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Ambiente e Saúde: Pensar, Aplicar e Agir

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Ambiente e Saúde - 1 
Organizadores 
Raul Borges Guimarães 
Leonice Seolin Dias 
Silas Seolin Dias 
 
 
 
 
 
Ambiente e Saúde 
 
pensar, aplicar e agir 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Edição 
 
ANAP 
Tupã/SP 
2019 
2 
EDITORA ANAP 
Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista 
Pessoa de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, fundada em 14 de setembro de 2003. 
Rua Bolívia, nº 88, Jardim América, Cidade de Tupã, São Paulo. CEP 17.605-310. 
Contato: (14) 99808-5947 
www.editoraanap.org.br 
www.amigosdanatureza.org.br 
editora@amigosdanatureza.org.br 
 
Editoração e Diagramação da Obra: Leonice Seolin Dias; Sandra Medina Benini 
Revisão Ortográfica: Smirna Cavalheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice para catálogo sistemático 
Brasil: Geografia 
Ambiente e Saúde - 3 
Conselho editorial interdisciplinar permanente 
 
Prof. Dr. Adeir Archanjo da Mota – UFGD 
P Profa. Dra. Alba Regina Azevedo Arana – UNOESTE 
Prof. Dr. Alexandre Carneiro da Silva – IFAC 
Prof. Dr. Alexandre França Tetto – UFPR 
Prof. Dr. Alexandre Sylvio Vieira da Costa – UFVJM 
Prof. Dr. Alfredo Zenen Dominguez González – UNEMAT 
Profa. Dra. Alina Gonçalves Santiago – UFSC 
Profa. Dra. Aline Werneck Barbosa de Carvalho – UFV 
Prof. Dr. Aurelio Bandeira Amaro – UFPel 
Prof. Dr. Alyson Bueno Francisco – CEETEPS 
Profa. Dra. Ana Klaudia de Almeida Viana Perdigão – UFPA 
Profa. Dra. Ana Lúcia de Jesus Almeida – UNESP/PP 
Profa. Dra. Ana Lúcia Reis Melo Fernandes da Costa – IFAC 
Profa. Dra. Ana Paula Branco do Nascimento – UNINOVE 
Profa. Dra. Ana Paula Fracalanza – USP 
Profa. Dra. Ana Paula Novais Pires – UFG/Catalão 
Profa. Dra. Ana Paula Santos de Melo Fiori – IFAL 
Prof. Dr. André de Souza Silva – UNISINOS 
Profa. Dra. Andrea Aparecida Zacharias – UNESP 
Profa. Dra. Andrea Holz Pfutzenreuter – UFSC 
Prof. Dr. Antonio Fábio Sabbá Guimarães Vieira – UFAM 
Prof. Dr. Antonio Marcos dos Santos – UPE 
Profa. Dra. Arlete Maria Francisco – FCT/UNP 
Profa. Dra. Beatriz Ribeiro Soares – UFU 
Profa. Dra. Carla Rodrigues Santos – UNEMAT 
Prof. Dr. Carlos Andrés Hernández Arriagada – MICAP 
Profa. Dra. Carmem Silvia Maluf – Uniube 
Profa. Dra. Cibele Roberta Sugahara – PUC 
Profa. Dra. Célia Regina Moretti Meirelles – UPM 
Prof. Dr. Cesar Fabiano Fioriti – FCT/UNESP 
Prof. Dr. César Gustavo da Rocha Lima – UNESP 
Prof. Dr. Cledimar Rogério Lourenzi – UFSC 
Profa Dra. Cristiane Miranda Martins – IFTO 
Profa Dra. Daniela de Souza Onça – FAED/UESC 
Prof. Dr. Darllan Collins da Cunha e Silva – UNESP 
Profa. Dra. Dayana Ap. M. de Oliveira Cruz – UFSCAR 
Profa. Dra. Denise Antonucci – UPM 
Profa. Dra. Diana da Cruz Fagundes Bueno – UNITAU 
Prof. Dr. Edson L. Ribeiro – Unieuro – Minist. das Cidades 
Prof. Dr. Eduardo Salinas Chávez – UFMS 
Prof. Dr. Eduardo Vignoto Fernandes – UFG/Jataí 
Prof. Dr. Edvaldo Cesar Moretti – UFGD 
Profa. Dra. Eliana Corrêa Aguirre de Mattos – UNICAMP 
Profa. Dra. Eloisa Carvalho de Araújo – UFF 
Profa. Dra. Eneida de Almeida – USJT 
Prof. Dr. Erich Kellner – UFSCar 
Prof. Dr. Eros Salinas Chàvez – UFMS /Aquidauana 
Profa. Dra. Fátima Aparecida da SIlva Locca – UNEMAT 
Prof. Dr. Felippe Pessoa de Melo – Centro Univ. AGES 
Profa. Dra. Fernanda Silva Graciani – UFGD 
Prof. Dr. Fernando Sérgio Okimoto – UNESP 
 Profa. Dra. Flávia Akemi Ikuta – UFMS 
 Profa. Dra. Flávia Maria de Moura Santos – UFMT 
 Profa. Dra. Flávia Rebelo Mochel – UFMA 
Prof. Dr. Flavio Rodrigues do Nascimento – UFC 
Prof. Dr. Francisco Marques Cardozo Júnior – UESPI 
Prof. Dr. Frederico Braida Rodrigues de Paula – UFJF 
Prof. Dr. Frederico Canuto – UFMG 
Prof. Dr. Frederico Yuri Hanai – UFSCar 
Prof. Dr. Gabriel Luis Bonora Vidrih Ferreira – UEMS 
Profa. Dra. Geise Brizotti Pasquotto – USP 
Profa. Dra. Gelze Serrat de S. Campos Rodrigues – UFU 
Prof. Dr. Generoso de Angelis Neto – UEM 
Prof. Dr. Geraldino Carneiro de Araújo – UFMS 
Profa. Dra. Gianna Melo Barbirato – UFAL 
Prof. Dr. Glauco de Paula Cocozza – UFU 
Profa. Dra. Isabel C. Moroz Caccia Gouveia – FCT/UNESP 
Profa. Dra Jakeline Aparecida Semechechem – UENP 
Prof. Dr. João Cândido André da Silva Neto – UEA 
Prof. Dr. João Carlos Nucci – UFPR 
Prof. Dr. João Paulo Peres Bezerra – UFFS 
Prof. Dr. João Roberto Gomes de Faria – FAAC/UNESP 
Prof. Dr. José Aparecido dos Santos – FAI 
Prof. Dr. José Queiroz de Miranda Neto – UFPA 
Prof. Dr. José Seguinot – Universidad de Puerto Rico 
Prof. Dr. Josep Muntañola Thornberg – UPC/Barcelona 
Profa. Dra. Josinês Barbosa Rabelo – UFPE 
Profa. Dra. Jovanka B. Cavalcanti Scocuglia – UFPB 
Profa. Dra. Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro – FEA 
Prof. Dr. Júnior Ruiz Garcia – UFPR 
Profa. Dra. Karin Schwabe Meneguetti – UEM 
Profa. Dra. Katia Sakihama Ventura – UFSCar 
Prof. Dr. Leandro Gaffo – UFSB 
Profa. Dra. Leda Correia Pedro Miyazaki – UFU 
Profa. Dra. Lidia M. de Almeida Plicas – IBILCE/UNESP 
Profa. Dra. Lisiane Ilha Librelotto – UFS 
Profa. Dra. Luciana Ferreira Leal – FACCAT 
Profa. Dra. Luciana Márcia Gonçalves – UFSCar 
Prof. Dr. Marcelo Campos – FCE/UNESP 
Prof. Dr. Marcelo Real Prado – UTFPR 
Profa. Dra. Marcia Eliane Silva Carvalho – UFS 
Prof. Dr. Márcio R. Pontes – EQUOIA Eng. Ambiental Ltda. 
Profa. Dra. Margareth de Castro Afeche Pimenta – UFSC 
Profa. Dra. Maria Ângela Dias – UFRJ 
 Profa. Dra. Maria Ângela P. de Castro e S. Bortolucci – IAU 
Profa. Dra. Maria Augusta Justi Pisani – UPM 
Profa. Dra. María Gloria F. Rodríguez – IEA/Cienf./ Cuba 
Profa. Dra. Maria Helena Pereira Mirante – UNOESTE 
Profa. Dra. Maria José Neto – UFMS 
 Profa. Dra. Maristela Gonçalves Giassi – UNESC 
Profa. Dra. Marta C. de Jesus A. Nogueira – UFMT 
Profa. Dra. Martha Priscila Bezerra Pereira – UFCG 
4 
Prof. Dr. Maurício Lamano Ferreira – UNINOVE 
Prof. Dr. Miguel Ernesto González Castañeda – 
Universidad de Guadalajara – México 
Profa. Dra. Natacha Cíntia Regina Aleixo – UEA 
Profa. Dra. Natália Cristina Alves – UNESP/PP 
Prof. Dr. Natalino Perovano Filho – UESB 
Prof. Dr. Nilton Ricoy Torres – FAU/USP 
Profa. Dra. Olivia de Campos Maia Pereira – EESC – USP 
Profa. Dra. Onilda Gomes Bezerra – UFPE 
Prof. Dr. Oscar Buitrago – Univ. Del Valle, Colombia 
Prof. Dr. Paulo Alves de Melo – UFPA 
Prof. Dr. Paulo Cesar Vieira Archanjo – UFAM 
Prof. Dr. Paulo Cesar Rocha – FCT/UNESP 
Profa. Dra. Priscila Varges da Silva – UFMS 
Profa. Dra. Regina Célia de Castro Pereira – UEMA 
Prof. Dr. Renan Antônio da Silva – UNESP – IBRC 
Prof. Dr. Ricardo de Sampaio Dagnino – UNICAMP 
Prof. Dr. Ricardo Toshio Fujihara – UFSCar 
Profa. Dra. Risete Maria Queiroz Leão Braga – UFPA 
Prof. Dr. Rodrigo Barchi – UNISO 
Prof. Dr. Rodrigo Cezar Criado – TOLEDO Pres. Prudente 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves dos Santos – UFSC 
Prof. Dr. Rodrigo José Pisani – UNIFAL – MG 
Prof. Dr. Rodrigo Simão Camacho – UFGD 
Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Araujo – UFMA 
Profa. Dra. Roselene Maria Schneider – UFMT 
Prof. Dr. Salvador Carpi Junior – UNICAMP 
Profa. Dra. Sandra M. Alves da Silva Neves – UNEMAT 
Prof. Dr. Sérgio Augusto Mello da Silva – FEIS/UNESP 
Prof. Dr. Sergio Luis de Carvalho – FEIS/UNESP 
Profa. Dra. Sílvia Carla da Silva André – UFSCar 
Profa. Dra. Silvia Mikami G. Pina – Unicamp 
Profa. Dra. Simone Valaski – UFPR 
Profa. Dra. Sueli Angelo Furlan – USP 
Profa. Dra. Tânia Paula da Silva – UNEMAT 
Profa. Dra. Tatiane Bonametti Veiga – UNICENTRO 
Prof. Dr. Umberto Catarino Pessoto – SUCEN – SES/SP 
Profa. Dra. Vera Lucia Freitas Marinho – UEMS 
Prof. Dr. Vilmar Alves Pereira – FURG 
Prof. Dr. Vitor Corrêa de Mattos Barretto – FCAE/UNESP 
Prof. Dr. Xisto S. de Santana de Souza Júnior – UFCG 
Profa. Dra. Yanayne Benetti Barbosa – UFSCar 
 
 
 
 
 
 
Ambiente e Saúde - 5 
Conselho editorial ad hoc 
 
Profa. Dra. Ana Paula Novais Pires Koga – UFG 
Prof. Dr. Aurélio Bandeira Amaro – UFPel 
Prof. Dr. Baltazar Casagrande – UNEMAT 
 Profa. Dra. Carla Rodrigues Santos– UNEMAT 
Prof. Dr. Carlos Eduardo das Neves – IFMS/Corumbá 
Prof. Dr. Cláudio Antonio Di Mauro – IG/UFU 
Prof. Dr. Eros Salinas Chàvez – UFMS/Aquidauana 
Prof. Dr. Fernando Pinheiro de Souza Neto – UEL 
Prof. Dr. Flávia Mochel – UFMA 
Prof. Dr. João Cândido André da Silva Neto – UEA 
Prof. Dr. Hugo Rogério Hage Serra – UFPA 
Profa. Dra. Lilian Barazetti – UNIOESTE 
Profa. Dra. Regina Célia de Castro Pereira – UFMA 
Profa. Dra. Lourdes Ap. Zamperieri D’Andrea – UNESP/Presidente Prudente 
Prof. Dr. Luis Roberto Almeida Gabriel Filho – UNESP/Tupã 
Prof. Dr. Marcio Rogério Pontes – EQUOIA Engenharia Ambiental Ltda 
Profa. Dra. Maria Cristina Risk – UNESP/Presidente Prudente 
Profa. Dra. Sandra Medina Benini – UNIVAG 
Prof. Dr. Vagner Camarini Alves – UNOESTE/Presidente Prudente 
 
 
Comissão científica internacional ad hoc 
 
Prof. Dr. Marcelino Maurício Ricárdez Cabrera – FCPyS/México 
Profa. Convidada Tatiana Alonso Pérez (médica) – Policlínico Universitario/Cuba 
Profa. Convidada Yanet de la Caridad F. Cordero (médica) – Policlínico Universitario/Cuba 
 
 
6 
Organizadores 
 
Raul Borges Guimarães 
Licenciado e Bacharel em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre e 
Doutor em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de 
São Paulo (USP). Livre Docente pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Professor Titular do 
Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual 
Paulista (UNESP) de Presidente Prudente/SP. 
 
Leonice Seolin Dias 
Graduada em Ciências pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Tupã/SP (FAFIT). Habilitação 
em Biologia pelas Faculdades Adamantinenses Integradas de Adamantina/SP (FAI). Mestrados em 
Ciências Biológicas e em Ciência Animal e Especialização em Ciências Biológicas pela Universidade 
do Oeste Paulista (UNOESTE) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista 
(UNESP) de Presidente Prudente/SP. 
 
Silas Seolin Dias 
Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina/PR (UEL). Especialista em 
Anatomia e Histologia pela Universidade Estadual de Maringá/PR (UEM). Atualmente, mestrando 
em Educação Física pela UEL e docente na Faculdade Instituto de Ensino Superior de Londrina 
(INESUL). Ministra aulas de Educação e Meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambiente e Saúde - 7 
Sumário 
 
Prefácio 
 
09 
Apresentação 11 
 
 
PARTE I: PENSAR 
 
 
Capítulo 1 
Cambios en el clima y cáncer de piel en la provincia de Cienfuegos, Cuba 
María Gloria Fabregat Rodríguez; Wilmer Ramírez Carmona 
 
15 
Capítulo 2 
Saneamento ambiental e Leptospirose humana em Manaus/AM 
Ulliane de Amorim Pereira; Natacha Cíntia Regina Aleixo 
 
31 
Capítulo 3 
A mosca doméstica, sua importância e controle 
Leonice Seolin Dias; Lucas de Castro Farias 
 
47 
Capítulo 4 
Panorama dos acidentes causados pela serpente cascavel (Crotalus 
durissus) no Brasil 
Rosa Maria Barilli Nogueira; Adriana Falco de Brito 
 
81 
 
PARTE II: APLICAR 
 
 
Capítulo 5 
La percepción social del agua como indicador de salud ambiental en una 
Cuenca Hidrográfica: Cuenca del Río Dagua, Colombia 
Oscar Buitrago Bermúdez; Marco Antonio Aguirre; Francy Viviana Bolaños Trochez 
 
103 
Capítulo 6 
Salud ambiental de las enfermedades vectoriales: aplicación geo 
tecnológica para entender la situación del Dengue, el Zika y el Chikungunya 
en Puerto Rico 
Jose Seguinot Barbosa 
 
129 
Capítulo 7 
Externalidades negativas aos elementos da natureza: efeitos da 
precipitação pluviométrica em áreas degradadas 
Paulo Augusto Romera e Silva; Renata Ribeiro de Araújo; José Cezar Zoccal 
157 
8 
 
Capítulo 8 
Abordagem geoespacial para a análise da concentração de muscídeos 
sinantrópicos em uma estação ecológica, região Oeste Paulista 
Rogerio Giuffrida; Rodrigo José Pisani; Ana Paula Jorge de Carvalho; José Sergio 
Costa Junior; Marcos Vinicius Cultienski Souza 
175 
 
 
PARTE III: AGIR 
 
 
Capítulo 9 
O meio ambiente e a prática de atividade física nos centros urbanos: uma 
análise da cidade de Londrina, Paraná 
Eduardo Vignoto Fernandes; Silas Seolin Dias 
 
191 
Capítulo 10 
Paisagem, ambiente e desenvolvimento: uma análise geográfica do uso do 
turismo para promoção da saúde 
Martha Priscila Bezerra Pereira; Xisto Serafim de Santana de Souza Júnior 
 
211 
Capítulo 11 
A importância das estações de tratamento de esgotos da SABESP de 
Adamantina para o Saneamento Ambiental 
Júlio Cesar Villagra; Raul Borges Guimarães 
 
225 
 
 
 
Ambiente e Saúde - 9 
Prefácio 
 
A avaliação das condições de saúde humana na sua relação com o ambiente, 
incluindo a qualidade de vida, está presente na investigação geográfica desde Finke (1792), 
ao sublinhar a necessidade e a validade de uma percepção holística em saúde, indo para 
além da influência hipocrática do lugar, considerando a multicausalidade da doença. Hoje, 
é absolutamente incontestável a relevância que o ambiente detém sobre a saúde e bem-
estar humano nas suas múltiplas dimensões, algumas das quais imateriais. 
A presente obra – Ambiente e saúde: pensar, aplicar e agir – presta um adequado 
tributo a este processo holístico de pensar a saúde na sua relação com o ambiente, 
cruzando observações e explicações que vão da escala local até a sua relação com os 
determinantes macroglobais (economia, alterações climáticas e ambientais, políticas, 
mobilidade, entre outras). 
Nos quatro primeiros capítulos encontramos uma reflexão que passa pela discussão 
da vulnerabilidade humana, ampliada pelas mudanças climáticas associadas ao aumento da 
exposição à radiação UV, passando pela investigação das interações clássicas homem-vetor, 
indo até a apreciação do risco presente nos acidentes ofídicos. Os cenários de estresse 
climático com que nos confrontamos, aos quais se adiciona uma crescente taxa de 
urbanização, constituem o pretexto para que os autores discutam o impacto gerado pela 
interação dos grupos humanos com o ecossistema, à medida que ocupamos e 
transformamos o território de um modo cada vez mais impressivo, sem que alguns decisores 
compreendam que a veiculação de informação cientificamente informada e a educação 
constituem pilares fundamentais para se mitigarem contextos de vulnerabilidade. 
Os capítulos 5 a 8 dão conta de investigação aplicada em diferentes geografias da 
América Latina. Os dois primeiros capítulos (5-6) apresentam estudos de caso na Colômbia, 
demonstrando a importância da compreensão dos mecanismos de percepção social e a sua 
relação com indicadores ambientais, como a qualidade e disponibilidade de água na bacia 
hidrográfica do rio Dagua, ou discutem o imaginário social relacionado com a doença, incluindo 
as patologias propagadas por vetores em Porto Rico (Aedes abopictus e Aedes aegypty) e a sua 
associação com variáveis econômicas que, entre outras, condicionam a qualidade das 
infraestruturas sanitárias, a presença de medidas de controle vetorial e políticas de 
informação/educação, fundamentais na contenção de patologias geradas por arbovírus, cuja 
espacialização é adequadamente auxiliada por cartografia temática. 
10 
Encerram a componente de investigação aplicada do capítulo II, dois estudos de caso 
produzidos em território brasileiro nos quais se demonstra a importância da avaliação de riscos 
ambientais, valorizando a percepção e a sua aplicação didática sob a forma de medidas de 
prevenção de riscos hídricos. Adicionalmente, outro artigo avalia o impacto gerado por vetores 
na transmissão de microrganismos patogênicos entre zonas antrópicas e áreas de conservação. 
A terceira e última parte é composta por um conjunto de três artigos nos quais se 
avaliam, entre outras coisas, a qualidade dos espaços verdes urbanos e a sua relação com 
a prática de atividade física em adultosna cidade de Londrina; o impacto das políticas 
públicas no contexto de desenvolvimento e qualificação paisagística, a sua relação com a 
prática turística e a promoção da saúde na região de Campina Grande. Por último, mas não 
menos importante, debate-se a importância do tratamento de efluentes urbanos na 
preservação dos recursos hídricos e na melhoria da saúde da população de Adamantina 
minorando a propagação de doenças hídricas. 
Como fica demonstrado, a presente coletânea congrega uma discussão multinível 
sobre a dinâmica das dimensões ambientais que condicionam a saúde humana, 
maioritariamente ampliadas por causas antrópicas às quais se associam a fragilidade de 
algumas políticas de ordenamento e de gestão territorial. Perante as mudanças ambientais 
geradas pelos modos de vida e pelos diferentes projetos preconizados para o território, a obra, 
no seu conjunto, também questiona a qualidade das soluções produzidas pelos poderes 
públicos no confronto com a complexidade das necessidades evidenciadas a diferentes escalas, 
sublinhando a importância dos investimentos e das respostas informativas e educativas que 
devem acompanhar programas de prevenção e de promoção da saúde. 
A valorização e problematização da dimensão ambiental no contexto da promoção 
da saúde surge aqui reforçada pela demonstração do valor translacional dos processos de 
investigação-ação produzidos na academia. O alcance deste objetivo evidencia que o 
investimento em ciência não pode ser uma variável facultativa para os Estados, 
compromisso apenas disponível em sociedades abastadas, assumido de modo 
discricionário pelos poderes públicos. Antes, constituiu-se num compromisso inadiável 
para com a sociedade e num instrumento indispensável para a valorização do(s) 
território(s) e da saúde enquanto direito universal. 
 
Coimbra, 05 de outubro de 2019. 
 
Dr. Paulo Nuno Nossa 
Professor da Universidade de Coimbra, Portugal. 
Ambiente e Saúde - 11 
Apresentação 
 
É com satisfação que me dirijo aos nossos leitores para apresentar a obra 
Ambiente e saúde: pensar, aplicar e agir. Como nos diz o professor Paulo Nuno Nossa, 
no prefácio, a relação entre saúde e ambiente envolve uma visão holística de diversos 
processos que se relacionam em diferentes escalas de análise, do nível local ao global. 
Aparentemente desconexos, os temas abordados no livro também nos colocam a refletir 
diante de diferentes desafios impostos pela relação entre ambiente e saúde: o ato de 
pensar, de aplicar e de agir. 
Os capítulos reunidos na Parte I demonstram como devemos organizar nossa forma 
de pensar os problemas de saúde ambiental a partir das questões impostas pela própria 
realidade. Em primeiro lugar, pensar a saúde ambiental é nunca perder de vista a relação 
sociedade/natureza. E compreender essa relação a partir das características do meio 
impõe uma série de condições que conformam a saúde como espaço, numa unidade 
complexa e indissociável dos componentes físicos, biológicos e sociais. Ao pensar as 
relações entre esses temas não se trata de um ecletismo metodológico, mas do 
pluralismo metodológico necessário para compreender as múltiplas e complexas facetas 
da forma própria da saúde como espaço. 
As duas outras partes da obra reúnem capítulos que integram o conhecimento 
científico com a interpretação de fatos e intervenção na realidade, tendo em vista a 
valorização da vida. Como o leitor poderá verificar nos diferentes capítulos, há distintos 
graus de influência dos conhecimentos gerados pela ciência e sua aplicação na resolução 
de problemas concretos. É claro que qualquer campo científico pode ser projetado até a 
aplicação. Não há exceções. De fato, desde tempos imemoráveis, isso vem ocorrendo. 
Basta olhar para a contribuição prática gerada pelos conhecimentos produzidos por 
Ptolomeu, Leonardo da Vinci ou Max Planck. 
Investigar é um exercício do qual a ciência se vale para conectar interrogações 
com hipóteses, e a estas com respostas, mais ou menos sólidas, à medida que podem 
confrontar-se com a realidade. Nesse processo, o pesquisador segue um caminho que lhe 
permite avançar, em passos sucessivos, desde as afirmações hesitantes até os 
argumentos mais consistentes. Para isso, não raras vezes o pesquisador trata de reduzir 
a realidade a elementos que lhe permitam operar. Assim, ele haverá de modelá-la, 
12 
simplificando-a. Por um procedimento heurístico – a analogia –, usará o modelo como 
uma ferramenta de prova, permitindo um trabalho mais eficiente. Os passos seguintes 
exigem o tratamento do modelo como se fosse a realidade e de imediato se transformam 
os papéis no sentido inverso, chegando ao último nível operativo, aquele que provoca a 
mudança na realidade. 
Por fim, o desafio de reunir temas da ciência aplicada demonstra que a associação 
entre pesquisadores não está relacionada ao fato de pertencer a uma mesma disciplina. 
Muito pelo contrário, são os problemas de saúde ambiental que reúnem especialistas de 
diferentes áreas na mesma obra. Ou seja, quando um problema é importante, tem a 
possibilidade de convocar pesquisadores de diferentes especialidades que, à medida que 
se incorporam, deixam de ser aqueles estritos “representantes” de uma ou outra disciplina 
para criar um campo transdisciplinar – no caso, saúde e ambiente, algo assim como uma 
nova especialidade que já não responde a velhas disciplinas, mas que conforma um 
estatuto epistemológico independente. 
Denominamos de estatuto epistemológico o conjunto de conceitos e metodologias 
adotados por qualquer ciência, resultado do acúmulo de experiências de pesquisa, assim 
como do esforço teórico e prático para a compreensão do próprio pensamento. No que se 
refere aos capítulos reunidos na presente obra, uma leitura transversal permite a reflexão 
das interfaces entre o pensar, aplicar e agir que fazem parte do estatuto epistemológico do 
campo de saberes e práticas denominada de “saúde e ambiente”. 
Boa leitura! 
 
 
Dr. Raul Borges Guimarães 
Professor titular na Universidade Estadual Paulista de Presidente Prudente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambiente e Saúde - 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE I 
 
 
PENSAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambiente e Saúde - 15 
C A P Í T U L O 1 
Cambios en el clima y cáncer de piel en la provincia de Cienfuegos, Cuba 
 
María Gloria Fabregat Rodríguez1 
Wilmer Ramírez Carmona2 
 
 
INTRODUCCIÓN 
 
En el Informe de síntesis al Quinto Informe de Evaluación (IE5) del Grupo 
Intergubernamental de Expertos sobre el Cambio Climático (IPCC), publicado en el año 2014, 
se plantea de forma categórica que “el calentamiento en el sistema climático es inequívoco. La 
atmósfera y el océano se han calentado, los volúmenes de nieve y hielo han disminuido y 
el nivel del mar se ha elevado” (IPCC, 2014, p. 4). De esa forma queda claro que “la evidencia 
de la influencia humana en el sistema climático ha aumentado… y es sumamente probable 
que haya sido la causa dominante del calentamiento observado desde mediados del siglo 
XX causando impactos en los sistemas naturales y humanos en todos los continentes y en 
los océanos” (IPCC, 2014, p. 4). 
También se alerta de la diferente vulnerabilidad de las personas a estos cambios e 
impactos a partir de las desigualdades socioeconómicas, factores naturales, demográficos, 
culturales, entre otros. Como resultado, aunque los cambios climáticos sean globales, habrá 
siempre diferencias en sus impactos y respuestas en dependencia de múltiples factores. 
PETKOVA et. al. (2015) plantea un modelo interesante sobre la posible influencia 
del cambio climático en la salud física y mental y la alta posibilidad de crear inestabilidad 
social (Figura 1). Lo que llevaría al aumento de conflictos, violencia y emigraciones 
generalizadas desdeáreas que no puedan proporcionar suficiente comida, agua y refugio 
a las poblaciones actuales, hacia otras áreas que puedan satisfacer sus necesidades. 
 
 
 
 
 
 
1 Doctora en Ciencias Geográficas. Universidad de La Habana, Cuba. Profesora Titular Universidad de Cienfuegos, Cuba. 
E-mail: mgfabregat1961@yahoo.es 
2 Doctor en Medicina. Universidad de Ciencias Médicas de Cienfuegos, Cuba. Especialista en Medicina General Integral. 
Universidad de Ciencias Médicas de Cienfuegos, Cuba. Bolsista CAPES Maestría Ciencias de la Salud, Universidade do Oeste 
Paulista, São Paulo, Brasil. E-mail: wilmerramirezcarmona@gmail.com 
16 
Figura 1. Impacto del cambio climático sobre la salud humana en Estados Unidos 
 
 
 
Fuente: Petkova (2015). 
 
El informe considera que no están bien cuantificados los daños a la salud humana 
provocados por los cambios en el clima, aunque “se ha producido un aumento de la 
mortalidad asociada al calor” y “los cambios locales en la temperatura y la precipitación 
han alterado la distribución de algunas enfermedades transmitidas por el agua y vectores 
de enfermedades” (IPCC, 2014, p. 6). 
La exposición a la radiación ultravioleta (UV), la sensibilidad de las personas a esa 
radiación, así como el tipo (exposición a una intensidad alta de corta duración y exposición 
crónica) y la modalidad (continua e intermitente), son factores de riesgo para desarrollar 
cualquiera de los tres tipos principales de cáncer de piel que son: “carcinoma de células 
basales (CCB), carcinoma de células escamosas (CCE) y melanoma” (KOH, 1991, p. 33; 
ENGLISH et al., 1998, p. 26). 
“La radiación solar que llega a la Tierra se divide en luz visible, que estimula la retina; la 
infrarroja, responsable de la sensación de calor y la ultravioleta, que a su vez se subdivide en 
tres bandas: UV-A, UV-B y UV-C” (CABRERA et al., 2013, p. 16). “Los rayos UV-A afectan 
directamente las capas más profundas de la piel y causan envejecimiento prematuro mientras 
los UV-B afectan la superficie de la piel y pueden producir cáncer” (CABRERA et al, 2013, p. 17). 
Ambiente e Saúde - 17 
La radiación UV-C es absorbida totalmente en la parte alta de la atmósfera por el 
oxígeno y por moléculas de ozono. A la superficie terrestre llega radiación UV compuesta 
en su mayoría por radiación UV-A y solo una pequeña parte de UV-B (BARCIA, 2013, p. 4). 
Algunos factores que tienen relación con la incidencia de la radiación solar UV son: “el 
ozono atmosférico, la elevación solar, la altitud y las nubes y el polvo” (BARCIA, 2013, p. 5). 
Al ser el ozono el principal absorbente de la radiación UV-B la intensidad de la 
misma en la superficie terrestre depende fuertemente de la cantidad de ozono presente 
en la atmósfera, de ahí la gran importancia de preservar la capa de ozono, reconocida como 
“la zona de la estratosfera terrestre que se extiende entre los 15 y los 50 km de altitud, 
reúne el 90% del ozono presente en la atmósfera y absorbe del 97% al 99% de la radiación 
ultravioleta de alta frecuencia” (BARCIA, 2013, p. 3). 
La radiación solar depende fuertemente de la elevación solar, varía con la latitud, 
estación y hora, siendo mayor en los trópicos, en verano y al mediodía. 
La radiación UV aumenta con la altitud debido a que la cantidad de absorbentes 
en la atmósfera decrece con la altura. Las medidas demuestran que “la radiación UV 
aumenta entre un 6% y un 8% por cada 1000 m de elevación sobre el nivel medio del 
mar” (BARCIA, 2013, p. 4). 
La radiación UV es mayor generalmente para cielos totalmente despejados. Las 
nubes normalmente reducen la cantidad de radiación UV, pero la atenuación depende del 
grosor y tipo de éstas. 
Para concienciar a la población sobre los efectos negativos que tiene la radiación solar 
UV en la salud y para alertar sobre la necesidad de adoptar medidas de protección se creó el 
índice de UV que es una “medida de intensidad de la radiación UV y varía entre 0 y 16” 
(BARCIA, 2013, p. 5). La Agencia de Protección Ambiental de los Estados Unidos de América 
(EPA), categoriza los valores del índice como se muestra en la Figura 2. Cuanto más bajo el 
número, más bajo el peligro de quemadura de sol. 
 
Figura 2. Categorías de exposición 
 
BAJA MODERADA ALTA MUY ALTA EXTREMA 
 
 
Fuente: Agencia de Protección Ambiental de los Estados Unidos de América (2018). 
18 
Más de la mitad de la exposición UV de la vida de una persona se produce durante 
la infancia y la adolescencia a causa de más oportunidades y tiempo de exposición. Esta 
exposición desempeña un papel importante en el desarrollo futuro de cáncer de piel. 
Desde 2009 la Agencia Internacional de Investigación sobre el Cáncer (IARC), que es 
un grupo de trabajo de la Organización Mundial de la Salud (OMS), emitió una alerta 
internacional sobre los “peligros de la exposición inadecuada a los rayos ultravioleta 
proveniente tanto de la radiación solar como la emitida por dispositivos de bronceado 
(camas y lámparas) y otras sustancias peligrosas como el plutonio y ciertos tipos de radio” 
(THE SKIN CANCER FOUNDATION, 2009, p. 2). 
En el año 2006 “se trataron unas 2.152.500 personas por cánceres de piel no melanoma 
en los Estados Unidos de América” (ROGERS et al., 2010, p. 7), lo que “excedió todos los otros 
casos de cáncer calculados por la Sociedad Americana Contra El Cáncer durante ese año, que 
fue de cerca de 1,4 millones” (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2006, p. 2). Aunque los dos tipos 
de cáncer de piel no melanoma son las neoplasias malignas más comunes de todas, 
“representan menos de 0,1% de las defunciones de pacientes por cáncer. En cambio, el 
melanoma conforma solo 1% de los casos de cáncer de piel, pero es causa de la gran mayoría 
de las muertes” (ROGERS et al., 2010, p. 8). Para el año 2018 la Sociedad Americana Contra el 
Cáncer estimó un “aumento de 91,270 nuevos casos de este tipo de cáncer con 
aproximadamente el 10 % de muertes” (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2018, p. 1). 
En el 45 Congreso Nacional de Dermatología y Venereología desarrollado en 
Madrid, España en mayo de 2017 y organizado por la Academia Española de 
Dermatología y Venereología (AEDV), se dio a conocer que la “incidencia del cáncer de 
piel en España ha aumentado un 38 % en los últimos cuatro años, lo que supone un 
incremento de casi el 10 % anual y 600 muertes anuales” (ACADEMIA ESPAÑOLA DE 
DERMATOLOGÍA Y VENEREOLOGÍA, 2017, p. 3). 
Las estadísticas muestran que en general la incidencia del cáncer de piel ha 
tenido un aumento progresivo en los últimos 30 años y a pesar de que su mortalidad es 
baja con respecto a otros tipos de cáncer, produce efectos negativos sobre la salud física 
y mental en las personas. 
Ambiente e Saúde - 19 
El Programa Internacional de Intercambio sobre Dermatología (IDEP) y The Skin 
Cancer Foundation, patrocinan congresos en un entorno colaborativo en un intento por 
mejorar la comunicación internacional entre dermatólogos, donde se presenta la más 
reciente información sobre el manejo del cáncer de piel que incluye el diagnóstico, 
tratamiento, técnicas quirúrgicas y aspectos tan complejos como la prevención. Cuba ha 
sido sede en los años 2001 y 2014. 
Atendiendo al aumento progresivo de la incidencia de esta patología y a las alertas 
internacionales de su posible relación con algunos cambios en el clima, según los informes de 
los especialistas dedicados al tema, este artículo se propone como objetivo: reflexionar sobre 
el aumento de la incidencia del cáncer de piel en la provincia de Cienfuegos en Cuba y su 
relación con determinadas condiciones físico geográficas de la provincia y el comportamiento 
de algunas variables meteorológicas asociadas al desarrollo de este tipo de cáncer. 
Además, pretende dar constancia y continuidad al taller “Cambios en el clima y 
patologías de piel”, desarrollado en el Centro de Estudios Ambientales de la provinciade 
Cienfuegos en el año 2013 donde se reunieron y debatieron médicos, dermatólogos, 
geógrafos y otros especialistas, con una visión multidisciplinaria y atendiendo a la 
continuada preocupación de estos temas en la comunidad científica y población en general. 
 
DESARROLLO 
 
Caracterización de la provincia de Cienfuegos en Cuba 
 
La provincia de Cienfuegos se ubica en el centro sur de la isla de Cuba entre los 
22° 34’ y 21° 49’ de latitud norte y los 80° 17’ y 80° 06’ de longitud oeste. Limita al norte 
con las provincias de Villa Clara y Matanzas, al este con Villa Clara y Sancti Spíritus, al sur 
con el Mar Caribe y al oeste con la provincia de Matanzas (HERNÁNDEZ REY, 2016, p. 43). 
Predomina el relieve de llanura en las zonas occidental y central, ondulado hasta 
montañoso hacia el este con la presencia de las montañas de Trinidad donde se encuentra 
la “mayor elevación de la provincia y del centro de Cuba, el Pico San Juan, con 1140 m de 
altura sobre el nivel medio del mar” (OFICINA NACIONAL DE ESTADÍSTICAS E INFORMACIÓN 
DE CIENFUEGOS - ONEI, 2016, p. 16). Al sur el relieve está contorneado por el Mar Caribe, 
con costas abrasivas y acumulativas donde se destaca la “bahía de bolsa de Cienfuegos con 
un área de 88 Km2” (ONEI, 2016, p. 13). 
20 
Su “extensión superficial es de 4 188,61 km2 y es una de las tres provincias más 
pequeñas de Cuba con una población residente de 407 695 habitantes, que representa el 3,5% 
de la población total de la Isla” (ONEI, 2016, p. 13). Es la “tercera provincia más urbanizada del 
país” (DIRECCIÓN PROVINCIAL DE PLANIFICACIÓN FÍSICA DE CIENFUEGOS, 2017, p. 4). 
Las corrientes superficiales más importantes son los ríos Damují, Caunao, Arimao, 
Salado, San Juan, Hanábana, Yaguanabo, Hanabanilla, Cabagán y Río Hondo. 
Predominan los “suelos pardos con y sin carbonatos” (ONEI, 2016, p. 23). 
Su clima responde a las “condiciones tropicales de Cuba, modificado por la 
influencia de las masas de aguas oceánicas, la latitud y la altitud. Tiene definidos dos 
períodos: uno fresco y poco lluvioso entre noviembre y abril y otro caliente y lluvioso de 
mayo hasta octubre” (HERNÁNDEZ REY, 2016, p. 45). 
Presenta comportamientos climáticos diferentes en dependencia de las características 
físico geográficas, lo cual permite distinguir tres zonas: la del macizo montañoso, la zona 
costera y la del centro interior, con manifestaciones de continentalidad. 
Los “sectores económicos fundamentales son el agropecuario, el industrial y los 
servicios” (DIRECCIÓN PROVINCIAL DE PLANIFICACIÓN FÍSICA DE CIENFUEGOS, 2017, p. 5). 
En la industria se destaca una refinería de petróleo con la mayor capacidad de 
procesamiento existente en Cuba, una fábrica de cemento y una termoeléctrica. 
El uso de la tierra presenta la siguiente estructura: “74,4 % de la superficie total 
es agrícola y de ésta se destina el 22,0 % a la caña de azúcar, el 40,8 % a pastos y forrajes 
y el 13,1 % a cultivos temporales. La superficie forestal representa el 17,5 % y la acuosa 
el 2,2 % de la superficie total” (DIRECCIÓN PROVINCIAL DE PLANIFICACIÓN FÍSICA DE 
CIENFUEGOS, 2017, p. 20). 
“La provincia tiene ocho municipios con 267 asentamientos humanos de los cuales 
41 son urbanos y el resto rurales” (DIRECCIÓN PROVINCIAL DE PLANIFICACIÓN FÍSICA DE 
CIENFUEGOS, 2017, p. 4). La capital provincial es la ciudad de Cienfuegos. 
 
Tendencias del clima en Cuba y Cienfuegos 
 
Según el Informe Impacto del Cambio Climático y Medidas de Adaptación en Cuba 
presentado por el Instituto Nacional de Meteorología de Cuba, “se ha observado un 
incremento en la temperatura superficial del aire (0.9° Celsius) desde mediados del siglo 
XX, lo que pudiera respaldar la afirmación que, en Cuba el clima se ha vuelto más cálido 
(PLANOS et al., 2012, p. 2). 
Ambiente e Saúde - 21 
Además, el Informe fundamenta una posible ocurrencia de un proceso de 
redistribución de las precipitaciones durante el año, revelando que “desde finales de la 
década de los años de 1970, se ha producido un ligero, pero continuo aumento de las 
anomalías positivas y una tendencia al aumento de las precipitaciones en el período 
estacional poco lluvioso” (PLANOS et al., 2012, p. 5). “Los eventos de sequía registraron un 
significativo incremento de su frecuencia de ocurrencia en el período 1961-1990 con 
respecto al 1931-1960” (PLANOS et al., 2012, p. 6). Lo que ha mantenido su continuidad en 
los persistentes eventos de sequía que afectaron la mitad oriental del país desde principios 
de los años 90 hasta el presente. 
Otro dato interesante que resalta el Informe y considera una de las más peligrosas 
variaciones observadas en el clima de Cuba en los años recientes ha sido la “ocurrencia de 
siete huracanes intensos desde el año 2001, cifra que no se había registrado en ninguna 
década desde 1791 hasta el presente” (PLANOS et al., 2012, p. 7). 
La radiación solar incidente en la isla de Cuba es alta, debido a su ubicación 
geográfica intertropical y a su configuración latitudinal y estrecha, teniendo poca variación 
interna, solo influenciada por peculiaridades locales, el grado de exposición de las 
pendientes o la interacción con otros elementos meteorológicos como la nubosidad. 
En la Figura 3 se observa el comportamiento de la radiación solar global para la 
provincia de Cienfuegos en tres puntos de medición, Aguada de pasajeros (AG), Cienfuegos 
(CF) y Delfinario, referido a la zona de playa en la costa sur de la provincia, también puede 
encontrarse con el nombre de Rancho Luna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
Figura 3. Comportamiento anual de la radiación solar global en Cienfuegos 
 
 
Fuente: Barcia (2013). 
 
Estas tendencias en el clima se reflejan en la provincia de Cienfuegos a través de un 
“aumento de la temperatura media anual del aire” (BARCIA, 2013, p. 7) como puede 
observarse en la Figura 4, según los registros de sus estaciones meteorológicas. 
 
Figura 4. Tendencia de la temperatura media anual del aire. Período 1977-2010 
 
Cienfuegos Aguada de Pasajeros 
 
Fuente: Barcia (2013). 
 
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Ambiente e Saúde - 23 
En la serie de valores anuales de precipitación para la provincia de Cienfuegos se 
revela que “desde inicios de los años 90 del siglo XX, se ha producido un ligero, pero 
continuo aumento de las anomalías positivas” (BARCIA, 2013, p. 11) como puede 
observarse en la Figura 5. 
 
Figura 5. Anomalías de precipitaciones anuales en la provincia de Cienfuegos. Período 1967-2010 
 
 
Fuente: Barcia (2013). 
 
 
En el análisis por períodos estacionales (poco lluvioso y lluvioso) se puede observar 
que el valor del estadígrafo es positivo en el caso del período seco, comportamiento 
fuertemente condicionado por las variaciones de los meses de noviembre y diciembre, los 
cuales manifiestan las tendencias positivas más importantes. Las mayores disminuciones 
se concentran en el bimestre mayo-junio (Figura 6), el más lluvioso del año. Este ha sido un 
comportamiento recurrente en los últimos años y uno de los elementos que más ha influido 
en los eventos de sequía meteorológica recientes. 
 
 
 
 
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Figura 6. Anomalías de precipitaciones en el bimestre mayo-junio en la provincia de Cienfuegos. 
Período 1967-2010 
 
 Mayo 2004 Mayo 2010 
 
 Junio 2004 Junio 2010 
 
 
Fuente: Barcia (2013). 
 
Riesgos de la exposición al sol en Cienfuegos. Fotoprotección 
 
La existencia de las montañas de Trinidad al este de la provincia con una altitud 
superior a los 1000 m snmm y de una amplia zona costera, son elementos naturales que 
favorecen la exposición a la radiación solar ultravioleta (UV) por gran parte de la población 
de la provincia de Cienfuegos, lo que combinado con elementos culturales como son la 
tradición de baño en las playas, la exposición laboral al sol, principalmente en actividades 
agrícolas, así como la insuficiente divulgación sobre los daños de la radiación UV a la piel y 
la poca educación ambiental y de salud relacionadas con estos temas, inciden en el 
aumento del riesgo de padecer cáncer de piel. 
Ambiente e Saúde - 25 
En la Figura 7 se muestra el índice de UV horario y por meses del año en la zona de 
la playa Rancho Luna, balneario natural de la provincia de Cienfuegos, con gran asistencia 
de público principalmente en los meses de verano. Como se observa, el índice de UV se 
mantiene alto durante todo el año en el horario entre las 11:00 y las 14:00 horas. 
 
Figura 7. Comportamiento del índice de UV. Playa Rancho Luna. 
Período 2008-2010 
Fuente: Barcia (2013). 
 
Esta situación; unida a la tendente disminución anual de la nubosidad media diurna 
(Figura 8) en tres puntos de la provincia, Cienfuegos, representativo del centro sur costero; 
Aguada de Pasajeros, representativo de la llanura oeste y Topes de Collantes, 
representativo de la zona montañosa de la provincia; constituye una alerta para las 
autoridades sanitarias y un reto para la promoción de la salud en función del conocimiento 
de las personas para evitar la exposición innecesaria al sol y los riesgos a la salud. 
 
 
 
 
 
 
26 
Figura 8. Tendencia de la nubosidad media diurna anual. Período 1977-2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fuente: Barcia (2013). 
Cienfuegos
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Ambiente e Saúde - 27 
 
Según el Anuario Estadístico de Salud de Cuba 2017 la mayor tasa de incidencia de 
cáncer en la isla para ambos sexos y principales localizaciones corresponde al cáncer de piel 
y las “tasas brutas por 100 000 habitantes para el año 2014 eran de 104.3 para el sexo 
masculino y de 92.6 para el femenino con tendencia al aumento con respecto a los años 
anteriores” (MINISTERIO DE SALUD PÚBLICA DE CUBA, 2017, p. 102). 
Esta situación se repite en la provincia de Cienfuegos donde también está en primer 
lugar el cáncer de piel según la incidencia entre las principales localizaciones y para ambos 
sexos (SUÁREZ, 2013, p. 19). En el año 2013 la “tasa bruta por 100 000 habitantes para el 
sexo masculino fue de 181.7” y para el “femenino de 169.9 superiores a las tasas para 
Cuba” (CUETO-EDUARDE et al., 2018, p. 18). 
Según Cabrera et al., (2013, p.7) el “cáncer de piel es el más frecuente de todos los 
cánceres, el daño solar es acumulativo y el 50% ocurre antes de los 18 años de edad” por 
lo que es tan importante las prácticas y actitudes saludables desde edades tempranas que 
permitan reducir los riesgos y prevenir esta enfermedad. 
Cualquier persona puede padecer de cáncer de piel, pero tienen mayor riesgo las 
personas “con piel muy clara, pelo rubio o pelirrojo y ojos claros; las que se queman con 
facilidad; las que llegan a tener 50 o más lunares, las personas con exposición solar 
considerable; las que tienen antecedente de quemaduras solares en la infancia y las que 
tienen antecedentes familiares de cáncer de piel” (CABRERA et al., 2013, p. 8). 
Para los estudios se han establecido tres patrones de exposición solar (CABRERA 
et al., 2013, p. 6): 
- Exposición solar crónica: expresada a través de las profesiones que exponen al 
individuo de forma crónica y casi a diario al sol. 
- Exposición solar intermitente: se expresa fundamentalmente a través de la práctica 
de hobbies donde existe exposición solar en algunos períodos del año o de forma discontinua. 
- Exposición solar aguda (quemadura solar): es la de máxima intensidad y se caracteriza 
por eritema intenso, inflamación y puede llegar a la formación de ampollas y vesículas. 
El Servicio de Dermatología en Cienfuegos (CABRERA et al., 2013) recomienda el uso de 
sombreros o gorras, lentes de sol y prendas de vestir confeccionadas con tejidos naturales que 
no obstruyan la transpiración; beber abundante líquido durante la exposición al sol; evitar las 
pulverizaciones de agua de mar ya que las gotas actúan como lupas sobre el cuerpo que 
28 
incrementan el efecto negativo de los rayos UV y posterior a la exposición solar se aconseja 
tomar una ducha con agua tibia e hidratar las partes expuestas con cremas y otros productos 
específicos; acudir al dermatólogo ante cualquier cambio en las pecas, lunares o aparición de 
manchas. Se debe tener extrema precaución con la exposición al sol durante el embarazo, en 
niños menores de 2 años de edad y si se está sometiendo a algún tratamiento con 
medicamentos susceptibles de causar reacciones de fotosensibilización. 
 
COMENTARIOS FINALES 
 
Existe preocupación en la comunidad científica internacional sobre los datos que 
apuntan a determinadas variaciones en el clima de la Tierra, su repercusión en la dinámica 
del planeta debe ser detalladamente estudiada como es el caso específico del impacto 
sobre la salud humana. 
Especialmente en la zona tropical, donde se ubica Cuba, es imprescindible la alerta 
sobre determinados cambios climáticos y su posible relación con el aumento de la 
incidencia de determinadas patologías como puede ser el cáncer de piel, donde existe una 
cultura indiscriminada de exposición al sol. 
Este artículo hace referencia a uno de los temas menos estudiados y donde las 
personas tienen menor percepción de riesgo. 
Fundamenta la alerta sobre la necesidad de prestar mayor atención e incentivar los 
estudios sobre la relación entre la exposición al sol y el incremento de la incidencia del 
cáncer de piel, con el ejemplo de la provincia de Cienfuegos en Cuba, situación que 
posiblemente se repita para otras regiones del país. 
 
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Ambiente e Saúde - 31 
C A P Í T U L O 2 
Saneamento ambiental e Leptospirose humana em Manaus/AM 
 
Ulliane de Amorim Pereira3 
Natacha Cíntia Regina Aleixo 4 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Conforme o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB, 2013), o Brasil dispõe 
como meta universalizar os serviços de saneamento, compreendendo o acesso por parte 
de todos no que tange aos bens produzidos na sociedade, sem distinção, abrangendo seus 
amplos aspectos, até o ano de 2030, atendendo aos requisitos prescritos na Lei 
11.445/2007, a qual institui a Política de Saneamento no país (BRASIL, 2007), assim como 
o disposto na Agenda 2030, apontada pela Organização das Nações Unidas (ONU), trazendo 
em seu sexto objetivo “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e 
saneamento para todos e todas”. 
A universalidade, por sua vez, deve compreender a integralidade dos elementos 
que compõem o saneamento, tais como, abastecimento de água potável, serviços e 
tratamento de esgoto, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, assim como 
drenagem e manejo das águas pluviais, haja vista que a disposição de infraestrutura implica 
diretamente na qualidade de vida da sociedade, o que abrange os aspectos da saúde. 
Tais aspectos consideram na avaliação da saúde pública não única e exclusivamente 
o ponto de vista do saneamento, fazendo-se necessário relacionar outros indicadores 
socioambientais com a ocorrência dos agravos à saúde, habitação, aspectos 
socioeconômicos, déficit de equipamentos urbanos, entre outros. 
Diante desse contexto, objetivamos analisar neste trabalho a relação do saneamento 
ambiental com o processo saúde-doença da leptospirose na cidade de Manaus. 
A cidade de Manaus foi selecionada em decorrência de seu aparecimento na lista das 
cem maiores cidades brasileiras em termos populacionais, analisadas em um estudo 
realizado pelo Instituto Trata Brasil em 2017, intitulado Ranking do Saneamento, com base 
em dados de 2015 do Sistema Nacional de Informações de Saneamento. 
 
3 Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E-mail: ullianeamorim@gmail.com 
4Doutora em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) campus Presidente Prudente e docente da 
Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E-mail: natachaaleixo@yahoo.com.br 
32 
A cidade de Manaus apresentou a posição 95ª, o que lhe confere uma precariedade 
quanto à disposição dos serviços de saneamento, principalmente no que diz respeito a 
tratamento de água e esgoto, requisitos analisados na pesquisa citada. Apresentando-se, 
assim, no rol das cem maiores cidades brasileiras entre as dez piores em serviços de 
saneamento ambiental. 
Em consonância à disposição dos serviços de saneamento, para a realização deste 
trabalho optou-se por estudar a leptospirose, compreendendo esta doença como 
consequência da precariedade do saneamento ambiental nas cidades, dentre outros fatores. 
O saneamento é definido pela Organização Mundial da Saúde como o “controle de 
todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos 
deletérios sobre seu estado de bem-estar físico, mental ou social” (OMS apud HELLER, 
1998). Esta conceituação abrange aspectos ambientais e de saúde, os quais estão 
intimamente relacionados com a disposição do saneamento ambiental.Kobiyama et al. (2008) apresentam a definição de saneamento como “o conjunto 
de serviços e ações com objetivo de alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, 
nas condições que maximizem a promoção e a melhoria da qualidade de vida no meio 
urbano e rural”. 
O saneamento ambiental engloba a sanidade das habitações, seu entorno e as 
condições de saúde da sociedade em geral, o que demonstra abordar uma escala mais 
ampla que o saneamento básico. Segundo Kobiyama et al. (2008), o saneamento ambiental 
“consiste não só nos serviços enumerados no saneamento básico (abastecimento de água, 
esgotamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos e de águas pluviais), mas também no 
que diz respeito ao controle de doenças, garantindo a saúde pública”. 
Em contrapartida, Souza (2002) nos apresenta que não necessariamente o 
saneamento básico deve ser tratado única e exclusivamente no seu sentido técnico, “mas 
compreendido no conjunto das dinâmicas da produção socioespacial da cidade em face das 
precárias condições de vida da maioria da população”. Condições de vida estas que hão de 
embasar planejamentos e ações públicas em tomadas de decisões no que tange à 
universalização dos serviços de saneamento, considerando as peculiaridades e nuances da 
urbanização e espacialização da cidade. 
Haja vista que a cidade é socialmente produzida, compreendendo uma 
diversidade na sua desigualdade, o que deve ser considerado no ato de pensar o processo 
saúde-doença. 
Ambiente e Saúde - 33 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Os dados utilizados para caracterização do cenário de saneamento ambiental na 
cidade de Manaus foram coletados do banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), com base no censo demográfico realizado no ano de 2010. Também 
foram realizadas visitas à sede da Manaus Ambiental, empresa responsável pelo 
abastecimento de água e esgoto para obtenção de informações sobre a cobertura e os 
serviços na cidade. 
Também foram coletados os dados da patologia leptospirose, no portal do 
DATASUS, referentes às internações hospitalares do período de 2010 a 2015. Os dados 
foram tratados estatisticamente com técnicas descritivas: máximo, mínimo, média e 
coeficiente de incidência do período de 2010 a 2015. 
Tanto as variáveis de saneamento ambiental: água, esgoto e resíduos sólidos, como 
da população residente, foram mapeadas por bairro5. 
Foi calculada a taxa das variáveis por bairro (total/domicílios do bairro ou a 
população) e delimitados os índices pela técnica dos quartis em quatro classes, sendo o 
quartil 1 definido como condições ruins, quartil 2 regular, quartil 3 médio, e quartil 4 boas 
condições de saneamento. 
A escala espacial por bairro foi utilizada em decorrência da disponibilidade de dados 
pelo IBGE e dos dados das internações referirem-se ao CEP da residência da população 
internada e com isso agrupado ao bairro, uma vez que o mesmo CEP engloba vários quarteirões 
de uma mesma rua/avenida. Com isso, foi calculada a taxa de incidência da doença 
leptospirose, utilizando o total de internações por bairro no período a cada cem mil habitantes. 
Nos bairros que apresentaram condições de deficiência de saneamento e maior 
incidência da doença, foram realizados trabalhos de campo nos meses de janeiro a 
março de 2018, para verificar criticamente as condições socioambientais das áreas pelo 
olhar geográfico. 
 
5 A presente pesquisa solicitou, porém, não obteve os dados de inundações urbanas e alagamentos na Defesa 
Civil do período, limitando a análise dessa associação com a espacialidade da doença. Conforme a instituição, 
os dados são agrupados na área urbana, sem incorporar as diferenças entre alagamentos, enchentes e 
inundações, dessa maneira, poderiam indicar constatações limitadas à baixa qualidade dos mesmos para 
correlacionar a leptospirose. 
34 
A urbanização e o saneamento ambiental em Manaus/AM 
 
Pensar a perspectiva do processo saúde-doença implica pensar o processo de 
urbanização ocorrente nas cidades, que exige planejamento e infraestrutura adequada 
às condições de moradia, acesso aos serviços de saúde e saneamento. O Brasil, 
atualmente, constitui-se em um país urbano com pouco mais de 85% de sua população 
total vivendo em cidades, conforme dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE). 
Segundo Ab’Saber (1999, p. 54), “esse dado aponta para um grande desafio a ser 
enfrentado por governantes no fim desse século e início do próximo milênio”, pois, 
conjuntamente a formação dos grandes centros urbanos no âmbito das cidades, atrelou-
se a intensificação dos problemas socioambientais. Sendo eles relacionados às 
desigualdades sociais, que tão marcadamente caracterizam o espaço geográfico, tais como 
habitação precária, subemprego, educação, fragilidade ou inexistência de saneamento 
básico e saneamento ambiental, dentre outros, que compõem o metabolismo urbano no 
âmbito das cidades. 
Manaus, a partir da década de 1970, conforme os dados censitários apresentados pelo 
IBGE (Quadro 1) apresentou crescimento populacional residente constante em consonância 
com o número de domicílios e a expansão territorial urbana. O contexto encontra-se atrelado 
à instalação da zona franca no final da década de 1960, a qual é responsável pela 
configuração espacial de novos bairros, imprimindo instalações de residências nos mais 
diversos terrenos ambientalmente fragilizados da cidade, as quais necessitavam de expansão 
de infraestrutura, o que não ocorreu na mesma intensidade. 
 
Quadro 1 - Dados censitários relacionados à série histórica que representam o crescimento populacional 
ocorrente na cidade de Manaus a partir da década de 1960 
 
Ano População residente N° de domicílios Densidade demográfica 
1960 175.343 - - 
1970 311.622 52.053 - 
1980 633.383 118.375 - 
1996 1.154.330 - - 
2000 1.405.835 326.837 123,23 hab./km 
2007 1.646.602 - - 
2010 1.802.014 460.767 158,06 hab./km 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, @Cidades censo séries históricas. 
Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/v3/cidades/municipio/1302603/pesquisa/43. Acesso em: 26 dez. 2016. 
Ambiente e Saúde - 35 
Diante deste contexto, para além das áreas periféricas que já marcavam a paisagem 
urbana de Manaus, agora como moradias da classe média, têm-se na cidade a construção 
de edifícios residenciais marcando o início do seu processo de verticalização. 
Esse crescimento demográfico ocorrente em Manaus relaciona-se com o êxodo 
rural do próprio Estado e ainda em migrações intra/inter-regionais, para as quais as pessoas 
vêm para a cidade em busca de emprego nas indústrias atraídas especialmente pela Zona 
Franca (LAVIERI; LAVIERI, 1999 apud NOGUEIRA et al., 2007): 
 
No final da década de 70 do século XX, começa a expansão para as zonas 
administrativas Leste e Norte, seja por ocupações regulares e/ou irregulares, o 
uso do solo tornou-se mais estratificado e as novas ocupações que foram se 
formando na cidade já surgiram bem mais marcadas pelo nível de renda dos seus 
habitantes. (LAVIERI; LAVIEREI, 1999 apud NOGUEIRA et al., 2007, p. 35 e 44). 
 
Com a fragilidade da infraestrutura urbana da cidade, uma significativa parcela da 
população migrante passou a residir em domicílios precários, sem serviços básicos de 
saúde e saneamento, o que contribuiu para o impacto na qualidade de vida dessas pessoas 
e intensificação dos problemas socioambientais urbanos em Manaus. 
Pois a grande massa dessa população acaba por residir nos locais condizentes com 
seus poderes aquisitivos. Sendo esses locais ambientalmente fragilizados, comportando 
uma população socialmente vulnerável, estando esta nas margens dos igarapés, nos fundos 
de vale, nas encostas, dentre outros ambientes. 
Conforme apontado por Oliveira (2003), não foram criados na cidade de Manaus 
alternativasque dessem conta de garantir as mínimas condições de vida do grande 
contingente de população que migrou para a cidade após a implantação da Zona Franca. 
A precariedade dos serviços públicos urbanos na cidade de Manaus mediante esse 
contexto tornou-se mais visível e presente no cotidiano da sociedade, agora acompanhado 
de diversos problemas socioambientais, pois a cidade não detinha infraestrutura adequada 
para recepcionar tal demanda demográfica, o que implicou no aumento substancial da 
espacialidade da cidade, que ocorreu sem planejamento adequado. 
Dentre os impactos socioambientais ligados ao saneamento potencializou-se neste 
período a poluição dos igarapés urbanos (Figura 1), que, segundo Nogueira et al. (2007), 
“foi ocasionado pela dinâmica da expansão da cidade”. 
36 
Figura 1 - Margem do igarapé paulatinamente ocupado por residências e embarcações, passando a receber 
em seus cursos d’água resíduos domésticos e outros efluentes advindos com o processo de urbanização 
sem planejamento e ação pública, fazendo-se necessária a coleta dos resíduos via balsa em decorrência da 
expressiva quantidade de material a ser coletado 
 
 
 
Fonte: Nogueira (2017). 
 
A sanidade do ambiente urbano, em decorrência da urbanização não planejada, 
encontra-se comprometida em decorrência do modo de vida desigual instituído na 
produção do espaço urbano da cidade, em que a parcela da sociedade menos abastada 
economicamente acaba por conviver com a poluição e degradação em seu cotidiano, o que 
implica diretamente no processo de saúde-doença dessa população que agora divide o 
espaço com as águas inservíveis dos igarapés, seja pelo descarte de esgoto sem o devido 
tratamento, seja pelo descarte de resíduos sólidos ou outros meios de contaminação. 
A propagação dos ambientes insalubres via contaminação dos igarapés urbanos na 
cidade de Manaus, onde estão canalizados os detritos urbanos, implica diretamente no 
abastecimento de água, no que concerne aos parâmetros adequados para o consumo 
humano, pois o serviço é delineado pela captação das águas do rio Negro, este que também 
é responsável pelo recebimento do deságue dos igarapés que delineiam a cidade. 
Fonseca et al. (1982, p. 275) desenvolvem uma análise identificando a poluição do 
rio Negro nas cercanias de Manaus, no fim da década de 1970, onde já se observou naquele 
momento a presença de bairros, como, por exemplo, Compensa, em que moradores 
construíram seus sanitários sobre um pequeno curso d’água, o que claramente implica na 
qualidade da água captada para abastecimento na cidade. O sistema de abastecimento de 
água de Manaus compõe-se de três Estações de Tratamento de Água (ETAs), as quais se 
encontram em constante operação (Figura 2) “e apesar de a captação de água para 
Ambiente e Saúde - 37 
tratamento e distribuição ser feita por tubos situados em regiões profundas, não 
impossibilita a sucção de, pelo menos, parte da massa contaminada tornando a purificação 
mais onerosa” (FONSECA et al., 1982). 
Diante desse contexto, segundo a concessionária Manaus Ambiental, responsável 
pela prestação de serviços de tratamento e disposição de água na cidade, explicitou que a 
cidade de Manaus em 2016 contava com uma rede de distribuição de 3.700 km de água, 
atendendo, assim, 96% da população residente na área urbana, onde 522.000 residências 
contavam com ligação de água, estimando-se, assim, que dois milhões de habitantes 
dispunham do atendimento. 
 
Figura 2 - Configuração do abastecimento atual de água na cidade de Manaus segundo a concessionária 
Manaus Ambiental, destacando as Estações de Tratamento responsáveis pelo abastecimento da cidade 
 
 
 
Fonte: Manaus Ambiental (2016, adaptado de PEREIRA, 2018). 
 
Contudo, vale ressaltar que os dados da concessionária Manaus Ambiental não vão ao 
encontro com o cotidiano vivenciado e noticiado em Manaus, assim como contradiz os dados 
das pesquisas realizadas pelo ITB (2013) e IBGE (2010), e, ainda, opõe-se também a realidade 
presenciada pelos moradores da cidade em seu cotidiano, que convivem com a precariedade 
dos serviços de saneamento, configurando o acesso deficiente à água potável e esgotamento 
sanitário em vários bairros da cidade, o que demonstra as desigualdades sociais implícitas na 
produção excludente do espaço urbano e que os riscos à saúde estão imbricados com as 
condições distintas e injustas de vulnerabilidade socioambiental da população. 
38 
Aportes do saneamento ambiental e impactos à saúde humana em Manaus/AM 
 
Com base no levantamento realizado pelo IBGE em Manaus, divulgado no censo de 
2010, identificou-se mediante um total 460.844 domicílios, que 347.822 beneficiam-se do 
abastecimento de água via rede geral de distribuição e 65.851 domicílios beneficiam-se do 
abastecimento de água via poço ou nascente na propriedade. 
Tal contexto apresenta a disposição dos serviços e suas respectivas instalações e 
funcionamento, identificando que sua espacialização não ocorreu de maneira uniforme na 
cidade, estando longe de contemplar a população como um todo, o que compromete a 
universalização dos serviços de saneamento almejados na política e pela sociedade, assim 
como acaba por ratificar a pesquisa realizada pelo ITB (2017). 
A falta de água potável disponível nas torneiras ao longo do dia, principalmente no 
que diz respeito às áreas periféricas do ambiente urbano manauara ainda são comumente 
identificadas nos principais noticiários da cidade, o que denuncia a instabilidade e 
precariedade da prestação dos serviços, implicando na identificação de que não foi seguido 
o padrão de crescimento e urbanização da cidade (Figura 3). 
Portanto, o acesso ao abastecimento de água na cidade de Manaus, não ocorrendo de 
maneira uniforme, constitui-se em um problema socioambiental à medida que muitos bairros 
da cidade ainda se encontram desassistidos quanto ao abastecimento de água potável regular. 
 
Figura 3 - Notícias comumente identificadas nos principais noticiários da cidade de Manaus, os quais 
demonstram a fragilidade e precariedade no sistema de abastecimento de água na cidade 
 
 
 
Fonte: Jornal Acrítica (Reportagem de Alik Menezes, em 17/04/2017). 
Ambiente e Saúde - 39 
O Mapa 1 apresenta qualitativamente o acesso à rede geral de distribuição de água 
por bairros na cidade de Manaus. 
 
Mapa 1 - Síntese da distribuição de água nos bairros de Manaus com acesso via rede geral de distribuição 
 
 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010). Org. Ulliane Amorim e Jean Campos (2017). 
 
A distribuição dos serviços de água encontra-se precária e em condições ruins nos 
bairros Colônia Antônio Aleixo (11), Cidade de Deus (9), Colônia Terra Nova (14), Distrito 
Industrial II (20), Gilberto Mestrinho (24) e Jorge Teixeira (27), ambos localizados nas zonas 
Norte e Leste da cidade, estas que são as atuais zonas de expansão da cidade. 
Com exceção do bairro de Flores (23), que fica localizado na zona Centro-Sul de 
Manaus, os demais bairros com índice ruim, apresentando precárias condições de acesso 
à água potável em Manaus, estão espacialmente localizados nas zonas Leste e Norte de 
Manaus. Com o inchaço urbano, as zonas Leste e Norte da cidade passam a ser 
expressivamente ocupadas, internalizando grandes impactos e níveis de degradação 
ambiental em seus territórios, estando desprovidas de condições adequadas de 
saneamento. E o descompasso na distribuição de água nesta área da cidade implica no 
armazenamento em vasilhames e outros meios, como escavações de poços tubulares, sem 
considerar os devidos critérios ambientais, os quais propagam maiores desdobramentos 
na saúde desta população. 
40 
O serviço apresenta-se com índice regular nos bairros Armando Mendes (4), 
Aleixo (2), Cidade Nova (10), São José Operário (55), Zumbi dos Palmares (63), dentre outros. 
A disposição do serviço apresenta melhora, paulatinamente, tornando-semediana 
nos bairros Redenção (47), Crespo (17), e Bairro da Paz (18), e tomando caráter de boa 
disposição nos bairros da Compensa (15); Dom Pedro (21); Planalto (41); Vila da Prata (62) 
e outros. Tais bairros, por sua vez, se constituem áreas centralizadas, sendo presididas por 
pessoas de melhores condições socioeconômicas, o que não exime a presença de 
desestruturas em seu interior. 
E, ainda, conforme identificou Oliveira (2011), em Manaus: 
 
As populações mais empobrecidas economicamente são as mais afetadas em 
relação à adoção da valoração econômica da água como parâmetro norteador das 
políticas públicas, sofrendo com os cortes de abastecimento e com o abandono no 
que diz respeito à ausência de investimentos. (OLIVEIRA, 2011, p. 185). 
 
A fragilidade implica na ínfima presença desses serviços no âmbito da cidade, os 
quais, mesmo com base legal para implantação e operacionalização, não abrange a 
sociedade em sua totalidade. 
Considerando a disposição dos serviços de esgotamento sanitário, drenagem e 
manejo das águas pluviais, observa-se uma precariedade mais intensa na cidade de 
Manaus, conforme apresenta o Mapa 2. Neste podemos observar, a partir da 
espacialização dos dados do censo (IBGE, 2010), quanto a situação do acesso aos serviços 
de esgotamento sanitário por bairros na cidade de Manaus. 
Dos 63 bairros da cidade de Manaus com base no Mapa 2, identifica-se que apenas 
11 bairros apresentam boa disposição do serviço de esgotamento sanitário, sendo eles o 
Centro (7), Nossa Senhora de Aparecida (33), Parque 10 de Novembro (39), Planalto (41), 
Nova Esperança (36), São Lázaro (56), São Jorge (54), Dom Pedro I (21), Nossa Senhora das 
Graças (34), Morro da Liberdade (32) e Santa Luzia (49). 
Dentre os bairros que apresentam uma condição mediana quanto ao acesso ao 
serviço, têm-se uma lista de 18 bairros. Dentre esses se tem o Nova Cidade (35), que se 
trata de um bairro planejado pelo Poder Público. 
A situação é precária ao que diz respeito ao acesso ao esgotamento sanitário, 
apresentando uma infraestrutura ruim e deficitária, e tal situação abrange mais 
expressivamente os bairros situados nas zonas Leste, Oeste e Norte da cidade. Zonas que, 
respectivamente, são aquelas de maior extensão e população. 
Ambiente e Saúde - 41 
Atualmente, a expansão da espacialidade da cidade na zona Norte, Oeste e Leste, 
principalmente, vem ocorrendo continuamente sem planejamento adequado, o que é uma 
preocupação, haja vista que a mesma não dispõe, em seu território, dos serviços de 
saneamento, apresentando precárias condições de infraestrutura, especificamente, nos 
bairros Santa Etelvina (48), Puraquequara (45), Tancredo Neves (58), Colônia Terra Nova 
(14), Cidade de Deus (9), Colônia Antônio Aleixo (11), Lago Azul (28), Jorge Teixeira (27), 
dentre outros identificados no Mapa 2. 
 
Mapa 2 - Espacialização dos bairros com acesso e respectiva situação de esgotamento sanitário na 
cidade de Manaus 
 
 
 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), org. Ulliane Amorim e Jean Campos (2017). 
 
 
Em detrimento da existência de rede coletora de esgoto na totalidade da 
espacialidade que compreende a cidade de Manaus, a sociedade acaba por utilizar a fossa 
séptica como meio de esgotamento sanitário. 
 
42 
Pereira e Aleixo (2018) verificaram que a precariedade nos serviços de saneamento 
ambiental em Manaus abrange a coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos. Em 
conjunto, a irregularidade no serviço de coleta nos bairros, a disposição em lixeiras 
“viciadas” de forma cumulativa por semanas sem coleta e o despejo inadequado de 
resíduos nos igarapés urbanos constituem-se na cidade fatores condicionantes de doenças. 
“A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos não ocorre de forma 
homogênea na cidade, sendo os sujeitos mais vulneráveis aos riscos decorrentes da disposição 
inadequada os que possuem menor poder aquisitivo” (PEREIRA; ALEIXO, 2018, p. 50). 
As precariedades, no que concerne à disposição dos resíduos sólidos urbanos, 
esgotamento sanitário e acesso à água potável na cidade de Manaus, configuram 
desdobramentos estruturais e na saúde da população de maior vulnerabilidade 
socioambiental. Dentre os principais acometimentos de doenças relacionadas às 
repercussões do déficit de infraestrutura e disposição dos serviços de saneamento 
ambiental na cidade, relacionamos o acometimento da leptospirose. 
A leptospirose é uma patologia que possui como transmissor principal nos centros 
urbanos o rato (Rattus norvegicus conhecida como ratazana de esgoto). Os cães também 
participam da cadeia de transmissão da doença, segundo Oliveira et al. (2009), pois, quando 
infectados, podem eliminar leptospiras por meio da urina durante meses, sem apresentar 
sintomas. E, ainda, “após o contágio da bactéria leptospira, o período de incubação para o 
aparecimento dos primeiros sintomas pode levar até 30 dias, com média de 7 a 14 dias. Os 
sintomas podem variar desde um processo inaparente até formas graves. A manifestação da 
doença pode ser dividida em dois subtipos, a anictérica e a ictérica” (ALEIXO, 2012, p. 118). 
Quanto ao risco de adquirir a doença, Oliveira et al. (2009) afirmam que “ficou 
evidenciado entre as pessoas que residiam a menos de 20 metros de esgoto aberto, 
confirmando a importância da localização da residência em áreas com precárias 
condições de saneamento”. 
Soares et al. (2014) também chamam a atenção para os agravantes e 
condicionantes da ocorrência da doença, os quais, segundo os autores, estão ligados ao 
déficit de “sistema de tratamento pluvial e de redes de esgotos adequados, bem como uma 
coleta de lixo periódica, a leptospirose apresenta-se em nível bastante acentuado nas 
populações, uma vez que os vetores da doença encontram nestas ambientes condições 
propícias para se proliferarem”. 
Ambiente e Saúde - 43 
Ressalta-se que a vacina humana da leptospirose existe em alguns países, mas ainda 
não é muito segura, sendo que mais pesquisas precisam ser desenvolvidas para 
comprovação e segurança na utilização (FMUSP, 2013). No Brasil, apesar de se apresentar 
como um grave problema de saúde pública, a vacina é inexistente. Apenas é utilizada a 
vacina para animais como bovinos, suínos e cães que podem ser vacinados todos os anos 
para se prevenir da doença (FIOCRUZ, 2017). 
Com base na análise das condições de saneamento na cidade de Manaus, 
abrangendo principalmente o abastecimento de água potável e o esgotamento sanitário, 
verificando disposições precárias à população, fez-se o levantamento no banco de dados 
do DATASUS do total de 176 casos de internações no período de 2010-2015, que foram 
espacializados por bairro, inserindo a taxa de incidência de internação (número de 
casos/população) por leptospirose em Manaus, identificando assim os bairros mais 
acometidos pela doença, conforme exposto no Mapa 3. 
Considerando a temporalidade total analisada nesta pesquisa, dos anos de 2010 a 
2015, a taxa de incidência de internações por leptospirose em Manaus, conforme 
apresentado no mapa 3, delineou-se em todas as zonas da cidade, com maior 
expressividade nas zonas Sul e Oeste de Manaus seguida da zona Leste. 
 
Mapa 3 - Taxa de incidência de internações por leptospirose em Manaus (2010-2015) 
 
 
 
Fonte: DATASUS (2010-2015). Org. Ulliane Amorim e Jean Campos (2018). 
 
44 
Durante o período analisado, os bairros com maiores taxas de incidência de 
internações por leptospirose em Manaus, foram Distrito Industrial I (19), Morro (32), 
Raiz (46), Educandos (22), São Raimundo (57), Presidente Vargas (44), São Jorge (54), 
Tarumã-Açu (60) e Zumbi (63). 
As ocorrências de leptospirose presentes na zona Sul da cidade de Manaus estão 
ligadas às ocorrências de alagamentos e transbordamentos configurados nos igarapés 
urbanos presentes nessas áreas da cidade, os quais se encontram poluídos com resíduos

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