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Instalações Elétricas Comerciais e Residenciais

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- Agosto de 2000 -
Antonio Tadeu Lyrio de Almeida
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
ÍNDICE
PARTE I: FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES 2
RESUMO 2
1.0 - INTRODUÇÃO 2
2.0 – PROJETOS 2
3.0 - MONTAGENS 3
4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES 3
5.0 - REPROJETOS 4
6.0 - MANUTENÇÃO 4
7.0 - ORÇAMENTOS 5
9.0 – TERMINOLOGIA USUAL 5
10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES 5
11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS 6
12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS 7
13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7
CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OU
COMERCIAL 8
RESUMO 8
1.0 - INTRODUÇÃO 8
2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO 8
3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL 9
4.0 – ENTRADA COLETIVA 10
5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) 12
6.0 – FUSÍVEIS 13
7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG” 13
8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA
(FI) 14
9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS 15
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
10.0 – CONDUTOS 17
10.1 – ELETRODUTOS 17
10.2 – BANDEJAS 18
10.3 - ELETROCALHAS 19
10.4 - CANALETAS 19
11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS 19
12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS 21
14.0 – CHAVES-BÓIA 22
15.0 – CLITES OU ROLDANAS 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS 24
RESUMO 24
1.0 - INTRODUÇÃO 24
2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS 25
3.0 – LÂMPADAS 27
3.1 – LÂMPADAS INCANDESCENTES 27
3.2 - LÂMPADAS DE DESCARGA 28
3.2.2 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – BAIXA PRESSÃO 29
3.2.3 - LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO 29
3.2.4 - LÂMPADA MISTA 30
3.2.5 - MULTIVAPOR METÁLICO 30
3.2.5 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – ALTA PRESSÃO 31
4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 31
4.1 – SOQUETES 31
4.2 - PLAFONIERS 31
4.3 - LUMINÁRIAS 31
5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO 33
5.1 – INTERRUPTORES SIMPLES 33
5.2 – INTERRUPTORES PARALELOS (THREE-WAY) 33
5.3 – INTERRUPTORES INTERMEDIÁRIOS (FOUR-WAY) 33
5.4 – MINUTERIA 33
5.5 INTERRUPTOR HORÁRIO 34
5.6 – VARIADOR OU CONTROLADOR DE LUZ 34
5.7 – SENSOR DE PRESENÇA 34
5.8 – RELÉ FOTOELÉTRICO 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
PARTE II: PROJETOS DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS 37
RESUMO 37
1.0 - INTRODUÇÃO 37
2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO 37
3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 38
3.1 – OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES 38
3.2 – SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES 39
3.3 - QUANTIFICAÇÃO DO SISTEMA 40
3.5 - DETERMINAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO: 40
3.4 – DIAGRAMAS EM PLANTA 40
3.5 – ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DOS CIRCUITOS 41
3.6 - QUADROS DE CARGA E DIAGRAMAS UNIFILARES 41
3.7 – DESENHOS COMPLEMENTARES 41
3.8 - MEMORIAL DESCRITIVO 43
3.9 - MEMORIAL DE CÁLCULO: 43
3.10 - RELAÇÃO DE MATERIAIS 44
3.11 - ART 44
3.12 - ANÁLISE DA CONCESSIONÁRIA 44
3.13 - REVISÃO DO PROJETO (SE NECESSÁRIO) 44
3.14 - APROVAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA 44
4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO 44
5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46
CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS 47
RESUMO 47
1.0 - INTRODUÇÃO 47
2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO 47
3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS 48
4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO 48
4.1 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 48
4.2 – TOMADAS DE USO GERAL 48
4.3 – TOMADAS EM COZINHAS, COPAS, COPAS-COZINHAS, ÁREAS DE SERVIÇO E LAVANDERIA 48
5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS 48
5.1 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS COMERCIAIS OU LOCAIS ANÁLOGOS 48
5.2 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM LOJAS 49
6.0 – AR CONDICIONADO 49
7.0 – OUTRAS CARGAS 49
8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA 49
9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS 49
10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS 49
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES 50
11.1 – CARGAS DE ILUMINAÇÃO 50
11.2 – TOMADAS DE USO GERAL 50
11.3 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 50
11.4 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS 50
12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51
CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS 52
RESUMO 52
1.0 - INTRODUÇÃO 52
2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS 52
3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS 53
4.0 – QUADRO DE CARGAS 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53
CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS 54
RESUMO 54
1.0 - INTRODUÇÃO 54
2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS 54
3.0 - SIMBOLOGIA 54
4.0 - COMANDO DE LAMPADAS 56
5.0 - TOMADAS 58
6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA 59
NOTA IMPORTANTE 59
CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA 60
RESUMO 60
1.0 - INTRODUÇÃO 60
2.0 – EXEMPLO 60
CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS
CIRCUITOS INTERNOS 66
RESUMO 66
1.0 - INTRODUÇÃO 66
2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 66
2.1 – BITOLAS MÍNIMAS 66
2.2 – DETERMINAÇÃO DAS BITOLAS 66
2.3 – BITOLAS DOS CONDUTORES DO NEUTRO E TERRA 67
3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 67
4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG) 69
RESUMO 69
1.0 - INTRODUÇÃO 69
2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 69
3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS 69
4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 71
5.0 – ENTRADAS COLETIVAS 74
6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS 76
6.1 – DEMANDA DO CONDOMÍNIO 76
6.2 – DEMANDA DAS LOJAS 77
6.3 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 120 M2 77
6.4 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 240 M2 77
6.5 – DEMANDA TOTAL DOS APARTAMENTOS 78
6.6 – DEMANDA TOTAL DO EDIFÍCIO 78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 78
CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG) 79
RESUMO 79
1.0 - INTRODUÇÃO 79
2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO 79
3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 79
4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 80
4.1 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA IGUAL OU INFERIOR A 95 KVA 80
4.2 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 95 E 245 KVA 80
4.3 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 245 E 1.500 KVA 80
4.4 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA SUPERIOR A 1500 KVA 80
4.5 - EDIFICAÇÕES COM UNIDADE(S) CONSUMIDORA(S) COM CARGA INSTALADA SUPERIOR A 75 KW 80
4.6 - EDIFICAÇÕES AGRUPADAS (AGRUPAMENTOS) 80
5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO 80
5.1 - TIPO A:. FORNECIMENTO DE ENERGIA A 2 FIOS (FASE-NEUTRO) 80
5.2 - TIPO B: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 80
5.3 - TIPO C: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 80
5.4 - TIPO D: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 81
5.5 - TIPO E: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 81
5.6 - TIPO F: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 FASES-NEUTRO) 81
5.7- TIPO H: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81
5.8 - TIPO I: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81
5.9 - TIPO J: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81
6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO 82
7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA 82
8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 82
9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
PARTE I:
FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 2
CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES
"Não importa a cor do gato. O que importa é que ele cace ratos"
Deng Xiiaoping
RESUMO
O objetivo deste texto é o de apresentar os vários
aspectos relacionados com o desenvolvimento de um
projetos, montagens, vistorias/inspeções e manutenção
de instalações elétricas residenciais ou comerciais. Além
disto, são fornecidos e analisados diversos termos do
jargão técnico empregados no setor.
1.0 - INTRODUÇÃO
As atividades técnicas básicas relativas a uma
instalação elétrica são:
 Projetos;
 Montagens;
 Vistorias e inspeções;
 Reprojetos; e,
 Manutenção.
O engenheiro, em geral, é o responsável final
por tais atividades em uma empresa ou trabalhando como
autônomo. Desta forma, existe uma dimensão ética e
moral envolvida, às quais são contempladas pelo Código
de Ética Profissional estabelecido pelo Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura (CONFEA) e pelos
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura
(CREA’s).
Alguns aspectos importantes estão envolvidos
nesta questão, destacando-se que o profissional deve:
a) procurar executar totalmente sua atividade,
buscando completo êxito para as suas soluções;
b) inovar constantemente, procurando aplicar novas
e melhores técnicas;
c) aperfeiçoa-se e atualizar-se continuamente;
d) possuir responsabilidade profissional, mantendo
confidenciais, se assim exigido pelo empregador
ou cliente, as idéias, processos, técnicas ou
conhecimentos;
e) orientar, transmitir conhecimentos e assegurar as
melhores condições de trabalho e segurança aos
seus subordinados.
Observa-se que as atividades profissionais deve ser
registrada no CREA, através de um documento próprio
denominado Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART). O CREA, então, verifica se há, realmente, a
habilitação necessária para a especialidade exercida e, em
caso positivo, fará a respectiva anotação que passará a
constar do Acervo Técnico do profissional.
Com a ART, o profissional será, na forma da
legislação em vigor, o responsável total pela atividade
desenvolvida.
É importante esclarecer que o CREA é um órgão
de defesa da sociedade contra os maus profissionais. A
defesa de interesses de engenheiros deve se realizada por
Associações e Sindicatos.
Em cada estado em que o profissional atuar,
diferente daquele onde se formou, deve procurar o CREA
correspondente para o visto em sua Carteira de Registro
Profissional para poder exercer normalmente suas
atividade.
2.0 – PROJETOS
Projetar uma instalação elétrica para qualquer
tipo de prédio ou local, consiste basicamente em
escolher, dimensionar e localizar de maneira adequada os
equipamentos e outros componentes necessários,
proporcionando a transferência de energia elétrica desde
uma fonte até os pontos de utilização. Acrescente-se que,
em termos mais modernos, tal transferência deve ser
realizada com as menores perdas possíveis.
Durante a fase de concepção do projeto de uma
instalação elétrica, cabe ao projetista o trabalho criativo,
onde deverá imaginar como serão os seus usuários, quais
os seus comportamentos e que tipo e particularidades
que comporão o ambiente com o qual conviverão.
A seguir, o projetista entra na fase técnica, onde
ele avalia quais são as melhores opções para
implementar a instalação com as características
imaginadas no processo de concepção. Nesta etapa, é
necessário adotar-se soluções de compromisso entre os
vários fatores envolvidos, pois, nem sempre, eles são
compatíveis entre si. São exemplos, a segurança, a
economia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também, o
uso racional da energia elétrica.
A preocupação com este último aspecto,
incluindo as sempre presentes elevações tarifárias e a
adequação às novas normalizações, implica em uma
procura contínua de metodologias. É preciso conhecer,
diagnosticar a realidade energética, para então estabelecer
as prioridades, implantar os projetos de melhoria e de
redução de perdas, e acompanhar seus resultados, em um
processo contínuo. Esta abordagem é válida para
instalações novas como premissa básica ou, nas
existentes, em caráter corretivo.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 3
Quanto à competência profissional, o CREA-
MG, seguido pela maioria do outros CREA’s, estabelece
que o engenheiro eletricista pode ser responsável pela
elaboração e execução de qualquer projeto de instalações
elétricas, sem restrições quanto à carga, tensão ou
condição de trabalho.
Entretanto, inexplicavelmente, projetos em baixa
tensão para fins residenciais, com carga total instalada
não superior a 50 kW, desde que a força motriz, já
incluída neste limite, não ultrapasse 10 c.v. podem ser
executados por engenheiros civis e arquitetos que
possuam as atribuições dos artigos 28 e 30 do Decreto
Federal n0 23.569/33 de 11/12/1933.
Ainda mais incrível, é que, de acordo com a lei
n0 5.524 de 06/01/1968 e Decreto n0 90.922, de
06/02/1985, os técnicos industriais de nível médio podem
se responsabilizar pela elaboração e execução de projetos.
Ainda, conforme o citado decreto, os técnicos em
eletrotécnica poderão, não só projetar, mas também
dirigir instalações com demanda de energia até 800 kVA,
bem como exercer a atividade de desenhista de sua
especialidade.
3.0 - MONTAGENS
Em montagens, o engenheiro, normalmente, é o
responsável pela sua administração, a qual engloba as
seguintes atividades básicas:
a) assegurar que a montagem da instalação elétrica
seja realizado em conformidade com o projeto
elaborado;
b) orientar o supervisor da obra, normalmente
denominado por encarregado, e seus ajudantes
na execução da montagem dos circuitos e
equipamentos em geral;
c) elaborar um cronograma de atividades e
fiscalização de seu cumprimento;
d) coordenar, ao final da obra, o seu
comissionamento;
O comissionamento, conforme [1], tem como
objetivos principais:
a) fazer verificações e executar os ensaios que
demonstrem estar sendo ligados ao sistema, para
operação comercial, equipamentos e instalações
em condições de manter o nível de
confiabilidade, continuidade e segurança
exigidos de acordo com o projeto e
funcionamento dentro das especificações e
garantias contratuais;
b) levantar características, aferir e ajustar todos os
componentes dos diversos circuitos de controle,
proteção, medição, supervisão, etc.;
c) registrar valores iniciais dos parâmetros
determinantes de cada equipamento,
indispensáveis ao estabelecimento de um sistema
confiável de manutenção e controle;
d) verificar a fidelidade dos desenhos finais e
fornecer subsídios para elaboração dos desenhos
"como construído" ("As Built");
e) garantir a segurança do pessoal e dosequipamentos;
f) estabelecer os limites operativos confiáveis para
os diversos equipamentos;
g) completar o treinamento específico da equipe
técnica responsável pela operação e manutenção
da instalação;
h) garantir a segurança da energização inicial;
i) assegurar o fornecimento das peças reservas,
acessórios e ferramentas especiais previstas em
contrato;
j) orientar os órgãos das áreas financeiras quanto aos
itens a serem capitalizados/patrimoniados; e,
l) transferir para os órgãos responsáveis a
responsabilidade pela guarda, operação e
manutenção da instalação.
4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES
As vistorias visam avaliar as condições
operacionais e de segurança, bem como a durabilidade
em instalações elétricas existentes ou para a sua ligação
inicial com a rede pública.
Elas são realizadas, muitas vezes, como
exigência das concessionárias, corpo de bombeiros ou do
Ministério do Trabalho.
Nestes casos, deve-se elaborar e emitir um
Laudo Técnico, o qual descreve as condições encontradas
e sugere alterações, se necessário.
Tal documento é de grande importância, pois,
em geral, haverá o recolhimento de uma ART específica
junto ao CREA correspondente e, desta forma, o
engenheiro é o responsável pelas informações nele
contidas.
As atividades de inspeção, por outro lado,
normalmente possuem a finalidade de verificar se um
produto ou serviço atende às especificações, dispositivos
contratuais, desenhos e normas tanto do cliente quanto
dos órgãos e entidades regulamentadoras.
Pelas suas características e grau de importância
destas atividades, o inspetor deve possuir uma formação
compatível para se assegurar um alto padrão de
qualidade, especialmente em obras. Nestas condições,
muitas vezes, ele é denominado de Engenheiro da
Qualidade
É importante estabelecer-se roteiros de
inspeção, que são documentos utilizados durante a
inspeção, possibilitando ao inspetor atuar de forma
sistemática, devido a conterem o conjunto de itens ou
características a serem inspecionados e os critérios de
aceitação.
http://www.crea-mg.com.br/
http://www.crea-mg.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 4
5.0 - REPROJETOS
Para que sejam adotadas quaisquer atitudes no
sentido de se reformar uma instalação existente é preciso
reprojetá-la de forma a obter a sua melhoria e
modernização, adequando-a aos requisitos mínimos
exigidos de segurança, de economia, de flexibilidade, de
confiabilidade e de uso racional da energia elétrica.
estabelecendo as prioridades.
Tal processo envolve várias etapas, as quais
exigem um maior ou menor grau de complexidade,
sendo as básicas:
a) Estudo dos processos e/ou atividades: é o
passo inicial para familiarizar o projetista
com as atividades do consumidor e
equipamentos empregados. O nível de
detalhe nesta etapa são dependentes desses
fatores;
b) Levantamento do perfil de consumo de
energia na instalação: avaliação da melhor
opção tarifária, incluindo eventuais contratos de
demanda, e do fator de potência. Neste ponto,
deve-se cercar-se de cuidados especiais, pois
enganos podem levar a custos brutais na conta
de energia. Para uma análise mais cuidadosa,
devem ser empregados o histórico energético da
instalação e determinar-se seu comportamento
típico (curva de carga típica);
c) Análise de equipamentos e setores de
consumo: avaliação dos equipamentos e seu
comportamento visando uma maior eficiência
em seu aproveitamento. Os principais
equipamentos são os fornos e motores elétricos,
os transformadores e o sistema de iluminação.
Outros fatores a se considerar seriam o
comportamento de compressores e de sistemas
de refrigeração que podem influir diretamente no
comportamento dos motores; entretanto, tal
atividade é de competência do engenheiro
mecânico;
d) Levantamento do circuito de distribuição:
verifica-se os cabos e proteções estão corretos ,
se as cargas estão distribuídas uniformemente
entre as fases e se as emendas, conexões e
eventuais reparos foram executados de forma
segura. Avalia-se, principalmente, a adequação
da instalação como um todo em relação às
normas e à segurança.
Estes levantamentos apresentam algumas
dificuldades, pois são fatos muito comuns:
a) O proprietário das instalações não possuir as
plantas e diagramas elétricos, muito menos, os
memoriais descritivo e de cálculos. Às vezes,
nem ao menos as plantas arquitetônicas estão
disponíveis;
b) Mesmo que se tenha acesso aos documentos
citados, é bastante provável que hajam ocorrido
modificações no projeto inicial ao longo do
tempo, sem a devida atualização. Na realidade,
este é uma prática muito corriqueira;
c) Os vários equipamentos e dispositivos
elétricos encontrarem-se mal dimensionados.
Neste caso, inclui-se a proteção elétrica e
cablagem inadequada, motores super ou sub
dimensionados e circuitos mal distribuídos;
d) A execução de reparos e derivações sem
técnica adequada. São exemplos, emendas sem
isolação, derivação sem proteção e cablagem
exposta.
Sendo assim, é absolutamente imprescindível
vistoriar a instalação, ou seja, executar um levantamento
de campo, para avaliar o estado em que ela se encontra,
conhecendo-se e diagnosticando a sua realidade
energética, para, então, adotar as atitudes necessárias
para reprojetá-la.
6.0 - MANUTENÇÃO
A divisão clássica das atividades de manutenção
é aquela onde se tem a corretiva, a preventiva, a preditiva
e a sistemática.
A manutenção corretiva é a forma mais primária
de manutenção e é a realizada após a ocorrência de um
defeito qualquer, a qual, em geral, tornam indisponível o
equipamento. Naturalmente, isto implica em
desligamentos fora de previsão, em momentos pouco
adequados e levando, por vezes, a prejuízos
consideráveis.
Por outro lado, a manutenção preventiva é o
conjunto de atividades desenvolvidas visando evitar a
ocorrência de condições insatisfatórias, ou, se ocorrerem,
evitar que se tornem cumulativas, resultando em redução
da necessidade de se adotarem ações corretivas.
Um plano de manutenção preventiva deve conter
um conjunto de medições tecnicamente adequadas, as
quais devem ser selecionadas entre uma grande variedade
de alternativas, sendo necessário que se associe
confiabilidade e custo com um programa de atividades
compatíveis. Medições sofisticadas nem sempre
propiciam resultados mais efetivos que os obtidos com
testes rotineiros, porém, seus custos, tempo despendido e
pesquisa para implementação são sempre maiores. Neste
caso, a relação custo/benefício poderá ser muito alta.
Inclusive, tais medições não devem ser tão complexas
que os resultados sejam de difícil análise e compreensão.
Naturalmente, as medidas preventivas são endereçadas
para as causas mais comuns de faltas dos motores de uma
certa instalação
Neste contexto, torna-se importante o
conhecimento de estatísticas de falhas/defeitos e, em
especial, suas causas. Para cada uma destas condições, as
atividades selecionadas podem ser divididas em três tipos
a saber:
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 5
a) Monitoramento contínuo;
b) Medições periódicas;
c) Técnicas preditivas.
Os resultados obtidos com estas atividades, caso
sejam determinadas condições insatisfatórias, devem ser
cuidadosamente analisados para verificar em qual
instante a manutenção corretiva deve ser aplicada.
Como visto, a manutenção preditiva pode ser
encarada comouma sub-área da preventiva, no entanto
apresenta algumas características específicas, a saber:
a) Não é necessário haver o desligamento do
equipamento para a sua aplicação;
b) Não há o dano do equipamento, como no caso da
corretiva; e,
c) Não se baseia em informações sobre a
durabilidade de um certo componente.
A manutenção sistemática é aquela que se
caracteriza pela substituição de componentes dos
equipamentos ou de todo ele.
7.0 - ORÇAMENTOS
A elaboração de orçamentos é, talvez, a
atividade de maior importância entre todas, pois é ela
que definirá os custos e preços a serem praticados.
Uma série de fatores contribuem para o valor
estimado total, quando da elaboração de um serviço
qualquer, além dos honorários dos profissionais nele
envolvidos. São eles o preço do material, custo da mão
de obra, incluindo despesas correspondentes às leis
sociais e encargos trabalhistas, fundo de reserva para
eventuais variações dos valores anteriores, taxas e
impostos municipais e estaduais, despesas financeiras,
transporte de operários e de material, despesas com o
próprio serviço em função de atualizações necessárias,
despesas indiretas com despachantes, contadores,
advogados e outros.
A composição final do orçamento será a
somatória de todos estes valores, adicionando-se ao
preço orçado uma taxa percentual variável de acordo
com o volume de serviço, a concorrência existente e ao
interesse de se realizar a obra.
O orçamento estabelecerá, portanto, os limites
do empreendimento e das atividades. Deve ser
extremamente bem elaborado evitando prejuízos.
9.0 – TERMINOLOGIA USUAL
Apresenta-se a seguir, vários termos empregados
no jargão técnico da área de instalações. Outros mais,
serão citados em outros capítulos.
a) A característica nominal é um conjunto de
valores nominais atribuídos às grandezas que
definem o funcionamento de um motor, em
condições especificadas por norma, e que
servem de base às garantias do fabricante e aos
ensaios;
b) O termo "falha" se refere a uma
indisponibilidade momentânea, enquanto, o
"defeito" é a situação na qual há o dano do
equipamento ou um de seus componentes;
c) “Sangrar” o circuito significa executar uma
derivação no mesmo;
d) Efetuar um “gato” corresponde à derivar o
circuito, antes dos medidores de energia elétrica,
evitando-se, assim, pagar pelo seu uso;
e) “Gata” é a denominação dada à pequenas e
médias empreiteiras;
f) “Gambiarra” é executar uma instalação elétrica
malfeita, com extensões e adaptações, gerando
emaranhados de fios, não seguindo quaisquer
critérios de segurança, qualidade e normas;
g) Um “bico de luz” corresponde à um ponto de
iluminação, como uma lâmpada;
h) A palavra “isolação” possui um sentido
qualitativo como, por exemplo, "a isolação de
um cabo é de PVC". “Isolamento”, por outro
lado, tem um sentido quantitativo como em
"isolamento para 15 KV".
10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES
É importante que o engenheiro de instalações
tenha à mão as normas e regulamentações para executar
os seus serviços, principalmente a:
 “NBR-5410 - Instalações Elétricas”. da
Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT, 1988;
 "NBR 5419 - Proteção de Estruturas Contra
Descargas Atmosféricas" da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1990;
 “NR 10 - Instalações e Serviços em
Eletricidade”, norma regulamentadora contida
na Portaria n0 3214 de 8/7/78 do Ministério do
Trabalho.
É interessante o conhecimento de outras normas
regulamentadoras, as quais podem ser facilmente obtidas
pela Internet no site do Ministério do Trabalho no
endereço http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm
Em geral, cada concessionária específica possui
seu próprio elenco de normas e procedimentos. Note-se
que o não atendimento dos preceitos nelas contidos,
apesar de eventualmente corretos tecnicamente, implica
na reprovação ou aprovação com restrições de projetos,
bem como, da não energização da instalação.
Para as concessionárias do Estado de São Paulo,
tem-se, por exemplo:
http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 6
 "Norma Técnica Unificada NTU.01 -
Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão
Secundária a Edificações Individuais", válidas
para a CESP (atual Elektro), CPFL e
ELETROPAULO até os seus desmembramentos
e privatizações;
 “Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão
Secundária – Livro de Instruções Gerais
(LIG)”, aplicável à entradas coletivas nas áreas
de concessão da antiga ELETROPAULO (atuais
Metropolitana e Bandeirante).
No Estado de Minas Gerais, por outro lado, nas
áreas de concessão da CEMIG tem-se a:
 “ND-5.1 – Fornecimento em Tensão
Secundária, Rede de Distribuição Aérea,
Edificações Individuais”; e, a
 “ND-5.2 – Fornecimento em Tensão
Secundária, Rede de Distribuição Aérea,
Edificações Coletivas”.
No caso do Estado do Paraná, , nas áreas de
concessão da COPEL tem-se:
 “NTC9-01100 – Fornecimento em Tensão
Secundária de Distribuição ”, aplicável às
edificações individuais; e, a
 “NTC9-01110 – Atendimento a Edifícios de Uso
Coletivos”.
Se for realizado projetos telefônicos, a norma
básica é a “Norma 224-315-01/02 – Tubulações
Telefônicas em Edifícios” da Telebrás. Com a
privatização do setor de telecomunicações, é conveniente
consultar a concessionária local. A Telemig, por
exemplo, possui um “Manual de Rede Telefônica
Interna, volume 1 e 2”.
Além destas normas, o profissional deverá
seguir as normas técnicas e regulamentações nacionais,
estaduais e municipais, as quais se apliquem a itens
específicos do serviço. Em especial, principalmente no
Estado de São Paulo, deve inteirar-se das normas e
regulamentações do Corpo de Bombeiros relativas à
segurança (iluminação de emergência, por exemplo) e
combate à incêndios (acionamento de bombas para
hidrantes, por exemplo).
11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS
Para a especificação de cabos e demais
componentes da instalação é muito importante que o
projetista possua um grande acervo de catálogos
atualizados. Na atualidade os fabricantes de maior porte
e importância fornecem os chamados “catálogos
eletrônicos”, ou seja, catálogos em CD para serem
instalados em microcomputador.
A titulo de ilustração, a tabela 1 apresenta
alguns dos principais componentes e fabricantes.
PRODUTO FABRICANTE
Abraçadeiras Hellermann
Acessórios pára-raios Paraklin
Alarmes audiovisuais Cutler Hammer, Schneider
Bases para fusíveis Nh e Diazed Tee, Siemens
Botões de comando Ace, Cutler Hammer,
Schneider, Siemens
Caixas de passagem chapa Cemar, Brum
Canaletas plásticas Hellermann, Acel
Chaves seccionadoras Siemens, Tee
Chaves fim de curso Ace, Siemens, Schneider
Chaves reversoras Lombard, Mar-girius
Chaves trifásicas Lombard, Mar-girius
Chaves blindadas Mar-girius
Comutadores Cutler Hammer, Schneider,
Ace
Conduletes Wetzel, Fundial
Conectores nylon, baquelite Sindal, Steck
Conectores Conexel
Contatores e relés Siemens, Schneider, Weg,
Klockner Moeller
Disjuntores Schneider, Soprano,
Siemens, Klockner Moeller
Fios e cabos Pirelli, Ficap, Walandar,
Ipce
Fita isolante, terminações 3M
Fixadores cunha, eletrocalha,
perfilados
Sisa, Dispan
Fusíveis Nh/Diazed Siemens, Tee
Eletroduto flexível e acessórios Indel, Sptf
Eletrodutos galvanizados a fogo Apolo, Elecon
Eletrodutos zincados, curvas,
luvas
Elecon, Apolo
Eletroduto PVC, curvas, luvas Tigre, Plascon
Hastes, conectores, terminais Intelli
Interruptores Alumbra, Pial
Inversores de freqüência Weg, ABB, Telemecanique
Siemens
Lâmpadas Philips, Osram, Sylvania
Luminárias Guarilux, Star, Philips
Marcadores Hellermann
Plugues Pial, Alumbra, Steck,
Albany, Primelétrica
Prensa cabo Wetzel, Tramontina, Steck
Projetores Jmv, Philips, Repume
Quadros, painéisElsol, Cemar, Star, Brum
Reatores Keiko, Philips
Sinaleiros Cutler Hammer, Schneider,
Ace, Siemens
Sistema X Pial, Alumbra
Soquetes, porta lâmpadas Lorenzetti
Tomadas Alumbra, Pial, Steck,
Albany, Primelétrica
Tabela 1 – Principais produtos e fabricantes.
http://www.elektro.com.br/servicos/projeto/index.html
http://www.cpfl.com.br/
http://www.eletropaulo.com.br/estrutura/lig2000.htm
http://www.eletropaulo.com.br/estrutura/homepage.htm
http://www.bandeirante.com.br/abertura.htm
http://www.cemig.com.br/
http://www.copel.com/
http://www.copel.com/distribuicao/medicao/normas/Nt901100/baixatensao1.htm
http://www.paraklin.com.br/
http://www.schneider.com.br/index.asp
http://www.siemens.com.br/siemens/po/index.htm
http://www.margirius.com.br/
http://www.wetzel.com.br/
http://www.steck.com.br/
http://www.conexel.com.br/
http://www.weg.com.br/
http://www.soprano.com.br/
http://www.klockner.com.br/
http://200.213.173.21/pirelli/pirelli.asp
http://www.walandar.com.br/
http://www.ipce.com.br/
http://international.3m.com/intl/br/
http://www.dispan.com.br/
http://www.indel.com.br/
http://www.elecon.com.br/
http://www.tigre.com.br/
http://www.intelli.com.br/
http://www.alumbra.com.br/
http://www.legrand.com.br/
http://www.abb.com/br
http://www.philips.com/br
http://www.osram.com.br/
http://www.sylvania.com.br/
http://www.tramontina.com.br/cafe.htm
http://www.steck.com.br/
http://www.albany.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 7
12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS
Para o desenvolvimento das atividades
relacionadas com instalações elétricas, existem vários
livros de bom nível disponíveis em língua portuguesa.
Pode-se destacar os seguintes:
 Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas
Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998,
 Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas
Residenciais” . São Paulo, 1996;
 Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”.
Mac-Graw Hill, 1982;
 Cotrim A. A. M. B.. - “Manual de Instalações
Elétricas - Pirelli Cabos de Alta Tecnologia”.
Mac-Graw Hill, 1985;
 Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995;
 Creder, H. - “Instalações Elétricas”. Livros
Técnicos e Científicos Editora, 1995;
 Leite, D.M.; Leite, C.M. – “Proteção Contra
Descargas Atmosféricas”. MM Editora, 1993;
 Lima Filho, D.L. – “Projetos de Instalações
Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998,
 Mamede Filho, J. – “Instalações Elétricas
Industriais”. Livros Técnicos e Científicos
Editora, 1993;
 MacPartland, J.F. – “Como Projetar Sistemas
Elétricos”. Mac-Graw Hill, 1978;
 Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -
Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard
Blücher Ltda., 1983;
 Niskier, J., MacIntyre, A. J. - “Instalações
Elétricas”. Guanabara Dois, 1985;
 Schmidt, V. – “Equipamento Elétrico Industrial”.
Editora Mestre Jou.
13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
Existem vários “softwares” em língua
portuguesa dedicados às instalações elétricas, alguns
operando em conjunto com o AutoCad R14 ou AutoCad
2000, da Autodesk.
Alguns deles são:
 Produzidos pela Proeng Engenharia de
Uberlândia/MG:
a) VisualElectric para instalações prediais e
comerciais;
b) Pára-raios 3D para proteção contra
descargas atmosféricas;
c) Autolux para projetos de iluminação de
exteriores;
d) Power Quality para a análise da qualidade
de energia.
 Produzido pela Pointer Cad de Florianópolis/SC
(scahaefer@mbox1.ufsc.br):
a) Lumen para instalações prediais e
comerciais.
 Produzido pela SKA Automação Industrial Ltda.,
de São Leopoldo/RS:
a) QC Pro 2.1 para instalações industriais
(quadros de comando) que não necessita do
AutoCad R14;
b) Quadro de Comando 4.2, o qual possui as
mesmas finalidades do anterior, porém
emprega o AutoCad R14.
 Produzidos pela Officina de Mydia Editora de
São Paulo/SP:
a) Atmos Pro Win 4.0 para proteção contra
descargas atmosféricas;
b) Tecat-IV Pro 2.0 Win para cálculo de
malhas de terra e estratificação da
resistividade do solo
 Produzido pela FACH - Engenharia e Sistemas
S/C Ltda. de São Paulo/SP:
a) Thor para proteção contra descargas
atmosféricas;
 Produzido pela InterAct S/C Ltda. de São
Paulo/SP:
a) Análise de Conda de Eletricidade para
Windows;
 Produzido pela Enerenge Engenharia e
Informática Ltda. de São Paulo/SP:
a) Ajuste Fácil para cálculo e correção do
fator de potência;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Batitucci, M.D. "Comissionamento A Primeira
Atividade de Manutenção". Manutenção, n- 28, jan. / fev.
91 p.p. 31-38.
http://www.erica.com.br/
http://www.makron.com.br/
http://www.proeng.com.br/
http://www.ska.com.br/
http://www.mydia.com.br/
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 8
CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO
ELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL
“Não se pode esquecer que para dar um grande salto para a frente, é sempre
necessário dar uma corridinha para trás”
Pacco Rabanne
RESUMO
Este capítulo apresenta os elementos mais
comuns, os quais compõem uma instalação elétrica
residencial ou comercial. Considera-se apenas o
fornecimento de energia em tensão secundária.
1.0 - INTRODUÇÃO
O fornecimento de energia elétrica para
residências (casas), prédios residenciais e comerciais,
bem como de instalações industriais de pequeno porte, é
efetuado através de uma rede de distribuição pública de
baixa tensão, por intermédio de um ramal de serviço
pertencente à concessionária local.
Este é o ponto de entrega, a partir do qual
alimenta-se a unidade consumidora.
Nesta, tem-se um sistema de entrada para a
energia elétrica, composto de equipamentos, condutores
e acessórios. Entre eles, naturalmente, deve haver
medidores para o consumo de energia e proteção para
este circuito.
A partir dos medidores, a energia é levada até o
quadro ou caixas de distribuição, através dos
denominados circuitos de distribuição.
Do quadro de distribuição são instalados os
vários circuitos internos ou terminais para uso do
consumidor.
A figura 1 ilustra o exposto para o caso de uma
residência.
Figura 1 – Exemplo de uma instalação elétrica [1]
2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO
Existem três modalidades básicas de
fornecimento de energia elétrica para uma unidade
consumidora, a saber:
 Fornecimento monofásico: Feito a dois fios,
correspondendo a uma fase e um neutro.
Figura 2 – Fornecimento monofásico a partir do poste da
concessionária [1].
 Fornecimento bifásico: Feito a três fios,
correspondendo a duas fases e um neutro.
Figura 3 – Fornecimento bifásico a partir do poste da
concessionária [1].
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 9
 Fornecimento trifásico: Feito a quatro fios,
correspondendo a três fases e um neutro.
Figura 4 – Fornecimento trifásico a partir do poste da
concessionária [1].
Cada concessionária estabelece qual modalidade
deve ser empregada em um fornecimento em função da
potênciaprevista para a instalação. Sendo assim, elas
devem ser consultadas quando da elaboração de um
projeto.
Observe-se que o mesmo é válido para as
tensões de fornecimento.
3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL
A entrada individual é toda entrada
consumidora com a finalidade de alimentar uma
edificação com uma única unidade de consumo.
É conhecida por padrão de entrada. Observe-se
que cada concessionária possui os seus padrões.
Assim, o padrão compreende o ramal de
entrada, poste particular ou pontalete, caixas, proteção,
aterramento e ferragens, preparada de forma a permitir a
ligação à rede da concessionária. É de responsabilidade
do consumidor.
A figura 5 apresenta um exemplo de padrão de
entrada.
O termo “pontalete” citado anteriormente
refere-se a um suporte destinado a fixar e elevar o ramal
de ligação na edificação do consumidor.
O poste particular, por outro lado, possui a
mesma função e localiza-se na propriedade do
consumidor.
Figura 5 – Exemplo de padrão de entrada (poste
particular) [1].
Figura 6 – Exemplo de padrão de entrada (pontalete)
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 10
4.0 – ENTRADA COLETIVA
Toda entrada consumidora com a finalidade de
alimentar uma edificação com vários consumidores é
coletiva. Um exemplo típico são os prédios de
apartamentos ou de escritórios comerciais.
Como cada concessionária possui uma
padronização própria, apresenta-se a seguir as
exigências de ordem geral da EBE – Empresa
Bandeirante de Energia, antiga Eletropaulo. Para outras
concessionárias é necessário consultar a normalização
interna correspondente.
Neste caso, exige-se um centro de medição,
definido em função do número de consumidores.
O centro de medição é composto por uma ou
mais caixas, as quais podem comportar 1, 2, 4, 6, 8 ou 12
medidores.
Se houverem mais que 12 consumidores, será
utilizada outras caixas adicionais.
A figura 7 mostra os desenhos de um centro de
medição.
Figura 7 – Caixas empregadas em centro de medição - EBE
Observe-se na figura 7 a presença de vários
tipos de caixas de medição
A figura 8 os detalhes de uma das caixas de
medição.
Figura 8 – Detalhe da caixa de medição
Quando isto ocorre a EBE exige o emprego de
uma caixa de distribuição, como a ilustrada nas figuras 9
Figura 9 – Caixa de distribuição – Vista frontal
Na padronização da entrada deve-se utilizar
uma caixa de manobra contendo chave seccionadora para
cada caixa de medição, como mostra a figura 10.
Ainda, é necessário empregar uma caixa
seccionadora quando a distância do poste particular for
maior que 25 m. A figura 11 ilustra.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 11
Figura 10 – Caixa de manobra
Figura 11 – Caixa seccionadora
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 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 12
Note-se que, as chaves existentes nas caixas
seccionadoras, de distribuição e de manobra, devem ser
do tipo seccionadora com fusível incorporado.
Figura 12 – Seccionadora com fusível incorporado.
5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD)
Considerando a instalação a partir do centro de
medição, identifica-se dois tipos de circuito, ou seja, o de
distribuição e os internos ou terminais.
O(s) circuito(s) de distribuição conectam o
citado centro de medição ao quadro de distribuição
(QD), também conhecido por quadro de luz.
 
 a) Distribuição b) Luz
Figura 13 – Quadros de distribuição e de luz [1].
As figuras 14 e 15 apresentam de forma
esquemática esta situação.
Figura 14 – Diagrama esquemático de uma instalação
elétrica [1].
Figura 15 – Exemplo de circuitos internos ou terminais
[1].
Na realidade, este quadro é o centro de
distribuição de toda a instalação elétrica de um
consumidor, pois:
 Recebe a fiação proveniente do centro de medição;
 Aloja todos os dispositivos de proteção dos vários
circuitos internos; e,
 Inicia todos os circuitos terminais ou internos, que
irão alimentar as tomadas e iluminação.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
________________________________________________________________________________
 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 13
As figuras 16, 17 e 18 mostram os componentes
internos de quadros de distribuição para os
fornecimentos monofásico, bifásico e trifásico,
respectivamente.
Figura 16 – Quadro de distribuição (QD) para
fornecimento monofásico [1].
Figura 17 – Quadro de distribuição (QD) para
fornecimento bifásico [1].
Figura 18 – Quadro de distribuição (QD) para
fornecimento trifásico [1].
6.0 – FUSÍVEIS
Os fusíveis são a proteção mais tradicional dos
circuitos e sistemas elétricos contra curtos-circuitos.
Sua operação consiste na fusão de um elemento
fusível quando por ele circular uma corrente com valor
superior àquela para o qual foi projetado.
O elemento fusível é um fio ou uma lâmina,
geralmente de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga,
colocado no interior do corpo do fusível, em geral de
porcelana, esteatite ou papelão, hermeticamente fechado.
Alguns fusíveis possuem um indicador, que
permite verificar se o dispositivo fusível operou ou não; o
qual é composto por um fio, por exemplo, de aço, ligado
em paralelo com o elemento fusível e que libera uma
mola após a operação. Essa mola atua sobre uma plaqueta
ou botão, ou mesmo um parafuso, preso na tampa do
corpo.
A maioria dos fusíveis contem em seu interior
material granulado extintor, em geral areia de quartzo,
envolvendo por completo o elemento fusível.
A figura 19 mostra a composição básica de um fusível.
7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU
“QUICK-LAG”
Os disjuntores termomagnéticos são
dispositivos destinados à proteção dos circuitos contra
sobrecargas e curtos-circuitos.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
 Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 14
 
a) Composição básica[2] b) Fusível NH
Figura 19 –Fusível
Sendo assim, interrompem o circuito (desligam)
quando da ocorrência de uma destas condições através
de atuadores térmicos e magnéticos.
O elemento térmico se destina à proteção contra
sobrecargas e atuam pelo efeito de dilatação de uma
lamina bimetálica conforme a elevação de temperatura.
Aação magnética, por outro lado, se manifesta
quando ocorrem correntes da ordem de dez vezes a
nominal do dispositivo, o que caracteriza um curto-
circuito.
A figura 20 apresenta uma vista em corte de um
disjuntor termomagnético com os seus componentes
principais.
1 – Disparador magnético; 2 – Suporte; ¾ - Eletrodo; 5 – Cavalete; 6
– Caixa isolante; 7 – Mola de regulagem magnética; 8 – Acelerador;
9/10 – Pastilhas de contato; 11/12 – Terminais protegidos com aperto
elástico para cabos ou barras; 13 – Câmara de extinção; 14 –
Plaqueta de reforço magnético; 15 – Acoplamento interno nos bi e
tripolares; 16 – plaqueta de isolação térmica e dielétrica; 17 –
Identificação indelével; 18 – Porta etiqueta; 19/20 – Dupla fixação.
Figura 20 – Vista em corte de um disjuntor
termomagnético. (Pial)
Tais disjuntores podem ser dos tipo mono, bi ou
tripolar, como ilustrado na figura 21. Devem ser ligados
às fases dos circuitos.
Figura 21 – Tipos de disjuntores termomagnéticos [1]
Como observado, estes dispositivos possuem a
mesma função das chaves fusíveis. Entretanto, eles
permitem manobra manual e podem ser religados, ao
contrário de fusíveis que necessitam ser trocados quando
da ocorrência de um curto-circuito.
8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU
INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (Fi)
A NBR 5410 [3] preconiza o emprego de
dispositivos de proteção à corrente diferencial residual
(dispositivos DR), mais conhecidos no mercado como
"interruptores de corrente de fuga (Fi)".
Tais dispositivos asseguram a proteção contra
tensões de contato perigosas, provenientes de defeitos de
isolamento em aparelhos ligados a terra.
Os dispositivos DR protegem contra contatos
indiretos a totalidade da instalação, parte desta, ou
consumidores individuais, de acordo com a sua
localização. Além disto, asseguram ainda a proteção
contra contatos diretos com partes ativas da instalação.
As correntes de falta a terra que atingem o valor da
corrente de falta nominal, são igualmente cortadas
(proteção contra incêndios).
Portanto, tais disjuntores conjugam duas
funções, ou seja, a de proteção dos circuitos contra
sobrecorrentes (termomagnético) e de pessoas contra
choques elétricos provocados por contatos diretos e
indiretos.
Eles possuem, basicamente, três partes
funcionais, ou seja:
 Transformador toroidal para detecção das
correntes de falta a terra;
 Disparador para conversão de uma grandeza
elétrica numa ação mecânica;
 Mecanismo móvel com os elementos de
contato.
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
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 Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 15
A figura 22 ilustra o princípio de funcionamento
do dispositivo.
Figura 22 – Proteção com disjuntor DR. [4]
Na figura 22 observa-se que se na instalação não
houver defeito, a soma fasorial das correntes nos
condutores de fase e neutro que circulam pelos
condutores no interior do toroide é nula, segundo a lei de
Kirchhoff. Desta forma, o campo magnético gerado é
nulo e a tensão induzida no secundário também é nula.
Por outro lado, quando ocorrer um defeito no
isolamento desse circuito, a soma das correntes nos
condutores ativos deixará de ser nula. Assim, aparecerá
uma corrente de falta, o campo magnético deixara de ser
nulo, induzirá uma tensão no enrolamento secundário, a
qual será utilizada para ativar o disparador que abrirá o
mecanismo móvel, com os elementos de contato.
Figura 23 – Funcionamento do disjuntor DR [4]
Os tipos de disjuntores diferenciais residuais de
alta sensibilidade existentes no mercado são os bipolares
e os tetrapolares, como ilustra a figura 24.
Figura 24 – Tipos de disjuntores DR [1]
O funcionamento do dispositivo DR pode ser
verificado por meio do botão de teste, o qual, ao ser
premido, permite simular uma corrente de falta a terra,
provocando o disparo. Esta prova deve ser realizada
periodicamente, verificando-se assim o estado da
instalação.
Observe-se que os disjuntores DR devem,
necessariamente, ser ligados aos condutores de fase e
neutro dos circuitos, sendo que o neutro não pode ser
aterrado após o DR.
9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS
Um condutor elétrico é um corpo formado de
material condutor e destinado primordialmente a
condução de corrente elétrica. São os fios, os cabos e as
barras.
Um fio elétrico é produto metálico de qualquer
seção maciça, de comprimento muito maior do que a
maior dimensão da seção transversal. Os fios são
fabricados a partir de vergalhões, por trefilação,
laminação a frio ou ambos os processos combinados.
Podem ser usados como condutores elétricos nus ou
isolados, ou podem ser produtos semi-acabados
destinados a fabricação de cabos. Os fios cuja seção
transversal não seja circular, são designados pela forma
da seção transversal (quadrados, retangulares, etc.)
Um cabo elétrico é o conjunto, isolado ou não,
de fios metálicos encordoados (helicoidalmente), não
isolados entre si. Os cabos são mais flexíveis que os fios.
As barras são condutores rígidos, com forma de
prisma retangular ou tubo.
A seção de um fio é a área transversal do fio,
enquanto a seção de um cabo é a soma das seções dos
fios componentes. Geralmente os fios são fabricados até a
seção de 16 mm2, enquanto que os cabos estão
disponíveis em uma larga faixa de seções.
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Figura 25 – Fio e cabo elétrico. (Pirelli)
Os condutores podem ser nus ou isolados.
Um condutor nu é o fio, cabo ou barra, sem
revestimento, isolação ou camada protetora de qualquer
espécie.
Por outro lado, a isolação de um condutor é a
camada isolante aplicada sobre o condutor para isolá-lo
eletricamente de outros condutores e a terra. Os materiais
não metálicos muitas vezes aplicados sobre os condutores
com finalidade primordialmente mecânica (como capa ou
cobertura) não são considerados.
Em cabos de baixa tensão, o isolante mais
utilizado é o PVC, pois é mais econômico, com excelente
durabilidade, apresentando ótima resistência a ionização,
apesar de possuir características elétricas apenas
regulares. Além disto, pode-se empregar:
 O polietileno comum (PET), de excelentes
qualidades isolantes, porém apresentando limitação no
que diz respeito às características físicas (fica
praticamente fluido a 110°C) e à baixa resistência a
ionização;
 O polietileno reticulado (XLPE), obtido por
reticulação molecular do polietileno comum, que alia as
excelentes propriedades deste à uma elevada temperatura
admissível e a boas propriedades mecânicas. Suas
limitações, entretanto, são a pouca flexibilidade e a baixa
resistência a ionização;
 A borracha etileno-propileno (EPR), o qual
se constitui no isolante de melhor qualidade. Apresenta
alta temperatura admissível, resistência a ionização muito
maior que a do polietileno reticulado, gradiente de projeto
comparável ao do XLPE e excelente flexibilidade. O EPR
é utilizado em tensões até 69 KV.
A capa, que tem por função proteger a isolação
de um cabo contra os agentes do meio, pode ser metálica
ou não metálica.
As capas não metálicas são geralmente de PVC,
polietileno, neoprene, polietileno reticulado e poliuretano.
Muito embora certas características possam
variar de um material para outro, todos eles proporcionam
boa proteção contra umidade, agentes químicos e
atmosféricos, são razoavelmenteflexíveis, proporcionam
um certo isolamento elétrico e asseguram proteção
mecânica a isolação.
Alguns cabos podem possuir blindagem. Ela
consiste na aplicação de camadas condutoras ou
semicondutoras (no sentido de não serem boas
condutoras) ao condutor e à isolação, cuja principal
finalidade é confinar o campo elétrico dentro do cabo
isolado.
Os cabos podem ser classificados como
unipolares ou multipolares.
Um cabo unipolar ou singelo é definido como
um condutor maciço ou encordoado, dotado de isolação
elétrica e proteção mecânica.
Um cabo bipolar, tripolar, ou, de um modo geral,
multipolar, é um conjunto de dois, três ou mais
condutores justapostos, maciços ou encordoados, cada
um deles dotado de isolação própria (chamada de parede
isolante), sendo o conjunto dotado de proteção mecânica
comum.
Nos cabos multipolares, os interstícios entre os
condutores componentes são preenchidos por um material
não metálico, chamado de enchimento ou capa interna.
Figura 26 – Cabos singelo e tripolar (Pirelli)
A seção de um cabo multipolar, no caso de
condutores componentes iguais é a seção de um deles, ou
seja, se, por exemplo, um cabo tripolar constituído por
três de 20 mm2 cada, será indicado por 3 x 20 mm2. No
caso de componentes diferentes, a seção será indicada por
sua formação. Assim, um cabo formado por dois
condutores de 16 mm2 e um de 4 mm2 será 2 x 16 mm2 +
4 mm2.
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10.0 – CONDUTOS
Conduto elétrico é a canalização destinada a
conter, exclusivamente, condutores elétricos. Há vários
tipos de condutos, ou seja: eletrodutos, bandejas,
eletrocalhas e canaletas.
10.1 – Eletrodutos
Os eletrodutos ou conduites constituem o tipo
mais comum de conduto, podendo ser magnéticos ou não
magnéticos e, ainda, rígidos ou flexíveis.
As funções dos eletrodutos, de uma forma geral,
são:
 proteção dos condutores contra ações mecânicas e
contra corrosão; e,
 proteção do meio contra perigos de incêndio,
resultantes do superaquecimento dos condutores ou de
arcos;
No caso dos eletrodutos metálicos, ainda tem-se
que eles devem proporcionar:
 um envoltório metálico aterrado aos condutores, a fim
de evitar perigos de choque; e, um
 percurso para a terra, funcionando como condutor de
proteção em condições especificadas.
Nos eletrodutos metálicos rígidos, o material
mais usado é o aço carbono, devendo serem protegidos
interna e externamente por materiais resistentes a
corrosão, a menos que se trate de eletroduto especial, com
proteção intrínseca (por exemplo, de aço especial,
alumínio ou cobre). Assim, eles são fabricados:
 esmaltados (com cobertura de esmalte resistentes a
corrosão);
galvanizados (com banho de zinco fundido);
 cobertos com pó de zinco, com plástico ou com
composto asfaltico.
Os eletrodutos metálicos rígidos mais utilizados
são os esmaltados e galvanizados de parede mais grossa ,
ou seja, os pesados, por proporcionarem maior proteção
mecânica aos condutores. Os esmaltados só devem ser
empregados em instalações internas, expostos ou
embutidos em paredes ou lajes, em locais não
severamente corrosivos. Os galvanizados são aplicados
em instalações externas a prédios ou naquelas
subterrâneas (como dutos) em contato direto com a terra.
Os eletrodutos metálicos rígidos designados por
leves e médios (em função da espessura da parede)
podem constituir uma alternativa mais econômica, sendo,
no entanto, inferiores aos pesados no que concerne a
proteção mecânica. Geralmente não são aplicados em
tensões superiores a 100 V.
A figura 27 mostra esquematicamente um
eletroduto metálico rígido galvanizado.
Figura 27 – Eletroduto rígido galvanizado (Thomeu)
Os eletrodutos rígidos não metálicos constituem
um outro tipo importante de conduto. São constituídos de
materiais resistentes a umidade e a atmosferas químicas,
apresentando grande vantagem sobre os de aço,
principalmente quanto ao custo e a proteção contra
corrosão.
Suas melhores aplicações são como dutos,
diretamente enterrados, embutidos em concreto e em
instalações aparentes.
Para uso acima do solo, tanto aparente quanto
embutido, devem ser usados materiais retardantes de
chama, resistentes a impactos e a distorção térmica, aos
raios solares e a baixas temperaturas. Desta forma, é
usual o emprego do PVC.
Em instalações subterrâneas são utilizados, em
geral, diretamente enterrados.
A figura 28 ilustra a aplicação de eletrodutos
rígidos em uma residência.
Figura 28 – Eletrodutos em uma instalação [1]
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Observe-se que, a atual edição da NBR 5410 [3]
permite embutir qualquer tipo de eletroduto desde que ele
resista a esforços característicos do tipo de construção
utilizado. Os eletrodutos transversalmente elásticos, de
uso corrente na Europa, e já fabricados no Brasil, são
geralmente de polietileno de alta densidade, atendendo a
norma francesa NFC 68-101, sendo aplicados em linhas
embutidas, principalmente em prédios residenciais,
comerciais e semelhantes, Sua principal vantagem sobre
os eletrodutos rígidos é a facilidade da instalação e o fato
de dispensarem o uso das tradicionais curvas, luvas,
arruelas e buchas, alem de evitar as sobras que
normalmente ocorrem no emprego de eletrodutos rígidos.
A figura 29 apresenta o lançamento de um
eletroduto deste tipo em uma vala.
Figura 29 – Eletroduto de polietileno de alta densidade
(Tigre)
Os eletrodutos transversalmente elásticos que
não são feitos de polietileno de alta densidade e os
flexíveis plásticos corrugados conhecidos por
"mangueiras" não devem ser utilizados por não
suportarem qualquer tipo de esforços e, portanto,
comprometerem a integridade dos condutores contidos.
A NBR 5410 [3] estabelece que, dentro dos
eletrodutos rígidos, só podem ser instalados cabos
isolados, não sendo permitida a instalação de condutores
a prova de tempo, nem de cordões flexíveis.
Os eletrodutos rígidos, em geral, são fabricados
em varas de 3 m.
Alguns fabricantes lançaram linhas de
eletrodutos para instalações aparentes, as quais são
conhecidas como “Sistema X”. Este termo, entretanto, é
marca da Pial e são vendidos em varas de 2 m. A figura
30 ilustra uma instalação que utiliza este sistema.
Possuem preço elevado.
Figura 30 – Instalação com “Sistema X” (Pial).
10.2 – Bandejas
Bandeja ou leito de cabos é um conduto de
instalação aparente, aberto em toda a sua extensão, onde
os condutores são lançados. Normalmente, são
fabricadas de aço ou de alumínio nos tipos pesado,
médio e leve, conforme o peso a ser suportado.
De acordo com a NBR 5410 [3], o seu uso só é
permitido em estabelecimentos industriais e comerciais,
onde haja uma manutenção adequada e em locais não
sujeitos a choques significativos.
Os cabos instalados em bandejas só podem ser do tipo
isolado e com cobertura de uma só camada
preferencialmente e fixados convenientemente à
estrutura da bandeja.
Figura 31 – Sistema de bandejas (Mopa)
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10.3 - Eletrocalhas
Eletrocalhas são condutos de instalação
aparente, com tampas desmontáveis em toda a sua
extensão, onde os condutores são lançados. No entanto a
NBR 5410 [3] não faz qualquer distinção entre as que
possuam ou não coberturas.
Os cabos instalados em eletrocalhas devem ser do tipo
isolado e com cobertura. A citada norma apenas admite
que os cabos isolados instalados estejam sem cobertura,
quando a eletrocalha:
 for de paredes maciças e munida de uma cobertura
desmontável apenas por meio de ferramenta;
 estiver em locais de serviço elétrico, aos quais só
tenham acesso pessoas qualificadas ou advertidas; ou,
 estiver em tetos falsos não desmontáveis.
As utilizações típicas das eletrocalhas,
principalmente as com cobertura, são em reformas e
instalações, onde se deseja evitar o corte em paredes e
em instalações novas onde a economia seja um fator
preponderante.
Figura 32 – Sistema de eletrocalhas (Mopa)
10.4 - Canaletas
Canaletas são condutos, com tampas
removíveis em toda a sua extensão, ao nível do solo onde
os condutores são lançados.
11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS
PARA ELETRODUTOS
Entre os vários componentes disponíveis no
mercado, há interesse de análise nas denominadas caixa
de passagem e nos acessórios para eletrodutos.
As caixas de passagens ou de derivação são
locais de acesso a um circuito, permitindo a passagem de
condutores entre trechos de eletrodutos e também
utilizadas para o alojamento de ligações e/ou instalação
de tomadas, interruptores e pontos de luz.
Em geral, elas são retangulares ou quadradas
para a instalação em paredes e pisos, com dimensões de
4”x2” e 4”x4”. Em tetos são octogonais com dimensão
4”x4”.
A figura 33 ilustra estes componentes.
Figura 33 – Caixas de passagem ou de derivação
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Em caixas de derivação embutida são utilizados
os espelhos para tampá-las.
Os acessórios para os eletrodutos são os
mostrados na figura 34.
Figura 34 – Acessórios para eletrodutos (Thomeu)
As funções dos acessórios são:
 Luvas - empregadas para acoplar dois trechos ou varas
de eletrodutos ou uma curva e uma vara;
Figura 35 – Conexão de um eletroduto com uma curva
 Buchas – destina-se a fazer uma terminação
arredondada nos eletrodutos rígidos, evitando que haja
dano à isolação de condutores;
 Arruelas – destinam-se a fixar, juntamente com as
buchas, as peças a serem montadas nos eletrodutos
rígidos.
Figura 36 – Bucha e arruela
As figuras 37 e 38 ilustram uma instalação
empregando eletrodutos e seus acessórios.
Figura 37 – Eletrodutos rígidos e acessórios
Figura 38 – Vista de uma instalação empregando
eletrodutos e acessórios [1].
Em instalações aparentes é comum o emprego
de um tipo especial de caixa de derivação denominada
condulete, o qual possui tampa própria e partes com
roscas para fixação direta de eletrodutos rígidos.
Os tipos de conduletes são os mostrados na
figura 39.
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Figura 39 – Tipos de conduletes
A designação dos tipos de conduletes é feita
através de letras, as quais representam a posição das
partes rosqueáveis nos eletrodutos. Assim, na figura 36
tem-se:
Tipo Significado
B Bottom (Embaixo)
C C (Comum)
E End (Fim)
LR L Right (L à direita)
LL L Left (L à esquerda)
LB L Bottom (L para baixo)
T T
TB T Bottom (T para baixo)
X X
A figura 40 mostra exemplos de conduletes sem
as suas tampas.
Figura 40 – Conduletes (Tigre)
Existem vários outros elementos em uma
instalação como tomadas e interruptores. Estes, no
entanto, serão analisados em tópicos específicos.
12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS
Campainhas e cigarras são a forma mais simples
de sinalização e destinam-se a dar maior comodidade aos
usuários de uma residência ou apartamento,
possibilitando o atendimento de visitantes por parte dos
moradores. Além disto, elas também podem utilizadas
para chamada geral e sistemas de alarme.
Elas são eletromagnéticas ou eletrônicas.
As partes construtivas básicas das
eletromagnéticas são ilustradas na figura 41.
Figura 41 – Partes básicas de campainhas
eletromagnéticas [5]
Ao se pressionar o botão ou pulsador, o
eletroímã é alimentado com a tensão necessária, que atrai
a lâmina de ferro e faz o martelo golpear a campainha
(tímpano).
O circuito é interrompido no interruptor de
contato e o eletroímã solta a lâmina que é afastada pela
ação da mola. O eletroímã atrai a lâmina de novo,
reabrindo o circuito. A mola puxa-a para trás,
restabelecendo o contato, e assim por diante.
O martelo vibra durante o tempo em que o botão
ou pulsador permanecer pressionado.
As campainhas de tímpano são usadas em locais
amplos que necessitem de alta intensidade sonora, acima
de 80 dB.
Em outras situações, dá-se preferência às
cigarras ou campainhas tipo dim-dom (lira), que
produzem um som menos estridente do que o tilintar da
campainha de tímpano. As figuras 42 e 43 ilustram
ambos os tipos.
Figura 42 – Cigarra de lâmina [5]
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Figura 43 – Campainha tipo Dim-Dom (lira) [5]
As campainhas eletrônicas, como a TriSom da
Siemens ilustrada na figura 44, possuem um circuito
eletrônico que, ao ser ativado, gera um som de três
tonalidades seqüenciais que independe do tempo que se
comprime o botão (pulsador) de chamada,
Figura 44 – Campainha eletrônica TriSom da Siemens [5]
A alimentação desta campainha pode ser feita em 110 ou
220 VCA, pois possui uma chave seletora para ambas as
tensões. A tonalidade de som pode ser regulada,
atendendo ao gosto pessoal, emitindo um som de
aproximadamente 80 dB. Ela possui autoproteção contra
queima para o caso de o pulsador ser travado na posição
ligado (toque).
Por outro lado, a campainha eletrônica Softson
da Pial Legrand é ideal para casas, apartamentos,
escritórios ou qualquer outro local que possua duas
entradas. Tem duas melodias diferentes, sendo uma com
9 (nove) notas e outra com 3(três) notas musicais,
permitindo identificar com facilidade a origem da
chamada.
14.0 – CHAVES-BÓIA
A chave-bóia é um tipo de interruptor que serve
para controlar o nível de água ou outro fluido. No caso do
abastecimento de água em edifícios, as chaves-bóia dos
reservatórios superior e inferior devem ser ligadas em
série, de modo que o circuito de comando do conjunto
motor bomba somente seja energizado quando o
reservatório superior estiver vazio e o inferior, cheio.
Há três tipos de chave-bóia, ou seja, aquelas de:
 contatos sólidos, a qual é composta por uma caixa de
contatos, uma vareta com limitadores de nível e a bóia,
propriamente dita, normalmentede plástico como ilustra
a figura 45.
Figura 45 – Chave bóia de contatos sólidos [6]
 contatos de mercúrio, o qual é uma ampola com
mercúrio e dois contatos em seu interior, onde estão
ligados os fios do circuito elétrico e um contrapeso de
ferro, para manter a ampola na posição em que se
encontra. O fechamento dos contatos ocorre através do
mercúrio. Este tipo de chave-bóia existe para reservatório
superiores e para os inferiores. A figura 46 ilustra.
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Figura 46 – Chave bóia de contatos de mercúrio [6]
 contatos eletrônicos, a qual é um pouco mais
sofisticada e, por isso, de emprego mais limitado que as
anteriores. Possui dois sensores de grafite, de máxima e
de mínima, os quais atuam quando em contato com a
água, como ilustra a figura 47.
Figura 47 – Chave bóia com contatos eletrônicos [6]
15.0 – CLITES OU ROLDANAS
Clites ou roldanas são isoladores do tipo
prensa-cabo, normalmente fabricados em porcelana ou
plástico. São aplicados em linhas expostas, quando não
há preocupação com a estética ou há a necessidade de
mudanças freqüentes.
Figura 48 – Clites para dois e três fios [6]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”.
São Paulo, 1996.
[2] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac-
Graw Hill, 1982, 2a. ed.;
[3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-
5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,
1988;
[4] Siemens – “Sistema N – Dispositivos DR”. São
Paulo. Fevereiro de 1997;
[5] Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas
Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998;
[6] Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 24
CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS
“Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou o espelho que a reflete”
Edith Wharton
RESUMO
Este capítulo tem por objetivo analisar de forma
sucinta as grandezas luminotécnicas básicas e apresentar
alguns dispositivos e seus acessórios empregados para a
iluminação artificial.
1.0 - INTRODUÇÃO
O ser humano é fortemente influenciado pela
luz.
A luz, além de transmitir informações ao centro
visual do cérebro através dos olhos, influência
determinados setores do sistema vegetativo, os quais
comandam a totalidade do metabolismo e das funções
nervosas do corpo [1].
Observe-se que, neste sentido, há uma relação
definida entre a idade do ser humano e a quantidade de
luz necessária ao desempenho de uma dada tarefa. Uma
pessoa de 60 anos, por exemplo, necessita de,
aproximadamente, 15 vezes mais luz que uma criança de
10 anos para executar uma mesma tarefa.
Desta forma, além de aumentar a facilidade de
visão, uma iluminação adequada:
a) aumenta da capacidade de concentração;
b) incrementa o prazer no trabalho;
c) reduz a estafa; e,
d) diminui erros e acidentes;
Assim, a boa iluminação contribui para maior
conforto, bem estar e segurança.
Há quatro requisitos básicos para que ela seja
alcançada [2], ou seja:
 Quantidade de luz;
A quantidade de luz deve ser orientada
especificamente para a superfície que se
pretende enxergar Quanto menor for o
detalhe, ou mais baixo o contraste, maior
quantidade de luz necessitam os olhos para o
seu trabalho;
 Equilíbrio da iluminação
A distribuição adequada da iluminação é
muito importante para o rendimento e
conforto visuais. O contraste demasiado,
produz um efeito de agitação que por vezes
pode ter resultados desastrosos no que diz
respeito ao rendimento visual. Por outro lado,
demasiadas faltas de sombra não
proporcionam boa impressão tridimensional
relativamente a pessoas e objetos, tornando
mais difícil a sua identificação. É necessário
um equilíbrio sensível, isto é, evitar uma
iluminação direcional muito difusa, ou
demasiado forte,
 Ofuscamento
O ofuscamento, quer direto da fonte de luz,
quer refletido, resulta normalmente em
desconforto ou, em casos extremos, pode
conduzir à incapacidade de visão
(ofuscamento provocado por faróis de
automóvel). O ofuscamento desconfortável é,
em geral, experimentado por pessoas
expostas a um menor ofuscamento durante
períodos de tempo prolongados. É
freqüentemente acompanhado por sensações
de fadiga ou dor de cabeça, sem que a pessoa
identifique a causa. Pode, por exemplo,
resultar de uma instalação de iluminação com
lâmpadas fluorescentes desprotegidas
montadas em trilhos.
 Reprodução de cor
As cores dos objetos são parcialmente
determinadas pela natureza da luz sob a qual
são vistas. O modo como a luz reproduz as
cores designa-se por reprodução de cor. A
luz produzida por algumas lâmpadas é
notoriamente semelhante à luz do sol cuja
reprodução de cor é considerada a
verdadeira. Outras lâmpadas produzem luz
que torna difícil a distinção entre as cores
Este fato deve ser tomado em consideração
quando da seleção de uma fonte de luz, pois
a reprodução de cor necessária, varia de
aplicação para aplicação. Há casos em que é
importante ver as cores tais como à luz do
dia, como, por exemplo, em aplicações nos
hospitais, trabalhos de impressão e galerias
de arte.
Portanto, os sistemas de iluminação devem
proporcionar:
 Luz uniforme sobre todos os planos de
trabalho, difusa, bem dirigida e distribuída
para evitar sombras e contrastes nocivos;
 Iluminação com o mínimo de ofuscamento,
direto ou refletido;
 Reprodução de cores compatível com a
natureza do trabalho.
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 Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 25
2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS
A luz é uma radiação eletromagnética que, ao
penetrar no olho, produz uma sensação de claridade.
A luz visível possui comprimentos de onda entre
380 e 780 nanômetros , ou seja 10-9m, o que corresponde
a 10 ( ngström). Cada comprimento de onda causa nos
olhos uma sensação de cor diferente.
O limite inferior do espectro visível equivale aos
raios ultravioletas e, o superior, ao infravermelhos.
O sistema de medidas luminotécnicas possui
quatro grandezas fundamentais, denominadas, ou seja:
 Fluxo luminoso (φφφφ)
É a potência total emitida por uma fonte de
luz e capaz de estimular a retina ocular à
percepção da luminosidade. Sua unidade é o
lúmen (lm).
Figura 1 – Fluxo luminoso
Também é possível definir a eficiência
luminosa de uma fonte como sendo a relação
entre o fluxo luminoso e a potência elétrica
necessária para produzi-la. Sua unidade é
lm/W.
Figura 2 – Conceito de eficiência luminosa
 Intensidade luminosa (I)
É a potência de radiação visível em uma
determinada direção. Sua unidade é a
candela (cd).
Figura 3 – Conceito de intensidade luminosa
A definição desta grandeza é importante, pois as
fontes de luz não emitem o mesmo fluxo luminoso
em todas as direções. Tal fato resulta no
estabelecimento das chamadas “curvas
fotométricas” ou “de distribuição luminosa
(CDL)”
Nestas curvas a

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