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doenças causadas pela falta de saneamento

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DOENÇAS CAUSADAS PELA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO
Elizabeth Maria Lazzarotto1, Alcy A. Leite Souza, Patrícia Rodrigues Mateus, Elaine Terezinha Turcatel,
Rosana Kátia Nazzari, Joane Cechet Covatti, Ana Letícia Pinto, Andreia Carrer, Anelize Canez,
Ariandene Olivia Busata; Bárbara S. R. da Costa; Bruno Rafael B. Zambiazi, Camila Barbosa de Melo,
Carina Reis, Caroline Amaral; Claudia Gobbi; Cleberson Braga; Cleisiane Joice Casagrande; Cristina
Pinese Conegero, Daiane Ribeiro dos Santos; Diane Yamamoto Militão, Diego André Kaku; Fabíula dos
Santos, Flávia Patrícia F. de Lima; Geovana Chaia; Igle M. dos Santos; Janaina Muniz; Lara Marrafon S.
de Lima; Leila de Fátima Machado; Leilane Guis; Luciana Aparecida Soares; Magda Tereza Mercúrio;
Natália Violim Fabri; Patrícia Hubner Barazetti; Rosieli Pinho Gonzaga da Silva; Samuel Leandro dos
Santos; Sarah Michelon Alves; Sibeli de Fátima Ferraz Simão; Silvana P. M. Frata; Silvia Carla de
Oliveira Miranda; Simone Roecker; Tatiane Baratieri.
INTRODUÇÃO: Quanto à relação entre saúde e ambiente, na opinião de Brasil (2002,
p. 12), diferentes “concepções de ambiente foram desenvolvidas de acordo com as
demandas colocadas pela sociedade e a evolução das disciplinas científicas presentes na
saúde pública”. Estas concepções sofreram influências dos “[...] modelos envolvendo
relações entre agentes e hospedeiros, ou de fatores de risco biológicos, as ações de
prevenção nos sistemas de saúde estruturaram-se por intermédio das várias formas de
vigilância, tendo por objeto central o controle dos modos de transmissão das doenças e
dos fatores de risco, os quais possibilitaram alguma governabilidade e eficácia de sua
ação no âmbito do setor saúde, principalmente para as doenças infecto-contagiosas
clássicas”. A vigilância da qualidade da água de consumo humano, segundo Brasil
(2002, p. 28), “tem como finalidade o mapeamento de áreas de risco em determinado
território, utilizando a vigilância da qualidade da água consumida pela população, quer
seja aquela distribuída por sistemas de abastecimento de água e aquelas provenientes de
soluções alternativas (coletados diretamente em mananciais superficiais), para avaliação
das características de potabilidade, ou seja, da qualidade e quantidade consumida, com
vistas a assegurar a qualidade da água e evitar que as pessoas adoeçam pela presença de
patógenos ou contaminantes presentes nas coleções hídricas”. Em ocorrência de risco
1 Enfermeira, Mestre, Docente do Curso de Enfermagem da Unioeste – Campus de Cascavel/PR. Rua
Manoel Ribas, 1466, Centro. Cascavel/PR. CEP: 85802-180. e-mail: liza@certto.com.br. Tel: (45)
32238184.
* Projeto de Extensão – Resultados Preliminares.
pela má qualidade da água consumida, são importantes as relações com a vigilância
epidemiológica quanto à incidência e prevalência das doenças e do impacto das medidas
de monitoramento e controle utilizadas, e a inter-relação com as ações de saneamento,
visando o controle ou a eliminação dos riscos. Dentro desta concepção, a vigilância
ambiental, para Brasil (2002, p. 13), incluiu o “monitoramento de vetores, alimentos e
água para consumo humano e o controle da incidência das doenças e de possíveis casos,
que passam a servir então como eventos sentinelas, em articulação com análises
epidemiológicas”. Em uma comunidade, segundo Menezes (1993, p.17), “os fatores
mais importantes em nível de saúde são, pela ordem, os seguintes: em primeiro lugar, a
qualidade de vida; em segundo lugar o saneamento; em terceiro lugar, os atos médicos”.
Cita ainda o autor que o abastecimento de água, “simultâneo com o destino adequado de
dejetos, é capaz de influir poderosamente contra as mais freqüentes endemias:
esquistossomose, verminose, amebíase, shigueloses, febre tifóide”. Para Barcellos e
Bastos (1996, p.10), “a distância da população a fontes de poluição é um fator
controlador dos riscos associados à exposição, mas não o único. Por outro lado, a faixa
etária, ocupação e condições de habitação condicionam, de forma seletiva, grupos
populacionais submetidos a maior risco. Outras variáveis culturais e socioeconômicas
podem influir no risco final. Fatores relevantes podem ser levantados por grupos
populacionais homogêneos, incluindo condições de moradia, ocupação, idade,
densidade demográfica, utilizando-se como unidade mínima o setor censitário”.
OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa foi identificar as doenças causadas pela falta de
saneamento básico junto às famílias que residem nas margens do Rio Quati na cidade de
Cascavel/PR.
METODOLOGIA: O presente projeto desenvolve ações de saúde, visando à qualidade
de vida, por meio da melhoria do espaço intra e peridomiciliar e de convivência
coletiva. A população do estudo é constituída por 31 famílias que residem nas margens
do afluente esquerdo Ribeirão Quati Chico, localizado no bairro Nova Cidade, em
Cascavel/PR. A entrevista foi desenvolvida com uma abordagem familiar, o que
possibilitou, às famílias, responder às questões que permitiram a realização,
organização, interpretação e análise do diagnóstico. Atualmente, participam do projeto
35 acadêmicos do Curso de Enfermagem. Cada acadêmico é responsável por uma
família, na qual foi aplicado o cadastro familiar. Os acadêmicos são responsáveis pela
realização da visita domiciliária e pelo desenvolvimento das atividades de saúde,
educação ambiental, promoção e prevenção das doenças ocasionadas pelo impacto
ambiental. A realização da entrevista foi durante a visita domiciliar e as informações
obtidas das entrevistas permitiram o diagnóstico das famílias. RESULTADOS: O perfil
das famílias, quanto, à idade, foi de 21,4% das pessoas constando na faixa de 11 a 20
anos; 15,3%, na faixa etária de 21 a 30 anos; 20,5%, de 0 a 10 anos; 7,1%, de 31 a 40
anos e 36,6%, de 41 a 60 anos. Quanto ao estado civil, constatou-se que 37,7% dos
pesquisados são casados, 52% são solteiros e 7,2% são separados e ou viúvos. A
escolaridade, para 53,1%, é o ensino fundamental incompleto, para 17,4% é de ensino
médio completo, para 2% é de ensino fundamental completo e 5,1% são analfabetos. A
renda mensal, para 45,3% é de meio a 2 dois salários mínimos. Com relação às doenças
causadas pelo lixo, das famílias entrevistas, 10 delas não sabem quais são as doenças
causadas pelo lixo. Quanto às doenças causadas pelo lixo, a maioria das famílias
declarou que as doenças são: dengue e vermes, micose, amarelão, febre amarela,
verminoses, cólera, tétano, gripe, infecções, água com lixo, micose e diarréia,
leptospirose causada por baratas e outros bichos, mosquito que vem da sujeira,
diabetes e infecções. As doenças causadas por insetos e roedores: observou-se que
algumas famílias não sabem quais são as doenças causadas por insetos e roedores.
Entretanto, diversas famílias relataram que as doenças causadas são a dengue, febre
amarela, mosca bota na comida e faz mal, mosquito pica e dá febre, rato causa câncer,
barata e formiga, pela urina da barata, leptospirose, comida que o rato come se a
gente comer dá câncer, micose, sabe que causa doenças, mas não sabe quais. Para
Brasil (2002, p. 52), o “controle ainda é um desafio tanto para os responsáveis pela
vigilância epidemiológica como para as equipes de saúde das unidades assistenciais,
pois são muitos os determinantes envolvidos na sua incidência, ganhando importância
especial os associados ao desequilíbrio ambiental − quase sempre decorrentes das
intervenções do homem nas condições naturais. Com relação às doenças transmitidas
pela água contaminada, algumas famílias assinalaram que não sabem. Entretanto,
diversas famílias pontuaram que doenças transmitidas pela água são:hepatite, diarréia
e febre, doenças de pele, verminose, cólera, desnutrição, infecções de garganta, bexiga
e diarréia, viroses, dor de barriga, leptospirose, vômito e febre, tifo, febre amarela,
desidratação, amarelão, várias doenças. Para controlar as doenças, Brasil (2002, p. 20)
cita que “[...] a prática da educação em saúde centra-se principalmente na orientação
sobre higiene pessoal e alimentação, a lavagem correta das mãos, que deve ser
especialmente incentivada entre os manipuladores de alimento”. Atua, coopera em
atividades comunitárias: quanto à cooperação em atividades realizadas na comunidade,
18 famílias declararam que não cooperam. Isso é descrito nas falas a seguir: não, porque
não há atividades comunitárias, nunca participou porque acha que dá muita confusão.
As famílias que cooperam em atividades comunitárias, assinalaram sua filiação à igreja
católica. Visita de acolhimento a pessoas doentes, fazem orações e massagens. Participa
e coopera na associação de moradores. Ajuda na igreja e visita os doentes do bairro aos
domingos. Arrecadação de alimentos e roupas. O filho e os pais limpam parte do rio
perto da casa nos fins de semana, pois encontraram mosquito da dengue ao longo do rio.
CONCLUSÃO: Constatou-se que a metade da população pesquisada são adolescentes
solteiros e estudantes. Quanto aos adultos, a maioria está na faixa de 31 a 40 anos,
casados, com o ensino fundamental incompleto, renda de meio a 2 dois salários
mínimos. Conclui-se que a grande maioria desconhece as doenças causadas pelo lixo,
por insetos e vetores, e pela água. Algumas famílias participam de atividades
comunitárias ligadas á igreja e a maioria das famílias não participa de atividades
comunitárias. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão de Investimentos em Saúde. Projeto
de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Profissionalização de
auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde coletiva. 2. ed. revista. Brasília:
MS, Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. 140 p. 
BARCELLOS, C.; BASTOS, F. I.. Geoprocessamento, ambiente e saúde: uma união
possível? Cad. Saúde Pública, v.12, n. 3, Rio de Janeiro, jul./set, 1996.
MENESES, M. Em busca da teoria política de assistência pública. Rio de Janeiro:
Editora Cortez, 1993. 142 p.

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