crescer rapidamente.
A moda feminina também mudou bastante nessa época: 
corpos bronzeados, vestidos na altura dos joelhos (ou seja, 
bem mais curtos do que se usava até então) e um estilo que 
foi chamado de garçonne – ou “mocinho” em francês – e 
incluía cabelos bem curtos.
Em São Paulo, em 1920, 
havia mais mulheres do 
que homens trabalhando 
na indústria têxtil. Prati-
camente 6 de cada 10 tra-
balhadores eram do sexo 
feminino nesse segmento 
da economia.
Você sabia?
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Depósito de café: o cultivo e o comércio do grão eram a base da nossa economia no início do século passado
26 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A maquiagem perolada, característica da época, consistia 
em colocar uma gota de cera líquida na extremidade de 
cada cílio, imitando uma fileira de pérolas. Atualmente, 
existem cosméticos que já vêm com o efeito perolado.
No rosto, após a aplicação de base, era usado um pó es-
curo sobre a parte superior do rosto a fim de iluminar os 
olhos. Da bochecha ao queixo, aplicava-se um pó claro. 
Os cílios e as sobrancelhas eram escovados, e os cílios, 
encurvados com curvex. Traços a lápis iam até o canto 
dos olhos, delineando-os. 
A cor da sombra combinava com os olhos ou com o tom 
predominante na roupa e a boca era pintada com cores 
escuras e fortes. 
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1920
DICA
Para saber mais sobre esse 
período assista ao filme Coco 
antes de Chanel, dirigido por 
Anne Fontaine em 2009.
Truques para disfarçar olheiras 
Para saber disfarçá-las com a maquiagem é importante 
conhecer as razões de sua existência. As olheiras podem:
•	 surgir após uma noite mal dormida;
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Musas da década de 1920: os cílios e as sobrancelhas eram escovados e um traço a lápis delineava os olhos
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 27
•	 aparecer por causa de excessos cometidos no dia ante-
rior: muito trabalho ou efeitos do consumo exagerado 
de bebida alcoólica; 
•	 ser uma herança genética, ou seja, de alguém da famí-
lia que apresenta uma coloração mais escura na área 
dos olhos;
•	 resultar de estresse físico, emocional ou, ainda, de die-
tas muito severas;
•	 ter relação com fatores étnicos (pessoas de pele escura 
são mais propensas a desenvolver olheiras); ou
•	 ser consequência de pele fina, pois a transparência da 
cútis torna mais visível a área escurecida.
Mas, para qualquer uma dessas situações, há uma solução. 
Caso sua cliente procure você pessoalmente para agendar 
a maquiagem, aproveite o momento e avalie a pele dela, 
além de fazer perguntas e, quem sabe, dar conselhos que 
poderão ajudar no momento do seu trabalho.
Exemplo 1
Uma cliente quer agendar uma sessão de maquiagem para 
um casamento. Analise a pele e observe se ela apresenta 
olheiras. Sim? Então pergunte à cliente se é comum tê-las 
ou se houve alguma razão para que aparecessem.
IMP
recomende que, na véspera da 
festa, ela durma ao menos 
8 horas, não abuse do álcool e 
procure ter um dia calmo. Essas 
medidas irão amenizar as marcas 
no entorno dos olhos.
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28 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Exemplo 2
A cliente quer agendar a sessão de maquiagem, mas in-
forma que as olheiras fazem parte do seu rosto.
Aconselhe as mesmas atitudes do exemplo anterior e su-
gira ainda que ela faça, no dia da festa, compressas com 
chá de camomila gelado.
Como minimizar as olheiras com a 
maquiagem?
Seu maior aliado na hora de disfarçar as olheiras é o cor-
retivo, de preferência cremoso. Mas atenção: aplique-o 
apenas quando terminar a maquiagem, pois resíduos de 
sombra podem respingar nos olhos.
•	 Se as olheiras forem arroxeadas, o mais indicado é usar 
um corretivo amarelo ou laranja.
•	 Se forem castanhas, inicie com um corretivo rosa e 
espalhe outro, bege, segundos depois.
•	 Veja a foto abaixo: fazendo pequenos pontos com o 
corretivo e espalhando-o com a ponta dos dedos, você 
obterá um resultado melhor.
DICA
Coloque no congelador os sachês 
usados do chá de camomila e 
utilize-os para aplicar acompressa. Se você tiver a 
camomila em casa, não vai 
precisar dos sachês: faça um chá 
e embeba bolas de algodão nele.
DICA
O dedo indicador, em conjunto 
com o polegar, serve para pegar 
diversos objetos (movimento de 
pinça). Por esse motivo, deve ser 
evitado para a aplicação de 
qualquer produto, pois pode 
trazer alguma sujeira e borrar a 
maquiagem.
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 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 29
Anos 1930
Tempo de crise econômica e de recessão
A economia mundial sofreu uma grande crise em 1929, um processo que começou com 
a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. Na década seguinte, 
conhecida como Grande Depressão, o desemprego e a miséria espalharam-se por diver-
sos países. 
Com a crise, foi mais vantajoso queimar a produção de café do que ensacá-lo e ar-
mazená-lo. Os fazendeiros do café mergulharam em dívidas e esse cenário influen-
ciou a disputa pela presidência no Brasil.
A situação econômica alia-se à política. No Brasil, aconteceu a Revolução de 1930. 
Nessa mesma época, Getúlio Vargas assumiu o poder e instaurou uma ditadura que 
durou até 1945.
Eram tempos de autoritarismo. E não apenas no Brasil.
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Desempregados fazem fila para ganhar comida: consequência da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929
30 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Adolf Hitler assumiu o poder na Alemanha em 1933 e liderou o país na Segunda 
Guerra Mundial (1939-1945). Ele perseguia e enviava aos campos de concentração 
grupos que considerava inferiores na humanidade: judeus, homossexuais, deficientes 
físicos, doentes mentais, ciganos etc.
Francisco Franco, o “generalíssimo Franco”, foi um ditador espanhol que manteve 
o poder de 1939 a 1975. Foi responsável por inúmeras mortes em seu país.
Benito Mussolini foi o líder italiano do fascismo. Apesar de ter tomado o poder em 
1922, teve papel de destaque na organização da Segunda Guerra Mundial. 
Antonio Salazar foi ditador em Portugal entre os anos de 1932 e 1968. Além de 
implantar a ditadura civil em seu país, apoiou Franco na guerra civil espanhola.
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Em sentido horário: Hitler, Franco, Mussolini e Salazar
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 31
Localização e medidas
Vamos localizar, no mapa político da época, os países que 
esses homens governaram? Antes, porém, precisamos da 
ajuda da matemática.
Para ler adequadamente as informações de um mapa, pre-
cisamos conhecer um assunto importante também para a 
carreira de maquiador, o chamado sistema de medidas.
Você já percebeu como as medidas fazem parte do nosso 
dia a dia? 
Vamos imaginar que você vai alugar um espaço para dar 
aulas de maquiagem e o proprietário informa que a sala 
tem 35 m². Será que esse espaço é suficiente? Isso quer 
dizer que, nesse caso, o imóvel tem 7 metros de compri-
mento por 5 metros de largura. Confira.
DICA
Veja o significado de metro 
quadrado (m²) no tema 
“Fazendo contas” no 
Caderno do Trabalhador 3 – 
Conteúdos Gerais.
0 300 600 900 km
ESCALA
NORUEGA SUÉCIA
FINLÂNDIA
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
PRÚSSIA
ORIENTAL
UNIÃO SOVIÉTICA
DINAMARCA
GRÃ-BRETANHA
IRLANDA
HOLANDA
BÉLGICA
FRANÇA
LUXENBURGO
ALEMANHA
BOÊMIA-MORÁVIA
ÁUSTRIASUÍÇA
POLÔNIA
ESPANHA
PORTUGAL
Córsega
Sardenha
ITÁLIA
Sicília
ALBÂNIA
GRÉCIA
IUGOSLÁVIA
ROMÊNIA
BULGÁRIA
TURQUIA
Mar Negro
Mar
 Cáspio
Rio Volga
Oceano
At lânt ico
M a r M e d i t e r r â n e o
HUNGRIA
5 m
7 m
32 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Guarde essa informação porque as medidas são importantes para todo maquiador. 
E vamos usá-las logo mais em nosso curso.
Muitas vezes é preciso medir em centímetros (cm) os elementos do rosto de suas 
clientes e, para isso, você terá de usar uma régua.
Vale recordar que 1 metro é igual a 100 centímetros, uma linha dividida em 100 
partes iguais. Algo parecido ocorre com o centímetro, que é divido em 10 partes 
iguais, os milímetros (mm).
Observe a régua reproduzida na foto acima: veja que entre um número e outro 
existem 10 pequenos riscos. O espaço entre dois desses riscos equivale a 1 milímetro. 
Seguindo o mesmo raciocínio, vamos descobrir como medir as distâncias entre, por 
exemplo, duas cidades. Qual a unidade de grandeza usada por nós para isso? O 
quilômetro (km), que é igual a 1.000 metros (m).
A moda discreta e prática da década de 1930
A irreverência dos anos 1920 deu lugar a mulheres mais discretas e mais práticas nos anos 
1930. Elas exibiam trajes esportivos com mais simplicidade e descontração. 
O olhar era objeto de todos os cuidados nos anos 1930, com a atenção voltada para 
as sobrancelhas redesenhadas, depiladas e tingidas. As primeiras sombras cremosas 
eram espalhadas com o dedo até a arcada superior, marcando o convexo da pálpebra 
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 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 33
(que devia parecer melancólica). As cores variavam do castanho ao cinza e, para a 
noite, preto. Curvadores cobertos de rímel alongavam os cílios. 
O batom ficou mais discreto, com tons laranja e rosa pálido. Blush bege ou castanho 
bem claro era aplicado em forma de triângulo do meio da bochecha até a têmpora, 
no intuito de realçar as maçãs do rosto. 
Para conseguir lábios mais sensuais, apelidados de picada de abelha, as mulheres 
“beliscavam” os próprios lábios pouco antes de se maquiarem. 
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1930
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Pinturas discretas e bocas destacadas para conseguir lábios sensuais
O formato dos olhos 
Os olhos são os intérpretes do coração, 
mas só os interessados entendem essa 
linguagem.
Blaise Pascal
Maquiar os olhos talvez seja o principal desafio para o 
profissional dessa área. Dominar as técnicas de maquia-
gem é, também, reconhecer o formato dos olhos e saber 
o que fazer para valorizá-los.
De acordo com Marcia Cezimbra, autora do livro Ma-
quiagem (São Paulo: Senac, 2009), para identificar o 
formato dos olhos é necessário observar:
•	 as pálpebras superior (A) e inferior (B);
•	 os cantos externo (C) e interno (D);
•	 a linha de transferência (E); e
•	 as sobrancelhas (F).
Blaise Pascal (1623-1662), 
físico e matemático, contri-
buiu decisivamente para a 
criação da geometria, tema 
muito importante para o 
maquiador.
34 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
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 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 35
Observe os exemplos a seguir, que apresentamalguns formatos de olhos.
OLHOS CAÍDOS
OLHOS PEQUENOS
O QUE FAZER?
Imagine que cada olho pre-
cisa ser desenhado como 
uma amêndoa.
As sombras em tons dou-
rados e cobre são as mais 
indicadas.
RÍMEL E LÁPIS
Camadas extras de rímel 
nos cílios e lápis nos can-
tos externos superiores 
dos olhos dão a impressão 
de olhos mais “abertos”.
DICA
Espalhe sombra grafite ou 
preta no canto externo dos 
olhos. “Puxe” com o pincel 
a sombra escura para cima 
e ilumine os cantos internos 
das pálpebras superiores.
O QUE FAZER?
Você deve realçar os olhos 
usando sombras mais claras 
e com brilho na pálpebra, 
rente aos cílios. 
Abuse da sombra marrom 
entre a pálpebra superior e 
a sobrancelha.
RÍMEL E LÁPIS
Desenhe os olhos com traços 
rentes aos cílios superiores. 
Use rímel em quantidade 
nos cílios superior e infe-
rior. A maquiagem para a 
noite permite o uso do lá-
pis branco no canto inter-
no dos olhos. 
Para o dia a dia, o lápis 
bege dá a impressão de 
olhos maiores.
DICA
Sobrancelhas pouco mar-
cadas e cílios bem curvados 
destacam os olhos.
36 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
OLHOS ORIENTAIS
OLHOS SALTADOS
O QUE FAZER?
Sombras escuras na pálpe-
bra superior e clara na par-
te inferior da sobrancelha 
dão um novo realce aos 
olhos orientais. Use sombra 
branca nos cantos internos 
das pálpebras inferiores.
RÍMEL E LÁPIS
O delineador ou lápis na 
pálpebra superior é um tru-
que importante, pois desta-
ca especialmente o canto 
externo dos olhos orientais.
DICA
Contornar os olhos com 
lápis é uma alternativa 
interessante para pessoas 
alérgicas ao delineador.
O QUE FAZER?
O uso de sombras escuras 
(marrom para o dia e pre-
ta para a noite) esfumaça-
das na pálpebra superior 
parece diminuir os olhos e 
dá um toque de profundi-
dade ao olhar.
RÍMEL E LÁPIS
Ressalte os olhos passando 
lápis preto no canto interno 
e rímel nos cílios superiores.
DICA
As sobrancelhas devem ser 
mais grossas e mais claras 
que o tom do cabelo.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 37
Anos 1940
A Segunda Guerra Mundial
Cerca de 70 milhões de mortos: esse foi o saldo final da Segunda Guerra Mundial, 
que teve início em 1939 e chegou ao fim em 1945. É como se toda a população 
atual dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro fosse eliminada em 
apenas seis anos! 
O exército brasileiro, que teve participação discreta no conflito, lutou na Itália con-
tra o nazismo alemão. 
O fato de não ter havido batalhas por aqui ajudou o país a progredir na área indus-
trial durante esse período. Foi nessa época que surgiram as chamadas indústrias de 
AcervO IcOnOgrAphIA
Soldados brasileiros embarcam para combater na Segunda Guerra Mundial: contra o nazismo alemão
38 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
bens de produção ou indústrias de base, que produzem 
os materiais necessários para que outras indústrias possam 
funcionar, como o aço e o petróleo. 
Em 1943, Getúlio Vargas promulgou a Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT), que, até hoje, regulamenta as 
relações de trabalho no Brasil.
E na maquiagem, qual era a tendência?
Na área da maquiagem foi preciso usar muita criativida-
de para contornar o problema: pétalas de rosa mergulha-
das em álcool substituíam o blush, enquanto graxa de 
sapato era usada para tingir sobrancelhas e o carvão fazia 
o papel de sombra para as pálpebras. 
Por outro lado, eram raras as mulheres que saíam de casa 
sem batom. Conjuntos de saia na altura dos joelhos, usa-
dos com um paletó estruturado nos ombros – o tailleur 
– estavam no auge da moda. 
No pós-guerra, toda a feminilidade vem à tona com ca-
belos longos, batom vermelho e sobrancelhas um pouco 
mais grossas.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1940
Para se adaptar aos no-
vos tempos, o direito dos 
trabalhadores aos poucos 
vai se transformando e se 
ampliando. Por exemplo, 
em 2002, foi incorporado 
à CLT um artigo que con-
cede licença-maternidade 
e paternidade para aque-
les que adotam crianças.
Você sabia?
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Criatividade em tempos de guerra: pétalas de rosa em vez de blush e graxa para tingir as sobrancelhas
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 39
Atividade 1
Desenhando a maquiagem
1. Registre aqui:
a) Quais as principais características da maquiagem nos anos 1920, 1930 e 1940?
b) Em que a maquiagem desses períodos é semelhante à que se usa hoje? E as dife-
renças, quais são?
40 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
2. A turma divide-se em trios e, com base nas fotos desta unidade e em pesquisas 
feitas na internet, dois membros do grupo praticam no terceiro colega a maquia-
gem de um dos períodos que estudamos até aqui. A tarefa estará completa quan-
do todos forem maquiados, cada um com base em um período diferente.
3. Agora, pensem numa forma criativa de apresentar o resultado do grupo para a 
turma. Que tal um desfile ou uma apresentação teatral?
4. Responda individualmente:
 Ao maquiar os colegas senti dificuldade em...
 Ao maquiar os colegas senti facilidade em... 
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 41
Anos 1950
A década de 1950 pode ser comparada a uma ponte que liga um período de guerras 
e suas consequências a outro período de recuperação da economia e mudança de 
comportamentos: uma fase de transição.
O fim da guerra marcou o retorno à produção industrial em todo o mundo, em um 
clima de entusiasmo. A vida parecia que “entrava nos trilhos”.
Os Estados Unidos financiaram boa parte dessa recuperação econômica, mas isso 
também significou a imposição de ideias aos países, fato que não agradava todo mun-
do. Muitos movimentos políticos eram contrários a essa posição, pois a entendiam 
como uma forma de conquista de um poder ainda maior e de controle sobre os povos 
que estavam retomando ou iniciando o desenvolvimento, como era o caso do Brasil.
Brasília em maio de 1959, pouco menos de um ano antes da inauguração: a nova capital foi construída por Juscelino 
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42 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Vivemos sob o lema “50 anos em 5”, divulgada pelo 
então presidente da República Juscelino Kubitschek, que 
construiu Brasília.
As mudanças não aconteciam somente na política e na 
economia. Elas eram percebidas também na música, no 
cinema e no comportamento da juventude que questio-
navam os costumes da época. 
O papel da mulher na sociedade 
A década de 1950 era um período de valores tradicionais 
e conservadores e isso afetava especialmente as mulheres. 
A sociedade ditava que elas deveriam ser esposas, mães e 
boas donas de casa. 
As propagandas também passavam essa imagem, ofere-
cendo novos eletrodomésticos para facilitar a vida das 
mulheres. Havia até um jornal das moças que dizia o que 
as mulheres deviam fazer para se tornarem boas esposas 
e donas de casa.
Filme
Para saber mais sobre esse 
período assista ao documentário 
Os Anos JK – uma trajetória 
política, dirigido por 
Silvio Tendler em 1980.
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 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 43
A maquiagem de 1950
Mulheres com ar ingênuo, mas com roupas sofisticadas, um jeito de vestir chique, 
eram a tendência do momento. 
O estilode maquiagem mais popular incluía os “olhos de gazela”, bem marcados, mo-
delados por sombra, lápis de sobrancelha, rímel e delineador. A palidez da pele (obtida 
com pó de arroz) e a intensidade dos olhos ganharam realce, enquanto o ruge, hoje 
substituído pelo blush, foi excluído. O batom devia combinar com a cor do esmalte.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1950
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Elegância na metade do século: palidez da pele e “olhos de gazela” ditavam o estilo das mulheres na década de 1950
44 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A maquiagem para cada cor de olhos
Um bom truque para realizar a maquiagem certa é escolher os tons mais adequados 
para cada cor de olhos.
Nos olhos azuis, evite sombras em tons esverdeados ou azuis. Abuse dos tons ma-
deira, terra ou dourados e bronze-acobreados, além do cinza médio e escuro.
Use tons grafite, azuis e lilazes nos olhos acinzentados. O rímel cinza é perfeito para 
finalizar a maquiagem tanto dos olhos azuis quanto dos acinzentados. 
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Olhos castanhos permitem um uso variado de sombras. Cinza e preto não são boas 
opções. Rímel marrom, verde ou preto são os mais recomendados.
As cores mais indicadas de sombra para olhos verdes são lilás, roxo, berinjela e uva. 
Se a ocasião não permitir o uso de cores chamativas, opte pelos tons de madeira. 
Experimente usar rímel na coloração verde, que destaca a cor dos olhos.
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46 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Anos 1960
No Brasil, Jânio Quadros sucedeu JK na presidência. 
Com sua renúncia, João Goulart tornou-se presidente 
da República. Mas um golpe militar o derrubou em 
março de 1964, dando início a um período de 21 anos 
de ditadura. Os brasileiros foram impedidos de votar e 
escolher seus representantes políticos. Qualquer pessoa 
contrária ao regime era perseguida; muitos foram presos, 
torturados e assasinados. 
Por outro lado, os anos 1960 foram marcados por pro-
fundas alterações no comportamento: liberdade e igual-
dade eram direitos a ser conquistados. Outros aspectos 
No final da década de 
1960, os jornais eram obri-
gados a enviar aos milita-
res os textos e as imagens 
que seriam publicados. 
Era comum precisarem 
preencher espaços vazios 
nas páginas, cujas maté-
rias foram censuradas, 
com receitas culinárias, 
poesias e outros textos, 
de preferência vazios de 
conteúdo político.
Você sabia?
Protesto popular contra a ditadura: em 1964 um golpe militar deu início a um período de 
21 anos em que os brasileiros foram impedidos de escolher seus representantes políticos
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marcantes nesse período foram as lutas pela libertação 
das mulheres e o movimento chamado Black Power (ou 
“poder negro”), que deu voz à comunidade negra.
A moda e a maquiagem dos anos 
psicodélicos
As roupas, os penteados e a maquiagem refletiram toda 
a agitação cultural, política e social dos anos 1960.
Cabelos black power, enfeitados por flores silvestres, ca-
misetas pintadas à mão e calças jeans desbotadas e co-
bertas de apliques ganhavam espaço nas ruas das cidades. 
Olhos grandes eram o ponto forte da maquiagem no 
período, realçados por cílios postiços, delineador nos cí-
lios inferiores e muitas camadas de rímel. As sobrancelhas 
voltaram a ficar mais finas. 
Filme
O movimento hippie foi marcado 
por contestação, mudança de 
valores, desejo de maior 
igualdade entre as pessoas e 
liberdade de expressão. Para 
conhecer um pouco mais sobre 
isso e observar a moda e a 
maquiagem desse período, 
assista ao musical norte- 
-americano Hair, dirigido por 
milos Forman em 1979.
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Jimi Hendrix retratado em grafite: o guitarrista seguia a moda dos cabelos black power
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Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1960
O formato do nariz influencia a 
maquiagem 
Lembre-se de que, quando pensamos em maquiagem, 
não nos referimos necessariamente àquela especial, usada 
em casamentos, formaturas etc. A maquiagem é uma 
aliada do dia a dia para valorizar o que já é bonito e 
disfarçar o que não harmoniza o rosto.
Por isso, ao fazer a maquiagem, você deve analisar o ros-
to da cliente em detalhes e planejar seu trabalho. Neste 
tópico, observaremos o formato do nariz e como ele in-
terfere no conjunto do rosto. A técnica utilizada pelos 
especialistas é denominada “luz e sombra”, ou seja, o 
profissional aplica cores de base contrastantes para sua-
vizar os contornos do nariz.
DICA
Nariz com desvio de septo 
O objetivo da maquiagem 
nesse caso é centralizar o nariz, 
escurecendo a lateral irregular 
e, se necessário, clareando 
a lateral oposta.
Nariz aquilino (com saliência) 
Escureça a protuberância 
na ponta do nariz com 
o objetivo de suavizá-la.
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Reflexos de agitação e psicodelismo: os olhos ganharam destaque, realçados por cílios postiços, delineador e rímel
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 49
NARIZ ACHATADO
COMO 
IDENTIFICAR?
Observe como as laterais 
desse nariz chamam a 
atenção pela largura.
PARA CORRIGIR
Aplique base mais escu-
ra que a pele, começando 
pela parte de baixo do 
nariz e depois subindo 
em direção às sobrance-
lhas. Na ponta do nariz, 
dê um leve toque de 
base clara.
50 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
NARIZ LARGO
COMO 
IDENTIFICAR?
Como o próprio nome 
sugere, esse formato de 
nariz é largo em toda 
sua extensão.
PARA CORRIGIR
Aplique blush mais escu-
ro em linha reta nas late-
rais do nariz e mais claro 
nas partes internas dos 
olhos para afinar o nariz.
NARIZ LONGO
COMO 
IDENTIFICAR?
Um nariz é considerado 
longo quando ultrapassa 
as linhas proporcionais 
que vimos no desenho de 
Da Vinci, na Unidade 6.
PARA CORRIGIR
Com o objetivo de en-
curtar o nariz, escureça 
a parte inferior e a pon-
ta dele. Se a cliente tiver 
pele clara, use corretivo 
dois tons de pele acima; 
se o tom de pele for mo-
reno, use três tons aci-
ma. Maquie a pálpebra 
inferior dos olhos e afine 
o lábio superior, dese-
nhando-o com lápis.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 51
52 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
NARIZ ARREBITADO
COMO 
IDENTIFICAR?
Esse é o formato mais 
desejado por homens e 
mulheres, mas muitas 
vezes é arrebitado de-
mais, trazendo pouca 
harmonia ao rosto.
PARA CORRIGIR
Escureça suavemente a 
ponta do nariz, com um 
blush mais escuroque a 
tonalidade da pele.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 53
Anos 1970 
Enquanto o povo torcia pela conquista do título de tri-
campeão mundial de futebol na Copa de 1970, muita 
gente, considerada contrária ao regime militar, era tortu-
rada e morta. O governo de Emílio Garrastazu Médici 
(1969-1974) foi o mais repressivo da história do país.
O investimento em obras gigantescas – como a rodovia 
Transamazônica, conhecida por “levar nada a lugar ne-
nhum” – contribuía para aumentar ainda mais a dívida 
do Brasil com outros países.
A economia crescia, mas o bolo não era dividido igual-
mente entre os que trabalhavam. Foi nessa mesma época 
que aumentaram muito as desigualdades no país.
u. dettMAr/fOlhApress
Leonel Brizola de volta do exílio: com a anistia, a ditadura militar dava os primeiros sinais de recuo
54 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A revolução da moda
A moda rebelou-se e passou a pregar a liberdade de escolha. Masculino e feminino 
misturaram-se: na onda unissex, calças jeans com bocas de sino eram iguais para todos. 
Escolher o seu estilo, sem imitar as outras mulheres, e se embelezar de acordo com o 
que cada um considerava bonito e adequado eram atitudes comuns. O colorido ganhou 
cada vez mais espaço. O cuidado com a pele passou a ser uma preocupação diária. 
A maquiagem ganhou destaque nos tons agressivos e sensuais dos batons e no uso 
do gloss. Os pós eram brilhantes com pigmentos nacarados (com brilho semelhan-
te ao da madrepérola). Cílios e olhos continuavam em destaque.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1970
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Rebeldia na década de 1970: tons agressivos e sensuais no batom e no gloss, pós brilhantes que lembravam madrepérola
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 55
O formato do queixo e a harmonia do rosto
Lembre-se de que suas clientes não terão necessariamente a pele das atrizes e mode-
los. Além disso, nem todas serão jovens. A maquiagem, como já dito, serve para 
realçar a beleza natural de cada pessoa e suavizar imperfeições.
Algumas dessas imperfeições podem estar relacionadas ao queixo. Os três formatos 
de queixo que modificam a harmonia do rosto são:
Vamos, agora, ver algumas dicas para maquiar pessoas com esses formatos de rosto.
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Noel Rosa, cantor e compositor
Montserrat Caballé, cantora lírica espanhola
Reese Witherspoon, atriz norte-americana
Queixo pequeno Queixo saliente
Queixo duplo
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Queixo pequeno
•	 Aplique base no tom da pele em todo o rosto.
•	 Para dar a sensação de um queixo maior e criar volume nessa região do rosto, 
aplique pó iluminador opaco mais claro que o tom da pele. Você também pode 
utilizar uma caneta iluminadora na região.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 57
Queixo saliente
•	 Aplique base no tom da pele em todo o rosto.
•	 Disfarce a proeminência do queixo com pinceladas de blush mais escuro na pon-
ta do queixo, suavizando o formato com um efeito de sombra.
58 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Queixo duplo
•	 Aplique base no tom da pele em todo o rosto.
•	 Depois, aplique uma base mais escura na lateral na testa, têmporas, maçã do 
rosto e por baixo do queixo. A base escura serve para criar uma ilusão de sombra 
e diminuir o volume das áreas mais salientes.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 59
O queixo duplo (ou papada) pode ser causado por diversos fatores, como problemas 
hormonais ou obesidade. Ele também é bastante comum em pessoas da terceira 
idade. E essa cliente requer um cuidado especial quando maquiada. Veja, a seguir, 
como maquiar uma senhora de mais de 60 anos.
Maquiagem para a terceira idade
A maquiagem para a terceira idade deve receber todo o cuidado. O objetivo dela é 
valorizar a beleza natural da pessoa. Por esse motivo, a maquiagem deve ajudar a 
disfarçar as marcas do tempo, usando tons pastéis ou de cores mais frias. Cores 
fortes e quentes podem fazer o efeito inverso: envelhecem a pessoa ainda mais e, em 
alguns casos, chegam a vulgarizar o visual de sua cliente.
Lembre-se de que você deve respeitar o gosto da cliente, mas não deixe de explicar 
a respeito do uso das cores na maquiagem de forma educada.
Como fazer? 
1. O primeiro passo da maquiagem é a higienização e uma leve hidratação da pele. 
Mas fique atento, pois a pele de uma cliente dessa idade pode ser mais fina e 
delicada. Por isso, tenha sempre loções de limpeza ou demaquilantes apropriados.
2. Aplique, com pincel, a base líquida, por ela ser mais leve e fácil de passar, além 
de não deixar a pele com um aspecto pesado. Prefira bases com filtro solar e que 
possuam efeito anti-idade, o que dará mais firmeza à pele.
3. Passe o corretivo com cuidado, já que por ser mais pesado do que a base, ele pode 
ressaltar qualquer defeito da pele. Prefira, nesse caso, os corretivos líquidos e use 
os dedos para espalhá-los, pois o pincel pode destacar ainda mais as marcas de 
expressão. Em olheiras arroxeadas, use um tom mais rosado para neutralizá-las.
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4. Finalize a uniformização da pele aplicando um pó facial, de preferência translúcido. Suje 
o pincel (com pouco pó) e dê leves pinceladas para deixar a pele mais lisa e eliminar a 
umidade e a oleosidade naturais, fazendo com que a maquiagem dure mais tempo.
5. Com um lápis próprio para esfumar, faça um traço na linha do cílio superior da 
parte externa até o meio da íris. Com um pincel macio, esfume o traço em dia-
gonal, do terço até o final externo da pálpebra.
6. Para destacar os olhos, use sombras em tons opacos e neutros sem cintilante, como 
marrons, cremes, rosados, cinzas e nude. Se a pálpebra de sua cliente estiver caída, 
não marque o côncavo. Passe a sombra por toda a pálpebra inferior. Se a sobrancelha 
for muito rala, faça pequenos traços com um lápis macio onde houver falhas, esfuman-
do depois com um pincel. Com uma escovinha, penteie as sobrancelhas para finalizar.
7. Passe o rímel segurando a pálpebra suavemente para cima.
8. Aplique o blush (de preferência mais cremoso) com um pincel macio para não 
marcar a pele. Use uma cor discreta. Os tons rosados e pêssego são bem-vindos.
9. Contorne os lábios com um lápis próprio da cor da boca de sua cliente. Aplique o 
batom com o auxílio de um pincel, retirando o excesso com um lenço. Lembre-se 
de que cores fortes marcam ainda mais as rugas. Para finalizar, aplique delicada-
mente um pouco de pó compacto por todo o rosto usando um pincel macio. Isso 
fará a maquiagem durar mais tempo.
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62 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Anos 1980
A capa da revista National Geographic (acima), fotografada por Steve McCurry, ficou fa-
mosa por todo o mundo e é uma das imagens mais relevantes da históriarecente. O que 
revela o olhar de Sharbat Gula na foto em que ainda era uma garota? Sua família foi exe-
cutada no Afeganistão, e o vilarejo onde vivia foi destruído por uma guerra que se estendeu 
de 1979 a 1988. Procure no atlas a localização desse país e, se tiver chance, pesquise os 
motivos e desdobramentos desse conflito, mais um episódio ligado à Guerra Fria.
Outro fato fundamental ocorrido na década de 1980 foi a queda do Muro de Berlim 
(em novembro de 1989) – uma estrutura de concreto erguida em 1961 para dividir 
a Alemanha em duas partes, uma capitalista e outra socialista.
Sobrevivente: Sharbat Gula, que tornou-se ícone da guerra
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Atividade 2
Pesquise na inTerneT
Procure na internet as diferenças entre o regime capita-
lista e o socialista. A turma divide-se em duas e cada uma 
faz a defesa de uma dessas ideologias.
E no Brasil, o que acontecia?
Como você estudou no Caderno do Trabalhador 5 – 
Conteúdos Gerais, o país viveu um processo de abertura 
política, de retomada da democracia. Sem violência, 
porém decidida, a população foi às ruas exigir eleições 
diretas para presidente.
O último dos generais ditadores, João Figueiredo, chegou 
a declarar que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do 
povo. Entre outras frases antológicas, deixou a seguinte: 
“Um povo que não sabe nem escovar os dentes não está 
preparado para votar”.
Filme
Não deixe de ver Adeus, Lenin!. 
Dirigido em 2003 por Wolfgang 
Becker, o filme conta a história de 
um rapaz que tenta esconder 
de sua mãe doente a queda do 
muro de Berlim, fato que, para 
ela, representaria o fim dos 
sonhos de igualdade social.
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Queda do Muro de Berlim: fim da divisão da Alemanha
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Você se lembra do que é democracia?
Vimos no Caderno do Trabalhador 2 – Conteúdos Gerais que democracia significa 
“governo do povo”. Nela, nós elegemos nossos representantes políticos. Vamos ver 
como essa ideia pode estar presente nos pequenos atos do cotidiano e não apenas no 
dia de votar.
Atividade 3
DebaTendo a demoCraCia
1. Leia o texto a seguir.
Democracia no salão de beleza
Ribamar, o Riba, é dono de um salão de beleza que emprega três cabe-
leireiros, seis assistentes de cabeleireiro, oito manicures, uma maquiadora, 
dois recepcionistas, um faxineiro, duas depiladoras e, ainda, um gerente. 
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João Figueiredo: o último general ditador brasileiro
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O proprietário segue a lei na hora da contratação: todos são registrados 
em carteira. 
Opa! Que coisa boa!
É, mas, devagar com o andor...
Riba registra todos com um salário mínimo e paga comissão “por 
fora” para cada serviço feito. E tem mais: os produtos que os empre-
gados usam para trabalhar ficam por conta de cada um. A manicure 
compra esmalte; o maquiador, sombra e base; o cabeleireiro, spray 
e escova etc.; cada profissional precisa ter seu kit de trabalho. Eles 
aceitaram essas condições porque precisam de seus empregos. E 
corre a boca pequena que todos os salões seguem essa regra.
Mas uma novidade no salão fez todo mundo ficar agitado. Riba disse: 
— A partir de agora eu forneço todos os produtos que serão utilizados 
aqui e vocês comprarão de mim! É preciso garantir a qualidade dos 
serviços prestados no salão, além de padronizar os produtos. Por isso 
eu sou o fornecedor.
Todos começaram a fazer as contas e chegaram à conclusão de que a 
comissão vai cair muito.
— O Riba está cobrando muito caro pelos produtos — reclama Clarice.
Uma ideia surgiu no grupo: — Podemos nos reunir e comprar em 
grande quantidade. Assim vai ficar mais barato para todos nós!
Neia torce o nariz: — Ih, essa história não vai dar certo. Seu Ribamar 
vai ficar furioso!
Amélia pondera: — Não, pessoal! Vamos explicar para ele nossa si-
tuação. Se somos registrados com um valor menor de salário, temos 
os outros direitos reduzidos, como o 13º salário, o depósito no Fundo 
de Garantia por Tempo de Serviço e as férias, sem falar na aposen-
tadoria. Com a comissão, conseguimos compensar tudo isso e ganhar 
um pouco melhor. Vamos dizer que a gente quer comprar os produ-
66 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
tos em lugares que vendem por atacado para, no final do mês, todo 
mundo ganhar um pouco mais.
Como o grupo não chegou a um consenso, Claudete sugeriu que fizes-
sem uma votação. E começou a organizar tudo: — Quem vota em 
comprar os produtos aqui no salão levanta a mão! Muito bem. E ago-
ra, os que preferem se juntar e comprar fora do salão.
Pronto! Todos foram ouvidos e venceu a maioria. 
O dono do salão, ao ver que os funcionários se organizaram, não teve 
opção a não ser acatar a decisão do grupo: a partir de agora, eles vão 
se abastecer num atacadista.
Vitória da democracia.
2. Procure no dicionário o significado das palavras que não conhece.
3. Agora, discuta com mais quatro colegas a situação que esses profissionais enfren-
taram, respondendo às seguintes questões:
a) O dono do salão tinha razão em fornecer os produtos?
b) O que estava em jogo nessa decisão tomada por Ribamar?
c) É certo registrar um funcionário com um salário menor do que o valor que ele 
realmente ganha?
d) Que atitude o grupo tomaria se estivesse no lugar dos profissionais do salão cita-
do no texto? Por quê?
e) Registre aqui, com suas palavras, um resumo do debate do grupo.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 67
68 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
O clima de democracia afetou a tendência na maquiagem
Na década de 1980, o avanço da ciência deu um salto e atingiu, também, a indústria 
de cosméticos. As pessoas começaram a se preocupar, entre outras coisas, com o 
envelhecimento da pele e os males causados pelo sol. Consequentemente, muitas 
mudanças ocorreram no mundo da maquiagem.
Era a época do exagero: as mulheres ou se pintavam muito ou saíam de “cara lavada”. 
Os códigos da beleza mudavam conforme as estações. O estilo de maquiagem pedia 
bocas bem vermelhas, ou com tons fortes e marcantes, maçãs do rosto cor de tijolo, 
sombras esfumaçadas variando do castanho ao violeta e rímel à prova d’água verde-
-relva ou azul-piscina. 
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1980
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Avanço: a pintura dos anos 1980 indica preocupação com o envelhecimento da pele e os perigos do sol
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 69
A pintura dos lábios dá o toque final à maquiagem
A pintura da boca deve ser a última a ser feita. Ela deve finalizar a maquiagem.
Mas alguns cuidados devem ser tomados ao se passar o batom. Vamos ver alguns deles.
•	 Para o batom durar mais nos lábios, passe-o normalmente e retire o excesso com 
lenço de papel. Em seguida, com a esponja do pó compacto, dê umas batidinhas 
nos lábios e depois passe mais uma camada de batom.
•	 Para que o batom não escorra, contorne a boca antes com pó translúcido. Os 
batons sem brilho fixam melhor.
•	 No caso do gloss, passe uma gota no centro dos lábios.
•	 O lápis oudelineador para lábios, salvo em alguns casos que veremos a seguir, 
deve ser da mesma cor do batom. Além de deixar o contorno perfeito, isso ajuda 
na sua fixação.
•	 Quando usar batom vermelho, chame a atenção para os lábios. O restante da 
maquiagem deve ser mais leve.
A maquiagem pode valorizar vários formatos de lábios. A seguir, veremos alguns deles.
Lábios grossos
•	 Contorne a parte interna dos lábios com lápis mais claro que o batom.
•	 Passe pó compacto da cor da pele ao redor dos lábios, para disfarçar seu con-
torno natural.
•	 Os batons em tons escuros, opacos e discretos são os ideais para esse formato de 
boca, pois chamam menos a atenção.
•	 Evite tons vermelho-cintilantes e gloss.
70 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Lábios finos
•	 Usando lápis da cor do batom que será aplicado, faça um contorno por fora do 
traço natural dos lábios.
•	 Abuse de tons claros, como bege e nude, de cores cintilantes e de gloss.
Lábios irregulares
•	 O objetivo da maquiagem nesse caso é corrigir os lábios para que adquiram uma 
nova forma. Para isso, você deve contornar os lábios com o lápis para definir um 
traçado regular.
•	 As cores vivas são aconselháveis para esse formato de lábios.
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Lábios enrugados
•	 Use um corretivo nos cantos externos dos lábios.
•	 Para criar a sensação de elevação dos lábios, trace um contorno com lápis, dimi-
nuindo o ângulo externo e arredondando os cantos. Depois, alargue o lábio infe-
rior do centro até os cantos externos.
•	 Passe um pó compacto no tom da pele ao redor dos lábios para uniformizar a cor.
•	 Procure usar tons mais escuros, que ajudam a disfarçar os problemas.
•	 Aplique pó compacto no contorno dos lábios para disfarçar as rugas.
•	 Reforce o contorno dos lábios com um lápis da cor do batom para impedir que o 
batom escorra pelos sulcos das rugas.
•	 Prefira batons mais cremosos.
•	 Não use gloss nem batons líquidos em lábios enrugados. Isso evita que ele escorra 
pelos sulcos, borre a maquiagem e reforce ainda mais as rugas.
•	 Evite cores fortes e tons vermelho-vivos que marcam ainda mais as rugas.
Lábios caídos
72 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Anos 1990
Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente da República escolhido direta-
mente desde a eleição de Jânio Quadros. A economia do país estava em frangalhos 
por causa da hiperinflação (quando os preços sobem muito e o dinheiro perde valor 
de compra). 
Para tentar resolver a situação o governante lançou um plano econômico que, entre 
outras coisas, mudou a moeda do país e confiscou a poupança de todos os que tinham 
mais de NCz$ 50.000 (Cruzados Novos). Em vez de resolver o problema da inflação, 
a medida provocou uma queda brutal da atividade econômica. 
Além disso, irregularidades e escândalos envolvendo sua administração culminaram 
com a queda de Collor.
epItácIO pessOA/AgêncIA estAdO
Eleito pelo povo, destituído pelo povo: manifestantes exigem a saída do então presidente Fernando Collor
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 73
Tendência da moda nos anos 1990: quando menos é mais
A moda parece ter se cansado do excesso de cores da década anterior. A nova ten-
dência foi um estilo mais clean, que significa “limpo” em inglês (pronuncia-se “clin”). 
Passou-se a se empregar pouca maquiagem, baseada em cores neutras e pouco brilho, 
o que dava às mulheres uma aparência mais natural. 
Na pele o tom que imperou foi o bege, sugerindo uma simples hidratação. A boca 
mal brilhava e os olhos apresentavam um leve toque de rímel. 
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1990
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Estilo clean: no fim do século passado, imperou o bege, sugerindo uma simples hidratação de pele
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Como aplicar o delineador?
A aplicação do delineador pode ser uma das etapas mais decisivas e complicadas 
para um profissional, pois, para fazer um belo traço é necessário ter mãos firmes – e 
somente a prática lhe dará isso.
O delineador é indispensável na maquiagem, já que define e destaca o olhar, além 
de disfarçar pálpebras caídas e suavizar olheiras.
Nunca se esqueça de retirar o excesso do pincel. Caso contrário você poderá colocar a 
perder toda a maquiagem dos olhos, uma vez que o delineador é aplicado após a sombra.
 Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 75
Veja a seguir alguns detalhes importantes para escolher a cor e a espessura de linha 
do delineador.
•	 Para morenas, prefira a cor preta. Para mulheres de pele ou olhos claros, opte pelo 
marrom-escuro ou cinza.
•	 Olhos pequenos ou fundos ficam melhores com um traço bem fino e rente aos 
cílios. O traço grosso diminui ainda mais os olhos.
•	 Em olhos grandes, devem-se usar traços mais grossos, salvo se as pálpebras forem 
pequenas. Nesse caso, prefira uma linha mais fina.
•	 Para disfarçar pálpebras caídas, use um traço bem fino e que não ultrapasse o 
canto externo dos olhos. Esse tipo de traçado, conhecido por “estilo gatinha”, deve 
ser usado em olhos grandes ou com pálpebras firmes.
1. Segure a lateral do olho – sem esticar muito a pálpebra – a fim de contorná-lo. 
Faça isso apenas se os olhos apresentarem sinais de flacidez ou pele enrugada. 
Para ter mais firmeza, apoie a mão que vai fazer o traço na bochecha da cliente.
2. Comece o desenho do meio dos olhos para fora, com um traço mais fino, e vá 
alargando essa linha em direção à parte externa dos olhos.
3. Complete o traço na parte interna dos olhos usando menos tinta no aplicador. Se você 
não se sentir seguro, não faça o risco de uma vez só. Experimente marcar vários 
pontos na pálpebra e, depois, una um a um com o pincel. Caso você erre ao desenhar 
com o delineador, umedeça a ponta de um cotonete e use-o para corrigir o traçado.
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Como fazer? 
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76 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Anos 2000
Muito se falou sobre a virada do milênio. Uns diziam que 
seria o fim do mundo, outros o início de uma nova era.
Na verdade, o planeta já estava mergulhado em inúmeros 
conflitos, especialmente entre os Estados Unidos e alguns 
países do Oriente Médio. Em 11 de setembro de 2001, 
vários ataques aéreos nos Estados Unidos causaram gran-
de comoção e iniciaram uma discussão sobre terrorismo.
No Brasil, a estabilidade monetária permitiu que o país 
retomasse o crescimento econômico. Com isso, conseguiu 
pagar sua dívida externa e passou de devedor a credor do 
Fundo Monetário Internacional (FMI).
Filme
Para entender melhor o que 
ocorreu antes dos ataques, 
assista ao documentário 
Fahrenheit – 11 de Setembro, 
lançado em 2004 pelo norte- 
-americano michael moore.
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Na maquiagem
A ordem do momento é ter aparência saudável: esse é o lema dos anos 2000. 
A maquiagem atual se inspira nas décadas anteriores e, também por essa razão, re-
gistra as principais tendências do passado. Elas sempre são uma forte referência para 
a moda que virá. Afinal, a moda vai e volta. 
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78 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Atividade 4
ReConheCendo as TendênCias

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