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- Agosto de 2000 - Antonio Tadeu Lyrio de Almeida INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS ÍNDICE PARTE I: FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES 2 RESUMO 2 1.0 - INTRODUÇÃO 2 2.0 – PROJETOS 2 3.0 - MONTAGENS 3 4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES 3 5.0 - REPROJETOS 4 6.0 - MANUTENÇÃO 4 7.0 - ORÇAMENTOS 5 9.0 – TERMINOLOGIA USUAL 5 10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES 5 11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS 6 12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS 7 13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7 CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL 8 RESUMO 8 1.0 - INTRODUÇÃO 8 2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO 8 3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL 9 4.0 – ENTRADA COLETIVA 10 5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) 12 6.0 – FUSÍVEIS 13 7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG” 13 8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (FI) 14 9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS 15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS 10.0 – CONDUTOS 17 10.1 – ELETRODUTOS 17 10.2 – BANDEJAS 18 10.3 - ELETROCALHAS 19 10.4 - CANALETAS 19 11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS 19 12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS 21 14.0 – CHAVES-BÓIA 22 15.0 – CLITES OU ROLDANAS 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23 CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS 24 RESUMO 24 1.0 - INTRODUÇÃO 24 2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS 25 3.0 – LÂMPADAS 27 3.1 – LÂMPADAS INCANDESCENTES 27 3.2 - LÂMPADAS DE DESCARGA 28 3.2.2 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – BAIXA PRESSÃO 29 3.2.3 - LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO 29 3.2.4 - LÂMPADA MISTA 30 3.2.5 - MULTIVAPOR METÁLICO 30 3.2.5 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – ALTA PRESSÃO 31 4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 31 4.1 – SOQUETES 31 4.2 - PLAFONIERS 31 4.3 - LUMINÁRIAS 31 5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO 33 5.1 – INTERRUPTORES SIMPLES 33 5.2 – INTERRUPTORES PARALELOS (THREE-WAY) 33 5.3 – INTERRUPTORES INTERMEDIÁRIOS (FOUR-WAY) 33 5.4 – MINUTERIA 33 5.5 INTERRUPTOR HORÁRIO 34 5.6 – VARIADOR OU CONTROLADOR DE LUZ 34 5.7 – SENSOR DE PRESENÇA 34 5.8 – RELÉ FOTOELÉTRICO 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS PARTE II: PROJETOS DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 37 RESUMO 37 1.0 - INTRODUÇÃO 37 2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO 37 3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 38 3.1 – OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES 38 3.2 – SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES 39 3.3 - QUANTIFICAÇÃO DO SISTEMA 40 3.5 - DETERMINAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO: 40 3.4 – DIAGRAMAS EM PLANTA 40 3.5 – ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DOS CIRCUITOS 41 3.6 - QUADROS DE CARGA E DIAGRAMAS UNIFILARES 41 3.7 – DESENHOS COMPLEMENTARES 41 3.8 - MEMORIAL DESCRITIVO 43 3.9 - MEMORIAL DE CÁLCULO: 43 3.10 - RELAÇÃO DE MATERIAIS 44 3.11 - ART 44 3.12 - ANÁLISE DA CONCESSIONÁRIA 44 3.13 - REVISÃO DO PROJETO (SE NECESSÁRIO) 44 3.14 - APROVAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA 44 4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO 44 5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46 CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS 47 RESUMO 47 1.0 - INTRODUÇÃO 47 2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO 47 3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS 48 4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO 48 4.1 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 48 4.2 – TOMADAS DE USO GERAL 48 4.3 – TOMADAS EM COZINHAS, COPAS, COPAS-COZINHAS, ÁREAS DE SERVIÇO E LAVANDERIA 48 5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS 48 5.1 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS COMERCIAIS OU LOCAIS ANÁLOGOS 48 5.2 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM LOJAS 49 6.0 – AR CONDICIONADO 49 7.0 – OUTRAS CARGAS 49 8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA 49 9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS 49 10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS 49 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS 11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES 50 11.1 – CARGAS DE ILUMINAÇÃO 50 11.2 – TOMADAS DE USO GERAL 50 11.3 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 50 11.4 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS 50 12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51 CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS 52 RESUMO 52 1.0 - INTRODUÇÃO 52 2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS 52 3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS 53 4.0 – QUADRO DE CARGAS 53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53 CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS 54 RESUMO 54 1.0 - INTRODUÇÃO 54 2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS 54 3.0 - SIMBOLOGIA 54 4.0 - COMANDO DE LAMPADAS 56 5.0 - TOMADAS 58 6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA 59 NOTA IMPORTANTE 59 CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA 60 RESUMO 60 1.0 - INTRODUÇÃO 60 2.0 – EXEMPLO 60 CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS CIRCUITOS INTERNOS 66 RESUMO 66 1.0 - INTRODUÇÃO 66 2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 66 2.1 – BITOLAS MÍNIMAS 66 2.2 – DETERMINAÇÃO DAS BITOLAS 66 2.3 – BITOLAS DOS CONDUTORES DO NEUTRO E TERRA 67 3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 67 4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG) 69 RESUMO 69 1.0 - INTRODUÇÃO 69 2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 69 3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS 69 4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 71 5.0 – ENTRADAS COLETIVAS 74 6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS 76 6.1 – DEMANDA DO CONDOMÍNIO 76 6.2 – DEMANDA DAS LOJAS 77 6.3 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 120 M2 77 6.4 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 240 M2 77 6.5 – DEMANDA TOTAL DOS APARTAMENTOS 78 6.6 – DEMANDA TOTAL DO EDIFÍCIO 78 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 78 CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG) 79 RESUMO 79 1.0 - INTRODUÇÃO 79 2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO 79 3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 79 4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 80 4.1 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA IGUAL OU INFERIOR A 95 KVA 80 4.2 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 95 E 245 KVA 80 4.3 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 245 E 1.500 KVA 80 4.4 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA SUPERIOR A 1500 KVA 80 4.5 - EDIFICAÇÕES COM UNIDADE(S) CONSUMIDORA(S) COM CARGA INSTALADA SUPERIOR A 75 KW 80 4.6 - EDIFICAÇÕES AGRUPADAS (AGRUPAMENTOS) 80 5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO 80 5.1 - TIPO A:. FORNECIMENTO DE ENERGIA A 2 FIOS (FASE-NEUTRO) 80 5.2 - TIPO B: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 80 5.3 - TIPO C: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 80 5.4 - TIPO D: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 81 5.5 - TIPO E: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 81 5.6 - TIPO F: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 FASES-NEUTRO) 81 5.7- TIPO H: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81 5.8 - TIPO I: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81 5.9 - TIPO J: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 81 6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO 82 7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA 82 8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 82 9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 82 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS PARTE I: FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 2 CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES "Não importa a cor do gato. O que importa é que ele cace ratos" Deng Xiiaoping RESUMO O objetivo deste texto é o de apresentar os vários aspectos relacionados com o desenvolvimento de um projetos, montagens, vistorias/inspeções e manutenção de instalações elétricas residenciais ou comerciais. Além disto, são fornecidos e analisados diversos termos do jargão técnico empregados no setor. 1.0 - INTRODUÇÃO As atividades técnicas básicas relativas a uma instalação elétrica são: Projetos; Montagens; Vistorias e inspeções; Reprojetos; e, Manutenção. O engenheiro, em geral, é o responsável final por tais atividades em uma empresa ou trabalhando como autônomo. Desta forma, existe uma dimensão ética e moral envolvida, às quais são contempladas pelo Código de Ética Profissional estabelecido pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA) e pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (CREA’s). Alguns aspectos importantes estão envolvidos nesta questão, destacando-se que o profissional deve: a) procurar executar totalmente sua atividade, buscando completo êxito para as suas soluções; b) inovar constantemente, procurando aplicar novas e melhores técnicas; c) aperfeiçoa-se e atualizar-se continuamente; d) possuir responsabilidade profissional, mantendo confidenciais, se assim exigido pelo empregador ou cliente, as idéias, processos, técnicas ou conhecimentos; e) orientar, transmitir conhecimentos e assegurar as melhores condições de trabalho e segurança aos seus subordinados. Observa-se que as atividades profissionais deve ser registrada no CREA, através de um documento próprio denominado Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O CREA, então, verifica se há, realmente, a habilitação necessária para a especialidade exercida e, em caso positivo, fará a respectiva anotação que passará a constar do Acervo Técnico do profissional. Com a ART, o profissional será, na forma da legislação em vigor, o responsável total pela atividade desenvolvida. É importante esclarecer que o CREA é um órgão de defesa da sociedade contra os maus profissionais. A defesa de interesses de engenheiros deve se realizada por Associações e Sindicatos. Em cada estado em que o profissional atuar, diferente daquele onde se formou, deve procurar o CREA correspondente para o visto em sua Carteira de Registro Profissional para poder exercer normalmente suas atividade. 2.0 – PROJETOS Projetar uma instalação elétrica para qualquer tipo de prédio ou local, consiste basicamente em escolher, dimensionar e localizar de maneira adequada os equipamentos e outros componentes necessários, proporcionando a transferência de energia elétrica desde uma fonte até os pontos de utilização. Acrescente-se que, em termos mais modernos, tal transferência deve ser realizada com as menores perdas possíveis. Durante a fase de concepção do projeto de uma instalação elétrica, cabe ao projetista o trabalho criativo, onde deverá imaginar como serão os seus usuários, quais os seus comportamentos e que tipo e particularidades que comporão o ambiente com o qual conviverão. A seguir, o projetista entra na fase técnica, onde ele avalia quais são as melhores opções para implementar a instalação com as características imaginadas no processo de concepção. Nesta etapa, é necessário adotar-se soluções de compromisso entre os vários fatores envolvidos, pois, nem sempre, eles são compatíveis entre si. São exemplos, a segurança, a economia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também, o uso racional da energia elétrica. A preocupação com este último aspecto, incluindo as sempre presentes elevações tarifárias e a adequação às novas normalizações, implica em uma procura contínua de metodologias. É preciso conhecer, diagnosticar a realidade energética, para então estabelecer as prioridades, implantar os projetos de melhoria e de redução de perdas, e acompanhar seus resultados, em um processo contínuo. Esta abordagem é válida para instalações novas como premissa básica ou, nas existentes, em caráter corretivo. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 3 Quanto à competência profissional, o CREA- MG, seguido pela maioria do outros CREA’s, estabelece que o engenheiro eletricista pode ser responsável pela elaboração e execução de qualquer projeto de instalações elétricas, sem restrições quanto à carga, tensão ou condição de trabalho. Entretanto, inexplicavelmente, projetos em baixa tensão para fins residenciais, com carga total instalada não superior a 50 kW, desde que a força motriz, já incluída neste limite, não ultrapasse 10 c.v. podem ser executados por engenheiros civis e arquitetos que possuam as atribuições dos artigos 28 e 30 do Decreto Federal n0 23.569/33 de 11/12/1933. Ainda mais incrível, é que, de acordo com a lei n0 5.524 de 06/01/1968 e Decreto n0 90.922, de 06/02/1985, os técnicos industriais de nível médio podem se responsabilizar pela elaboração e execução de projetos. Ainda, conforme o citado decreto, os técnicos em eletrotécnica poderão, não só projetar, mas também dirigir instalações com demanda de energia até 800 kVA, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade. 3.0 - MONTAGENS Em montagens, o engenheiro, normalmente, é o responsável pela sua administração, a qual engloba as seguintes atividades básicas: a) assegurar que a montagem da instalação elétrica seja realizado em conformidade com o projeto elaborado; b) orientar o supervisor da obra, normalmente denominado por encarregado, e seus ajudantes na execução da montagem dos circuitos e equipamentos em geral; c) elaborar um cronograma de atividades e fiscalização de seu cumprimento; d) coordenar, ao final da obra, o seu comissionamento; O comissionamento, conforme [1], tem como objetivos principais: a) fazer verificações e executar os ensaios que demonstrem estar sendo ligados ao sistema, para operação comercial, equipamentos e instalações em condições de manter o nível de confiabilidade, continuidade e segurança exigidos de acordo com o projeto e funcionamento dentro das especificações e garantias contratuais; b) levantar características, aferir e ajustar todos os componentes dos diversos circuitos de controle, proteção, medição, supervisão, etc.; c) registrar valores iniciais dos parâmetros determinantes de cada equipamento, indispensáveis ao estabelecimento de um sistema confiável de manutenção e controle; d) verificar a fidelidade dos desenhos finais e fornecer subsídios para elaboração dos desenhos "como construído" ("As Built"); e) garantir a segurança do pessoal e dosequipamentos; f) estabelecer os limites operativos confiáveis para os diversos equipamentos; g) completar o treinamento específico da equipe técnica responsável pela operação e manutenção da instalação; h) garantir a segurança da energização inicial; i) assegurar o fornecimento das peças reservas, acessórios e ferramentas especiais previstas em contrato; j) orientar os órgãos das áreas financeiras quanto aos itens a serem capitalizados/patrimoniados; e, l) transferir para os órgãos responsáveis a responsabilidade pela guarda, operação e manutenção da instalação. 4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES As vistorias visam avaliar as condições operacionais e de segurança, bem como a durabilidade em instalações elétricas existentes ou para a sua ligação inicial com a rede pública. Elas são realizadas, muitas vezes, como exigência das concessionárias, corpo de bombeiros ou do Ministério do Trabalho. Nestes casos, deve-se elaborar e emitir um Laudo Técnico, o qual descreve as condições encontradas e sugere alterações, se necessário. Tal documento é de grande importância, pois, em geral, haverá o recolhimento de uma ART específica junto ao CREA correspondente e, desta forma, o engenheiro é o responsável pelas informações nele contidas. As atividades de inspeção, por outro lado, normalmente possuem a finalidade de verificar se um produto ou serviço atende às especificações, dispositivos contratuais, desenhos e normas tanto do cliente quanto dos órgãos e entidades regulamentadoras. Pelas suas características e grau de importância destas atividades, o inspetor deve possuir uma formação compatível para se assegurar um alto padrão de qualidade, especialmente em obras. Nestas condições, muitas vezes, ele é denominado de Engenheiro da Qualidade É importante estabelecer-se roteiros de inspeção, que são documentos utilizados durante a inspeção, possibilitando ao inspetor atuar de forma sistemática, devido a conterem o conjunto de itens ou características a serem inspecionados e os critérios de aceitação. http://www.crea-mg.com.br/ http://www.crea-mg.com.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 4 5.0 - REPROJETOS Para que sejam adotadas quaisquer atitudes no sentido de se reformar uma instalação existente é preciso reprojetá-la de forma a obter a sua melhoria e modernização, adequando-a aos requisitos mínimos exigidos de segurança, de economia, de flexibilidade, de confiabilidade e de uso racional da energia elétrica. estabelecendo as prioridades. Tal processo envolve várias etapas, as quais exigem um maior ou menor grau de complexidade, sendo as básicas: a) Estudo dos processos e/ou atividades: é o passo inicial para familiarizar o projetista com as atividades do consumidor e equipamentos empregados. O nível de detalhe nesta etapa são dependentes desses fatores; b) Levantamento do perfil de consumo de energia na instalação: avaliação da melhor opção tarifária, incluindo eventuais contratos de demanda, e do fator de potência. Neste ponto, deve-se cercar-se de cuidados especiais, pois enganos podem levar a custos brutais na conta de energia. Para uma análise mais cuidadosa, devem ser empregados o histórico energético da instalação e determinar-se seu comportamento típico (curva de carga típica); c) Análise de equipamentos e setores de consumo: avaliação dos equipamentos e seu comportamento visando uma maior eficiência em seu aproveitamento. Os principais equipamentos são os fornos e motores elétricos, os transformadores e o sistema de iluminação. Outros fatores a se considerar seriam o comportamento de compressores e de sistemas de refrigeração que podem influir diretamente no comportamento dos motores; entretanto, tal atividade é de competência do engenheiro mecânico; d) Levantamento do circuito de distribuição: verifica-se os cabos e proteções estão corretos , se as cargas estão distribuídas uniformemente entre as fases e se as emendas, conexões e eventuais reparos foram executados de forma segura. Avalia-se, principalmente, a adequação da instalação como um todo em relação às normas e à segurança. Estes levantamentos apresentam algumas dificuldades, pois são fatos muito comuns: a) O proprietário das instalações não possuir as plantas e diagramas elétricos, muito menos, os memoriais descritivo e de cálculos. Às vezes, nem ao menos as plantas arquitetônicas estão disponíveis; b) Mesmo que se tenha acesso aos documentos citados, é bastante provável que hajam ocorrido modificações no projeto inicial ao longo do tempo, sem a devida atualização. Na realidade, este é uma prática muito corriqueira; c) Os vários equipamentos e dispositivos elétricos encontrarem-se mal dimensionados. Neste caso, inclui-se a proteção elétrica e cablagem inadequada, motores super ou sub dimensionados e circuitos mal distribuídos; d) A execução de reparos e derivações sem técnica adequada. São exemplos, emendas sem isolação, derivação sem proteção e cablagem exposta. Sendo assim, é absolutamente imprescindível vistoriar a instalação, ou seja, executar um levantamento de campo, para avaliar o estado em que ela se encontra, conhecendo-se e diagnosticando a sua realidade energética, para, então, adotar as atitudes necessárias para reprojetá-la. 6.0 - MANUTENÇÃO A divisão clássica das atividades de manutenção é aquela onde se tem a corretiva, a preventiva, a preditiva e a sistemática. A manutenção corretiva é a forma mais primária de manutenção e é a realizada após a ocorrência de um defeito qualquer, a qual, em geral, tornam indisponível o equipamento. Naturalmente, isto implica em desligamentos fora de previsão, em momentos pouco adequados e levando, por vezes, a prejuízos consideráveis. Por outro lado, a manutenção preventiva é o conjunto de atividades desenvolvidas visando evitar a ocorrência de condições insatisfatórias, ou, se ocorrerem, evitar que se tornem cumulativas, resultando em redução da necessidade de se adotarem ações corretivas. Um plano de manutenção preventiva deve conter um conjunto de medições tecnicamente adequadas, as quais devem ser selecionadas entre uma grande variedade de alternativas, sendo necessário que se associe confiabilidade e custo com um programa de atividades compatíveis. Medições sofisticadas nem sempre propiciam resultados mais efetivos que os obtidos com testes rotineiros, porém, seus custos, tempo despendido e pesquisa para implementação são sempre maiores. Neste caso, a relação custo/benefício poderá ser muito alta. Inclusive, tais medições não devem ser tão complexas que os resultados sejam de difícil análise e compreensão. Naturalmente, as medidas preventivas são endereçadas para as causas mais comuns de faltas dos motores de uma certa instalação Neste contexto, torna-se importante o conhecimento de estatísticas de falhas/defeitos e, em especial, suas causas. Para cada uma destas condições, as atividades selecionadas podem ser divididas em três tipos a saber: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 5 a) Monitoramento contínuo; b) Medições periódicas; c) Técnicas preditivas. Os resultados obtidos com estas atividades, caso sejam determinadas condições insatisfatórias, devem ser cuidadosamente analisados para verificar em qual instante a manutenção corretiva deve ser aplicada. Como visto, a manutenção preditiva pode ser encarada comouma sub-área da preventiva, no entanto apresenta algumas características específicas, a saber: a) Não é necessário haver o desligamento do equipamento para a sua aplicação; b) Não há o dano do equipamento, como no caso da corretiva; e, c) Não se baseia em informações sobre a durabilidade de um certo componente. A manutenção sistemática é aquela que se caracteriza pela substituição de componentes dos equipamentos ou de todo ele. 7.0 - ORÇAMENTOS A elaboração de orçamentos é, talvez, a atividade de maior importância entre todas, pois é ela que definirá os custos e preços a serem praticados. Uma série de fatores contribuem para o valor estimado total, quando da elaboração de um serviço qualquer, além dos honorários dos profissionais nele envolvidos. São eles o preço do material, custo da mão de obra, incluindo despesas correspondentes às leis sociais e encargos trabalhistas, fundo de reserva para eventuais variações dos valores anteriores, taxas e impostos municipais e estaduais, despesas financeiras, transporte de operários e de material, despesas com o próprio serviço em função de atualizações necessárias, despesas indiretas com despachantes, contadores, advogados e outros. A composição final do orçamento será a somatória de todos estes valores, adicionando-se ao preço orçado uma taxa percentual variável de acordo com o volume de serviço, a concorrência existente e ao interesse de se realizar a obra. O orçamento estabelecerá, portanto, os limites do empreendimento e das atividades. Deve ser extremamente bem elaborado evitando prejuízos. 9.0 – TERMINOLOGIA USUAL Apresenta-se a seguir, vários termos empregados no jargão técnico da área de instalações. Outros mais, serão citados em outros capítulos. a) A característica nominal é um conjunto de valores nominais atribuídos às grandezas que definem o funcionamento de um motor, em condições especificadas por norma, e que servem de base às garantias do fabricante e aos ensaios; b) O termo "falha" se refere a uma indisponibilidade momentânea, enquanto, o "defeito" é a situação na qual há o dano do equipamento ou um de seus componentes; c) “Sangrar” o circuito significa executar uma derivação no mesmo; d) Efetuar um “gato” corresponde à derivar o circuito, antes dos medidores de energia elétrica, evitando-se, assim, pagar pelo seu uso; e) “Gata” é a denominação dada à pequenas e médias empreiteiras; f) “Gambiarra” é executar uma instalação elétrica malfeita, com extensões e adaptações, gerando emaranhados de fios, não seguindo quaisquer critérios de segurança, qualidade e normas; g) Um “bico de luz” corresponde à um ponto de iluminação, como uma lâmpada; h) A palavra “isolação” possui um sentido qualitativo como, por exemplo, "a isolação de um cabo é de PVC". “Isolamento”, por outro lado, tem um sentido quantitativo como em "isolamento para 15 KV". 10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES É importante que o engenheiro de instalações tenha à mão as normas e regulamentações para executar os seus serviços, principalmente a: “NBR-5410 - Instalações Elétricas”. da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1988; "NBR 5419 - Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas" da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1990; “NR 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade”, norma regulamentadora contida na Portaria n0 3214 de 8/7/78 do Ministério do Trabalho. É interessante o conhecimento de outras normas regulamentadoras, as quais podem ser facilmente obtidas pela Internet no site do Ministério do Trabalho no endereço http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm Em geral, cada concessionária específica possui seu próprio elenco de normas e procedimentos. Note-se que o não atendimento dos preceitos nelas contidos, apesar de eventualmente corretos tecnicamente, implica na reprovação ou aprovação com restrições de projetos, bem como, da não energização da instalação. Para as concessionárias do Estado de São Paulo, tem-se, por exemplo: http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 6 "Norma Técnica Unificada NTU.01 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária a Edificações Individuais", válidas para a CESP (atual Elektro), CPFL e ELETROPAULO até os seus desmembramentos e privatizações; “Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária – Livro de Instruções Gerais (LIG)”, aplicável à entradas coletivas nas áreas de concessão da antiga ELETROPAULO (atuais Metropolitana e Bandeirante). No Estado de Minas Gerais, por outro lado, nas áreas de concessão da CEMIG tem-se a: “ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária, Rede de Distribuição Aérea, Edificações Individuais”; e, a “ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária, Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”. No caso do Estado do Paraná, , nas áreas de concessão da COPEL tem-se: “NTC9-01100 – Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição ”, aplicável às edificações individuais; e, a “NTC9-01110 – Atendimento a Edifícios de Uso Coletivos”. Se for realizado projetos telefônicos, a norma básica é a “Norma 224-315-01/02 – Tubulações Telefônicas em Edifícios” da Telebrás. Com a privatização do setor de telecomunicações, é conveniente consultar a concessionária local. A Telemig, por exemplo, possui um “Manual de Rede Telefônica Interna, volume 1 e 2”. Além destas normas, o profissional deverá seguir as normas técnicas e regulamentações nacionais, estaduais e municipais, as quais se apliquem a itens específicos do serviço. Em especial, principalmente no Estado de São Paulo, deve inteirar-se das normas e regulamentações do Corpo de Bombeiros relativas à segurança (iluminação de emergência, por exemplo) e combate à incêndios (acionamento de bombas para hidrantes, por exemplo). 11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS Para a especificação de cabos e demais componentes da instalação é muito importante que o projetista possua um grande acervo de catálogos atualizados. Na atualidade os fabricantes de maior porte e importância fornecem os chamados “catálogos eletrônicos”, ou seja, catálogos em CD para serem instalados em microcomputador. A titulo de ilustração, a tabela 1 apresenta alguns dos principais componentes e fabricantes. PRODUTO FABRICANTE Abraçadeiras Hellermann Acessórios pára-raios Paraklin Alarmes audiovisuais Cutler Hammer, Schneider Bases para fusíveis Nh e Diazed Tee, Siemens Botões de comando Ace, Cutler Hammer, Schneider, Siemens Caixas de passagem chapa Cemar, Brum Canaletas plásticas Hellermann, Acel Chaves seccionadoras Siemens, Tee Chaves fim de curso Ace, Siemens, Schneider Chaves reversoras Lombard, Mar-girius Chaves trifásicas Lombard, Mar-girius Chaves blindadas Mar-girius Comutadores Cutler Hammer, Schneider, Ace Conduletes Wetzel, Fundial Conectores nylon, baquelite Sindal, Steck Conectores Conexel Contatores e relés Siemens, Schneider, Weg, Klockner Moeller Disjuntores Schneider, Soprano, Siemens, Klockner Moeller Fios e cabos Pirelli, Ficap, Walandar, Ipce Fita isolante, terminações 3M Fixadores cunha, eletrocalha, perfilados Sisa, Dispan Fusíveis Nh/Diazed Siemens, Tee Eletroduto flexível e acessórios Indel, Sptf Eletrodutos galvanizados a fogo Apolo, Elecon Eletrodutos zincados, curvas, luvas Elecon, Apolo Eletroduto PVC, curvas, luvas Tigre, Plascon Hastes, conectores, terminais Intelli Interruptores Alumbra, Pial Inversores de freqüência Weg, ABB, Telemecanique Siemens Lâmpadas Philips, Osram, Sylvania Luminárias Guarilux, Star, Philips Marcadores Hellermann Plugues Pial, Alumbra, Steck, Albany, Primelétrica Prensa cabo Wetzel, Tramontina, Steck Projetores Jmv, Philips, Repume Quadros, painéisElsol, Cemar, Star, Brum Reatores Keiko, Philips Sinaleiros Cutler Hammer, Schneider, Ace, Siemens Sistema X Pial, Alumbra Soquetes, porta lâmpadas Lorenzetti Tomadas Alumbra, Pial, Steck, Albany, Primelétrica Tabela 1 – Principais produtos e fabricantes. http://www.elektro.com.br/servicos/projeto/index.html http://www.cpfl.com.br/ http://www.eletropaulo.com.br/estrutura/lig2000.htm http://www.eletropaulo.com.br/estrutura/homepage.htm http://www.bandeirante.com.br/abertura.htm http://www.cemig.com.br/ http://www.copel.com/ http://www.copel.com/distribuicao/medicao/normas/Nt901100/baixatensao1.htm http://www.paraklin.com.br/ http://www.schneider.com.br/index.asp http://www.siemens.com.br/siemens/po/index.htm http://www.margirius.com.br/ http://www.wetzel.com.br/ http://www.steck.com.br/ http://www.conexel.com.br/ http://www.weg.com.br/ http://www.soprano.com.br/ http://www.klockner.com.br/ http://200.213.173.21/pirelli/pirelli.asp http://www.walandar.com.br/ http://www.ipce.com.br/ http://international.3m.com/intl/br/ http://www.dispan.com.br/ http://www.indel.com.br/ http://www.elecon.com.br/ http://www.tigre.com.br/ http://www.intelli.com.br/ http://www.alumbra.com.br/ http://www.legrand.com.br/ http://www.abb.com/br http://www.philips.com/br http://www.osram.com.br/ http://www.sylvania.com.br/ http://www.tramontina.com.br/cafe.htm http://www.steck.com.br/ http://www.albany.com.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 7 12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS Para o desenvolvimento das atividades relacionadas com instalações elétricas, existem vários livros de bom nível disponíveis em língua portuguesa. Pode-se destacar os seguintes: Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998, Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais” . São Paulo, 1996; Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac-Graw Hill, 1982; Cotrim A. A. M. B.. - “Manual de Instalações Elétricas - Pirelli Cabos de Alta Tecnologia”. Mac-Graw Hill, 1985; Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”. Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995; Creder, H. - “Instalações Elétricas”. Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995; Leite, D.M.; Leite, C.M. – “Proteção Contra Descargas Atmosféricas”. MM Editora, 1993; Lima Filho, D.L. – “Projetos de Instalações Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998, Mamede Filho, J. – “Instalações Elétricas Industriais”. Livros Técnicos e Científicos Editora, 1993; MacPartland, J.F. – “Como Projetar Sistemas Elétricos”. Mac-Graw Hill, 1978; Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas - Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard Blücher Ltda., 1983; Niskier, J., MacIntyre, A. J. - “Instalações Elétricas”. Guanabara Dois, 1985; Schmidt, V. – “Equipamento Elétrico Industrial”. Editora Mestre Jou. 13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Existem vários “softwares” em língua portuguesa dedicados às instalações elétricas, alguns operando em conjunto com o AutoCad R14 ou AutoCad 2000, da Autodesk. Alguns deles são: Produzidos pela Proeng Engenharia de Uberlândia/MG: a) VisualElectric para instalações prediais e comerciais; b) Pára-raios 3D para proteção contra descargas atmosféricas; c) Autolux para projetos de iluminação de exteriores; d) Power Quality para a análise da qualidade de energia. Produzido pela Pointer Cad de Florianópolis/SC (scahaefer@mbox1.ufsc.br): a) Lumen para instalações prediais e comerciais. Produzido pela SKA Automação Industrial Ltda., de São Leopoldo/RS: a) QC Pro 2.1 para instalações industriais (quadros de comando) que não necessita do AutoCad R14; b) Quadro de Comando 4.2, o qual possui as mesmas finalidades do anterior, porém emprega o AutoCad R14. Produzidos pela Officina de Mydia Editora de São Paulo/SP: a) Atmos Pro Win 4.0 para proteção contra descargas atmosféricas; b) Tecat-IV Pro 2.0 Win para cálculo de malhas de terra e estratificação da resistividade do solo Produzido pela FACH - Engenharia e Sistemas S/C Ltda. de São Paulo/SP: a) Thor para proteção contra descargas atmosféricas; Produzido pela InterAct S/C Ltda. de São Paulo/SP: a) Análise de Conda de Eletricidade para Windows; Produzido pela Enerenge Engenharia e Informática Ltda. de São Paulo/SP: a) Ajuste Fácil para cálculo e correção do fator de potência; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Batitucci, M.D. "Comissionamento A Primeira Atividade de Manutenção". Manutenção, n- 28, jan. / fev. 91 p.p. 31-38. http://www.erica.com.br/ http://www.makron.com.br/ http://www.proeng.com.br/ http://www.ska.com.br/ http://www.mydia.com.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 8 CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL “Não se pode esquecer que para dar um grande salto para a frente, é sempre necessário dar uma corridinha para trás” Pacco Rabanne RESUMO Este capítulo apresenta os elementos mais comuns, os quais compõem uma instalação elétrica residencial ou comercial. Considera-se apenas o fornecimento de energia em tensão secundária. 1.0 - INTRODUÇÃO O fornecimento de energia elétrica para residências (casas), prédios residenciais e comerciais, bem como de instalações industriais de pequeno porte, é efetuado através de uma rede de distribuição pública de baixa tensão, por intermédio de um ramal de serviço pertencente à concessionária local. Este é o ponto de entrega, a partir do qual alimenta-se a unidade consumidora. Nesta, tem-se um sistema de entrada para a energia elétrica, composto de equipamentos, condutores e acessórios. Entre eles, naturalmente, deve haver medidores para o consumo de energia e proteção para este circuito. A partir dos medidores, a energia é levada até o quadro ou caixas de distribuição, através dos denominados circuitos de distribuição. Do quadro de distribuição são instalados os vários circuitos internos ou terminais para uso do consumidor. A figura 1 ilustra o exposto para o caso de uma residência. Figura 1 – Exemplo de uma instalação elétrica [1] 2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO Existem três modalidades básicas de fornecimento de energia elétrica para uma unidade consumidora, a saber: Fornecimento monofásico: Feito a dois fios, correspondendo a uma fase e um neutro. Figura 2 – Fornecimento monofásico a partir do poste da concessionária [1]. Fornecimento bifásico: Feito a três fios, correspondendo a duas fases e um neutro. Figura 3 – Fornecimento bifásico a partir do poste da concessionária [1]. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 9 Fornecimento trifásico: Feito a quatro fios, correspondendo a três fases e um neutro. Figura 4 – Fornecimento trifásico a partir do poste da concessionária [1]. Cada concessionária estabelece qual modalidade deve ser empregada em um fornecimento em função da potênciaprevista para a instalação. Sendo assim, elas devem ser consultadas quando da elaboração de um projeto. Observe-se que o mesmo é válido para as tensões de fornecimento. 3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL A entrada individual é toda entrada consumidora com a finalidade de alimentar uma edificação com uma única unidade de consumo. É conhecida por padrão de entrada. Observe-se que cada concessionária possui os seus padrões. Assim, o padrão compreende o ramal de entrada, poste particular ou pontalete, caixas, proteção, aterramento e ferragens, preparada de forma a permitir a ligação à rede da concessionária. É de responsabilidade do consumidor. A figura 5 apresenta um exemplo de padrão de entrada. O termo “pontalete” citado anteriormente refere-se a um suporte destinado a fixar e elevar o ramal de ligação na edificação do consumidor. O poste particular, por outro lado, possui a mesma função e localiza-se na propriedade do consumidor. Figura 5 – Exemplo de padrão de entrada (poste particular) [1]. Figura 6 – Exemplo de padrão de entrada (pontalete) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 10 4.0 – ENTRADA COLETIVA Toda entrada consumidora com a finalidade de alimentar uma edificação com vários consumidores é coletiva. Um exemplo típico são os prédios de apartamentos ou de escritórios comerciais. Como cada concessionária possui uma padronização própria, apresenta-se a seguir as exigências de ordem geral da EBE – Empresa Bandeirante de Energia, antiga Eletropaulo. Para outras concessionárias é necessário consultar a normalização interna correspondente. Neste caso, exige-se um centro de medição, definido em função do número de consumidores. O centro de medição é composto por uma ou mais caixas, as quais podem comportar 1, 2, 4, 6, 8 ou 12 medidores. Se houverem mais que 12 consumidores, será utilizada outras caixas adicionais. A figura 7 mostra os desenhos de um centro de medição. Figura 7 – Caixas empregadas em centro de medição - EBE Observe-se na figura 7 a presença de vários tipos de caixas de medição A figura 8 os detalhes de uma das caixas de medição. Figura 8 – Detalhe da caixa de medição Quando isto ocorre a EBE exige o emprego de uma caixa de distribuição, como a ilustrada nas figuras 9 Figura 9 – Caixa de distribuição – Vista frontal Na padronização da entrada deve-se utilizar uma caixa de manobra contendo chave seccionadora para cada caixa de medição, como mostra a figura 10. Ainda, é necessário empregar uma caixa seccionadora quando a distância do poste particular for maior que 25 m. A figura 11 ilustra. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 11 Figura 10 – Caixa de manobra Figura 11 – Caixa seccionadora INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 12 Note-se que, as chaves existentes nas caixas seccionadoras, de distribuição e de manobra, devem ser do tipo seccionadora com fusível incorporado. Figura 12 – Seccionadora com fusível incorporado. 5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) Considerando a instalação a partir do centro de medição, identifica-se dois tipos de circuito, ou seja, o de distribuição e os internos ou terminais. O(s) circuito(s) de distribuição conectam o citado centro de medição ao quadro de distribuição (QD), também conhecido por quadro de luz. a) Distribuição b) Luz Figura 13 – Quadros de distribuição e de luz [1]. As figuras 14 e 15 apresentam de forma esquemática esta situação. Figura 14 – Diagrama esquemático de uma instalação elétrica [1]. Figura 15 – Exemplo de circuitos internos ou terminais [1]. Na realidade, este quadro é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de um consumidor, pois: Recebe a fiação proveniente do centro de medição; Aloja todos os dispositivos de proteção dos vários circuitos internos; e, Inicia todos os circuitos terminais ou internos, que irão alimentar as tomadas e iluminação. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 13 As figuras 16, 17 e 18 mostram os componentes internos de quadros de distribuição para os fornecimentos monofásico, bifásico e trifásico, respectivamente. Figura 16 – Quadro de distribuição (QD) para fornecimento monofásico [1]. Figura 17 – Quadro de distribuição (QD) para fornecimento bifásico [1]. Figura 18 – Quadro de distribuição (QD) para fornecimento trifásico [1]. 6.0 – FUSÍVEIS Os fusíveis são a proteção mais tradicional dos circuitos e sistemas elétricos contra curtos-circuitos. Sua operação consiste na fusão de um elemento fusível quando por ele circular uma corrente com valor superior àquela para o qual foi projetado. O elemento fusível é um fio ou uma lâmina, geralmente de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga, colocado no interior do corpo do fusível, em geral de porcelana, esteatite ou papelão, hermeticamente fechado. Alguns fusíveis possuem um indicador, que permite verificar se o dispositivo fusível operou ou não; o qual é composto por um fio, por exemplo, de aço, ligado em paralelo com o elemento fusível e que libera uma mola após a operação. Essa mola atua sobre uma plaqueta ou botão, ou mesmo um parafuso, preso na tampa do corpo. A maioria dos fusíveis contem em seu interior material granulado extintor, em geral areia de quartzo, envolvendo por completo o elemento fusível. A figura 19 mostra a composição básica de um fusível. 7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG” Os disjuntores termomagnéticos são dispositivos destinados à proteção dos circuitos contra sobrecargas e curtos-circuitos. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 14 a) Composição básica[2] b) Fusível NH Figura 19 –Fusível Sendo assim, interrompem o circuito (desligam) quando da ocorrência de uma destas condições através de atuadores térmicos e magnéticos. O elemento térmico se destina à proteção contra sobrecargas e atuam pelo efeito de dilatação de uma lamina bimetálica conforme a elevação de temperatura. Aação magnética, por outro lado, se manifesta quando ocorrem correntes da ordem de dez vezes a nominal do dispositivo, o que caracteriza um curto- circuito. A figura 20 apresenta uma vista em corte de um disjuntor termomagnético com os seus componentes principais. 1 – Disparador magnético; 2 – Suporte; ¾ - Eletrodo; 5 – Cavalete; 6 – Caixa isolante; 7 – Mola de regulagem magnética; 8 – Acelerador; 9/10 – Pastilhas de contato; 11/12 – Terminais protegidos com aperto elástico para cabos ou barras; 13 – Câmara de extinção; 14 – Plaqueta de reforço magnético; 15 – Acoplamento interno nos bi e tripolares; 16 – plaqueta de isolação térmica e dielétrica; 17 – Identificação indelével; 18 – Porta etiqueta; 19/20 – Dupla fixação. Figura 20 – Vista em corte de um disjuntor termomagnético. (Pial) Tais disjuntores podem ser dos tipo mono, bi ou tripolar, como ilustrado na figura 21. Devem ser ligados às fases dos circuitos. Figura 21 – Tipos de disjuntores termomagnéticos [1] Como observado, estes dispositivos possuem a mesma função das chaves fusíveis. Entretanto, eles permitem manobra manual e podem ser religados, ao contrário de fusíveis que necessitam ser trocados quando da ocorrência de um curto-circuito. 8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (Fi) A NBR 5410 [3] preconiza o emprego de dispositivos de proteção à corrente diferencial residual (dispositivos DR), mais conhecidos no mercado como "interruptores de corrente de fuga (Fi)". Tais dispositivos asseguram a proteção contra tensões de contato perigosas, provenientes de defeitos de isolamento em aparelhos ligados a terra. Os dispositivos DR protegem contra contatos indiretos a totalidade da instalação, parte desta, ou consumidores individuais, de acordo com a sua localização. Além disto, asseguram ainda a proteção contra contatos diretos com partes ativas da instalação. As correntes de falta a terra que atingem o valor da corrente de falta nominal, são igualmente cortadas (proteção contra incêndios). Portanto, tais disjuntores conjugam duas funções, ou seja, a de proteção dos circuitos contra sobrecorrentes (termomagnético) e de pessoas contra choques elétricos provocados por contatos diretos e indiretos. Eles possuem, basicamente, três partes funcionais, ou seja: Transformador toroidal para detecção das correntes de falta a terra; Disparador para conversão de uma grandeza elétrica numa ação mecânica; Mecanismo móvel com os elementos de contato. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 15 A figura 22 ilustra o princípio de funcionamento do dispositivo. Figura 22 – Proteção com disjuntor DR. [4] Na figura 22 observa-se que se na instalação não houver defeito, a soma fasorial das correntes nos condutores de fase e neutro que circulam pelos condutores no interior do toroide é nula, segundo a lei de Kirchhoff. Desta forma, o campo magnético gerado é nulo e a tensão induzida no secundário também é nula. Por outro lado, quando ocorrer um defeito no isolamento desse circuito, a soma das correntes nos condutores ativos deixará de ser nula. Assim, aparecerá uma corrente de falta, o campo magnético deixara de ser nulo, induzirá uma tensão no enrolamento secundário, a qual será utilizada para ativar o disparador que abrirá o mecanismo móvel, com os elementos de contato. Figura 23 – Funcionamento do disjuntor DR [4] Os tipos de disjuntores diferenciais residuais de alta sensibilidade existentes no mercado são os bipolares e os tetrapolares, como ilustra a figura 24. Figura 24 – Tipos de disjuntores DR [1] O funcionamento do dispositivo DR pode ser verificado por meio do botão de teste, o qual, ao ser premido, permite simular uma corrente de falta a terra, provocando o disparo. Esta prova deve ser realizada periodicamente, verificando-se assim o estado da instalação. Observe-se que os disjuntores DR devem, necessariamente, ser ligados aos condutores de fase e neutro dos circuitos, sendo que o neutro não pode ser aterrado após o DR. 9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS Um condutor elétrico é um corpo formado de material condutor e destinado primordialmente a condução de corrente elétrica. São os fios, os cabos e as barras. Um fio elétrico é produto metálico de qualquer seção maciça, de comprimento muito maior do que a maior dimensão da seção transversal. Os fios são fabricados a partir de vergalhões, por trefilação, laminação a frio ou ambos os processos combinados. Podem ser usados como condutores elétricos nus ou isolados, ou podem ser produtos semi-acabados destinados a fabricação de cabos. Os fios cuja seção transversal não seja circular, são designados pela forma da seção transversal (quadrados, retangulares, etc.) Um cabo elétrico é o conjunto, isolado ou não, de fios metálicos encordoados (helicoidalmente), não isolados entre si. Os cabos são mais flexíveis que os fios. As barras são condutores rígidos, com forma de prisma retangular ou tubo. A seção de um fio é a área transversal do fio, enquanto a seção de um cabo é a soma das seções dos fios componentes. Geralmente os fios são fabricados até a seção de 16 mm2, enquanto que os cabos estão disponíveis em uma larga faixa de seções. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 16 Figura 25 – Fio e cabo elétrico. (Pirelli) Os condutores podem ser nus ou isolados. Um condutor nu é o fio, cabo ou barra, sem revestimento, isolação ou camada protetora de qualquer espécie. Por outro lado, a isolação de um condutor é a camada isolante aplicada sobre o condutor para isolá-lo eletricamente de outros condutores e a terra. Os materiais não metálicos muitas vezes aplicados sobre os condutores com finalidade primordialmente mecânica (como capa ou cobertura) não são considerados. Em cabos de baixa tensão, o isolante mais utilizado é o PVC, pois é mais econômico, com excelente durabilidade, apresentando ótima resistência a ionização, apesar de possuir características elétricas apenas regulares. Além disto, pode-se empregar: O polietileno comum (PET), de excelentes qualidades isolantes, porém apresentando limitação no que diz respeito às características físicas (fica praticamente fluido a 110°C) e à baixa resistência a ionização; O polietileno reticulado (XLPE), obtido por reticulação molecular do polietileno comum, que alia as excelentes propriedades deste à uma elevada temperatura admissível e a boas propriedades mecânicas. Suas limitações, entretanto, são a pouca flexibilidade e a baixa resistência a ionização; A borracha etileno-propileno (EPR), o qual se constitui no isolante de melhor qualidade. Apresenta alta temperatura admissível, resistência a ionização muito maior que a do polietileno reticulado, gradiente de projeto comparável ao do XLPE e excelente flexibilidade. O EPR é utilizado em tensões até 69 KV. A capa, que tem por função proteger a isolação de um cabo contra os agentes do meio, pode ser metálica ou não metálica. As capas não metálicas são geralmente de PVC, polietileno, neoprene, polietileno reticulado e poliuretano. Muito embora certas características possam variar de um material para outro, todos eles proporcionam boa proteção contra umidade, agentes químicos e atmosféricos, são razoavelmenteflexíveis, proporcionam um certo isolamento elétrico e asseguram proteção mecânica a isolação. Alguns cabos podem possuir blindagem. Ela consiste na aplicação de camadas condutoras ou semicondutoras (no sentido de não serem boas condutoras) ao condutor e à isolação, cuja principal finalidade é confinar o campo elétrico dentro do cabo isolado. Os cabos podem ser classificados como unipolares ou multipolares. Um cabo unipolar ou singelo é definido como um condutor maciço ou encordoado, dotado de isolação elétrica e proteção mecânica. Um cabo bipolar, tripolar, ou, de um modo geral, multipolar, é um conjunto de dois, três ou mais condutores justapostos, maciços ou encordoados, cada um deles dotado de isolação própria (chamada de parede isolante), sendo o conjunto dotado de proteção mecânica comum. Nos cabos multipolares, os interstícios entre os condutores componentes são preenchidos por um material não metálico, chamado de enchimento ou capa interna. Figura 26 – Cabos singelo e tripolar (Pirelli) A seção de um cabo multipolar, no caso de condutores componentes iguais é a seção de um deles, ou seja, se, por exemplo, um cabo tripolar constituído por três de 20 mm2 cada, será indicado por 3 x 20 mm2. No caso de componentes diferentes, a seção será indicada por sua formação. Assim, um cabo formado por dois condutores de 16 mm2 e um de 4 mm2 será 2 x 16 mm2 + 4 mm2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 17 10.0 – CONDUTOS Conduto elétrico é a canalização destinada a conter, exclusivamente, condutores elétricos. Há vários tipos de condutos, ou seja: eletrodutos, bandejas, eletrocalhas e canaletas. 10.1 – Eletrodutos Os eletrodutos ou conduites constituem o tipo mais comum de conduto, podendo ser magnéticos ou não magnéticos e, ainda, rígidos ou flexíveis. As funções dos eletrodutos, de uma forma geral, são: proteção dos condutores contra ações mecânicas e contra corrosão; e, proteção do meio contra perigos de incêndio, resultantes do superaquecimento dos condutores ou de arcos; No caso dos eletrodutos metálicos, ainda tem-se que eles devem proporcionar: um envoltório metálico aterrado aos condutores, a fim de evitar perigos de choque; e, um percurso para a terra, funcionando como condutor de proteção em condições especificadas. Nos eletrodutos metálicos rígidos, o material mais usado é o aço carbono, devendo serem protegidos interna e externamente por materiais resistentes a corrosão, a menos que se trate de eletroduto especial, com proteção intrínseca (por exemplo, de aço especial, alumínio ou cobre). Assim, eles são fabricados: esmaltados (com cobertura de esmalte resistentes a corrosão); galvanizados (com banho de zinco fundido); cobertos com pó de zinco, com plástico ou com composto asfaltico. Os eletrodutos metálicos rígidos mais utilizados são os esmaltados e galvanizados de parede mais grossa , ou seja, os pesados, por proporcionarem maior proteção mecânica aos condutores. Os esmaltados só devem ser empregados em instalações internas, expostos ou embutidos em paredes ou lajes, em locais não severamente corrosivos. Os galvanizados são aplicados em instalações externas a prédios ou naquelas subterrâneas (como dutos) em contato direto com a terra. Os eletrodutos metálicos rígidos designados por leves e médios (em função da espessura da parede) podem constituir uma alternativa mais econômica, sendo, no entanto, inferiores aos pesados no que concerne a proteção mecânica. Geralmente não são aplicados em tensões superiores a 100 V. A figura 27 mostra esquematicamente um eletroduto metálico rígido galvanizado. Figura 27 – Eletroduto rígido galvanizado (Thomeu) Os eletrodutos rígidos não metálicos constituem um outro tipo importante de conduto. São constituídos de materiais resistentes a umidade e a atmosferas químicas, apresentando grande vantagem sobre os de aço, principalmente quanto ao custo e a proteção contra corrosão. Suas melhores aplicações são como dutos, diretamente enterrados, embutidos em concreto e em instalações aparentes. Para uso acima do solo, tanto aparente quanto embutido, devem ser usados materiais retardantes de chama, resistentes a impactos e a distorção térmica, aos raios solares e a baixas temperaturas. Desta forma, é usual o emprego do PVC. Em instalações subterrâneas são utilizados, em geral, diretamente enterrados. A figura 28 ilustra a aplicação de eletrodutos rígidos em uma residência. Figura 28 – Eletrodutos em uma instalação [1] INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 18 Observe-se que, a atual edição da NBR 5410 [3] permite embutir qualquer tipo de eletroduto desde que ele resista a esforços característicos do tipo de construção utilizado. Os eletrodutos transversalmente elásticos, de uso corrente na Europa, e já fabricados no Brasil, são geralmente de polietileno de alta densidade, atendendo a norma francesa NFC 68-101, sendo aplicados em linhas embutidas, principalmente em prédios residenciais, comerciais e semelhantes, Sua principal vantagem sobre os eletrodutos rígidos é a facilidade da instalação e o fato de dispensarem o uso das tradicionais curvas, luvas, arruelas e buchas, alem de evitar as sobras que normalmente ocorrem no emprego de eletrodutos rígidos. A figura 29 apresenta o lançamento de um eletroduto deste tipo em uma vala. Figura 29 – Eletroduto de polietileno de alta densidade (Tigre) Os eletrodutos transversalmente elásticos que não são feitos de polietileno de alta densidade e os flexíveis plásticos corrugados conhecidos por "mangueiras" não devem ser utilizados por não suportarem qualquer tipo de esforços e, portanto, comprometerem a integridade dos condutores contidos. A NBR 5410 [3] estabelece que, dentro dos eletrodutos rígidos, só podem ser instalados cabos isolados, não sendo permitida a instalação de condutores a prova de tempo, nem de cordões flexíveis. Os eletrodutos rígidos, em geral, são fabricados em varas de 3 m. Alguns fabricantes lançaram linhas de eletrodutos para instalações aparentes, as quais são conhecidas como “Sistema X”. Este termo, entretanto, é marca da Pial e são vendidos em varas de 2 m. A figura 30 ilustra uma instalação que utiliza este sistema. Possuem preço elevado. Figura 30 – Instalação com “Sistema X” (Pial). 10.2 – Bandejas Bandeja ou leito de cabos é um conduto de instalação aparente, aberto em toda a sua extensão, onde os condutores são lançados. Normalmente, são fabricadas de aço ou de alumínio nos tipos pesado, médio e leve, conforme o peso a ser suportado. De acordo com a NBR 5410 [3], o seu uso só é permitido em estabelecimentos industriais e comerciais, onde haja uma manutenção adequada e em locais não sujeitos a choques significativos. Os cabos instalados em bandejas só podem ser do tipo isolado e com cobertura de uma só camada preferencialmente e fixados convenientemente à estrutura da bandeja. Figura 31 – Sistema de bandejas (Mopa) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 19 10.3 - Eletrocalhas Eletrocalhas são condutos de instalação aparente, com tampas desmontáveis em toda a sua extensão, onde os condutores são lançados. No entanto a NBR 5410 [3] não faz qualquer distinção entre as que possuam ou não coberturas. Os cabos instalados em eletrocalhas devem ser do tipo isolado e com cobertura. A citada norma apenas admite que os cabos isolados instalados estejam sem cobertura, quando a eletrocalha: for de paredes maciças e munida de uma cobertura desmontável apenas por meio de ferramenta; estiver em locais de serviço elétrico, aos quais só tenham acesso pessoas qualificadas ou advertidas; ou, estiver em tetos falsos não desmontáveis. As utilizações típicas das eletrocalhas, principalmente as com cobertura, são em reformas e instalações, onde se deseja evitar o corte em paredes e em instalações novas onde a economia seja um fator preponderante. Figura 32 – Sistema de eletrocalhas (Mopa) 10.4 - Canaletas Canaletas são condutos, com tampas removíveis em toda a sua extensão, ao nível do solo onde os condutores são lançados. 11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS Entre os vários componentes disponíveis no mercado, há interesse de análise nas denominadas caixa de passagem e nos acessórios para eletrodutos. As caixas de passagens ou de derivação são locais de acesso a um circuito, permitindo a passagem de condutores entre trechos de eletrodutos e também utilizadas para o alojamento de ligações e/ou instalação de tomadas, interruptores e pontos de luz. Em geral, elas são retangulares ou quadradas para a instalação em paredes e pisos, com dimensões de 4”x2” e 4”x4”. Em tetos são octogonais com dimensão 4”x4”. A figura 33 ilustra estes componentes. Figura 33 – Caixas de passagem ou de derivação INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 20 Em caixas de derivação embutida são utilizados os espelhos para tampá-las. Os acessórios para os eletrodutos são os mostrados na figura 34. Figura 34 – Acessórios para eletrodutos (Thomeu) As funções dos acessórios são: Luvas - empregadas para acoplar dois trechos ou varas de eletrodutos ou uma curva e uma vara; Figura 35 – Conexão de um eletroduto com uma curva Buchas – destina-se a fazer uma terminação arredondada nos eletrodutos rígidos, evitando que haja dano à isolação de condutores; Arruelas – destinam-se a fixar, juntamente com as buchas, as peças a serem montadas nos eletrodutos rígidos. Figura 36 – Bucha e arruela As figuras 37 e 38 ilustram uma instalação empregando eletrodutos e seus acessórios. Figura 37 – Eletrodutos rígidos e acessórios Figura 38 – Vista de uma instalação empregando eletrodutos e acessórios [1]. Em instalações aparentes é comum o emprego de um tipo especial de caixa de derivação denominada condulete, o qual possui tampa própria e partes com roscas para fixação direta de eletrodutos rígidos. Os tipos de conduletes são os mostrados na figura 39. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 21 Figura 39 – Tipos de conduletes A designação dos tipos de conduletes é feita através de letras, as quais representam a posição das partes rosqueáveis nos eletrodutos. Assim, na figura 36 tem-se: Tipo Significado B Bottom (Embaixo) C C (Comum) E End (Fim) LR L Right (L à direita) LL L Left (L à esquerda) LB L Bottom (L para baixo) T T TB T Bottom (T para baixo) X X A figura 40 mostra exemplos de conduletes sem as suas tampas. Figura 40 – Conduletes (Tigre) Existem vários outros elementos em uma instalação como tomadas e interruptores. Estes, no entanto, serão analisados em tópicos específicos. 12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS Campainhas e cigarras são a forma mais simples de sinalização e destinam-se a dar maior comodidade aos usuários de uma residência ou apartamento, possibilitando o atendimento de visitantes por parte dos moradores. Além disto, elas também podem utilizadas para chamada geral e sistemas de alarme. Elas são eletromagnéticas ou eletrônicas. As partes construtivas básicas das eletromagnéticas são ilustradas na figura 41. Figura 41 – Partes básicas de campainhas eletromagnéticas [5] Ao se pressionar o botão ou pulsador, o eletroímã é alimentado com a tensão necessária, que atrai a lâmina de ferro e faz o martelo golpear a campainha (tímpano). O circuito é interrompido no interruptor de contato e o eletroímã solta a lâmina que é afastada pela ação da mola. O eletroímã atrai a lâmina de novo, reabrindo o circuito. A mola puxa-a para trás, restabelecendo o contato, e assim por diante. O martelo vibra durante o tempo em que o botão ou pulsador permanecer pressionado. As campainhas de tímpano são usadas em locais amplos que necessitem de alta intensidade sonora, acima de 80 dB. Em outras situações, dá-se preferência às cigarras ou campainhas tipo dim-dom (lira), que produzem um som menos estridente do que o tilintar da campainha de tímpano. As figuras 42 e 43 ilustram ambos os tipos. Figura 42 – Cigarra de lâmina [5] INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 22 Figura 43 – Campainha tipo Dim-Dom (lira) [5] As campainhas eletrônicas, como a TriSom da Siemens ilustrada na figura 44, possuem um circuito eletrônico que, ao ser ativado, gera um som de três tonalidades seqüenciais que independe do tempo que se comprime o botão (pulsador) de chamada, Figura 44 – Campainha eletrônica TriSom da Siemens [5] A alimentação desta campainha pode ser feita em 110 ou 220 VCA, pois possui uma chave seletora para ambas as tensões. A tonalidade de som pode ser regulada, atendendo ao gosto pessoal, emitindo um som de aproximadamente 80 dB. Ela possui autoproteção contra queima para o caso de o pulsador ser travado na posição ligado (toque). Por outro lado, a campainha eletrônica Softson da Pial Legrand é ideal para casas, apartamentos, escritórios ou qualquer outro local que possua duas entradas. Tem duas melodias diferentes, sendo uma com 9 (nove) notas e outra com 3(três) notas musicais, permitindo identificar com facilidade a origem da chamada. 14.0 – CHAVES-BÓIA A chave-bóia é um tipo de interruptor que serve para controlar o nível de água ou outro fluido. No caso do abastecimento de água em edifícios, as chaves-bóia dos reservatórios superior e inferior devem ser ligadas em série, de modo que o circuito de comando do conjunto motor bomba somente seja energizado quando o reservatório superior estiver vazio e o inferior, cheio. Há três tipos de chave-bóia, ou seja, aquelas de: contatos sólidos, a qual é composta por uma caixa de contatos, uma vareta com limitadores de nível e a bóia, propriamente dita, normalmentede plástico como ilustra a figura 45. Figura 45 – Chave bóia de contatos sólidos [6] contatos de mercúrio, o qual é uma ampola com mercúrio e dois contatos em seu interior, onde estão ligados os fios do circuito elétrico e um contrapeso de ferro, para manter a ampola na posição em que se encontra. O fechamento dos contatos ocorre através do mercúrio. Este tipo de chave-bóia existe para reservatório superiores e para os inferiores. A figura 46 ilustra. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 23 Figura 46 – Chave bóia de contatos de mercúrio [6] contatos eletrônicos, a qual é um pouco mais sofisticada e, por isso, de emprego mais limitado que as anteriores. Possui dois sensores de grafite, de máxima e de mínima, os quais atuam quando em contato com a água, como ilustra a figura 47. Figura 47 – Chave bóia com contatos eletrônicos [6] 15.0 – CLITES OU ROLDANAS Clites ou roldanas são isoladores do tipo prensa-cabo, normalmente fabricados em porcelana ou plástico. São aplicados em linhas expostas, quando não há preocupação com a estética ou há a necessidade de mudanças freqüentes. Figura 48 – Clites para dois e três fios [6] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”. São Paulo, 1996. [2] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac- Graw Hill, 1982, 2a. ed.; [3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR- 5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT, 1988; [4] Siemens – “Sistema N – Dispositivos DR”. São Paulo. Fevereiro de 1997; [5] Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998; [6] Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”. Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 24 CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS “Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou o espelho que a reflete” Edith Wharton RESUMO Este capítulo tem por objetivo analisar de forma sucinta as grandezas luminotécnicas básicas e apresentar alguns dispositivos e seus acessórios empregados para a iluminação artificial. 1.0 - INTRODUÇÃO O ser humano é fortemente influenciado pela luz. A luz, além de transmitir informações ao centro visual do cérebro através dos olhos, influência determinados setores do sistema vegetativo, os quais comandam a totalidade do metabolismo e das funções nervosas do corpo [1]. Observe-se que, neste sentido, há uma relação definida entre a idade do ser humano e a quantidade de luz necessária ao desempenho de uma dada tarefa. Uma pessoa de 60 anos, por exemplo, necessita de, aproximadamente, 15 vezes mais luz que uma criança de 10 anos para executar uma mesma tarefa. Desta forma, além de aumentar a facilidade de visão, uma iluminação adequada: a) aumenta da capacidade de concentração; b) incrementa o prazer no trabalho; c) reduz a estafa; e, d) diminui erros e acidentes; Assim, a boa iluminação contribui para maior conforto, bem estar e segurança. Há quatro requisitos básicos para que ela seja alcançada [2], ou seja: Quantidade de luz; A quantidade de luz deve ser orientada especificamente para a superfície que se pretende enxergar Quanto menor for o detalhe, ou mais baixo o contraste, maior quantidade de luz necessitam os olhos para o seu trabalho; Equilíbrio da iluminação A distribuição adequada da iluminação é muito importante para o rendimento e conforto visuais. O contraste demasiado, produz um efeito de agitação que por vezes pode ter resultados desastrosos no que diz respeito ao rendimento visual. Por outro lado, demasiadas faltas de sombra não proporcionam boa impressão tridimensional relativamente a pessoas e objetos, tornando mais difícil a sua identificação. É necessário um equilíbrio sensível, isto é, evitar uma iluminação direcional muito difusa, ou demasiado forte, Ofuscamento O ofuscamento, quer direto da fonte de luz, quer refletido, resulta normalmente em desconforto ou, em casos extremos, pode conduzir à incapacidade de visão (ofuscamento provocado por faróis de automóvel). O ofuscamento desconfortável é, em geral, experimentado por pessoas expostas a um menor ofuscamento durante períodos de tempo prolongados. É freqüentemente acompanhado por sensações de fadiga ou dor de cabeça, sem que a pessoa identifique a causa. Pode, por exemplo, resultar de uma instalação de iluminação com lâmpadas fluorescentes desprotegidas montadas em trilhos. Reprodução de cor As cores dos objetos são parcialmente determinadas pela natureza da luz sob a qual são vistas. O modo como a luz reproduz as cores designa-se por reprodução de cor. A luz produzida por algumas lâmpadas é notoriamente semelhante à luz do sol cuja reprodução de cor é considerada a verdadeira. Outras lâmpadas produzem luz que torna difícil a distinção entre as cores Este fato deve ser tomado em consideração quando da seleção de uma fonte de luz, pois a reprodução de cor necessária, varia de aplicação para aplicação. Há casos em que é importante ver as cores tais como à luz do dia, como, por exemplo, em aplicações nos hospitais, trabalhos de impressão e galerias de arte. Portanto, os sistemas de iluminação devem proporcionar: Luz uniforme sobre todos os planos de trabalho, difusa, bem dirigida e distribuída para evitar sombras e contrastes nocivos; Iluminação com o mínimo de ofuscamento, direto ou refletido; Reprodução de cores compatível com a natureza do trabalho. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 25 2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS A luz é uma radiação eletromagnética que, ao penetrar no olho, produz uma sensação de claridade. A luz visível possui comprimentos de onda entre 380 e 780 nanômetros , ou seja 10-9m, o que corresponde a 10 ( ngström). Cada comprimento de onda causa nos olhos uma sensação de cor diferente. O limite inferior do espectro visível equivale aos raios ultravioletas e, o superior, ao infravermelhos. O sistema de medidas luminotécnicas possui quatro grandezas fundamentais, denominadas, ou seja: Fluxo luminoso (φφφφ) É a potência total emitida por uma fonte de luz e capaz de estimular a retina ocular à percepção da luminosidade. Sua unidade é o lúmen (lm). Figura 1 – Fluxo luminoso Também é possível definir a eficiência luminosa de uma fonte como sendo a relação entre o fluxo luminoso e a potência elétrica necessária para produzi-la. Sua unidade é lm/W. Figura 2 – Conceito de eficiência luminosa Intensidade luminosa (I) É a potência de radiação visível em uma determinada direção. Sua unidade é a candela (cd). Figura 3 – Conceito de intensidade luminosa A definição desta grandeza é importante, pois as fontes de luz não emitem o mesmo fluxo luminoso em todas as direções. Tal fato resulta no estabelecimento das chamadas “curvas fotométricas” ou “de distribuição luminosa (CDL)” Nestas curvas aintensidade luminosa é mostrada na forma de um diagrama polar em termos de candelas por 1.000 lúmens de fluxo. A figura 4 mostra exemplos destas curvas. Figura 4 – Curvas de distribuição luminosa ou fotométrica Iluminamento ou Iluminância (E) É a relação entre o fluxo luminoso incidente (φ) sobre uma superfície e sua área (A), ou seja: A E φ = (1) Figura 5 – Conceito de iluminância. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 26 Quanto mais elevada a exigência visual da atividade, maior deverá ser o valor da iluminância média (Em) sobre o plano de trabalho. A norma NBR - 5413 [3] define os seus valores mínimos, os quais são transcritos na tabela 1. Descrição da Atividade Em (lux) Depósito 200 Circulação / Corredor / Escadas 150 Garagem 150 Residência ( cômodos gerais ) 150 Sala de leitura ( biblioteca ) 500 Sala de aula ( escola ) 300 Sala de espera 100 Escritório 500 Sala de desenhos 1000 Editoras ( impressoras ) 1000 Lojas ( vitrines ) 1000 Lojas ( sala de vendas ) 500 Padarias ( sala de preparação ) 200 Lavanderias 200 Restaurantes ( geral ) 150 Laboratórios 500 Industria / montagem ( atividade visual de precisão ) 500 Industria / inspeção ( atividade de controle de qualidade ) 1000 Industria ( geral ) 200 Industria / soldagem ( atividade de muita precisão ) 2000 Tabela 1 - Iluminância necessária para algumas atividades [3] Luminância (L). A luminância de uma fonte de luz em uma dada direção é a medida da sensação da claridade luminoso no olho, ou seja: A I L = (2) Sua unidade é o “nit” ou “cd/m2”. Índice de Reprodução de Cores (IRC). É a capacidade de reproduzir as cores com maior fidelidade ou precisão. A luz do sol foi tomada como referência. Deu-se à luz solar o índice 100 e a partir desse número é medida a maneira como a luz das lâmpadas reproduz as cores. A cor é fundamental para a concretização de negócios ou para o bem- estar das pessoas. Em uma loja, o cliente pode avaliar melhor sua compra. Nos escritórios, o ar mais saudável dos funcionários melhora a disposição da equipe. Em restaurantes e cozinhas, a melhor visualização das cores dos alimentos, sem distorções, aumenta o apetite. Grupo IRC Aparência Aplicações Fria Indústrias texteis, gráficas e de tintas Neutra Galerias de arte, museus, hospitais e joalherias 1 ≥ 85 Quente Residências, hotéis restaurantes e livrarias Fria Indústrias leves, escritórios, escolas e magazines (em climas quentes) Neutra Indústrias leves, escritórios, escolas e lojas 2 70 a 85 Quente Indústrias leves, escritórios, escolas e lojas (em climas frios) 3 < 70 Interiores onde a eficiência é de maior importância que a reprodução de cor S (especial) Aplicações especiais Tabela 2 – Índice de reprodução de cores e atividades típicas [4] Temperatura da Cor. As cores possuem uma temperatura associada em graus Kelvin (K). Quanto maior a temperatura, mais fria é a cor e vice-versa. Com a temperatura de cor das lâmpadas, cria- se a atmosfera de um ambiente. As temperaturas de cor mais baixas (quentes) dão uma sensação de aconchego e tranqüilidade, pois se parecem com a luz solar da aurora e do entardecer. São indicadas para restaurantes, hotéis e residências. As temperaturas médias (neutras) lembram a luz do sol da manhã, criando uma atmosfera convidativa. Indicadas para hospitais, museus, lojas, magazines e escritórios. As altas temperaturas (frias) lembram a luz de um céu claro e dão sensação de limpeza e atividade. São adequadas para indústrias, grandes escritórios, lojas de eletroeletrônicos e informática. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 27 3.0 – LÂMPADAS Entre as fontes de luz artificial, as lâmpadas elétricas são as que propiciam maior conforto e eficiência. Na atualidade, elas se dividem em dois grandes grupos, ou seja: Incandescentes; e, de Descarga. 3.1 – Lâmpadas Incandescentes Produzem energia luminosa a partir da incandescência de um filamento de tungstênio, o material que mais se adaptou às elevadas temperaturas verificadas no interior das lâmpadas onde existe vácuo ou um gás inerte. As suas partes principais são a base, o bulbo e o filamento. Figura 6 – Partes da lâmpada incandescente. As bases podem ser do tipo rosca ou baioneta, cada qual com finalidades específicas. O bulbos podem ser do tipo globular comum, pêra, parabólico etc. As lâmpadas incandescentes são fabricadas em vários tipos e para as mais diversas aplicações, tais como: Uso geral: Fabricados em acabamento do bulbo claro, branco difuso ou leitoso ou colorido. Proporcionam boa distribuição do fluxo luminoso, eliminando sombras e ofuscamento; Específicas: Destinadas à locais sujeitos à vibrações (como em tornos, por exemplo), à grandes variações de temperatura (como em refrigeradores, por exemplo) e para aparelhos que necessitem de lâmpadas de extra baixa tensão (6 ou 12 V); Decorativas: Para ambientes onde se deseja uma iluminação de destaque ou representação; Refletoras/defletoras ou espelhadas: São fontes de luz de alto rendimento, pequenas dimensões e facho concentrado e dirigido. Permitem a obtenção de um fluxo luminoso constante de alta intensidade e distribuição precisa, devido ao formato do bulbo e do espelho na sua superfície interna. Figura 7 – Linha de lâmpadas incandescentes (Philips) Infravermelhas Emitem radiação na faixa de ondas curtas da radiação infravermelho. Possuem alto coeficiente de reflexão, alto rendimento e pequenas dimensões. São aplicadas em indústrias que utilizem processos de secagem em geral, principalmente de tintas, e em criação de animais entre outras. Halógenas: O funcionamento desta lâmpada é semelhante ao da incandescente, possuindo como característica a regeneração de seu filamento. São fabricadas nos tipos “lapiseira” ou “palito” e “dicróica”. As dicróicas são disponíveis em duas versões com potência de 50 W e tensão de 12 V, sendo necessário o uso de transformador. Suas aplicações típicas são em museus, galerias de artes, exposições, hotéis e restaurantes, lojas e magazines. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 28 Figura 8 – Lâmpada dicróica 3.2 - Lâmpadas de Descarga Baseiam-se na condução de corrente elétrica em um meio gasoso, quando em seus eletrodos se forma uma tensão elevada capaz de vencer a rigidez dielétrica do meio. Tais elétrons ao chocarem-se com a pintura fluorescente ou de cristais de fósforo no interior do tubo emitem luz visível. Estas lâmpadas possuem eficiências muito superiores às das incandescentes e, portanto, oferecem um fluxo luminoso muito maior com menos potência absorvida da rede. Os meios gasosos mais utilizados são o vapor de mercúrio, de sódio ou argônio e, em função da pressão interna exercida por eles, as lâmpadas de descarga podem ser de alta ou de baixa pressão. Existem vários tipos de lâmpadas de descargas para atender às maisvariadas aplicações, ou seja: Fluorescentes; Vapor de sódio; Vapor de mercúrio; Luz mista; Vapor metálico; Multivapor metálico. As fluorescentes são de baixa pressão, as de vapor de sódio podem ser de baixa e alta pressão e as demais, de alta pressão 3.2.1 - Lâmpadas Fluorescentes As lâmpadas fluorescentes possuem um bulbo à prova de ar e sob baixa pressão, que serve de compartimento para um gás de enchimento, mercúrio, cátodos e a camada de pó fluorescente. O princípio de funcionamento de uma lâmpada fluorescente consiste em se energizar o seu circuito de alimentação, quando, então, os elétrons abandonam os cátodos vagarosamente no convencional e rapidamente nos de partida rápida. A tensão entre cátodos atrai os elétrons, sendo que os que estiverem em excesso, ionizam o gás de enchimento. Assim, a resistência do tubo diminui, originando um arco. O fluxo de elétrons no arco excita os dos átomos de mercúrio, mudando de órbita, dando lugar à radiação. Tal radiação é absorvida pelo pó fluorescente, causando a luminescência. Os circuitos convencionais são composto por um reator, “stater”, lâmpada e o receptáculo para ambos. Os reatores são equipamentos eletromagnéticos com bobinas enroladas em um núcleo de ferro e possuem as funções de produzir a sobretensão no momento do desligamento do starter e limitar a corrente. No momento em que se dá a condução do gás, tudo se passa como se houvesse um curto-circuito, pois a resistência elétrica passa a ser quase nula, porém neste momento o reator age como uma reatância, limitando a corrente. Eles podem ser simples ou duplos, de alto ou baixo fator de potência. Figura 9 – Reatores para lâmpadas fluorescentes (Helfont). O starter, por outro lado, baseia-se no princípio do bimetal, isto é, um contato que no início do funcionamento está fechado, mas que, com o aquecimento da lâmina, abre o circuito, produzindo a sobretensão necessária à partida da lâmpada. Utiliza-se um capacitor em paralelo com o starter, cuja finalidade é a absorção de centelhas que se formam na partida, evitando as interferência em equipamentos de telecomunicação. Figura 10 – Stater. [5] O circuito de partida rápida possui o reator com enrolamentos separados para aquecerem continuamente os filamentos das lâmpadas de partida instantânea. Desta forma, dispensam o starter, pois no momento em que é ligado o circuito já se produz a tensão suficiente à partida da lâmpada. Atualmente, estão sendo fabricados reatores eletrônicos que são leves, com dimensões reduzidas e que INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 29 podem ser desligados automaticamente, em 5 segundos, no caso de falha das lâmpadas. O seu fluxo luminoso pode ser regulado de 10% a 100% em relação ao máximo da lâmpada, através de controle manual ou automático. Além disto, possibilitam uma economia de 60% de energia, usando-se controladores eletrônicos de iluminação. Devido à sua alta freqüência, apresentam uma partida com pré-aquecimento dos eletrodos das lâmpadas de forma mais eficiente, aumentando a sua vida média em até 50% em relação aos eletromagnéticos. Podem ser de partida rápida ou ultra-rápida Existem muitos tipos de lâmpadas fluorescentes, tais como as tubulares, as circulares, compactas, coloridas e luz negra. Figura 11 – Lâmpada fluorescente tubular (Osram). Figura 12 – Lâmpadas fluorescentes compactas. Figura 13 – Lâmpada fluorescente circular. 3.2.2 - Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão Conhecidas como uma das fontes de luz artificial mais eficientes disponíveis no mercado, apresentam: Alto rendimento luminoso de até 130 lm/W; Longa durabilidade; Significativa economia de energia; Economia nos custos de manutenção; Luz branca dourada; Posição de funcionamento: qualquer. Amplamente utilizada na iluminação externa, em avenidas, auto estradas, viadutos e complexos viários. Tem seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicas e, ainda, para locais específicos como aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos. Figura 14 – Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão (Osram) 3.2.3 - Lâmpadas a vapor de mercúrio Assim como as fluorescentes, este tipo de lâmpadas também utilizam o princípio da descarga através do vapor de mercúrio. Elas não possuem o starter; pois a partida é dada através de um resistor. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 30 Figura 15 – Partes da lâmpada a vapor de mercúrio [5]. Uma vez iniciado o arco entre um dos eletrodos principais e o eletrodo auxiliar, o vapor de mercúrio contido no tubo vaporiza-se, propiciando um meio condutor favorável. Assim, entre os eletrodos principais se forma um arco, produzindo-se energia luminosa em escala visível, pois o vapor de mercúrio encontra-se em alta pressão. O tempo de partida de uma lâmpada de vapor de mercúrio é de aproximadamente oito minutos, suficiente para que o vapor de mercúrio se vaporize, enquanto na fluorescente comum é de poucos segundos. Elas produzem luz com aparência branca azulada, , de alta intensidade, eficiência de até 55 Lm/W e são fabricadas em potências de 80W a 1000 W. Sua luz produz pouco calor, sendo esta uma vantagem em relação às lâmpadas incandescentes. Normalmente são utilizadas na iluminação de vias públicas e áreas industriais. Figura 16 - Lâmpada a vapor de mercúrio (Osram) 3.2.4 - Lâmpada mista Estas lâmpadas, ao mesmo tempo incandescentes e a vapor de mercúrio, são constituídas de um tubo de descarga de mercúrio, ligado em série com um filamento de tungstênio, Este filamento, além de funcionar como fonte de luz, age como resistência, limitando a corrente da lâmpada. As lâmpadas mistas têm duas grandes vantagens sobre as lâmpadas a vapor de mercúrio comuns, ou seja, não necessitam de reator e podem ser usadas simplesmente substituindo a lâmpada incandescente, sem necessitar de adaptação. O seu campo de aplicação é semelhante ao das lâmpadas a vapor de mercúrio, ou seja, iluminação de ruas, jardins, armazéns, garagens, postos de gasolina etc.. No início do funcionamento é aceso o filamento incandescente e aos poucos o mercúrio é vaporizado, iniciando-se o processo da iluminação por meio do vapor de mercúrio. A cor da luz é branca azulada, agradável à vista e de ampla aplicação em exteriores. Figura 17 - Lâmpada mista (Osram). 3.2.5 - Multivapor metálico São lâmpadas em versões elipsoidal, refletora, tubular, tubular bilateral e tubular com cabo, de baixa e alta potência que, em geral, proporcionam: Luz extremamente branca e brilhante; Realçam e valorizam espaços e produtos; Iluminam com intensidade; Baixa carga térmica; Temperatura de cor de 3000 K a 6000 K; Índice de reprodução de cor de 60 a 93%; Necessitam de reatores/ignitores. Figura 18 - Lâmpada multivapor metálico (Osram). INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 31 3.2.5 - Lâmpadas a vaporde sódio – alta pressão O tubo de descarga de uma lâmpada de sódio de alta pressão contém excesso de sódio, para dar condições de saturação do vapor quando a lâmpada está funcionando, e para permitir absorção interna na superfície. Também é usado um excesso de mercúrio para proporcionar um gás de proteção, e o xenon é incluído sob baixa pressão para facilitar a ignição e limitar a condução do calor do arco de descarga da parede do bulbo. O tubo de descarga, feito de óxido de alumínio sinterizado para resistir a intensa atividade química do vapor de sódio à temperatura de operação de 700º C, é colocado num invólucro de vidro duro á vácuo. As lâmpadas de sódio de alta pressão radiam energia sobre uma grande parte do espectro visível e proporcionam uma reprodução de cor razoável. São fabricadas com uma eficácia de até 130 lm/W e uma temperatura de cor de aproximadamente 2100 K As partes principais da lâmpadas de sódio são ilustradas na figura 19. 1 - Eletrodos com Nióbio 2 - Tubo de descarga feito de óxido de alumínio sinterizado 3 - Conjunto de montagem do tubo de descarga. Ele tem um formato especial para evitar sombras no sistema ótico da luminária. 4 - Conexão elétrica flexível 5 - Anel no qual o material de condução é armazenado durante o seu funcionamento 6 - Tubo de esgotamento do bulbo externo 7 - Conexões elétricas 8 - Tubo de vidro duro externo 9 – Base Figura 19 - Lâmpadas a vapor de sódio – alta pressão. 4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 4.1 – Soquetes São dispositivos que servem para a fixação das lâmpadas por suas bases, permitindo a sua alimentação e facilitando a sua substituição. Também são conhecidos por porta-lâmpadas ou suportes. Figura 20 - Soquetes 4.2 - Plafoniers São dispositivos destinados a suportar os receptáculos ou soquetes para lâmpadas incandescentes ou fluorescentes compactas, os globos (PVC ou vidro) e dar condições de fixação de todo o conjunto no teto ou parede. [6]. Suas dimensões variam de acordo com o tamanho do globo que devam suportar. Sua boca pode ser de 3", 4" ou 6", sendo os mais utilizados os de 4" (100 mm de diâmetro). Os "plafoniers" podem ser de alumínio (polido natural ou anodizado em várias cores), de ferro oxidado ou PVC. Figura 21 - Tipos de "Plafoniers" [6] 4.3 - Luminárias São aparelhos destinados a distribuir, filtrar e controlar a luz gerada por uma ou mais lâmpadas e contêm todos os equipamentos e acessórios necessários para fixar, proteger e alimentar tais lâmpadas. As luminárias se destinam à lâmpadas incandescentes, fluorescentes, mistas, a vapor de mercúrio, a vapor de sódio Para cada aplicação existem tipos adequados de luminárias, devendo o projetista da iluminação escolher através de catálogos de fabricantes, a luminária que: mais se adapte ao local, propicie uma boa estética, apresente melhor rendimento, e, atenda as condições econômicas do comprador. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 32 Cada luminária possui uma curva fotométrica própria, ou seja, cada uma distribui a luz da lâmpada de modo particular e, em estudos mais avançados de iluminação, são consideradas estas curvas a fim de se ter um nível de iluminamento uniforme sobre o plano de trabalho. A imagem da figura 22 mostra o efeito da distribuição de luz em um plano vertical, sendo a linha vermelha sobreposta correspondente à curva fotométrica. Figura 22 – Diagrama de intensidade luminosa de uma luminária – exemplo [7]. As luminárias para lâmpadas fluorescentes são compostas pelas partes ilustradas na figura 23. Figura 23 – Partes de uma luminária para lâmpadas fluorescentes [7] Existem luminárias que possuem difusores, que é um acabamento externo destinado a "difundir" a luz, ou seja, diluir de tal maneira o fluxo luminoso que o ofuscamento seja evitado. Na luminária da figura 23, tem- se o difusor de aletas, mas poderá ser do tipo “em acrílico”. Figura 24 – Luminária com difusor em acrílico. Todos os difusores absorvem uma parte do fluxo e, por isso, em locais menos requintados e em que se deseja um fluxo intenso, como por exemplo, grandes escritórios ou industrias, utiliza-se luminárias com luz direta e sem difusores (nua). As luminárias possuem um rendimento normal quando seu refletor é feito em chapa e alto rendimento quando o refletor é de alumínio. Figura 25 – Comparação de consumos entre luminárias Estas luminárias possuem os dois tipos de reflexão ilustrados na figura 26. Figura 26 – Tipos de reflexão em uma luminária para lâmpadas fluorescentes As luminárias ainda podem ser do tipo pendente, ou seja, necessitam de suporte de fixação à caixa de passagem no teto, ou do tipo plafonier (ou de sobrepor), quando se fixam diretamente no teto. a) Pendente (nua) b) Plafonier ou de sobrepor Figura 27 – Tipos de luminárias INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 33 A figura 28 mostra uma luminária pendente, tipo abajur, para utilização de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes compactas. Por outro lado, se elas são fixadas nas paredes, recebem o nome de “arandelas”. Figura 28 - Arandela 5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO 5.1 – Interruptores Simples São os controladores de circuito mais usados ligando e desligando as lâmpadas. Podem ser de uma, duas ou três seções. Figura 29 – Interruptor de uma, duas e três seções Devem ser ligados para interromper a fase e não o neutro, de modo que se evite o risco de choques quando ocorrer uma troca de lâmpadas. 5.2 – Interruptores paralelos (three-way) Os interruptores paralelos, também conhecidos por “three-way”, possuem três caminhos para a corrente e, desta forma, permitem comandar uma mesma lâmpada de dois pontos diferentes. O aspecto externo de um three-way é o mesmo do interruptor simples, porém na sua parte traseira possui três terminais, sendo um deles denominado de comum, onde será ligado a fase. Figura 30 – Interruptor three-way 5.3 – Interruptores intermediários (four-way) Os interruptores intermediários, também conhecidos por “four-way”, possuem quatro caminhos para a corrente e, desta forma, utilizando-os juntos com dois three-way’s, permitem comandar uma mesma lâmpada de três ou mais pontos diferentes. a) Vista traseira b) Ligação Figura 31 – Interruptor four-way 5.4 – Minuteria A “minuteria” é um dispositivo que controla o tempo que a iluminação permanecerá ligado, desligando- se automaticamente. São bastante empregados em edifícios residenciais, onde a circulação de pessoas é reduzida à noite. Nestes casos, economiza-se energia pois evita-se a possibilidade de lâmpadas permanecerem acesas desnecessariamente. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 34 Figura 32 – Aplicação de minuteria [6] As minuterias atualmente disponíveis no mercado são eletrônicas, embora hajam casos de se encontrarem aquelas com dispositivo de relojoaria e de contatos de mercúrio. Figura 33 – Minuteriaeletrônica (Intral) 5.5 Interruptor Horário O interruptor ou relé horário é um dispositivo que possibilita programar, ligar e desligar automaticamente circuitos elétricos em tempos predeterminados, o que resulta em economia de energia. Substituem, com vantagem, as minuterias porque podem ser instalados nos halls dos andares do edifício, próximo aos elevadores. Permitem a instalação em caixas comuns 4” x 2” e possuem um indicador luminoso para serem facilmente localizados na escuridão. Existem dois tipos de interruptores horário quanto ao funcionamento e programação, ou seja, eles podem ser eletrônicos ou motorizados, bem com, serem diário ou semanal. 5.6 – Variador ou Controlador de Luz São equipamentos que permitem variar a intensidade luminosa de lâmpadas incandescente desde a intensidade máxima ao desligamento total. Podem ser dos tipos “potenciômetro” e “dimmer”, o qual é eletrônico. Figura 34 – Dimmer e interruptor horário 5.7 – Sensor de presença O interruptor automático por presença é eletrônico e capta, através de um sensor infravermelho, a irradiação de calor de pessoas, animais e objetos que estejam nos limites perceptíveis do dispositivo. Desta forma, possibilita o comando automático da iluminação de ambientes fazendo que as lâmpadas fiquem acesas somente na presença de pessoas, proporcionando considerável economia de energia. Há grande interesse em utilizá-lo em conjunto com um sensor de luz. Neste caso, a iluminação se acenderá somente se a luminosidade estiver abaixo de um certo nível e houverem pessoas no recinto. Figura 35 – Sensores de luz e de proximidade (Philips) 5.8 – Relé Fotoelétrico O relé fotoelétrico é um elemento de controle que opera em função da luminosidade recebida, ou seja, ele ligará a lâmpada quando a intensidade luminosa for inferior a um nível previamente determinado. Figura 36 – Relé fotoelétrico (Ilumatic) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] - Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas - Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard Blücher Ltda., 1983; [2] Philips do Brasil - “Os benefícios de uma boa iluminação – Eficácia energética”; [3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR- 5413 – Iluminância de Interiores ”. Rio de Janeiro, ABNT, 1980; [4] - Philips – “Iluminação para Sua Melhor Qualidade de Vida”; [5] - Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”. Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995; [6] - Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998; [7] Lumicenter Engenharia de Iluminação – “Catálogo Geral de 1999”. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS PARTE II: PROJETOS DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 37 CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS “Os homens são sempre sinceros. Apenas trocam de sinceridade de vez em quando”. Tristam Bernard RESUMO O objetivo deste texto é o de fornecer diretrizes para o desenvolvimento de um projeto de uma instalação elétrica. 1.0 - INTRODUÇÃO Quando há a solicitação para a elaboração de um projeto completo, inicia-se um processo que envolve várias etapas. Inicialmente, é necessário que o projetista receba informações do solicitante de tal modo que receba subsídios para iniciar o trabalho criativo, onde deverá imaginar como serão os seus usuários, quais os seus comportamentos e que tipo e particularidades que comporão o ambiente com o qual conviverão. Além disto, é necessário que ele receba deste solicitante ou do autor do projeto arquitetônico: a) planta da situação do imóvel, com identificação de sua numeração e dos logradouros públicos mais próximos; b) plantas de arquitetura do(s) subsolo(s), térreo, garagem(ns), pavimentos intermediário(s), playground, pavimento tipo, pavimento diferentes do tipo, cobertura e casa de máquina de elevadores e ar condicionado, cortes e fachadas; c) plantas de estrutura referentes às peças estruturais mais importantes, tais como lajes, pilares, vigas, caso estas indicações não figurem no projeto arquitetônico. A seguir, o projetista deve elaborar um anteprojeto, onde ele avalia quais são as melhores opções para implementar a instalação com as características imaginadas no processo de concepção, ou seja, as diretrizes gerais que serão seguidas no projeto. Ao finalizar o anteprojeto, o solicitante deve ser consultado, verificando se este o aprova. Em caso positivo, passa-se a elaborar o projeto propriamente dito. Nesta etapa inicia-se a fase técnica, onde é necessário adotar-se soluções de compromisso entre os vários fatores envolvidos, pois, nem sempre, eles são compatíveis entre si. São exemplos, a segurança, a economia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também, o uso racional da energia elétrica. Em outras palavras, projetar uma instalação elétrica para qualquer tipo de prédio ou local, consiste basicamente em escolher, dimensionar e localizar de maneira adequada os equipamentos e outros componentes necessários, proporcionando a transferência de energia elétrica desde uma fonte até os pontos de utilização com as menores perdas possíveis. O projeto completo deve ser encaminhado para a aprovação do solicitante e da concessionária. Esta, por sua vez, o aprovará, o aprovará com ressalvas ou exigirá uma revisão completa ou parcial. 2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO Um projeto é a representação escrita de uma instalação e, portanto, consiste, basicamente, em um conjunto de desenhos e documentos. Desta forma, para a sua elaboração é fundamental que o projetista conheça e obtenha as normas, prescrições e regulamentos pertinentes ao fornecimento de energia elétrica e ligações telefônicas das concessionárias do local em que o imóvel será construído, bem como, as da ABNT, principalmente a NBR - 5410. Os itens que compõe um projeto elétrico completo em instalações de uso coletivo são: Memorial Descritivo; Memorial de Cálculo, compreendendo: Cálculo da demanda; Dimensionamento dos condutores; Dimensionamento dos condutos; Dimensionamento das proteções. Plantas Planta de localização; Planta de todos os pavimentos e das áreas comuns. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 38 Esquemas Verticais (Prumadas) Elétrica; Antena coletiva; Porteiro eletrônico; Instalações Complementares, tais como: alarme, segurança, iluminação de emergência, etc.). Quadros: Quadros de distribuição de cargas; Diagramas multifilares (ou unifilares). Detalhes: Entrada de serviço; Caixa seccionadora; Centros de medição; Pára-raios; Caixas de passagem; Aterramentos; Outros (conforme a necessidade). Simbologia e convenções; Especificações; Lista de Materiais. Comtais documentos, deve-se recolher uma ART junto ao CREA local e solicitar através de uma carta a aprovação da concessionária. 3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO Para se obter todos os itens que compõe um projeto elétrico deve-se empregar uma seqüência de procedimentos como os fornecidos e analisados a seguir. 3.1 – Obtenção de Informações Preliminares Esta etapa é grande importância para se elaborar um bom projeto. Nela, deve-se obter as informações necessárias das diversas fontes, com o maior grau de detalhamento possível, de maneira a estabelecer a concepção geral do projeto a ser desenvolvido. Elas são: Projeto arquitetônico Para efetuar um projeto elétrico é fundamental obter-se o projeto arquitetônico com as respectivas plantas, cortes, detalhes e fachadas, entre outros. Esta documentação fornece as dimensões, inclusive pé-direito, de todos os recintos e áreas externas, bem como a sua respectiva utilização, permitindo o traçado dos circuitos, a determinação dos caminhos onde eles serão implementados e a especificação dos materiais a serem utilizados. Figura 1 – Exemplo de projeto arquitetônico. Projetos complementares: Projeto estrutural, projetos de instalações sanitárias, de águas pluviais, de combate a incêndio, de sonorização e outros. Neste ponto, devem ser observadas possíveis restrições e interferências com vigas, pilares, espessura de lajes, cruzamento de tubulações, localização de prumadas e quadros. Observe-se que o projeto das instalações elétricas deve ser elaborado em harmonia com os demais projetos de utilidades do edifício [1]. Planta de localização Como dado básico de projeto, deve ser verificada a existência de rede de energia elétrica que possibilite atender a instalação a ser projetada, o tipo de fornecimento e possíveis pontos de derivação para o atendimento. Em geral, as concessionária exigem que constem nas plantas de centro de medição ou de transformação, a localização do imóvel com a distância do ramal de entrada ao ponto de entrega do consumidor e a sua situação. Observe-se que se a rede não existir ou a potência demandada prevista atingir níveis preestabelecidos elas citadas concessionárias, é necessário solicitar um estudo de ampliação de rede. Se ela for necessária, é prática usual o solicitante arcar com o custo desta ampliação. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 39 Figura 2 – Planta de localização do imóvel Informações obtidas com o proprietário, arquiteto ou responsável: É conveniente obter com o proprietário, arquiteto e/ou responsável pelo imóvel os detalhes de pontos de utilização conforme às suas necessidades, as possíveis cargas ou aparelhos especiais, como os de ar condicionado, aquecedor e outros, se há preferência pela utilização de determinadas linhas de materiais e sistemas de instalações; bem como se há previsão para futuros acréscimos de cargas, sistemas e utilização de alimentação elétrica de segurança. 3.2 – Simbologia e Convenções A elaboração de um projeto elétrico completo resulta no traçado de várias plantas. Para orientação do pessoal de obra e em consultas ao projeto, facilitando a localização de cada parte do conjunto de plantas, é importante que em todas as folhas de desenho haja um referencial, com o número e a descrição das demais folhas e o selo identificatório. A figura 3 ilustra o exposto, mostrando, adicionalmente, os campos indispensáveis que devem ser relacionados no selo. Figura 3 - Selo e referencial de desenhos Nestes desenhos, assim como em qualquer um, a utilização de legendas, a qual deve incluir a simbologia empregada, é fundamental para que seja possível a sua plena compreensão. A figura 4 fornece um exemplo. Figura 4 – Exemplo de Legenda com simbologia Eventuais notas serão escritas no rodapé das plantas ou logo acima do selo identificatório. Uma nota referente à isenção de responsabilidade técnica diante das alterações do projeto aprovado sem consentimento do autor, sempre deverá estar constando em pelo menos uma das folhas do desenho. Figura 5 - Exemplo de notas INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 40 3.3 - Quantificação do Sistema Com as informações e documentação obtidas, o projetista estará apto para efetuar uma previsão das cargas que serão utilizadas na instalação, tanto em termos da quantidade de pontos de utilização, quanto da potência nominal dos mesmos. Elas são: Iluminação; Tomadas de uso geral e específico; Cargas especiais tais como elevadores, bombas de recalque de água, de drenagem e de combate a incêndio. 3.5 - Determinação do Padrão de Atendimento: Quantificadas as cargas deve-se determinar, conforme estabelecido em normas específicas da concessionária, a: Demanda e categoria de atendimento de cada consumidor; Demanda do edifício e classificação da entrada de Serviço. 3.4 – Diagramas em Planta O diagrama em planta mostra fisicamente onde se colocar interruptores, tomadas, quadros de luz, condutores, eletrodutos, ou seja, a distribuição dos circuitos elétricos. Desta forma, permite a execução do projeto na obra civil. Este diagrama engloba: Desenho dos pontos de utilização; Localização dos Quadros de Distribuição de Luz (QL's) e Quadros de Força (QF's); Divisão das cargas em circuitos terminais; Desenho das tubulações dos circuitos terminais; Traçado da fiação dos circuitos terminais. Observe-se que devem ser traçados os diagramas de todos os pavimentos, incluindo o pavimento tipo, térreo, cobertura e áreas comuns no caso de condomínios. A figura 6 mostra parte de um diagrama em planta de uma determinada instalação. Figura 6 – Diagrama em planta (parte) – Distribuição elétrica INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 41 Normalmente inclui-se no diagrama em planta do pavimento térreo a localização do centro de medição, com o traçado da tubulação e fiação dos circuitos alimentadores. Figura 7 – Centro de medição (Exemplo) 3.5 – Especificação dos Componentes dos Circuitos Com o conhecimento das cargas e respectiva distribuição em circuitos, considerando as normas técnicas aplicáveis a cada caso e os catálogos de fabricantes, efetua-se a especificação de: Condutores; Tubulações; Dispositivos de proteção; e, Quadros. 3.6 - Quadros de Carga e Diagramas Unifilares Nesta etapa, são elaborados: Quadro de cargas que possuem a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos. Figura 8 – Quadro de cargas Diagrama unifilar, que é a representação de um sistema elétrico por uma de suas fases Este diagrama dá uma idéia bastante clara da alimentação de energia elétrica de uma instalação, de seus dispositivos de comando e proteção, bem como os valores nominais de todos os equipamentos. As figuras 9 e 10 ilustramo exposto para um determinado consumidor e o de toda a instalação (geral). Figura 9 – Diagrama unifilar de um consumidor Figura 10 – Diagrama unifilar geral 3.7 – Desenhos Complementares São desejáveis a elaboração de vários desenhos complementares, incluindo, principalmente detalhes construtivos, de modo a facilitar a interpretação do projeto. Observa-se que , quanto mais detalhado for um projeto, mais fielmente ele poderá ser executado. Os exemplos mais comuns destes desenhos são os de: Subestações ou estaleiros (se for o caso); Prumadas, que são a disposição vertical dos circuitos INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 42 Figura 11 – Prumadas – Esquemático de elétrica Detalhes de montagem da caixa de medição, com cortes, detalhes de postes, fiação, unifilares dos medidores; Figura 12 – Detalhe da caixa de medição Detalhes de montagem das caixas de distribuição e/ou seccionadoras (se houverem). Figura 13 – Caixa de distribuição – Vista frontal com porta fechada Figura 14 – Caixa de distribuição – Vista frontal com porta aberta INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 43 Figura 15 – Caixa de distribuição – Fiação padrão Figura 16 – Caixa de distribuição – Furação Detalhe do aterramento e poste Figura 17 – Detalhe do aterramento Figura 18 – Detalhe do poste 3.8 - Memorial Descritivo Também denominado memorial de execução, descreve sucintamente as instalações e justifica as opções adotadas. Composto, basicamente, por: Dados básicos de identificação do projeto; Dados quantitativos do projeto; Descrição geral do projeto; e, Documentação do projeto. 3.9 - Memorial de cálculo: Contém exatamente todos os cálculos realizados no projeto de modo a justificar as decisões tomadas e facilita quanto à possíveis modificações que ocorrerem durante a execução da obra. Consta de: Cálculos das previsões de cargas; Determinação da demanda; Dimensionamento de condutores; Dimensionamento de eletrodutos; Dimensionamento dos dispositivos de proteção. Tais dados na maioria dos casos é exigência obrigatória das concessionárias para a liberação e aprovação do projeto. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 44 Uma outra justificativa para a sua elaboração é que ocorre um intervalo de tempo entre a aprovação do projeto e a sua execução, bem como sempre existem modificações a serem feitas. Através do memorial de cálculos, poupa-se tempo em tentar-se lembrar como as eventuais modificações alteraram o projeto original. Como um parâmetro básico de procedimento, sugere-se que todas as correções efetuadas durante a execução sejam claramente indicadas nos desenhos, para que eles sejam um retrato fiel da instalação, facilitando o trabalho em alterações e manutenção futura. Um exemplo de memorial encontra-se no Anexo I. 3.10 - Relação de materiais É a descrição quantitativa e qualitativa dos materiais a serem utilizados na execução da obra. Os referidos materiais deverão ser listados em ordem alfabética e com itens em ordem crescente, com referência e códigos, e dois ou mais fabricantes. A Tabela 1 apresenta um exemplo para um sistema de bomba de incêndio. Item Material Descrição Qtd. Un Fabr. Preço Unt. (R$) Preço Tot. (R$) 01 Contator Principal Tensão 220 VCA; 32 A - ref. 3TF4422 01 pç Siemens 78,70 78,70 02 Relé Térmico 3UA5200 - 16/25 A 01 pç Siemens 28,48 28,48 03 Seccionador Chave tipo Cebel 36 A 01 pç Cebel 49,60 49,60 04 Caixa para Montagem Elétrica Código MA-041 - Alt. 400 mm - Larg. 300 mm Prof. 200 mm 01 pç Elsol 40,00 40,00 05 Fusível Tipo NH - 25 A ou Diazed 03 pç Siemens 4,25 12,75 06 Base para Fusível Tipo NH - 25A tala 00 ou Diazed 03 pç Siemens 4,16 12,48 07 Fusível Tipo Diazed 16 A 02 pç Siemens 0,51 1,02 08 Base para Fusível Tipo Diazed 16 A 02 pç Siemens 4,50 9,00 09 Botoeira liga / desliga Tipo quebra vidro e martelo - ABAC 0071 15 pç Ascael 19,00 285,00 10 Lâmpada Sinalização c/ tampa de acrílico 2 pç Blindex 1,00 2,00 11 Fio Elétrico Bitola 4 mm2 1000 V - Sintenax 400 m Pirelli 0,60 240,00 12 Botoeira Liga/desliga p/ painel 2 pç Blindex 5,00 10,00 Total 769,03 Tabela 1 – Exemplo de lista de material – Sistema de bomba de incêndio. 3.11 - ART Para a apresentação do projeto para a análise da concessionária e para o próprio acervo técnico do profissional, ele deverá recolher uma ART - Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA local. O valor a ser pago depende do cobrado para a elaboração do projeto. 3.12 - Análise da Concessionária As concessionárias, de uma forma geral, exigem avaliar a adequação do padrão de fornecimento, à entrada de serviço e à rede de alimentadores até a terminais (prumada). Portanto é necessário dar entrada do projeto, juntamente com a ART, para análise dos seus órgãos técnicos. Observa-se que a aprovação por parte da concessionária, em hipótese alguma, exime o projetista de sua responsabilidade técnica 3.13 - Revisão do Projeto (se necessário) O projeto pode ser aprovado, aprovado com restrições e reprovado. Nas duas últimas condições, é necessário providenciar adequações ou modificações para satisfazer as exigências da concessionária. O projeto, nesta situação, deve ser reapresentado para nova análise. 3.14 - Aprovação da Concessionária A aprovação da concessionária é o atestado de que o projeto das instalações está de acordo com os seus padrões e normas. Desta forma, o solicitante do projeto poderá efetuar a montagem das instalações e, posteriormente, o pedido de ligação à rede pública de distribuição de energia. 4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO Para se obter todos os itens que compõe um projeto elétrico completo de forma racional e organizada, sugere-se que seja adotado a seqüência de procedimentos fornecidas no fluxograma da figura 19. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 45 Figura 19 – Roteiro para a elaboração de um projeto elétrico. ReprovadoAprovado com Restrições Aprovado Início Informações Preliminares Obter: Projeto arquitetônico Projetos complementares Planta de localização Informações com o proprietário, arquiteto ou responsável Determinar Cargas Iluminação; Tomadas de uso geral e específico; Especiais Desenhar Quadro de Carga e Anotar as Cargas Correspondentes Distribuir Circuitos Determinar Demanda e categoria de atendimento de cadaconsumidor; Demanda do edifício e classificação da entrada de Serviço. Escolher Simbologia e Traçar Diagramas em Planta: Pavimento Tipo, Térreo e Outros, Áreas Comuns Especificar Condutores; Tubulações; Dispositivos de proteção; e, Quadros. Preencher Quadro de Carga e Traçar os Diagramas Unifilares Desenhar Complementos: Subestações ou estaleiros; Prumadas; Detalhes de montagem da caixa de medição Detalhes de montagem das caixas de distribuição e/ou seccionadoras Detalhe do aterramento e poste Elaborar o Memorial Descritivo Dados básicos de identificação do projeto; Dados quantitativos do projeto; Descrição geral do projeto; e, Documentação do projeto. Memorial de Cálculo Cálculos das previsões de cargas; Determinação da demanda; Dimensionamento de condutores; Dimensionamento de eletrodutos; Dimensionamento dos dispositivos de proteção. Recolher ART Dar Entrada do Projeto Concessionária Efetuar Alterações Análise Concessionária Fornecer toda a Documentação Para o Cliente Efetuar Montagem Relação de Materiais Fim INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 46 5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Observe-se que, toda informação que facilite a execução do projeto, bem como, todos os detalhes, devem ser incluídos nos desenhos e mencionados no memorial descritivo, preferencialmente. Quaisquer dúvidas deverão ser eliminadas, por mais simples que elas possam parecer, para que o executor tenha condições de implantar o proposto do modo em que ele foi concebido. O projeto é um dos investimentos de maior importância para se obter bons resultados finais em qualquer empreendimento. Sendo assim, o projetista deve ser extremamente criterioso e buscar soluções que possibilitem uma obra de qualidade ao menor custo possível. A qualidade é quesito fundamental no mercado competitivo do momento. Observe-se que ela deve se manifestar em todos os aspectos, não apenas em um projeto tecnicamente perfeito. Pode-se citar como exemplos de qualidade no projeto: a) Memorial descritivo bem elaborado, estruturado em capítulos, itens e sub-itens; b) Elaboração de lista de materiais com o maior número de informações possíveis; c) Especificação de componentes e equipamentos que possuam certificado da série ISO 9000; d) Desenhos realizados utilizando o “software” AutoCad ou semelhante. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Lima Filho, D.L. – “Projetos de Instalações Elétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 47 CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS "E porque não dissemos nada, não podemos dizer mais nada" Maiakowsky RESUMO Este capítulo apresenta metodologias para a previsão de cargas de uma instalação residencial ou comercial, incluindo os setores industriais não ligados à produção, escritórios, depósitos e outros. São consideradas as cargas referentes à iluminação e os vários tipos de tomadas. 1.0 - INTRODUÇÃO As cargas em instalações elétricas são aqueles referentes à iluminação e às tomadas, às quais solicitam da rede elétrica uma determinada potência. Em um projeto, é necessário que haja uma estimativa destas cargas, de forma que sejam definidas a potência, a quantidade e a localização de todos os pontos de consumo de energia elétrica da instalação. Para os sistemas de iluminação, emprega-se nesta estimativa os métodos do W/m2 ou o do lúmens. No caso das tomadas, elas são classificadas como de uso geral ou de uso específico em instalações prediais. As de uso geral destinam-se, usualmente, aos eletrodomésticos. As de uso específico, por outro lado, são empregadas para equipamentos de potência elevada e/ou que exijam instalação em local predeterminado, tais como, condicionadores de ar, chuveiros e torneiras, entre outros. Para edificações destinadas à habitação a NBR 5410 [1] estabelece os critérios para a estimativa das potências e quantidades de tomadas, enquanto que para as instalações comerciais e industriais não o faz. 2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO A iluminação em locais destinadas à habitações tais como pequenos escritórios, cômodos e dependências de unidades residenciais, geralmente não oferece maiores problemas, dispensando um projeto formal. No entanto, deve-se observar algumas condições básicas, ou seja: Todo recinto deve, necessariamente, conter pelo menos um ponto de luz comandado por interruptor na parede; Deve-se prever arandelas acima da pia e espelho em banheiros; As arandelas, conforme a NBR 5010, devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do boxe. A potência mínima para a iluminação com lâmpadas incandescentes sugerida pela NBR 5410, é: para: Recintos com área Quantidade Mínima Igual ou inferior a 6 m2 100 VA Superior a 6 m2 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros, desprezando-se valores inferiores Se as lâmpadas forem fluorescentes, pode-se utilizar 25 % dos valores citados. De forma a estabelecer um iluminamento médio de 100 lux para instalações residenciais e 150 lux para as não residenciais, emprega-se a densidade de carga (W/m2) fornecida a seguir. Tipo de local Incandescente Fluorescente Residências (todos os cômodos) 20 8 Atividades comerciais e escolas 30 12 Hotéis e semelhantes 20 8 Assim, a potência total das lâmpadas (PTL) é: 2 2 )( recinto do Área m WmPTL = (1) Caso se utilize lâmpadas fluorescentes alguns passos adicionais devem ser dados, ou seja: Determinar o número de lâmpadas (nLAMP) através de: LAMP n LAMP P P n = (2) Onde LAMPP é a potência da lâmpada escolhida. Se o resultado for um número impar, deve-se utilizar o número par imediatamente superior, de forma que as luminárias e o reator possam ser duplos. O reator deve ser duplo devido ao fato de que possui um fator de potência maior que o simples; Determinar em um catálogo a potência de um reator para cada par de lâmpadas. Calcular a potência elétrica total considerando lâmpadas e reatores. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 48 3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS Para grandes áreas, é conveniente empregar-se o “método dos rendimentos” para o cálculo da carga total e número de lâmpadas fluorescentes. O seu objetivo básico é o de obter o fluxo luminoso necessário para obter um determinado iluminamento médio. Os seus procedimentos são descritos em capítulo específico sobre projetos de iluminação. 4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO A NBR 5410 estabelece o número mínimo de tomadas e as respectivas cargasmínimas, apenas para residências, acomodações de hotéis, motéis e similares, ou seja, para edificações com fins de habitação. 4.1 – Tomadas de uso específico No caso de tomadas de uso específico deve-se determinar as potências dos aparelhos que elas alimentarão. O número de tomadas, evidentemente, é igual ao de aparelhos. Note-se que, a potência prevista para as tomadas deve ser a nominal do aparelho a ser alimentado, ou, quando esta não for conhecida, uma estimativa da maior carga com possibilidade de ser ligada à elas. A tabela 2 apresenta alguns valores típicos de potência de vários aparelhos. Aparelho Carga (W) 50 a 100 1.000 150 a 200 1.250 250 1.500 300 a 350 2.000 Aquecedor de Água Central capacidade em litros de 400 2.500 Aquecedor de Água Local 4.000 a 8.000 Aquecedor (Ambiente) 700 a 1.300 Cafeteira 1.000 Chuveiro 3.000 a 8.800 Congelador (Freezer) 350 a 500 Copiadora (Tipo Xerox) 1.500 a 6.500 Exaustor (para cozinha) 300 a 500 Ferro de Passar Roupa 400 a 1650 Forno de Microondas 700 a 2000 Forno Residencial 4.500 Freezer (congelador) 300 a 550 Geladeira doméstica 150 a 550 Lavadora de prato 1.200 a 1.800 Lavadora de roupa 750 a 1.800 Secador de Cabelos 500 a 1 200 Secador de Roupa 4.000 a 6.000 Torneira 2.500 a 3.200 Torradeira 500 a 1.200 Triturador de lixo 300 a 600 Observe-se que, as tomadas para utilizações especificas, devem ser instaladas a, no máximo, 1,5 m do local previsto para o aparelho. 4.2 – Tomadas de uso geral Para as tomadas de uso geral adota-se como base para o cálculo da carga uma potência de 100 VA e as suas quantidades mínimas são para: Recinto Quantidade Mínima Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2 No mínimo 1 tomada Cômodos ou dependências com mais de 6m2 No mínimo 1 tomada para cada 5m ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível Subsolos, varandas, garagens ou sótãos 1 tomada independente da área, pelo menos Banheiros 1 tomada junto à pia, com uma distância mínima de 60 cm do boxe, independente da área. 4.3 – Tomadas em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço e lavanderia Para estes recintos, a quantidade mínima de tomadas é de: 1 tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima de cada bancada ou largura igual ou inferior a 30 cm deve ser prevista pelo menos 1 tomada. Neste caso, obrigatoriamente, até 3 tomadas devem ser consideradas com potência de 600 VA. e, as excedentes, 100 VA por tomada. 5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS Em relação à escritórios comerciais (ou locais análogos) e lojas a NBR 5410 [1] não traz quaisquer referências quanto ao número mínimo de tomadas de uso geral. Entretanto, sugere-se que, nestes locais, seja atribuída a carga de 180 VA por tomada, no mínimo. 5.1 – Quantidade de tomadas em escritórios comerciais ou locais análogos Nos escritórios com áreas iguais ou inferiores a 40 m2, a quantidade de tomadas seja calculada baseando- se no critério que resultar no maior número de tomadas, escolhido entre: 1 tomada para cada 3 m, ou fração, de perímetro, ou 1 tomada para cada 4 m2, ou fração, de área, distribuídas tão uniformemente quanto possível. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 49 Para escritórios com áreas superiores a 40 m2, a quantidade de tomadas deve ser calculada tomando como base o seguinte critério: 10 tomadas para os primeiros 40 m2; e, 1 tomada para cada 10 m2, ou fração, de área restante, distribuídas tão uniformemente quanto possível; 5.2 – Quantidade de tomadas em lojas Em lojas devem ser previstas tomadas em quantidade não inferior a: 1 tomada para cada 30m2, ou fração, não computadas as tomadas destinadas à ligação de lâmpadas, as tomadas de vitrinas e as destinadas à demonstração de aparelhos; 6.0 – AR CONDICIONADO A determinação das tomadas para condicionadores de ar se diferencia de outras cargas, pois depende do ambiente no qual será instalado. Em [2] é apresentado um processo que permite levantar a carga térmica do local a ser condicionado. Entretanto, conforme [3], para uma noção dos valores a serem utilizados pode-se, alternativamente, utilizar-se os valores fornecidos na tabela a seguir no que for possível. Tipos de Prédio Densidade de Carga (VA/m2) Bancos 70 Lojas (Magazines) 30 – 100 Hotéis 60 Prédio de Escritórios 60 Centrais Telefônicas 70 – 80 Pequenas Lojas 40 – 120 Restaurantes (não incluindo a Cozinha) 80 A tabela a seguir fornece os valores típicos das potências e capacidades térmicas de condicionadores de ar conforme [4]. Potência (VA) Potência (W) Capacidade (BTU/h) 1.100 900 7.100 1.550 1.300 8.500 1.650 1.400 10.000 1.900 1.600 12.000 2.100 1.900 14.000 2.860 2.600 18.000 3.080 2.800 21.000 4.000 3.600 30.000 7.0 – OUTRAS CARGAS Em prédios com vários andares deve-se prever um alimentador para elevadores. Em geral, esta informação é fornecida pelo próprio fabricante. De qualquer forma, a referência [2] fornece uma metodologia para o cálculo da potência necessária. Para bombas de incêndio a situação é semelhante. Neste caso, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar fornece a potência do motor, conforme suas especificações e exigências. As bombas de recalque, por outro lado, devem ser especificadas e, para tanto, sugere-se o procedimento desenvolvido em [2]. O mesmo é válido para a especificação de aquecedores elétricos centrais. 8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA Algumas concessionárias de energia elétrica adotam critérios diferentes, as quais, praticamente, levam aos mesmos resultados. As do Estado de São Paulo, por exemplo, adotam o número mínimo de tomadas em função da área construída da edificação. A tabela a seguir, retirada de [4], exemplifica. Área Total (m2) Tomadas (100 W) Tomadas Cozinha (600 W) Total ≤ 8 1 1 2 >8 e ≤ 15 3 1 4 >15 e ≤ 20 4 2 6 > 20 e ≤ 30 5 2 7 > 30 e ≤ 50 6 3 8 > 50 e ≤ 70 7 3 10 > 70 e ≤ 90 8 3 11 > 90 e ≤ 110 9 3 12 > 110 e ≤ 140 10 3 13 > 140 e ≤ 170 11 3 14 > 170 e ≤ 200 12 3 15 > 200 e ≤ 220 13 3 16 > 220 e ≤ 250 14 3 17 9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS Em quaisquer das situações, para efeito de cálculo, tanto de quantidade como de potência, as tomadas duplas e triplas montadas em uma mesma caixa devem ser computadas como uma única. 10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS De forma a facilitar a divisão de circuitos, seu traçado em planta e posterior especificação dos vários componentes da instalação, é conveniente elaborar um quadro ou tabela de previsão de cargas. Tal quadro, como mostrado a seguir, deve conter o nome do recinto, suas dimensões, as cargas referentes à iluminação, as tomadas de uso geral, bem como, as de uso específico. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 50 Dimensões Iluminação Tom. Uso Geral Tom. Uso Esp. Recinto Área (m2) Perim. (m) Qtd. de Pontos Potência Unit. (VA) Potência Total (VA) Qtd. de Pontos Potência Unit. (VA) Potência Total (VA) AparelhoPotência (W) Totais 11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES A figura 1 mostra a planta baixa de uma pequena residência. Figura 1 – Planta baixa de uma residência 11.1 – Cargas de Iluminação Utilizando-se como exemplo a sala, tem-se, para uma área de 15,01 m2: 6 m2 (primeiros) - 100 VA; 4 m2 (subsequentes) - 60 VA; 4 m2 (subsequentes) - 60 VA; 1,01 m2 - desprezado; Total 15,01 m2 - 220 VA. Portanto, a potência prevista para a iluminação da sala é de 220 VA. Como, apesar de normalizado, este valor é superdimensionado, adotar-se-á 200VA. Na cozinha, por outro lado, é comum o emprego de lâmpadas fluorescentes. Neste caso, tem-se: uma área de 15,01 m2: 6 m2 (primeiros) - 100 VA; 4 m2 (subsequentes) - 60 VA; 2,51 m2 - desprezado; Total 12,51 m2 - 160 VA. Como tem-se lâmpadas fluorescentes: 25% de 160 VA = 40 VA. Ou 2 lâmpadas de 20 VA. As lâmpadas necessitam de um reator, cuja potência deve ser obtida em um catálogo. Neste caso, o valor típico é de 20 VA. Assim, a potência total prevista é de 60 VA. 11.2 – Tomadas de Uso Geral A área da sala é superior a 6 m2 e, em sendo assim, emprega-se o cálculo através do perímetro. Como ele é de 15,50 m tem-se: 15,50/5 = 3,1 ou 4 tomadas. Se o recinto fosse a cozinha, o perímetro é 14,20 m, o que resulta em: 14,20/3,5 = 4,057 ou 4 tomadas. Neste caso, 3 tomadas seriam, obrigatoriamente, de 600 VA. A quarta, por sua vez, será de 100 VA ou a correspondente à uma carga específica. 11.3 – Tomadas de Uso Específico Pode-se prever várias tomadas para cargas específicas, como o chuveiro no banheiro. Observe-se que, na cozinha, a quarta tomada citada no item anterior, poderia ser utilizada na alimentação de um forno de microondas, por exemplo. 11.4 – Quadro de Distribuição de Cargas O quadro de distribuição de cargas para a residência em análise é o mostrado a seguir: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 51 Dimensões Iluminação Tom. Uso Geral Tom. Uso Esp. Recinto Área (m2) Perim. (m) Qtd. de Pontos Potência Unit. (VA) Potência Total (VA) Qtd. de Pontos Potência Unit. (VA) Potência Total (VA) Aparelho Potência (W) Sala 15,01 15,50 1 200 200 4 100 400 Cozinha 12,51 14,20 1 60 60 3 600 1.800 Microndas 1.500 1 100 100Banheiro 4,05 8,40 1 60 60 1 100 100 Chuveiro 6.200 Dorm. 1 14,40 15,40 1 200 200 4 100 400 Dorm. 2 13,72 15,00 1 200 200 3 100 300 Totais 59,69 68,50 6 820 15 3.000 2 7.200 12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS Supondo-se uma sala comercial com dimensões 3,5 x 3,1 m, tem-se que a sua área é 10,85 m2 e o seu perímetro é de 13,2 m. Desta forma, aplicando-se os procedimentos correspondentes, resulta: a) 4,4 3 2,13 3 === perimetro Tomadas b) 71,2 4 85,10 4 === ÁreaTomadas O maior valor é o do item a e, portanto, deve-se ter, no mínimo, 5 tomadas. Observa-se a conveniência de se prever uma tomada para computadores e periféricos, devido à disseminação do uso destes equipamentos. A tomada é específica de 1.000 VA em média e possuirá dois pólos e o terra. Para a utilização de um aparelho de ar condicionado, tem-se ÁreaacdeDensidadePotência *arg = ou: VA 65185,10*60 ==Potência Como se verifica na tabela correspondente, o equipamento com valor mais próximo é 7100 BTU/h, com potência de 1100 VA e 900 W. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR- 5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT, 1988; [2] - Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas - Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard Blücher LTDA., 1983; [3] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac- Graw Hill, 1982, 2a. ed.; [4] - CESP/CPFL/ELETROPAULO - "Norma Técnica Unificada NTU.01 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária a Edificações Individuais" - São Paulo, 1995. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 6: Distribuição de Circuitos e Quadro de Cargas - 52 CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS “Há coisas que ainda não são verdadeiras e que, talvez, não tenham o direito de serem verdadeiras, mas o poderão ser amanhã. Fazemos parte desse amanhã”. Jung RESUMO Este capítulo apresenta os critérios para a alocação das cargas de uma instalação elétrica em vários circuitos. 1.0 - INTRODUÇÃO Após a definição da quantidade de pontos de luz e tomadas, ou seja das cargas previstas para a instalação, o projetista deve distribuí-las em vários circuitos. Esta divisão possui como objetivos fundamentais: Restringir os efeitos de uma falta qualquer, (por exemplo, um curto-circuito), isolando e desligando o circuito defeituoso; Facilitar a manutenção dos circuitos; Reduzir as correntes e, em conseqüência, as bitolas dos condutores e quedas de tensão; Facilitar a passagem dos condutores em eletrodutos e as suas ligações às várias cargas; Diminuir a capacidade nominal dos dispositivos de comando e proteção; Evitar que haja o desligamento total da instalação, como no caso em que haja uma falta em um único circuito. 2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS Como se sabe, um circuito elétrico é o conjunto de cargas alimentadas pelos mesmos condutores e protegidos pelo mesmo dispositivo de proteção. Observe-se que esta definição é válida tanto para a alimentação do sistema de iluminação, quanto para as tomadas de uso geral e de uso específico, indistintamente. Tais circuitos devem sempre se originar no quadro de distribuição geral (QD), como nos exemplos das figuras a seguir [1]. Figura 1 – Exemplo de circuitos internos [1] Figura 2 – Exemplo de circuito de iluminação [1] Figura 3 – Exemplo de circuito de tomada de uso geral [1] INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 6: Distribuição de Circuitos e Quadro de Cargas - 53 Figura 4 – Exemplo de circuito de tomada de uso específico [1] 3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS Algumas condições são importantes para se determinar a quantidade de circuitos, ou seja: O seu número não deve ser inferior a um circuito para cada 60 m2 ou fração em edificações com fins habitacionais; Idem, para cada 50 m2 ou fração em lojas e escritórios; A menor bitola permitida para condutores pela NBR 5410 [2] é de 1,5 mm2, que permite a condução de 15,5 A a 300 C de temperatura ambiente, três condutores por eletroduto e isolamento de PVC 700 C; Os circuitos devem ser distribuídos entre as fases de forma a mais equilibrada possível. Considerando-se o exposto, sugere-se que na distribuição dos circuitos adote-seos seguintes procedimentos: As tomadas e pontos de iluminação devem ser agrupados em locais fisicamente próximos, para evitar excesso de cabos e, em conseqüência, aumento de custos, não só dos próprios cabos, mas principalmente da mão de obra; Deve haver um circuito específico para as três tomadas de 600 VA relativas à cozinha, copa-cozinha e área de serviços; Além disto, cada tomada para fins específicos deve ter seu próprio circuito. Agrupar as tomadas de 100 VA e iluminação em circuitos de até 1.400 VA. Nestas condições, a bitola dos cabos a serem utilizados é de 2,5 mm2 em 127 V. Note-se que a bitola resultante é superior à mínima exigida por norma. Este procedimento permite grande uma folga no circuito. Ela é necessária como garantia, pois o usuário comum nunca atentará para qual é a potência admissível de uma tomada ou de uma lâmpada. Observe-se que o preço de cabos com bitolas de 1,5 mm2 e o de 2,5 mm2 são muito próximos, não implicando em grandes ônus para o custo final da instalação; Como critério básico, deve-se sempre separar- se os circuitos de iluminação daqueles relativos às tomadas de uso geral e específico. 4.0 – QUADRO DE CARGAS Os Quadro de Cargas possuem a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos. Facilita o traçado dos circuitos em planta, bem como, o dimensionamento da proteção e bitolas dos cabos. A tabela 1 sugere os quesitos a considerar no construção deste quadro, exemplificando para a instalação analisada no capítulo anterior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”. São Paulo, 1996. [2] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR- 5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT, 1988. QUADRO DE CARGAS Lâmpadas Tom. UG Pot. Tensão Prot. Cabo Circuito 20 40 60 100 Reator 100 600 Tom. UE (W) (V) (A) (mm 2) Notas 01 02 01 07 01 (20 W) 820 127 02 12 1.200 127 03 03 1.800 127 Cozinha 04 01 1.500 127 Microondas 05 01 6.200 220 Chuveiro Totais 02 01 07 01 12 03 02 11.520 220 Tabela 1 – Quadro de Cargas (sugestão) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 54 CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS “Quem nos entende, pode nos transformar”. Henry Drummond RESUMO Este texto apresenta a simbologia empregada em desenhos ou diagramas elétricos, associando-a com a montagem de instalações. 1.0 - INTRODUÇÃO Para o projetista transmitir o que idealizou para seu projeto deve localizar em planta todos os pontos de utilização de energia elétrica e telefonia. De forma a ser facilmente compreendido, é necessário empregar uma simbologia gráfica. Apesar da norma “NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais” da ABNT, definir tal simbologia, o fato é que não há propriamente uma simbologia padrão a ser adotada, sendo que ela varia de projetista a projetista. Sendo assim, é fundamental que ela seja definida no início do projeto e indicada através de legendas na folhas dos desenhos que o compõem. 2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS Para a instalação de tomadas, interruptores e quadros em paredes, existem algumas medidas ideais. O nível mais baixo nunca deve ser cogitado em áreas molhadas e o mais alto, é conveniente para bancadas de trabalho ou chuveiros. A figura 1 ilustra as cotas. Figura 1 – Cotas para a montagem de componentes 3.0 - SIMBOLOGIA Neste texto será adotada a simbologia básica dada na figura 2. Figura 2 – Simbologia adotada As figuras 3 a 10 auxiliam na compreensão, pelo menos parcialmente, da simbologia adotada. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 55 Figura 3 – Quadro de distribuição Figura 4 - Pontos de luz. Figura 5 – Tomadas Figura 6 – Interruptores Figura 7 – Interruptores paralelos (Three way) Figura 8 – Campainhas e pulsadores INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 56 Figura 9 – Eletrodutos Figura 10 – Condutores Em relação aos condutores, tem-se que eles são encontrados nas mais diversas cores, mas é conveniente que se dê preferência para a padronização da ABNT, ou seja: Condutores vivos, ou seja, aqueles correspondentes às fases, devem ser das cores vermelho, branco e preto. O preto é destinado para a terceira fase e é raramente utilizado em instalações residenciais; Condutor de retorno, de cor preta; Condutor neutro, deve ser de cor azul; Condutor de proteção ou terra, de cor verde ou verde amarelo. Figura 11 – Condutores e cores 4.0 - COMANDO DE LAMPADAS Para que uma instalação forneça conforto para seus usuários sempre que se desejar acender uma lâmpada, deverá existir um interruptor em um local acessível e próximo. Baseando-se nesta idéia, é conveniente que eles estejam instalados nas entradas e saídas dos recintos que se deseja utilizar em distâncias superiores a 2 metros uns dos outros. A figura 12, mostra o comando de lâmpadas a partir de um único ponto. Figura 12 – Comando de lâmpadas a partir de um ponto – interruptor simples. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 57 Em planta, as ligações são representadas como na figura 13. Figura 13 - Comando de lâmpadas a partir de um interruptor simples – Diagrama em planta Observe-se que o condutor que se inicia no interruptor em direção à lâmpada é chamado de retorno. A figura 14, por outro lado, ilustra a ligação de lâmpadas utilizando-se um interruptor de duas seções. Figura 14 – Comando de lâmpadas a partir de um ponto – interruptor de duas seções. Em alguns casos, é necessário que o comando de um mesmo conjunto de lâmpadas seja realizado de dois pontos distintos. Como visto anteriormente, para que isto seja possível, utiliza-se o interruptor paralelo ou, como conhecido no jargão técnico, “three way”. Figura 15 - Comando de lâmpadas a partir de dois pontos – interruptor paralelo (tree-way) A figura 16 mostra um exemplo de diagrama em planta. Figura 16 - Comando de lâmpadas a partir de dois pontos com interruptor paralelo (three-way) – Diagrama em planta INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 58 Se, por outro lado, desejar-se ligar uma lâmpada de três ou mais pontos deve-se empregar o interruptor intermediário, como mostrado na figura 17. Figura 17 – Interruptor intermediário Nos caso de ligações de lampas exteriores, pode- se utilizar as ligações mostradas na figura 18. Figura 18– Ligação de lâmpadas em exteriores. 5.0 - TOMADAS As ligações de tomadas são as mostradas nas figuras a seguir. Figura 19 – Tomadas em um mesmo circuito Figura 20 – Tomada monofásica Figura 21 – Tomada bifásica INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 59 6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA A figura 22 exemplifica a ligações de lâmpadas, tomadas e interruptores em uma planta. Figura 22 – Diagrama em planta da instalação de uma sala comercial NOTA IMPORTANTE GRANDE PARTE DOS DESENHOS FORAM EXTRAÍDOS OU EDITADOS DE: CESP/PIRELLI – “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS”. SÃO PAULO, 1996. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 60 CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas hábito” Aristóteles RESUMO Este texto fornece um roteiro para o traçado em planta da distribuição elétrica interna de uma instalação residencial ou comercial. 1.0 - INTRODUÇÃO Como analisado em capítulo anterior, o projeto é um dos investimentos de maior importância para se obter bons resultados finais em qualquer empreendimento. Assim, é necessário que o projetista desenvolva uma sistemática de trabalho. Evidentemente, podem ser adotados vários caminhos para tanto. Qualquer que seja a filosofia adotada, o projetista deve localizar em planta todos os pontos de utilização de energia elétrica e telefonia, empregando os as respectivas características nominais previstas anteriormente. Assim, com o projeto arquitetônico da instalação em mãos pode-se executar a planta correspondente à distribuição elétrica. 2.0 – EXEMPLO A seqüência mostrada, a seguir fornece os procedimentos, devidamente ilustrados para o traçado do diagrama em planta. Considera-se o pavimento tipo de um prédio de apartamentos. Locar quadro de disjuntores no apartamento INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 61 Locar pontos de iluminação e interruptores Locar tomadas INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 62 Traçar a distribuição dos eletrodutos Identificar os circuitos elétricos INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 63 Locar os pontos de telefone Locar os pontos de interfone e televisão (se houverem) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 64 Repetir o processo para os demais apartamentos Repetir o processo para as áreas comuns INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas _________________________________________________________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 65 Resultado final INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 66 CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS CIRCUITOS INTERNOS “Aqueles que aprendem lentamente supõe que a lentidão é a essência do conhecimento.” Nietzsche RESUMO Este capítulo apresenta os critérios para a especificação de condutores, eletrodutos e proteção dos circuitos de distribuição internos de uma instalação elétrica residencial ou comercial. 1.0 - INTRODUÇÃO O dimensionamento, a especificação e construção do ramal interno e das instalações elétricas internas da unidade consumidora devem atender às prescrições da NBR-5410 da ABNT [1] em sua última revisão/edição. Naturalmente, esta atividade se constitui de extrema importância para a segurança e bom desempenho da instalação. A determinação da bitola (seção transversal) dos condutores deve atender três critérios básicos, ou seja: a) Capacidade de condução de corrente (Ampacidade); b) Quedas de tensão devido a utilização do condutor; e, c) Capacidade de suportar curto-circuitos. Além disto, influenciam a temperatura ambiente, a forma de instalação dos condutores e o tipo de isolante. Em instalações residenciais e comerciais, tem-se como características: a) Pequenas distâncias, em geral. Assim, o critério de queda de tensão pode ser desconsiderado normalmente; b) Os cabos de baixa tensão suportam grandes esforços de curto-circuito e, portanto, é dispensável a verificação deste quesito na determinação das bitolas; c) Na maioria dos casos, o eletroduto flexível ou rígido é empregado; d) O isolante dos condutores, na maioria absoluta dos casos, é o PVC. Desta forma, considerando estes aspectos, será adotado, para este tipo de instalação, o procedimento para o dimensionamento de condutores, eletrodutos e proteção dos circuitos mostrados a seguir. 2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 2.1 – Bitolas Mínimas De acordo com a NBR 5410 [1], as bitolas mínimas para os condutores são: Tipo de circuito Seção mínima (mm²) Iluminação 1,5 Força (Uso geral ou específico) 2,5 Tabela 1 – Seção (bitola)Mínima dos Condutores, conforme ABNT [1] Entretanto, por segurança, é conveniente utilizar- se os seguintes limites: Circuitos Seção mínima (mm²) Potência até 1.400 VA 2,5 Chuveiros e cargas resistivas para aquecimento em geral 4,0 Outros 2,5 Tabela 2 – Seção (bitola) Mínima dos Condutores (adotado) 2.2 – Determinação das Bitolas As bitolas podem ser dimensionadas, calculando-se a corrente do circuito, ou seja: Tensão arentePotênciaAp I circuito = (1) http://www.abnt.org.br/ http://www.abnt.org.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 67 A presença de vários condutores sendo percorridos por corrente (carregados) em um mesmo eletroduto resulta em uma elevação de temperatura, a qual pode ser superior à admissível pelo isolamento. Neste caso, a suas vidas úteis serão diminuídas, comprometendo a segurança da instalação. Para não ser necessário limitar a corrente do circuito, é conveniente nesta situação sobredimensionar os condutores. Desta forma, deve-se verificar o número de circuitos que serão lançados nos eletrodutos e, em função deles, corrigir a corrente para a especificação através da tabela 3. Número de Circuitos Fator de Agrupamento 1 1,00 2 0,8 3 0,7 4 0,65 5 0,60 6 0,56 7 0,55 Tabela 3 – Fatores de Agrupamento A corrente corrigida é: upamentoFatordeAgr I I circuito= (2) Com o valor obtido, verificar a bitola na tabela 4. Seção (mm2) Corrente Máxima (A) 1 12,0 1,5 15,5 2,5 21,0 4 28,0 6 36,0 10 50,0 16 68,0 25 89,0 35 111,0 50 134,0 70 171,0 Tabela 4 – Ampacidade 2.3 – Bitolas dos Condutores do Neutro e Terra As bitolas dos condutores correspondentes ao Neutro e ao Terra (Proteção) serão iguais aos dos circuitos a que se referem, até 35 mm2 e 25 mm2, respectivamente. A partir destes valores, as bitolas são as fornecidas nas tabelas 5 e 6. Seção dos Condutores (mm2) Seção do Neutro (mm2) 35 25 50 25 70 35 95 50 Tabela 5 – Bitolas para o condutor Neutro. Seção dos Condutores (mm2) Seção do Condutor de Proteção (mm2) 25 16 35 16 50 25 70 35 95 50 Tabela 6 – Bitolas para o condutor Terra. 3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS De modo que haja uma maior dissipação de calor e permitir um eventual lançamento de condutores no futuro, é recomendável que esses ocupem uma área de 40 % da do eletroduto, como ilustrado na figura 1. Figura 1 – Ocupação de eletroduto. Após a decisão sobre o seu tipo, se flexível ou rígido, para cada trecho de eletroduto deve-se: a) Contar o número de condutores contidos no trecho na planta do projeto; b) Verificar qual é a maior seção destes condutores. Adotando-se que todos os condutores possuem bitolas iguais a maior delas, deve-se consultar a tabela 7 para se obter o tamanho nominal do eletroduto adequado a este trecho. Tal atitude, praticamente, garante a reserva de 60 % de área citada. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 68 Número de Condutores no Eletroduto 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Seção Nominal (mm2) Tamanho Nominal do Eletroduto (mm) 1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20 2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25 4 16 16 20 20 20 25 25 25 25 6 16 20 20 25 25 25 25 32 32 10 20 20 25 25 32 32 32 40 40 16 20 25 25 32 32 40 40 40 40 25 25 32 32 40 40 40 50 50 50 35 25 32 40 40 50 50 50 50 60 50 32 40 40 50 50 60 60 60 75 70 40 40 50 60 60 60 75 75 75 95 40 50 60 60 75 75 75 85 85 120 50 50 60 75 75 75 85 85 - 150 50 60 75 75 85 85 - - - 185 50 75 75 85 85 - - - - 240 60 75 85 - - - - - - Tabela 7 – Diâmetros de eletrodutos em função das bitolas e números de condutores 4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO Conforme a NBR 5410 [1], os condutores vivos devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de seccionamento automático contra sobrecargas e contra curtos-circuitos. Tais proteções devem ser devidamente coordenadas, de modo que a energia que o dispositivo de proteção contra curtos-circuitos deixa passar, por ocasião de um curto, não seja superior á que pode suportar, sem danos, o dispositivo de proteção contra sobrecargas. Para a realização destas proteções, nas instalações modernas emprega-se os disjuntores termomagnéticos ou o residual diferencial. Neste casos, a norma recomenda que a utilização de disjuntor diferencial residual de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a: a) tomadas de corrente em cozinhas, lavanderias, locais com pisos e/ou revestimentos não isolantes e áreas externas; b) tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam alimentar equipamentos de uso em áreas externas; c) aparelhos de iluminação instalados em áreas externas. E, a partir de janeiro de 1999, a ABNT determinou que a utilização de proteção diferencial residual (disjuntor) de alta sensibilidade é obrigatória em: a) instalações alimentadas por rede de distribuição pública em baixa tensão, onde não puder ser garantida a integridade do condutor PEN (proteção e neutro); b) circuitos de tomadas de corrente em banheiros. Os demais circuitos poderão ser protegidos por disjuntores termomagnéticos. De modo que haja a coordenação entre os condutores e o dispositivo de proteção em termos de sobrecarga, a NBR 5410 [1] estabelece que a corrente nominal do disjuntor deve ser maior que a corrente do circuito e menor ou igual à capacidade de condução de corrente dos condutores. Em relação ao curto-circuito, a capacidade de ruptura do disjuntor e tempos de atuação são, em geral, adequados neste tipo de instalação, se respeitada a condição anterior. Desta forma, como regra prática, emprega-se que a corrente nominal do disjuntor deve ser igual, ou com valor maior mais próximo do padronizado, a 125 % da corrente do circuito. As correntes nominais de disjuntores termomagnéticos são: 10 A; 15 A; 20 A; 25 A; 35 A; 50 A; 60 A; 70 A; 90 A; e, 100 A Os diferenciais residuais da Siemens, por exemplo, apresentam as seguintes correntes nominais: 16 A; 20 A; 25 A; 35 A; 50 A; 63 A Eles podem ser bi ou tetrapolares com correntes nominais de fuga de 30 ou 300 mA e 10 kA de capacidade de ruptura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - “NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Procedimento”. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 69 CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG) "Os números não mentem, mas os mentirosos fabricam números." Itamar Franco RESUMO Este capítulo apresenta os procedimentos para a determinação da potência prevista para o uso efetivo na instalação, fornecendo subsídios para a especificação das bitolas de cabos, da proteção e determinação da categoria de atendimento do consumidor. 1.0 - INTRODUÇÃO Em uma instalação, verifica-se estatisticamenteque todas as cargas unitárias não operam de forma simultânea, ou seja, enquanto algumas trabalham à plena carga, outras encontram-se desligadas. Sendo assim, apenas o conhecimento da potência total não reflete o comportamento da instalação e, naturalmente, as correntes envolvidas serão inferiores à que existiriam, caso a instalação exigisse a potência total. Desta forma, após a quantificação das citadas cargas é necessário determinar a potência que será efetivamente fornecida à instalação. Para tanto existem vários critérios Observa-se que as concessionárias estabelecem critérios e valores diferentes para os vários fatores envolvidos. Pelo exposto, é imprescindível que o projetista consulte as normas específicas sobre o assunto da concessionária do local onde o projeto será implantado. Observe-se que os critérios descritos neste texto são específicos para a CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais S/A. 2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES Alguns termos e definições são de uso corrente em relação a este assunto, sendo os mais importantes: Potência ou Carga Instalada é a soma das potências de todos os aparelhos e equipamentos elétricos (ou cargas elétricas) do consumidor‚ dada em KW ou KVA; Demanda é a potência elétrica média solicitada por um equipamento, circuito ou pela instalação do consumidor em um intervalo de tempo definido; Demanda Média: A demanda média é a relação entre a energia elétrica ativa consumida em um determinado intervalo de tempo e o número de horas deste intervalo; sendo assim, chamando-se o consumo de "C" e "T" o período, tem-se: D C Tmed = (1) onde: Dmed é a demanda média. Demanda Máxima Medida: É a maior demanda verificada por medição em qualquer intervalo de 15 minutos, durante o período de faturamento. Fator de Demanda é a relação entre a demanda máxima média e a potência instalada, ou seja: inst máx d P D f = (2) 3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS Para a CEMIG, o dimensionamento da entrada de serviço das unidades consumidoras urbanas com carga instalada superior a 15 kW deve ser feito pela demanda provável da edificação, cujo valor pode ser igual ou inferior a sua carga instalada [1]. Para potências instaladas inferiores a este limite, ela será a demanda do consumidor. A metodologia sugerida é subjetiva, pois é necessário imaginar quais tipos de eletrodomésticos o consumidor irá utilizar ao longo do tempo, além das cargas de uso específico Desta forma, para o cálculo da demanda total sugere a seguinte expressão: fedcbaD +++++= (3) Onde: “D” é a demanda provável em kVA; “a” é demanda referente a iluminação resultante da aplicação dos fatores de demanda fornecidos pela tabela 1 no caso de consumidores residenciais e da tabelas 2 para os não residenciais. http://www.cemig.com.br/ http://www.cemig.com.br/ http://www.cemig.com.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 70 Carga instalada (CI) em kW Fator de Demanda [%] CI ≤ 1 86 1 < CI ≤ 2 81 2 < CI ≤ 3 76 3 < CI ≤ 4 72 4 < CI ≤ 5 68 5 < CI ≤ 6 64 6 < CI ≤ 7 60 7 < CI ≤ 8 57 8 < CI ≤ 9 54 9 < CI ≤ 10 52 CI > 10 45 Tabela 1 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas - Unidades consumidoras residenciais. Descrição Fator de Demanda [%] Auditórios, Salões para exposição, Cinema e Semelhantes 100 Bancos, Lojas e Semelhantes 100 Barbearias, Salões de Beleza e Semelhantes 100 Clubes e Semelhantes 100 Escolas e Semelhantes 100 para os primeiros 12 KVA 50 para o que exceder 12 KVA Escritórios e Salas Comerciais 100 para os primeiros 20 KVA 70 para o que exceder 20 KVA Garagens Comerciais e Semelhantes 100 Restaurantes, Bares, Padarias e Semelhantes 100 Clínicas, Hospitais e Semelhantes 40 para os primeiros 50 KVA 20 para o que exceder 50 KVA Igrejas, Templos e Semelhantes 100 Hotéis e Semelhantes 50 para os primeiros 20 KVA 40 para o que exceder 20 KVA Áreas Comuns e Condomínios 100 para os primeiros 10 KVA 25 para o que exceder 10 KVA Oficinas, Indústrias e Semelhantes 100 para os primeiros 20 KVA 80 para o que exceder 20 KVA Tabela 2 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas - Unidades consumidoras não residenciais. Para lâmpadas fluorescentes e tomadas, deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85. “b” é a demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento resultante da aplicação dos fatores de demanda fornecidos pelas tabelas 3 e 4. Fator de Demanda [%] NO de aparelhos Potência até 3,5 kW Potência superior a 3,5 kW 1 80 80 2 75 65 3 70 55 4 66 50 5 62 45 6 59 43 7 56 40 8 53 36 9 51 35 10 49 34 Tabela 3 - Fatores de demanda de fornos e fogões elétricos NO de aparelhos Fator de Demanda [%] NO de aparelhos Fator de Demanda [%] 1 100 16 43 2 92 17 42 3 84 18 41 4 76 19 40 5 70 20 40 6 65 21 39 7 60 22 39 8 57 23 39 9 54 24 38 10 52 25 38 11 49 26 a 30 37 12 48 31 a 40 36 13 46 41 a 50 35 14 45 51 a 60 34 15 44 61 ou mais 33 Tabela 4 - Fatores de demanda para equipamentos de aquecimento, de refrigeração e eletrodomésticos. Tais fatores, devem ser aplicados, separadamente, à carga instalada dos seguintes grupos de aparelhos: ♦ chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas; ♦ aquecedores de água por acumulação e por passagem; ♦ fornos, fogões e aparelhos tipo ‘Grill; ♦ máquinas de lavar e secar roupas, de lavar louças e ferro elétrico: ♦ demais aparelhos (TV, conjunto de som, geladeira, freezer, etc.). Deve-se considerar 1 kW = 1 kVA para cargas de aquecimento e 1 kVA = 1 kW / 0,85 para as demais INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 71 “c” é a demanda relativa aos aparelhos condicionadores de ar resultante da aplicação dos seguintes fatores de demanda: ♦ 100%, para os primeiros 5 aparelhos;. ♦ 86 %, para os demais No caso de condicionador central de ar, utilizar fator de demanda igual a 100%. Deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85. “d” é a demanda de motores monofásicos e trifásicos resultante da aplicação dos fatores de demanda fornecidos pelas tabelas 5 e 6, respectivamente; “e” é a demanda de máquinas de solda e transformador, determinada por: ♦ 100% da potência do maior aparelho; ♦ 70% da potência do segundo maior aparelho; ♦ 40% da potência do terceiro maior aparelho; ♦ 30% da potência dos demais aparelhos. No caso de máquina de solda a transformador com ligação V-v invertida, a potência deve ser considerada em dobro. “f” é a demanda dos aparelhos de Raios-X, determinada por: ♦ 100% da potência do maior aparelho; ♦ 10% da potência dos demais aparelhos. 4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS Supondo-se, a titulo de exemplo, que em uma residência serão utilizadas as seguintes cargas [1]: Potência Quantidade Descrição Unit. Total 15 Lamp. incandescente 60 900 05 Lamp. incandescente 100 500 02 Aquecedor água p/ acumulação de 80 l 1500 3000 01 Freezer vertical 300 300 01 Geladeira 250 250 03 TV a cores 300 900 01 Ferro de passar roupas 1000 1000 02 Condicionador ar tipo janela (8500BTU/h) 1300 2600 01 Máq. de lavar roupas 1000 1000 01 Máq. de secar roupas 3500 3500 01 Máq. de lavar louças 1500 1500 01 Enceradeira 300 300 01 Exaustor 150 150 01 Conjunto de som 100 100 01 Aspirador de pó 600 600 Total Geral (W) 16.600 O cálculo da demanda (D) será: Demanda de iluminação (a): Conforme a tabela 1, para uma carga de iluminação instalada de 1.400 W , o fator de demanda é 81%. Desta forma, tem-se a = 81% 1.400 = 1,134 kVA Demanda de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento (b): Neste caso, o cálculo deve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para: ♦ O aquecedor de água, obtêm-se da tabela 3 para 2 aparelhos, o fator de demanda é 92%. A demanda (b1) será: b1 = 92% 3000 = 2,76 kVA ♦ As máquinas de lavar roupas, a de lavar pratos, a de secar roupas e ferro elétrico terão, em conjunto, o fator de demanda de 76%. Portanto, para os 4 aparelhos a demanda (b2) será: b2 = 76% x 7.000 = 5,32 kVA ♦ Os 9 eletrodomésticos restantes terão , em conjunto, o fator de demanda de 54%. Portanto, a demanda (b3) será: b3 = 54% x 2.600 = 1,40 kVA A demanda total para este grupo de cargas será: b = b1 + b2 + b3 b = 2,76 + 5,32 + 1,40 = 9,48kVA Demanda de condicionador de ar (c): Para até 5 aparelhos, o fator de demanda é 100%. Portanto: 100% 2.600 = 2,6 kW Considerando-se 1 kVA = 1 kW / 0,85, tem-se: 2,6/0,85 = 3,1 kVA Demanda total (D): A demanda total, desta forma, será: D = a + b + c D = 1,13 + 9,48 + 3,1 = 13,71 kVA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas __________________________________________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 72 Valores Nominais do Motor Demanda Individual Absorvida da Rede – kVA Potência Eixo CV Absorvida Rede (kW) cosϕϕϕϕ ηηηη Corrente (220 V) A 1 Motor (I) 2 Motores (II) 3 a 5 Motores (III) Mais de 5 Motores (IV) 1/4 90,39 0,63 0,47 2,8 0,62 0,50 0,43 0,37 1/3 0,52 0,71 0,47 3,3 0,73 0,58 0,51 0,44 ½ 0,66 0,72 0,56 4,2 0,92 0,74 0,64 0,55 ¾ 0,89 0,72 0,62 5,6 1,24 0,99 0,87 0,74 1,0 1,10 0,74 0,67 6,8 1,49 1,19 1,04 0,89 1,5 1,58 0,82 0,70 8,8 1,93 1,54 1,35 1,16 2,0 2,07 0,85 0,71 11 2,44 1,95 1,71 1,46 3,0 3,07 0,96 0,72 15 3,20 2,56 2,24 1,92 4,0 3,98 0,94 0,74 19 4,15 3,32 2,91 2,49 5,0 4,91 0,94 0,75 24 5,22 4,48 3,65 3,13 7,5 7,46 0,94 0,74 36 7,94 6,35 5,56 4,76 10,0 9,44 0,94 0,78 46 10,04 8,03 7,03 6,02 12,5 12,10 0,93 0,76 59 13,01 10,41 9,11 7,81 Notas: 1) O fator de potência e rendimento são valores médios, referidos a 3600 rpm; 2) Para obter a corrente nominal em 110V, multiplicar os valores indicados por 2; 3) Exemplo de aplicação da Tabela: - 2 motores de 1./2 CV Coluna IV 2 x 0,55 = 1,10 - 4 motores de 1,0 CV (mais de 5 motores) 4 x 0,89 = 3,56 - 1 motor de 2,0 CV 1 x 1,46 = 1,46 Total: = 6,12 kVA 4) No caso de existirem motores monofásicos e trifásicos na relação de carga do consumidor, a demanda individual deve ser computada considerando a quantidade total de motores. Tabela 5 - Demanda individual – Motores monofásicos INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas __________________________________________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 73 Valores Nominais do Motor Demanda Individual Absorvida da Rede – kVA Potência Eixo CV Absorvida Rede (kW) cosϕϕϕϕ ηηηη Corrente (220V) A 1 Motor (I) 2 Motores (II) 3 a 5 Motores (III) Mais de 5 Motores (IV) 1/6 0,25 0,67 0,49 0,9 0,37 0,30 0,26 0,22 1/4 0,33 0,69 0,55 1,2 0,48 0,38 0,34 0,29 1/3 0,41 0,74 0,60 1,5 0,56 0,45 0,39 0,34 1/2 0,57 0,79 0,65 1,9 0,72 0,58 0,50 0,43 3/4 0,82 0,76 0,67 2,8 1,08 0,86 0,76 0,65 1,0 1,13 0,82 0,65 3,7 1,38 1,10 0,97 0,83 1,5 1,58 0,78 0,70 5,3 2,03 1,62 1,42 1,22 2,0 1,94 0,81 0,76 6,3 2,40 1,92 1,68 1,44 3,0 2,91 0,80 0,76 9,5 3,64 2,91 2,55 2,18 4,0 3,82 0,77 0,77 13 4,96 3,97 3,47 2,98 5,0 4,78 0,85 0,77 15 5,62 4,50 3,93 3,37 6,0 5,45 0,84 0,81 17 6,4 5,19 4,54 3,89 7,5 6,90 0,85 0,80 21 8,12 6,50 5,68 4,87 10,0 9,68 0,90 0,76 26 10,76 8,61 7,53 6,46 12,5 11,79 0,89 0,78 35 13,25 10,60 9,28 7,95 15,0 13,63 0,91 0,81 39 14,98 11,98 10,49 8,99 20,0 18,40 0,89 0,80 54 20,67 16,54 14,47 12,40 25,0 22,44 0,91 0,82 65 24,66 19,73 17,26 14,80 30,0 26,93 0,91 0,82 78 29,59 23,67 20,71 17,76 50,0 44,34 0,90 0,83 125 49,27 - - - 60,0 51,35 0,89 0,86 145 57,70 - - - 75,0 62,73 0,89 0,88 180 70,48 - - - Notas: 1) O fator de potência e rendimento são valores médios, referidos a 3600 rpm; 2) Exemplo de aplicação da Tabela: - 1 motor 2,0 CV coluna III 1 x 1,68 = 1,68 - 3 motores 5,0 CV (3 a 5 motores) 3 x 3,93 = 11,79 Total = 13,47 kVA No caso de existirem motores monofásicos e trifásicos na relação de carga do consumidor, a demanda individual deve ser computada considerando a quantidade total de motores. Tabela 6 - Demanda individual – Motores trifásicos INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 74 5.0 – ENTRADAS COLETIVAS Para entradas coletivas, tais como em condomínios, a CEMIG [2] estabelece que, inicialmente, a demanda de cada consumidor seja estabelecida individualmente, ou seja, para os apartamentos, áreas comuns e lojas, se houverem. Os critérios para tanto são os mesmos mostrados para as entradas individuais, sendo válidos todos os quesitos e fatores de demanda, exceto para o caso de condicionadores de ar. Os fatores de demanda para tais aparelhos, neste caso, são os dados na tabela 7. Número de aparelhos Fator de demanda (%) 1 a 10 100 11 a 20 66 21 a 30 80 31 a 40 78 41 a 50 75 51 a 75 70 76 a 100 65 Acima de 100 60 Tabela 7 - Fatores de demanda para condicionadores de ar. O dimensionamento dos componentes da entrada de serviço (ramais de ligação e de entrada, alimentadores) das edificaçõesdeve ser feito pela demanda total da edificação, cujo valor mínimo é dado por: lojascondomínioapto DDfDD ++= 4,1 (4) onde: Dapto é a demanda por apartamento em função de sua área útil, dada na tabela 8; “f” é o fator de diversidade ou de multiplicação de demanda fornecido na tabela 9. Nas edificações de uso coletivo somente às unidades residenciais é aplicável os valores da tabela 8. Para as unidades consumidoras não residenciais e ao condomínio é aplicável o processo tradicional que considera os grupos de carga e os respectivos fatores de demanda, função do total da carga ou da quantidade de equipamentos de cada grupo. Deve-se atentar para o caso das edificações de uso coletivo onde existem grupos de apartamentos de áreas diferentes. Para utilizar, os dados da tabela 8, o cálculo da demanda por área/n0 de apartamentos pode ser efetuado de duas formas: a) considerando isoladamente cada conjunto de apartamentos e somando as demandas dos vários conjuntos (desde que nenhum deles tenha menos que quatro apartamentos, já que este critério é válido para 3 ou mais apartamentos); b) considerando a média ponderada das áreas envolvidas e aplicando-se o fator de diversidade correspondente ao total de apartamentos em conjunto com a demanda por área relativa a área média obtida. O critério de utilização da média ponderada das áreas deverá ser usado quando houver grupo(s) de apartamentos de mesma área com 1, 2 ou 3 apartamentos por grupo. Assim, se uma edificação, por exemplo, possui 17 apartamentos, sendo 10 de 100 m2, 3 de 130 m2, 2 de 200 m2 e 2 de 400 m2, a média ponderada da área é: 24,152 17 40022002130310010 m xxxx ÁreaUtil =+++= Da tabela 8, para a área calculada, tem-se 3,28 kVA de demanda. Considerando-se os 17 apartamentos, tem-se da tabela 9 um fator de diversidade igual a 15,10. Assim, a demanda geral, será: kVAxxD 34,6928,310,154,1 == Área útil (m2) Demanda (kVA) Área útil (m2) Demanda (kVA) Até 15 0,39 141-150 3,10 16-20 0,51 151-160 3,28 21-25 0,62 161-170 3,47 26-30 0,73 171-180 3,65 31-35 0,84 181-190 3,83 36-40 0,95 191-200 4,01 41-45 1,05 201-220 4,36 46-50 1,16 221-240 4,72 51-55 1,26 241-260 5,07 56-60 1,36 261-280 5,42 61-65 1,47 281-300 5,76 66-70 1,57 301-350 6,81 71-75 1,67 351-400 7,45 76-80 1,76 401-450 8,29 81-85 1,86 451-500 9,10 86-90 1,96 501-550 9,91 91-95 2,06 551-600 10,71 96-100 2,16 601-650 11,51 101-110 2,35 651-700 12,30 111-120 2,54 701-800 13,86 121-130 2,73 801-900 15,40 131-140 2,91 901-1000 16,93 Tabela 8 – Demanda em função da área útil http://www.cemig.com.br/ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 75 Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div 1 - 51 35,90 101 63,59 151 74,74 201 80,89 251 82,73 2 - 52 36,46 102 63,84 152 74,89 202 80,94 252 82,74 3 - 53 37,02 103 64,09 153 75,04 203 80,99 253 82,75 4 3,88 54 37,58 104 64,34 154 75,19 204 81,04 254 82,76 5 4,84 55 38,14 105 64,59 155 75,34 205 81,09 255 82,77 6 5,80 56 36,70 106 64,84 156 75,49 206 81,14 256 82.78 7 6,76 57 39,26 107 65,09 157 75,64 207 81,19 257 82,79 8 7,72 58 39,82 108 65,34 158 75,79 208 81,24 258 82,80 9 8,68 59 40,38 109 65,59 159 75,94 209 81,29 259 82,81 10 9,64 60 40,94 110 65,84 160 76,09 210 81,34 260 82,82 11 10,42 61 41,50 111 66,09 161 76,24 211 81,39 261 82,83 12 11,20 62 4206 112 66,34 162 76,39 212 81,44 262 82,84 13 11,98 63 42.82 113 66,59 163 76,54 213 81,49 263 82,85 14 12,76 64 43,18 114 66,84 164 76,69 214 81,54 264 82,66 15 13,54 65 43,74 115 67,09 165 76,84 215 81,59 265 82,87 16 14,32 66 44,30 116 67,34 166 76,99 216 81,64 266 82,86 17 15,10 67 44,86 117 67,59 167 77,14 217 81,69 267 82,89 18 15,88 68 45,42 118 67,84 168 77,29 216 81,74 268 82,90 19 16,66 69 45,98 119 68,09 169 77,44 219 81,79 269 82,91 20 17,44 70 46,54 120 68,34 170 77,59 220 81,84 270 82,92 21 18,04 7? 47,10 121 68,54 171 77,74 221 81,89 271 82,93 22 18,65 72 47,66 122 68,84 172 77,84 222 81,94 272 82,94 23 1925 73 48,22 123 69,09 173 78,04 223 81,99 273 82,85 24 19,86 74 48,78 124 69,34 174 78,19 224 82,04 274 82,96 25 20,46 75 49,34 125 69,59 175 76,34 225 82,09 275 82,97 26 21,06 76 49,90 126 69,79 176 78,44 226 82,12 276 83,00 27 21,67 77 50,46 127 69,99 177 78,54 227 82,14 277 83,00 28 22,27 78 51,58 128 70,19 178 78,64 228 82,17 278 83,00 29 22,88 79 5158 129 70,39 179 78,74 229 82,19 279 83,00 30 23,48 80 52,14 130 70,59 180 78,84 230 82,22 280 83,00 31 24,08 81 52,70 131 70,79 181 78,94 231 82,24 281 83,00 32 24,89 82 53,26 132 70,99 182 79,04 232 82,27 282 83,00 33 25,29 83 53,82 133 71,19 183 79,14 233 82,29 283 83,00 34 25,90 84 54,38 134 71,39 184 79,24 234 82,32 284 83,00 35 26,50 85 54,94 135 71,59 185 79,34 235 82,34 285 83,00 36 27,10 86 55,50 136 71,79 186 79,44 236 82,37 286 83,00 37 27,71 67 56,06 137 71,99 187 79,54 237 82,39 285 83,00 38 28,31 88 56,62 138 72,19 188 79,64 238 82,42 288 83,00 39 28,92 89 57,18 139 72,39 189 79,74 239 82,44 289 83,00 40 29,52 90 57,74 140 72,59 190 79,84 240 82,47 290 83,00 41 30,12 91 59,30 141 72,79 191 79,94 241 82,49 291 83,00 42 30,73 92 58,86 142 72,99 192 80,04 242 82,52 292 83,00 43 31,33 93 59,42 143 73,19 193 80,14 243 82,54 293 83,00 44 31,94 94 59,98 144 73,39 194 80,24 244 82,57 294 83,00 45 32,54 95 60,54 145 73,59 195 80,34 245 82,59 295 83,00 46 33,l0 96 61,10 146 73,79 196 80,44 246 82,62 296 83,00 47 33,66 97 61,66 147 73,99 197 84,54 247 82,64 297 83,00 48 34,22 98 62,22 148 74,19 198 80,64 248 82,67 296 83,00 49 34,78 99 62,78 149 74,39 199 80,74 249 82,69 299 83,00 50 35,34 100 63,34 150 74,59 200 80,84 250 62,72 300 83,00 Tabela 9 – Fatores de multiplicação de demanda (diversidade) em função do número de apartamentos (f) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 76 6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS Seja, a título de exemplo, um edifício com unidades residenciais e comerciais com 14 pavimentos, onde: o 10 pavimento possui 10 lojas com 150 m2; do 20 ao 120 pavimento haverão 4 apartamentos com 120 m2; e, do 130 e 140 pavimento serão construídos 2 apartamentos duplex (cobertura) de 240 m2. As cargas que, supostamente, serão utilizadas são: Condomínio Potência (W) Qtd. Descrição Unit Total 50 Lâmpada incandescente 60 3.000 120 Lâmpada fluorescente 40 4.800 50 Tomadas simples 100 6,000 15 Tomadas força 600 9.000 02 Motor trifásico - 5 CV / 220 V (Bomba d’água) 4780 9.560 04 Motor trifásico -7,5 CV / 220 V (Elevador) 6900 27.600 01 Chuveiro elétrico 3600 3.600 Total 63.560 Lojas Potência (W) Qtd. Descrição Unit Total 06 Lâmpada incandescente 100 600 05 Tomadas simples 100 500 01 Ar condicionado tipo janela (8.500 BTU/h) 1.300 1.300 Total 2.400 Apartamento de 120 m2 Potência (W) Qtd. Descrição Unit Total 20 Lâmpada incandescente 60 1.200 10 Lâmpada fluorescente 40 400 30 Tomadas simples 1.00 3.000 04 Tomadas força 6.00 2.400 03 Chuveiroelétrico 3.600 10.800 01 Forno elétrico 4.500 4.500 01 Torneira elétrica 2.500 2.500 01 Secadora de roupa (elétrica) 3.500 3.500 01 Máquina de lavar louça 1.500 1.500 01 Máquina de lavar roupa 1.000 1.000 01 Aquecedor de água (banheira de hidromassagem) 4.000 4.000 Total 34.800 Apartamento de 240 m2 Potência (W) Qtd. Descrição Unit Total 24 Lâmpada incandescente 60 1.440 20 Lâmpada fluorescente 40 800 34 Tomadas simples 100 3.400 06 Tomadas força 600 3.600 04 Chuveiro elétrico 3.600 14.400 01 Forno elétrico 4.500 4.500 01 Torneira elétrica 2.500 2.500 01 Secadora de roupa (elétrica) 3.500 3.500 01 Máquina de lavar louça 1.500 1.500 01 Máquina de lavar roupa 1.000 1.000 01 Aquecedor de água (banheira de hidromassagem) 6.000 6.000 Total 42.540 6.1 – Demanda do Condomínio Demanda de iluminação e tomadas: Como citado anteriormente, para as lâmpadas fluorescentes e tomadas, deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85. Assim, a carga total em kVA, será: Lâmpadas incandescentes 3,00 Lâmpadas fluorescentes 4,80/0,85 = 5,65 Tomadas simples 6,00/0,85 = 7,06 Tomadas de força 9,00/0,85 = 10,58 Total 26,29 kVA Conforme a tabela 2, para uma carga de iluminação e tomadas emprega-se um fator de demanda igual a 100 % para os primeiros 10 kVA e 25 % para os kVA excedentes. Desta forma, a demanda de iluminação e tomadas (Dit), será: Dit = 10 x 100% + 16,29 x 25% = 14,07 kVA. Demanda de aparelhos de aquecimento Para o chuveiro elétrico conforme a tabela 4, o fator de demanda é igual a 1, portanto, a demanda é de 3,6 kVA Demanda dos motores Para a aplicação da tabela 6, deve ser considerado o total de motores, no caso, 6 motores. Desta forma, os valores de demanda individual serão os da coluna IV da citada tabela. Portanto, a demanda devido aos motores é: 2 x 3,37 + 4 x 4,87 =26,22 kVA Demanda Total do Condomínio kVADcondomínio 89,4322,266,329,26 =++= INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 77 6.2 – Demanda das Lojas Para as lojas, a demanda será: Demanda de iluminação e tomadas Tem-se como cargas Lâmpadas incandescentes 0,60 Tomadas simples 0,50/0,85 = 0,59 Total 1,19 kVA Conforme a tabela 2, para uma carga de iluminação e tomadas, o fator de demanda é de 100%, portanto: Dit = 1,19 x 100% = 1,19 kVA Demanda de condicionador de ar Como será apenas 1 aparelho de ar condicionado, o fator de demanda dado na tabela 7 é de 100%. Portanto, considerando-se os valores típicos fornecidos no Capítulo 5, tem-se: Dca = 1,55 x 100% = 1,55 kVA Demanda Total de Uma Loja kVADDD itcaloja 74,219,155,1 =+=+= 6.3 – Demanda do Apartamento de 120 m2 Demanda de iluminação e tomadas Para as unidades residenciais, o cálculo da demanda de iluminação e tomadas baseia-se na tabela 1. Desta forma, sendo a carga instalada de: Lâmpadas incandescentes 1,20 Lâmpadas fluorescentes 0,40/0,85 = 0,47 Tomadas simples 3,00/0,85 = 3,53 Tomadas de força 2,40/0,85 = 2,82 Total 8,02 kVA O fator de demanda será igual a 54%. Então: Dit = 8,02 x 54% = 4,33 kVA Demanda de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento Neste caso, como citado anteriormente, o cálculo deve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para: ♦ chuveiro e torneira elétrica a carga será de 10.800 + 2.500 = 13,30 kVA Como se trata de 4 aparelhos, o fator de demanda obtido na tabela 4 é de 76%. E, sendo assim: D1 = 76% x 13,30 = 10,11 kVA ♦ aquecedor de água (banheira de hidromassagem) a carga é de 4,00 kVA e, da tabela 4, para 1 aparelho o fator de demanda é de 100%. Portanto: D2 = 4,00 kVA ♦ forno elétrico, a carga é de 4,5 kW, então da tabela 3, o fator de demanda é de 80% para um aparelho. Assim: D3 = 80%x4,5 = 3,6 kVA ♦ máquina de lavar louça, secadora de roupa e máquina de lavar roupa a carga é de 3,50 + 1,50 + 1,00 kVA = 6,00 kVA. Como são 3 aparelhos o fator de demanda obtido na tabela 4 é de 84 % e: D4 = 84% x 6,00 = 5,04 kVA Demanda Total do Apartamento de 120 m2 Dapto120 = D1 + D2 + D3 + D4 + Dit Dapto120 = 10,11 + 4,00 +3,6 + 6,00 + 4,33 Dapto120 = 28,04 kVA 6.4 – Demanda do Apartamento de 240 m2 Demanda de iluminação e tomadas Para as unidades residenciais, o cálculo da demanda de iluminação e tomadas baseia-se na tabela 1. Desta forma, sendo a carga instalada de: Lâmpadas incandescentes 1,44 Lâmpadas fluorescentes 0,80/0,85 = 0,94 Tomadas simples 3,40/0,85 = 4,00 Tomadas de força 3,60/0,85 = 4,23 Total 10,61 kVA O fator de demanda será igual a 45%. Então: Dit = 10,61 x 45% = 4,77 kVA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 78 Demanda de aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento Neste caso, como citado anteriormente, o cálculo deve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para: ♦ chuveiro e torneira elétrica a carga será de 14.400 + 2.500 = 16,90 kVA Como se trata de 5 aparelhos, o fator de demanda obtido na tabela 4 é de 70%. E, sendo assim: D1 = 70% x 16,90 = 11,83 kVA ♦ aquecedor de água (banheira de hidromassagem) a carga é de 6,00 kVA e, da tabela 4, para 1 aparelho o fator de demanda é de 100%. Portanto: D2 = 6,00 kVA ♦ forno elétrico, a carga é de 4,5 kW, então da tabela 3, o fator de demanda é de 80% para um aparelho. Assim: D3 = 80%x4,5 = 3,6 kVA ♦ máquina de lavar louça, secadora de roupa e máquina de lavar roupa a carga é de 3,50 + 1,50 + 1,00 kVA = 6,00 kVA. Como são 3 aparelhos o fator de demanda obtido na tabela 4 é de 84 % e: D4 = 84% x 6,00 = 5,04 kVA Demanda Total do Apartamento de 240 m2 Dapto240 = D1 + D2 + D3 + D4 + Dit Dapto240 = 11,83 + 6,00 +3,6 + 6,00 + 4,77 Dapto240 = 32,20 kVA 6.5 – Demanda Total dos Apartamentos A demanda dos apartamentos pode ser calculada através de: Soma das demandas individuais Neste caso, como são 44 apartamentos de 120 m2, tem-se das tabelas 8 e 9: Dapto = 2,54 f = 31,94 Para os duplex 2 apartamentos de 240 m2 em dois andares, ou seja, equivalente a quatro com esta área. Assim, das tabelas 8 e 9, tem-se: Dapto = 4,72 f = 3,88 Portanto, a demanda total dos apartamentos, conforme a expressão (4), é de: DaptoTot = 1,4 (31,94 x 2,54 + 3,88 x 4,72) = 139,22 kVA Média ponderada das áreas A média ponderada das áreas é: 2130 48 240412044 m xx ÁreaUtil =+= Desta forma, das tabelas 8 e 9, tem-se: Dapto = 2,73 f = 34,22 E, então: DaptoTot = 1,4 x 34,22 x 2,73 = 130,7 kVA 6.6 – Demanda Total do Edifício A demanda total da edificação será: lojascondomínioaptoTot DDDD ++= ou seja, pelo critério da soma das demandas individuais: kVAxD 51,21074,21089,4322,139 =++= ou, pelo critério da média ponderada das áreas: kVAxD 20274,21089,4370,130 =++= REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG- “ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária, Rede de Distribuição Aérea, EdificaçõesIndividuais”; [2] Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG - “ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária, Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 79 CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG) "Faça o que pode, com o que tem, onde estiver." Roosevelt RESUMO Este capítulo relaciona os critérios adotados pela CEMIG relativos ao fornecimento de energia, tais como as categorias de atendimento e a definição de entradas de serviço. 1.0 - INTRODUÇÃO Os manuais de distribuição ND-5.1 [1] e ND-5.2 [2] da CEMIG, estabelecem os critérios para fornecimento de energia pela concessionária a consumidores individuais e edificações coletivas, respectivamente. Estabelecem que as unidades consumidoras somente serão ligadas após vistoria e aprovação do padrão de entrada por ela, de acordo com as condições contidas nos citados manuais. De acordo com a ND-5.2, as edificações de uso coletivo, bem como os agrupamentos, devem ser atendidos através de uma única entrada de serviço, visando a ligação de todas as suas unidades consumidoras, independentemente da carga instalada destas unidades e da demanda total da edificação. Nestes casos, cada unidade consumidora da edificação, deve ser caracterizada de forma individual e independente como, por exemplo, as lojas, escritórios, apartamentos e a área do condomínio (inclusive serviço e sistema de prevenção e combate a incêndio). Por outro lado, as edificações constituídas por uma consumidor individual que venha a ser transformada em edificações de uso coletivo ou agrupamento devem ter suas instalações elétricas modificadas visando separar as diversas unidades consumidoras correspondentes de acordo com as condições estabelecidas nesta Norma. O dimensionamento, a especificação e construção do ramal interno e das instalações elétricas internas da unidade consumidora devem atender às prescrições da NBR-5410 da ANBT [3] em sua última revisão/edição. A CEMIG deixa claro nos manuais que o atendimento ao pedido de ligação não transfere a responsabilidade técnica à ela, quanto a segurança e integridade das instalações elétricas internas 2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO O fornecimento de energia é efetuado em uma das seguintes tensões secundárias de baixa tensão: 127/220V, sistema trifásico, estrela com neutro multiaterrado, freqüência 60 Hz; 127/254V, sistema monofásico com neutro multiaterrado, freqüência 60 Hz, em substituição gradativa a 120/240V, de acordo com a padronização de tensões secundárias estabelecidas pelo DNAEE [4]. 3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS O fornecimento de energia é efetuado em tensão secundária de distribuição, às unidades consumidoras que apresentarem carga instalada igual ou inferior a 75 kW, ressalvados os casos indicados no Capítulo 1 - item 2.1 da ND-5.1 e casos que se enquadrarem no artigo 60 da Portaria 466/1997 do DNAEE [4]. Para os casos de unidades com carga instalada superior a este limite, o fornecimento é feito em tensão primária de distribuição. A ligação de cargas especiais, tais como máquinas de solda a transformador e tipo motor-gerador, bem como os motores elétricos monofásicos e trifásicos, devem atender as limitações definidas para cada tipo de fornecimento. As unidades consumidoras com cargas acionadas por motores com partidas freqüentes (ou simultâneas) ou especiais (aparelhos de Raios-X, máquinas de solda) cuja operação venha a introduzir perturbações indesejáveis na rede, tais como flutuações de tensão, rádio-interferência, harmônicos, etc., prejudicando a qualidade do fornecimento a outras unidades, serão notificadas pela CEMIG quanto: a) as condições em que tais cargas podem operar; b) as alterações no padrão de entrada visando adequá-lo ao tipo de fornecimento compatível com o funcionamento e as características elétricas destas cargas. http://www.cemig.com.br/ http://www.abnt.org.br/ http://www.aneel.gov.br/defaultpesqcedoc.htm INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 80 4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO Os critérios de atendimento às edificações de uso coletivo e agrupamentos são definidos em função da demanda total utilizada para o dimensionamento dos componentes da entrada de serviço coletiva. As edificações são classificadas em: 4.1 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Igual ou Inferior a 95 kVA As edificações de uso coletivo que se enquadram nesta faixa, são atendidas através de ramal de ligação aéreo, trifásico, de baixa tensão, com o ponto de entrega situado no poste particular ou na armação secundária fixada na parede da edificação. 4.2 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Entre 95 e 245 kVA As edificações de uso coletivo que se enquadram nesta faixa são atendidas por ramal de ligação subterrâneo, trifásico, de baixa tensão, com o ponto de entrega situado na caixa de inspeção instalada no limite da via pública com a edificação. 4.3 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda entre 245 e 1.500 KVA Nesta faixa o atendimento é feito através de ramal de ligação subterrâneo, trifásico, em alta tensão, para alimentação do(s) transformador(es) da CEMIG instalados em câmara construída pelos consumidores, dentro dos limites de propriedade. Neste caso, o ponto de entrega situa-se nos bornes secundários do transformador. 4.4 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Superior a 1500 KVA Para estas edificações é necessário solicitar um projeto especial da CEMIG para situações do tipo de atendimento aplicável. 4.5 - Edificações com Unidade(s) Consumidora(s) com Carga Instalada Superior a 75 KW Nas edificações de uso coletivo, independentemente de sua demanda total, contendo uma ou mais unidades consumidoras com carga instalada superior a 75 KW, o atendimento é efetuado em baixa tensão, em conjunto com as demais unidades, de acordo com os critérios dos itens anteriores. 4.6 - Edificações Agrupadas (Agrupamentos) Aplicam-se a estas edificações, os mesmos critérios estabelecidos anteriormente para as edificações de uso coletivo, servidas, entretanto, por ramais de ligação aéreo com duas ou três fases, dependendo do valor total da carga instalada. 5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO Os tipos de fornecimento são definidos em função da carga instalada, da demanda, do tipo de rede e local onde estiver situada a unidade consumidora, ou seja: 5.1 - Tipo A:. Fornecimento de energia a 2 fios (Fase- Neutro) Abrange as unidades consumidoras urbanas atendidas por redes secundárias trifásicas ou monofásicas (127 V), com carga instalada até 10 kW e da qual não constem: a) motores monofásicos com potência nominal superior a 2 c.v.; b) máquina de solda a transformador com potência nominal superior a 2 kVA. 5.2 - Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2 Condutores Fases-Neutro) Abrange as unidades consumidoras situadas em áreas urbanas, atendidas por redes secundárias trifásicas (127/220 V) ou monofásicas (127/254 V) que não se enquadram no fornecimento tipo A, com carga instalada entre 10 kW e 15 kW e da qual não constem: a) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo A, se alimentados em 127 V; b) motores monofásicos, com potência nominal superiora 5 c.v., alimentados em 220 V ou 254 V; c) máquina de solda a transformador, com potência nominal superior a 9 kVA, alimentada cm 220 V ou 254 V. 5.3 - Tipo C: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2 Condutores Fases-Neutro) Abrange as unidades consumidoras situadas em áreas rurais ou de periferias de núcleos urbanos (sítios, chácaras, etc.), atendidas por redes secundárias monofásicas (3 fios), com carga instalada entre 10 kW e 20 kW e da qual não constem: a) os aparelhos vetados aos fornecimentos tipo A, se alimentados em 127V; b) motores monofásicos com potência nominal superior a 5 c.v., alimentados em 254V. Neste tipo de fornecimento, a CEMIG exige que ela analise as possíveis perturbações na rede de distribuição se forem utilizados motores monofásicos de 7,5 c.v. e 10 c.v.. Além disto, estabelece que o padrão de entrada deverá ser construído com a caixa polifásica CM- 2 para que, numa eventual troca da rede secundária monofásica por uma rede secundária trifásica, não sejam necessárias modificações em sua alvenaria. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 81 5.4 - Tipo D: Fornecimento de energia a 4 fios (3 Condutores Fases-Neutro) Abrange as unidades consumidoras urbanas, a serem atendidas por redes secundárias trifásicas (127/220V), com carga instalada até 75 kW, que não se enquadram nos fornecimentos tipo A, B e C e da qual não constem: a) os aparelhos vetados aos fornecimentos tipo A, se alimentados em 127V; b) motores monofásicos com potência nominal superior a 5ev, alimentados em 220V; c) motores de indução trifásicos com potência nominal superior a 15 C.v.. d) máquina de solda tipo motor-gerador, com potência nominal superior a 30 kVA; e) máquina de solda a transformador, com potência nominal superior a I5kVA, alimentada em 220V - 2 fases ou 220V - 3 fases em ligação V-v invertida. f) máquina de solda a transformador, com potência nominal superior a 30 kVA e com retificação em ponte trifásica, alimentada em 220V-3 fases. A ligação de cargas, com características elétricas além dos limites estabelecidos para este tipo de fornecimento, somente poderá ser efetuada após liberação prévia da CEMIG, que analisara suas possíveis perturbações na rede de distribuição e unidades consumidoras vizinhas. Além disto, para a ligação de motores de indução trifásicos com potência nominal superior a 5 c.v., devem ser utilizados dispositivos auxiliares de partida. 5.5 - Tipo E: Fornecimento de Energia a 3 fios (2 Condutores Fases-Neutro) Abrange as unidades consumidoras situadas em arcas rurais, obrigatoriamente atendidas por redes de distribuição monofásicas rurais de média tensão, com transformadores monofásicos exclusivos (127/254V), com carga instalada até 37,5kW e da qual não constem: a) os aparelhos vetados aos fornecimentos tipo A, se alimentados em 127 V; b) motores monofásicos com potência nominal superior a 10 c.v., alimentados em 254 V. Os motores monofásicos com potências nominais de 12,5 c.v. e 15 c.v. poderão ser ligados neste tipo de fornecimento, desde que utilizados os dispositivos auxiliares de partida. 5.6 - Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 Fases-Neutro) Abrange as unidades consumidoras situadas cm áreas rurais, obrigatoriamente atendidas por redes de distribuição trifásicas rurais de média tensão e com transformadores trifásicos exclusivos (127/220V), com carga instalada até 75kW e da qual não constem: a) motores de indução trifásicos com potência nominal superior a 50 c.v.. b) motores monofásicos com potência nominal superior a l0 c.v., alimentados cm 220V. c) máquinas de solda vetadas ao fornecimento Tipo D. Motores trifásicos com potências nominais de 60 c.v. e 75 c.v., bem como os monofásicos com potências nominais de 12,5 c.v. e 15 c.v., poderão ser ligados neste tipo de fornecimento, desde que utilizados os dispositivos auxiliares de partida. 5.7 - Tipo H: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2 condutores Fases - Neutro) Abrange as unidades consumidoras situadas em áreas urbanas, atendidas por redes secundárias trifásicas (127/220V) ou monofásicas (127/254V) que não se enquadram no fornecimento tipo B, mas que terão o seu fornecimento de energia elétrica a 3 fios, a pedido do consumidor com carga instalada até 10kW e da qual não constem: a) carga monofásica superior a 2,54 kW para o fornecimento tipo H1; b) carga monofásica superior a 5,08 kW para o fornecimento tipo H2; c) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo B. 5.8 - Tipo I: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fases - Neutro) Abrange as unidades consumidoras situadas em áreas urbanas, a serem ligadas a partir de redes secundárias trifásicas (127/220V) que não se enquadram no fornecimento tipo D, mas que terão o seu fornecimento de energia elétrica a 4 fios, a pedido do consumidor com carga instalada até 15kW e da qual não constem: a) carga monofásica superior a 1,90 kW para o fornecimento tipo I1; b) carga monofásica superior a 3,81 kW para o fornecimento tipo I2; c) carga monofásica superior a 5,08 kW para o fornecimento tipo I3; d) os aparelhos vetados ao fornecimento tipo D. 5.9 - Tipo J: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fases - Neutro) Abrange as unidades consumidoras constantes dos itens 2. 1 .b, e, e f, Capítulo 1 da ND-5.1, situadas em áreas urbanas, a serem ligadas a partir de redes secundárias trifásicas (127/220V) , com carga instalada entre 75,1 a 150 kVA. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Parte II: Projetos de Instalações Elétricas ________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 82 6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO A entrada de serviço de uma unidade consumidora situada em área urbana ou rural deve ser dimensionada para uma das faixas indicadas nas Tabelas 1 a 5 da ND-5.1. 7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA Nas edificações de uso coletivo, o dimensionamento do ramal de ligação, ramal de entrada e proteção geral, deve corresponder a uma dos faixas de demanda, indicadas nas Tabelas 1, 2 e 3 da ND-5.2. O mesmo é válido para o dimensionamento dos alimentadores principais e respectivas proteções, onde, entretanto: a) As seções mínimas dos condutores devem ser verificadas pelo critério de queda de tensão, obedecidos os seguintes valores máximos a b partir do ponto de entrega e até os pontos de utilização da energia: ♦ edificações com demanda até 215 KVA Iluminação 4 % Força 4 % ♦ edificações com demanda superior a 215 KVA Iluminação 5 % Força 8 % Nestes limites, devem ser também consideradas as quedas nos ramais internos das unidades consumidoras. Nas edificações agrupadas com até 3 unidades consumidoras a entrada de serviço deve ser dimensionada pela Tabela 4, página 6-4 da ND-5.2. Os casos não previstos nesta Tabela (mais de uma unidade consumidora trifásica ou unidade consumidora trifásica com carga instalada superior a 23 kW ou ainda mais de três unidades consumidoras), a entrada de serviço deve ser dimensionada pela demanda total do agrupamento, sendo necessária a instalação de proteção geral, utilizando-se as tabelas aplicáveis a edificações de uso coletivo. 8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS Para a residência exemplo do capítulo anterior (página 56), a carga instalada prevista é de 16,6 kW e a demanda total estimada é de 13,71 kVA.Desta forma, o tipo de fornecimento é o “D”, com 4 fios (3 fases e 1 neutro). Da tabela 1 da ND-5.1, verifica-se que, pelo valor da demanda total, a entrada de serviço deve ser dimensionada pela faixa D1 ( D < 15 kVA) 9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO Para o edifício exemplo do capítulo anterior (página 61), tem-se: Unidade Consumidora Carga Instalada Prevista (kW) Demanda Total Estimada (kVA) Condomínio 63,56 43,89 Apartamentos de 120 m2 42,54 28,04 Apartamentos de 240 m2 34,80 32,20 Lojas 2,40 2,74 Total 210,50 De acordo com a ND-5.2, tem-se: Unidade Consumidora Fornecimento Tipo Tabela (ND-5.2) Condomínio Trifásico D5 5 Apartamentos de 120 m2 Trifásico D3 5 Apartamentos de 240 m2 Trifásico D4 5 Lojas Monofásico A1 5 Total Trifásico Subterrâneo Item 14 2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) - “ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária, Rede de Distribuição Aérea, Edificações Individuais”; [2] Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) - “ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária, Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”. [3] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - “NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Procedimento”; [4] Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) – “Portaria 466 - Condições Gerais de Fornecimento a Serem Observadas na Prestação e Utilização do Serviço Público de Energia Elétrica”, de 12 de novembro de 1997. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS ANEXOS ATENÇÃO TEXTOS NÃO EDITADOS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 84 ANEXO I: AUTOCAD R 14 Elaborado por: Adilson S. Engelmann 1.0 INTRODUÇÃO A tela do Autocad apresenta cinco partes diferentes de informação que são: área gráfica, barra de ferramentas, menus Pull- Down, região de comandos e região de informações, como ilustrado na figura 1. Figura 1 - Tela principal do Autocad. A área gráfica é a parte central da tela onde se localizará o desenho. Na parte superior temos o menu Pull-Down onde se localiza todos os comandos do Autocad. Pode-se selecionar um comando também através dos ícones localizados na parte superior (abaixo do menu Pull-Down) e na lateral esquerda. Esses ícones são as barras de ferramentas, que podem ser alteradas, movidas de acordo com a preferência do usuário. Na parte inferior se localiza a região de comandos, onde os comandos podem ser escritos, essa região é muito importante pois nela o Autocad conversará com o usuário. Logo abaixo da região de comandos temos a região de informações que exibe as coordenadas do cursor e mostra as opções que estão ativas como GRID, SNAP e outras. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 85 1.1 REGIÃO DE COMANDOS Na região de comandos o Autocad fornecerá as informações que deverão ser escolhidas pelo usuário como por exemplo: no comando para execução de uma linha, o Autocad pergunta onde você deseja começar a linha e até onde ela vai terminar. Command: Line From point: 0,0 To point: 10,10 Comandos com varias opções aparecerão de maneira diferente, isto é: ON / OFF / <lower left corner> <0.00,0.00>: A instrução que aparece entre os símbolos “< >” é a opção que está sendo pedida pelo Autocad. Logo após aparecem os valores, também entre os símbolos “< >”, sendo a opção padrão do Autocad, que para ser aceita é só pressionar Enter. Para mudar a opção que esta sendo pedida pode-se utilizar aquelas que estão separadas por barras “/”, digitando a instrução inteira ou somente as letras que se apresentam em maiúsculo. 2.0 COORDENADAS O Autocad trabalha com três diferentes sistemas de coordenadas, as Coordenadas Absolutas, Coordenadas Relativas e as Coordenadas Polares. • Coordenadas Absolutas: As coordenadas absolutas são utilizadas quando se conhece a localização do ponto desejado. Para inserir algum ponto utilizando a coordenada absoluta, especifica-se X,Y do ponto em relação a origem. Por exemplo o comando line: Command: Line From point: 10,10 To point: 20,30 seria traçada uma linha da coordenada X=10 e Y=10 em relação a origem até o ponto X=20 e Y=30 também em relação a origem. • Coordenadas Relativas: As coordenadas relativas são utilizadas quando se sabe qual o deslocamento em relação a um ponto anterior, (para se inserir a coordenada relativa devemos iniciar com o símbolo “@”). Por exemplo: Command: Line From point: 10,10 To point: @20,0 seria traçada uma linha com origem no ponto X=10 e Y=10 até uma distância em X igual a 20, ou seja uma linha horizontal com 20 unidades. • Coordenadas Polares: As coordenadas polares são utilizadas quando se conhece a distância e o ângulo de rotação, (para se inserir a coordenada polar devemos iniciar com o símbolo “@” a distância e o ângulo de ser iniciado com o sinal “<”), @distância do ponto < ângulo Por exemplo: Command: Line From point: 10,10 To point: @20<0 Obs.: O sistema angular segue o sentido Anti- horário. 3.0 DEFININDO A ÁREA DE TRABALHO Antes de começar a desenhar, é importante configurar o ambiente de trabalho de acordo com as características do projeto. Essas características incluem a definição de limites, usar ou não pontos de ajuda. Essas definições podem ser alteradas durante o projeto conforme necessidade do usuário. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 86 LIMITS Esse comando define a área de desenho do Autocad pelo usuário. Para acessar este comando, digite LIMITS. Na região de comando aparecerá: Command: LIMITS aciona o comando ON / OFF / <Lower left corner>: especifique o canto inferior esquerdo da margem. Upper right corner <420.0000,297.0000>: especifique o canto superior direito da margem. Normalmente utilizamos padrões de folhas conhecidas como o A4, A0 e outros valores, a tabela 1 apresenta os valores padrões de folha em milímetros. Sigla Tamanho (mm,mm) A4 210,297 A3 297,420 A2 420,594 A1 594,840 A0 840,1188 Tabela 1 – Tamanhos de folhas. 3.1 COMANDOS DE AUXÍLIO No menu Pull-Down, na opção TOOLS vamos acionar o comando DRAWING AIDS, que nos permite ajustar algumas configurações na área gráfica de auxílio no desenho, como por exemplo: colocar um Grid, na tela na qual torna-se como se fosse um papel milimetrado. A figura 2 mostra a caixa de dialogo do comando DRAWING AIDS. Figura 2 – Caixa de dialogo auxiliar para configuração da área de trabalho. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 87 Na parte direita da caixa de diálogo temos a opção GRID onde devemos definir o espaçamento dos pontos na tela tanto em X como em Y e acionar ou desligar com a opção On. Na parte central encontra-se a opção SNAP que nos permite fazer com que o cursor tenha um deslocamento incremental na tela de acordo com as definições de espaço em X e em Y, também deve ser acionado ou desligado com a opção On. Na parte esquerda temos um quadro para acionarmos ou desligarmos as opções Ortho (restringe/libera o cursor para movimentos ortogonais), Solid Fill (controla o preenchimento de multilinhas, sólidos), Quick Text (se ativado, exibe uma caixa ao invés do texto), Blips (se ativado, aparece um marcador onde você especifica um ponto), Highlight (se ativado, os objetos selecionados ficam em destaque), Groups (permite agrupar objetos), Hatch (permite ativar ou desativar hachuras). Na parte inferior direita, temos a opção Isometric Snap/Grid que permite fazer isométricos com maior facilidade. Se essa opção estiver ligada, posicionará o grid, o snap e o cursor em um dos planos isométricos. Obs.: Esse comandos também podem ser ativados ou desativados utilizando as teclas de função, ou seja: F8 -- Ativa ou desativa a opção Ortho F9 -- Ativa ou desativa a opção Snap F7 -- Ativa ou desativa a opção Grid F5 -- Altera o plano de isométrico OSNAP O Autocad permite ao usuário desenhar construções geométricas com precisão, ativando uma atração automática a um ponto notável do objeto. Para utilizarmos os modos de aproximação devemos pressionar simultaneamente a tecla “SHIFT” e o botão da direita do mouse. Aparecerá um menu mostrando as opção que podemos utilizar. Outra maneira de torná-los sempre ativos, é utilizando o menu TOOLS a opção OBJETC SNAP SETTINGS. Com isso eles ficarão ativos até que você deseje desativar. Exemplos de opções de OSNAP: Endpoint: Atrai para o ponto mais próximo a extremidade de objetos como segmentos de reta e arcos. Midpoint: Atrai para o ponto médio de objetos como segmentos de reta e arcos. Intersection: Atrai para o ponto de interseção entre dois objetos. Center: Atrai para o centro de um círculo, arco ou elipse. Quadrant: Atrai para o quadrante mais próximo de um arco, circulo ou elipse (pontos a 0°, 90°, 180° e 270° graus). 4.0 VISUALIZAÇÃO ZOOM Este comando é utilizado para que o usuário consiga visualizar na tela exatamente aquilo que deseja. Algumas das opções são as seguintes: WINDOW: Com o mouse selecione uma janela, por dois pontos, na área que deve ser amplificada. ALL: Retorna para a maior tela possível, onde aparecerão todos objetos feitos. EXTEND: Mostra na tela visão com a extensão do desenho feito. PREVIOUS: Retorna a última opção zoom que foi usada. PAN Desloca a tela numa determinada distância sem alterar a ampliação da vista. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 88 REDRAW Remove os blips marcadores e resíduos de tela deixados por comandos de edição. UNDO Desfaz o último comando. Pode-se acessá-lo pressionando somente U. 5.0 FERRAMENTAS DE PRODUÇÃO LINE Este comando nos permite traçar um segmento de reta ou um conjunto de segmentos de retas. Command: Line aciona o comando From point: P1 origem da linha To point: P2 segundo ponto To point: novo ponto O Autocad continuará a pedir um novo ponto sucessivamente, para encerrar deve-se apenas pressionar a tecla Enter. CIRCLE Desenho de circunferências . Para se desenhar uma circunferência temos várias opções, cada uma delas levando em conta o modo mais fácil de se desenhar. O modo mais comum é selecionar o ponto central onde se localizará a circunferência e depois digitar o raio ou o diâmetro. Command: Circle aciona o comando. 3P / 2P / TTR / <Center point>: ponto onde localizará o centro da circunferência. Diameter / <Radius>: valor do raio ou opção de diâmetro. Também podemos desenhar a circunferência a partir de 3P: Command: Circle aciona o comando. 3P / 2P / TTR / <Center point>: 3P seleciona desenhar a partir de 3 pontos. First point: especifique o primeiro ponto. Second point: especifique o segundo ponto. Third point: especifique o terceiro ponto. 2P – Desenha a circunferência por dois pontos extremos do diâmetro. Command: Circle aciona o comando. 3P / 2P / TTR / <Center point>: 2P seleciona desenhar a partir de 2 pontos. First point on diameter: especifique o primeiro ponto. Second point on diameter: especifique o segundo ponto. TTR – Desenha a circunferência tangente a dois objetos, com um raio especificado Command: Circle aciona o comando. 3P / 2P / TTR / <Center point>: TTR seleciona desenhar tangente a dois objetos. Enter Tangent spec: selecione o primeiro objeto. Enter second Tangent spec: selecione o segundo objeto. Radius <atual>: especifique o raio. DONUT Desenha coroas circulares ou círculos preenchidos. Command: Donut aciona o comando. Inside diameter <atual>: digite o diâmetro interno. Outside diameter <atual>: digite o diâmetro externo. Center of doughnut: ponto que corresponderá ao centro do Donut. ARC Existem várias opções para se fazer um arco. Pode-se desenhar a partir de 3 pontos (ponto inicial, segundo ponto, ponto final), ou através de dois pontos e uma outra dimensão (ângulo entre os pontos, distância entre os pontos, raio do arco). Essas opções podem ser melhores especificadas no menu Pull-Dowm, INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 89 opção DRAW comando ARC. Obs.: Deve-se sempre entender quais são os principais pontos notáveis no desenho do arco para nos facilitar qual opção devemos acionar. Command: Arc aciona o comando. ELLIPSE Desenha uma elipse. Command: Ellipse aciona o comando. Arc / Center / Isocircle / <Axis endpoint 1>: primeiro ponto de um dos eixos da elipse. Axis endpoint 2: segundo ponto de um dos eixos da elipse. <Other axis distance> / Rotation: outro ponto da elipse no outro eixo. RECTANGLE Desenho de retângulos. Command: Rectang aciona o comando. Chamfer / Elevation / Fillet / Thickness / Width <First corner>: 1° canto do retângulo. Other corner: 2° canto do retângulo. Podemos com as outras opções desenhar um retângulo chanfrado, ou com um arco em seus cantos. Chamfer: Define a distância de chanfro para desenhar o retângulo. Fillet: Define o raio dos cantos para desenhar o retângulo. Elevation: Utilizado em 3D. Thickness: Utilizado em 3D. Width Espessura da linha com que será desenhado o retângulo. Obs.: Ao desenhar o retângulo deve-se notar que suas linha estão agrupadas formando um único bloco. POLYGON Desenha um polígono. Command: Polygon aciona o comando. Number of sides <atual>: número de lados do polígono. Edge / <Center of polygon>: ponto onde se localizará o centro do polígono. Inscribed in circle / Circunscribed about circle (I/C) <I>: inscrito ou circunscrito ao círculo que o define. Radius of Circle: raio do polígono. Opção Edge desenha o polígono através da dimensão de um dos lados. 5.1 COMANDOS DE TEXTO Para definir uma forma de letra no Autocad, ou seja definir o tamanho da letra , inclinação e forma. Devemos ir no menu Pull- Dowm na opção FORMAT comando TEXT STYLE. O Autocad abrirá uma caixa de dialogo como ilustrado na figura 3. INSTALAÇÕESELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 90 Figura 3 – Caixa de dialogo Text Style. Onde pode-se alterar a altura da letra (tamanho) a fonte de letra (forma da letra) e o estilo de letra. Deve-se notar que uma alteração nesse quadro de diálogo implica em termos que escrever nossos texto com os padrões definidos, até que seja feita mudanças nessa caixa de diálogo. Para utilizar o Autocad exclusivamente para projetos, procure utilizar as fontes padrões pois são mais aplicáveis a projetos e são bem mais otimizadas. TEXT Cria texto de apenas uma linha Command: Text aciona o comando. Justify / Style / <Start point>: ponto inicial do texto. Height <0.200>: altura do texto. Rotation angle <0>: ângulo de rotação do texto. Text: digite o texto. Justify – permite o ajuste do texto a um espaço definido pelo usuário, ou seu alinhamento. Alguns exemplos de alinhamento: Middle Alinha pelo ponto médio do texto. TL Alinha pelo topo, à esquerda. TC Alinha pelo topo, ao centro. TR Alinha pelo topo, à direita. MC Alinha pelo ponto médio ao centro. BL Alinha pela base, à esquerda. BC Alinha pela base, ao centro. BR Alinha pela base, à direita. DTEXT Cria um texto, podendo ser um parágrafo. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 91 Command: Dtext aciona o comando. Justify / Style / <Start point>: ponto inicial do texto. Height <0.200>: altura do texto. Rotation angle <0>: ângulo de rotação do texto. Text: digite o texto. Text: digite o texto. Esse comando pedirá para digitar um texto até que seja digitado apenas Enter, fazendo assim com que ele encerre o parágrafo. Também permite o ajuste do texto com a opção Justify. DDEDIT Para alteramos um texto ou atributos no desenho. Command: DDEDIT aciona o comando. Select objets: selecione os textos a serem modificados. O comando apresentará uma caixa de texto, com o texto a ser modificado. 5.2 CRIAÇÃO DE POLILINHAS Uma polilinha é definida por uma série de segmentos contíguos, formando uma seqüência de linhas com características de uma única entidade. PLINE Cria uma polilinha. Command: Pline aciona o comando From point: ponto inicial Arc / Close / Halfwidth / Length / Undo / Width <End point of line>: 2° ponto Arc / Close / Halfwidth / Length / Undo / Width <End point of line>: 3° ponto Arc: Troca desenho de linhas por arcos na polilinha. Close: Fecha a polilinha com um segmento de linha criando uma entidade fechada. Width: Determina a largura de uma polilinha. Undo: Remove o último segmento desenhado. MLINE Cria segmentos de várias linhas paralelas. Command: Mline aciona o comando Justification / Scale / Style / <From point>: ponto inicial. To point 2° ponto Undo / To point 3° ponto Close / Undo / To point 4° ponto Close: fecha a polilinha com um segmento de linha Justification: determina como a linha será desenhada em relação ao ponto de clique, podendo ser com o cursor no topo da multilinha (Top), desenha com o cursor centralizado (Zero), desenha com o cursor abaixo da linha (Bottom). Scale: Altera as larguras da multilinha. Style: Altera o estilo de linha. SPLINE Criação de curvas quadráticas ou cúbicas. Command: Spline aciona o comando Object / <Enter first point> ponto inicial Enter point: 2° ponto Close / Fit tolerance / <Enter point>: 3° ponto Enter start tangent: ponto que formará com o ponto inicial a tangente do início da spline. Enter end tangent: ponto que formará com o ponto final a tangente do fim da spline. 5.3 ALTERANDO POLILINHAS PEDIT Permite a edição das PLINES. Command: Pedit aciona o comando Select polyline: selecione a polilinha. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 92 Close / Join / Width / Edit vertex / Fit / Spline / Decurve / Ltype gen / Undo / eXit <X>: escolha uma opção. Close: cria um segmento unindo o último ponto ao primeiro, tornando-a fechada. Width: solicita uma nova largura para a polilinha. Fit: cria uma curva suave formada por pares de arcos. Spline: cria n-splines a partir de uma polilinha Decurve: cria uma polilinha com segmentos de reta. SPLINEDIT Edita Splines. Command: Splinedit aciona o comando Select spline: selecione uma spline. Fit Data / Close / Move vertex / Refine / rEverse / Undo / eXit <X>: escolha uma opção. Fit Data: edita dados de adaptação. Close: fecha uma spline aberta. Move vertex: reposiciona pontos de controle Reverse: reverte a direção da spline. 5.4 CRIAÇÃO DE HACHURAS BHATCH Cria hachuras associadas aos objetos que formam limites. Command: Bhatch aciona o comando Ao acionarmos o comando, o quadro de diálogo da figura 4 será mostrado na tela. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 93 Figura 4 – Quadro de diálogo de hachuras. Na parte superior esquerda, temos a opção PATTERN que permite a visualização dos tipos de hachuras disponíveis. No canto superior direito temos a opção PICK POINTS, que permite selecionarmos a área pelo clique do mouse em uma área interna da região que se deseja hachurar. A opção PREVIEW HATCH nos mostra como a hachura ficará no objeto antes de aplicarmos, com a opção Scale, na parte inferior esquerda, podemos alterar a escala da hachura. Para aplicarmos a hachura devemos clicar na opção APPLY. 6.0 FERRAMENTAS DE EDIÇÃO ERASE Apaga objetos do desenho. Command: Erase aciona o comando. Select objets: selecione os objetos. Obs.: Caso você selecione um objeto errado, pode-se remove-lo pressionando “r” Enter, o Autocad pedirá para que você remova os objetos selecionados errados. U Desfaz o último comando Command: U aciona o comando e já desfaz o último. COPY Copia objetos de um desenho. Podendo fazer apenas uma cópia como também pode-se fazer várias cópias. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 94 Command: Copy aciona o comando. Select objets: selecione os objetos a serem copiados. <Base point or displacement:> / Multiple: selecione um ponto normalmente próximo ao objeto ao qual deseja copiar, ou selecione M caso queira fazer varias copias. Se teclar M,em seguida será solicitado o ponto base novamente. Second point or displacement: ponto ao qual localizará a copia do objeto. MOVE Move objetos de um desenho Command: Move aciona o comando. Select objets: selecione os objetos a serem movidos. Base point or displacement: selecione um ponto normalmente próximo ao objeto ao qual se deseja mover. Second point or displacement: ponto ao qual localizará o objeto. OFFSET Cria uma cópia paralela do objeto a uma distância determinada pelo usuário. Command: Offset aciona o comando. Offset distance or Through <atual>: especifique uma distância. Select object to offset: selecione o objeto a ser copiado paralelamente. Side to offset: lado que quer a cópia. TRIM Corta o excedente de um objeto até os limites definidos por outros. Command: Trim aciona o comando. Select object: selecione os objetos que serão limites de corte. <Select object toTrim> / Poject / Edge / Undo: selecione os trechos do objeto que deseja apagar. EXTEND Estende objetos até se encontrarem com outro que funcionam como limite. Command: Extend aciona o comando. Select object: selecione os objetos que serão limites de extensão. <Select object toTrim> / Poject / Edge / Undo: selecione os trechos do objeto que deseja estender. MIRROR Copia um objeto simetricamente a um eixo (espelhamento) determinado pelo usuário. Command: Mirror aciona o comando. Select objets: selecione os objetos a serem espelhados. First point of mirror line: selecione um ponto da linha de espelhamento. Second point: segundo ponto da linha de espelhamento. Delete old objects? <N>: deseja apagar o antigo objeto, N mantém o objeto, Y apaga o objeto. CHAMFER Cria chanfros entre objetos. Criando uma nova linha para que o chanfro possa ser criado. Command: Chamfer aciona o comando. (Trim mode) Current chamfer Dist1=1, Dist2=1.5 Polyline / Distance / Angle / Trim / Method <Select first line>: selecione 1° objetos que fará parte do chanfro. Select second line: selecione 2° objeto que fará parte do chanfro. Polyline: Chanfra uma polilinha 2D inteira. Distance: Define as distâncias do chanfro a partir do lado selecionado. Você pode definir as distâncias como zero, fazendo assim uma concordância entre as linhas. Angle: Define as distância do chanfro usando uma distância e um ângulo. Trim: Controla se o Autocad corta os lados selecionados até os pontos extremos da linha. Method: Controla a maneira de entrar com as distâncias (usa duas distâncias ou uma distância e um ângulo). INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 95 FILLET Executa arredondamento entre objetos. Criando um arco para que o arredondamento possa ser criado. Command: Fillet aciona o comando. (Trim mode) Current fillet radius=30 Polyline / Radius / Trim / <Select first line>: selecione 1° objetos que fará parte do Fillet. Select second line: selecione 2° objeto que fará parte do Fillet. Polyline: Arredonda uma polilinha 2D inteira. Radius: Define o raio de concordância. Trim: Controla se o Autocad corta os lados selecionados até os pontos extremos da linha. ARRAY Cria cópias de um objeto com um espaçamento pré-determinado. Copias feitas de um modo polar (feitas em relação a um centro e um raio), e o modo retangular (distâncias em relação ao eixo X e Y). Modo Retangular Command: Array aciona o comando. Select objects: selecione os objetos. Rectangular or Polar array (R/P) <atual>: R escolha a opção de array retangular. Number of rows (---) <3>: Número de linhas. Number of columns: Número de colunas. Unit cell distance between rows (---): Distância entre linhas. Distance between columns: Distância entre colunas. Modo Polar Command: Array aciona o comando. Select objects: selecione os objetos. Rectangular or Polar array (R/P) <atual>: P escolha a opção de array polar. Center point of array: centro do array. Number of itens: Número de itens a criar. Angle to fill (+=ccw, -=cw) <360>: Ângulo de preenchimento com os itens. Rotate objects as theys are copied? <Y>: rotacionar os objetos durante a cópia ou não. ROTATE Rotaciona objetos em torno de um ponto determinado. Command: Rotate aciona o comando. Select objets: selecione os objetos. Base point: selecione um ponto normalmente próximo ao objeto ao qual se deseja rotacionar. <Rotation angle> / Reference: entre com o ângulo de rotação desejado. SCALE Amplia ou reduz os objetos selecionados. Command: Scale aciona o comando. Select objets: selecione os objetos. Base point: ponto a partir do qual você quer o objeto ampliado ou reduzido. <Scale factor> / Reference: digite a escala de ampliação ou redução desejada. BREAK Permite remoção de parte de um objeto, mesmo sem usar outros como limites. Command: Break aciona o comando. Select objets: selecione o objeto para corte assumindo o ponto de seleção como o 1° ponto de corte. Enter second point (or F for first point): F selecione o segundo ponto para imediatamente cortar ou tecle F para voltar e escolher o primeiro ponto. Enter first: entre com o 1° ponto de corte. Enter second point: entre com o 2° ponto de corte. 7.0 ORGANIZAÇÃO DO DESENHO Todos os objetos criados no Autocad possuem propriedades que os identificam, que incluem, entre outros layer, cor e tipo de linha. Os layers são camadas transparentes e superpostas uma às outras nas quais se organizam e se agrupam diferentes tipos de INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 96 informações do desenho. Para cada layer associamos uma cor e um tipo de linha. A cor ajuda a distinguir rapidamente elementos do desenho e determina a espessura da linha durante a plotagem. Os tipos de linha ajudam a perceber facilmente a diferença entre os elementos de desenho. LAYERS Os objetos desenhados no Autocad estão relacionados a algum layer, seja o padrão ou outro criado pelo usuário. Eles servem como um método de organizar o seu desenho em grupos. O número de layers criados é ilimitado. O usuário pode designar um nome para cada layer e selecionar qualquer combinação de layers para apresentar. Para criar e modificar os layers, vamos entrar na opção FORMAT no menu Pull-Down, comando LAYERS, como ilustra a figura 5. Figura 5 – Configuração dos Layers de trabalho. A opção NEW cria um novo Layer com o nome inserido na caixa de texto pelo usuário. A opção DELETE apaga um layer selecionado pelo usuário. CURRENT torna o layer selecionado o atual. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 97 Ao lado do nome dos layers temos vários símbolos representando opções de características dos layers. O símbolo representado por uma lâmpada (On/Off), torna visível/invisível o layer selecionado na área de trabalho, mas o Autocad irá processar e regenerar os objetos deste layer. Os próximos três símbolos (Freeze) servem para congelar/descongelar as viewports se você estiver em paperspace. O símbolo representado por um cadeado (Lock), chaveia o conteúdo do layer não permitindo qualquer tipo de alteração. A opção Color permite selecionar a cor do layer, a cor que os objetos serão desenhados caso a cor esteja setada para by layer. E a opção Lynetype, permite selecionar o tipo de linha do layer. A opção DETAILS mostra as mesmas interações acima, só que de maneira mais descritiva. O quadro LINETYPE, nos apresenta um quadro de diálogo, onde é possível mudar o tipo de linha de um layer. 7.1 MODIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES Para alterar as propriedades de um objeto, ou seja, sua cor, tipo de linha, layer. Deve-se no menu Pull-Down através da opção MODIFY escolher o comando PROPERTIES. Este comando apresenta formas diferentes de quadros de diálogo, selecionando vários objetos de uma vez, o quadro de diálogo é composto pelos botões Color, Layers e Linetype, que alteram a cor, o layer, e o tipo de linha, este comando para ser acionado, na região de comandos deve-se digitar: Command: DDCHPROP aciona o comando Select objects: selecione os objetos. Selecionando apenas um objeto aparecerá o quadro de diálogo, onde pode-se alterar não apenas o layer, cor, tipo de linha, mas também o ponto inicial, ponto final da linha, um texto, etc. Para acionar este comando deve-se digitar na região de comandos: Command: DDMODIFY aciona o comando Select objects: selecione os objetos. 8.0 CRIAÇÃO E UTILIZANDO UMA BIBLIOTECA DE SIMBOLOS. Os objetos desenhados no Autocad podem ser agrupados em blocos formando assim um só objeto. Isso serve para agilizar o processo do desenho, também pode-se criar símbolos em arquivos para que possam ser utilizados em vários desenhos. BLOCK Cria um bloco a partir da seleção dos objetos. Command: Block aciona o comando. Block name (?): nome do bloco a ser gerado Insertion base point: ponto que será dado como referência na hora de inserir o bloco. Select objects: selecione os objetos que farão parte do bloco. WBLOCK Salva um bloco como arquivo. Command: WBlock aciona o comando. Abre um caixa de diálogo, para que o usuário escolha o diretório e o nome do arquivo que será salvo o bloco. Block name: nome do bloco a ser salvo. DDINSERT Inserir blocos no desenho. Command: Ddinsert aciona o comando. Abre o quadro de dialogo, para que o usuário selecione o arquivo a ser inserido ou o bloco. Insertion point: o ponto onde vai ser inserido o bloco. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 98 X scale factor <1> / Corner / XYZ: fator de escala no eixo X. X scale factor (default=X): fator de escala no eixo Y. Rotation angle <0>: ângulo de rotação. EXPLODE Comando para desmembrar um bloco em seus objetos componentes. Command: Explode aciona o comando. Select object: selecione o bloco. 9.0 PLOTAGEM Para cada desenho o usuário pode definir seus parâmetros de impressão, que são caneta, área, origem, escala e rotação. PRINT ou PLOT Comando para impressão do desenho. Command: Plot aciona o comando. Abre a caixa de diálogo para impressão como ilustrado na figura 6. Figura 6 – Caixa de diálogo de impressão. A opção Device and Default Selection permite ao usuário alterar o plotter ou impressora. Pen Assigments permite ao usuário atribuir espessura e cores as canetas. No quadro Addional Parameters o usuário escolhe o que será impresso, ou seja, se será impresso a tela atual, ou uma área selecionada. Paper Size and Orientation, este quadro pode ser definido o INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos ________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 99 tamanho da folha. Scale, Rotation and Origin define a rotação e a escala de impressão do desenho. Plot Preview exibe uma imagem a ser impressa. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 100 ANEXO II: VISUAL ELECTRIC Elaborado por: Ricardo C. Campos 1. Inicialização do Visual Electric Para iniciar o Visual Electric, deve-se acessar o ícone correspondente, localizado no MENU INICIAR > PROGRAMAS > VISUAL ELECTRIC. Em seguida, confirme a inicialização do Visual Electric no prompt do AutoCAD R14 (basta apertar a letra “s”). Surgirá, desta forma, uma tela de trabalho parecida com a do AutoCAD R14 , porém com um menu superior diferente, próprio do Visual Electric. 1.1 Iniciando um Projeto Figura 1 – Caixa de Diálogo para Configuração da Área de Trabalho Acesse o menu ARQUIVO >INICIAR PROJETO e para selecionar a opção para o formato do papel (A0, A1, A2, A3 ou A4), a unidade de trabalho (m, cm ou mm) e a escala do seu desenho (1:1, 1:2, 1:50, 1:100, 1:200, 1:500, etc.). Uma vez iniciado o projeto, o próximo passo é começar a fazer o desenho. O primeiro a ser feito é o desenho do projeto arquitetônico, ou seja, o desenho das paredes, portas, janelas, etc. Somente depois de pronto o arquitetônico é que se pode começar a desenhar o projeto elétrico. 1.2 Considerações Algumas considerações devem ser feitas com respeito a utilização de escalas. O Visual Electric possui uma escala global padronizada em metros. Se o usuário preferir trabalhar em metros, isto proporcionará maiores facilidades em futuras conversões indesejadas de selos, símbolos, textos e outros objetos que necessitem de alteração de escalas. Uma outra consideração importante é que no menu do Visual Electric existem dois comandos ESCALA. Um está situado no menu EDIÇÃO e o outro no menu UTILIDADES. O comando ESCALA do menu EDIÇÃO é correspondente ao comando SCALE do AutoCAD R14. Com ele, o desenhista pode alterar o tamanho de objetos diretamente na tela de trabalho. Já o comando ESCALA do menu UTILIDADES está relacionado com a escala do projeto em andamento. Caso o usuário altere seu valor, por exemplo de 1:100 para 1:50, isto significa que todos os símbolos pertencentes à biblioteca do Visual Electric que forem ser inseridos no desenho agora estarão na nova escala. 2. Desenho do Projeto Arquitetônico O desenho do projeto arquitetônico pode ser executado de diversas maneiras. Esta apostila descreve aquela em que são usados os comandos do Visual Electric. Entretanto, caso o projetista prefira desenhar o arquitetônico de modo diferente ao descrito, não existe problema algum. Inclusive, o Visual Electric permite que desenhos arquitetônicos situados em outros arquivos possam ser inseridos na sua área de trabalho através do menu DESENHOS > INSERIR. Porém, se o projetista escolher um método diferente do método próprio do Visual Electric, ele deve estar atento com relação a escala do seu desenho, uma vez que a escala dos símbolos que serão inseridos pode estar diferente da escala do desenho arquitetônico feito ou inserido. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 101 Na utilização dos comandos do Visual Electric para o desenho do projeto arquitetônico,os layers referentes a paredes, portas e janelas são criados automaticamente. Figura 2 – Projeto Arquitetônico 2.1 Desenho de Paredes Para se desenhar paredes no Visual Electric utiliza-se o comando PAREDE, que se encontra no menu superior DESENHO. O usuário deve entrar com o ponto inicial, que pode ser um ponto qualquer, ou um ponto já existente, e com o ponto final, que também poderá ser qualquer, ou também já existente. Para se definir a largura da parede, logo depois de selecionado o comando, digitar a letra L, referente a largura. Digita-se o valor desejado e pressione ENTER. Para sair do comando basta clicar com o botão direito do mouse ou, se preferir fechar a arquitetura, digitar FE, referente a fechar. Comando: PAREDE Informações: Largura (0.15) Ponto Inicial Ponto Final Caso o projetista tenha que desenhar uma parede a uma determinada distância de um ponto de referência, ele pode digitar R, relativo a referência. Em seguida, ele deve selecionar o ponto de referência, o lado de referência e a distância. Este procedimento é similar ao comando OFF-SET do AutoCAD R14. 2.2 Desenho de Portas Para o desenho de portas, deve-se utilizar o comando PORTA, localizado no menu superior DESENHO. O usuário deve fornecer a largura da porta, o seu ponto fixo e o lado de abertura. Comando: PORTA Informações: Largura (0.80) Ponto Fixo Lado de Abertura Assim como para o desenho de paredes, o projetista pode colocar o ponto fixo da porta a uma determinada distância de referência. Basta digitar R e informar a distância desejada. Além disso, se o projetista já possuir uma biblioteca própria de portas, o Visual Electric permite que estas sejam inseridas no desenho sem nenhum problema, respeitando sempre a escala. 2.3 Desenho de Janelas Para o desenho de janelas, deve-se utilizar o comando JANELA, localizado no menu superior DESENHO. O usuário deve fornecer as seguintes informações ao programa: a largura da janela, o seu ponto inicial, situado no lado externo da parede, a face oposta da parede e um ponto qualquer oposto ao inicial, situado na mesma face da parede. Comando: JANELA Informações: Largura (1.20) Ponto Inicial Face Oposta Ponto Oposto ao Inicial A observação feita para o desenho de portas referente a existência de biblioteca pessoal também vale para o desenho de janelas. 3. Desenho do Projeto Elétrico 3.1 Distribuição das Cargas Elétricas Para a distribuição das cargas elétricas é necessário tomar conhecimento prévio do ponto onde se deseja colocar uma determinada carga. O próximo passo é inserir no desenho os símbolos elétricos referentes às cargas desejadas. No menu superior SÍMBOLOS se encontram todos símbolos necessários, tais como os de iluminação, tomadas, interruptores, sinalizadores, quadros e motores. 3.1.1 Iluminação O acesso às bibliotecas de iluminação se dá pelo menu superior SÍMBOLO. Neste menu, tem-se diversas opções de iluminação. Em ILUMINAÇÃO DIVERSAS podem ser encontrados os símbolos referentes às lâmpadas incandescentes comuns, arandelas, lâmpadas de mercúrio e vapor de sódio, e holofotes. Em INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 102 ILUMINAÇÃO FLUORESCENTE podem ser encontrados os símbolos referentes aos diversos tipos de lâmpadas fluorescentes. Neste exemplo, será inserido uma lâmpada incandescente de 100W num cômodo do desenho arquitetônico do exemplo. Deve-se ter conhecimento, além da potência, de qual circuito faz parte a lâmpada, do retorno e do fator de potência. Primeiramente, deve-se acessar o menu SÍMBOLOS > ILUMINAÇÃO DIVERSAS e selecionar a opção INCANDESCENTE. O usuário deve informar para o Visual Electric o ponto de inserção e o ângulo de rotação do símbolo. Em seguida, aparecerá uma caixa de diálogo onde o usuário deve-se fornecer o circuito, retorno, fator de potência e potência da lâmpada inserida. Comando: INCANDESCENTE Informações: Ponto de Inserção Ângulo de Rotação Dados Elétricos Nota: O Visual Electric, no instante da inserção do símbolo no desenho, automaticamente cria o layer (ou nível) correspondente ao símbolo inserido. Figura 3 – Caixa de Diálogo para Entrada de Dados de Iluminação 3.1.2 Tomadas O acesso às tomadas se dá pelo menu SÍMBOLOS. Neste menu, existem diversas opções de tomadas a serem inseridas, tais como tomadas de energia, telefone, TV, som, além de tomadas diversas, como campainha, cigarra e antena. Como exemplo, será inserido uma tomada baixa 2x4 no mesmo cômodo de arquitetura no qual foi inserido a lâmpada de 100W. Da mesma forma, deve-se ter conhecimento prévio do ponto de inserção do símbolo, bem como os parâmetros elétricos da tomada (circuito, potência e fator de potência). A caixa de diálogo, neste caso, é bem parecida com a da lâmpada incandescente, utilizada no exemplo anterior, diferenciando apenas no nome do bloco que aparece no canto superior esquerdo da caixa. Também é criado automaticamente um layer correspondente ao símbolo inserido. Comando: TOMADA ENERGIA Informações: Ponto de Inserção Ângulo de Rotação Dados Elétricos 3.1.3 Interruptores Acessando o menu SÍMBOLOS > INTERRUPTORES pode-se inserir diversos tipos de interruptores no desenho (de 1 a 4 seções, em paralelo ou intermediário, de minuteria, com tomada anexa, etc.). O Visual Electric exige a informação do ponto de inserção, que já deve ser conhecido, do ângulo de rotação e do retorno. Como exemplo, será inserido um interruptor simples de uma seção que comanda o funcionamento da lâmpada de 100W inserida anteriormente. O quadro de diálogo que surgirá na tela será o seguinte: Comando: INTERRUPTOR Informações: Ponto de Inserção Ângulo de Rotação Dados Elétricos Figura 4 – Caixa de Diálogo para Entrada de Dados de Interruptores INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 103 3.1.4 Quadro de Distribuição de Circuitos Após o procedimento da definição dos pontos elétricos no desenho, deve-se definir a posição onde se encontrará o QDC (Quadro de Distribuição de Circuitos). O acesso ao símbolo de QDC se dá pelo menu SÍMBOLOS > QUADROS onde se encontram os símbolos dos quadros de distribuição de circuitos elétricos e telefônicos, além do da caixa de passagem. Como exemplo, será inserido apenas um quadro, devido a simplicidade do projeto. Deve-se ter conhecimento prévio do local onde será inserido tal símbolo. Automaticamente, o Visual Electric cria um layer correspondente ao símbolo. Comando: QDC Informações: Ponto de Inserção Ângulo de Rotação Nome do QDC O Visual Electric possui um comando, o CENTRO DE CARGA, localizado no menu CÁLCULOS que indica uma posição teórica para o Quadro de Distribuição de Circuitos. Porém, esta posição pode não ser a conveniente, por motivos de segurança, estética ou até mesmo por impossibilidade de se instalar o quadro na posição indicada. Figura 5 – Fase Inicial do Projeto Elétrico (Distribuição das Cargas e Quadros) 3.1.5 Tubulações Elétricas Após a definição dos pontos de energia e posição dos quadros de distribuição de circuitos, o próximo passo será o traçado de tubulações elétricas. O acesso aos tipos de tubulações se dá através do menu TUBULAÇÕES. Neste menu, encontram-se tubulações elétricas, telefônicas, som, TV, alarme, intercomunicador, etc. Para todos os tipos de tubulações existem algumas opções que devem ser escolhidas de modo a atender o projeto, tais como: - Maneira de instalar o eletroduto (Ex. embutido na parede, contido em canaleta fechada, contido em canaleta aberta, embutido em alvenaria, fixado no teto, enterrado nosolo, ao ar livre, etc.). - Representação do eletroduto (Ex. traço simples ou duplo e linha contínua, tracejada ou outro tipo). - Espessura do eletroduto. - Material do Eletroduto (Ex. Rígido Aço-Carbono ou PVC). Como treinamento, será inserido no desenho até agora utilizado um eletroduto embutido no teto, feito de PVC, com traço simples e contínuo. Para o traçado de tubulação deve-se informar ao programa o ponto de início da tubulação e os próximos pontos, dependendo de quantos existirem. Para finalizar o traçado das tubulações, deve-se digitar a letra F, correspondente a fim. Caso o projetista finalize de outra maneira o traçado de uma tubulação, o Visual Electric não reconhecerá a tubulação no momento da representação dos circuitos. Em algumas situações, pode acontecer do projetista ter de contornar alguns obstáculos fazendo com o que a tubulação seja desenhada formando um arco. Para realizar tal tarefa, o desenhista deve fazer vários segmentos de reta em seqüência e depois utilizar o comando TUBULAÇÕES > AJUSTA CURVA. Com este comando pode-se fazer com vários segmentos de reta se tornem um arco. Figura 6 – Caixa de Diálogo para Traçado de Tubulações 3.1.6 Representação dos Circuitos Representar os circuitos é informar que tipos de circuitos passam por determinada tubulação. Os circuitos podem monofásicos, bifásicos ou trifásicos, com ou sem a presença do condutor de terra e/ou de neutro. O acesso a este comando se dá pelo menu SÍMBOLOS > CIRCUITOS. Deve-se informar ao programa: a seqüência de inserção (direta ou aleatória), se os símbolos serão inseridos em conjunto ou em separados e os condutores que formarão o circuito (1 fase - 1 neutro, 1 fase - 1 retorno, 2 fases - 1 neutro, 3 fases - 1 neutro - 1 terra, etc.). INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 104 Além das informações acima, que são dadas em uma caixa de diálogo, devem ser informados no prompt os seguintes dados: - Tubulação do Circuito: qual eletroduto possuirá o(s) circuito(s) escolhido(s). - Ponto Elétrico de chegada do circuito: geralmente uma das cargas instaladas. - Ponto de Inserção: um ponto qualquer sobre o eletroduto. - Ângulo de Rotação - Dados Elétricos: número do circuito, retorno, etc. Figura 7 – Caixa de Diálogo para Representação dos Circuitos Elétricos Figura 8 – Projeto Elétrico Completo (Cargas, Quadro, Tubulações e Circuitos) 3.2 Geração de Quadro de Cargas Após o procedimento de inserção das cargas e quadros elétricos, traçado de tubulações e representação dos circuitos, o próximo passo é a geração do quadro de cargas, que realizará todos os cálculos necessários para o dimensionamento dos condutores, balanceamento de fases e respectivas proteções. Para gerar um quadro de cargas é utilizado o comando CÁLCULOS > GERAR QDC. O seguinte procedimento deve ser adotado para o preenchimento do quadro. - Escolha do nome para o quadro: QDC-01. - Seleção de cargas: abre-se uma janela selecionadora sobre as cargas que pertencerão ao QDC-01. Note que aparecerão no quadro gerado as potências ativas, reativas e totais correspondentes às cargas selecionadas. Agora, selecionando individualmente cada circuito do quadro, deve-se informar os seguintes dados: - Tipo de Circuito: mono, bi ou trifásico. - Comprimento máximo do circuito desde sua origem até a carga terminal. - Fator de demanda das cargas. - Descrição do circuito: iluminação, tomadas, chuveiro, ar condicionado, etc. - Tensão fase-fase: 220V, 380V ou 440V. - Sistema de atendimento: TT, TN ou IT. É importante dizer que deve-se informar tais dados inclusive para a última linha do quadro, que corresponde a soma das cargas dos circuitos. Em seguida, deve-se apertar o botão DIMENSIONAR..., para informar ainda alguns dados, de modo que o programa possa efetuar os cálculos pertinentes ao circuito. Figura 9 – Quadro de Cargas referente ao Projeto Elétrico apresentado Surgirá, então, uma caixa de diálogo contendo duas tabelas. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 105 Figura 10 – Tabela para Dimensionamento de Condutores A tabela de condutores, possui valores de capacidade de corrente para cada seção nominal de condutores e também as influências para 2 ou 3 condutores carregados. A tabela do alimentador geral possui os valores de capacidade de condução de corrente e suas respectivas proteções, a qual atua sobre o dimensionamento da soma de cargas elétricas do quadro. Além escolha de valores das duas tabelas, deve- se informar a queda de tensão e a respectiva proteção, apresentada na tabela proteção que possui as faixas de atuação de disjuntores, e da corrente de curto circuito do sistema, em [kA]. Figura 11 – Tabela para Dimensionamento da Proteção Feito isso, basta inserir o quadro de cargas no AutoCAD. Figura 12 – Quadro de Cargas Simplificado referente ao Projeto Elétrico apresentado 3.3 Diagrama Unifilar Geral A inserção do Diagrama Unifilar Geral é bastante simples e se dá pelo comando CÁLCULO > ESQUEMA UNIFILAR. O usuário deve informar o nome do respectivo quadro e o ponto de inserção do diagrama. Figura 13 – Diagrama Unifilar referente ao Projeto Elétrico apresentado 4. Outros Recursos do Visual Electric 4.1 Alteração de Parâmetros Elétricos Caso seja necessário alterar algum dado referente aos símbolos do Visual Electric inseridos durante o projeto, basta acessar o menu EDIÇÃO > PARÂMETROS ELÉTRICOS. Porém, se os cálculos relacionados ao projeto já tiverem sido executados no momento da alteração dos parâmetros elétricos, todos os cálculos devem ser refeitos. 4.1 Lista de Materiais O Visual Electric, além de efetuar os cálculos do quadro de cargas, também gera a lista de todo o material elétrico empregado na confecção do projeto, tais como lâmpadas, interruptores, tubulação, disjuntores, condutores, etc. Para isso, deve-se acessar o comando CÁLCULOS > LISTA DE MATERIAL e informar alguns dados ao programa. Tais dados são: - Cargas elétricas que serão listadas: deve-se selecionar abrindo uma janela sobre o desenho ou selecionar individualmente. - Nome do Quadro de Cargas. - Fator de Repetição. - Fator de Segurança. - Ponto de inserção no desenho. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 106 Figura 13 – Lista de Materiais referente ao Projeto Elétrico apresentado 4.2 Legendas Pode-se também gerar a legenda dos símbolos utilizados no projeto. O acesso a este comando se dá pelo menu DESENHO > LEGENDAS. O símbolos do Visual Electric estão em concordância com a ABNT. O projetista deve escolher o tipo de legenda desejado e informar o ponto de inserção. Figura 15 – Caixa de Diálogo para Inserção de Legendas 4.3 Entrada de Energia e Aterramento O Visual Electric possui padrões de entrada de energia em baixa tensão e alta tensão, entrada telefônica e aterramento. Conforme a escolha, o projetista deve informar apenas o ponto de inserção no desenho. Figura 16 – Caixa de Diálogo para Inserção do Padrão de Entrada Figura 17 – Entrada de Energia em Baixa Tensão 4.4 Pára-raios O Visual Electric possui ainda padrões de projeto de pára-raios. Estes se encontram no menu DESENHO > PÁRA-RAIOS. Se o projetista desejar incluir em seu projeto algum pára-raios, deve acessar tal menu, escolher o desenho convenientee o ponto de inserção. Figura 18 – Caixa de Diálogo para Inserção de Pára-Raios 4.4 Motores Elétricos O Visual Electric possui ainda uma biblioteca de símbolos de motores, que se encontra no menu SÍMBOLOS > MOTORES. Através dela, pode-se inserir INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 107 motores elétricos aos circuitos do projeto, de modo que o programa os inclui nos seus cálculos. Figura 19 – Caixa de Diálogo para Inserção de Motores 4.5 Detalhes Diversos Também fazem parte da biblioteca do Visual Electric alguns detalhes que geralmente são padronizados, tais como Cabine AT, Subestação em Poste, Quadros Telebrás, Modelos de Demanda, Muflas AT, Casa de Máquinas, entre outros. Figura 20 – Caixa de Diálogo para Inserção de Detalhes 4.6 Cálculo de Iluminação Interna O Visual Electric executa o cálculo de iluminação interna através do Método dos Lúmens, localizado no menu CÁLCULOS > MÉTODO DOS LÚMENS. Através deste comando, o Visual Electric calcula o número de luminárias que devem ser instaladas dentro de um ambiente fechado por 4 paredes, bem como faz a distribuição simétrica das luminárias dentro desta área. O primeiro passo é, então, ter um ambiente fechado por 4 paredes. Este ambiente pode ser obtido a critério do projetista, ou seja, pode ser desenhado a partir dos comandos do Visual Electric ou do AutoCAD R14, assim como pode ser inserido como um bloco vindo de um arquivo diferente. Figura 21 – Ambiente Fechado para Execução do Cálculo da Iluminação Interna Em seguida, acessa-se o comando no menu do Visual Electric. Aparecerá uma caixa de diálogo conforme a aparesentada abaixo. Figura 22 – Caixa de Diálogo do Método dos Lúmens Nesta caixa de diálogo devem ser informados todos os dados necessários para que o programa execute os cálculos para a distribuição da iluminação interna. O projetista deve informar os seguintes dados: - Dados do Local: altura, comprimento e largura do ambiente. O comprimento e a largura são informados selecionando com o mouse os segmentos de reta internos das paredes, um na horizontal e outro na vertical. - Definição do Nível de Isolamento: se o cômodo é uma sala de escritório, indústria, comércio, hospital, etc. Figura 23 – Caixa de Diálogo para INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 108 Definição do Nível de Iluminação - Fator de Depreciação: é função da luminária utilizada - Fator de Utilização: é função das reflectâncias e do tipo de luminária utilizada - Tipo de Lâmpada Após estas informações serem dadas, pode-se pressionar o botão Calcular, o programa executará os cálculos baseados nos parâmetros indicados. Como resultado destes cálculos tem-se o número de luminárias que deve ser utilizadas, bem como o lux real gerados por essas luminárias Para se distribuir as luminárias na arquitetura, deve-se primeiro informar quantas luminárias na direção X (horizontal) o projetista deseja. Este número deve ser coerente de modo que a multiplicação do número de luminárias na horizontal vezes o número de luminárias da vertical seja próximo do número de luminárias calculadas. Então, selecione o botão Preview e confirme para instalar as luminárias. Aparecerá uma caixa de diálogo solicitando informações a respeito do circuito, retorno, potência e fator de potência das luminárias. Inicialmente estes dados podem ser omitidos. Porém, caso o projetista queira inserir tais cargas aos cálculos do Visual Electric, ele terá de fornecer tais informações através do recurso apresentado na seção 4.1. Figura 24 – Distribuição das Luminárias pelo Método dos Lúmens em Ambiente Fechados AUTOLUX 1.0 Introdução O programa AutoLux, é um complemento do Visual Electric, para cálculo de iluminação externa. O procedimento de iluminação se baseia no método ponto a ponto. 1.1 Inicializando o Autolux Para inicializarmos o Autolux devemos primeiramente acionar o Visual Electric. Seguindo os procedimentos para o mesmo, ou seja, no menu arquivo devemos ir na opção Iniciar o projeto, fazendo assim a escolha das unidades de trabalho e escalas do desenho. 2.0 Definição da Área Deverão ser consideradas linhas que limitem o terreno a ser iluminado (área inicial), onde será feito o cálculo médio de iluminamento. No menu pull-down devemos escolher a opção CALCULOS>AUTOLUX que acionará a caixa de diálogo da figura 1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 109 Figura 1 – Caixa de diálogo AutoLux. Esta caixa de diálogo apresenta todas as ferramentas disponíveis para a execução do cálculo de iluminação externa. Na parte superior esquerda da caixa de diálogo temos a opção SELECIONAR onde devemos selecionar a linhas perpendiculares que limitam a área inicial. O aplicativo retornará os valores de Comprimento e de largura do terreno, e sua respectiva área. 3.0 Parâmetros de Cálculo Deve-se então definir o nível de iluminamento requerido, na opção NÍVEL DE ILUMINAÇÃO localizado na parte de Dados da caixa de diálogo, essa opção já fornecerá o valor de Lux requerido automaticamente. Também deve-se considerar a altura do poste e a distância entre os mesmos em metros, e a quantidade de luminárias do poste. Após preencher os campos acima, seleciona-se o botão CALCULAR, será apresentado então o numero de postes e o nível de iluminação médio. Com esses valores é possível então escolher o tipo de luminária, localizada na parte superior direita da caixa de diálogo. Pode-se também alterar o ângulo da luminária em relação ao eixo vertical do poste, com a opção Ângulo da Luminária. Figura 2 – Cálculos da quantidade de postes e Lux médio. 4.0 Inserção de Postes Para inserir os postes, deve-se selecionar o botão INSERÇÃO DE POSTE. Coloca-se então os postes na planta, informando ponto de inserção, altura do poste e ângulo de rotação. Deve-se inserir a quantidade necessária para que seja feita a distribuição correta do iluminamento esperado. A cada poste inserido deve-se indicar a sua altura. A figura 3 ilustra uma área com os postes já inseridos. Figura 3 – Inserção de postes. 5.0 Verificação dos Níveis de Iluminamento O procedimento de verificação consiste na plotagem na planta, dos níveis de iluminamento calculados ponto a ponto em cores resultantes de uma comparação do nível médio, com o nível no próprio ponto em distâncias definidas pelo usuário. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 110 As cores podem ser configuradas selecionando- se o botão DEFINIÇÃO DE COR/PORCENTAGEM. Podendo assim definir as cores e os percentuais entre o nível médio e o nível calculado no ponto que serão assumidos no comando verificar, caixa de diálogo apresentada na figura 4. Figura 4 – Cores e porcentagem de iluminação. Ao acionar o comando VERIFICAR, o usuário deve entra com o ponto inicial da sua área, isto é, deve selecionar o ponto final da linha que limita o terreno analisado (linha horizontal), deve se indicar o numero de postes e o espaçamento entre eles para que a analise seja feita. Seleciona-seentão cada poste individualmente, fazendo assim com que seja plotado os cálculos descritos, como ilustra a figura 5. Esse procedimento de verificação cria textos coloridos na planta, que podem ser retirados através do botão DESFAZER, que apagará todos os textos plotados. Figura 5 – Verificação dos níveis de iluminamento. 6.0 Visualização Com o botão VISUALIZAÇÃO pode-se gerar vista em 3D Isométricas ou em perspectiva dos projetos realizados. Figura 6 – Visualização em 3D. 7.0 Relatórios Com o botão RELATÓRIOS o AutoLux permite a inserção na planta de um relatório contendo os resultados dos cálculos efetuados pelo aplicativo, como mostra a figura 7. Também pode-se gerar uma lista de materiais utilizando-se do comando já conhecido do Visual Electric. Figura 7 – Relatório de cálculo. 8.0 Cadastramento de Luminárias Com o botão CADASTRA LUMINÁRIAS, é possível inserir novas luminárias diretamente no aplicativo. O cadastramento de luminárias se baseia na inserção das curvas isolux dos fabricantes. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos Visual Electric - 111 Ao acionar esse comando, uma caixa de diálogo abri-se, figura 8, onde deve-se indicar o nome da luminária, o campo com o fluxo da luminária em lumens, os valores relativos em “cd/1000lm” (candelas por 1000 lumens) para os ângulos Teta e Alfa, esse valores serão achados diretamente na curva isolux da luminária (catálogo do fabricante). O ângulo Teta permite que o aplicativo localize o ponto de análise em relação a um ângulo no plano X, Y, que se localiza na face frontal à luminária ou na face atrás do poste. Já o ângulo alfa permite a localização vertical do ponto de análise. Figura 8 – Cadastramento de luminárias. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos AutoLux - 112 ANEXO III: AUTOLUX Elaborado por: Adilson S. Engelmann 1.0 Introdução O programa AutoLux, é um complemento do Visual Electric, para cálculo de iluminação externa. O procedimento de iluminação se baseia no método ponto a ponto. 1.1 Inicializando o Autolux Para inicializarmos o Autolux devemos primeiramente acionar o Visual Electric. Seguindo os procedimentos para o mesmo, ou seja, no menu arquivo devemos ir na opção Iniciar o projeto, fazendo assim a escolha das unidades de trabalho e escalas do desenho. 2.0 Definição da Área Deverão ser consideradas linhas que limitem o terreno a ser iluminado (área inicial), onde será feito o cálculo médio de iluminamento. No menu pull-down devemos escolher a opção CALCULOS>AUTOLUX que acionará a caixa de diálogo da figura 1. Figura 1 – Caixa de diálogo AutoLux. Esta caixa de diálogo apresenta todas as ferramentas disponíveis para a execução do cálculo de iluminação externa. Na parte superior esquerda da caixa de diálogo temos a opção SELECIONAR onde devemos selecionar a linhas perpendiculares que limitam a área inicial. O aplicativo retornará os valores de Comprimento e de largura do terreno, e sua respectiva área. 3.0 Parâmetros de Cálculo Deve-se então definir o nível de iluminamento requerido, na opção NÍVEL DE ILUMINAÇÃO localizado na parte de Dados da caixa de diálogo, essa opção já fornecerá o valor de Lux requerido automaticamente. Também deve-se considerar a altura do poste e a distância entre os mesmos em metros, e a quantidade de luminárias do poste. Após preencher os campos acima, seleciona-se o botão CALCULAR, será apresentado então o numero de postes e o nível de iluminação médio. Com esses valores é possível então escolher o tipo de luminária, localizada na parte superior direita da caixa de diálogo. Pode-se também alterar o ângulo da luminária em relação ao eixo vertical do poste, com a opção Ângulo da Luminária. Figura 2 – Cálculos da quantidade de postes e Lux médio. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos AutoLux - 113 4.0 Inserção de Postes Para inserir os postes, deve-se selecionar o botão INSERÇÃO DE POSTE. Coloca-se então os postes na planta, informando ponto de inserção, altura do poste e ângulo de rotação. Deve-se inserir a quantidade necessária para que seja feita a distribuição correta do iluminamento esperado. A cada poste inserido deve-se indicar a sua altura. A figura 3 ilustra uma área com os postes já inseridos. Figura 3 – Inserção de postes. 5.0 Verificação dos Níveis de Iluminamento O procedimento de verificação consiste na plotagem na planta, dos níveis de iluminamento calculados ponto a ponto em cores resultantes de uma comparação do nível médio, com o nível no próprio ponto em distâncias definidas pelo usuário. As cores podem ser configuradas selecionando- se o botão DEFINIÇÃO DE COR/PORCENTAGEM. Podendo assim definir as cores e os percentuais entre o nível médio e o nível calculado no ponto que serão assumidos no comando verificar, caixa de diálogo apresentada na figura 4. Figura 4 – Cores e porcentagem de iluminação. Ao acionar o comando VERIFICAR, o usuário deve entra com o ponto inicial da sua área, isto é, deve selecionar o ponto final da linha que limita o terreno analisado (linha horizontal), deve se indicar o numero de postes e o espaçamento entre eles para que a analise seja feita. Seleciona-se então cada poste individualmente, fazendo assim com que seja plotado os cálculos descritos, como ilustra a figura 5. Esse procedimento de verificação cria textos coloridos na planta, que podem ser retirados através do botão DESFAZER, que apagará todos os textos plotados. Figura 5 – Verificação dos níveis de iluminamento. 6.0 Visualização Com o botão VISUALIZAÇÃO pode-se gerar vista em 3D Isométricas ou em perspectiva dos projetos realizados. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS Anexos AutoLux - 114 Figura 6 – Visualização em 3D. 7.0 Relatórios Com o botão RELATÓRIOS o AutoLux permite a inserção na planta de um relatório contendo os resultados dos cálculos efetuados pelo aplicativo, como mostra a figura 7. Também pode-se gerar uma lista de materiais utilizando-se do comando já conhecido do Visual Electric. Figura 7 – Relatório de cálculo. 8.0 Cadastramento de Luminárias Com o botão CADASTRA LUMINÁRIAS, é possível inserir novas luminárias diretamente no aplicativo. O cadastramento de luminárias se baseia na inserção das curvas isolux dos fabricantes. Ao acionar esse comando, uma caixa de diálogo abri-se, figura 8, onde deve-se indicar o nome da luminária, o campo com o fluxo da luminária em lumens, os valores relativos em “cd/1000lm” (candelas por 1000 lumens) para os ângulos Teta e Alfa, esse valores serão achados diretamente na curva isolux da luminária (catálogo do fabricante). O ângulo Teta permite que o aplicativo localize o ponto de análise em relação a um ângulo no plano X, Y, que se localiza na face frontal à luminária ou na face atrás do poste. Já o ângulo alfa permite a localização vertical do ponto de análise. Figura 8 – Cadastramento de luminárias. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COMERCIAIS E RESIDENCIAIS ÍNDICE Parte I : Fundamentos e estrutura das instalações elétricas Parte II: Projeto das instalações elétricas Parte I : Fundamentos e estrutura das instalações elétricas CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES Deng Xiiaoping RESUMO1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – PROJETOS 3.0 - MONTAGENS 4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES 5.0 - REPROJETOS 6.0 - MANUTENÇÃO 7.0 - ORÇAMENTOS 9.0 – TERMINOLOGIA USUAL 10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES 11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS 12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS 13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL Pacco Rabanne RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO 3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL 4.0 – ENTRADA COLETIVA 5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) 6.0 – FUSÍVEIS 7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG” 8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (Fi) 9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS 10.0 – CONDUTOS 10.1 – Eletrodutos 10.2 – Bandejas 10.3 - Eletrocalhas 10.4 - Canaletas 11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS 12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS 14.0 – CHAVES-BÓIA 15.0 – CLITES OU ROLDANAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS Edith Wharton RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS 3.0 – LÂMPADAS 3.1 – Lâmpadas Incandescentes 3.2 - Lâmpadas de Descarga 3.2.2 - Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão 3.2.3 - Lâmpadas a vapor de mercúrio 3.2.4 - Lâmpada mista 3.2.5 - Multivapor metálico 3.2.5 - Lâmpadas a vapor de sódio – alta pressão 4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 4.1 – Soquetes 4.2 - Plafoniers 4.3 - Luminárias 5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO 5.1 – Interruptores Simples 5.2 – Interruptores paralelos (three-way) 5.3 – Interruptores intermediários (four-way) 5.4 – Minuteria 5.5 Interruptor Horário 5.6 – Variador ou Controlador de Luz 5.7 – Sensor de presença 5.8 – Relé Fotoelétrico REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Parte II: Projeto das instalações elétricas CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Tristam Bernard RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO 3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 3.1 – Obtenção de Informações Preliminares 3.2 – Simbologia e Convenções 3.3 - Quantificação do Sistema 3.5 - Determinação do Padrão de Atendimento: 3.4 – Diagramas em Planta 3.5 – Especificação dos Componentes dos Circuitos 3.6 - Quadros de Carga e Diagramas Unifilares 3.7 – Desenhos Complementares 3.8 - Memorial Descritivo 3.9 - Memorial de cálculo: 3.10 - Relação de materiais 3.11 - ART 3.12 - Análise da Concessionária 3.13 - Revisão do Projeto (se necessário) 3.14 - Aprovação da Concessionária 4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO 5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS Maiakowsky RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO 3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS 4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO 4.1 – Tomadas de uso específico 4.2 – Tomadas de uso geral 4.3 – Tomadas em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço e lavanderia 5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS 5.1 – Quantidade de tomadas em escritórios comerciais ou locais análogos 5.2 – Quantidade de tomadas em lojas 6.0 – AR CONDICIONADO 7.0 – OUTRAS CARGAS 8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA 9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS 10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS 11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES 11.1 – Cargas de Iluminação 11.2 – Tomadas de Uso Geral 11.3 – Tomadas de Uso Específico 11.4 – Quadro de Distribuição de Cargas 12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS Jung RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS 3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS 4.0 – QUADRO DE CARGAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS Henry Drummond RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS Figura 1 – Cotas para a montagem de componentes 3.0 - SIMBOLOGIA 4.0 - COMANDO DE LAMPADAS 5.0 - TOMADAS 6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA NOTA IMPORTANTE CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA Aristóteles RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – EXEMPLO CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS CIRCUITOS INTERNOS Nietzsche RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 2.1 – Bitolas Mínimas 2.2 – Determinação das Bitolas 2.3 – Bitolas dos Condutores do Neutro e Terra 3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG) Itamar Franco RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS 4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 5.0 – ENTRADAS COLETIVAS 6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS 6.1 – Demanda do Condomínio 6.2 – Demanda das Lojas 6.3 – Demanda do Apartamento de 120 m2 6.4 – Demanda do Apartamento de 240 m2 6.5 – Demanda Total dos Apartamentos 6.6 – Demanda Total do Edifício REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG) Roosevelt RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO 2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO 3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 4.1 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Igual ou Inferior a 95 kVA 4.2 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Entre 95 e 245 kVA 4.3 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda entre 245 e 1.500 KVA 4.4 - Edificações de Uso Coletivo com Demanda Superior a 1500 KVA 4.5 - Edificações com Unidade(s) Consumidora(s) com Carga Instalada Superior a 75 KW 4.6 - Edificações Agrupadas (Agrupamentos) 5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO 5.1 - Tipo A:. Fornecimento de energia a 2 fios (Fase-Neutro) 5.2 - Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2 Condutores Fases-Neutro) 5.3 - Tipo C: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2 Condutores Fases-Neutro) 5.4 - Tipo D: Fornecimento de energia a 4 fios (3 Condutores Fases-Neutro) 5.5 - Tipo E: Fornecimento de Energia a 3 fios (2 Condutores Fases-Neutro) 5.6 - Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 Fases-Neutro) 5.7 - Tipo H: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2 condutores Fases - Neutro) 5.8 - Tipo I: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fases - Neutro) 5.9 - Tipo J: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3 condutores Fases - Neutro) 6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO 7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA 8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXO I: AUTOCAD R 14 ANEXO II: VISUAL ELECTRIC ANEXO III: AUTOLUX