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- Agosto de 2000 -
Antonio Tadeu Lyrio de Almeida
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
ÍNDICE
PARTE I: FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES 2
RESUMO 2
1.0 - INTRODUÇÃO 2
2.0 – PROJETOS 2
3.0 - MONTAGENS 3
4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES 3
5.0 - REPROJETOS 4
6.0 - MANUTENÇÃO 4
7.0 - ORÇAMENTOS 5
9.0 – TERMINOLOGIA USUAL 5
10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES 5
11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS 6
12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS 7
13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7
CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OU
COMERCIAL 8
RESUMO 8
1.0 - INTRODUÇÃO 8
2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO 8
3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL 9
4.0 – ENTRADA COLETIVA 10
5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) 12
6.0 – FUSÍVEIS 13
7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG” 13
8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA
(FI) 14
9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS 15
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
10.0 – CONDUTOS 17
10.1 – ELETRODUTOS 17
10.2 – BANDEJAS 18
10.3 - ELETROCALHAS 19
10.4 - CANALETAS 19
11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS 19
12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS 21
14.0 – CHAVES-BÓIA 22
15.0 – CLITES OU ROLDANAS 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS 24
RESUMO 24
1.0 - INTRODUÇÃO 24
2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS 25
3.0 – LÂMPADAS 27
3.1 – LÂMPADAS INCANDESCENTES 27
3.2 - LÂMPADAS DE DESCARGA 28
3.2.2 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – BAIXA PRESSÃO 29
3.2.3 - LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO 29
3.2.4 - LÂMPADA MISTA 30
3.2.5 - MULTIVAPOR METÁLICO 30
3.2.5 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – ALTA PRESSÃO 31
4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 31
4.1 – SOQUETES 31
4.2 - PLAFONIERS 31
4.3 - LUMINÁRIAS 31
5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO 33
5.1 – INTERRUPTORES SIMPLES 33
5.2 – INTERRUPTORES PARALELOS (THREE-WAY) 33
5.3 – INTERRUPTORES INTERMEDIÁRIOS (FOUR-WAY) 33
5.4 – MINUTERIA 33
5.5 INTERRUPTOR HORÁRIO 34
5.6 – VARIADOR OU CONTROLADOR DE LUZ 34
5.7 – SENSOR DE PRESENÇA 34
5.8 – RELÉ FOTOELÉTRICO 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
PARTE II: PROJETOS DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS 37
RESUMO 37
1.0 - INTRODUÇÃO 37
2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO 37
3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 38
3.1 – OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES 38
3.2 – SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES 39
3.3 - QUANTIFICAÇÃO DO SISTEMA 40
3.5 - DETERMINAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO: 40
3.4 – DIAGRAMAS EM PLANTA 40
3.5 – ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DOS CIRCUITOS 41
3.6 - QUADROS DE CARGA E DIAGRAMAS UNIFILARES 41
3.7 – DESENHOS COMPLEMENTARES 41
3.8 - MEMORIAL DESCRITIVO 43
3.9 - MEMORIAL DE CÁLCULO: 43
3.10 - RELAÇÃO DE MATERIAIS 44
3.11 - ART 44
3.12 - ANÁLISE DA CONCESSIONÁRIA 44
3.13 - REVISÃO DO PROJETO (SE NECESSÁRIO) 44
3.14 - APROVAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA 44
4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO 44
5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46
CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS 47
RESUMO 47
1.0 - INTRODUÇÃO 47
2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO 47
3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS 48
4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO 48
4.1 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 48
4.2 – TOMADAS DE USO GERAL 48
4.3 – TOMADAS EM COZINHAS, COPAS, COPAS-COZINHAS, ÁREAS DE SERVIÇO E LAVANDERIA 48
5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS 48
5.1 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS COMERCIAIS OU LOCAIS ANÁLOGOS 48
5.2 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM LOJAS 49
6.0 – AR CONDICIONADO 49
7.0 – OUTRAS CARGAS 49
8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA 49
9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS 49
10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS 49
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES 50
11.1 – CARGAS DE ILUMINAÇÃO 50
11.2 – TOMADAS DE USO GERAL 50
11.3 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 50
11.4 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS 50
12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51
CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS 52
RESUMO 52
1.0 - INTRODUÇÃO 52
2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS 52
3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS 53
4.0 – QUADRO DE CARGAS 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53
CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS 54
RESUMO 54
1.0 - INTRODUÇÃO 54
2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS 54
3.0 - SIMBOLOGIA 54
4.0 - COMANDO DE LAMPADAS 56
5.0 - TOMADAS 58
6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA 59
NOTA IMPORTANTE 59
CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA 60
RESUMO 60
1.0 - INTRODUÇÃO 60
2.0 – EXEMPLO 60
CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS
CIRCUITOS INTERNOS 66
RESUMO 66
1.0 - INTRODUÇÃO 66
2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 66
2.1 – BITOLAS MÍNIMAS 66
2.2 – DETERMINAÇÃO DAS BITOLAS 66
2.3 – BITOLAS DOS CONDUTORES DO NEUTRO E TERRA 67
3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 67
4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG) 69
RESUMO 69
1.0 - INTRODUÇÃO 69
2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 69
3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS 69
4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 71
5.0 – ENTRADAS COLETIVAS 74
6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS 76
6.1 – DEMANDA DO CONDOMÍNIO 76
6.2 – DEMANDA DAS LOJAS 77
6.3 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 120 M2 77
6.4 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 240 M2 77
6.5 – DEMANDA TOTAL DOS APARTAMENTOS 78
6.6 – DEMANDA TOTAL DO EDIFÍCIO 78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 78
CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG) 79
RESUMO 79
1.0 - INTRODUÇÃO 79
2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO 79
3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 79
4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 80
4.1 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA IGUAL OU INFERIOR A 95 KVA 80
4.2 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 95 E 245 KVA 80
4.3 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 245 E 1.500 KVA 80
4.4 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA SUPERIOR A 1500 KVA 80
4.5 - EDIFICAÇÕES COM UNIDADE(S) CONSUMIDORA(S) COM CARGA INSTALADA SUPERIOR A 75 KW 80
4.6 - EDIFICAÇÕES AGRUPADAS (AGRUPAMENTOS) 80
5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO 80
5.1 - TIPO A:. FORNECIMENTO DE ENERGIA A 2 FIOS (FASE-NEUTRO) 80
5.2 - TIPO B: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 80
5.3 - TIPO C: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 80
5.4 - TIPO D: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 81
5.5 - TIPO E: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 81
5.6 - TIPO F: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 FASES-NEUTRO) 81
5.7- TIPO H: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81
5.8 - TIPO I: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81
5.9 - TIPO J: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81
6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO 82
7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA 82
8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 82
9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
PARTE I:
FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 2
CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES
"Não importa a cor do gato. O que importa é que ele cace ratos"
Deng Xiiaoping
RESUMO
O objetivo deste texto é o de apresentar os vários
aspectos relacionados com o desenvolvimento de um
projetos, montagens, vistorias/inspeções e manutenção
de instalações elétricas residenciais ou comerciais. Além
disto, são fornecidos e analisados diversos termos do
jargão técnico empregados no setor.
1.0 - INTRODUÇÃO
As atividades técnicas básicas relativas a uma
instalação elétrica são:
 Projetos;
 Montagens;
 Vistorias e inspeções;
 Reprojetos; e,
 Manutenção.
O engenheiro, em geral, é o responsável final
por tais atividades em uma empresa ou trabalhando como
autônomo. Desta forma, existe uma dimensão ética e
moral envolvida, às quais são contempladas pelo Código
de Ética Profissional estabelecido pelo Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura (CONFEA) e pelos
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura
(CREA’s).
Alguns aspectos importantes estão envolvidos
nesta questão, destacando-se que o profissional deve:
a) procurar executar totalmente sua atividade,
buscando completo êxito para as suas soluções;
b) inovar constantemente, procurando aplicar novas
e melhores técnicas;
c) aperfeiçoa-se e atualizar-se continuamente;
d) possuir responsabilidade profissional, mantendo
confidenciais, se assim exigido pelo empregador
ou cliente, as idéias, processos, técnicas ou
conhecimentos;
e) orientar, transmitir conhecimentos e assegurar as
melhores condições de trabalho e segurança aos
seus subordinados.
Observa-se que as atividades profissionais deve ser
registrada no CREA, através de um documento próprio
denominado Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART). O CREA, então, verifica se há, realmente, a
habilitação necessária para a especialidade exercida e, em
caso positivo, fará a respectiva anotação que passará a
constar do Acervo Técnico do profissional.
Com a ART, o profissional será, na forma da
legislação em vigor, o responsável total pela atividade
desenvolvida.
É importante esclarecer que o CREA é um órgão
de defesa da sociedade contra os maus profissionais. A
defesa de interesses de engenheiros deve se realizada por
Associações e Sindicatos.
Em cada estado em que o profissional atuar,
diferente daquele onde se formou, deve procurar o CREA
correspondente para o visto em sua Carteira de Registro
Profissional para poder exercer normalmente suas
atividade.
2.0 – PROJETOS
Projetar uma instalação elétrica para qualquer
tipo de prédio ou local, consiste basicamente em
escolher, dimensionar e localizar de maneira adequada os
equipamentos e outros componentes necessários,
proporcionando a transferência de energia elétrica desde
uma fonte até os pontos de utilização. Acrescente-se que,
em termos mais modernos, tal transferência deve ser
realizada com as menores perdas possíveis.
Durante a fase de concepção do projeto de uma
instalação elétrica, cabe ao projetista o trabalho criativo,
onde deverá imaginar como serão os seus usuários, quais
os seus comportamentos e que tipo e particularidades
que comporão o ambiente com o qual conviverão.
A seguir, o projetista entra na fase técnica, onde
ele avalia quais são as melhores opções para
implementar a instalação com as características
imaginadas no processo de concepção. Nesta etapa, é
necessário adotar-se soluções de compromisso entre os
vários fatores envolvidos, pois, nem sempre, eles são
compatíveis entre si. São exemplos, a segurança, a
economia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também, o
uso racional da energia elétrica.
A preocupação com este último aspecto,
incluindo as sempre presentes elevações tarifárias e a
adequação às novas normalizações, implica em uma
procura contínua de metodologias. É preciso conhecer,
diagnosticar a realidade energética, para então estabelecer
as prioridades, implantar os projetos de melhoria e de
redução de perdas, e acompanhar seus resultados, em um
processo contínuo. Esta abordagem é válida para
instalações novas como premissa básica ou, nas
existentes, em caráter corretivo.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 3
Quanto à competência profissional, o CREA-
MG, seguido pela maioria do outros CREA’s, estabelece
que o engenheiro eletricista pode ser responsável pela
elaboração e execução de qualquer projeto de instalações
elétricas, sem restrições quanto à carga, tensão ou
condição de trabalho.
Entretanto, inexplicavelmente, projetos em baixa
tensão para fins residenciais, com carga total instalada
não superior a 50 kW, desde que a força motriz, já
incluída neste limite, não ultrapasse 10 c.v. podem ser
executados por engenheiros civis e arquitetos que
possuam as atribuições dos artigos 28 e 30 do Decreto
Federal n0 23.569/33 de 11/12/1933.
Ainda mais incrível, é que, de acordo com a lei
n0 5.524 de 06/01/1968 e Decreto n0 90.922, de
06/02/1985, os técnicos industriais de nível médio podem
se responsabilizar pela elaboração e execução de projetos.
Ainda, conforme o citado decreto, os técnicos em
eletrotécnica poderão, não só projetar, mas também
dirigir instalações com demanda de energia até 800 kVA,
bem como exercer a atividade de desenhista de sua
especialidade.
3.0 - MONTAGENS
Em montagens, o engenheiro, normalmente, é o
responsável pela sua administração, a qual engloba as
seguintes atividades básicas:
a) assegurar que a montagem da instalação elétrica
seja realizado em conformidade com o projeto
elaborado;
b) orientar o supervisor da obra, normalmente
denominado por encarregado, e seus ajudantes
na execução da montagem dos circuitos e
equipamentos em geral;
c) elaborar um cronograma de atividades e
fiscalização de seu cumprimento;
d) coordenar, ao final da obra, o seu
comissionamento;
O comissionamento, conforme [1], tem como
objetivos principais:
a) fazer verificações e executar os ensaios que
demonstrem estar sendo ligados ao sistema, para
operação comercial, equipamentos e instalações
em condições de manter o nível de
confiabilidade, continuidade e segurança
exigidos de acordo com o projeto e
funcionamento dentro das especificações e
garantias contratuais;
b) levantar características, aferir e ajustar todos os
componentes dos diversos circuitos de controle,
proteção, medição, supervisão, etc.;
c) registrar valores iniciais dos parâmetros
determinantes de cada equipamento,
indispensáveis ao estabelecimento de um sistema
confiável de manutenção e controle;
d) verificar a fidelidade dos desenhos finais e
fornecer subsídios para elaboração dos desenhos
"como construído" ("As Built");
e) garantir a segurança do pessoal e dosequipamentos;
f) estabelecer os limites operativos confiáveis para
os diversos equipamentos;
g) completar o treinamento específico da equipe
técnica responsável pela operação e manutenção
da instalação;
h) garantir a segurança da energização inicial;
i) assegurar o fornecimento das peças reservas,
acessórios e ferramentas especiais previstas em
contrato;
j) orientar os órgãos das áreas financeiras quanto aos
itens a serem capitalizados/patrimoniados; e,
l) transferir para os órgãos responsáveis a
responsabilidade pela guarda, operação e
manutenção da instalação.
4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES
As vistorias visam avaliar as condições
operacionais e de segurança, bem como a durabilidade
em instalações elétricas existentes ou para a sua ligação
inicial com a rede pública.
Elas são realizadas, muitas vezes, como
exigência das concessionárias, corpo de bombeiros ou do
Ministério do Trabalho.
Nestes casos, deve-se elaborar e emitir um
Laudo Técnico, o qual descreve as condições encontradas
e sugere alterações, se necessário.
Tal documento é de grande importância, pois,
em geral, haverá o recolhimento de uma ART específica
junto ao CREA correspondente e, desta forma, o
engenheiro é o responsável pelas informações nele
contidas.
As atividades de inspeção, por outro lado,
normalmente possuem a finalidade de verificar se um
produto ou serviço atende às especificações, dispositivos
contratuais, desenhos e normas tanto do cliente quanto
dos órgãos e entidades regulamentadoras.
Pelas suas características e grau de importância
destas atividades, o inspetor deve possuir uma formação
compatível para se assegurar um alto padrão de
qualidade, especialmente em obras. Nestas condições,
muitas vezes, ele é denominado de Engenheiro da
Qualidade
É importante estabelecer-se roteiros de
inspeção, que são documentos utilizados durante a
inspeção, possibilitando ao inspetor atuar de forma
sistemática, devido a conterem o conjunto de itens ou
características a serem inspecionados e os critérios de
aceitação.
http://www.crea-mg.com.br/
http://www.crea-mg.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 4
5.0 - REPROJETOS
Para que sejam adotadas quaisquer atitudes no
sentido de se reformar uma instalação existente é preciso
reprojetá-la de forma a obter a sua melhoria e
modernização, adequando-a aos requisitos mínimos
exigidos de segurança, de economia, de flexibilidade, de
confiabilidade e de uso racional da energia elétrica.
estabelecendo as prioridades.
Tal processo envolve várias etapas, as quais
exigem um maior ou menor grau de complexidade,
sendo as básicas:
a) Estudo dos processos e/ou atividades: é o
passo inicial para familiarizar o projetista
com as atividades do consumidor e
equipamentos empregados. O nível de
detalhe nesta etapa são dependentes desses
fatores;
b) Levantamento do perfil de consumo de
energia na instalação: avaliação da melhor
opção tarifária, incluindo eventuais contratos de
demanda, e do fator de potência. Neste ponto,
deve-se cercar-se de cuidados especiais, pois
enganos podem levar a custos brutais na conta
de energia. Para uma análise mais cuidadosa,
devem ser empregados o histórico energético da
instalação e determinar-se seu comportamento
típico (curva de carga típica);
c) Análise de equipamentos e setores de
consumo: avaliação dos equipamentos e seu
comportamento visando uma maior eficiência
em seu aproveitamento. Os principais
equipamentos são os fornos e motores elétricos,
os transformadores e o sistema de iluminação.
Outros fatores a se considerar seriam o
comportamento de compressores e de sistemas
de refrigeração que podem influir diretamente no
comportamento dos motores; entretanto, tal
atividade é de competência do engenheiro
mecânico;
d) Levantamento do circuito de distribuição:
verifica-se os cabos e proteções estão corretos ,
se as cargas estão distribuídas uniformemente
entre as fases e se as emendas, conexões e
eventuais reparos foram executados de forma
segura. Avalia-se, principalmente, a adequação
da instalação como um todo em relação às
normas e à segurança.
Estes levantamentos apresentam algumas
dificuldades, pois são fatos muito comuns:
a) O proprietário das instalações não possuir as
plantas e diagramas elétricos, muito menos, os
memoriais descritivo e de cálculos. Às vezes,
nem ao menos as plantas arquitetônicas estão
disponíveis;
b) Mesmo que se tenha acesso aos documentos
citados, é bastante provável que hajam ocorrido
modificações no projeto inicial ao longo do
tempo, sem a devida atualização. Na realidade,
este é uma prática muito corriqueira;
c) Os vários equipamentos e dispositivos
elétricos encontrarem-se mal dimensionados.
Neste caso, inclui-se a proteção elétrica e
cablagem inadequada, motores super ou sub
dimensionados e circuitos mal distribuídos;
d) A execução de reparos e derivações sem
técnica adequada. São exemplos, emendas sem
isolação, derivação sem proteção e cablagem
exposta.
Sendo assim, é absolutamente imprescindível
vistoriar a instalação, ou seja, executar um levantamento
de campo, para avaliar o estado em que ela se encontra,
conhecendo-se e diagnosticando a sua realidade
energética, para, então, adotar as atitudes necessárias
para reprojetá-la.
6.0 - MANUTENÇÃO
A divisão clássica das atividades de manutenção
é aquela onde se tem a corretiva, a preventiva, a preditiva
e a sistemática.
A manutenção corretiva é a forma mais primária
de manutenção e é a realizada após a ocorrência de um
defeito qualquer, a qual, em geral, tornam indisponível o
equipamento. Naturalmente, isto implica em
desligamentos fora de previsão, em momentos pouco
adequados e levando, por vezes, a prejuízos
consideráveis.
Por outro lado, a manutenção preventiva é o
conjunto de atividades desenvolvidas visando evitar a
ocorrência de condições insatisfatórias, ou, se ocorrerem,
evitar que se tornem cumulativas, resultando em redução
da necessidade de se adotarem ações corretivas.
Um plano de manutenção preventiva deve conter
um conjunto de medições tecnicamente adequadas, as
quais devem ser selecionadas entre uma grande variedade
de alternativas, sendo necessário que se associe
confiabilidade e custo com um programa de atividades
compatíveis. Medições sofisticadas nem sempre
propiciam resultados mais efetivos que os obtidos com
testes rotineiros, porém, seus custos, tempo despendido e
pesquisa para implementação são sempre maiores. Neste
caso, a relação custo/benefício poderá ser muito alta.
Inclusive, tais medições não devem ser tão complexas
que os resultados sejam de difícil análise e compreensão.
Naturalmente, as medidas preventivas são endereçadas
para as causas mais comuns de faltas dos motores de uma
certa instalação
Neste contexto, torna-se importante o
conhecimento de estatísticas de falhas/defeitos e, em
especial, suas causas. Para cada uma destas condições, as
atividades selecionadas podem ser divididas em três tipos
a saber:
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 5
a) Monitoramento contínuo;
b) Medições periódicas;
c) Técnicas preditivas.
Os resultados obtidos com estas atividades, caso
sejam determinadas condições insatisfatórias, devem ser
cuidadosamente analisados para verificar em qual
instante a manutenção corretiva deve ser aplicada.
Como visto, a manutenção preditiva pode ser
encarada comouma sub-área da preventiva, no entanto
apresenta algumas características específicas, a saber:
a) Não é necessário haver o desligamento do
equipamento para a sua aplicação;
b) Não há o dano do equipamento, como no caso da
corretiva; e,
c) Não se baseia em informações sobre a
durabilidade de um certo componente.
A manutenção sistemática é aquela que se
caracteriza pela substituição de componentes dos
equipamentos ou de todo ele.
7.0 - ORÇAMENTOS
A elaboração de orçamentos é, talvez, a
atividade de maior importância entre todas, pois é ela
que definirá os custos e preços a serem praticados.
Uma série de fatores contribuem para o valor
estimado total, quando da elaboração de um serviço
qualquer, além dos honorários dos profissionais nele
envolvidos. São eles o preço do material, custo da mão
de obra, incluindo despesas correspondentes às leis
sociais e encargos trabalhistas, fundo de reserva para
eventuais variações dos valores anteriores, taxas e
impostos municipais e estaduais, despesas financeiras,
transporte de operários e de material, despesas com o
próprio serviço em função de atualizações necessárias,
despesas indiretas com despachantes, contadores,
advogados e outros.
A composição final do orçamento será a
somatória de todos estes valores, adicionando-se ao
preço orçado uma taxa percentual variável de acordo
com o volume de serviço, a concorrência existente e ao
interesse de se realizar a obra.
O orçamento estabelecerá, portanto, os limites
do empreendimento e das atividades. Deve ser
extremamente bem elaborado evitando prejuízos.
9.0 – TERMINOLOGIA USUAL
Apresenta-se a seguir, vários termos empregados
no jargão técnico da área de instalações. Outros mais,
serão citados em outros capítulos.
a) A característica nominal é um conjunto de
valores nominais atribuídos às grandezas que
definem o funcionamento de um motor, em
condições especificadas por norma, e que
servem de base às garantias do fabricante e aos
ensaios;
b) O termo "falha" se refere a uma
indisponibilidade momentânea, enquanto, o
"defeito" é a situação na qual há o dano do
equipamento ou um de seus componentes;
c) “Sangrar” o circuito significa executar uma
derivação no mesmo;
d) Efetuar um “gato” corresponde à derivar o
circuito, antes dos medidores de energia elétrica,
evitando-se, assim, pagar pelo seu uso;
e) “Gata” é a denominação dada à pequenas e
médias empreiteiras;
f) “Gambiarra” é executar uma instalação elétrica
malfeita, com extensões e adaptações, gerando
emaranhados de fios, não seguindo quaisquer
critérios de segurança, qualidade e normas;
g) Um “bico de luz” corresponde à um ponto de
iluminação, como uma lâmpada;
h) A palavra “isolação” possui um sentido
qualitativo como, por exemplo, "a isolação de
um cabo é de PVC". “Isolamento”, por outro
lado, tem um sentido quantitativo como em
"isolamento para 15 KV".
10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES
É importante que o engenheiro de instalações
tenha à mão as normas e regulamentações para executar
os seus serviços, principalmente a:
 “NBR-5410 - Instalações Elétricas”. da
Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT, 1988;
 "NBR 5419 - Proteção de Estruturas Contra
Descargas Atmosféricas" da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1990;
 “NR 10 - Instalações e Serviços em
Eletricidade”, norma regulamentadora contida
na Portaria n0 3214 de 8/7/78 do Ministério do
Trabalho.
É interessante o conhecimento de outras normas
regulamentadoras, as quais podem ser facilmente obtidas
pela Internet no site do Ministério do Trabalho no
endereço http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm
Em geral, cada concessionária específica possui
seu próprio elenco de normas e procedimentos. Note-se
que o não atendimento dos preceitos nelas contidos,
apesar de eventualmente corretos tecnicamente, implica
na reprovação ou aprovação com restrições de projetos,
bem como, da não energização da instalação.
Para as concessionárias do Estado de São Paulo,
tem-se, por exemplo:
http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 6
 "Norma Técnica Unificada NTU.01 -
Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão
Secundária a Edificações Individuais", válidas
para a CESP (atual Elektro), CPFL e
ELETROPAULO até os seus desmembramentos
e privatizações;
 “Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão
Secundária – Livro de Instruções Gerais
(LIG)”, aplicável à entradas coletivas nas áreas
de concessão da antiga ELETROPAULO (atuais
Metropolitana e Bandeirante).
No Estado de Minas Gerais, por outro lado, nas
áreas de concessão da CEMIG tem-se a:
 “ND-5.1 – Fornecimento em Tensão
Secundária, Rede de Distribuição Aérea,
Edificações Individuais”; e, a
 “ND-5.2 – Fornecimento em Tensão
Secundária, Rede de Distribuição Aérea,
Edificações Coletivas”.
No caso do Estado do Paraná, , nas áreas de
concessão da COPEL tem-se:
 “NTC9-01100 – Fornecimento em Tensão
Secundária de Distribuição ”, aplicável às
edificações individuais; e, a
 “NTC9-01110 – Atendimento a Edifícios de Uso
Coletivos”.
Se for realizado projetos telefônicos, a norma
básica é a “Norma 224-315-01/02 – Tubulações
Telefônicas em Edifícios” da Telebrás. Com a
privatização do setor de telecomunicações, é conveniente
consultar a concessionária local. A Telemig, por
exemplo, possui um “Manual de Rede Telefônica
Interna, volume 1 e 2”.
Além destas normas, o profissional deverá
seguir as normas técnicas e regulamentações nacionais,
estaduais e municipais, as quais se apliquem a itens
específicos do serviço. Em especial, principalmente no
Estado de São Paulo, deve inteirar-se das normas e
regulamentações do Corpo de Bombeiros relativas à
segurança (iluminação de emergência, por exemplo) e
combate à incêndios (acionamento de bombas para
hidrantes, por exemplo).
11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS
Para a especificação de cabos e demais
componentes da instalação é muito importante que o
projetista possua um grande acervo de catálogos
atualizados. Na atualidade os fabricantes de maior porte
e importância fornecem os chamados “catálogos
eletrônicos”, ou seja, catálogos em CD para serem
instalados em microcomputador.
A titulo de ilustração, a tabela 1 apresenta
alguns dos principais componentes e fabricantes.
PRODUTO FABRICANTE
Abraçadeiras Hellermann
Acessórios pára-raios Paraklin
Alarmes audiovisuais Cutler Hammer, Schneider
Bases para fusíveis Nh e Diazed Tee, Siemens
Botões de comando Ace, Cutler Hammer,
Schneider, Siemens
Caixas de passagem chapa Cemar, Brum
Canaletas plásticas Hellermann, Acel
Chaves seccionadoras Siemens, Tee
Chaves fim de curso Ace, Siemens, Schneider
Chaves reversoras Lombard, Mar-girius
Chaves trifásicas Lombard, Mar-girius
Chaves blindadas Mar-girius
Comutadores Cutler Hammer, Schneider,
Ace
Conduletes Wetzel, Fundial
Conectores nylon, baquelite Sindal, Steck
Conectores Conexel
Contatores e relés Siemens, Schneider, Weg,
Klockner Moeller
Disjuntores Schneider, Soprano,
Siemens, Klockner Moeller
Fios e cabos Pirelli, Ficap, Walandar,
Ipce
Fita isolante, terminações 3M
Fixadores cunha, eletrocalha,
perfilados
Sisa, Dispan
Fusíveis Nh/Diazed Siemens, Tee
Eletroduto flexível e acessórios Indel, Sptf
Eletrodutos galvanizados a fogo Apolo, Elecon
Eletrodutos zincados, curvas,
luvas
Elecon, Apolo
Eletroduto PVC, curvas, luvas Tigre, Plascon
Hastes, conectores, terminais Intelli
Interruptores Alumbra, Pial
Inversores de freqüência Weg, ABB, Telemecanique
Siemens
Lâmpadas Philips, Osram, Sylvania
Luminárias Guarilux, Star, Philips
Marcadores Hellermann
Plugues Pial, Alumbra, Steck,
Albany, Primelétrica
Prensa cabo Wetzel, Tramontina, Steck
Projetores Jmv, Philips, Repume
Quadros, painéisElsol, Cemar, Star, Brum
Reatores Keiko, Philips
Sinaleiros Cutler Hammer, Schneider,
Ace, Siemens
Sistema X Pial, Alumbra
Soquetes, porta lâmpadas Lorenzetti
Tomadas Alumbra, Pial, Steck,
Albany, Primelétrica
Tabela 1 – Principais produtos e fabricantes.
http://www.elektro.com.br/servicos/projeto/index.html
http://www.cpfl.com.br/
http://www.eletropaulo.com.br/estrutura/lig2000.htm
http://www.eletropaulo.com.br/estrutura/homepage.htm
http://www.bandeirante.com.br/abertura.htm
http://www.cemig.com.br/
http://www.copel.com/
http://www.copel.com/distribuicao/medicao/normas/Nt901100/baixatensao1.htm
http://www.paraklin.com.br/
http://www.schneider.com.br/index.asp
http://www.siemens.com.br/siemens/po/index.htm
http://www.margirius.com.br/
http://www.wetzel.com.br/
http://www.steck.com.br/
http://www.conexel.com.br/
http://www.weg.com.br/
http://www.soprano.com.br/
http://www.klockner.com.br/
http://200.213.173.21/pirelli/pirelli.asp
http://www.walandar.com.br/
http://www.ipce.com.br/
http://international.3m.com/intl/br/
http://www.dispan.com.br/
http://www.indel.com.br/
http://www.elecon.com.br/
http://www.tigre.com.br/
http://www.intelli.com.br/
http://www.alumbra.com.br/
http://www.legrand.com.br/
http://www.abb.com/br
http://www.philips.com/br
http://www.osram.com.br/
http://www.sylvania.com.br/
http://www.tramontina.com.br/cafe.htm
http://www.steck.com.br/
http://www.albany.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 7
12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS
Para o desenvolvimento das atividades
relacionadas com instalações elétricas, existem vários
livros de bom nível disponíveis em língua portuguesa.
Pode-se destacar os seguintes:
 Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas
Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998,
 Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas
Residenciais” . São Paulo, 1996;
 Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”.
Mac-Graw Hill, 1982;
 Cotrim A. A. M. B.. - “Manual de Instalações
Elétricas - Pirelli Cabos de Alta Tecnologia”.
Mac-Graw Hill, 1985;
 Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995;
 Creder, H. - “Instalações Elétricas”. Livros
Técnicos e Científicos Editora, 1995;
 Leite, D.M.; Leite, C.M. – “Proteção Contra
Descargas Atmosféricas”. MM Editora, 1993;
 Lima Filho, D.L. – “Projetos de Instalações
Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998,
 Mamede Filho, J. – “Instalações Elétricas
Industriais”. Livros Técnicos e Científicos
Editora, 1993;
 MacPartland, J.F. – “Como Projetar Sistemas
Elétricos”. Mac-Graw Hill, 1978;
 Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -
Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard
Blücher Ltda., 1983;
 Niskier, J., MacIntyre, A. J. - “Instalações
Elétricas”. Guanabara Dois, 1985;
 Schmidt, V. – “Equipamento Elétrico Industrial”.
Editora Mestre Jou.
13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
Existem vários “softwares” em língua
portuguesa dedicados às instalações elétricas, alguns
operando em conjunto com o AutoCad R14 ou AutoCad
2000, da Autodesk.
Alguns deles são:
 Produzidos pela Proeng Engenharia de
Uberlândia/MG:
a) VisualElectric para instalações prediais e
comerciais;
b) Pára-raios 3D para proteção contra
descargas atmosféricas;
c) Autolux para projetos de iluminação de
exteriores;
d) Power Quality para a análise da qualidade
de energia.
 Produzido pela Pointer Cad de Florianópolis/SC
(scahaefer@mbox1.ufsc.br):
a) Lumen para instalações prediais e
comerciais.
 Produzido pela SKA Automação Industrial Ltda.,
de São Leopoldo/RS:
a) QC Pro 2.1 para instalações industriais
(quadros de comando) que não necessita do
AutoCad R14;
b) Quadro de Comando 4.2, o qual possui as
mesmas finalidades do anterior, porém
emprega o AutoCad R14.
 Produzidos pela Officina de Mydia Editora de
São Paulo/SP:
a) Atmos Pro Win 4.0 para proteção contra
descargas atmosféricas;
b) Tecat-IV Pro 2.0 Win para cálculo de
malhas de terra e estratificação da
resistividade do solo
 Produzido pela FACH - Engenharia e Sistemas
S/C Ltda. de São Paulo/SP:
a) Thor para proteção contra descargas
atmosféricas;
 Produzido pela InterAct S/C Ltda. de São
Paulo/SP:
a) Análise de Conda de Eletricidade para
Windows;
 Produzido pela Enerenge Engenharia e
Informática Ltda. de São Paulo/SP:
a) Ajuste Fácil para cálculo e correção do
fator de potência;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Batitucci, M.D. "Comissionamento A Primeira
Atividade de Manutenção". Manutenção, n- 28, jan. / fev.
91 p.p. 31-38.
http://www.erica.com.br/
http://www.makron.com.br/
http://www.proeng.com.br/
http://www.ska.com.br/
http://www.mydia.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 8
CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO
ELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL
“Não se pode esquecer que para dar um grande salto para a frente, é sempre
necessário dar uma corridinha para trás”
Pacco Rabanne
RESUMO
Este capítulo apresenta os elementos mais
comuns, os quais compõem uma instalação elétrica
residencial ou comercial. Considera-se apenas o
fornecimento de energia em tensão secundária.
1.0 - INTRODUÇÃO
O fornecimento de energia elétrica para
residências (casas), prédios residenciais e comerciais,
bem como de instalações industriais de pequeno porte, é
efetuado através de uma rede de distribuição pública de
baixa tensão, por intermédio de um ramal de serviço
pertencente à concessionária local.
Este é o ponto de entrega, a partir do qual
alimenta-se a unidade consumidora.
Nesta, tem-se um sistema de entrada para a
energia elétrica, composto de equipamentos, condutores
e acessórios. Entre eles, naturalmente, deve haver
medidores para o consumo de energia e proteção para
este circuito.
A partir dos medidores, a energia é levada até o
quadro ou caixas de distribuição, através dos
denominados circuitos de distribuição.
Do quadro de distribuição são instalados os
vários circuitos internos ou terminais para uso do
consumidor.
A figura 1 ilustra o exposto para o caso de uma
residência.
Figura 1 – Exemplo de uma instalação elétrica [1]
2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO
Existem três modalidades básicas de
fornecimento de energia elétrica para uma unidade
consumidora, a saber:
 Fornecimento monofásico: Feito a dois fios,
correspondendo a uma fase e um neutro.
Figura 2 – Fornecimento monofásico a partir do poste da
concessionária [1].
 Fornecimento bifásico: Feito a três fios,
correspondendo a duas fases e um neutro.
Figura 3 – Fornecimento bifásico a partir do poste da
concessionária [1].
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 9
 Fornecimento trifásico: Feito a quatro fios,
correspondendo a três fases e um neutro.
Figura 4 – Fornecimento trifásico a partir do poste da
concessionária [1].
Cada concessionária estabelece qual modalidade
deve ser empregada em um fornecimento em função da
potênciaprevista para a instalação. Sendo assim, elas
devem ser consultadas quando da elaboração de um
projeto.
Observe-se que o mesmo é válido para as
tensões de fornecimento.
3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL
A entrada individual é toda entrada
consumidora com a finalidade de alimentar uma
edificação com uma única unidade de consumo.
É conhecida por padrão de entrada. Observe-se
que cada concessionária possui os seus padrões.
Assim, o padrão compreende o ramal de
entrada, poste particular ou pontalete, caixas, proteção,
aterramento e ferragens, preparada de forma a permitir a
ligação à rede da concessionária. É de responsabilidade
do consumidor.
A figura 5 apresenta um exemplo de padrão de
entrada.
O termo “pontalete” citado anteriormente
refere-se a um suporte destinado a fixar e elevar o ramal
de ligação na edificação do consumidor.
O poste particular, por outro lado, possui a
mesma função e localiza-se na propriedade do
consumidor.
Figura 5 – Exemplo de padrão de entrada (poste
particular) [1].
Figura 6 – Exemplo de padrão de entrada (pontalete)
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 10
4.0 – ENTRADA COLETIVA
Toda entrada consumidora com a finalidade de
alimentar uma edificação com vários consumidores é
coletiva. Um exemplo típico são os prédios de
apartamentos ou de escritórios comerciais.
Como cada concessionária possui uma
padronização própria, apresenta-se a seguir as
exigências de ordem geral da EBE – Empresa
Bandeirante de Energia, antiga Eletropaulo. Para outras
concessionárias é necessário consultar a normalização
interna correspondente.
Neste caso, exige-se um centro de medição,
definido em função do número de consumidores.
O centro de medição é composto por uma ou
mais caixas, as quais podem comportar 1, 2, 4, 6, 8 ou 12
medidores.
Se houverem mais que 12 consumidores, será
utilizada outras caixas adicionais.
A figura 7 mostra os desenhos de um centro de
medição.
Figura 7 – Caixas empregadas em centro de medição - EBE
Observe-se na figura 7 a presença de vários
tipos de caixas de medição
A figura 8 os detalhes de uma das caixas de
medição.
Figura 8 – Detalhe da caixa de medição
Quando isto ocorre a EBE exige o emprego de
uma caixa de distribuição, como a ilustrada nas figuras 9
Figura 9 – Caixa de distribuição – Vista frontal
Na padronização da entrada deve-se utilizar
uma caixa de manobra contendo chave seccionadora para
cada caixa de medição, como mostra a figura 10.
Ainda, é necessário empregar uma caixa
seccionadora quando a distância do poste particular for
maior que 25 m. A figura 11 ilustra.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 11
Figura 10 – Caixa de manobra
Figura 11 – Caixa seccionadora
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 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 12
Note-se que, as chaves existentes nas caixas
seccionadoras, de distribuição e de manobra, devem ser
do tipo seccionadora com fusível incorporado.
Figura 12 – Seccionadora com fusível incorporado.
5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD)
Considerando a instalação a partir do centro de
medição, identifica-se dois tipos de circuito, ou seja, o de
distribuição e os internos ou terminais.
O(s) circuito(s) de distribuição conectam o
citado centro de medição ao quadro de distribuição
(QD), também conhecido por quadro de luz.
 
 a) Distribuição b) Luz
Figura 13 – Quadros de distribuição e de luz [1].
As figuras 14 e 15 apresentam de forma
esquemática esta situação.
Figura 14 – Diagrama esquemático de uma instalação
elétrica [1].
Figura 15 – Exemplo de circuitos internos ou terminais
[1].
Na realidade, este quadro é o centro de
distribuição de toda a instalação elétrica de um
consumidor, pois:
 Recebe a fiação proveniente do centro de medição;
 Aloja todos os dispositivos de proteção dos vários
circuitos internos; e,
 Inicia todos os circuitos terminais ou internos, que
irão alimentar as tomadas e iluminação.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 13
As figuras 16, 17 e 18 mostram os componentes
internos de quadros de distribuição para os
fornecimentos monofásico, bifásico e trifásico,
respectivamente.
Figura 16 – Quadro de distribuição (QD) para
fornecimento monofásico [1].
Figura 17 – Quadro de distribuição (QD) para
fornecimento bifásico [1].
Figura 18 – Quadro de distribuição (QD) para
fornecimento trifásico [1].
6.0 – FUSÍVEIS
Os fusíveis são a proteção mais tradicional dos
circuitos e sistemas elétricos contra curtos-circuitos.
Sua operação consiste na fusão de um elemento
fusível quando por ele circular uma corrente com valor
superior àquela para o qual foi projetado.
O elemento fusível é um fio ou uma lâmina,
geralmente de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga,
colocado no interior do corpo do fusível, em geral de
porcelana, esteatite ou papelão, hermeticamente fechado.
Alguns fusíveis possuem um indicador, que
permite verificar se o dispositivo fusível operou ou não; o
qual é composto por um fio, por exemplo, de aço, ligado
em paralelo com o elemento fusível e que libera uma
mola após a operação. Essa mola atua sobre uma plaqueta
ou botão, ou mesmo um parafuso, preso na tampa do
corpo.
A maioria dos fusíveis contem em seu interior
material granulado extintor, em geral areia de quartzo,
envolvendo por completo o elemento fusível.
A figura 19 mostra a composição básica de um fusível.
7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU
“QUICK-LAG”
Os disjuntores termomagnéticos são
dispositivos destinados à proteção dos circuitos contra
sobrecargas e curtos-circuitos.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 14
 
a) Composição básica[2] b) Fusível NH
Figura 19 –Fusível
Sendo assim, interrompem o circuito (desligam)
quando da ocorrência de uma destas condições através
de atuadores térmicos e magnéticos.
O elemento térmico se destina à proteção contra
sobrecargas e atuam pelo efeito de dilatação de uma
lamina bimetálica conforme a elevação de temperatura.
Aação magnética, por outro lado, se manifesta
quando ocorrem correntes da ordem de dez vezes a
nominal do dispositivo, o que caracteriza um curto-
circuito.
A figura 20 apresenta uma vista em corte de um
disjuntor termomagnético com os seus componentes
principais.
1 – Disparador magnético; 2 – Suporte; ¾ - Eletrodo; 5 – Cavalete; 6
– Caixa isolante; 7 – Mola de regulagem magnética; 8 – Acelerador;
9/10 – Pastilhas de contato; 11/12 – Terminais protegidos com aperto
elástico para cabos ou barras; 13 – Câmara de extinção; 14 –
Plaqueta de reforço magnético; 15 – Acoplamento interno nos bi e
tripolares; 16 – plaqueta de isolação térmica e dielétrica; 17 –
Identificação indelével; 18 – Porta etiqueta; 19/20 – Dupla fixação.
Figura 20 – Vista em corte de um disjuntor
termomagnético. (Pial)
Tais disjuntores podem ser dos tipo mono, bi ou
tripolar, como ilustrado na figura 21. Devem ser ligados
às fases dos circuitos.
Figura 21 – Tipos de disjuntores termomagnéticos [1]
Como observado, estes dispositivos possuem a
mesma função das chaves fusíveis. Entretanto, eles
permitem manobra manual e podem ser religados, ao
contrário de fusíveis que necessitam ser trocados quando
da ocorrência de um curto-circuito.
8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU
INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (Fi)
A NBR 5410 [3] preconiza o emprego de
dispositivos de proteção à corrente diferencial residual
(dispositivos DR), mais conhecidos no mercado como
"interruptores de corrente de fuga (Fi)".
Tais dispositivos asseguram a proteção contra
tensões de contato perigosas, provenientes de defeitos de
isolamento em aparelhos ligados a terra.
Os dispositivos DR protegem contra contatos
indiretos a totalidade da instalação, parte desta, ou
consumidores individuais, de acordo com a sua
localização. Além disto, asseguram ainda a proteção
contra contatos diretos com partes ativas da instalação.
As correntes de falta a terra que atingem o valor da
corrente de falta nominal, são igualmente cortadas
(proteção contra incêndios).
Portanto, tais disjuntores conjugam duas
funções, ou seja, a de proteção dos circuitos contra
sobrecorrentes (termomagnético) e de pessoas contra
choques elétricos provocados por contatos diretos e
indiretos.
Eles possuem, basicamente, três partes
funcionais, ou seja:
 Transformador toroidal para detecção das
correntes de falta a terra;
 Disparador para conversão de uma grandeza
elétrica numa ação mecânica;
 Mecanismo móvel com os elementos de
contato.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 15
A figura 22 ilustra o princípio de funcionamento
do dispositivo.
Figura 22 – Proteção com disjuntor DR. [4]
Na figura 22 observa-se que se na instalação não
houver defeito, a soma fasorial das correntes nos
condutores de fase e neutro que circulam pelos
condutores no interior do toroide é nula, segundo a lei de
Kirchhoff. Desta forma, o campo magnético gerado é
nulo e a tensão induzida no secundário também é nula.
Por outro lado, quando ocorrer um defeito no
isolamento desse circuito, a soma das correntes nos
condutores ativos deixará de ser nula. Assim, aparecerá
uma corrente de falta, o campo magnético deixara de ser
nulo, induzirá uma tensão no enrolamento secundário, a
qual será utilizada para ativar o disparador que abrirá o
mecanismo móvel, com os elementos de contato.
Figura 23 – Funcionamento do disjuntor DR [4]
Os tipos de disjuntores diferenciais residuais de
alta sensibilidade existentes no mercado são os bipolares
e os tetrapolares, como ilustra a figura 24.
Figura 24 – Tipos de disjuntores DR [1]
O funcionamento do dispositivo DR pode ser
verificado por meio do botão de teste, o qual, ao ser
premido, permite simular uma corrente de falta a terra,
provocando o disparo. Esta prova deve ser realizada
periodicamente, verificando-se assim o estado da
instalação.
Observe-se que os disjuntores DR devem,
necessariamente, ser ligados aos condutores de fase e
neutro dos circuitos, sendo que o neutro não pode ser
aterrado após o DR.
9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS
Um condutor elétrico é um corpo formado de
material condutor e destinado primordialmente a
condução de corrente elétrica. São os fios, os cabos e as
barras.
Um fio elétrico é produto metálico de qualquer
seção maciça, de comprimento muito maior do que a
maior dimensão da seção transversal. Os fios são
fabricados a partir de vergalhões, por trefilação,
laminação a frio ou ambos os processos combinados.
Podem ser usados como condutores elétricos nus ou
isolados, ou podem ser produtos semi-acabados
destinados a fabricação de cabos. Os fios cuja seção
transversal não seja circular, são designados pela forma
da seção transversal (quadrados, retangulares, etc.)
Um cabo elétrico é o conjunto, isolado ou não,
de fios metálicos encordoados (helicoidalmente), não
isolados entre si. Os cabos são mais flexíveis que os fios.
As barras são condutores rígidos, com forma de
prisma retangular ou tubo.
A seção de um fio é a área transversal do fio,
enquanto a seção de um cabo é a soma das seções dos
fios componentes. Geralmente os fios são fabricados até a
seção de 16 mm2, enquanto que os cabos estão
disponíveis em uma larga faixa de seções.
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 16
Figura 25 – Fio e cabo elétrico. (Pirelli)
Os condutores podem ser nus ou isolados.
Um condutor nu é o fio, cabo ou barra, sem
revestimento, isolação ou camada protetora de qualquer
espécie.
Por outro lado, a isolação de um condutor é a
camada isolante aplicada sobre o condutor para isolá-lo
eletricamente de outros condutores e a terra. Os materiais
não metálicos muitas vezes aplicados sobre os condutores
com finalidade primordialmente mecânica (como capa ou
cobertura) não são considerados.
Em cabos de baixa tensão, o isolante mais
utilizado é o PVC, pois é mais econômico, com excelente
durabilidade, apresentando ótima resistência a ionização,
apesar de possuir características elétricas apenas
regulares. Além disto, pode-se empregar:
 O polietileno comum (PET), de excelentes
qualidades isolantes, porém apresentando limitação no
que diz respeito às características físicas (fica
praticamente fluido a 110°C) e à baixa resistência a
ionização;
 O polietileno reticulado (XLPE), obtido por
reticulação molecular do polietileno comum, que alia as
excelentes propriedades deste à uma elevada temperatura
admissível e a boas propriedades mecânicas. Suas
limitações, entretanto, são a pouca flexibilidade e a baixa
resistência a ionização;
 A borracha etileno-propileno (EPR), o qual
se constitui no isolante de melhor qualidade. Apresenta
alta temperatura admissível, resistência a ionização muito
maior que a do polietileno reticulado, gradiente de projeto
comparável ao do XLPE e excelente flexibilidade. O EPR
é utilizado em tensões até 69 KV.
A capa, que tem por função proteger a isolação
de um cabo contra os agentes do meio, pode ser metálica
ou não metálica.
As capas não metálicas são geralmente de PVC,
polietileno, neoprene, polietileno reticulado e poliuretano.
Muito embora certas características possam
variar de um material para outro, todos eles proporcionam
boa proteção contra umidade, agentes químicos e
atmosféricos, são razoavelmenteflexíveis, proporcionam
um certo isolamento elétrico e asseguram proteção
mecânica a isolação.
Alguns cabos podem possuir blindagem. Ela
consiste na aplicação de camadas condutoras ou
semicondutoras (no sentido de não serem boas
condutoras) ao condutor e à isolação, cuja principal
finalidade é confinar o campo elétrico dentro do cabo
isolado.
Os cabos podem ser classificados como
unipolares ou multipolares.
Um cabo unipolar ou singelo é definido como
um condutor maciço ou encordoado, dotado de isolação
elétrica e proteção mecânica.
Um cabo bipolar, tripolar, ou, de um modo geral,
multipolar, é um conjunto de dois, três ou mais
condutores justapostos, maciços ou encordoados, cada
um deles dotado de isolação própria (chamada de parede
isolante), sendo o conjunto dotado de proteção mecânica
comum.
Nos cabos multipolares, os interstícios entre os
condutores componentes são preenchidos por um material
não metálico, chamado de enchimento ou capa interna.
Figura 26 – Cabos singelo e tripolar (Pirelli)
A seção de um cabo multipolar, no caso de
condutores componentes iguais é a seção de um deles, ou
seja, se, por exemplo, um cabo tripolar constituído por
três de 20 mm2 cada, será indicado por 3 x 20 mm2. No
caso de componentes diferentes, a seção será indicada por
sua formação. Assim, um cabo formado por dois
condutores de 16 mm2 e um de 4 mm2 será 2 x 16 mm2 +
4 mm2.
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10.0 – CONDUTOS
Conduto elétrico é a canalização destinada a
conter, exclusivamente, condutores elétricos. Há vários
tipos de condutos, ou seja: eletrodutos, bandejas,
eletrocalhas e canaletas.
10.1 – Eletrodutos
Os eletrodutos ou conduites constituem o tipo
mais comum de conduto, podendo ser magnéticos ou não
magnéticos e, ainda, rígidos ou flexíveis.
As funções dos eletrodutos, de uma forma geral,
são:
 proteção dos condutores contra ações mecânicas e
contra corrosão; e,
 proteção do meio contra perigos de incêndio,
resultantes do superaquecimento dos condutores ou de
arcos;
No caso dos eletrodutos metálicos, ainda tem-se
que eles devem proporcionar:
 um envoltório metálico aterrado aos condutores, a fim
de evitar perigos de choque; e, um
 percurso para a terra, funcionando como condutor de
proteção em condições especificadas.
Nos eletrodutos metálicos rígidos, o material
mais usado é o aço carbono, devendo serem protegidos
interna e externamente por materiais resistentes a
corrosão, a menos que se trate de eletroduto especial, com
proteção intrínseca (por exemplo, de aço especial,
alumínio ou cobre). Assim, eles são fabricados:
 esmaltados (com cobertura de esmalte resistentes a
corrosão);
galvanizados (com banho de zinco fundido);
 cobertos com pó de zinco, com plástico ou com
composto asfaltico.
Os eletrodutos metálicos rígidos mais utilizados
são os esmaltados e galvanizados de parede mais grossa ,
ou seja, os pesados, por proporcionarem maior proteção
mecânica aos condutores. Os esmaltados só devem ser
empregados em instalações internas, expostos ou
embutidos em paredes ou lajes, em locais não
severamente corrosivos. Os galvanizados são aplicados
em instalações externas a prédios ou naquelas
subterrâneas (como dutos) em contato direto com a terra.
Os eletrodutos metálicos rígidos designados por
leves e médios (em função da espessura da parede)
podem constituir uma alternativa mais econômica, sendo,
no entanto, inferiores aos pesados no que concerne a
proteção mecânica. Geralmente não são aplicados em
tensões superiores a 100 V.
A figura 27 mostra esquematicamente um
eletroduto metálico rígido galvanizado.
Figura 27 – Eletroduto rígido galvanizado (Thomeu)
Os eletrodutos rígidos não metálicos constituem
um outro tipo importante de conduto. São constituídos de
materiais resistentes a umidade e a atmosferas químicas,
apresentando grande vantagem sobre os de aço,
principalmente quanto ao custo e a proteção contra
corrosão.
Suas melhores aplicações são como dutos,
diretamente enterrados, embutidos em concreto e em
instalações aparentes.
Para uso acima do solo, tanto aparente quanto
embutido, devem ser usados materiais retardantes de
chama, resistentes a impactos e a distorção térmica, aos
raios solares e a baixas temperaturas. Desta forma, é
usual o emprego do PVC.
Em instalações subterrâneas são utilizados, em
geral, diretamente enterrados.
A figura 28 ilustra a aplicação de eletrodutos
rígidos em uma residência.
Figura 28 – Eletrodutos em uma instalação [1]
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Observe-se que, a atual edição da NBR 5410 [3]
permite embutir qualquer tipo de eletroduto desde que ele
resista a esforços característicos do tipo de construção
utilizado. Os eletrodutos transversalmente elásticos, de
uso corrente na Europa, e já fabricados no Brasil, são
geralmente de polietileno de alta densidade, atendendo a
norma francesa NFC 68-101, sendo aplicados em linhas
embutidas, principalmente em prédios residenciais,
comerciais e semelhantes, Sua principal vantagem sobre
os eletrodutos rígidos é a facilidade da instalação e o fato
de dispensarem o uso das tradicionais curvas, luvas,
arruelas e buchas, alem de evitar as sobras que
normalmente ocorrem no emprego de eletrodutos rígidos.
A figura 29 apresenta o lançamento de um
eletroduto deste tipo em uma vala.
Figura 29 – Eletroduto de polietileno de alta densidade
(Tigre)
Os eletrodutos transversalmente elásticos que
não são feitos de polietileno de alta densidade e os
flexíveis plásticos corrugados conhecidos por
"mangueiras" não devem ser utilizados por não
suportarem qualquer tipo de esforços e, portanto,
comprometerem a integridade dos condutores contidos.
A NBR 5410 [3] estabelece que, dentro dos
eletrodutos rígidos, só podem ser instalados cabos
isolados, não sendo permitida a instalação de condutores
a prova de tempo, nem de cordões flexíveis.
Os eletrodutos rígidos, em geral, são fabricados
em varas de 3 m.
Alguns fabricantes lançaram linhas de
eletrodutos para instalações aparentes, as quais são
conhecidas como “Sistema X”. Este termo, entretanto, é
marca da Pial e são vendidos em varas de 2 m. A figura
30 ilustra uma instalação que utiliza este sistema.
Possuem preço elevado.
Figura 30 – Instalação com “Sistema X” (Pial).
10.2 – Bandejas
Bandeja ou leito de cabos é um conduto de
instalação aparente, aberto em toda a sua extensão, onde
os condutores são lançados. Normalmente, são
fabricadas de aço ou de alumínio nos tipos pesado,
médio e leve, conforme o peso a ser suportado.
De acordo com a NBR 5410 [3], o seu uso só é
permitido em estabelecimentos industriais e comerciais,
onde haja uma manutenção adequada e em locais não
sujeitos a choques significativos.
Os cabos instalados em bandejas só podem ser do tipo
isolado e com cobertura de uma só camada
preferencialmente e fixados convenientemente à
estrutura da bandeja.
Figura 31 – Sistema de bandejas (Mopa)
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10.3 - Eletrocalhas
Eletrocalhas são condutos de instalação
aparente, com tampas desmontáveis em toda a sua
extensão, onde os condutores são lançados. No entanto a
NBR 5410 [3] não faz qualquer distinção entre as que
possuam ou não coberturas.
Os cabos instalados em eletrocalhas devem ser do tipo
isolado e com cobertura. A citada norma apenas admite
que os cabos isolados instalados estejam sem cobertura,
quando a eletrocalha:
 for de paredes maciças e munida de uma cobertura
desmontável apenas por meio de ferramenta;
 estiver em locais de serviço elétrico, aos quais só
tenham acesso pessoas qualificadas ou advertidas; ou,
 estiver em tetos falsos não desmontáveis.
As utilizações típicas das eletrocalhas,
principalmente as com cobertura, são em reformas e
instalações, onde se deseja evitar o corte em paredes e
em instalações novas onde a economia seja um fator
preponderante.
Figura 32 – Sistema de eletrocalhas (Mopa)
10.4 - Canaletas
Canaletas são condutos, com tampas
removíveis em toda a sua extensão, ao nível do solo onde
os condutores são lançados.
11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS
PARA ELETRODUTOS
Entre os vários componentes disponíveis no
mercado, há interesse de análise nas denominadas caixa
de passagem e nos acessórios para eletrodutos.
As caixas de passagens ou de derivação são
locais de acesso a um circuito, permitindo a passagem de
condutores entre trechos de eletrodutos e também
utilizadas para o alojamento de ligações e/ou instalação
de tomadas, interruptores e pontos de luz.
Em geral, elas são retangulares ou quadradas
para a instalação em paredes e pisos, com dimensões de
4”x2” e 4”x4”. Em tetos são octogonais com dimensão
4”x4”.
A figura 33 ilustra estes componentes.
Figura 33 – Caixas de passagem ou de derivação
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Em caixas de derivação embutida são utilizados
os espelhos para tampá-las.
Os acessórios para os eletrodutos são os
mostrados na figura 34.
Figura 34 – Acessórios para eletrodutos (Thomeu)
As funções dos acessórios são:
 Luvas - empregadas para acoplar dois trechos ou varas
de eletrodutos ou uma curva e uma vara;
Figura 35 – Conexão de um eletroduto com uma curva
 Buchas – destina-se a fazer uma terminação
arredondada nos eletrodutos rígidos, evitando que haja
dano à isolação de condutores;
 Arruelas – destinam-se a fixar, juntamente com as
buchas, as peças a serem montadas nos eletrodutos
rígidos.
Figura 36 – Bucha e arruela
As figuras 37 e 38 ilustram uma instalação
empregando eletrodutos e seus acessórios.
Figura 37 – Eletrodutos rígidos e acessórios
Figura 38 – Vista de uma instalação empregando
eletrodutos e acessórios [1].
Em instalações aparentes é comum o emprego
de um tipo especial de caixa de derivação denominada
condulete, o qual possui tampa própria e partes com
roscas para fixação direta de eletrodutos rígidos.
Os tipos de conduletes são os mostrados na
figura 39.
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Figura 39 – Tipos de conduletes
A designação dos tipos de conduletes é feita
através de letras, as quais representam a posição das
partes rosqueáveis nos eletrodutos. Assim, na figura 36
tem-se:
Tipo Significado
B Bottom (Embaixo)
C C (Comum)
E End (Fim)
LR L Right (L à direita)
LL L Left (L à esquerda)
LB L Bottom (L para baixo)
T T
TB T Bottom (T para baixo)
X X
A figura 40 mostra exemplos de conduletes sem
as suas tampas.
Figura 40 – Conduletes (Tigre)
Existem vários outros elementos em uma
instalação como tomadas e interruptores. Estes, no
entanto, serão analisados em tópicos específicos.
12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS
Campainhas e cigarras são a forma mais simples
de sinalização e destinam-se a dar maior comodidade aos
usuários de uma residência ou apartamento,
possibilitando o atendimento de visitantes por parte dos
moradores. Além disto, elas também podem utilizadas
para chamada geral e sistemas de alarme.
Elas são eletromagnéticas ou eletrônicas.
As partes construtivas básicas das
eletromagnéticas são ilustradas na figura 41.
Figura 41 – Partes básicas de campainhas
eletromagnéticas [5]
Ao se pressionar o botão ou pulsador, o
eletroímã é alimentado com a tensão necessária, que atrai
a lâmina de ferro e faz o martelo golpear a campainha
(tímpano).
O circuito é interrompido no interruptor de
contato e o eletroímã solta a lâmina que é afastada pela
ação da mola. O eletroímã atrai a lâmina de novo,
reabrindo o circuito. A mola puxa-a para trás,
restabelecendo o contato, e assim por diante.
O martelo vibra durante o tempo em que o botão
ou pulsador permanecer pressionado.
As campainhas de tímpano são usadas em locais
amplos que necessitem de alta intensidade sonora, acima
de 80 dB.
Em outras situações, dá-se preferência às
cigarras ou campainhas tipo dim-dom (lira), que
produzem um som menos estridente do que o tilintar da
campainha de tímpano. As figuras 42 e 43 ilustram
ambos os tipos.
Figura 42 – Cigarra de lâmina [5]
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Figura 43 – Campainha tipo Dim-Dom (lira) [5]
As campainhas eletrônicas, como a TriSom da
Siemens ilustrada na figura 44, possuem um circuito
eletrônico que, ao ser ativado, gera um som de três
tonalidades seqüenciais que independe do tempo que se
comprime o botão (pulsador) de chamada,
Figura 44 – Campainha eletrônica TriSom da Siemens [5]
A alimentação desta campainha pode ser feita em 110 ou
220 VCA, pois possui uma chave seletora para ambas as
tensões. A tonalidade de som pode ser regulada,
atendendo ao gosto pessoal, emitindo um som de
aproximadamente 80 dB. Ela possui autoproteção contra
queima para o caso de o pulsador ser travado na posição
ligado (toque).
Por outro lado, a campainha eletrônica Softson
da Pial Legrand é ideal para casas, apartamentos,
escritórios ou qualquer outro local que possua duas
entradas. Tem duas melodias diferentes, sendo uma com
9 (nove) notas e outra com 3(três) notas musicais,
permitindo identificar com facilidade a origem da
chamada.
14.0 – CHAVES-BÓIA
A chave-bóia é um tipo de interruptor que serve
para controlar o nível de água ou outro fluido. No caso do
abastecimento de água em edifícios, as chaves-bóia dos
reservatórios superior e inferior devem ser ligadas em
série, de modo que o circuito de comando do conjunto
motor bomba somente seja energizado quando o
reservatório superior estiver vazio e o inferior, cheio.
Há três tipos de chave-bóia, ou seja, aquelas de:
 contatos sólidos, a qual é composta por uma caixa de
contatos, uma vareta com limitadores de nível e a bóia,
propriamente dita, normalmentede plástico como ilustra
a figura 45.
Figura 45 – Chave bóia de contatos sólidos [6]
 contatos de mercúrio, o qual é uma ampola com
mercúrio e dois contatos em seu interior, onde estão
ligados os fios do circuito elétrico e um contrapeso de
ferro, para manter a ampola na posição em que se
encontra. O fechamento dos contatos ocorre através do
mercúrio. Este tipo de chave-bóia existe para reservatório
superiores e para os inferiores. A figura 46 ilustra.
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Figura 46 – Chave bóia de contatos de mercúrio [6]
 contatos eletrônicos, a qual é um pouco mais
sofisticada e, por isso, de emprego mais limitado que as
anteriores. Possui dois sensores de grafite, de máxima e
de mínima, os quais atuam quando em contato com a
água, como ilustra a figura 47.
Figura 47 – Chave bóia com contatos eletrônicos [6]
15.0 – CLITES OU ROLDANAS
Clites ou roldanas são isoladores do tipo
prensa-cabo, normalmente fabricados em porcelana ou
plástico. São aplicados em linhas expostas, quando não
há preocupação com a estética ou há a necessidade de
mudanças freqüentes.
Figura 48 – Clites para dois e três fios [6]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”.
São Paulo, 1996.
[2] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac-
Graw Hill, 1982, 2a. ed.;
[3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-
5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,
1988;
[4] Siemens – “Sistema N – Dispositivos DR”. São
Paulo. Fevereiro de 1997;
[5] Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas
Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998;
[6] Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 24
CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS
“Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou o espelho que a reflete”
Edith Wharton
RESUMO
Este capítulo tem por objetivo analisar de forma
sucinta as grandezas luminotécnicas básicas e apresentar
alguns dispositivos e seus acessórios empregados para a
iluminação artificial.
1.0 - INTRODUÇÃO
O ser humano é fortemente influenciado pela
luz.
A luz, além de transmitir informações ao centro
visual do cérebro através dos olhos, influência
determinados setores do sistema vegetativo, os quais
comandam a totalidade do metabolismo e das funções
nervosas do corpo [1].
Observe-se que, neste sentido, há uma relação
definida entre a idade do ser humano e a quantidade de
luz necessária ao desempenho de uma dada tarefa. Uma
pessoa de 60 anos, por exemplo, necessita de,
aproximadamente, 15 vezes mais luz que uma criança de
10 anos para executar uma mesma tarefa.
Desta forma, além de aumentar a facilidade de
visão, uma iluminação adequada:
a) aumenta da capacidade de concentração;
b) incrementa o prazer no trabalho;
c) reduz a estafa; e,
d) diminui erros e acidentes;
Assim, a boa iluminação contribui para maior
conforto, bem estar e segurança.
Há quatro requisitos básicos para que ela seja
alcançada [2], ou seja:
 Quantidade de luz;
A quantidade de luz deve ser orientada
especificamente para a superfície que se
pretende enxergar Quanto menor for o
detalhe, ou mais baixo o contraste, maior
quantidade de luz necessitam os olhos para o
seu trabalho;
 Equilíbrio da iluminação
A distribuição adequada da iluminação é
muito importante para o rendimento e
conforto visuais. O contraste demasiado,
produz um efeito de agitação que por vezes
pode ter resultados desastrosos no que diz
respeito ao rendimento visual. Por outro lado,
demasiadas faltas de sombra não
proporcionam boa impressão tridimensional
relativamente a pessoas e objetos, tornando
mais difícil a sua identificação. É necessário
um equilíbrio sensível, isto é, evitar uma
iluminação direcional muito difusa, ou
demasiado forte,
 Ofuscamento
O ofuscamento, quer direto da fonte de luz,
quer refletido, resulta normalmente em
desconforto ou, em casos extremos, pode
conduzir à incapacidade de visão
(ofuscamento provocado por faróis de
automóvel). O ofuscamento desconfortável é,
em geral, experimentado por pessoas
expostas a um menor ofuscamento durante
períodos de tempo prolongados. É
freqüentemente acompanhado por sensações
de fadiga ou dor de cabeça, sem que a pessoa
identifique a causa. Pode, por exemplo,
resultar de uma instalação de iluminação com
lâmpadas fluorescentes desprotegidas
montadas em trilhos.
 Reprodução de cor
As cores dos objetos são parcialmente
determinadas pela natureza da luz sob a qual
são vistas. O modo como a luz reproduz as
cores designa-se por reprodução de cor. A
luz produzida por algumas lâmpadas é
notoriamente semelhante à luz do sol cuja
reprodução de cor é considerada a
verdadeira. Outras lâmpadas produzem luz
que torna difícil a distinção entre as cores
Este fato deve ser tomado em consideração
quando da seleção de uma fonte de luz, pois
a reprodução de cor necessária, varia de
aplicação para aplicação. Há casos em que é
importante ver as cores tais como à luz do
dia, como, por exemplo, em aplicações nos
hospitais, trabalhos de impressão e galerias
de arte.
Portanto, os sistemas de iluminação devem
proporcionar:
 Luz uniforme sobre todos os planos de
trabalho, difusa, bem dirigida e distribuída
para evitar sombras e contrastes nocivos;
 Iluminação com o mínimo de ofuscamento,
direto ou refletido;
 Reprodução de cores compatível com a
natureza do trabalho.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 25
2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS
A luz é uma radiação eletromagnética que, ao
penetrar no olho, produz uma sensação de claridade.
A luz visível possui comprimentos de onda entre
380 e 780 nanômetros , ou seja 10-9m, o que corresponde
a 10 ( ngström). Cada comprimento de onda causa nos
olhos uma sensação de cor diferente.
O limite inferior do espectro visível equivale aos
raios ultravioletas e, o superior, ao infravermelhos.
O sistema de medidas luminotécnicas possui
quatro grandezas fundamentais, denominadas, ou seja:
 Fluxo luminoso (φφφφ)
É a potência total emitida por uma fonte de
luz e capaz de estimular a retina ocular à
percepção da luminosidade. Sua unidade é o
lúmen (lm).
Figura 1 – Fluxo luminoso
Também é possível definir a eficiência
luminosa de uma fonte como sendo a relação
entre o fluxo luminoso e a potência elétrica
necessária para produzi-la. Sua unidade é
lm/W.
Figura 2 – Conceito de eficiência luminosa
 Intensidade luminosa (I)
É a potência de radiação visível em uma
determinada direção. Sua unidade é a
candela (cd).
Figura 3 – Conceito de intensidade luminosa
A definição desta grandeza é importante, pois as
fontes de luz não emitem o mesmo fluxo luminoso
em todas as direções. Tal fato resulta no
estabelecimento das chamadas “curvas
fotométricas” ou “de distribuição luminosa
(CDL)”
Nestas curvas aintensidade luminosa é mostrada
na forma de um diagrama polar em termos de
candelas por 1.000 lúmens de fluxo. A figura 4
mostra exemplos destas curvas.
Figura 4 – Curvas de distribuição luminosa ou
fotométrica
 Iluminamento ou Iluminância (E)
É a relação entre o fluxo luminoso incidente
(φ) sobre uma superfície e sua área (A), ou
seja:
A
E
φ
= (1)
Figura 5 – Conceito de iluminância.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 26
Quanto mais elevada a exigência visual
da atividade, maior deverá ser o valor da
iluminância média (Em) sobre o plano de
trabalho. A norma NBR - 5413 [3] define os
seus valores mínimos, os quais são
transcritos na tabela 1.
Descrição da Atividade Em
(lux)
Depósito 200
Circulação / Corredor / Escadas 150
Garagem 150
Residência ( cômodos gerais ) 150
Sala de leitura ( biblioteca ) 500
Sala de aula ( escola ) 300
Sala de espera 100
Escritório 500
Sala de desenhos 1000
Editoras ( impressoras ) 1000
Lojas ( vitrines ) 1000
Lojas ( sala de vendas ) 500
Padarias ( sala de preparação ) 200
Lavanderias 200
Restaurantes ( geral ) 150
Laboratórios 500
Industria / montagem ( atividade
visual de precisão )
500
Industria / inspeção ( atividade de
controle de qualidade )
1000
Industria ( geral ) 200
Industria / soldagem ( atividade de
muita precisão )
2000
Tabela 1 - Iluminância necessária para
algumas atividades [3]
 Luminância (L).
A luminância de uma fonte de luz em uma
dada direção é a medida da sensação da
claridade luminoso no olho, ou seja:
A
I
L = (2)
Sua unidade é o “nit” ou “cd/m2”.
 Índice de Reprodução de Cores (IRC).
É a capacidade de reproduzir as cores com
maior fidelidade ou precisão. A luz do sol foi
tomada como referência. Deu-se à luz solar o
índice 100 e a partir desse número é medida
a maneira como a luz das lâmpadas reproduz
as cores. A cor é fundamental para a
concretização de negócios ou para o bem-
estar das pessoas. Em uma loja, o cliente
pode avaliar melhor sua compra. Nos
escritórios, o ar mais saudável dos
funcionários melhora a disposição da equipe.
Em restaurantes e cozinhas, a melhor
visualização das cores dos alimentos, sem
distorções, aumenta o apetite.
Grupo IRC Aparência Aplicações
Fria
Indústrias texteis,
gráficas e de tintas
Neutra
Galerias de arte,
museus, hospitais e
joalherias
1 ≥ 85
Quente
Residências, hotéis
restaurantes e
livrarias
Fria
Indústrias leves,
escritórios, escolas
e magazines (em
climas quentes)
Neutra
Indústrias leves,
escritórios, escolas
e lojas
2 70 a 85
Quente
Indústrias leves,
escritórios, escolas e
lojas (em climas
frios)
3 < 70
Interiores onde a
eficiência é de maior
importância que a
reprodução de cor
S
(especial)
Aplicações especiais
Tabela 2 – Índice de reprodução de cores e
atividades típicas [4]
 Temperatura da Cor.
As cores possuem uma temperatura associada
em graus Kelvin (K). Quanto maior a
temperatura, mais fria é a cor e vice-versa.
Com a temperatura de cor das lâmpadas, cria-
se a atmosfera de um ambiente. As
temperaturas de cor mais baixas (quentes) dão
uma sensação de aconchego e tranqüilidade,
pois se parecem com a luz solar da aurora e do
entardecer. São indicadas para restaurantes,
hotéis e residências. As temperaturas médias
(neutras) lembram a luz do sol da manhã,
criando uma atmosfera convidativa. Indicadas
para hospitais, museus, lojas, magazines e
escritórios. As altas temperaturas (frias)
lembram a luz de um céu claro e dão sensação
de limpeza e atividade. São adequadas para
indústrias, grandes escritórios, lojas de
eletroeletrônicos e informática.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 27
3.0 – LÂMPADAS
Entre as fontes de luz artificial, as lâmpadas
elétricas são as que propiciam maior conforto e
eficiência. Na atualidade, elas se dividem em dois
grandes grupos, ou seja:
 Incandescentes; e, de
 Descarga.
3.1 – Lâmpadas Incandescentes
Produzem energia luminosa a partir da
incandescência de um filamento de tungstênio, o material
que mais se adaptou às elevadas temperaturas verificadas
no interior das lâmpadas onde existe vácuo ou um gás
inerte.
As suas partes principais são a base, o bulbo e o
filamento.
Figura 6 – Partes da lâmpada incandescente.
As bases podem ser do tipo rosca ou baioneta,
cada qual com finalidades específicas. O bulbos podem
ser do tipo globular comum, pêra, parabólico etc.
As lâmpadas incandescentes são fabricadas em
vários tipos e para as mais diversas aplicações, tais como:
 Uso geral:
Fabricados em acabamento do bulbo claro,
branco difuso ou leitoso ou colorido.
Proporcionam boa distribuição do fluxo
luminoso, eliminando sombras e
ofuscamento;
 Específicas:
Destinadas à locais sujeitos à vibrações
(como em tornos, por exemplo), à grandes
variações de temperatura (como em
refrigeradores, por exemplo) e para aparelhos
que necessitem de lâmpadas de extra baixa
tensão (6 ou 12 V);
 Decorativas:
Para ambientes onde se deseja uma
iluminação de destaque ou representação;
 Refletoras/defletoras ou espelhadas:
São fontes de luz de alto rendimento,
pequenas dimensões e facho concentrado e
dirigido. Permitem a obtenção de um fluxo
luminoso constante de alta intensidade e
distribuição precisa, devido ao formato do
bulbo e do espelho na sua superfície interna.
Figura 7 – Linha de lâmpadas incandescentes (Philips)
 Infravermelhas
Emitem radiação na faixa de ondas curtas da
radiação infravermelho. Possuem alto
coeficiente de reflexão, alto rendimento e
pequenas dimensões. São aplicadas em
indústrias que utilizem processos de secagem
em geral, principalmente de tintas, e em
criação de animais entre outras.
 Halógenas:
O funcionamento desta lâmpada é
semelhante ao da incandescente, possuindo
como característica a regeneração de seu
filamento. São fabricadas nos tipos
“lapiseira” ou “palito” e “dicróica”. As
dicróicas são disponíveis em duas versões
com potência de 50 W e tensão de 12 V,
sendo necessário o uso de transformador.
Suas aplicações típicas são em museus,
galerias de artes, exposições, hotéis e
restaurantes, lojas e magazines.
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 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 28
Figura 8 – Lâmpada dicróica
3.2 - Lâmpadas de Descarga
Baseiam-se na condução de corrente elétrica em
um meio gasoso, quando em seus eletrodos se forma uma
tensão elevada capaz de vencer a rigidez dielétrica do
meio. Tais elétrons ao chocarem-se com a pintura
fluorescente ou de cristais de fósforo no interior do tubo
emitem luz visível.
Estas lâmpadas possuem eficiências muito
superiores às das incandescentes e, portanto, oferecem
um fluxo luminoso muito maior com menos potência
absorvida da rede.
Os meios gasosos mais utilizados são o vapor de
mercúrio, de sódio ou argônio e, em função da pressão
interna exercida por eles, as lâmpadas de descarga podem
ser de alta ou de baixa pressão.
Existem vários tipos de lâmpadas de descargas
para atender às maisvariadas aplicações, ou seja:
 Fluorescentes;
 Vapor de sódio;
 Vapor de mercúrio;
 Luz mista;
 Vapor metálico;
 Multivapor metálico.
As fluorescentes são de baixa pressão, as de
vapor de sódio podem ser de baixa e alta pressão e as
demais, de alta pressão
3.2.1 - Lâmpadas Fluorescentes
As lâmpadas fluorescentes possuem um bulbo à
prova de ar e sob baixa pressão, que serve de
compartimento para um gás de enchimento, mercúrio,
cátodos e a camada de pó fluorescente.
O princípio de funcionamento de uma lâmpada
fluorescente consiste em se energizar o seu circuito de
alimentação, quando, então, os elétrons abandonam os
cátodos vagarosamente no convencional e rapidamente
nos de partida rápida. A tensão entre cátodos atrai os
elétrons, sendo que os que estiverem em excesso, ionizam
o gás de enchimento. Assim, a resistência do tubo
diminui, originando um arco. O fluxo de elétrons no arco
excita os dos átomos de mercúrio, mudando de órbita,
dando lugar à radiação. Tal radiação é absorvida pelo pó
fluorescente, causando a luminescência.
Os circuitos convencionais são composto por um
reator, “stater”, lâmpada e o receptáculo para ambos.
Os reatores são equipamentos eletromagnéticos
com bobinas enroladas em um núcleo de ferro e possuem
as funções de produzir a sobretensão no momento do
desligamento do starter e limitar a corrente. No momento
em que se dá a condução do gás, tudo se passa como se
houvesse um curto-circuito, pois a resistência elétrica
passa a ser quase nula, porém neste momento o reator age
como uma reatância, limitando a corrente. Eles podem ser
simples ou duplos, de alto ou baixo fator de potência.
Figura 9 – Reatores para lâmpadas fluorescentes
(Helfont).
O starter, por outro lado, baseia-se no princípio
do bimetal, isto é, um contato que no início do
funcionamento está fechado, mas que, com o
aquecimento da lâmina, abre o circuito, produzindo a
sobretensão necessária à partida da lâmpada. Utiliza-se
um capacitor em paralelo com o starter, cuja finalidade é
a absorção de centelhas que se formam na partida,
evitando as interferência em equipamentos de
telecomunicação.
Figura 10 – Stater. [5]
O circuito de partida rápida possui o reator com
enrolamentos separados para aquecerem continuamente
os filamentos das lâmpadas de partida instantânea. Desta
forma, dispensam o starter, pois no momento em que é
ligado o circuito já se produz a tensão suficiente à partida
da lâmpada.
Atualmente, estão sendo fabricados reatores
eletrônicos que são leves, com dimensões reduzidas e que
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 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 29
podem ser desligados automaticamente, em 5 segundos,
no caso de falha das lâmpadas. O seu fluxo luminoso
pode ser regulado de 10% a 100% em relação ao máximo
da lâmpada, através de controle manual ou automático.
Além disto, possibilitam uma economia de 60% de
energia, usando-se controladores eletrônicos de
iluminação. Devido à sua alta freqüência, apresentam
uma partida com pré-aquecimento dos eletrodos das
lâmpadas de forma mais eficiente, aumentando a sua vida
média em até 50% em relação aos eletromagnéticos.
Podem ser de partida rápida ou ultra-rápida
Existem muitos tipos de lâmpadas fluorescentes,
tais como as tubulares, as circulares, compactas, coloridas
e luz negra.
Figura 11 – Lâmpada fluorescente tubular (Osram).
Figura 12 – Lâmpadas fluorescentes compactas.
Figura 13 – Lâmpada fluorescente circular.
3.2.2 - Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão
Conhecidas como uma das fontes de luz artificial
mais eficientes disponíveis no mercado, apresentam:
 Alto rendimento luminoso de até 130 lm/W;
 Longa durabilidade;
 Significativa economia de energia;
 Economia nos custos de manutenção;
 Luz branca dourada;
 Posição de funcionamento: qualquer.
Amplamente utilizada na iluminação externa, em
avenidas, auto estradas, viadutos e complexos viários.
Tem seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicas
e, ainda, para locais específicos como aeroportos,
estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos.
Figura 14 – Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão
(Osram)
3.2.3 - Lâmpadas a vapor de mercúrio
Assim como as fluorescentes, este tipo de
lâmpadas também utilizam o princípio da descarga
através do vapor de mercúrio.
Elas não possuem o starter; pois a partida é dada
através de um resistor.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 30
Figura 15 – Partes da lâmpada a vapor de mercúrio [5].
Uma vez iniciado o arco entre um dos eletrodos
principais e o eletrodo auxiliar, o vapor de mercúrio
contido no tubo vaporiza-se, propiciando um meio
condutor favorável. Assim, entre os eletrodos principais
se forma um arco, produzindo-se energia luminosa em
escala visível, pois o vapor de mercúrio encontra-se em
alta pressão.
O tempo de partida de uma lâmpada de vapor de
mercúrio é de aproximadamente oito minutos, suficiente
para que o vapor de mercúrio se vaporize, enquanto na
fluorescente comum é de poucos segundos.
Elas produzem luz com aparência branca
azulada, , de alta intensidade, eficiência de até 55 Lm/W
e são fabricadas em potências de 80W a 1000 W. Sua luz
produz pouco calor, sendo esta uma vantagem em relação
às lâmpadas incandescentes.
Normalmente são utilizadas na iluminação de
vias públicas e áreas industriais.
Figura 16 - Lâmpada a vapor de mercúrio (Osram)
3.2.4 - Lâmpada mista
Estas lâmpadas, ao mesmo tempo
incandescentes e a vapor de mercúrio, são constituídas de
um tubo de descarga de mercúrio, ligado em série com
um filamento de tungstênio, Este filamento, além de
funcionar como fonte de luz, age como resistência,
limitando a corrente da lâmpada. As lâmpadas mistas têm
duas grandes vantagens sobre as lâmpadas a vapor de
mercúrio comuns, ou seja, não necessitam de reator e
podem ser usadas simplesmente substituindo a lâmpada
incandescente, sem necessitar de adaptação. O seu campo
de aplicação é semelhante ao das lâmpadas a vapor de
mercúrio, ou seja, iluminação de ruas, jardins, armazéns,
garagens, postos de gasolina etc..
No início do funcionamento é aceso o filamento
incandescente e aos poucos o mercúrio é vaporizado,
iniciando-se o processo da iluminação por meio do vapor
de mercúrio. A cor da luz é branca azulada, agradável à
vista e de ampla aplicação em exteriores.
Figura 17 - Lâmpada mista (Osram).
3.2.5 - Multivapor metálico
São lâmpadas em versões elipsoidal, refletora,
tubular, tubular bilateral e tubular com cabo, de baixa e
alta potência que, em geral, proporcionam:
 Luz extremamente branca e brilhante;
 Realçam e valorizam espaços e produtos;
 Iluminam com intensidade;
 Baixa carga térmica;
 Temperatura de cor de 3000 K a 6000 K;
 Índice de reprodução de cor de 60 a 93%;
 Necessitam de reatores/ignitores.
Figura 18 - Lâmpada multivapor metálico (Osram).
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 31
3.2.5 - Lâmpadas a vaporde sódio – alta pressão
O tubo de descarga de uma lâmpada de sódio de
alta pressão contém excesso de sódio, para dar condições
de saturação do vapor quando a lâmpada está
funcionando, e para permitir absorção interna na
superfície. Também é usado um excesso de mercúrio para
proporcionar um gás de proteção, e o xenon é incluído
sob baixa pressão para facilitar a ignição e limitar a
condução do calor do arco de descarga da parede do
bulbo.
O tubo de descarga, feito de óxido de alumínio
sinterizado para resistir a intensa atividade química do
vapor de sódio à temperatura de operação de 700º C, é
colocado num invólucro de vidro duro á vácuo.
As lâmpadas de sódio de alta pressão radiam
energia sobre uma grande parte do espectro visível e
proporcionam uma reprodução de cor razoável.
São fabricadas com uma eficácia de até 130
lm/W e uma temperatura de cor de aproximadamente
2100 K
As partes principais da lâmpadas de sódio são
ilustradas na figura 19.
1 - Eletrodos com Nióbio 2 - Tubo de descarga feito de óxido de
alumínio sinterizado 3 - Conjunto de montagem do tubo de descarga.
Ele tem um formato especial para evitar sombras no sistema ótico da
luminária. 4 - Conexão elétrica flexível 5 - Anel no qual o material de
condução é armazenado durante o seu funcionamento 6 - Tubo de
esgotamento do bulbo externo 7 - Conexões elétricas 8 - Tubo de vidro
duro externo 9 – Base
Figura 19 - Lâmpadas a vapor de sódio – alta pressão.
4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS
4.1 – Soquetes
São dispositivos que servem para a fixação das
lâmpadas por suas bases, permitindo a sua alimentação e
facilitando a sua substituição.
Também são conhecidos por porta-lâmpadas ou
suportes.
Figura 20 - Soquetes
4.2 - Plafoniers
São dispositivos destinados a suportar os
receptáculos ou soquetes para lâmpadas incandescentes
ou fluorescentes compactas, os globos (PVC ou vidro) e
dar condições de fixação de todo o conjunto no teto ou
parede. [6].
Suas dimensões variam de acordo com o
tamanho do globo que devam suportar. Sua boca pode ser
de 3", 4" ou 6", sendo os mais utilizados os de 4" (100
mm de diâmetro).
Os "plafoniers" podem ser de alumínio (polido
natural ou anodizado em várias cores), de ferro oxidado
ou PVC.
Figura 21 - Tipos de "Plafoniers" [6]
4.3 - Luminárias
São aparelhos destinados a distribuir, filtrar e
controlar a luz gerada por uma ou mais lâmpadas e
contêm todos os equipamentos e acessórios necessários
para fixar, proteger e alimentar tais lâmpadas.
As luminárias se destinam à lâmpadas
incandescentes, fluorescentes, mistas, a vapor de
mercúrio, a vapor de sódio
Para cada aplicação existem tipos adequados de
luminárias, devendo o projetista da iluminação escolher
através de catálogos de fabricantes, a luminária que:
 mais se adapte ao local,
 propicie uma boa estética,
 apresente melhor rendimento, e,
 atenda as condições econômicas do comprador.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 32
Cada luminária possui uma curva fotométrica
própria, ou seja, cada uma distribui a luz da lâmpada de
modo particular e, em estudos mais avançados de
iluminação, são consideradas estas curvas a fim de se ter
um nível de iluminamento uniforme sobre o plano de
trabalho. A imagem da figura 22 mostra o efeito da
distribuição de luz em um plano vertical, sendo a linha
vermelha sobreposta correspondente à curva fotométrica.
Figura 22 – Diagrama de intensidade luminosa de uma
luminária – exemplo [7].
As luminárias para lâmpadas fluorescentes são
compostas pelas partes ilustradas na figura 23.
Figura 23 – Partes de uma luminária para lâmpadas
fluorescentes [7]
Existem luminárias que possuem difusores, que é
um acabamento externo destinado a "difundir" a luz, ou
seja, diluir de tal maneira o fluxo luminoso que o
ofuscamento seja evitado. Na luminária da figura 23, tem-
se o difusor de aletas, mas poderá ser do tipo “em
acrílico”.
Figura 24 – Luminária com difusor em acrílico.
Todos os difusores absorvem uma parte do fluxo
e, por isso, em locais menos requintados e em que se
deseja um fluxo intenso, como por exemplo, grandes
escritórios ou industrias, utiliza-se luminárias com luz
direta e sem difusores (nua).
As luminárias possuem um rendimento normal
quando seu refletor é feito em chapa e alto rendimento
quando o refletor é de alumínio.
Figura 25 – Comparação de consumos entre luminárias
Estas luminárias possuem os dois tipos de
reflexão ilustrados na figura 26.
Figura 26 – Tipos de reflexão em uma luminária para
lâmpadas fluorescentes
As luminárias ainda podem ser do tipo pendente,
ou seja, necessitam de suporte de fixação à caixa de
passagem no teto, ou do tipo plafonier (ou de sobrepor),
quando se fixam diretamente no teto.
a) Pendente (nua)
b) Plafonier ou de sobrepor
Figura 27 – Tipos de luminárias
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 33
A figura 28 mostra uma luminária pendente, tipo
abajur, para utilização de lâmpadas incandescentes ou
fluorescentes compactas. Por outro lado, se elas são
fixadas nas paredes, recebem o nome de “arandelas”.
Figura 28 - Arandela
5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO
5.1 – Interruptores Simples
São os controladores de circuito mais usados
ligando e desligando as lâmpadas. Podem ser de uma,
duas ou três seções.
Figura 29 – Interruptor de uma, duas e três seções
Devem ser ligados para interromper a fase e não
o neutro, de modo que se evite o risco de choques quando
ocorrer uma troca de lâmpadas.
5.2 – Interruptores paralelos (three-way)
Os interruptores paralelos, também conhecidos
por “three-way”, possuem três caminhos para a corrente e,
desta forma, permitem comandar uma mesma lâmpada de
dois pontos diferentes.
O aspecto externo de um three-way é o mesmo do
interruptor simples, porém na sua parte traseira possui três
terminais, sendo um deles denominado de comum, onde
será ligado a fase.
Figura 30 – Interruptor three-way
5.3 – Interruptores intermediários (four-way)
Os interruptores intermediários, também
conhecidos por “four-way”, possuem quatro caminhos
para a corrente e, desta forma, utilizando-os juntos com
dois three-way’s, permitem comandar uma mesma
lâmpada de três ou mais pontos diferentes.
a) Vista traseira
b) Ligação
Figura 31 – Interruptor four-way
5.4 – Minuteria
A “minuteria” é um dispositivo que controla o
tempo que a iluminação permanecerá ligado, desligando-
se automaticamente. São bastante empregados em
edifícios residenciais, onde a circulação de pessoas é
reduzida à noite. Nestes casos, economiza-se energia pois
evita-se a possibilidade de lâmpadas permanecerem
acesas desnecessariamente.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 34
Figura 32 – Aplicação de minuteria [6]
As minuterias atualmente disponíveis no
mercado são eletrônicas, embora hajam casos de se
encontrarem aquelas com dispositivo de relojoaria e de
contatos de mercúrio.
Figura 33 – Minuteriaeletrônica (Intral)
5.5 Interruptor Horário
O interruptor ou relé horário é um dispositivo
que possibilita programar, ligar e desligar
automaticamente circuitos elétricos em tempos
predeterminados, o que resulta em economia de energia.
Substituem, com vantagem, as minuterias porque podem
ser instalados nos halls dos andares do edifício, próximo
aos elevadores. Permitem a instalação em caixas comuns
4” x 2” e possuem um indicador luminoso para serem
facilmente localizados na escuridão.
Existem dois tipos de interruptores horário
quanto ao funcionamento e programação, ou seja, eles
podem ser eletrônicos ou motorizados, bem com, serem
diário ou semanal.
5.6 – Variador ou Controlador de Luz
São equipamentos que permitem variar a
intensidade luminosa de lâmpadas incandescente desde a
intensidade máxima ao desligamento total. Podem ser dos
tipos “potenciômetro” e “dimmer”, o qual é eletrônico.
Figura 34 – Dimmer e interruptor horário
5.7 – Sensor de presença
O interruptor automático por presença é
eletrônico e capta, através de um sensor infravermelho, a
irradiação de calor de pessoas, animais e objetos que
estejam nos limites perceptíveis do dispositivo.
Desta forma, possibilita o comando automático
da iluminação de ambientes fazendo que as lâmpadas
fiquem acesas somente na presença de pessoas,
proporcionando considerável economia de energia.
Há grande interesse em utilizá-lo em conjunto
com um sensor de luz. Neste caso, a iluminação se
acenderá somente se a luminosidade estiver abaixo de um
certo nível e houverem pessoas no recinto.
Figura 35 – Sensores de luz e de proximidade (Philips)
5.8 – Relé Fotoelétrico
O relé fotoelétrico é um elemento de controle
que opera em função da luminosidade recebida, ou seja,
ele ligará a lâmpada quando a intensidade luminosa for
inferior a um nível previamente determinado.
Figura 36 – Relé fotoelétrico (Ilumatic)
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] - Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -
Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard Blücher
Ltda., 1983;
[2] Philips do Brasil - “Os benefícios de uma boa
iluminação – Eficácia energética”;
[3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-
5413 – Iluminância de Interiores ”. Rio de Janeiro,
ABNT, 1980;
[4] - Philips – “Iluminação para Sua Melhor Qualidade
de Vida”;
[5] - Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995;
[6] - Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas
Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998;
[7] Lumicenter Engenharia de Iluminação – “Catálogo
Geral de 1999”.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
PARTE II:
PROJETOS DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 37
CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO
DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
“Os homens são sempre sinceros. Apenas trocam de sinceridade de vez em quando”.
 Tristam Bernard
RESUMO
O objetivo deste texto é o de fornecer diretrizes
para o desenvolvimento de um projeto de uma instalação
elétrica.
1.0 - INTRODUÇÃO
Quando há a solicitação para a elaboração de
um projeto completo, inicia-se um processo que envolve
várias etapas.
Inicialmente, é necessário que o projetista
receba informações do solicitante de tal modo que receba
subsídios para iniciar o trabalho criativo, onde deverá
imaginar como serão os seus usuários, quais os seus
comportamentos e que tipo e particularidades que
comporão o ambiente com o qual conviverão.
Além disto, é necessário que ele receba deste
solicitante ou do autor do projeto arquitetônico:
a) planta da situação do imóvel, com
identificação de sua numeração e dos logradouros
públicos mais próximos;
b) plantas de arquitetura do(s)
subsolo(s), térreo, garagem(ns), pavimentos
intermediário(s), playground, pavimento tipo, pavimento
diferentes do tipo, cobertura e casa de máquina de
elevadores e ar condicionado, cortes e fachadas;
c) plantas de estrutura referentes às
peças estruturais mais importantes, tais como lajes,
pilares, vigas, caso estas indicações não figurem no
projeto arquitetônico.
A seguir, o projetista deve elaborar um
anteprojeto, onde ele avalia quais são as melhores opções
para implementar a instalação com as características
imaginadas no processo de concepção, ou seja, as
diretrizes gerais que serão seguidas no projeto.
Ao finalizar o anteprojeto, o solicitante deve ser
consultado, verificando se este o aprova.
Em caso positivo, passa-se a elaborar o projeto
propriamente dito. Nesta etapa inicia-se a fase técnica,
onde é necessário adotar-se soluções de compromisso
entre os vários fatores envolvidos, pois, nem sempre,
eles são compatíveis entre si. São exemplos, a segurança,
a economia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também,
o uso racional da energia elétrica.
Em outras palavras, projetar uma instalação
elétrica para qualquer tipo de prédio ou local, consiste
basicamente em escolher, dimensionar e localizar de
maneira adequada os equipamentos e outros
componentes necessários, proporcionando a
transferência de energia elétrica desde uma fonte até os
pontos de utilização com as menores perdas possíveis.
O projeto completo deve ser encaminhado para a
aprovação do solicitante e da concessionária. Esta, por
sua vez, o aprovará, o aprovará com ressalvas ou exigirá
uma revisão completa ou parcial.
2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO
Um projeto é a representação escrita de uma
instalação e, portanto, consiste, basicamente, em um
conjunto de desenhos e documentos.
Desta forma, para a sua elaboração é
fundamental que o projetista conheça e obtenha as
normas, prescrições e regulamentos pertinentes ao
fornecimento de energia elétrica e ligações telefônicas
das concessionárias do local em que o imóvel será
construído, bem como, as da ABNT, principalmente a
NBR - 5410.
Os itens que compõe um projeto elétrico
completo em instalações de uso coletivo são:
 Memorial Descritivo;
 Memorial de Cálculo, compreendendo:
 Cálculo da demanda;
 Dimensionamento dos condutores;
 Dimensionamento dos condutos;
 Dimensionamento das proteções.
 Plantas
 Planta de localização;
 Planta de todos os pavimentos e das áreas
comuns.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 38
 Esquemas Verticais (Prumadas)
 Elétrica;
 Antena coletiva;
 Porteiro eletrônico;
 Instalações Complementares, tais como:
alarme, segurança, iluminação de
emergência, etc.).
 Quadros:
 Quadros de distribuição de cargas;
 Diagramas multifilares (ou unifilares).
 Detalhes:
 Entrada de serviço;
 Caixa seccionadora;
 Centros de medição;
 Pára-raios;
 Caixas de passagem;
 Aterramentos;
 Outros (conforme a necessidade).
 Simbologia e convenções;
 Especificações;
 Lista de Materiais.
Comtais documentos, deve-se recolher uma
ART junto ao CREA local e solicitar através de uma carta
a aprovação da concessionária.
3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO
DE UM PROJETO
Para se obter todos os itens que compõe um
projeto elétrico deve-se empregar uma seqüência de
procedimentos como os fornecidos e analisados a seguir.
3.1 – Obtenção de Informações Preliminares
Esta etapa é grande importância para se elaborar
um bom projeto. Nela, deve-se obter as informações
necessárias das diversas fontes, com o maior grau de
detalhamento possível, de maneira a estabelecer a
concepção geral do projeto a ser desenvolvido. Elas são:
 Projeto arquitetônico
Para efetuar um projeto elétrico é fundamental
obter-se o projeto arquitetônico com as
respectivas plantas, cortes, detalhes e fachadas,
entre outros. Esta documentação fornece as
dimensões, inclusive pé-direito, de todos os
recintos e áreas externas, bem como a sua
respectiva utilização, permitindo o traçado dos
circuitos, a determinação dos caminhos onde
eles serão implementados e a especificação dos
materiais a serem utilizados.
Figura 1 – Exemplo de projeto arquitetônico.
 Projetos complementares:
Projeto estrutural, projetos de instalações
sanitárias, de águas pluviais, de combate a
incêndio, de sonorização e outros. Neste ponto,
devem ser observadas possíveis restrições e
interferências com vigas, pilares, espessura de
lajes, cruzamento de tubulações, localização de
prumadas e quadros. Observe-se que o projeto
das instalações elétricas deve ser elaborado em
harmonia com os demais projetos de utilidades
do edifício [1].
 Planta de localização
Como dado básico de projeto, deve ser
verificada a existência de rede de energia
elétrica que possibilite atender a instalação a
ser projetada, o tipo de fornecimento e
possíveis pontos de derivação para o
atendimento.
Em geral, as concessionária exigem que
constem nas plantas de centro de medição ou
de transformação, a localização do imóvel
com a distância do ramal de entrada ao ponto
de entrega do consumidor e a sua situação.
Observe-se que se a rede não existir ou a
potência demandada prevista atingir níveis
preestabelecidos elas citadas concessionárias,
é necessário solicitar um estudo de ampliação
de rede. Se ela for necessária, é prática usual o
solicitante arcar com o custo desta ampliação.
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 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 39
Figura 2 – Planta de localização do imóvel
 Informações obtidas com o proprietário,
arquiteto ou responsável:
É conveniente obter com o proprietário,
arquiteto e/ou responsável pelo imóvel os
detalhes de pontos de utilização conforme às
suas necessidades, as possíveis cargas ou
aparelhos especiais, como os de ar
condicionado, aquecedor e outros, se há
preferência pela utilização de determinadas
linhas de materiais e sistemas de instalações;
bem como se há previsão para futuros
acréscimos de cargas, sistemas e utilização de
alimentação elétrica de segurança.
3.2 – Simbologia e Convenções
A elaboração de um projeto elétrico completo
resulta no traçado de várias plantas. Para orientação do
pessoal de obra e em consultas ao projeto, facilitando a
localização de cada parte do conjunto de plantas, é
importante que em todas as folhas de desenho haja um
referencial, com o número e a descrição das demais
folhas e o selo identificatório. A figura 3 ilustra o
exposto, mostrando, adicionalmente, os campos
indispensáveis que devem ser relacionados no selo.
Figura 3 - Selo e referencial de desenhos
Nestes desenhos, assim como em qualquer um,
a utilização de legendas, a qual deve incluir a simbologia
empregada, é fundamental para que seja possível a sua
plena compreensão. A figura 4 fornece um exemplo.
Figura 4 – Exemplo de Legenda com simbologia
Eventuais notas serão escritas no rodapé das
plantas ou logo acima do selo identificatório. Uma nota
referente à isenção de responsabilidade técnica diante
das alterações do projeto aprovado sem consentimento
do autor, sempre deverá estar constando em pelo menos
uma das folhas do desenho.
Figura 5 - Exemplo de notas
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3.3 - Quantificação do Sistema
Com as informações e documentação obtidas, o
projetista estará apto para efetuar uma previsão das
cargas que serão utilizadas na instalação, tanto em termos
da quantidade de pontos de utilização, quanto da potência
nominal dos mesmos. Elas são:
 Iluminação;
 Tomadas de uso geral e específico;
 Cargas especiais tais como elevadores, bombas
de recalque de água, de drenagem e de
combate a incêndio.
3.5 - Determinação do Padrão de Atendimento:
Quantificadas as cargas deve-se determinar,
conforme estabelecido em normas específicas da
concessionária, a:
 Demanda e categoria de atendimento de cada
consumidor;
 Demanda do edifício e classificação da entrada
de Serviço.
3.4 – Diagramas em Planta
O diagrama em planta mostra fisicamente onde
se colocar interruptores, tomadas, quadros de luz,
condutores, eletrodutos, ou seja, a distribuição dos
circuitos elétricos. Desta forma, permite a execução do
projeto na obra civil.
Este diagrama engloba:
 Desenho dos pontos de utilização;
 Localização dos Quadros de Distribuição de
Luz (QL's) e Quadros de Força (QF's);
 Divisão das cargas em circuitos terminais;
 Desenho das tubulações dos circuitos terminais;
 Traçado da fiação dos circuitos terminais.
Observe-se que devem ser traçados os
diagramas de todos os pavimentos, incluindo o
pavimento tipo, térreo, cobertura e áreas comuns no caso
de condomínios.
A figura 6 mostra parte de um diagrama em
planta de uma determinada instalação.
Figura 6 – Diagrama em planta (parte) – Distribuição elétrica
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Normalmente inclui-se no diagrama em planta
do pavimento térreo a localização do centro de medição,
com o traçado da tubulação e fiação dos circuitos
alimentadores.
Figura 7 – Centro de medição (Exemplo)
3.5 – Especificação dos Componentes dos Circuitos
Com o conhecimento das cargas e respectiva
distribuição em circuitos, considerando as normas
técnicas aplicáveis a cada caso e os catálogos de
fabricantes, efetua-se a especificação de:
 Condutores;
 Tubulações;
 Dispositivos de proteção; e,
 Quadros.
3.6 - Quadros de Carga e Diagramas Unifilares
Nesta etapa, são elaborados:
 Quadro de cargas que possuem a função de
representar a distribuição e o dimensionamento
dos circuitos.
Figura 8 – Quadro de cargas
 Diagrama unifilar, que é a representação de
um sistema elétrico por uma de suas fases Este
diagrama dá uma idéia bastante clara da
alimentação de energia elétrica de uma instalação,
de seus dispositivos de comando e proteção, bem
como os valores nominais de todos os
equipamentos. As figuras 9 e 10 ilustramo
exposto para um determinado consumidor e o de
toda a instalação (geral).
Figura 9 – Diagrama unifilar de um consumidor
Figura 10 – Diagrama unifilar geral
3.7 – Desenhos Complementares
São desejáveis a elaboração de vários desenhos
complementares, incluindo, principalmente detalhes
construtivos, de modo a facilitar a interpretação do
projeto.
Observa-se que , quanto mais detalhado for um
projeto, mais fielmente ele poderá ser executado.
Os exemplos mais comuns destes desenhos são
os de:
 Subestações ou estaleiros (se for o caso);
 Prumadas, que são a disposição vertical dos
circuitos
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Figura 11 – Prumadas – Esquemático de elétrica
 Detalhes de montagem da caixa de medição,
com cortes, detalhes de postes, fiação,
unifilares dos medidores;
Figura 12 – Detalhe da caixa de medição
 Detalhes de montagem das caixas de
distribuição e/ou seccionadoras (se
houverem).
Figura 13 – Caixa de distribuição – Vista frontal com
porta fechada
Figura 14 – Caixa de distribuição – Vista frontal com
porta aberta
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Figura 15 – Caixa de distribuição – Fiação padrão
Figura 16 – Caixa de distribuição – Furação
 Detalhe do aterramento e poste
Figura 17 – Detalhe do aterramento
Figura 18 – Detalhe do poste
3.8 - Memorial Descritivo
Também denominado memorial de execução,
descreve sucintamente as instalações e justifica as
opções adotadas. Composto, basicamente, por:
 Dados básicos de identificação do projeto;
 Dados quantitativos do projeto;
 Descrição geral do projeto; e,
 Documentação do projeto.
3.9 - Memorial de cálculo:
Contém exatamente todos os cálculos realizados
no projeto de modo a justificar as decisões tomadas e
facilita quanto à possíveis modificações que ocorrerem
durante a execução da obra.
Consta de:
 Cálculos das previsões de cargas;
 Determinação da demanda;
 Dimensionamento de condutores;
 Dimensionamento de eletrodutos;
 Dimensionamento dos dispositivos de proteção.
Tais dados na maioria dos casos é exigência
obrigatória das concessionárias para a liberação e
aprovação do projeto.
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 Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 44
Uma outra justificativa para a sua elaboração é
que ocorre um intervalo de tempo entre a aprovação do
projeto e a sua execução, bem como sempre existem
modificações a serem feitas. Através do memorial de
cálculos, poupa-se tempo em tentar-se lembrar como as
eventuais modificações alteraram o projeto original.
Como um parâmetro básico de procedimento,
sugere-se que todas as correções efetuadas durante a
execução sejam claramente indicadas nos desenhos, para
que eles sejam um retrato fiel da instalação, facilitando o
trabalho em alterações e manutenção futura.
Um exemplo de memorial encontra-se no
Anexo I.
3.10 - Relação de materiais
É a descrição quantitativa e qualitativa dos
materiais a serem utilizados na execução da obra. Os
referidos materiais deverão ser listados em ordem
alfabética e com itens em ordem crescente, com
referência e códigos, e dois ou mais fabricantes. A
Tabela 1 apresenta um exemplo para um sistema de
bomba de incêndio.
Item Material Descrição Qtd. Un Fabr.
Preço
Unt. (R$)
Preço
Tot. (R$)
01 Contator Principal Tensão 220 VCA; 32 A - ref. 3TF4422 01 pç Siemens 78,70 78,70
02 Relé Térmico 3UA5200 - 16/25 A 01 pç Siemens 28,48 28,48
03 Seccionador Chave tipo Cebel 36 A 01 pç Cebel 49,60 49,60
04 Caixa para
Montagem Elétrica
Código MA-041 - Alt. 400 mm - Larg.
300 mm Prof. 200 mm
01 pç Elsol 40,00 40,00
05 Fusível Tipo NH - 25 A ou Diazed 03 pç Siemens 4,25 12,75
06 Base para Fusível Tipo NH - 25A tala 00 ou Diazed 03 pç Siemens 4,16 12,48
07 Fusível Tipo Diazed 16 A 02 pç Siemens 0,51 1,02
08 Base para Fusível Tipo Diazed 16 A 02 pç Siemens 4,50 9,00
09 Botoeira liga /
desliga
Tipo quebra vidro e martelo - ABAC
0071
15 pç Ascael 19,00 285,00
10 Lâmpada Sinalização c/ tampa de acrílico 2 pç Blindex 1,00 2,00
11 Fio Elétrico Bitola 4 mm2 1000 V - Sintenax 400 m Pirelli 0,60 240,00
12 Botoeira Liga/desliga p/ painel 2 pç Blindex 5,00 10,00
Total 769,03
Tabela 1 – Exemplo de lista de material – Sistema de bomba de incêndio.
3.11 - ART
Para a apresentação do projeto para a análise da
concessionária e para o próprio acervo técnico do
profissional, ele deverá recolher uma ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica junto ao CREA local. O valor
a ser pago depende do cobrado para a elaboração do
projeto.
3.12 - Análise da Concessionária
As concessionárias, de uma forma geral, exigem
avaliar a adequação do padrão de fornecimento, à entrada
de serviço e à rede de alimentadores até a terminais
(prumada). Portanto é necessário dar entrada do projeto,
juntamente com a ART, para análise dos seus órgãos
técnicos.
Observa-se que a aprovação por parte da
concessionária, em hipótese alguma, exime o projetista de
sua responsabilidade técnica
3.13 - Revisão do Projeto (se necessário)
O projeto pode ser aprovado, aprovado com
restrições e reprovado.
Nas duas últimas condições, é necessário
providenciar adequações ou modificações para satisfazer
as exigências da concessionária.
O projeto, nesta situação, deve ser reapresentado
para nova análise.
3.14 - Aprovação da Concessionária
A aprovação da concessionária é o atestado de
que o projeto das instalações está de acordo com os seus
padrões e normas. Desta forma, o solicitante do projeto
poderá efetuar a montagem das instalações e,
posteriormente, o pedido de ligação à rede pública de
distribuição de energia.
4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO
Para se obter todos os itens que compõe um
projeto elétrico completo de forma racional e organizada,
sugere-se que seja adotado a seqüência de procedimentos
fornecidas no fluxograma da figura 19.
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Figura 19 – Roteiro para a elaboração de um projeto elétrico.
ReprovadoAprovado com
Restrições
Aprovado
Início
Informações Preliminares
Obter:
 Projeto arquitetônico
 Projetos complementares
 Planta de localização
 Informações com o proprietário, arquiteto ou responsável
Determinar Cargas
 Iluminação;
 Tomadas de uso geral e específico;
Especiais
Desenhar Quadro de Carga e Anotar as
Cargas Correspondentes
Distribuir Circuitos
Determinar
 Demanda e categoria de atendimento de cadaconsumidor;
 Demanda do edifício e classificação da entrada
de Serviço.
Escolher Simbologia e Traçar
Diagramas em Planta:
Pavimento Tipo, Térreo e Outros, Áreas Comuns
Especificar
 Condutores;
 Tubulações;
 Dispositivos de proteção; e,
Quadros.
Preencher Quadro de Carga e
Traçar os Diagramas
Unifilares
Desenhar Complementos:
 Subestações ou estaleiros;
 Prumadas;
 Detalhes de montagem da caixa de medição
 Detalhes de montagem das caixas de distribuição
e/ou seccionadoras
 Detalhe do aterramento e poste
Elaborar o Memorial Descritivo
 Dados básicos de identificação do projeto;
 Dados quantitativos do projeto;
 Descrição geral do projeto; e,
Documentação do projeto.
Memorial de Cálculo
 Cálculos das previsões de cargas;
 Determinação da demanda;
 Dimensionamento de condutores;
 Dimensionamento de eletrodutos;
 Dimensionamento dos dispositivos de proteção.
Recolher ART
Dar Entrada do Projeto
Concessionária
Efetuar Alterações
Análise
Concessionária
Fornecer toda a Documentação Para o
Cliente Efetuar Montagem
Relação de Materiais
Fim
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 Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 46
5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observe-se que, toda informação que facilite a
execução do projeto, bem como, todos os detalhes,
devem ser incluídos nos desenhos e mencionados no
memorial descritivo, preferencialmente. Quaisquer
dúvidas deverão ser eliminadas, por mais simples que
elas possam parecer, para que o executor tenha
condições de implantar o proposto do modo em que ele
foi concebido.
O projeto é um dos investimentos de maior
importância para se obter bons resultados finais em
qualquer empreendimento. Sendo assim, o projetista
deve ser extremamente criterioso e buscar soluções que
possibilitem uma obra de qualidade ao menor custo
possível.
A qualidade é quesito fundamental no mercado
competitivo do momento. Observe-se que ela deve se
manifestar em todos os aspectos, não apenas em um
projeto tecnicamente perfeito.
Pode-se citar como exemplos de qualidade no
projeto:
a) Memorial descritivo bem elaborado,
estruturado em capítulos, itens e sub-itens;
b) Elaboração de lista de materiais com o
maior número de informações possíveis;
c) Especificação de componentes e
equipamentos que possuam certificado da
série ISO 9000;
d) Desenhos realizados utilizando o
“software” AutoCad ou semelhante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Lima Filho, D.L. – “Projetos de Instalações Elétricas
Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998.
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 Capítulo 5: Previsão de Cargas - 47
CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS
"E porque não dissemos nada, não podemos dizer mais nada"
Maiakowsky
RESUMO
Este capítulo apresenta metodologias para a
previsão de cargas de uma instalação residencial ou
comercial, incluindo os setores industriais não ligados à
produção, escritórios, depósitos e outros. São
consideradas as cargas referentes à iluminação e os
vários tipos de tomadas.
1.0 - INTRODUÇÃO
As cargas em instalações elétricas são aqueles
referentes à iluminação e às tomadas, às quais solicitam
da rede elétrica uma determinada potência.
Em um projeto, é necessário que haja uma
estimativa destas cargas, de forma que sejam definidas a
potência, a quantidade e a localização de todos os pontos
de consumo de energia elétrica da instalação.
Para os sistemas de iluminação, emprega-se
nesta estimativa os métodos do W/m2 ou o do lúmens.
No caso das tomadas, elas são classificadas
como de uso geral ou de uso específico em instalações
prediais.
As de uso geral destinam-se, usualmente, aos
eletrodomésticos. As de uso específico, por outro lado,
são empregadas para equipamentos de potência elevada
e/ou que exijam instalação em local predeterminado, tais
como, condicionadores de ar, chuveiros e torneiras, entre
outros.
Para edificações destinadas à habitação a NBR
5410 [1] estabelece os critérios para a estimativa das
potências e quantidades de tomadas, enquanto que para as
instalações comerciais e industriais não o faz.
2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO
A iluminação em locais destinadas à habitações
tais como pequenos escritórios, cômodos e dependências
de unidades residenciais, geralmente não oferece maiores
problemas, dispensando um projeto formal. No entanto,
deve-se observar algumas condições básicas, ou seja:
 Todo recinto deve, necessariamente, conter
pelo menos um ponto de luz comandado por
interruptor na parede;
 Deve-se prever arandelas acima da pia e
espelho em banheiros;
 As arandelas, conforme a NBR 5010, devem
estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite
do boxe.
A potência mínima para a iluminação com
lâmpadas incandescentes sugerida pela NBR 5410, é:
para:
Recintos com área Quantidade Mínima
Igual ou inferior a 6 m2 100 VA
Superior a 6 m2
100 VA para os primeiros 6
m2, acrescidos de 60 VA
para cada aumento de 4 m2
inteiros, desprezando-se
valores inferiores
Se as lâmpadas forem fluorescentes, pode-se
utilizar 25 % dos valores citados.
De forma a estabelecer um iluminamento médio
de 100 lux para instalações residenciais e 150 lux para as
não residenciais, emprega-se a densidade de carga (W/m2)
fornecida a seguir.
Tipo de local Incandescente Fluorescente
Residências (todos os
cômodos) 20 8
Atividades comerciais e
escolas 30 12
Hotéis e semelhantes 20 8
Assim, a potência total das lâmpadas (PTL) é:
2
2 )( recinto do Área
m
WmPTL = (1)
Caso se utilize lâmpadas fluorescentes alguns
passos adicionais devem ser dados, ou seja:
 Determinar o número de lâmpadas (nLAMP)
através de:
LAMP
n
LAMP P
P
n = (2)
Onde LAMPP é a potência da lâmpada escolhida.
Se o resultado for um número impar, deve-se
utilizar o número par imediatamente
superior, de forma que as luminárias e o
reator possam ser duplos. O reator deve ser
duplo devido ao fato de que possui um fator
de potência maior que o simples;
 Determinar em um catálogo a potência de um
reator para cada par de lâmpadas.
 Calcular a potência elétrica total considerando
lâmpadas e reatores.
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 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 5: Previsão de Cargas - 48
3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO –
MÉTODO DOS LÚMENS
Para grandes áreas, é conveniente empregar-se o
“método dos rendimentos” para o cálculo da carga total e
número de lâmpadas fluorescentes. O seu objetivo básico
é o de obter o fluxo luminoso necessário para obter um
determinado iluminamento médio. Os seus
procedimentos são descritos em capítulo específico sobre
projetos de iluminação.
4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À
HABITAÇÃO
A NBR 5410 estabelece o número mínimo de
tomadas e as respectivas cargasmínimas, apenas para
residências, acomodações de hotéis, motéis e similares,
ou seja, para edificações com fins de habitação.
4.1 – Tomadas de uso específico
No caso de tomadas de uso específico deve-se
determinar as potências dos aparelhos que elas
alimentarão. O número de tomadas, evidentemente, é
igual ao de aparelhos.
Note-se que, a potência prevista para as tomadas
deve ser a nominal do aparelho a ser alimentado, ou,
quando esta não for conhecida, uma estimativa da maior
carga com possibilidade de ser ligada à elas.
A tabela 2 apresenta alguns valores típicos de
potência de vários aparelhos.
Aparelho Carga (W)
50 a 100 1.000
150 a 200 1.250
250 1.500
300 a 350 2.000
Aquecedor de Água Central 
capacidade em litros de
400 2.500
Aquecedor de Água Local 4.000 a 8.000
Aquecedor (Ambiente) 700 a 1.300
Cafeteira 1.000
Chuveiro 3.000 a 8.800
Congelador (Freezer) 350 a 500
Copiadora (Tipo Xerox) 1.500 a 6.500
Exaustor (para cozinha) 300 a 500
Ferro de Passar Roupa 400 a 1650
Forno de Microondas 700 a 2000
Forno Residencial 4.500
Freezer (congelador) 300 a 550
Geladeira doméstica 150 a 550
Lavadora de prato 1.200 a 1.800
Lavadora de roupa 750 a 1.800
Secador de Cabelos 500 a 1 200
Secador de Roupa 4.000 a 6.000
Torneira 2.500 a 3.200
Torradeira 500 a 1.200
Triturador de lixo 300 a 600
Observe-se que, as tomadas para utilizações
especificas, devem ser instaladas a, no máximo, 1,5 m do
local previsto para o aparelho.
4.2 – Tomadas de uso geral
Para as tomadas de uso geral adota-se como
base para o cálculo da carga uma potência de 100 VA e as
suas quantidades mínimas são para:
Recinto Quantidade Mínima
Cômodos ou
dependências com
área igual ou
inferior a 6m2
No mínimo 1 tomada
Cômodos ou
dependências com
mais de 6m2
No mínimo 1 tomada para cada
5m ou fração de perímetro,
espaçadas tão uniformemente
quanto possível
Subsolos, varandas,
garagens ou sótãos
1 tomada independente da área,
pelo menos
Banheiros
1 tomada junto à pia, com uma
distância mínima de 60 cm do
boxe, independente da área.
4.3 – Tomadas em cozinhas, copas, copas-cozinhas,
áreas de serviço e lavanderia
Para estes recintos, a quantidade mínima de
tomadas é de:
 1 tomada para cada 3,5 m, ou fração, de
perímetro, sendo que acima de cada bancada
ou largura igual ou inferior a 30 cm deve ser
prevista pelo menos 1 tomada.
Neste caso, obrigatoriamente, até 3 tomadas
devem ser consideradas com potência de 600 VA. e, as
excedentes, 100 VA por tomada.
5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS
Em relação à escritórios comerciais (ou locais
análogos) e lojas a NBR 5410 [1] não traz quaisquer
referências quanto ao número mínimo de tomadas de uso
geral. Entretanto, sugere-se que, nestes locais, seja
atribuída a carga de 180 VA por tomada, no mínimo.
5.1 – Quantidade de tomadas em escritórios
comerciais ou locais análogos
Nos escritórios com áreas iguais ou inferiores a
40 m2, a quantidade de tomadas seja calculada baseando-
se no critério que resultar no maior número de tomadas,
escolhido entre:
 1 tomada para cada 3 m, ou fração, de
perímetro, ou
 1 tomada para cada 4 m2, ou fração, de área,
distribuídas tão uniformemente quanto
possível.
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 Capítulo 5: Previsão de Cargas - 49
Para escritórios com áreas superiores a 40 m2, a
quantidade de tomadas deve ser calculada tomando como
base o seguinte critério:
 10 tomadas para os primeiros 40 m2; e,
 1 tomada para cada 10 m2, ou fração, de área
restante, distribuídas tão uniformemente
quanto possível;
5.2 – Quantidade de tomadas em lojas
Em lojas devem ser previstas tomadas em
quantidade não inferior a:
1 tomada para cada 30m2, ou fração, não
computadas as tomadas destinadas à ligação de
lâmpadas, as tomadas de vitrinas e as destinadas
à demonstração de aparelhos;
6.0 – AR CONDICIONADO
A determinação das tomadas para
condicionadores de ar se diferencia de outras cargas, pois
depende do ambiente no qual será instalado.
Em [2] é apresentado um processo que permite
levantar a carga térmica do local a ser condicionado.
Entretanto, conforme [3], para uma noção dos valores a
serem utilizados pode-se, alternativamente, utilizar-se os
valores fornecidos na tabela a seguir no que for possível.
Tipos de Prédio
Densidade de
Carga (VA/m2)
Bancos 70
Lojas (Magazines) 30 – 100
Hotéis 60
Prédio de Escritórios 60
Centrais Telefônicas 70 – 80
Pequenas Lojas 40 – 120
Restaurantes (não incluindo a
 Cozinha) 80
A tabela a seguir fornece os valores típicos das
potências e capacidades térmicas de condicionadores de
ar conforme [4].
Potência
(VA)
Potência
(W)
Capacidade
(BTU/h)
1.100 900 7.100
1.550 1.300 8.500
1.650 1.400 10.000
1.900 1.600 12.000
2.100 1.900 14.000
2.860 2.600 18.000
3.080 2.800 21.000
4.000 3.600 30.000
7.0 – OUTRAS CARGAS
Em prédios com vários andares deve-se prever
um alimentador para elevadores. Em geral, esta
informação é fornecida pelo próprio fabricante. De
qualquer forma, a referência [2] fornece uma metodologia
para o cálculo da potência necessária.
Para bombas de incêndio a situação é
semelhante. Neste caso, o Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar fornece a potência do motor, conforme suas
especificações e exigências.
As bombas de recalque, por outro lado, devem
ser especificadas e, para tanto, sugere-se o procedimento
desenvolvido em [2]. O mesmo é válido para a
especificação de aquecedores elétricos centrais.
8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A
CONCESSIONÁRIA
Algumas concessionárias de energia elétrica
adotam critérios diferentes, as quais, praticamente, levam
aos mesmos resultados. As do Estado de São Paulo, por
exemplo, adotam o número mínimo de tomadas em
função da área construída da edificação. A tabela a
seguir, retirada de [4], exemplifica.
Área Total
(m2)
Tomadas
(100 W)
Tomadas
Cozinha
(600 W)
Total
≤ 8 1 1 2
>8 e ≤ 15 3 1 4
>15 e ≤ 20 4 2 6
> 20 e ≤ 30 5 2 7
> 30 e ≤ 50 6 3 8
> 50 e ≤ 70 7 3 10
> 70 e ≤ 90 8 3 11
> 90 e ≤ 110 9 3 12
> 110 e ≤ 140 10 3 13
> 140 e ≤ 170 11 3 14
> 170 e ≤ 200 12 3 15
> 200 e ≤ 220 13 3 16
> 220 e ≤ 250 14 3 17
9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS
Em quaisquer das situações, para efeito de
cálculo, tanto de quantidade como de potência, as
tomadas duplas e triplas montadas em uma mesma caixa
devem ser computadas como uma única.
10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS
De forma a facilitar a divisão de circuitos, seu
traçado em planta e posterior especificação dos vários
componentes da instalação, é conveniente elaborar um
quadro ou tabela de previsão de cargas.
Tal quadro, como mostrado a seguir, deve conter
o nome do recinto, suas dimensões, as cargas referentes à
iluminação, as tomadas de uso geral, bem como, as de
uso específico.
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________________________________________________________________________________
 Capítulo 5: Previsão de Cargas - 50
Dimensões Iluminação Tom. Uso Geral Tom. Uso Esp.
Recinto Área
(m2)
Perim.
(m)
Qtd. de
Pontos
Potência
Unit. (VA)
Potência
Total (VA)
Qtd. de
Pontos
Potência
Unit. (VA)
Potência
Total (VA)
AparelhoPotência
(W)
Totais
11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS -
HABITAÇÕES
A figura 1 mostra a planta baixa de uma pequena
residência.
Figura 1 – Planta baixa de uma residência
11.1 – Cargas de Iluminação
Utilizando-se como exemplo a sala, tem-se, para
uma área de 15,01 m2:
 6 m2 (primeiros) - 100 VA;
 4 m2 (subsequentes) - 60 VA;
 4 m2 (subsequentes) - 60 VA;
 1,01 m2 - desprezado;
Total 15,01 m2 - 220 VA.
Portanto, a potência prevista para a iluminação
da sala é de 220 VA. Como, apesar de normalizado, este
valor é superdimensionado, adotar-se-á 200VA.
Na cozinha, por outro lado, é comum o emprego
de lâmpadas fluorescentes. Neste caso, tem-se:
uma área de 15,01 m2:
 6 m2 (primeiros) - 100 VA;
 4 m2 (subsequentes) - 60 VA;
 2,51 m2 - desprezado;
Total 12,51 m2 - 160 VA.
Como tem-se lâmpadas fluorescentes:
25% de 160 VA = 40 VA.
Ou 2 lâmpadas de 20 VA.
As lâmpadas necessitam de um reator, cuja
potência deve ser obtida em um catálogo. Neste caso, o
valor típico é de 20 VA.
Assim, a potência total prevista é de 60 VA.
11.2 – Tomadas de Uso Geral
A área da sala é superior a 6 m2 e, em sendo
assim, emprega-se o cálculo através do perímetro. Como
ele é de 15,50 m tem-se:
 15,50/5 = 3,1 ou 4 tomadas.
Se o recinto fosse a cozinha, o perímetro é 14,20
m, o que resulta em:
 14,20/3,5 = 4,057 ou 4 tomadas.
Neste caso, 3 tomadas seriam, obrigatoriamente,
de 600 VA. A quarta, por sua vez, será de 100 VA ou a
correspondente à uma carga específica.
11.3 – Tomadas de Uso Específico
Pode-se prever várias tomadas para cargas
específicas, como o chuveiro no banheiro.
Observe-se que, na cozinha, a quarta tomada
citada no item anterior, poderia ser utilizada na
alimentação de um forno de microondas, por exemplo.
11.4 – Quadro de Distribuição de Cargas
O quadro de distribuição de cargas para a
residência em análise é o mostrado a seguir:
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 5: Previsão de Cargas - 51
Dimensões Iluminação Tom. Uso Geral Tom. Uso Esp.
Recinto Área
(m2)
Perim.
(m)
Qtd. de
Pontos
Potência
Unit. (VA)
Potência
Total (VA)
Qtd. de
Pontos
Potência
Unit. (VA)
Potência
Total (VA)
Aparelho Potência
(W)
Sala 15,01 15,50 1 200 200 4 100 400
Cozinha 12,51 14,20 1 60 60 3 600 1.800 Microndas 1.500
1 100 100Banheiro 4,05 8,40
1 60 60
1 100 100 Chuveiro 6.200
Dorm. 1 14,40 15,40 1 200 200 4 100 400
Dorm. 2 13,72 15,00 1 200 200 3 100 300
Totais 59,69 68,50 6 820 15 3.000 2 7.200
12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM
ESCRITÓRIOS
Supondo-se uma sala comercial com dimensões
3,5 x 3,1 m, tem-se que a sua área é 10,85 m2 e o seu
perímetro é de 13,2 m.
Desta forma, aplicando-se os procedimentos
correspondentes, resulta:
a) 4,4
3
2,13
3
===
perimetro
Tomadas
b) 71,2
4
85,10
4
=== ÁreaTomadas
O maior valor é o do item a e, portanto, deve-se
ter, no mínimo, 5 tomadas.
Observa-se a conveniência de se prever uma
tomada para computadores e periféricos, devido à
disseminação do uso destes equipamentos. A tomada é
específica de 1.000 VA em média e possuirá dois pólos e
o terra.
Para a utilização de um aparelho de ar
condicionado, tem-se
ÁreaacdeDensidadePotência *arg =
ou:
VA 65185,10*60 ==Potência
Como se verifica na tabela correspondente, o
equipamento com valor mais próximo é 7100 BTU/h,
com potência de 1100 VA e 900 W.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-
5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,
1988;
[2] - Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -
Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard Blücher
LTDA., 1983;
[3] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac-
Graw Hill, 1982, 2a. ed.;
[4] - CESP/CPFL/ELETROPAULO - "Norma Técnica
Unificada NTU.01 - Fornecimento de Energia Elétrica
em Tensão Secundária a Edificações Individuais" - São
Paulo, 1995.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 6: Distribuição de Circuitos e Quadro de Cargas - 52
CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E
QUADRO DE CARGAS
“Há coisas que ainda não são verdadeiras e que, talvez, não tenham o
direito de serem verdadeiras, mas o poderão ser amanhã. Fazemos
parte desse amanhã”.
Jung
RESUMO
Este capítulo apresenta os critérios para a
alocação das cargas de uma instalação elétrica em vários
circuitos.
1.0 - INTRODUÇÃO
Após a definição da quantidade de pontos de luz
e tomadas, ou seja das cargas previstas para a instalação,
o projetista deve distribuí-las em vários circuitos.
Esta divisão possui como objetivos
fundamentais:
 Restringir os efeitos de uma falta qualquer,
(por exemplo, um curto-circuito), isolando
e desligando o circuito defeituoso;
 Facilitar a manutenção dos circuitos;
 Reduzir as correntes e, em conseqüência,
as bitolas dos condutores e quedas de
tensão;
 Facilitar a passagem dos condutores em
eletrodutos e as suas ligações às várias
cargas;
 Diminuir a capacidade nominal dos
dispositivos de comando e proteção;
 Evitar que haja o desligamento total da
instalação, como no caso em que haja uma
falta em um único circuito.
2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS
Como se sabe, um circuito elétrico é o conjunto
de cargas alimentadas pelos mesmos condutores e
protegidos pelo mesmo dispositivo de proteção.
Observe-se que esta definição é válida tanto para
a alimentação do sistema de iluminação, quanto para as
tomadas de uso geral e de uso específico, indistintamente.
Tais circuitos devem sempre se originar no
quadro de distribuição geral (QD), como nos exemplos
das figuras a seguir [1].
Figura 1 – Exemplo de circuitos internos [1]
Figura 2 – Exemplo de circuito de iluminação [1]
Figura 3 – Exemplo de circuito de tomada de uso geral
[1]
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 6: Distribuição de Circuitos e Quadro de Cargas - 53
Figura 4 – Exemplo de circuito de tomada de uso
específico [1]
3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS
Algumas condições são importantes para se
determinar a quantidade de circuitos, ou seja:
 O seu número não deve ser inferior a um
circuito para cada 60 m2 ou fração em
edificações com fins habitacionais;
 Idem, para cada 50 m2 ou fração em lojas e
escritórios;
 A menor bitola permitida para condutores
pela NBR 5410 [2] é de 1,5 mm2, que
permite a condução de 15,5 A a 300 C de
temperatura ambiente, três condutores por
eletroduto e isolamento de PVC 700 C;
 Os circuitos devem ser distribuídos entre
as fases de forma a mais equilibrada
possível.
Considerando-se o exposto, sugere-se que na
distribuição dos circuitos adote-seos seguintes
procedimentos:
 As tomadas e pontos de iluminação devem
ser agrupados em locais fisicamente
próximos, para evitar excesso de cabos e,
em conseqüência, aumento de custos, não
só dos próprios cabos, mas principalmente
da mão de obra;
 Deve haver um circuito específico para as
três tomadas de 600 VA relativas à
cozinha, copa-cozinha e área de serviços;
 Além disto, cada tomada para fins
específicos deve ter seu próprio circuito.
 Agrupar as tomadas de 100 VA e
iluminação em circuitos de até 1.400 VA.
Nestas condições, a bitola dos cabos a
serem utilizados é de 2,5 mm2 em 127 V.
Note-se que a bitola resultante é superior à
mínima exigida por norma. Este
procedimento permite grande uma folga
no circuito. Ela é necessária como
garantia, pois o usuário comum nunca
atentará para qual é a potência admissível
de uma tomada ou de uma lâmpada.
Observe-se que o preço de cabos com
bitolas de 1,5 mm2 e o de 2,5 mm2 são
muito próximos, não implicando em
grandes ônus para o custo final da
instalação;
Como critério básico, deve-se sempre separar-
se os circuitos de iluminação daqueles relativos às
tomadas de uso geral e específico.
4.0 – QUADRO DE CARGAS
Os Quadro de Cargas possuem a função de
representar a distribuição e o dimensionamento dos
circuitos. Facilita o traçado dos circuitos em planta, bem
como, o dimensionamento da proteção e bitolas dos
cabos.
A tabela 1 sugere os quesitos a considerar no
construção deste quadro, exemplificando para a
instalação analisada no capítulo anterior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”.
São Paulo, 1996.
[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-
5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,
1988. 
QUADRO DE CARGAS
Lâmpadas Tom. UG Pot. Tensão Prot. Cabo
Circuito 20 40 60 100 Reator 100 600
Tom.
UE (W) (V) (A) (mm
2)
Notas
01 02 01 07 01 (20 W) 820 127
02 12 1.200 127
03 03 1.800 127 Cozinha
04 01 1.500 127 Microondas
05 01 6.200 220 Chuveiro
Totais 02 01 07 01 12 03 02 11.520 220
Tabela 1 – Quadro de Cargas (sugestão)
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 54
CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS
ELÉTRICOS
 “Quem nos entende, pode nos transformar”.
Henry Drummond
RESUMO
Este texto apresenta a simbologia empregada em
desenhos ou diagramas elétricos, associando-a com a
montagem de instalações.
1.0 - INTRODUÇÃO
Para o projetista transmitir o que idealizou para
seu projeto deve localizar em planta todos os pontos de
utilização de energia elétrica e telefonia. De forma a ser
facilmente compreendido, é necessário empregar uma
simbologia gráfica.
Apesar da norma “NBR 5444 – Símbolos
Gráficos para Instalações Elétricas Prediais” da ABNT,
definir tal simbologia, o fato é que não há propriamente
uma simbologia padrão a ser adotada, sendo que ela varia
de projetista a projetista. Sendo assim, é fundamental que
ela seja definida no início do projeto e indicada através de
legendas na folhas dos desenhos que o compõem.
2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS,
INTERRUPTORES E QUADROS
Para a instalação de tomadas, interruptores e
quadros em paredes, existem algumas medidas ideais. O
nível mais baixo nunca deve ser cogitado em áreas
molhadas e o mais alto, é conveniente para bancadas de
trabalho ou chuveiros. A figura 1 ilustra as cotas.
Figura 1 – Cotas para a montagem de componentes
3.0 - SIMBOLOGIA
Neste texto será adotada a simbologia básica
dada na figura 2.
Figura 2 – Simbologia adotada
As figuras 3 a 10 auxiliam na compreensão, pelo
menos parcialmente, da simbologia adotada.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 55
Figura 3 – Quadro de distribuição
Figura 4 - Pontos de luz.
Figura 5 – Tomadas
Figura 6 – Interruptores
Figura 7 – Interruptores paralelos (Three way)
Figura 8 – Campainhas e pulsadores
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 56
Figura 9 – Eletrodutos
Figura 10 – Condutores
Em relação aos condutores, tem-se que eles são
encontrados nas mais diversas cores, mas é conveniente
que se dê preferência para a padronização da ABNT, ou
seja:
 Condutores vivos, ou seja, aqueles
correspondentes às fases, devem ser das
cores vermelho, branco e preto. O preto é
destinado para a terceira fase e é raramente
utilizado em instalações residenciais;
 Condutor de retorno, de cor preta;
 Condutor neutro, deve ser de cor azul;
 Condutor de proteção ou terra, de cor
verde ou verde amarelo.
Figura 11 – Condutores e cores
4.0 - COMANDO DE LAMPADAS
Para que uma instalação forneça conforto para
seus usuários sempre que se desejar acender uma
lâmpada, deverá existir um interruptor em um local
acessível e próximo.
Baseando-se nesta idéia, é conveniente que eles
estejam instalados nas entradas e saídas dos recintos que
se deseja utilizar em distâncias superiores a 2 metros uns
dos outros.
A figura 12, mostra o comando de lâmpadas a
partir de um único ponto.
Figura 12 – Comando de lâmpadas a partir de um ponto –
interruptor simples.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 57
Em planta, as ligações são representadas como
na figura 13.
Figura 13 - Comando de lâmpadas a partir de um
interruptor simples – Diagrama em planta
Observe-se que o condutor que se inicia no
interruptor em direção à lâmpada é chamado de retorno.
A figura 14, por outro lado, ilustra a ligação de
lâmpadas utilizando-se um interruptor de duas seções.
Figura 14 – Comando de lâmpadas a partir de um ponto –
interruptor de duas seções.
Em alguns casos, é necessário que o comando de
um mesmo conjunto de lâmpadas seja realizado de dois
pontos distintos.
Como visto anteriormente, para que isto seja
possível, utiliza-se o interruptor paralelo ou, como
conhecido no jargão técnico, “three way”.
Figura 15 - Comando de lâmpadas a partir de dois pontos
– interruptor paralelo (tree-way)
A figura 16 mostra um exemplo de diagrama em
planta.
Figura 16 - Comando de lâmpadas a partir de dois pontos
com interruptor paralelo (three-way) – Diagrama em
planta
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 58
Se, por outro lado, desejar-se ligar uma lâmpada
de três ou mais pontos deve-se empregar o interruptor
intermediário, como mostrado na figura 17.
Figura 17 – Interruptor intermediário
Nos caso de ligações de lampas exteriores, pode-
se utilizar as ligações mostradas na figura 18.
Figura 18– Ligação de lâmpadas em exteriores.
5.0 - TOMADAS
As ligações de tomadas são as mostradas nas
figuras a seguir.
Figura 19 – Tomadas em um mesmo circuito
Figura 20 – Tomada monofásica
Figura 21 – Tomada bifásica
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 59
6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA
A figura 22 exemplifica a ligações de lâmpadas,
tomadas e interruptores em uma planta.
Figura 22 – Diagrama em planta da instalação de uma
sala comercial
NOTA IMPORTANTE
GRANDE PARTE DOS DESENHOS
FORAM EXTRAÍDOS OU EDITADOS
DE:
CESP/PIRELLI – “INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS RESIDENCIAIS”. SÃO
PAULO, 1996.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 60
CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A
DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA
“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto,
não é um feito, mas hábito”
Aristóteles
RESUMO
Este texto fornece um roteiro para o traçado em
planta da distribuição elétrica interna de uma instalação
residencial ou comercial.
1.0 - INTRODUÇÃO
Como analisado em capítulo anterior, o projeto é
um dos investimentos de maior importância para se obter
bons resultados finais em qualquer empreendimento.
Assim, é necessário que o projetista desenvolva
uma sistemática de trabalho. Evidentemente, podem ser
adotados vários caminhos para tanto.
Qualquer que seja a filosofia adotada, o
projetista deve localizar em planta todos os pontos de
utilização de energia elétrica e telefonia, empregando os
as respectivas características nominais previstas
anteriormente.
Assim, com o projeto arquitetônico da instalação
em mãos pode-se executar a planta correspondente à
distribuição elétrica.
2.0 – EXEMPLO
A seqüência mostrada, a seguir fornece os
procedimentos, devidamente ilustrados para o traçado do
diagrama em planta.
Considera-se o pavimento tipo de um prédio de
apartamentos.
 Locar quadro de disjuntores no apartamento
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 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 61
 Locar pontos de iluminação e interruptores
 Locar tomadas
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 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 62
 Traçar a distribuição dos eletrodutos
 Identificar os circuitos elétricos
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 Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 63
 Locar os pontos de telefone
 Locar os pontos de interfone e televisão (se houverem)
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 Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 64
 Repetir o processo para os demais apartamentos
 Repetir o processo para as áreas comuns
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 Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 65
 Resultado final
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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 Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 66
CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM,
PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS CIRCUITOS
INTERNOS
“Aqueles que aprendem lentamente supõe que a lentidão é a essência
do conhecimento.”
Nietzsche
RESUMO
Este capítulo apresenta os critérios para a
especificação de condutores, eletrodutos e proteção dos
circuitos de distribuição internos de uma instalação
elétrica residencial ou comercial.
1.0 - INTRODUÇÃO
O dimensionamento, a especificação e
construção do ramal interno e das instalações elétricas
internas da unidade consumidora devem atender às
prescrições da NBR-5410 da ABNT [1] em sua última
revisão/edição.
Naturalmente, esta atividade se constitui de
extrema importância para a segurança e bom desempenho
da instalação.
A determinação da bitola (seção transversal) dos
condutores deve atender três critérios básicos, ou seja:
a) Capacidade de condução de corrente
(Ampacidade);
b) Quedas de tensão devido a utilização do
condutor; e,
c) Capacidade de suportar curto-circuitos.
Além disto, influenciam a temperatura ambiente,
a forma de instalação dos condutores e o tipo de isolante.
Em instalações residenciais e comerciais, tem-se
como características:
a) Pequenas distâncias, em geral. Assim, o
critério de queda de tensão pode ser
desconsiderado normalmente;
b) Os cabos de baixa tensão suportam
grandes esforços de curto-circuito e,
portanto, é dispensável a verificação
deste quesito na determinação das
bitolas;
c) Na maioria dos casos, o eletroduto
flexível ou rígido é empregado;
d) O isolante dos condutores, na maioria
absoluta dos casos, é o PVC.
Desta forma, considerando estes aspectos, será
adotado, para este tipo de instalação, o
procedimento para o dimensionamento de
condutores, eletrodutos e proteção dos circuitos
mostrados a seguir.
2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES
2.1 – Bitolas Mínimas
De acordo com a NBR 5410 [1], as bitolas
mínimas para os condutores são:
Tipo de circuito Seção mínima (mm²)
Iluminação 1,5
Força (Uso geral ou específico) 2,5
Tabela 1 – Seção (bitola)Mínima dos Condutores,
conforme ABNT [1]
Entretanto, por segurança, é conveniente utilizar-
se os seguintes limites:
Circuitos Seção mínima (mm²)
Potência até 1.400 VA 2,5
Chuveiros e cargas resistivas para
aquecimento em geral
4,0
Outros 2,5
Tabela 2 – Seção (bitola) Mínima dos Condutores
(adotado)
2.2 – Determinação das Bitolas
As bitolas podem ser dimensionadas,
calculando-se a corrente do circuito, ou seja:
Tensão
arentePotênciaAp
I circuito = (1)
http://www.abnt.org.br/
http://www.abnt.org.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 67
A presença de vários condutores sendo
percorridos por corrente (carregados) em um mesmo
eletroduto resulta em uma elevação de temperatura, a
qual pode ser superior à admissível pelo isolamento.
Neste caso, a suas vidas úteis serão diminuídas,
comprometendo a segurança da instalação.
Para não ser necessário limitar a corrente do
circuito, é conveniente nesta situação sobredimensionar
os condutores. Desta forma, deve-se verificar o número
de circuitos que serão lançados nos eletrodutos e, em
função deles, corrigir a corrente para a especificação
através da tabela 3.
Número de
Circuitos
Fator de
Agrupamento
1 1,00
2 0,8
3 0,7
4 0,65
5 0,60
6 0,56
7 0,55
Tabela 3 – Fatores de Agrupamento
A corrente corrigida é:
upamentoFatordeAgr
I
I circuito= (2)
Com o valor obtido, verificar a bitola na tabela
4.
Seção (mm2) Corrente Máxima (A)
1 12,0
1,5 15,5
2,5 21,0
4 28,0
6 36,0
10 50,0
16 68,0
25 89,0
35 111,0
50 134,0
70 171,0
Tabela 4 – Ampacidade
2.3 – Bitolas dos Condutores do Neutro e Terra
As bitolas dos condutores correspondentes ao
Neutro e ao Terra (Proteção) serão iguais aos dos
circuitos a que se referem, até 35 mm2 e 25 mm2,
respectivamente.
A partir destes valores, as bitolas são as
fornecidas nas tabelas 5 e 6.
Seção dos
Condutores (mm2)
Seção do Neutro
(mm2)
35 25
50 25
70 35
95 50
Tabela 5 – Bitolas para o condutor Neutro.
Seção dos
Condutores (mm2)
Seção do Condutor
de Proteção (mm2)
25 16
35 16
50 25
70 35
95 50
Tabela 6 – Bitolas para o condutor Terra.
3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS
De modo que haja uma maior dissipação de
calor e permitir um eventual lançamento de condutores
no futuro, é recomendável que esses ocupem uma área de
40 % da do eletroduto, como ilustrado na figura 1.
Figura 1 – Ocupação de eletroduto.
Após a decisão sobre o seu tipo, se flexível ou
rígido, para cada trecho de eletroduto deve-se:
a) Contar o número de condutores
contidos no trecho na planta do projeto;
b) Verificar qual é a maior seção destes
condutores.
Adotando-se que todos os condutores possuem
bitolas iguais a maior delas, deve-se consultar a tabela 7
para se obter o tamanho nominal do eletroduto adequado
a este trecho. Tal atitude, praticamente, garante a reserva
de 60 % de área citada.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 68
Número de Condutores no Eletroduto
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Seção
Nominal
(mm2) Tamanho Nominal do Eletroduto (mm)
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50 32 40 40 50 50 60 60 60 75
70 40 40 50 60 60 60 75 75 75
95 40 50 60 60 75 75 75 85 85
120 50 50 60 75 75 75 85 85 -
150 50 60 75 75 85 85 - - -
185 50 75 75 85 85 - - - -
240 60 75 85 - - - - - -
Tabela 7 – Diâmetros de eletrodutos em função das bitolas e números de condutores
4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
Conforme a NBR 5410 [1], os condutores vivos
devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de
seccionamento automático contra sobrecargas e contra
curtos-circuitos. Tais proteções devem ser devidamente
coordenadas, de modo que a energia que o dispositivo de
proteção contra curtos-circuitos deixa passar, por ocasião
de um curto, não seja superior á que pode suportar, sem
danos, o dispositivo de proteção contra sobrecargas.
Para a realização destas proteções, nas
instalações modernas emprega-se os disjuntores
termomagnéticos ou o residual diferencial.
Neste casos, a norma recomenda que a utilização
de disjuntor diferencial residual de alta sensibilidade em
circuitos terminais que sirvam a:
a) tomadas de corrente em cozinhas,
lavanderias, locais com pisos e/ou
revestimentos não isolantes e áreas
externas;
b) tomadas de corrente que, embora
instaladas em áreas internas, possam
alimentar equipamentos de uso em
áreas externas;
c) aparelhos de iluminação instalados em
áreas externas.
E, a partir de janeiro de 1999, a ABNT
determinou que a utilização de proteção diferencial
residual (disjuntor) de alta sensibilidade é obrigatória em:
a) instalações alimentadas por rede de
distribuição pública em baixa tensão,
onde não puder ser garantida a
integridade do condutor PEN (proteção
e neutro);
b) circuitos de tomadas de corrente em
banheiros.
Os demais circuitos poderão ser protegidos por
disjuntores termomagnéticos.
De modo que haja a coordenação entre os
condutores e o dispositivo de proteção em termos de
sobrecarga, a NBR 5410 [1] estabelece que a corrente
nominal do disjuntor deve ser maior que a corrente do
circuito e menor ou igual à capacidade de condução de
corrente dos condutores.
Em relação ao curto-circuito, a capacidade de
ruptura do disjuntor e tempos de atuação são, em geral,
adequados neste tipo de instalação, se respeitada a
condição anterior.
Desta forma, como regra prática, emprega-se
que a corrente nominal do disjuntor deve ser igual, ou
com valor maior mais próximo do padronizado, a 125 %
da corrente do circuito.
As correntes nominais de disjuntores
termomagnéticos são:
10 A; 15 A; 20 A; 25 A; 35 A; 50 A; 60 A; 70 A; 90 A; e,
100 A
Os diferenciais residuais da Siemens, por
exemplo, apresentam as seguintes correntes nominais:
16 A; 20 A; 25 A; 35 A; 50 A; 63 A
Eles podem ser bi ou tetrapolares com correntes
nominais de fuga de 30 ou 300 mA e 10 kA de
capacidade de ruptura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -
“NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão -
Procedimento”.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 69
CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG)
"Os números não mentem, mas os mentirosos fabricam números."
Itamar Franco
RESUMO
Este capítulo apresenta os procedimentos para a
determinação da potência prevista para o uso efetivo na
instalação, fornecendo subsídios para a especificação das
bitolas de cabos, da proteção e determinação da categoria
de atendimento do consumidor.
1.0 - INTRODUÇÃO
Em uma instalação, verifica-se estatisticamenteque todas as cargas unitárias não operam de forma
simultânea, ou seja, enquanto algumas trabalham à plena
carga, outras encontram-se desligadas. Sendo assim,
apenas o conhecimento da potência total não reflete o
comportamento da instalação e, naturalmente, as
correntes envolvidas serão inferiores à que existiriam,
caso a instalação exigisse a potência total.
Desta forma, após a quantificação das citadas
cargas é necessário determinar a potência que será
efetivamente fornecida à instalação.
Para tanto existem vários critérios Observa-se
que as concessionárias estabelecem critérios e valores
diferentes para os vários fatores envolvidos.
Pelo exposto, é imprescindível que o projetista
consulte as normas específicas sobre o assunto da
concessionária do local onde o projeto será implantado.
Observe-se que os critérios descritos neste texto
são específicos para a CEMIG – Companhia Energética
de Minas Gerais S/A.
2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Alguns termos e definições são de uso corrente
em relação a este assunto, sendo os mais importantes:
 Potência ou Carga Instalada é a soma das
potências de todos os aparelhos e
equipamentos elétricos (ou cargas
elétricas) do consumidor‚ dada em KW ou
KVA;
 Demanda é a potência elétrica média
solicitada por um equipamento, circuito ou
pela instalação do consumidor em um
intervalo de tempo definido;
 Demanda Média: A demanda média é a
relação entre a energia elétrica ativa
consumida em um determinado intervalo
de tempo e o número de horas deste
intervalo; sendo assim, chamando-se o
consumo de "C" e "T" o período, tem-se:
D
C
Tmed
= (1)
onde: Dmed é a demanda média.
 Demanda Máxima Medida: É a maior
demanda verificada por medição em
qualquer intervalo de 15 minutos, durante
o período de faturamento.
 Fator de Demanda é a relação entre a
demanda máxima média e a potência
instalada, ou seja:
inst
máx
d P
D
f = (2)
3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS
Para a CEMIG, o dimensionamento da entrada
de serviço das unidades consumidoras urbanas com carga
instalada superior a 15 kW deve ser feito pela demanda
provável da edificação, cujo valor pode ser igual ou
inferior a sua carga instalada [1]. Para potências
instaladas inferiores a este limite, ela será a demanda do
consumidor.
A metodologia sugerida é subjetiva, pois é
necessário imaginar quais tipos de eletrodomésticos o
consumidor irá utilizar ao longo do tempo, além das
cargas de uso específico
Desta forma, para o cálculo da demanda total
sugere a seguinte expressão:
fedcbaD +++++= (3)
Onde:
 “D” é a demanda provável em kVA;
 “a” é demanda referente a iluminação
resultante da aplicação dos fatores de
demanda fornecidos pela tabela 1 no caso de
consumidores residenciais e da tabelas 2 para
os não residenciais.
http://www.cemig.com.br/
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 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 70
Carga instalada (CI) em
kW
Fator de
Demanda [%]
 CI ≤ 1 86
1 < CI ≤ 2 81
2 < CI ≤ 3 76
3 < CI ≤ 4 72
4 < CI ≤ 5 68
5 < CI ≤ 6 64
6 < CI ≤ 7 60
7 < CI ≤ 8 57
8 < CI ≤ 9 54
9 < CI ≤ 10 52
 CI > 10 45
Tabela 1 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas
- Unidades consumidoras residenciais.
Descrição Fator de
Demanda [%]
Auditórios, Salões para exposição,
Cinema e Semelhantes
100
Bancos, Lojas e Semelhantes 100
Barbearias, Salões de Beleza e
Semelhantes
100
Clubes e Semelhantes 100
Escolas e Semelhantes
100 para os primeiros 12
KVA
50 para o que exceder
12 KVA
Escritórios e Salas Comerciais
100 para os primeiros 20
KVA
70 para o que exceder
20 KVA
Garagens Comerciais e
Semelhantes 100
Restaurantes, Bares, Padarias e
Semelhantes 100
Clínicas, Hospitais e Semelhantes
40 para os primeiros 50
KVA
20 para o que exceder
50 KVA
Igrejas, Templos e Semelhantes 100
Hotéis e Semelhantes
50 para os primeiros 20
KVA
40 para o que exceder
20 KVA
Áreas Comuns e Condomínios
100 para os primeiros 10
KVA
25 para o que exceder
10 KVA
Oficinas, Indústrias e Semelhantes
100 para os primeiros 20
KVA
80 para o que exceder
20 KVA
Tabela 2 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas
- Unidades consumidoras não residenciais.
Para lâmpadas fluorescentes e tomadas,
deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85.
 “b” é a demanda relativa aos aparelhos
eletrodomésticos e de aquecimento
resultante da aplicação dos fatores de
demanda fornecidos pelas tabelas 3 e 4.
Fator de Demanda [%]
NO de
aparelhos Potência até 3,5
kW
Potência superior a
3,5 kW
1 80 80
2 75 65
3 70 55
4 66 50
5 62 45
6 59 43
7 56 40
8 53 36
9 51 35
10 49 34
Tabela 3 - Fatores de demanda de fornos e fogões
elétricos
NO de
aparelhos
Fator de
Demanda [%]
NO de
aparelhos
Fator de
Demanda [%]
1 100 16 43
2 92 17 42
3 84 18 41
4 76 19 40
5 70 20 40
6 65 21 39
7 60 22 39
8 57 23 39
9 54 24 38
10 52 25 38
11 49 26 a 30 37
12 48 31 a 40 36
13 46 41 a 50 35
14 45 51 a 60 34
15 44 61 ou mais 33
Tabela 4 - Fatores de demanda para equipamentos de
aquecimento, de refrigeração e eletrodomésticos.
Tais fatores, devem ser aplicados,
separadamente, à carga instalada dos
seguintes grupos de aparelhos:
♦ chuveiros, torneiras e cafeteiras
elétricas;
♦ aquecedores de água por acumulação
e por passagem;
♦ fornos, fogões e aparelhos tipo ‘Grill;
♦ máquinas de lavar e secar roupas, de
lavar louças e ferro elétrico:
♦ demais aparelhos (TV, conjunto de
som, geladeira, freezer, etc.).
Deve-se considerar 1 kW = 1 kVA para
cargas de aquecimento e 1 kVA = 1 kW /
0,85 para as demais
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 71
 “c” é a demanda relativa aos aparelhos
condicionadores de ar resultante da
aplicação dos seguintes fatores de
demanda:
♦ 100%, para os primeiros 5 aparelhos;.
♦ 86 %, para os demais
No caso de condicionador central de ar,
utilizar fator de demanda igual a 100%.
Deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85.
 “d” é a demanda de motores monofásicos e
trifásicos resultante da aplicação dos
fatores de demanda fornecidos pelas
tabelas 5 e 6, respectivamente;
 “e” é a demanda de máquinas de solda e
transformador, determinada por:
♦ 100% da potência do maior aparelho;
♦ 70% da potência do segundo maior
aparelho;
♦ 40% da potência do terceiro maior
aparelho;
♦ 30% da potência dos demais
aparelhos.
No caso de máquina de solda a
transformador com ligação V-v invertida, a
potência deve ser considerada em dobro.
 “f” é a demanda dos aparelhos de Raios-X,
determinada por:
♦ 100% da potência do maior aparelho;
♦ 10% da potência dos demais
aparelhos.
4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA –
CONSUMIDORES INDIVIDUAIS
Supondo-se, a titulo de exemplo, que em uma
residência serão utilizadas as seguintes cargas [1]:
Potência
Quantidade Descrição
Unit. Total
15 Lamp. incandescente 60 900
05 Lamp. incandescente 100 500
02 Aquecedor água p/
acumulação de 80 l
1500 3000
01 Freezer vertical 300 300
01 Geladeira 250 250
03 TV a cores 300 900
01 Ferro de passar roupas 1000 1000
02 Condicionador ar tipo
janela (8500BTU/h)
1300 2600
01 Máq. de lavar roupas 1000 1000
01 Máq. de secar roupas 3500 3500
01 Máq. de lavar louças 1500 1500
01 Enceradeira 300 300
01 Exaustor 150 150
01 Conjunto de som 100 100
01 Aspirador de pó 600 600
Total Geral (W) 16.600
O cálculo da demanda (D) será:
 Demanda de iluminação (a):
Conforme a tabela 1, para uma carga de iluminação
instalada de 1.400 W , o fator de demanda é 81%. Desta
forma, tem-se
a = 81% 1.400 = 1,134 kVA
 Demanda de aparelhos eletrodomésticos e de
aquecimento (b):
Neste caso, o cálculo deve ser feito por grupos
de aparelhos e, assim, para:
♦ O aquecedor de água, obtêm-se da tabela 3
para 2 aparelhos, o fator de demanda é
92%.
A demanda (b1) será:
b1 = 92% 3000 = 2,76 kVA
♦ As máquinas de lavar roupas, a de lavar
pratos, a de secar roupas e ferro elétrico
terão, em conjunto, o fator de demanda de
76%. Portanto, para os 4 aparelhos a
demanda (b2) será:
b2 = 76% x 7.000 = 5,32 kVA
♦ Os 9 eletrodomésticos restantes terão , em
conjunto, o fator de demanda de 54%.
Portanto, a demanda (b3) será:
b3 = 54% x 2.600 = 1,40 kVA
A demanda total para este grupo de cargas será:
b = b1 + b2 + b3
b = 2,76 + 5,32 + 1,40 = 9,48kVA
 Demanda de condicionador de ar (c):
Para até 5 aparelhos, o fator de demanda é
100%. Portanto:
100% 2.600 = 2,6 kW
Considerando-se 1 kVA = 1 kW / 0,85, tem-se:
2,6/0,85 = 3,1 kVA
 Demanda total (D):
A demanda total, desta forma, será:
D = a + b + c
D = 1,13 + 9,48 + 3,1 = 13,71 kVA
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 72
Valores Nominais do Motor Demanda Individual Absorvida da Rede – kVA
Potência
Eixo
CV
Absorvida
Rede (kW)
cosϕϕϕϕ ηηηη
Corrente
(220 V)
A
1 Motor
(I)
2 Motores
(II)
3 a 5
Motores
(III)
Mais de 5
Motores
(IV)
1/4 90,39 0,63 0,47 2,8 0,62 0,50 0,43 0,37
1/3 0,52 0,71 0,47 3,3 0,73 0,58 0,51 0,44
½ 0,66 0,72 0,56 4,2 0,92 0,74 0,64 0,55
¾ 0,89 0,72 0,62 5,6 1,24 0,99 0,87 0,74
1,0 1,10 0,74 0,67 6,8 1,49 1,19 1,04 0,89
1,5 1,58 0,82 0,70 8,8 1,93 1,54 1,35 1,16
2,0 2,07 0,85 0,71 11 2,44 1,95 1,71 1,46
3,0 3,07 0,96 0,72 15 3,20 2,56 2,24 1,92
4,0 3,98 0,94 0,74 19 4,15 3,32 2,91 2,49
5,0 4,91 0,94 0,75 24 5,22 4,48 3,65 3,13
7,5 7,46 0,94 0,74 36 7,94 6,35 5,56 4,76
10,0 9,44 0,94 0,78 46 10,04 8,03 7,03 6,02
12,5 12,10 0,93 0,76 59 13,01 10,41 9,11 7,81
Notas:
1) O fator de potência e rendimento são valores médios, referidos a 3600 rpm;
2) Para obter a corrente nominal em 110V, multiplicar os valores indicados por 2;
3) Exemplo de aplicação da Tabela:
- 2 motores de 1./2 CV Coluna IV 2 x 0,55 = 1,10
- 4 motores de 1,0 CV (mais de 5 motores) 4 x 0,89 = 3,56
- 1 motor de 2,0 CV 1 x 1,46 = 1,46
Total: = 6,12 kVA
4) No caso de existirem motores monofásicos e trifásicos na relação de carga do
consumidor, a demanda individual deve ser computada considerando a quantidade
total de motores.
Tabela 5 - Demanda individual – Motores monofásicos
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 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 73
Valores Nominais do Motor Demanda Individual Absorvida da Rede – kVA
Potência
Eixo
CV
Absorvida
Rede (kW)
cosϕϕϕϕ ηηηη
Corrente
(220V)
A
1 Motor
(I)
2 Motores
(II)
3 a 5 Motores
(III)
Mais de 5
Motores
(IV)
1/6 0,25 0,67 0,49 0,9 0,37 0,30 0,26 0,22
1/4 0,33 0,69 0,55 1,2 0,48 0,38 0,34 0,29
1/3 0,41 0,74 0,60 1,5 0,56 0,45 0,39 0,34
1/2 0,57 0,79 0,65 1,9 0,72 0,58 0,50 0,43
3/4 0,82 0,76 0,67 2,8 1,08 0,86 0,76 0,65
1,0 1,13 0,82 0,65 3,7 1,38 1,10 0,97 0,83
1,5 1,58 0,78 0,70 5,3 2,03 1,62 1,42 1,22
2,0 1,94 0,81 0,76 6,3 2,40 1,92 1,68 1,44
3,0 2,91 0,80 0,76 9,5 3,64 2,91 2,55 2,18
4,0 3,82 0,77 0,77 13 4,96 3,97 3,47 2,98
5,0 4,78 0,85 0,77 15 5,62 4,50 3,93 3,37
6,0 5,45 0,84 0,81 17 6,4 5,19 4,54 3,89
7,5 6,90 0,85 0,80 21 8,12 6,50 5,68 4,87
10,0 9,68 0,90 0,76 26 10,76 8,61 7,53 6,46
12,5 11,79 0,89 0,78 35 13,25 10,60 9,28 7,95
15,0 13,63 0,91 0,81 39 14,98 11,98 10,49 8,99
20,0 18,40 0,89 0,80 54 20,67 16,54 14,47 12,40
25,0 22,44 0,91 0,82 65 24,66 19,73 17,26 14,80
30,0 26,93 0,91 0,82 78 29,59 23,67 20,71 17,76
50,0 44,34 0,90 0,83 125 49,27 - - -
60,0 51,35 0,89 0,86 145 57,70 - - -
75,0 62,73 0,89 0,88 180 70,48 - - -
Notas:
1) O fator de potência e rendimento são valores médios, referidos a 3600 rpm;
2) Exemplo de aplicação da Tabela:
- 1 motor 2,0 CV coluna III 1 x 1,68 = 1,68
- 3 motores 5,0 CV (3 a 5 motores) 3 x 3,93 = 11,79
 Total = 13,47 kVA
No caso de existirem motores monofásicos e trifásicos na relação de carga do
consumidor, a demanda individual deve ser computada considerando a quantidade
total de motores.
Tabela 6 - Demanda individual – Motores trifásicos
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 74
5.0 – ENTRADAS COLETIVAS
Para entradas coletivas, tais como em
condomínios, a CEMIG [2] estabelece que,
inicialmente, a demanda de cada consumidor seja
estabelecida individualmente, ou seja, para os
apartamentos, áreas comuns e lojas, se houverem.
Os critérios para tanto são os mesmos mostrados
para as entradas individuais, sendo válidos todos os
quesitos e fatores de demanda, exceto para o caso de
condicionadores de ar. Os fatores de demanda para tais
aparelhos, neste caso, são os dados na tabela 7.
Número de aparelhos Fator de demanda (%)
1 a 10 100
11 a 20 66
21 a 30 80
31 a 40 78
41 a 50 75
51 a 75 70
76 a 100 65
Acima de 100 60
Tabela 7 - Fatores de demanda para condicionadores de
ar.
O dimensionamento dos componentes da entrada
de serviço (ramais de ligação e de entrada, alimentadores)
das edificaçõesdeve ser feito pela demanda total da
edificação, cujo valor mínimo é dado por:
lojascondomínioapto DDfDD ++= 4,1 (4)
onde:
Dapto é a demanda por apartamento em função de sua área
útil, dada na tabela 8;
“f” é o fator de diversidade ou de multiplicação de
demanda fornecido na tabela 9.
Nas edificações de uso coletivo somente às unidades
residenciais é aplicável os valores da tabela 8. Para as
unidades consumidoras não residenciais e ao condomínio
é aplicável o processo tradicional que considera os grupos
de carga e os respectivos fatores de demanda, função do
total da carga ou da quantidade de equipamentos de cada
grupo.
Deve-se atentar para o caso das edificações de uso
coletivo onde existem grupos de apartamentos de áreas
diferentes. Para utilizar, os dados da tabela 8, o cálculo da
demanda por área/n0 de apartamentos pode ser efetuado
de duas formas:
a) considerando isoladamente cada conjunto
de apartamentos e somando as demandas
dos vários conjuntos (desde que nenhum
deles tenha menos que quatro
apartamentos, já que este critério é válido
para 3 ou mais apartamentos);
b) considerando a média ponderada das áreas
envolvidas e aplicando-se o fator de
diversidade correspondente ao total de
apartamentos em conjunto com a demanda
por área relativa a área média obtida.
O critério de utilização da média ponderada das
áreas deverá ser usado quando houver grupo(s) de
apartamentos de mesma área com 1, 2 ou 3 apartamentos
por grupo.
Assim, se uma edificação, por exemplo, possui
17 apartamentos, sendo 10 de 100 m2, 3 de 130 m2, 2 de
200 m2 e 2 de 400 m2, a média ponderada da área é:
24,152
17
40022002130310010
m
xxxx
ÁreaUtil =+++=
Da tabela 8, para a área calculada, tem-se 3,28
kVA de demanda.
Considerando-se os 17 apartamentos, tem-se da
tabela 9 um fator de diversidade igual a 15,10. Assim, a
demanda geral, será:
kVAxxD 34,6928,310,154,1 ==
Área útil
(m2)
Demanda
(kVA)
Área útil
(m2)
Demanda
(kVA)
Até 15 0,39 141-150 3,10
16-20 0,51 151-160 3,28
21-25 0,62 161-170 3,47
26-30 0,73 171-180 3,65
31-35 0,84 181-190 3,83
36-40 0,95 191-200 4,01
41-45 1,05 201-220 4,36
46-50 1,16 221-240 4,72
51-55 1,26 241-260 5,07
56-60 1,36 261-280 5,42
61-65 1,47 281-300 5,76
66-70 1,57 301-350 6,81
71-75 1,67 351-400 7,45
76-80 1,76 401-450 8,29
81-85 1,86 451-500 9,10
86-90 1,96 501-550 9,91
91-95 2,06 551-600 10,71
96-100 2,16 601-650 11,51
101-110 2,35 651-700 12,30
111-120 2,54 701-800 13,86
121-130 2,73 801-900 15,40
131-140 2,91 901-1000 16,93
Tabela 8 – Demanda em função da área útil
http://www.cemig.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 75
Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div
1 - 51 35,90 101 63,59 151 74,74 201 80,89 251 82,73
2 - 52 36,46 102 63,84 152 74,89 202 80,94 252 82,74
3 - 53 37,02 103 64,09 153 75,04 203 80,99 253 82,75
4 3,88 54 37,58 104 64,34 154 75,19 204 81,04 254 82,76
5 4,84 55 38,14 105 64,59 155 75,34 205 81,09 255 82,77
6 5,80 56 36,70 106 64,84 156 75,49 206 81,14 256 82.78
7 6,76 57 39,26 107 65,09 157 75,64 207 81,19 257 82,79
8 7,72 58 39,82 108 65,34 158 75,79 208 81,24 258 82,80
9 8,68 59 40,38 109 65,59 159 75,94 209 81,29 259 82,81
10 9,64 60 40,94 110 65,84 160 76,09 210 81,34 260 82,82
11 10,42 61 41,50 111 66,09 161 76,24 211 81,39 261 82,83
12 11,20 62 4206 112 66,34 162 76,39 212 81,44 262 82,84
13 11,98 63 42.82 113 66,59 163 76,54 213 81,49 263 82,85
14 12,76 64 43,18 114 66,84 164 76,69 214 81,54 264 82,66
15 13,54 65 43,74 115 67,09 165 76,84 215 81,59 265 82,87
16 14,32 66 44,30 116 67,34 166 76,99 216 81,64 266 82,86
17 15,10 67 44,86 117 67,59 167 77,14 217 81,69 267 82,89
18 15,88 68 45,42 118 67,84 168 77,29 216 81,74 268 82,90
19 16,66 69 45,98 119 68,09 169 77,44 219 81,79 269 82,91
20 17,44 70 46,54 120 68,34 170 77,59 220 81,84 270 82,92
21 18,04 7? 47,10 121 68,54 171 77,74 221 81,89 271 82,93
22 18,65 72 47,66 122 68,84 172 77,84 222 81,94 272 82,94
23 1925 73 48,22 123 69,09 173 78,04 223 81,99 273 82,85
24 19,86 74 48,78 124 69,34 174 78,19 224 82,04 274 82,96
25 20,46 75 49,34 125 69,59 175 76,34 225 82,09 275 82,97
26 21,06 76 49,90 126 69,79 176 78,44 226 82,12 276 83,00
27 21,67 77 50,46 127 69,99 177 78,54 227 82,14 277 83,00
28 22,27 78 51,58 128 70,19 178 78,64 228 82,17 278 83,00
29 22,88 79 5158 129 70,39 179 78,74 229 82,19 279 83,00
30 23,48 80 52,14 130 70,59 180 78,84 230 82,22 280 83,00
31 24,08 81 52,70 131 70,79 181 78,94 231 82,24 281 83,00
32 24,89 82 53,26 132 70,99 182 79,04 232 82,27 282 83,00
33 25,29 83 53,82 133 71,19 183 79,14 233 82,29 283 83,00
34 25,90 84 54,38 134 71,39 184 79,24 234 82,32 284 83,00
35 26,50 85 54,94 135 71,59 185 79,34 235 82,34 285 83,00
36 27,10 86 55,50 136 71,79 186 79,44 236 82,37 286 83,00
37 27,71 67 56,06 137 71,99 187 79,54 237 82,39 285 83,00
38 28,31 88 56,62 138 72,19 188 79,64 238 82,42 288 83,00
39 28,92 89 57,18 139 72,39 189 79,74 239 82,44 289 83,00
40 29,52 90 57,74 140 72,59 190 79,84 240 82,47 290 83,00
41 30,12 91 59,30 141 72,79 191 79,94 241 82,49 291 83,00
42 30,73 92 58,86 142 72,99 192 80,04 242 82,52 292 83,00
43 31,33 93 59,42 143 73,19 193 80,14 243 82,54 293 83,00
44 31,94 94 59,98 144 73,39 194 80,24 244 82,57 294 83,00
45 32,54 95 60,54 145 73,59 195 80,34 245 82,59 295 83,00
46 33,l0 96 61,10 146 73,79 196 80,44 246 82,62 296 83,00
47 33,66 97 61,66 147 73,99 197 84,54 247 82,64 297 83,00
48 34,22 98 62,22 148 74,19 198 80,64 248 82,67 296 83,00
49 34,78 99 62,78 149 74,39 199 80,74 249 82,69 299 83,00
50 35,34 100 63,34 150 74,59 200 80,84 250 62,72 300 83,00
Tabela 9 – Fatores de multiplicação de demanda (diversidade) em função do número de apartamentos (f)
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 76
6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA –
ENTRADAS COLETIVAS
Seja, a título de exemplo, um edifício com
unidades residenciais e comerciais com 14 pavimentos,
onde:
 o 10 pavimento possui 10 lojas com 150 m2;
 do 20 ao 120 pavimento haverão 4
apartamentos com 120 m2; e,
 do 130 e 140 pavimento serão construídos 2
apartamentos duplex (cobertura) de 240 m2.
As cargas que, supostamente, serão utilizadas
são:
 Condomínio
Potência (W)
Qtd. Descrição
Unit Total
50 Lâmpada incandescente 60 3.000
120 Lâmpada fluorescente 40 4.800
50 Tomadas simples 100 6,000
15 Tomadas força 600 9.000
02 Motor trifásico - 5 CV / 220
V (Bomba d’água)
4780 9.560
04 Motor trifásico -7,5 CV / 220
V (Elevador)
6900 27.600
01 Chuveiro elétrico 3600 3.600
Total 63.560
 Lojas
Potência (W)
Qtd. Descrição
Unit Total
06 Lâmpada incandescente 100 600
05 Tomadas simples 100 500
01 Ar condicionado tipo janela
(8.500 BTU/h)
1.300 1.300
Total 2.400
 Apartamento de 120 m2
Potência (W)
Qtd. Descrição
Unit Total
20 Lâmpada incandescente 60 1.200
10 Lâmpada fluorescente 40 400
30 Tomadas simples 1.00 3.000
04 Tomadas força 6.00 2.400
03 Chuveiroelétrico 3.600 10.800
01 Forno elétrico 4.500 4.500
01 Torneira elétrica 2.500 2.500
01 Secadora de roupa (elétrica) 3.500 3.500
01 Máquina de lavar louça 1.500 1.500
01 Máquina de lavar roupa 1.000 1.000
01 Aquecedor de água (banheira de
hidromassagem)
4.000 4.000
Total 34.800
 Apartamento de 240 m2
Potência (W)
Qtd. Descrição
Unit Total
24 Lâmpada incandescente 60 1.440
20 Lâmpada fluorescente 40 800
34 Tomadas simples 100 3.400
06 Tomadas força 600 3.600
04 Chuveiro elétrico 3.600 14.400
01 Forno elétrico 4.500 4.500
01 Torneira elétrica 2.500 2.500
01 Secadora de roupa (elétrica) 3.500 3.500
01 Máquina de lavar louça 1.500 1.500
01 Máquina de lavar roupa 1.000 1.000
01 Aquecedor de água (banheira de
hidromassagem)
6.000 6.000
Total 42.540
6.1 – Demanda do Condomínio
 Demanda de iluminação e tomadas:
Como citado anteriormente, para as lâmpadas
fluorescentes e tomadas, deve-se considerar 1 kVA = 1
kW / 0,85. Assim, a carga total em kVA, será:
Lâmpadas incandescentes 3,00
Lâmpadas fluorescentes 4,80/0,85 = 5,65
Tomadas simples 6,00/0,85 = 7,06
Tomadas de força 9,00/0,85 = 10,58
Total 26,29 kVA
Conforme a tabela 2, para uma carga de
iluminação e tomadas emprega-se um fator de demanda
igual a 100 % para os primeiros 10 kVA e 25 % para os
kVA excedentes. Desta forma, a demanda de iluminação
e tomadas (Dit), será:
Dit = 10 x 100% + 16,29 x 25% = 14,07 kVA.
 Demanda de aparelhos de aquecimento
Para o chuveiro elétrico conforme a tabela 4, o fator
de demanda é igual a 1, portanto, a demanda é de 3,6
kVA
 Demanda dos motores
Para a aplicação da tabela 6, deve ser considerado o
total de motores, no caso, 6 motores. Desta forma, os
valores de demanda individual serão os da coluna IV da
citada tabela. Portanto, a demanda devido aos motores é:
2 x 3,37 + 4 x 4,87 =26,22 kVA
 Demanda Total do Condomínio
kVADcondomínio 89,4322,266,329,26 =++=
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 77
6.2 – Demanda das Lojas
Para as lojas, a demanda será:
 Demanda de iluminação e tomadas
Tem-se como cargas
Lâmpadas incandescentes 0,60
Tomadas simples 0,50/0,85 = 0,59
Total 1,19 kVA
Conforme a tabela 2, para uma carga de
iluminação e tomadas, o fator de demanda é de 100%,
portanto:
Dit = 1,19 x 100% = 1,19 kVA
 Demanda de condicionador de ar
Como será apenas 1 aparelho de ar
condicionado, o fator de demanda dado na tabela 7 é de
100%. Portanto, considerando-se os valores típicos
fornecidos no Capítulo 5, tem-se:
Dca = 1,55 x 100% = 1,55 kVA
 Demanda Total de Uma Loja
kVADDD itcaloja 74,219,155,1 =+=+=
6.3 – Demanda do Apartamento de 120 m2
 Demanda de iluminação e tomadas
Para as unidades residenciais, o cálculo da
demanda de iluminação e tomadas baseia-se na tabela 1.
Desta forma, sendo a carga instalada de:
Lâmpadas incandescentes 1,20
Lâmpadas fluorescentes 0,40/0,85 = 0,47
Tomadas simples 3,00/0,85 = 3,53
Tomadas de força 2,40/0,85 = 2,82
Total 8,02 kVA
O fator de demanda será igual a 54%. Então:
Dit = 8,02 x 54% = 4,33 kVA
 Demanda de aparelhos eletrodomésticos e de
aquecimento
Neste caso, como citado anteriormente, o cálculo
deve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para:
♦ chuveiro e torneira elétrica a carga será de
10.800 + 2.500 = 13,30 kVA
Como se trata de 4 aparelhos, o fator de
demanda obtido na tabela 4 é de 76%. E, sendo
assim:
D1 = 76% x 13,30 = 10,11 kVA
♦ aquecedor de água (banheira de
hidromassagem) a carga é de 4,00 kVA e,
da tabela 4, para 1 aparelho o fator de
demanda é de 100%. Portanto:
D2 = 4,00 kVA
♦ forno elétrico, a carga é de 4,5 kW, então
da tabela 3, o fator de demanda é de 80%
para um aparelho. Assim:
D3 = 80%x4,5 = 3,6 kVA
♦ máquina de lavar louça, secadora de roupa
e máquina de lavar roupa a carga é de
3,50 + 1,50 + 1,00 kVA = 6,00 kVA.
Como são 3 aparelhos o fator de demanda
obtido na tabela 4 é de 84 % e:
D4 = 84% x 6,00 = 5,04 kVA
 Demanda Total do Apartamento de 120 m2
Dapto120 = D1 + D2 + D3 + D4 + Dit
Dapto120 = 10,11 + 4,00 +3,6 + 6,00 + 4,33
Dapto120 = 28,04 kVA
6.4 – Demanda do Apartamento de 240 m2
 Demanda de iluminação e tomadas
Para as unidades residenciais, o cálculo da
demanda de iluminação e tomadas baseia-se na tabela 1.
Desta forma, sendo a carga instalada de:
Lâmpadas incandescentes 1,44
Lâmpadas fluorescentes 0,80/0,85 = 0,94
Tomadas simples 3,40/0,85 = 4,00
Tomadas de força 3,60/0,85 = 4,23
Total 10,61 kVA
O fator de demanda será igual a 45%. Então:
Dit = 10,61 x 45% = 4,77 kVA
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 78
 Demanda de aparelhos eletrodomésticos e de
aquecimento
Neste caso, como citado anteriormente, o cálculo
deve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para:
♦ chuveiro e torneira elétrica a carga será de
14.400 + 2.500 = 16,90 kVA
Como se trata de 5 aparelhos, o fator de
demanda obtido na tabela 4 é de 70%. E, sendo
assim:
D1 = 70% x 16,90 = 11,83 kVA
♦ aquecedor de água (banheira de
hidromassagem) a carga é de 6,00 kVA e,
da tabela 4, para 1 aparelho o fator de
demanda é de 100%. Portanto:
D2 = 6,00 kVA
♦ forno elétrico, a carga é de 4,5 kW, então
da tabela 3, o fator de demanda é de 80%
para um aparelho. Assim:
D3 = 80%x4,5 = 3,6 kVA
♦ máquina de lavar louça, secadora de roupa
e máquina de lavar roupa a carga é de
3,50 + 1,50 + 1,00 kVA = 6,00 kVA.
Como são 3 aparelhos o fator de demanda
obtido na tabela 4 é de 84 % e:
D4 = 84% x 6,00 = 5,04 kVA
 Demanda Total do Apartamento de 240 m2
Dapto240 = D1 + D2 + D3 + D4 + Dit
Dapto240 = 11,83 + 6,00 +3,6 + 6,00 + 4,77
Dapto240 = 32,20 kVA
6.5 – Demanda Total dos Apartamentos
A demanda dos apartamentos pode ser calculada
através de:
 Soma das demandas individuais
Neste caso, como são 44 apartamentos de 120
m2, tem-se das tabelas 8 e 9:
Dapto = 2,54
f = 31,94
Para os duplex 2 apartamentos de 240 m2 em
dois andares, ou seja, equivalente a quatro com esta área.
Assim, das tabelas 8 e 9, tem-se:
Dapto = 4,72
f = 3,88
Portanto, a demanda total dos apartamentos,
conforme a expressão (4), é de:
DaptoTot = 1,4 (31,94 x 2,54 + 3,88 x 4,72) = 139,22 kVA
 Média ponderada das áreas
A média ponderada das áreas é:
2130
48
240412044
m
xx
ÁreaUtil =+=
Desta forma, das tabelas 8 e 9, tem-se:
Dapto = 2,73
f = 34,22
E, então:
DaptoTot = 1,4 x 34,22 x 2,73 = 130,7 kVA
6.6 – Demanda Total do Edifício
A demanda total da edificação será:
lojascondomínioaptoTot DDDD ++=
ou seja, pelo critério da soma das demandas individuais:
kVAxD 51,21074,21089,4322,139 =++=
ou, pelo critério da média ponderada das áreas:
kVAxD 20274,21089,4370,130 =++=
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG-
“ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária,
Rede de Distribuição Aérea, EdificaçõesIndividuais”;
[2] Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG -
“ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária,
Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
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 Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 79
CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E
ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG)
"Faça o que pode, com o que tem, onde estiver."
Roosevelt
RESUMO
Este capítulo relaciona os critérios adotados pela
CEMIG relativos ao fornecimento de energia, tais como
as categorias de atendimento e a definição de entradas de
serviço.
1.0 - INTRODUÇÃO
Os manuais de distribuição ND-5.1 [1] e ND-5.2
[2] da CEMIG, estabelecem os critérios para
fornecimento de energia pela concessionária a
consumidores individuais e edificações coletivas,
respectivamente.
Estabelecem que as unidades consumidoras
somente serão ligadas após vistoria e aprovação do
padrão de entrada por ela, de acordo com as condições
contidas nos citados manuais.
De acordo com a ND-5.2, as edificações de uso
coletivo, bem como os agrupamentos, devem ser
atendidos através de uma única entrada de serviço,
visando a ligação de todas as suas unidades
consumidoras, independentemente da carga instalada
destas unidades e da demanda total da edificação. Nestes
casos, cada unidade consumidora da edificação, deve ser
caracterizada de forma individual e independente como,
por exemplo, as lojas, escritórios, apartamentos e a área
do condomínio (inclusive serviço e sistema de prevenção
e combate a incêndio).
Por outro lado, as edificações constituídas por
uma consumidor individual que venha a ser transformada
em edificações de uso coletivo ou agrupamento devem ter
suas instalações elétricas modificadas visando separar as
diversas unidades consumidoras correspondentes de
acordo com as condições estabelecidas nesta Norma.
O dimensionamento, a especificação e
construção do ramal interno e das instalações elétricas
internas da unidade consumidora devem atender às
prescrições da NBR-5410 da ANBT [3] em sua última
revisão/edição.
A CEMIG deixa claro nos manuais que o
atendimento ao pedido de ligação não transfere a
responsabilidade técnica à ela, quanto a segurança e
integridade das instalações elétricas internas
2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO
O fornecimento de energia é efetuado em uma
das seguintes tensões secundárias de baixa tensão:
 127/220V, sistema trifásico, estrela com
neutro multiaterrado, freqüência 60 Hz;
 127/254V, sistema monofásico com neutro
multiaterrado, freqüência 60 Hz, em
substituição gradativa a 120/240V, de acordo
com a padronização de tensões secundárias
estabelecidas pelo DNAEE [4].
3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS
O fornecimento de energia é efetuado em tensão
secundária de distribuição, às unidades consumidoras que
apresentarem carga instalada igual ou inferior a 75 kW,
ressalvados os casos indicados no Capítulo 1 - item 2.1
da ND-5.1 e casos que se enquadrarem no artigo 60 da
Portaria 466/1997 do DNAEE [4]. Para os casos de
unidades com carga instalada superior a este limite, o
fornecimento é feito em tensão primária de distribuição.
A ligação de cargas especiais, tais como
máquinas de solda a transformador e tipo motor-gerador,
bem como os motores elétricos monofásicos e trifásicos,
devem atender as limitações definidas para cada tipo de
fornecimento.
As unidades consumidoras com cargas acionadas
por motores com partidas freqüentes (ou simultâneas) ou
especiais (aparelhos de Raios-X, máquinas de solda) cuja
operação venha a introduzir perturbações indesejáveis na
rede, tais como flutuações de tensão, rádio-interferência,
harmônicos, etc., prejudicando a qualidade do
fornecimento a outras unidades, serão notificadas pela
CEMIG quanto:
a) as condições em que tais cargas podem
operar;
b) as alterações no padrão de entrada visando
adequá-lo ao tipo de fornecimento
compatível com o funcionamento e as
características elétricas destas cargas.
http://www.cemig.com.br/
http://www.abnt.org.br/
http://www.aneel.gov.br/defaultpesqcedoc.htm
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 80
4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS
EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO
Os critérios de atendimento às edificações de uso
coletivo e agrupamentos são definidos em função da
demanda total utilizada para o dimensionamento dos
componentes da entrada de serviço coletiva.
As edificações são classificadas em:
4.1 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda
Igual ou Inferior a 95 kVA
As edificações de uso coletivo que se enquadram
nesta faixa, são atendidas através de ramal de ligação
aéreo, trifásico, de baixa tensão, com o ponto de entrega
situado no poste particular ou na armação secundária
fixada na parede da edificação.
4.2 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda
Entre 95 e 245 kVA
As edificações de uso coletivo que se enquadram
nesta faixa são atendidas por ramal de ligação
subterrâneo, trifásico, de baixa tensão, com o ponto de
entrega situado na caixa de inspeção instalada no limite
da via pública com a edificação.
4.3 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda
entre 245 e 1.500 KVA
Nesta faixa o atendimento é feito através de
ramal de ligação subterrâneo, trifásico, em alta tensão,
para alimentação do(s) transformador(es) da CEMIG
instalados em câmara construída pelos consumidores,
dentro dos limites de propriedade. Neste caso, o ponto de
entrega situa-se nos bornes secundários do transformador.
4.4 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda
Superior a 1500 KVA
Para estas edificações é necessário solicitar um
projeto especial da CEMIG para situações do tipo de
atendimento aplicável.
4.5 - Edificações com Unidade(s) Consumidora(s)
com Carga Instalada Superior a 75 KW
Nas edificações de uso coletivo,
independentemente de sua demanda total, contendo uma
ou mais unidades consumidoras com carga instalada
superior a 75 KW, o atendimento é efetuado em baixa
tensão, em conjunto com as demais unidades, de acordo
com os critérios dos itens anteriores.
4.6 - Edificações Agrupadas (Agrupamentos)
Aplicam-se a estas edificações, os mesmos
critérios estabelecidos anteriormente para as edificações
de uso coletivo, servidas, entretanto, por ramais de
ligação aéreo com duas ou três fases, dependendo do
valor total da carga instalada.
5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO
Os tipos de fornecimento são definidos em
função da carga instalada, da demanda, do tipo de rede e
local onde estiver situada a unidade consumidora, ou seja:
5.1 - Tipo A:. Fornecimento de energia a 2 fios (Fase-
Neutro)
Abrange as unidades consumidoras urbanas
atendidas por redes secundárias trifásicas ou monofásicas
(127 V), com carga instalada até 10 kW e da qual não
constem:
a) motores monofásicos com potência
nominal superior a 2 c.v.;
b) máquina de solda a transformador com
potência nominal superior a 2 kVA.
5.2 - Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2
Condutores Fases-Neutro)
Abrange as unidades consumidoras situadas em
áreas urbanas, atendidas por redes secundárias trifásicas
(127/220 V) ou monofásicas (127/254 V) que não se
enquadram no fornecimento tipo A, com carga instalada
entre 10 kW e 15 kW e da qual não constem:
a) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo
A, se alimentados em 127 V;
b) motores monofásicos, com potência
nominal superiora 5 c.v., alimentados em
220 V ou 254 V;
c) máquina de solda a transformador, com
potência nominal superior a 9 kVA,
alimentada cm 220 V ou 254 V.
5.3 - Tipo C: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2
Condutores Fases-Neutro)
Abrange as unidades consumidoras situadas em
áreas rurais ou de periferias de núcleos urbanos (sítios,
chácaras, etc.), atendidas por redes secundárias
monofásicas (3 fios), com carga instalada entre 10 kW e
20 kW e da qual não constem:
a) os aparelhos vetados aos fornecimentos
tipo A, se alimentados em 127V;
b) motores monofásicos com potência
nominal superior a 5 c.v., alimentados em
254V.
Neste tipo de fornecimento, a CEMIG exige que
ela analise as possíveis perturbações na rede de
distribuição se forem utilizados motores monofásicos de
7,5 c.v. e 10 c.v.. Além disto, estabelece que o padrão de
entrada deverá ser construído com a caixa polifásica CM-
2 para que, numa eventual troca da rede secundária
monofásica por uma rede secundária trifásica, não sejam
necessárias modificações em sua alvenaria.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 81
5.4 - Tipo D: Fornecimento de energia a 4 fios (3
Condutores Fases-Neutro)
Abrange as unidades consumidoras urbanas, a
serem atendidas por redes secundárias trifásicas
(127/220V), com carga instalada até 75 kW, que não se
enquadram nos fornecimentos tipo A, B e C e da qual não
constem:
a) os aparelhos vetados aos fornecimentos
tipo A, se alimentados em 127V;
b) motores monofásicos com potência
nominal superior a 5ev, alimentados em
220V;
c) motores de indução trifásicos com
potência nominal superior a 15 C.v..
d) máquina de solda tipo motor-gerador, com
potência nominal superior a 30 kVA;
e) máquina de solda a transformador, com
potência nominal superior a I5kVA,
alimentada em 220V - 2 fases ou 220V - 3
fases em ligação V-v invertida.
f) máquina de solda a transformador, com
potência nominal superior a 30 kVA e
com retificação em ponte trifásica,
alimentada em 220V-3 fases.
A ligação de cargas, com características elétricas
além dos limites estabelecidos para este tipo de
fornecimento, somente poderá ser efetuada após liberação
prévia da CEMIG, que analisara suas possíveis
perturbações na rede de distribuição e unidades
consumidoras vizinhas. Além disto, para a ligação de
motores de indução trifásicos com potência nominal
superior a 5 c.v., devem ser utilizados dispositivos
auxiliares de partida.
5.5 - Tipo E: Fornecimento de Energia a 3 fios (2
Condutores Fases-Neutro)
Abrange as unidades consumidoras situadas em
arcas rurais, obrigatoriamente atendidas por redes de
distribuição monofásicas rurais de média tensão, com
transformadores monofásicos exclusivos (127/254V),
com carga instalada até 37,5kW e da qual não constem:
a) os aparelhos vetados aos fornecimentos
tipo A, se alimentados em 127 V;
b) motores monofásicos com potência
nominal superior a 10 c.v., alimentados em
254 V.
Os motores monofásicos com potências
nominais de 12,5 c.v. e 15 c.v. poderão ser ligados neste
tipo de fornecimento, desde que utilizados os dispositivos
auxiliares de partida.
5.6 - Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3
Fases-Neutro)
Abrange as unidades consumidoras situadas cm
áreas rurais, obrigatoriamente atendidas por redes de
distribuição trifásicas rurais de média tensão e com
transformadores trifásicos exclusivos (127/220V), com
carga instalada até 75kW e da qual não constem:
a) motores de indução trifásicos com potência
nominal superior a 50 c.v..
b) motores monofásicos com potência
nominal superior a l0 c.v., alimentados cm
220V.
c) máquinas de solda vetadas ao
fornecimento Tipo D.
Motores trifásicos com potências nominais de 60
c.v. e 75 c.v., bem como os monofásicos com potências
nominais de 12,5 c.v. e 15 c.v., poderão ser ligados neste
tipo de fornecimento, desde que utilizados os dispositivos
auxiliares de partida.
5.7 - Tipo H: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2
condutores Fases - Neutro)
Abrange as unidades consumidoras situadas em
áreas urbanas, atendidas por redes secundárias trifásicas
(127/220V) ou monofásicas (127/254V) que não se
enquadram no fornecimento tipo B, mas que terão o seu
fornecimento de energia elétrica a 3 fios, a pedido do
consumidor com carga instalada até 10kW e da qual não
constem:
a) carga monofásica superior a 2,54 kW para
o fornecimento tipo H1;
b) carga monofásica superior a 5,08 kW para
o fornecimento tipo H2;
c) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo
B.
5.8 - Tipo I: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3
condutores Fases - Neutro)
Abrange as unidades consumidoras situadas em
áreas urbanas, a serem ligadas a partir de redes
secundárias trifásicas (127/220V) que não se enquadram
no fornecimento tipo D, mas que terão o seu
fornecimento de energia elétrica a 4 fios, a pedido do
consumidor com carga instalada até 15kW e da qual não
constem:
a) carga monofásica superior a 1,90 kW para
o fornecimento tipo I1;
b) carga monofásica superior a 3,81 kW para
o fornecimento tipo I2;
c) carga monofásica superior a 5,08 kW para
o fornecimento tipo I3;
d) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo
D.
5.9 - Tipo J: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3
condutores Fases - Neutro)
Abrange as unidades consumidoras constantes
dos itens 2. 1 .b, e, e f, Capítulo 1 da ND-5.1, situadas em
áreas urbanas, a serem ligadas a partir de redes
secundárias trifásicas (127/220V) , com carga instalada
entre 75,1 a 150 kVA.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte II: Projetos de Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 82
6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO
A entrada de serviço de uma unidade
consumidora situada em área urbana ou rural deve ser
dimensionada para uma das faixas indicadas nas Tabelas
1 a 5 da ND-5.1.
7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE
SERVIÇO COLETIVA
Nas edificações de uso coletivo, o
dimensionamento do ramal de ligação, ramal de entrada e
proteção geral, deve corresponder a uma dos faixas de
demanda, indicadas nas Tabelas 1, 2 e 3 da ND-5.2. O
mesmo é válido para o dimensionamento dos
alimentadores principais e respectivas proteções, onde,
entretanto:
a) As seções mínimas dos condutores devem
ser verificadas pelo critério de queda de
tensão, obedecidos os seguintes valores
máximos a b partir do ponto de entrega e
até os pontos de utilização da energia:
♦ edificações com demanda até 215
KVA
Iluminação 4 %
Força 4 %
♦ edificações com demanda superior a
215 KVA
Iluminação 5 %
Força 8 %
Nestes limites, devem ser também consideradas
as quedas nos ramais internos das unidades
consumidoras.
Nas edificações agrupadas com até 3 unidades
consumidoras a entrada de serviço deve ser dimensionada
pela Tabela 4, página 6-4 da ND-5.2. Os casos não
previstos nesta Tabela (mais de uma unidade
consumidora trifásica ou unidade consumidora trifásica
com carga instalada superior a 23 kW ou ainda mais de
três unidades consumidoras), a entrada de serviço deve
ser dimensionada pela demanda total do agrupamento,
sendo necessária a instalação de proteção geral,
utilizando-se as tabelas aplicáveis a edificações de uso
coletivo.
8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO -
CONSUMIDORES INDIVIDUAIS
Para a residência exemplo do capítulo anterior
(página 56), a carga instalada prevista é de 16,6 kW e a
demanda total estimada é de 13,71 kVA.Desta forma, o tipo de fornecimento é o “D”,
com 4 fios (3 fases e 1 neutro). Da tabela 1 da ND-5.1,
verifica-se que, pelo valor da demanda total, a entrada de
serviço deve ser dimensionada pela faixa D1 ( D < 15
kVA)
9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO -
EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO
Para o edifício exemplo do capítulo anterior
(página 61), tem-se:
Unidade
Consumidora
Carga Instalada
Prevista (kW)
Demanda Total
Estimada (kVA)
Condomínio 63,56 43,89
Apartamentos
de 120 m2
42,54 28,04
Apartamentos
de 240 m2
34,80 32,20
Lojas 2,40 2,74
Total 210,50
De acordo com a ND-5.2, tem-se:
Unidade
Consumidora
Fornecimento Tipo Tabela
(ND-5.2)
Condomínio Trifásico D5 5
Apartamentos
de 120 m2
Trifásico D3 5
Apartamentos
de 240 m2
Trifásico D4 5
Lojas Monofásico A1 5
Total
Trifásico
Subterrâneo
Item 14 2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) -
“ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária,
Rede de Distribuição Aérea, Edificações
Individuais”;
[2] Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) -
“ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária,
Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”.
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -
“NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão
- Procedimento”;
[4] Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
(DNAEE) – “Portaria 466 - Condições Gerais de
Fornecimento a Serem Observadas na Prestação e
Utilização do Serviço Público de Energia Elétrica”,
de 12 de novembro de 1997.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
ANEXOS
ATENÇÃO
TEXTOS NÃO EDITADOS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 84
ANEXO I: AUTOCAD R 14
Elaborado por: Adilson S. Engelmann
1.0 INTRODUÇÃO
A tela do Autocad apresenta cinco
partes diferentes de informação que são: área
gráfica, barra de ferramentas, menus Pull-
Down, região de comandos e região de
informações, como ilustrado na figura 1.
Figura 1 - Tela principal do Autocad.
A área gráfica é a parte central da tela
onde se localizará o desenho. Na parte superior
temos o menu Pull-Down onde se localiza todos
os comandos do Autocad. Pode-se selecionar
um comando também através dos ícones
localizados na parte superior (abaixo do menu
Pull-Down) e na lateral esquerda. Esses ícones
são as barras de ferramentas, que podem ser
alteradas, movidas de acordo com a preferência
do usuário. Na parte inferior se localiza a região
de comandos, onde os comandos podem ser
escritos, essa região é muito importante pois
nela o Autocad conversará com o usuário. Logo
abaixo da região de comandos temos a região
de informações que exibe as coordenadas do
cursor e mostra as opções que estão ativas como
GRID, SNAP e outras.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 85
1.1 REGIÃO DE COMANDOS
Na região de comandos o Autocad
fornecerá as informações que deverão ser
escolhidas pelo usuário como por exemplo: no
comando para execução de uma linha, o
Autocad pergunta onde você deseja começar a
linha e até onde ela vai terminar.
Command: Line
From point: 0,0
To point: 10,10
Comandos com varias opções
aparecerão de maneira diferente, isto é:
ON / OFF / <lower left corner> <0.00,0.00>:
A instrução que aparece entre os
símbolos “< >” é a opção que está sendo pedida
pelo Autocad. Logo após aparecem os valores,
também entre os símbolos “< >”, sendo a opção
padrão do Autocad, que para ser aceita é só
pressionar Enter. Para mudar a opção que esta
sendo pedida pode-se utilizar aquelas que estão
separadas por barras “/”, digitando a instrução
inteira ou somente as letras que se apresentam
em maiúsculo.
2.0 COORDENADAS
O Autocad trabalha com três diferentes
sistemas de coordenadas, as Coordenadas
Absolutas, Coordenadas Relativas e as
Coordenadas Polares.
• Coordenadas Absolutas:
As coordenadas absolutas são utilizadas
quando se conhece a localização do ponto
desejado. Para inserir algum ponto utilizando a
coordenada absoluta, especifica-se X,Y do
ponto em relação a origem. Por exemplo o
comando line:
Command: Line
 From point: 10,10
To point: 20,30
seria traçada uma linha da coordenada X=10 e
Y=10 em relação a origem até o ponto X=20 e
Y=30 também em relação a origem.
• Coordenadas Relativas:
As coordenadas relativas são utilizadas
quando se sabe qual o deslocamento em relação
a um ponto anterior, (para se inserir a
coordenada relativa devemos iniciar com o
símbolo “@”). Por exemplo:
Command: Line
 From point: 10,10
To point: @20,0
 seria traçada uma linha com origem no ponto
X=10 e Y=10 até uma distância em X igual a
20, ou seja uma linha horizontal com 20
unidades.
• Coordenadas Polares:
As coordenadas polares são utilizadas
quando se conhece a distância e o ângulo de
rotação, (para se inserir a coordenada polar
devemos iniciar com o símbolo “@” a distância
e o ângulo de ser iniciado com o sinal “<”),
@distância do ponto < ângulo
Por exemplo:
Command: Line
 From point: 10,10
To point: @20<0
Obs.: O sistema angular segue o sentido Anti-
horário.
3.0 DEFININDO A ÁREA DE TRABALHO
Antes de começar a desenhar, é
importante configurar o ambiente de trabalho de
acordo com as características do projeto. Essas
características incluem a definição de limites,
usar ou não pontos de ajuda. Essas definições
podem ser alteradas durante o projeto conforme
necessidade do usuário.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 86
LIMITS
Esse comando define a área de desenho
do Autocad pelo usuário. Para acessar este
comando, digite LIMITS. Na região de
comando aparecerá:
Command: LIMITS aciona o comando
ON / OFF / <Lower left corner>: especifique o canto
inferior esquerdo da margem.
Upper right corner <420.0000,297.0000>: especifique
o canto superior direito da margem.
Normalmente utilizamos padrões de
folhas conhecidas como o A4, A0 e outros
valores, a tabela 1 apresenta os valores padrões
de folha em milímetros.
Sigla Tamanho (mm,mm)
A4 210,297
A3 297,420
A2 420,594
A1 594,840
A0 840,1188
Tabela 1 – Tamanhos de folhas.
3.1 COMANDOS DE AUXÍLIO
No menu Pull-Down, na opção TOOLS
vamos acionar o comando DRAWING AIDS,
que nos permite ajustar algumas configurações
na área gráfica de auxílio no desenho, como por
exemplo: colocar um Grid, na tela na qual
torna-se como se fosse um papel milimetrado.
A figura 2 mostra a caixa de dialogo do
comando DRAWING AIDS.
Figura 2 – Caixa de dialogo auxiliar para configuração da área de trabalho.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 87
Na parte direita da caixa de diálogo
temos a opção GRID onde devemos definir o
espaçamento dos pontos na tela tanto em X
como em Y e acionar ou desligar com a opção
On.
Na parte central encontra-se a opção
SNAP que nos permite fazer com que o cursor
tenha um deslocamento incremental na tela de
acordo com as definições de espaço em X e em
Y, também deve ser acionado ou desligado com
a opção On.
Na parte esquerda temos um quadro
para acionarmos ou desligarmos as opções
Ortho (restringe/libera o cursor para
movimentos ortogonais), Solid Fill (controla o
preenchimento de multilinhas, sólidos), Quick
Text (se ativado, exibe uma caixa ao invés do
texto), Blips (se ativado, aparece um marcador
onde você especifica um ponto), Highlight (se
ativado, os objetos selecionados ficam em
destaque), Groups (permite agrupar objetos),
Hatch (permite ativar ou desativar hachuras).
Na parte inferior direita, temos a opção
Isometric Snap/Grid que permite fazer
isométricos com maior facilidade. Se essa
opção estiver ligada, posicionará o grid, o snap
e o cursor em um dos planos isométricos.
Obs.: Esse comandos também podem ser
ativados ou desativados utilizando as teclas de
função, ou seja:
F8 -- Ativa ou desativa a opção Ortho
F9 -- Ativa ou desativa a opção Snap
F7 -- Ativa ou desativa a opção Grid
F5 -- Altera o plano de isométrico
OSNAP
O Autocad permite ao usuário desenhar
construções geométricas com precisão, ativando
uma atração automática a um ponto notável do
objeto.
Para utilizarmos os modos de
aproximação devemos pressionar
simultaneamente a tecla “SHIFT” e o botão da
direita do mouse. Aparecerá um menu
mostrando as opção que podemos utilizar.
Outra maneira de torná-los sempre
ativos, é utilizando o menu TOOLS a opção
OBJETC SNAP SETTINGS. Com isso eles
ficarão ativos até que você deseje desativar.
Exemplos de opções de OSNAP:
Endpoint: Atrai para o ponto mais próximo a
extremidade de objetos como segmentos de reta
e arcos.
Midpoint: Atrai para o ponto médio de objetos
como segmentos de reta e arcos.
Intersection: Atrai para o ponto de interseção
entre dois objetos.
Center: Atrai para o centro de um círculo, arco
ou elipse.
Quadrant: Atrai para o quadrante mais próximo
de um arco, circulo ou elipse (pontos a 0°, 90°,
180° e 270° graus).
4.0 VISUALIZAÇÃO
ZOOM
Este comando é utilizado para que o
usuário consiga visualizar na tela exatamente
aquilo que deseja. Algumas das opções são as
seguintes:
WINDOW: Com o mouse selecione uma janela,
por dois pontos, na área que deve ser
amplificada.
ALL: Retorna para a maior tela possível, onde
aparecerão todos objetos feitos.
EXTEND: Mostra na tela visão com a extensão
do desenho feito.
PREVIOUS: Retorna a última opção zoom que
foi usada.
PAN
Desloca a tela numa determinada
distância sem alterar a ampliação da vista.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 88
REDRAW
Remove os blips marcadores e resíduos
de tela deixados por comandos de edição.
UNDO
Desfaz o último comando. Pode-se
acessá-lo pressionando somente U.
5.0 FERRAMENTAS DE PRODUÇÃO
LINE
Este comando nos permite traçar um
segmento de reta ou um conjunto de segmentos
de retas.
Command: Line aciona o comando
From point: P1 origem da linha
To point: P2 segundo ponto
To point: novo ponto
O Autocad continuará a pedir um novo
ponto sucessivamente, para encerrar deve-se
apenas pressionar a tecla Enter.
CIRCLE
Desenho de circunferências . Para se
desenhar uma circunferência temos várias
opções, cada uma delas levando em conta o
modo mais fácil de se desenhar. O modo mais
comum é selecionar o ponto central onde se
localizará a circunferência e depois digitar o
raio ou o diâmetro.
Command: Circle aciona o comando.
3P / 2P / TTR / <Center point>: ponto onde
localizará o centro da circunferência.
Diameter / <Radius>: valor do
raio ou opção de diâmetro.
Também podemos desenhar a circunferência a
partir de 3P:
Command: Circle aciona o comando.
3P / 2P / TTR / <Center point>: 3P seleciona
desenhar a partir de 3 pontos.
First point: especifique o primeiro
ponto.
Second point: especifique o segundo
ponto.
Third point: especifique o terceiro
ponto.
2P – Desenha a circunferência por dois pontos
extremos do diâmetro.
Command: Circle aciona o comando.
3P / 2P / TTR / <Center point>: 2P seleciona
desenhar a partir de 2 pontos.
First point on diameter: especifique o primeiro
ponto.
Second point on diameter: especifique o segundo
ponto.
TTR – Desenha a circunferência tangente a dois
objetos, com um raio especificado
Command: Circle aciona o comando.
3P / 2P / TTR / <Center point>: TTR seleciona
desenhar tangente a dois objetos.
Enter Tangent spec: selecione o primeiro objeto.
Enter second Tangent spec: selecione o segundo
objeto.
Radius <atual>: especifique o raio.
DONUT
Desenha coroas circulares ou círculos
preenchidos.
Command: Donut aciona o comando.
Inside diameter <atual>: digite o diâmetro
interno.
Outside diameter <atual>: digite o diâmetro
externo.
Center of doughnut: ponto que corresponderá ao
centro do Donut.
ARC
Existem várias opções para se fazer um
arco. Pode-se desenhar a partir de 3 pontos
(ponto inicial, segundo ponto, ponto final), ou
através de dois pontos e uma outra dimensão
(ângulo entre os pontos, distância entre os
pontos, raio do arco). Essas opções podem ser
melhores especificadas no menu Pull-Dowm,
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 89
opção DRAW comando ARC.
Obs.: Deve-se sempre entender quais são os
principais pontos notáveis no desenho do arco
para nos facilitar qual opção devemos acionar.
Command: Arc aciona o comando.
ELLIPSE
Desenha uma elipse.
Command: Ellipse aciona o comando.
Arc / Center / Isocircle / <Axis endpoint 1>:
primeiro ponto de um dos eixos da elipse.
Axis endpoint 2: segundo ponto de um dos eixos da
elipse.
<Other axis distance> / Rotation: outro ponto da
elipse no outro eixo.
RECTANGLE
Desenho de retângulos.
Command: Rectang aciona o comando.
Chamfer / Elevation / Fillet / Thickness / Width
<First corner>: 1° canto do retângulo.
Other corner: 2° canto do retângulo.
Podemos com as outras opções desenhar
um retângulo chanfrado, ou com um arco em
seus cantos.
Chamfer: Define a distância de chanfro
para desenhar o retângulo.
Fillet: Define o raio dos cantos para
desenhar o retângulo.
Elevation: Utilizado em 3D.
Thickness: Utilizado em 3D.
Width Espessura da linha com que será
desenhado o retângulo.
Obs.: Ao desenhar o retângulo deve-se notar
que suas linha estão agrupadas formando um
único bloco.
POLYGON
Desenha um polígono.
Command: Polygon aciona o comando.
Number of sides <atual>: número de lados do
polígono.
Edge / <Center of polygon>: ponto onde se
localizará o centro do polígono.
Inscribed in circle / Circunscribed about circle (I/C)
<I>: inscrito ou circunscrito ao círculo que o
define.
Radius of Circle: raio do polígono.
Opção Edge desenha o polígono através da
dimensão de um dos lados.
5.1 COMANDOS DE TEXTO
Para definir uma forma de letra no
Autocad, ou seja definir o tamanho da letra ,
inclinação e forma. Devemos ir no menu Pull-
Dowm na opção FORMAT comando TEXT
STYLE. O Autocad abrirá uma caixa de dialogo
como ilustrado na figura 3.
INSTALAÇÕESELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 90
Figura 3 – Caixa de dialogo Text Style.
Onde pode-se alterar a altura da letra
(tamanho) a fonte de letra (forma da letra) e o
estilo de letra.
Deve-se notar que uma alteração nesse
quadro de diálogo implica em termos que
escrever nossos texto com os padrões definidos,
até que seja feita mudanças nessa caixa de
diálogo.
Para utilizar o Autocad exclusivamente
para projetos, procure utilizar as fontes padrões
pois são mais aplicáveis a projetos e são bem
mais otimizadas.
TEXT
Cria texto de apenas uma linha
Command: Text aciona o comando.
Justify / Style / <Start point>: ponto inicial do
texto.
Height <0.200>: altura do texto.
Rotation angle <0>: ângulo de rotação do texto.
Text: digite o texto.
Justify – permite o ajuste do texto a um espaço
definido pelo usuário, ou seu alinhamento.
Alguns exemplos de alinhamento:
Middle Alinha pelo ponto médio do texto.
TL Alinha pelo topo, à esquerda.
TC Alinha pelo topo, ao centro.
TR Alinha pelo topo, à direita.
MC Alinha pelo ponto médio ao centro.
BL Alinha pela base, à esquerda.
BC Alinha pela base, ao centro.
BR Alinha pela base, à direita.
DTEXT
Cria um texto, podendo ser um
parágrafo.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 91
Command: Dtext aciona o comando.
Justify / Style / <Start point>: ponto inicial do
texto.
Height <0.200>: altura do texto.
Rotation angle <0>: ângulo de rotação do texto.
Text: digite o texto.
Text: digite o texto.
Esse comando pedirá para digitar um
texto até que seja digitado apenas Enter,
fazendo assim com que ele encerre o parágrafo.
Também permite o ajuste do texto com a opção
Justify.
DDEDIT
Para alteramos um texto ou atributos no
desenho.
Command: DDEDIT aciona o comando.
Select objets: selecione os textos a serem
modificados.
O comando apresentará uma caixa de
texto, com o texto a ser modificado.
5.2 CRIAÇÃO DE POLILINHAS
Uma polilinha é definida por uma série de
segmentos contíguos, formando uma seqüência
de linhas com características de uma única
entidade.
PLINE
Cria uma polilinha.
Command: Pline aciona o comando
From point: ponto inicial
Arc / Close / Halfwidth / Length / Undo / Width
<End point of line>: 2° ponto
Arc / Close / Halfwidth / Length / Undo / Width
<End point of line>: 3° ponto
Arc: Troca desenho de linhas por arcos na
polilinha.
Close: Fecha a polilinha com um segmento de
linha criando uma entidade fechada.
Width: Determina a largura de uma polilinha.
Undo: Remove o último segmento desenhado.
MLINE
Cria segmentos de várias linhas
paralelas.
Command: Mline aciona o comando
Justification / Scale / Style / <From point>: ponto
inicial.
To point 2° ponto
Undo / To point 3° ponto
Close / Undo / To point 4° ponto
Close: fecha a polilinha com um segmento de
linha
Justification: determina como a linha será
desenhada em relação ao ponto de clique,
podendo ser com o cursor no topo da multilinha
(Top), desenha com o cursor centralizado
(Zero), desenha com o cursor abaixo da linha
(Bottom).
Scale: Altera as larguras da multilinha.
Style: Altera o estilo de linha.
SPLINE
Criação de curvas quadráticas ou
cúbicas.
Command: Spline aciona o comando
Object / <Enter first point> ponto inicial
Enter point: 2° ponto
Close / Fit tolerance / <Enter point>: 3° ponto
Enter start tangent: ponto que formará com o
ponto inicial a tangente do início da spline.
Enter end tangent: ponto que formará com o
ponto final a tangente do fim da spline.
5.3 ALTERANDO POLILINHAS
PEDIT
Permite a edição das PLINES.
Command: Pedit aciona o comando
Select polyline: selecione a polilinha.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 92
Close / Join / Width / Edit vertex / Fit / Spline /
Decurve / Ltype gen / Undo / eXit <X>: escolha
uma opção.
Close: cria um segmento unindo o último ponto
ao primeiro, tornando-a fechada.
Width: solicita uma nova largura para a
polilinha.
Fit: cria uma curva suave formada por pares de
arcos.
Spline: cria n-splines a partir de uma polilinha
Decurve: cria uma polilinha com segmentos de
reta.
SPLINEDIT
Edita Splines.
Command: Splinedit aciona o comando
Select spline: selecione uma spline.
Fit Data / Close / Move vertex / Refine / rEverse /
Undo / eXit <X>: escolha uma opção.
Fit Data: edita dados de adaptação.
Close: fecha uma spline aberta.
Move vertex: reposiciona pontos de controle
Reverse: reverte a direção da spline.
5.4 CRIAÇÃO DE HACHURAS
BHATCH
Cria hachuras associadas aos objetos
que formam limites.
Command: Bhatch aciona o comando
Ao acionarmos o comando, o quadro de
diálogo da figura 4 será mostrado na tela.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 93
Figura 4 – Quadro de diálogo de hachuras.
Na parte superior esquerda, temos a
opção PATTERN que permite a visualização
dos tipos de hachuras disponíveis. No canto
superior direito temos a opção PICK POINTS,
que permite selecionarmos a área pelo clique do
mouse em uma área interna da região que se
deseja hachurar. A opção PREVIEW HATCH
nos mostra como a hachura ficará no objeto
antes de aplicarmos, com a opção Scale, na
parte inferior esquerda, podemos alterar a escala
da hachura. Para aplicarmos a hachura devemos
clicar na opção APPLY.
6.0 FERRAMENTAS DE EDIÇÃO
ERASE
Apaga objetos do desenho.
Command: Erase aciona o comando.
Select objets: selecione os objetos.
Obs.: Caso você selecione um objeto errado,
pode-se remove-lo pressionando “r” Enter, o
Autocad pedirá para que você remova os
objetos selecionados errados.
U
Desfaz o último comando
Command: U aciona o comando e já desfaz o
último.
COPY
Copia objetos de um desenho. Podendo
fazer apenas uma cópia como também pode-se
fazer várias cópias.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 94
Command: Copy aciona o comando.
Select objets: selecione os objetos a serem
copiados.
<Base point or displacement:> / Multiple: selecione
um ponto normalmente próximo ao objeto ao qual
deseja copiar, ou selecione M caso queira fazer
varias copias. Se teclar M,em seguida será
solicitado o ponto base novamente.
Second point or displacement: ponto ao qual
localizará a copia do objeto.
MOVE
Move objetos de um desenho
Command: Move aciona o comando.
Select objets: selecione os objetos a serem
movidos.
Base point or displacement: selecione um ponto
normalmente próximo ao objeto ao qual se deseja
mover.
Second point or displacement: ponto ao qual
localizará o objeto.
OFFSET
Cria uma cópia paralela do objeto a uma
distância determinada pelo usuário.
Command: Offset aciona o comando.
Offset distance or Through <atual>: especifique
uma distância.
Select object to offset: selecione o objeto a ser
copiado paralelamente.
Side to offset: lado que quer a cópia.
TRIM
Corta o excedente de um objeto até os
limites definidos por outros.
Command: Trim aciona o comando.
Select object: selecione os objetos que
serão limites de corte.
<Select object toTrim> / Poject / Edge / Undo:
selecione os trechos do objeto que deseja apagar.
EXTEND
Estende objetos até se encontrarem com
outro que funcionam como limite.
Command: Extend aciona o comando.
Select object: selecione os objetos que
serão limites de extensão.
<Select object toTrim> / Poject / Edge / Undo:
selecione os trechos do objeto que deseja estender.
MIRROR
Copia um objeto simetricamente a um
eixo (espelhamento) determinado pelo usuário.
Command: Mirror aciona o comando.
Select objets: selecione os objetos a serem
espelhados.
First point of mirror line: selecione um ponto
da linha de espelhamento.
Second point: segundo ponto da linha de
espelhamento.
Delete old objects? <N>: deseja apagar o antigo
objeto, N mantém o objeto, Y apaga o objeto.
CHAMFER
Cria chanfros entre objetos. Criando
uma nova linha para que o chanfro possa ser
criado.
Command: Chamfer aciona o comando.
(Trim mode) Current chamfer Dist1=1, Dist2=1.5
Polyline / Distance / Angle / Trim / Method <Select
first line>: selecione 1° objetos que fará parte
do chanfro.
Select second line: selecione 2° objeto que fará
parte do chanfro.
Polyline: Chanfra uma polilinha 2D inteira.
Distance: Define as distâncias do chanfro a partir do
lado selecionado. Você pode definir as distâncias
como zero, fazendo assim uma concordância entre
as linhas.
Angle: Define as distância do chanfro usando uma
distância e um ângulo.
Trim: Controla se o Autocad corta os lados
selecionados até os pontos extremos da linha.
Method: Controla a maneira de entrar com as
distâncias (usa duas distâncias ou uma distância e
um ângulo).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 95
FILLET
Executa arredondamento entre objetos.
Criando um arco para que o arredondamento
possa ser criado.
Command: Fillet aciona o comando.
(Trim mode) Current fillet radius=30
Polyline / Radius / Trim / <Select first line>:
selecione 1° objetos que fará parte do Fillet.
Select second line: selecione 2° objeto que fará
parte do Fillet.
Polyline: Arredonda uma polilinha 2D inteira.
Radius: Define o raio de concordância.
Trim: Controla se o Autocad corta os lados
selecionados até os pontos extremos da linha.
ARRAY
Cria cópias de um objeto com um
espaçamento pré-determinado. Copias feitas de
um modo polar (feitas em relação a um centro e
um raio), e o modo retangular (distâncias em
relação ao eixo X e Y).
Modo Retangular
Command: Array aciona o comando.
Select objects: selecione os objetos.
Rectangular or Polar array (R/P) <atual>: R
escolha a opção de array retangular.
Number of rows (---) <3>: Número de linhas.
Number of columns: Número de colunas.
Unit cell distance between rows (---): Distância
entre linhas.
Distance between columns: Distância entre colunas.
Modo Polar
Command: Array aciona o comando.
Select objects: selecione os objetos.
Rectangular or Polar array (R/P) <atual>: P
escolha a opção de array polar.
Center point of array: centro do array.
Number of itens: Número de itens a criar.
Angle to fill (+=ccw, -=cw) <360>: Ângulo de
preenchimento com os itens.
Rotate objects as theys are copied? <Y>:
rotacionar os objetos durante a cópia ou não.
ROTATE
Rotaciona objetos em torno de um ponto
determinado.
Command: Rotate aciona o comando.
Select objets: selecione os objetos.
Base point: selecione um ponto normalmente
próximo ao objeto ao qual se deseja rotacionar.
<Rotation angle> / Reference: entre com o ângulo
de rotação desejado.
SCALE
Amplia ou reduz os objetos
selecionados.
Command: Scale aciona o comando.
Select objets: selecione os objetos.
Base point: ponto a partir do qual você quer o
objeto ampliado ou reduzido.
<Scale factor> / Reference: digite a escala de
ampliação ou redução desejada.
BREAK
Permite remoção de parte de um objeto,
mesmo sem usar outros como limites.
Command: Break aciona o comando.
Select objets: selecione o objeto para corte
assumindo o ponto de seleção como o 1° ponto de
corte.
Enter second point (or F for first point): F 
selecione o segundo ponto para imediatamente
cortar ou tecle F para voltar e escolher o primeiro
ponto.
Enter first: entre com o 1° ponto de corte.
Enter second point: entre com o 2° ponto de
corte.
7.0 ORGANIZAÇÃO DO DESENHO
Todos os objetos criados no Autocad
possuem propriedades que os identificam, que
incluem, entre outros layer, cor e tipo de linha.
Os layers são camadas transparentes e
superpostas uma às outras nas quais se
organizam e se agrupam diferentes tipos de
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 96
informações do desenho. Para cada layer
associamos uma cor e um tipo de linha. A cor
ajuda a distinguir rapidamente elementos do
desenho e determina a espessura da linha
durante a plotagem. Os tipos de linha ajudam a
perceber facilmente a diferença entre os
elementos de desenho.
LAYERS
Os objetos desenhados no Autocad estão
relacionados a algum layer, seja o padrão ou
outro criado pelo usuário. Eles servem como
um método de organizar o seu desenho em
grupos.
O número de layers criados é ilimitado.
O usuário pode designar um nome para cada
layer e selecionar qualquer combinação de
layers para apresentar.
Para criar e modificar os layers, vamos
entrar na opção FORMAT no menu Pull-Down,
comando LAYERS, como ilustra a figura 5.
Figura 5 – Configuração dos Layers de trabalho.
A opção NEW cria um novo Layer com
o nome inserido na caixa de texto pelo usuário.
A opção DELETE apaga um layer selecionado
pelo usuário. CURRENT torna o layer
selecionado o atual.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 97
Ao lado do nome dos layers temos
vários símbolos representando opções de
características dos layers. O símbolo
representado por uma lâmpada (On/Off), torna
visível/invisível o layer selecionado na área de
trabalho, mas o Autocad irá processar e
regenerar os objetos deste layer. Os próximos
três símbolos (Freeze) servem para
congelar/descongelar as viewports se você
estiver em paperspace. O símbolo representado
por um cadeado (Lock), chaveia o conteúdo do
layer não permitindo qualquer tipo de alteração.
A opção Color permite selecionar a cor do
layer, a cor que os objetos serão desenhados
caso a cor esteja setada para by layer. E a opção
Lynetype, permite selecionar o tipo de linha do
layer.
A opção DETAILS mostra as mesmas
interações acima, só que de maneira mais
descritiva.
O quadro LINETYPE, nos apresenta um
quadro de diálogo, onde é possível mudar o tipo
de linha de um layer.
7.1 MODIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES
Para alterar as propriedades de um
objeto, ou seja, sua cor, tipo de linha, layer.
Deve-se no menu Pull-Down através da opção
MODIFY escolher o comando PROPERTIES.
Este comando apresenta formas diferentes de
quadros de diálogo, selecionando vários objetos
de uma vez, o quadro de diálogo é composto
pelos botões Color, Layers e Linetype, que
alteram a cor, o layer, e o tipo de linha, este
comando para ser acionado, na região de
comandos deve-se digitar:
Command: DDCHPROP aciona o comando
Select objects: selecione os objetos.
Selecionando apenas um objeto aparecerá o
quadro de diálogo, onde pode-se alterar não
apenas o layer, cor, tipo de linha, mas também o
ponto inicial, ponto final da linha, um texto, etc.
Para acionar este comando deve-se digitar na
região de comandos:
Command: DDMODIFY aciona o comando
Select objects: selecione os objetos.
8.0 CRIAÇÃO E UTILIZANDO UMA
BIBLIOTECA DE SIMBOLOS.
Os objetos desenhados no Autocad podem
ser agrupados em blocos formando assim um só
objeto. Isso serve para agilizar o processo do
desenho, também pode-se criar símbolos em
arquivos para que possam ser utilizados em
vários desenhos.
BLOCK
Cria um bloco a partir da seleção dos
objetos.
Command: Block aciona o comando.
Block name (?): nome do bloco a ser gerado
Insertion base point: ponto que será dado como
referência na hora de inserir o bloco.
Select objects: selecione os objetos que
farão parte do bloco.
WBLOCK
Salva um bloco como arquivo.
Command: WBlock aciona o comando. Abre um
caixa de diálogo, para que o usuário escolha o
diretório e o nome do arquivo que será salvo o
bloco.
Block name: nome do bloco a ser salvo.
DDINSERT
Inserir blocos no desenho.
Command: Ddinsert aciona o comando. Abre o
quadro de dialogo, para que o usuário selecione o
arquivo a ser inserido ou o bloco.
Insertion point: o ponto onde vai ser
inserido o bloco.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 98
X scale factor <1> / Corner / XYZ: fator de
escala no eixo X.
X scale factor (default=X): fator de escala no
eixo Y.
Rotation angle <0>: ângulo de rotação.
EXPLODE
Comando para desmembrar um bloco
em seus objetos componentes.
Command: Explode aciona o comando.
Select object: selecione o bloco.
9.0 PLOTAGEM
Para cada desenho o usuário pode definir
seus parâmetros de impressão, que são caneta,
área, origem, escala e rotação.
PRINT ou PLOT
Comando para impressão do desenho.
Command: Plot aciona o comando. Abre a
caixa de diálogo para impressão como ilustrado na
figura 6.
Figura 6 – Caixa de diálogo de impressão.
A opção Device and Default Selection
permite ao usuário alterar o plotter ou
impressora. Pen Assigments permite ao usuário
atribuir espessura e cores as canetas. No quadro
Addional Parameters o usuário escolhe o que
será impresso, ou seja, se será impresso a tela
atual, ou uma área selecionada. Paper Size and
Orientation, este quadro pode ser definido o
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
________________________________________________________________________________________________
 Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 99
tamanho da folha. Scale, Rotation and Origin
define a rotação e a escala de impressão do
desenho. Plot Preview exibe uma imagem a ser
impressa.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 100
ANEXO II: VISUAL ELECTRIC
Elaborado por: Ricardo C. Campos
1. Inicialização do Visual Electric
Para iniciar o Visual Electric, deve-se acessar o
ícone correspondente, localizado no MENU INICIAR >
PROGRAMAS > VISUAL ELECTRIC. Em seguida,
confirme a inicialização do Visual Electric no prompt do
AutoCAD R14 (basta apertar a letra “s”). Surgirá, desta
forma, uma tela de trabalho parecida com a do AutoCAD
R14 , porém com um menu superior diferente, próprio do
Visual Electric.
1.1 Iniciando um Projeto
Figura 1 – Caixa de Diálogo para
Configuração da Área de Trabalho
Acesse o menu ARQUIVO >INICIAR PROJETO
e para selecionar a opção para o formato do papel (A0,
A1, A2, A3 ou A4), a unidade de trabalho (m, cm ou
mm) e a escala do seu desenho (1:1, 1:2, 1:50, 1:100,
1:200, 1:500, etc.).
Uma vez iniciado o projeto, o próximo passo é
começar a fazer o desenho.
O primeiro a ser feito é o desenho do projeto
arquitetônico, ou seja, o desenho das paredes, portas,
janelas, etc. Somente depois de pronto o arquitetônico é
que se pode começar a desenhar o projeto elétrico.
1.2 Considerações
Algumas considerações devem ser feitas com
respeito a utilização de escalas.
O Visual Electric possui uma escala global
padronizada em metros. Se o usuário preferir trabalhar
em metros, isto proporcionará maiores facilidades em
futuras conversões indesejadas de selos, símbolos, textos
e outros objetos que necessitem de alteração de escalas.
Uma outra consideração importante é que no
menu do Visual Electric existem dois comandos
ESCALA. Um está situado no menu EDIÇÃO e o outro no
menu UTILIDADES. O comando ESCALA do menu
EDIÇÃO é correspondente ao comando SCALE do
AutoCAD R14. Com ele, o desenhista pode alterar o
tamanho de objetos diretamente na tela de trabalho. Já o
comando ESCALA do menu UTILIDADES está
relacionado com a escala do projeto em andamento. Caso
o usuário altere seu valor, por exemplo de 1:100 para
1:50, isto significa que todos os símbolos pertencentes à
biblioteca do Visual Electric que forem ser inseridos no
desenho agora estarão na nova escala.
2. Desenho do Projeto Arquitetônico
O desenho do projeto arquitetônico pode ser
executado de diversas maneiras. Esta apostila descreve
aquela em que são usados os comandos do Visual
Electric. Entretanto, caso o projetista prefira desenhar o
arquitetônico de modo diferente ao descrito, não existe
problema algum. Inclusive, o Visual Electric permite que
desenhos arquitetônicos situados em outros arquivos
possam ser inseridos na sua área de trabalho através do
menu DESENHOS > INSERIR.
Porém, se o projetista escolher um método
diferente do método próprio do Visual Electric, ele deve
estar atento com relação a escala do seu desenho, uma
vez que a escala dos símbolos que serão inseridos pode
estar diferente da escala do desenho arquitetônico feito ou
inserido.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 101
Na utilização dos comandos do Visual Electric
para o desenho do projeto arquitetônico,os layers
referentes a paredes, portas e janelas são criados
automaticamente.
Figura 2 – Projeto Arquitetônico
2.1 Desenho de Paredes
Para se desenhar paredes no Visual Electric
utiliza-se o comando PAREDE, que se encontra no menu
superior DESENHO.
O usuário deve entrar com o ponto inicial, que
pode ser um ponto qualquer, ou um ponto já existente, e
com o ponto final, que também poderá ser qualquer, ou
também já existente.
Para se definir a largura da parede, logo depois
de selecionado o comando, digitar a letra L, referente a
largura. Digita-se o valor desejado e pressione ENTER.
Para sair do comando basta clicar com o botão
direito do mouse ou, se preferir fechar a arquitetura,
digitar FE, referente a fechar.
Comando: PAREDE
Informações: Largura (0.15)
Ponto Inicial
Ponto Final
Caso o projetista tenha que desenhar uma parede
a uma determinada distância de um ponto de referência,
ele pode digitar R, relativo a referência. Em seguida, ele
deve selecionar o ponto de referência, o lado de
referência e a distância. Este procedimento é similar ao
comando OFF-SET do AutoCAD R14.
2.2 Desenho de Portas
Para o desenho de portas, deve-se utilizar o
comando PORTA, localizado no menu superior
DESENHO.
O usuário deve fornecer a largura da porta, o seu
ponto fixo e o lado de abertura.
Comando: PORTA
Informações: Largura (0.80)
Ponto Fixo
Lado de Abertura
Assim como para o desenho de paredes, o
projetista pode colocar o ponto fixo da porta a uma
determinada distância de referência. Basta digitar R e
informar a distância desejada.
Além disso, se o projetista já possuir uma
biblioteca própria de portas, o Visual Electric permite que
estas sejam inseridas no desenho sem nenhum problema,
respeitando sempre a escala.
2.3 Desenho de Janelas
Para o desenho de janelas, deve-se utilizar o
comando JANELA, localizado no menu superior
DESENHO.
O usuário deve fornecer as seguintes
informações ao programa: a largura da janela, o seu ponto
inicial, situado no lado externo da parede, a face oposta
da parede e um ponto qualquer oposto ao inicial, situado
na mesma face da parede.
Comando: JANELA
Informações: Largura (1.20)
Ponto Inicial
Face Oposta
Ponto Oposto ao Inicial
A observação feita para o desenho de portas
referente a existência de biblioteca pessoal também vale
para o desenho de janelas.
3. Desenho do Projeto Elétrico
3.1 Distribuição das Cargas Elétricas
Para a distribuição das cargas elétricas é
necessário tomar conhecimento prévio do ponto onde se
deseja colocar uma determinada carga.
O próximo passo é inserir no desenho os
símbolos elétricos referentes às cargas desejadas. No
menu superior SÍMBOLOS se encontram todos símbolos
necessários, tais como os de iluminação, tomadas,
interruptores, sinalizadores, quadros e motores.
3.1.1 Iluminação
O acesso às bibliotecas de iluminação se dá pelo
menu superior SÍMBOLO. Neste menu, tem-se diversas
opções de iluminação. Em ILUMINAÇÃO DIVERSAS
podem ser encontrados os símbolos referentes às
lâmpadas incandescentes comuns, arandelas, lâmpadas de
mercúrio e vapor de sódio, e holofotes. Em
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 102
ILUMINAÇÃO FLUORESCENTE podem ser encontrados
os símbolos referentes aos diversos tipos de lâmpadas
fluorescentes.
Neste exemplo, será inserido uma lâmpada incandescente
de 100W num cômodo do desenho arquitetônico do
exemplo. Deve-se ter conhecimento, além da potência, de
qual circuito faz parte a lâmpada, do retorno e do fator de
potência.
Primeiramente, deve-se acessar o menu
SÍMBOLOS > ILUMINAÇÃO DIVERSAS e selecionar a
opção INCANDESCENTE.
O usuário deve informar para o Visual Electric o
ponto de inserção e o ângulo de rotação do símbolo. Em
seguida, aparecerá uma caixa de diálogo onde o usuário
deve-se fornecer o circuito, retorno, fator de potência e
potência da lâmpada inserida.
Comando: INCANDESCENTE
Informações: Ponto de Inserção
Ângulo de Rotação
Dados Elétricos
Nota: O Visual Electric, no instante da inserção do
símbolo no desenho, automaticamente cria o layer (ou
nível) correspondente ao símbolo inserido.
Figura 3 – Caixa de Diálogo para
 Entrada de Dados de Iluminação
3.1.2 Tomadas
O acesso às tomadas se dá pelo menu
SÍMBOLOS. Neste menu, existem diversas opções de
tomadas a serem inseridas, tais como tomadas de energia,
telefone, TV, som, além de tomadas diversas, como
campainha, cigarra e antena.
Como exemplo, será inserido uma tomada baixa
2x4 no mesmo cômodo de arquitetura no qual foi inserido
a lâmpada de 100W. Da mesma forma, deve-se ter
conhecimento prévio do ponto de inserção do símbolo,
bem como os parâmetros elétricos da tomada (circuito,
potência e fator de potência).
A caixa de diálogo, neste caso, é bem parecida
com a da lâmpada incandescente, utilizada no exemplo
anterior, diferenciando apenas no nome do bloco que
aparece no canto superior esquerdo da caixa. Também é
criado automaticamente um layer correspondente ao
símbolo inserido.
Comando: TOMADA ENERGIA
Informações: Ponto de Inserção
Ângulo de Rotação
Dados Elétricos
3.1.3 Interruptores
Acessando o menu SÍMBOLOS >
INTERRUPTORES pode-se inserir diversos tipos de
interruptores no desenho (de 1 a 4 seções, em paralelo ou
intermediário, de minuteria, com tomada anexa, etc.). O
Visual Electric exige a informação do ponto de inserção,
que já deve ser conhecido, do ângulo de rotação e do
retorno. Como exemplo, será inserido um interruptor
simples de uma seção que comanda o funcionamento da
lâmpada de 100W inserida anteriormente. O quadro de
diálogo que surgirá na tela será o seguinte:
Comando: INTERRUPTOR
Informações: Ponto de Inserção
Ângulo de Rotação
Dados Elétricos
Figura 4 – Caixa de Diálogo para
Entrada de Dados de Interruptores
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 103
3.1.4 Quadro de Distribuição de Circuitos
Após o procedimento da definição dos pontos
elétricos no desenho, deve-se definir a posição onde se
encontrará o QDC (Quadro de Distribuição de Circuitos).
O acesso ao símbolo de QDC se dá pelo menu
SÍMBOLOS > QUADROS onde se encontram os
símbolos dos quadros de distribuição de circuitos
elétricos e telefônicos, além do da caixa de passagem.
Como exemplo, será inserido apenas um quadro,
devido a simplicidade do projeto. Deve-se ter
conhecimento prévio do local onde será inserido tal
símbolo. Automaticamente, o Visual Electric cria um
layer correspondente ao símbolo.
Comando: QDC
Informações: Ponto de Inserção
Ângulo de Rotação
Nome do QDC
O Visual Electric possui um comando, o
CENTRO DE CARGA, localizado no menu CÁLCULOS
que indica uma posição teórica para o Quadro de
Distribuição de Circuitos. Porém, esta posição pode não
ser a conveniente, por motivos de segurança, estética ou
até mesmo por impossibilidade de se instalar o quadro na
posição indicada.
Figura 5 – Fase Inicial do Projeto Elétrico
(Distribuição das Cargas e Quadros)
3.1.5 Tubulações Elétricas
Após a definição dos pontos de energia e
posição dos quadros de distribuição de circuitos, o
próximo passo será o traçado de tubulações elétricas.
O acesso aos tipos de tubulações se dá através do
menu TUBULAÇÕES. Neste menu, encontram-se
tubulações elétricas, telefônicas, som, TV, alarme,
intercomunicador, etc. Para todos os tipos de tubulações
existem algumas opções que devem ser escolhidas de
modo a atender o projeto, tais como:
- Maneira de instalar o eletroduto (Ex. embutido na
parede, contido em canaleta fechada, contido em
canaleta aberta, embutido em alvenaria, fixado no
teto, enterrado nosolo, ao ar livre, etc.).
- Representação do eletroduto (Ex. traço simples ou
duplo e linha contínua, tracejada ou outro tipo).
- Espessura do eletroduto.
- Material do Eletroduto (Ex. Rígido Aço-Carbono ou
PVC).
Como treinamento, será inserido no desenho até
agora utilizado um eletroduto embutido no teto, feito de
PVC, com traço simples e contínuo.
Para o traçado de tubulação deve-se informar ao
programa o ponto de início da tubulação e os próximos
pontos, dependendo de quantos existirem.
Para finalizar o traçado das tubulações, deve-se
digitar a letra F, correspondente a fim. Caso o projetista
finalize de outra maneira o traçado de uma tubulação, o
Visual Electric não reconhecerá a tubulação no momento
da representação dos circuitos.
Em algumas situações, pode acontecer do projetista ter de
contornar alguns obstáculos fazendo com o que a
tubulação seja desenhada formando um arco. Para
realizar tal tarefa, o desenhista deve fazer vários
segmentos de reta em seqüência e depois utilizar o
comando TUBULAÇÕES > AJUSTA CURVA. Com este
comando pode-se fazer com vários segmentos de reta se
tornem um arco.
Figura 6 – Caixa de Diálogo para Traçado de Tubulações
3.1.6 Representação dos Circuitos
Representar os circuitos é informar que tipos de
circuitos passam por determinada tubulação. Os circuitos
podem monofásicos, bifásicos ou trifásicos, com ou sem
a presença do condutor de terra e/ou de neutro.
O acesso a este comando se dá pelo menu
SÍMBOLOS > CIRCUITOS. Deve-se informar ao
programa: a seqüência de inserção (direta ou aleatória), se
os símbolos serão inseridos em conjunto ou em separados
e os condutores que formarão o circuito (1 fase - 1 neutro,
1 fase - 1 retorno, 2 fases - 1 neutro, 3 fases - 1 neutro - 1
terra, etc.).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 104
Além das informações acima, que são dadas em
uma caixa de diálogo, devem ser informados no prompt
os seguintes dados:
- Tubulação do Circuito: qual eletroduto possuirá o(s)
circuito(s) escolhido(s).
- Ponto Elétrico de chegada do circuito: geralmente uma
das cargas instaladas.
- Ponto de Inserção: um ponto qualquer sobre o
eletroduto.
- Ângulo de Rotação
- Dados Elétricos: número do circuito, retorno, etc.
Figura 7 – Caixa de Diálogo para
Representação dos Circuitos Elétricos
Figura 8 – Projeto Elétrico Completo
(Cargas, Quadro, Tubulações e Circuitos)
3.2 Geração de Quadro de Cargas
Após o procedimento de inserção das cargas e
quadros elétricos, traçado de tubulações e representação
dos circuitos, o próximo passo é a geração do quadro de
cargas, que realizará todos os cálculos necessários para o
dimensionamento dos condutores, balanceamento de
fases e respectivas proteções.
Para gerar um quadro de cargas é utilizado o
comando CÁLCULOS > GERAR QDC. O seguinte
procedimento deve ser adotado para o preenchimento do
quadro.
- Escolha do nome para o quadro: QDC-01.
- Seleção de cargas: abre-se uma janela selecionadora
sobre as cargas que pertencerão ao QDC-01.
Note que aparecerão no quadro gerado as
potências ativas, reativas e totais correspondentes às
cargas selecionadas.
Agora, selecionando individualmente cada
circuito do quadro, deve-se informar os seguintes dados:
- Tipo de Circuito: mono, bi ou trifásico.
- Comprimento máximo do circuito desde sua origem até
a carga terminal.
- Fator de demanda das cargas.
- Descrição do circuito: iluminação, tomadas, chuveiro, ar
condicionado, etc.
- Tensão fase-fase: 220V, 380V ou 440V.
- Sistema de atendimento: TT, TN ou IT.
É importante dizer que deve-se informar tais
dados inclusive para a última linha do quadro, que
corresponde a soma das cargas dos circuitos.
Em seguida, deve-se apertar o botão
DIMENSIONAR..., para informar ainda alguns dados, de
modo que o programa possa efetuar os cálculos
pertinentes ao circuito.
Figura 9 – Quadro de Cargas referente
 ao Projeto Elétrico apresentado
Surgirá, então, uma caixa de diálogo contendo
duas tabelas.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 105
Figura 10 – Tabela para Dimensionamento de Condutores
A tabela de condutores, possui valores de
capacidade de corrente para cada seção nominal de
condutores e também as influências para 2 ou 3
condutores carregados.
A tabela do alimentador geral possui os valores
de capacidade de condução de corrente e suas respectivas
proteções, a qual atua sobre o dimensionamento da soma
de cargas elétricas do quadro.
Além escolha de valores das duas tabelas, deve-
se informar a queda de tensão e a respectiva proteção,
apresentada na tabela proteção que possui as faixas de
atuação de disjuntores, e da corrente de curto circuito do
sistema, em [kA].
Figura 11 – Tabela para Dimensionamento da Proteção
Feito isso, basta inserir o quadro de cargas no
AutoCAD.
Figura 12 – Quadro de Cargas Simplificado
referente ao Projeto Elétrico apresentado
3.3 Diagrama Unifilar Geral
A inserção do Diagrama Unifilar Geral é
bastante simples e se dá pelo comando CÁLCULO >
ESQUEMA UNIFILAR.
O usuário deve informar o nome do respectivo
quadro e o ponto de inserção do diagrama.
Figura 13 – Diagrama Unifilar referente
ao Projeto Elétrico apresentado
4. Outros Recursos do Visual Electric
4.1 Alteração de Parâmetros Elétricos
Caso seja necessário alterar algum dado
referente aos símbolos do Visual Electric inseridos
durante o projeto, basta acessar o menu EDIÇÃO >
PARÂMETROS ELÉTRICOS.
Porém, se os cálculos relacionados ao projeto já
tiverem sido executados no momento da alteração dos
parâmetros elétricos, todos os cálculos devem ser refeitos.
4.1 Lista de Materiais
O Visual Electric, além de efetuar os cálculos do
quadro de cargas, também gera a lista de todo o material
elétrico empregado na confecção do projeto, tais como
lâmpadas, interruptores, tubulação, disjuntores,
condutores, etc.
Para isso, deve-se acessar o comando
CÁLCULOS > LISTA DE MATERIAL e informar alguns
dados ao programa. Tais dados são:
- Cargas elétricas que serão listadas: deve-se selecionar
abrindo uma janela sobre o desenho ou selecionar
individualmente.
- Nome do Quadro de Cargas.
- Fator de Repetição.
- Fator de Segurança.
- Ponto de inserção no desenho.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 106
Figura 13 – Lista de Materiais referente
ao Projeto Elétrico apresentado
4.2 Legendas
Pode-se também gerar a legenda dos símbolos
utilizados no projeto. O acesso a este comando se dá pelo
menu DESENHO > LEGENDAS. O símbolos do Visual
Electric estão em concordância com a ABNT. O
projetista deve escolher o tipo de legenda desejado e
informar o ponto de inserção.
Figura 15 – Caixa de Diálogo para Inserção de Legendas
4.3 Entrada de Energia e Aterramento
O Visual Electric possui padrões de entrada de
energia em baixa tensão e alta tensão, entrada telefônica e
aterramento. Conforme a escolha, o projetista deve
informar apenas o ponto de inserção no desenho.
Figura 16 – Caixa de Diálogo
 para Inserção do Padrão de Entrada
Figura 17 – Entrada de Energia em Baixa Tensão
4.4 Pára-raios
O Visual Electric possui ainda padrões de
projeto de pára-raios. Estes se encontram no menu
DESENHO > PÁRA-RAIOS. Se o projetista desejar
incluir em seu projeto algum pára-raios, deve acessar tal
menu, escolher o desenho convenientee o ponto de
inserção.
Figura 18 – Caixa de Diálogo
para Inserção de Pára-Raios
4.4 Motores Elétricos
O Visual Electric possui ainda uma biblioteca de
símbolos de motores, que se encontra no menu
SÍMBOLOS > MOTORES. Através dela, pode-se inserir
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 107
motores elétricos aos circuitos do projeto, de modo que o
programa os inclui nos seus cálculos.
Figura 19 – Caixa de Diálogo para Inserção de Motores
4.5 Detalhes Diversos
Também fazem parte da biblioteca do Visual
Electric alguns detalhes que geralmente são
padronizados, tais como Cabine AT, Subestação em
Poste, Quadros Telebrás, Modelos de Demanda, Muflas
AT, Casa de Máquinas, entre outros.
Figura 20 – Caixa de Diálogo para Inserção de Detalhes
4.6 Cálculo de Iluminação Interna
O Visual Electric executa o cálculo de
iluminação interna através do Método dos Lúmens,
localizado no menu CÁLCULOS > MÉTODO DOS
LÚMENS.
Através deste comando, o Visual Electric calcula
o número de luminárias que devem ser instaladas dentro
de um ambiente fechado por 4 paredes, bem como faz a
distribuição simétrica das luminárias dentro desta área.
O primeiro passo é, então, ter um ambiente
fechado por 4 paredes. Este ambiente pode ser obtido a
critério do projetista, ou seja, pode ser desenhado a partir
dos comandos do Visual Electric ou do AutoCAD R14,
assim como pode ser inserido como um bloco vindo de
um arquivo diferente.
Figura 21 – Ambiente Fechado para
Execução do Cálculo da Iluminação Interna
Em seguida, acessa-se o comando no menu do
Visual Electric. Aparecerá uma caixa de diálogo
conforme a aparesentada abaixo.
Figura 22 – Caixa de Diálogo do Método dos Lúmens
Nesta caixa de diálogo devem ser informados
todos os dados necessários para que o programa execute
os cálculos para a distribuição da iluminação interna. O
projetista deve informar os seguintes dados:
- Dados do Local: altura, comprimento e largura do
ambiente. O comprimento e a largura são informados
selecionando com o mouse os segmentos de reta
internos das paredes, um na horizontal e outro na
vertical.
- Definição do Nível de Isolamento: se o cômodo é uma
sala de escritório, indústria, comércio, hospital, etc.
Figura 23 – Caixa de Diálogo para
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 108
Definição do Nível de Iluminação
- Fator de Depreciação: é função da luminária utilizada
- Fator de Utilização: é função das reflectâncias e do
tipo de luminária utilizada
- Tipo de Lâmpada
Após estas informações serem dadas, pode-se
pressionar o botão Calcular, o programa executará os
cálculos baseados nos parâmetros indicados.
Como resultado destes cálculos tem-se o número
de luminárias que deve ser utilizadas, bem como o lux
real gerados por essas luminárias
Para se distribuir as luminárias na arquitetura,
deve-se primeiro informar quantas luminárias na direção
X (horizontal) o projetista deseja. Este número deve ser
coerente de modo que a multiplicação do número de
luminárias na horizontal vezes o número de luminárias da
vertical seja próximo do número de luminárias
calculadas. Então, selecione o botão Preview e confirme
para instalar as luminárias.
Aparecerá uma caixa de diálogo solicitando
informações a respeito do circuito, retorno, potência e
fator de potência das luminárias. Inicialmente estes dados
podem ser omitidos. Porém, caso o projetista queira
inserir tais cargas aos cálculos do Visual Electric, ele terá
de fornecer tais informações através do recurso
apresentado na seção 4.1.
Figura 24 – Distribuição das Luminárias pelo
Método dos Lúmens em Ambiente Fechados
AUTOLUX
1.0 Introdução
O programa AutoLux, é um complemento do
Visual Electric, para cálculo de iluminação externa. O
procedimento de iluminação se baseia no método ponto a
ponto.
1.1 Inicializando o Autolux
Para inicializarmos o Autolux devemos
primeiramente acionar o Visual Electric. Seguindo os
procedimentos para o mesmo, ou seja, no menu arquivo
devemos ir na opção Iniciar o projeto, fazendo assim a
escolha das unidades de trabalho e escalas do desenho.
2.0 Definição da Área
Deverão ser consideradas linhas que limitem o
terreno a ser iluminado (área inicial), onde será feito o
cálculo médio de iluminamento.
No menu pull-down devemos escolher a opção
CALCULOS>AUTOLUX que acionará a caixa de diálogo
da figura 1.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 109
Figura 1 – Caixa de diálogo AutoLux.
Esta caixa de diálogo apresenta todas as
ferramentas disponíveis para a execução do cálculo de
iluminação externa.
Na parte superior esquerda da caixa de diálogo
temos a opção SELECIONAR onde devemos selecionar a
linhas perpendiculares que limitam a área inicial. O
aplicativo retornará os valores de Comprimento e de
largura do terreno, e sua respectiva área.
3.0 Parâmetros de Cálculo
Deve-se então definir o nível de iluminamento
requerido, na opção NÍVEL DE ILUMINAÇÃO localizado
na parte de Dados da caixa de diálogo, essa opção já
fornecerá o valor de Lux requerido automaticamente.
Também deve-se considerar a altura do poste e a
distância entre os mesmos em metros, e a quantidade de
luminárias do poste. Após preencher os campos acima,
seleciona-se o botão CALCULAR, será apresentado então
o numero de postes e o nível de iluminação médio.
Com esses valores é possível então escolher o
tipo de luminária, localizada na parte superior direita da
caixa de diálogo. Pode-se também alterar o ângulo da
luminária em relação ao eixo vertical do poste, com a
opção Ângulo da Luminária.
Figura 2 – Cálculos da quantidade de postes e Lux médio.
4.0 Inserção de Postes
Para inserir os postes, deve-se selecionar o botão
INSERÇÃO DE POSTE. Coloca-se então os postes na
planta, informando ponto de inserção, altura do poste e
ângulo de rotação. Deve-se inserir a quantidade
necessária para que seja feita a distribuição correta do
iluminamento esperado. A cada poste inserido deve-se
indicar a sua altura.
A figura 3 ilustra uma área com os postes já
inseridos.
Figura 3 – Inserção de postes.
5.0 Verificação dos Níveis de
Iluminamento
O procedimento de verificação consiste na
plotagem na planta, dos níveis de iluminamento
calculados ponto a ponto em cores resultantes de uma
comparação do nível médio, com o nível no próprio
ponto em distâncias definidas pelo usuário.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 110
As cores podem ser configuradas selecionando-
se o botão DEFINIÇÃO DE COR/PORCENTAGEM.
Podendo assim definir as cores e os percentuais entre o
nível médio e o nível calculado no ponto que serão
assumidos no comando verificar, caixa de diálogo
apresentada na figura 4.
Figura 4 – Cores e porcentagem de iluminação.
Ao acionar o comando VERIFICAR, o usuário
deve entra com o ponto inicial da sua área, isto é, deve
selecionar o ponto final da linha que limita o terreno
analisado (linha horizontal), deve se indicar o numero de
postes e o espaçamento entre eles para que a analise seja
feita. Seleciona-seentão cada poste individualmente,
fazendo assim com que seja plotado os cálculos descritos,
como ilustra a figura 5.
Esse procedimento de verificação cria textos
coloridos na planta, que podem ser retirados através do
botão DESFAZER, que apagará todos os textos plotados.
Figura 5 – Verificação dos níveis de iluminamento.
6.0 Visualização
Com o botão VISUALIZAÇÃO pode-se gerar
vista em 3D Isométricas ou em perspectiva dos projetos
realizados.
Figura 6 – Visualização em 3D.
7.0 Relatórios
Com o botão RELATÓRIOS o AutoLux permite
a inserção na planta de um relatório contendo os
resultados dos cálculos efetuados pelo aplicativo, como
mostra a figura 7. Também pode-se gerar uma lista de
materiais utilizando-se do comando já conhecido do
Visual Electric.
Figura 7 – Relatório de cálculo.
8.0 Cadastramento de Luminárias
Com o botão CADASTRA LUMINÁRIAS, é
possível inserir novas luminárias diretamente no
aplicativo. O cadastramento de luminárias se baseia na
inserção das curvas isolux dos fabricantes.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
Visual Electric - 111
Ao acionar esse comando, uma caixa de diálogo
abri-se, figura 8, onde deve-se indicar o nome da
luminária, o campo com o fluxo da luminária em lumens,
os valores relativos em “cd/1000lm” (candelas por 1000
lumens) para os ângulos Teta e Alfa, esse valores serão
achados diretamente na curva isolux da luminária
(catálogo do fabricante). O ângulo Teta permite que o
aplicativo localize o ponto de análise em relação a um
ângulo no plano X, Y, que se localiza na face frontal à
luminária ou na face atrás do poste. Já o ângulo alfa
permite a localização vertical do ponto de análise.
Figura 8 – Cadastramento de luminárias.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
AutoLux - 112
ANEXO III: AUTOLUX
Elaborado por: Adilson S. Engelmann
1.0 Introdução
O programa AutoLux, é um complemento do
Visual Electric, para cálculo de iluminação externa. O
procedimento de iluminação se baseia no método ponto a
ponto.
1.1 Inicializando o Autolux
Para inicializarmos o Autolux devemos
primeiramente acionar o Visual Electric. Seguindo os
procedimentos para o mesmo, ou seja, no menu arquivo
devemos ir na opção Iniciar o projeto, fazendo assim a
escolha das unidades de trabalho e escalas do desenho.
2.0 Definição da Área
Deverão ser consideradas linhas que limitem o
terreno a ser iluminado (área inicial), onde será feito o
cálculo médio de iluminamento.
No menu pull-down devemos escolher a opção
CALCULOS>AUTOLUX que acionará a caixa de diálogo
da figura 1.
Figura 1 – Caixa de diálogo AutoLux.
Esta caixa de diálogo apresenta todas as
ferramentas disponíveis para a execução do cálculo de
iluminação externa.
Na parte superior esquerda da caixa de diálogo
temos a opção SELECIONAR onde devemos selecionar a
linhas perpendiculares que limitam a área inicial. O
aplicativo retornará os valores de Comprimento e de
largura do terreno, e sua respectiva área.
3.0 Parâmetros de Cálculo
Deve-se então definir o nível de iluminamento
requerido, na opção NÍVEL DE ILUMINAÇÃO localizado
na parte de Dados da caixa de diálogo, essa opção já
fornecerá o valor de Lux requerido automaticamente.
Também deve-se considerar a altura do poste e a
distância entre os mesmos em metros, e a quantidade de
luminárias do poste. Após preencher os campos acima,
seleciona-se o botão CALCULAR, será apresentado então
o numero de postes e o nível de iluminação médio.
Com esses valores é possível então escolher o
tipo de luminária, localizada na parte superior direita da
caixa de diálogo. Pode-se também alterar o ângulo da
luminária em relação ao eixo vertical do poste, com a
opção Ângulo da Luminária.
Figura 2 – Cálculos da quantidade de postes e Lux médio.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
AutoLux - 113
4.0 Inserção de Postes
Para inserir os postes, deve-se selecionar o botão
INSERÇÃO DE POSTE. Coloca-se então os postes na
planta, informando ponto de inserção, altura do poste e
ângulo de rotação. Deve-se inserir a quantidade
necessária para que seja feita a distribuição correta do
iluminamento esperado. A cada poste inserido deve-se
indicar a sua altura.
A figura 3 ilustra uma área com os postes já
inseridos.
Figura 3 – Inserção de postes.
5.0 Verificação dos Níveis de
Iluminamento
O procedimento de verificação consiste na
plotagem na planta, dos níveis de iluminamento
calculados ponto a ponto em cores resultantes de uma
comparação do nível médio, com o nível no próprio
ponto em distâncias definidas pelo usuário.
As cores podem ser configuradas selecionando-
se o botão DEFINIÇÃO DE COR/PORCENTAGEM.
Podendo assim definir as cores e os percentuais entre o
nível médio e o nível calculado no ponto que serão
assumidos no comando verificar, caixa de diálogo
apresentada na figura 4.
Figura 4 – Cores e porcentagem de iluminação.
Ao acionar o comando VERIFICAR, o usuário
deve entra com o ponto inicial da sua área, isto é, deve
selecionar o ponto final da linha que limita o terreno
analisado (linha horizontal), deve se indicar o numero de
postes e o espaçamento entre eles para que a analise seja
feita. Seleciona-se então cada poste individualmente,
fazendo assim com que seja plotado os cálculos descritos,
como ilustra a figura 5.
Esse procedimento de verificação cria textos
coloridos na planta, que podem ser retirados através do
botão DESFAZER, que apagará todos os textos plotados.
Figura 5 – Verificação dos níveis de iluminamento.
6.0 Visualização
Com o botão VISUALIZAÇÃO pode-se gerar
vista em 3D Isométricas ou em perspectiva dos projetos
realizados.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Anexos
AutoLux - 114
Figura 6 – Visualização em 3D.
7.0 Relatórios
Com o botão RELATÓRIOS o AutoLux permite
a inserção na planta de um relatório contendo os
resultados dos cálculos efetuados pelo aplicativo, como
mostra a figura 7. Também pode-se gerar uma lista de
materiais utilizando-se do comando já conhecido do
Visual Electric.
Figura 7 – Relatório de cálculo.
8.0 Cadastramento de Luminárias
Com o botão CADASTRA LUMINÁRIAS, é
possível inserir novas luminárias diretamente no
aplicativo. O cadastramento de luminárias se baseia na
inserção das curvas isolux dos fabricantes.
Ao acionar esse comando, uma caixa de diálogo
abri-se, figura 8, onde deve-se indicar o nome da
luminária, o campo com o fluxo da luminária em lumens,
os valores relativos em “cd/1000lm” (candelas por 1000
lumens) para os ângulos Teta e Alfa, esse valores serão
achados diretamente na curva isolux da luminária
(catálogo do fabricante). O ângulo Teta permite que o
aplicativo localize o ponto de análise em relação a um
ângulo no plano X, Y, que se localiza na face frontal à
luminária ou na face atrás do poste. Já o ângulo alfa
permite a localização vertical do ponto de análise.
Figura 8 – Cadastramento de luminárias.
	INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COMERCIAIS E RESIDENCIAIS
	ÍNDICE
	Parte I : Fundamentos e estrutura das instalações elétricas
	Parte II: Projeto das instalações elétricas
	Parte I : Fundamentos e estrutura das instalações elétricas
	CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES
	Deng Xiiaoping
	RESUMO1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – PROJETOS
	3.0 - MONTAGENS
	4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES
	5.0 - REPROJETOS
	6.0 - MANUTENÇÃO
	7.0 - ORÇAMENTOS
	9.0 – TERMINOLOGIA USUAL
	10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES
	11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS
	12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS
	13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL
	Pacco Rabanne
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO
	3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL
	4.0 – ENTRADA COLETIVA
	5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD)
	6.0 – FUSÍVEIS
	7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG”
	8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (Fi)
	9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS
	10.0 – CONDUTOS
	10.1 – Eletrodutos
	10.2 – Bandejas
	10.3 - Eletrocalhas
	10.4 - Canaletas
	11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS
	12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS
	14.0 – CHAVES-BÓIA
	15.0 – CLITES OU ROLDANAS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS
	Edith Wharton
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS
	3.0 – LÂMPADAS
	3.1 – Lâmpadas Incandescentes
	3.2 - Lâmpadas de Descarga
	3.2.2 - Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão
	3.2.3 - Lâmpadas a vapor de mercúrio
	3.2.4 - Lâmpada mista
	3.2.5 - Multivapor metálico
	3.2.5 - Lâmpadas a vapor de sódio – alta pressão
	4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS
	4.1 – Soquetes
	4.2 - Plafoniers
	4.3 - Luminárias
	5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO
	5.1 – Interruptores Simples
	5.2 – Interruptores paralelos (three-way)
	5.3 – Interruptores intermediários (four-way)
	5.4 – Minuteria
	5.5 Interruptor Horário
	5.6 – Variador ou Controlador de Luz
	5.7 – Sensor de presença
	5.8 – Relé Fotoelétrico
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	Parte II: Projeto das instalações elétricas
	CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
	Tristam Bernard
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO
	3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO
	3.1 – Obtenção de Informações Preliminares
	3.2 – Simbologia e Convenções
	3.3 - Quantificação do Sistema
	3.5 - Determinação do Padrão de Atendimento:
	3.4 – Diagramas em Planta
	3.5 – Especificação dos Componentes dos Circuitos
	3.6 - Quadros de Carga e Diagramas Unifilares
	3.7 – Desenhos Complementares
	3.8 - Memorial Descritivo
	3.9 - Memorial de cálculo:
	3.10 - Relação de materiais
	3.11 - ART
	3.12 - Análise da Concessionária
	3.13 - Revisão do Projeto (se necessário)
	3.14 - Aprovação da Concessionária
	4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO
	5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS
	Maiakowsky
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO
	3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS
	4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO
	4.1 – Tomadas de uso específico
	4.2 – Tomadas de uso geral
	4.3 – Tomadas em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço e lavanderia
	5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS
	5.1 – Quantidade de tomadas em escritórios comerciais ou locais análogos
	5.2 – Quantidade de tomadas em lojas
	6.0 – AR CONDICIONADO
	7.0 – OUTRAS CARGAS
	8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA
	9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS
	10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS
	11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES
	11.1 – Cargas de Iluminação
	11.2 – Tomadas de Uso Geral
	11.3 – Tomadas de Uso Específico
	11.4 – Quadro de Distribuição de Cargas
	12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS
	Jung
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS
	3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS
	4.0 – QUADRO DE CARGAS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS
	Henry Drummond
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS
	Figura 1 – Cotas para a montagem de componentes
	3.0 - SIMBOLOGIA
	4.0 - COMANDO DE LAMPADAS
	5.0 - TOMADAS
	6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA
	NOTA IMPORTANTE
	CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA
	Aristóteles
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – EXEMPLO
	CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS CIRCUITOS INTERNOS
	Nietzsche
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES
	2.1 – Bitolas Mínimas
	2.2 – Determinação das Bitolas
	2.3 – Bitolas dos Condutores do Neutro e Terra
	3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS
	4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG)
	Itamar Franco
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
	3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS
	4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS
	5.0 – ENTRADAS COLETIVAS
	6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS
	6.1 – Demanda do Condomínio
	6.2 – Demanda das Lojas
	6.3 – Demanda do Apartamento de 120 m2
	6.4 – Demanda do Apartamento de 240 m2
	6.5 – Demanda Total dos Apartamentos
	6.6 – Demanda Total do Edifício
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG)
	Roosevelt
	RESUMO
	1.0 - INTRODUÇÃO
	2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO
	3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS
	4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO
	4.1 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Igual ou Inferior a 95 kVA
	4.2 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Entre 95 e 245 kVA
	4.3 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda entre 245 e 1.500 KVA
	4.4 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Superior a 1500 KVA
	4.5 - Edificações com Unidade(s) Consumidora(s) com Carga Instalada Superior a 75 KW
	4.6 - Edificações Agrupadas (Agrupamentos)
	5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO
	5.1 - Tipo A:. Fornecimento de energia a 2 fios (Fase-Neutro)
	5.2 - Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2 Condutores Fases-Neutro)
	5.3 - Tipo C: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2 Condutores Fases-Neutro)
	5.4 - Tipo D: Fornecimento de energia a 4 fios (3 Condutores Fases-Neutro)
	5.5 - Tipo E: Fornecimento de Energia a 3 fios (2 Condutores Fases-Neutro)
	5.6 - Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 Fases-Neutro)
	5.7 - Tipo H: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2 condutores Fases - Neutro)
	5.8 - Tipo I: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fases - Neutro)
	5.9 - Tipo J: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fases - Neutro)
	6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO
	7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA
	8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS
	9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	ANEXOS
	ANEXO I: AUTOCAD R 14
	ANEXO II: VISUAL ELECTRIC
	ANEXO III: AUTOLUX

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