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SOS História - Mercantilismo

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PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
MERCANTILISMO 
Podemos definir o mercantilismo como 
sendo a política econômica adotada na 
Europa durante o Antigo Regime pelos 
Estados Absolutistas. Como já 
dissemos, o governo absolutista 
interferia na economia para se 
fortalecer. Era sujeito e objeto. O 
objetivo principal destes governos era 
alcançar o máximo possível de 
desenvolvimento econômico, através 
do acúmulo de riquezas. Quanto maior 
a quantidade de riquezas dentro de um 
reino, maior seria seu prestígio, poder e 
respeito internacional. 
Podemos citar como principais 
características do sistema econômico 
mercantilista: 
Metalismo: o ouro e a prata eram 
metais que deixavam uma nação muito 
rica e poderosa, portanto os 
governantes faziam de tudo para 
acumular estes metais. Além do 
comércio externo, que trazia moedas 
para a economia interna do país, a 
exploração de territórios conquistados 
era incentivada neste período. Foi 
dentro deste contexto histórico, que a 
Espanha retirou toneladas de ouro das 
comunidades indígenas da América. 
Desenvolvimento Manufatureiro: o 
governo estimulava o desenvolvimento 
de indústrias em seus territórios. Como 
o produto industrializado era mais caro 
do que matérias-primas ou gêneros 
agrícolas, exportar manufaturados era 
certeza de bons lucros. 
Protecionismo Alfandegário: os reis 
criavam impostos e taxas para evitar ao 
máximo a entrada de produtos vindos 
do exterior. Era uma forma de 
estimular a indústria nacional e 
também evitar a saída de moedas para 
outros países. 
Exploração Colonial: as colônias 
européias deveriam fazer comércio 
apenas com suas metrópoles. Era uma 
garantia de vender caro e comprar 
barato, obtendo ainda produtos não 
encontrados na Europa. Dentro deste 
contexto a colonização do Brasil só faz 
sentido se percebermos os objetivos 
mercantilistas que se queria alcançar. 
Balança Comercial Favorável: o esforço 
era para exportar mais do que 
importar, desta forma entraria mais 
moedas do que sairia, deixando o país 
em boa situação financeira. 
Crescimento Populacional: mais gente 
para trabalhar nas oficinas, servir ao 
exército e a marinha. 
Piarataria: nem os países deram a sorte 
da Espanha, rica em colônias com 
minas de ouro e prata. Portanto, uma 
maneira bem eficiente de obtê-los era 
roubando. Piratas recebem do Rei uma 
Carta de Corso, onde são autorizados a 
roubar em nome do Rei. 
 
Invasão e conquista da américa 
Portuguesa 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
O Período Pré Colonial - 1500/1530 
O período pré-colonial é a fase 
transcorrida entre a chegada da 
esquadra de Pedro Álvares Cabral e o 
primeiro projeto nitidamente 
colonizador empreendido por Martim 
Afonso de Souza em 1531. Durante 
esse período, a região conhecida como 
América portuguesa, teve um papel 
secundário na economia de Portugal, 
no momento em que o comércio com 
as Índias Orientais monopolizava os 
interesses mercantis do Império. 
Exploração de Pau - Brasil 
A primeira riqueza explorada pelo 
europeu em terras brasileiras foi o pau-
brasil (caesalpinia echinata),árvore que 
existia com relativa abundância em 
largas faixas da costa brasileira. O 
interesse comercial nessa madeira 
decorria da possibilidade de extrair-se 
dela uma substância corante, 
comumente utilizada para tingir 
tecidos. Antes da conquista da América 
indústria europeia de tintas comprava o 
pau-brasil trazido do Oriente pelos 
mercadores que atuavam nas rotas 
tradicionais do comércio indiano. Após 
a conquista do Brasil, tornava-se mais 
lucrativo extraí-lo diretamente de 
nossas matas litorâneas. 
O rei de Portugal não demorou a 
declarar a exploração do pau-brasil um 
monopólio da coroa portuguesa. 
Oficialmente, ninguém poderia retirá-lo 
de nossas matas sem prévia concessão 
da coroa e o pagamento do 
correspondente tributo. A primeira 
concessão para explorar o pau-brasil foi 
fornecida a Fernão de Noronha, em 
1501, que estava associada a vários 
comerciantes judeus. Os Franceses, que 
não reconheciam a legitimidade do 
Tratado de Tordesilhas, agiam 
intensamente no litoral brasileiro, 
extraindo a madeira sem pagar os 
tributos exigidos pela coroa 
portuguesa. O esquema montado para 
a extração do pau-brasil contava 
,essencialmente , com a importante 
participação do indígena. Só as 
tripulações dos navios que efetuam o 
tráfico não dariam conta, a não ser de 
forma muito limitada , da árdua tarefa 
de cortar árvores de grande porte 
como o pau-brasil , que alcança um 
metro de diâmetro na base do tronco e 
10 a 15m de altura. A princípio , o 
trabalho do índio era conseguido 
"amigavelmente" com o escambo. Este 
consistia , basicamente , em derrubar 
as grandes árvores , cortá-las em 
pequenas toras , transportá-las até a 
praia e , daí, aos locais onde estavam 
ancorados os navios. Não devemos 
considerar que os indígenas eram 
enganados ou simplesmente saiam 
perdendo com o escambo. Caso 
imaginemos o índio enganado e 
prejudicado cometeremos o erro do 
Etnocentrismo. 
Etnocentrismo é um conceito da 
Antropologia definido como a visão 
demonstrada por alguém que considera 
o seu grupo étnico ou cultura o centro 
de tudo, portanto, num plano mais 
importante que as outras culturas e 
sociedades. O termo é formado pela 
justaposição da palavra de origem 
grega "ethnos" que significa "nação, 
tribo ou pessoas que vivem juntas" e 
centrismo que indica o centro. Um 
indivíduo etnocêntrico considera as 
normas e valores da sua própria cultura 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
melhores do que as das outras culturas. 
Isso pode representar um problema, 
porque frequentemente dá origem a 
preconceitos e ideias infundamentadas. 
Uma visão etnocêntrica demonstra, por 
vezes, desconhecimento dos diferentes 
hábitos culturais, levando ao 
desrespeito, depreciação e intolerância 
por quem é diferente, originando em 
seus casos mais extremos, atitudes 
preconceituosas, radicais e xenófobas. 
Este fenômeno universal pode atingir 
proporções drásticas, quando culturas 
tecnicamente mais frágeis entram em 
contato com culturas mais dominantes 
e avançadas. Alguns exemplos de 
etnocentrismo estão relacionados ao 
vestuário. Um deles é o hábito indígena 
de vestir pouca ou nenhuma roupa; 
outro caso é o uso do kilt (uma típica 
saia) pelos escoceses. São duas 
situações que podem ser tratadas com 
alguma hostilidade ou estranheza por 
quem não pertence àquelas culturas. 
Etnocentrismo e relativismo cultural . 
O relativismo cultural é uma corrente 
de pensamento ou doutrina que tem 
como objetivo entender as diferenças 
culturais e estudar o porquê das 
diferenças entre culturas distintas. 
Enquanto o etnocentrismo tem uma 
vertente de confronto, o relativismo 
aborda as diferenças de uma forma 
apaziguadora. É importante destacar 
que o relativismo cultural é uma 
ideologia que defende que os valores, 
princípios morais, o certo e o errado, o 
bem e o mal, são convenções sociais 
intrínsecas a cada cultura. Um ato 
considerado errado em uma cultura 
não significa que o seja também 
quando praticado por povos de 
diferente cultura. 
Conquista e Colonização 
Foi no ano de 1531, com Portugal sob o 
reinado de D. João III, que a política 
colonialista portuguesa em relação ao 
Brasil passou a tomar novos rumos: a 
expedição de Martim Afonso de Sousa 
ao Brasil manteve os objetivos das 
expedições anteriores, porém 
acrescentando-se a tais objetivos a 
efetivação da ocupação portuguesa em 
solo brasileiro. Portanto, a expedição 
de Martim Afonso de Sousa é tomada 
como o marco do início do processo de 
colonização portuguesa no Brasil. Uma 
nova mentalidade econômica que se 
afirmara a partir do século XV a antiga 
ordem feudal fora substituída pelos 
territórios das nações europeias 
unificados por um poder centralizante. 
À orientação econômica geral que estas 
nações passaram a seguir em sua busca 
por terras que oferecessem vantagens 
comerciais é resumida no conceito de 
mercantilismo. Essa orientação que na 
verdade nunca obtiveracomo origem 
uma formulação científica baseava-se 
em preceitos como: o acúmulo de 
riquezas através da detenção de metais 
preciosos, o que garantiria o poder 
econômico do Estado; o 
desenvolvimento manufatureiro como 
exclusividade da metrópole; a garantia 
dos domínios comerciais no exterior; o 
superávit da balança comercial, que 
originou políticas protecionistas e 
intervencionistas por parte dos 
estados. O conceito mercantilista teve 
projeção no processo de colonização da 
América paralela e contraditoriamente 
à projeção de certas características do 
mundo feudal em extinção, como pode 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
ser observado na futura organização da 
colônia em capitanias. 
A Plantation 
Até algumas décadas atrás, quando se 
fazia referência à economia açucareira, 
estava sempre presente o tripé 
latifúndio, monocultura e escravidão 
como características fundamentais 
dessa cultura. Entretanto, estudos mais 
recentes mostraram que ainda que 
esse tripé seja válido para as plantações 
de cana-de-açúcar, ele é insuficiente 
para explicar o funcionamento da 
economia canavieira como um todo. A 
cultura da cana-de-açúcar tem um 
setor agrícola, que compreende as 
plantações, que é realmente fundado 
no latifúndio monocultor escravista. 
Contudo, apresenta também um setor 
fabril – o engenho – que pede uma 
caracterização mais ampla. Por isso, foi 
utilizado o termo Plantation, que 
significa um latifúndio monocultor em 
que há o beneficiamento do produto, 
no nosso caso, a transformação da cana 
em açúcar visando a exportação. 
Observe atentamente esta imagem. Na 
imagem vemos um engenho, que foi, 
na época da economia açucareira da 
América Portuguesa, um sofisticado 
artefato mecânico. Nele, se dava todo o 
processo de transformação da cana em 
açúcar. Nesse espaço atuavam diversos 
tipos de trabalhadores responsáveis 
pelas inúmeras tarefas que a produção 
e a preparação para a exportação 
exigiam. No engenho atuavam, homens 
livres e assalariados, a exemplo dos 
mestres de açúcar, entretanto a 
maioria dos trabalhadores era 
constituída por escravos africanos. 
Por tudo isso, o termo Plantation é 
mais adequado, porque explicita essa 
importante face fabril da economia 
açucareira. Neste capítulo, você irá 
estudar também, alguns aspectos 
relacionados ao escravismo colonial. 
Tema este que sofreu uma das maiores 
revisões historiográficas dos últimos 
tempos. Desde as análises marxistas 
que viam os escravos como meras 
mercadorias, como seres moventes, 
desprovidos de vontade própria, 
explorados, oprimidos e 
invariavelmente castigados por seus 
senhores, a historiografia caminhou um 
bocado. Hoje, a escravidão é encarada 
como uma gama de possibilidades de 
negociações envolvendo senhores e 
escravos; onde os cativos são vistos 
como agentes históricos com vontade 
própria, capazes de fazer valer os seus 
direitos na justiça; possuir terras a 
chamada brecha camponesa; ajuntar 
um certo pecúlio, vender seus produtos 
no mercado e por aí vai. Agora, é claro 
que não se pode negar o caráter 
violento da escravidão. É preciso 
lembrar que o castigo e a violência 
física faziam parte do dia a dia da 
sociedade como um todo, marcando as 
relações entre pais e filhos, esposo e 
esposa, mestres e alunos. Uma clara 
expressão da legitimidade do castigo 
violento era o direito que o Estado 
tinha de aplicar pena de morte em 
pessoas vistas como ameaças à ordem 
social. Esse direito foi amplamente 
exercido durante todo o período 
escravista, tirando a vida de livres e 
cativos. Considerando esse contexto 
histórico, podemos afirmar que, apesar 
das injustiças, os escravos também 
compartilhavam da noção de 
legitimidade do castigo, embora, 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
evidentemente não gostassem dele. 
Assim, por exemplo, os libertos que se 
tornassem senhores de escravos – e 
eles eram numerosos – não hesitavam 
em aplicar castigos físicos nos seus 
cativos, quando julgavam necessário. 
O Escravismo Colonial 
A escravidão existia na África muito 
antes da chegada dos europeus, 
sancionada pelas leis e pelos costumes 
das várias regiões desse continente. O 
sofrimento, imposto pelo tráfico 
negreiro, começava em terras 
africanas, antes mesmo de os cativos 
serem embarcados nos navios 
negreiros. No primeiro século da 
escravidão, os índios representaram a 
principal mão de obra nas atividades 
econômicas da América Portuguesa. 
Gradativamente, foram sendo 
substituídos pelos africanos, que se 
tornaram, como disse um cronista da 
época, “as mãos e os pés” dos 
senhores. Entre o final do século XVI e 
as últimas décadas do século XIX, os 
escravos negros tornaram-se a mão de 
obra por excelência da América 
Portuguesa. A economia 
agroexportadora necessitava, para sua 
realização, de grandes extensões de 
terra, especialmente de um só produto 
e mão de obra compulsória. A 
disponibilidade de terras na América 
Portuguesa poderia gerar, se houvesse 
a predominância do trabalho livre, o 
trabalho familiar, o minifúndio, 
estatutos incompatíveis com as 
necessidades de exportação agrícola da 
metrópole. Assim, o trabalho escravo 
completava o latifúndio e a 
monocultura, imprescindíveis para o 
sucesso da economia agroexportadora 
implantada na América Portuguesa. A 
escravidão existia na África muito antes 
da chegada dos europeus, sancionada 
pelas leis e pelos costumes das várias 
regiões desse continente. O 
sofrimento, imposto pelo tráfico 
negreiro, começava em terras 
africanas, antes mesmo de os cativos 
serem embarcados nos navios 
negreiros. No primeiro século da 
escravidão, os índios representaram a 
principal mão de obra nas atividades 
econômicas da América Portuguesa. 
Gradativamente, foram sendo 
substituídos pelos africanos, que se 
tornaram, como disse um cronista da 
época, “as mãos e os pés” dos 
senhores. Entre o final do século XVI e 
as últimas décadas do século XIX, os 
escravos negros tornaram-se a mão de 
obra por excelência da América 
Portuguesa. A economia 
agroexportadora necessitava, para sua 
realização, de grandes extensões de 
terra, especialmente de um só produto 
e mão de obra compulsória. A 
disponibilidade de terras na América 
Portuguesa poderia gerar, se houvesse 
a predominância do trabalho livre, o 
trabalho familiar, o minifúndio, 
estatutos incompatíveis com as 
necessidades de exportação agrícola da 
metrópole. Assim, o trabalho escravo 
completava o latifúndio e a 
monocultura, imprescindíveis para o 
sucesso da economia agroexportadora 
implantada na América Portuguesa. 
A substituição do trabalho indígena 
pelo trabalho escravo africano pode ser 
explicada por uma série de fatores. A 
metrópole possuía o monopólio do 
tráfico negreiro, e os traficantes 
portugueses trataram de convencer os 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
proprietários de terras que os negros 
eram melhores trabalhadores que os 
indígenas. A Igreja ajudou bastante 
nesse trabalho de convencimento, uma 
vez que condenava a escravidão 
indígena. Por isso, gradativamente, a 
mão de obra tornou-se preponderante 
nas atividades econômicas da América 
Portuguesa. Os indígenas também 
continuaram trabalhando sob a 
vigilância e o comando dos jesuítas nas 
chamadas reduções, onde se 
exploravam as drogas do sertão – 
pimenta, cravos e outras especiarias – 
em especial na região norte da América 
Portuguesa. Foram também utilizados 
nas áreas de criação de gado e na 
exploração de terras minerais. A 
substituição do trabalho indígena pelo 
trabalho escravo africano pode ser 
explicada por uma série de fatores. A 
metrópole possuía o monopólio do 
tráfico negreiro, e os traficantes 
portugueses trataram de convencer os 
proprietários de terras que os negros 
eram melhores trabalhadores que os 
indígenas. A Igreja ajudou bastante 
nesse trabalho de convencimento, uma 
vez que condenava a escravidão 
indígena. Por isso, gradativamente, a 
mão de obra tornou-se preponderante 
nas atividades econômicas da América 
Portuguesa. Os indígenas tambémcontinuaram trabalhando sob a 
vigilância e o comando dos jesuítas nas 
chamadas reduções, onde se 
exploravam as drogas do sertão – 
pimenta, cravos e outras especiarias – 
em especial na região norte da América 
Portuguesa. Foram também utilizados 
nas áreas de criação de gado e na 
exploração de terras minerais. 
Os escravos negros foram empregados, 
no Brasil, nas mais diversas atividades. 
Nas áreas de produção de açúcar, os 
negros cuidavam do plantio da cana, da 
limpeza dos canaviais, retirando as 
ervas daninhas, da colheita, do 
transporte da cana dos canaviais às 
moendas, das fornalhas e das caldeiras 
nos engenhos. O engenho funcionava 
durante o dia e à noite. Alguns escravos 
trabalhavam exclusivamente no setor 
fabril do engenho. Outros se 
dedicavam, de dia, ao trabalho nos 
canaviais e, à noite, nas moendas que 
funcionavam dezoito a vinte horas por 
dia, interrompendo seu funcionamento 
apenas para a limpeza do maquinário. 
Era nesse curto espaço de tempo que 
os escravos descansavam. Entretanto, 
não foi só nas plantations açucareiras 
que predominou o trabalho escravo 
negro. Eles foram também escravos 
domésticos, servindo seus senhores em 
suas casas, dedicaram-se ao trabalho 
de criação de gado e em todos as 
atividades para as quais fossem 
requisitados. Na região mineradora, os 
escravos trabalhavam em busca de 
ouro e do diamante nos ribeiros, nas 
catas e nas grupiaras. Nessas regiões, 
foram também donos de venda e 
negras de tabuleiro. Apesar do trabalho 
árduo dos escravos negros, a recente 
historiografia, apoiada em novas 
evidências documentais, desconstrói o 
mito do escravo “coisa”, uma mera 
mercadoria, sem personalidade e 
vontade próprias. Além disso, 
desmistifica a ideia de escravo “vítima” 
do sistema, baseado no “imaginário do 
tronco”. Os escravos negociavam com 
seus senhores, tinham várias regalias e, 
muitos deles possuíam escravos. Ou 
seja, muitos escravos conseguiram, 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
como agentes históricos que foram, 
encontrar formas de acomodação à 
escravidão. Aqueles que não 
conseguiram se acomodar, ou não 
quiseram faze-lo, buscaram formas 
para reagir contra a escravidão por 
meio da formação de quilombos, das 
fugas individuais, de assassinato de 
senhores, da feitiçaria e das tentativas 
de fazer eclodir revoltas escravas. Seja 
como for, acomodando-se ou não, os 
escravos negros agiram como sujeitos 
históricos e assim devem ser 
estudados. 
 
 
 
Exercícios: 
1) (FUVEST) No processo de formação 
dos Estados Nacionais da França e da 
Inglaterra, podem ser identificados os 
seguintes aspectos: 
 
a) Fortalecimento do poder da nobreza 
e retardamento da formação do Estado 
Moderno 
b) Ampliação da dependência do rei em 
relação aos senhores feudais e à Igreja 
c) Desagregação do feudalismo e 
centralização política 
d) Diminuição do poder real e crise do 
capitalismo comercial 
e) Enfraquecimento da burguesia e 
equilíbrio entre Estado e Igreja. 
 
2) (PUC) Na obra O Príncipe , Maquiavel 
defendia o absolutismo como forma de 
consolidar e fortalecer o Estado. Entre 
seus argumentos destaca-se: 
 
a) a necessidade de o governante 
cercar-se de bons conselheiros, com os 
quais dividiria o poder; b) a ideia de 
que somente a lei moral e religiosa 
limitaria os poderes do rei 
c) a constante utilização da guerra 
como meio de demonstrar a força do 
Estado; 
d) o reconhecimento de que todos os 
meios utilizados para defender os 
interesses do governante e do Estado 
seriam justificados; 
e) o princípio da constante mudança 
das instituições , para que elas se 
adequassem sempre às novas 
situações. 
 
3) (FUVEST) O Estado Moderno 
absolutista atingiu seu maior poder de 
atuação no século XVII. Na arte e na 
economia suas expressões foram, 
respectivamente: 
 
a) rococó e liberalismo 
b) renascentismo e capitalismo 
c) barroco e mercantilismo 
d) maneirismo e colonialismo 
e) classicismo e economicismo. 
 
4) Quais os fatores do surgimento do 
absolutismo? 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
 
5) Quais foram os mecanismos 
utilizados pelo absolutismo 
monárquico? 
 
6) São características do mercantilismo: 
 
a) livre cambismo, fomento às 
indústrias, balança comercial favorável; 
b) fomento às indústrias, tarifas 
protecionistas, metalismo, leis de 
mercado; 
c) livre cambismo, pacto colonial, 
intervencionismo estatal; 
d) monopólio, livre cambismo, tarifas 
protecionistas, metalismo; 
e) balança comercial favorável, 
metalismo, tarifas protecionistas, 
intervencionismo estatal. 
 
7) Acerca do absolutismo na Inglaterra, 
NÃO é possível afirmar que: 
 
a) fortaleceu-se com a criação da Igreja 
Anglicana; 
b) foi iniciado por Henrique VIII, da 
dinastia Tudor, e consolidado no longo 
reinado de sua filha Elizabeth I; 
c) a política mercantilista 
intervencionista foi fundamental para a 
sua solidificação; 
d) foi conseqüência da guerra das Duas 
Rosas, que eliminou milhares de nobres 
e facilitou a consolidação da monarquia 
centralizada; 
e) o rei reinava mas não governava, a 
exemplo do que ocorreu durante toda 
a modernidade. 
 
8) O sistema de colonização objetivado 
pela política mercantilista tinha em 
mira: 
 
a) criar condições para a implantação 
do absolutismo; 
b) permitir à economia metropolitana o 
máximo de auto-suficiência e situá-la 
vantajosamente no comércio 
internacional, pela criação de 
complementos à economia nacional; 
c) evitar os conflitos internos, 
resultantes dos choques entre 
feudalismo e capitalismo, que 
entravavam o desenvolvimento dos 
países europeus; 
d) ganhar prestígio internacional 
e) obter a garantia de acessos às fontes 
de matérias-primas e aos mercados 
consumidores no ultra-mar. 
 
9) (FUVEST) O Estado Moderno 
absolutista atingiu seu maior poder de 
atuação no século XVII. Na arte e na 
economia suas expressões foram, 
respectivamente: 
 
a) rococó e liberalismo 
b) renascentismo e capitalismo 
c) barroco e mercantilismo 
d) maneirismo e colonialismo 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
e) classicismo e economicismo. 
 
10. (Ufc) Acerca das pretensões iniciais 
da exploração e conquista do Brasil, 
assinale a alternativa correta. 
a) Interesses antropológicos levaram os 
portugueses a fazer contato com outros 
povos, entre eles os índios do Brasil. 
b) O rei dom Manuel tinha-se proposto 
chegar às Índias navegando para o 
ocidente, antecipando-se, assim, a 
Cristovão Colombo. 
c) O interesse científico de descobrir e 
classificar novas espécies motivou 
cientistas portugueses para lançarem-
se à aventura marítima. 
d) Os conquistadores estavam 
interessados em encontrar terras 
férteis para desenvolver a cultura do 
trigo e, assim, dar solução às crises 
agrícolas que sofriam em Portugal. 
e) Os portugueses estavam 
interessados nas riquezas que as novas 
terras descobertas podiam conter, 
além de garantir a segurança da rota 
para as Indias. 
 
11. (Ufes) Os Tupinikim, uma das 
maiores nações indígenas brasileiras, 
possuíam as seguintes características 
no período colonial: 
 
I - viviam da pesca, da caça, da coleta 
de frutos e raízes proporcionada pelas 
florestas e matas; 
II - tiveram suas manifestações 
culturais, tradições e ritos cerceados, 
nas regiões onde foram encampados 
pelos aldeamentos jesuítas; 
III - exploravam latifúndios respeitados 
pela colonização branca e viviam 
pacificamente com os portugueses no 
interior do Brasil; 
IV - ocupavam parte do litoral 
brasileiro, na faixa compreendida entre 
o sul da Bahia e o Paraná. 
 
Em relação às proposições acima, está 
CORRETO o que se afirma 
a) apenas em I, II e III. 
b) apenas em II, III e IV. 
c) apenas em I, III e IV. 
d) apenas em I, II e IV. 
e) em todas elas. 
 
12. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de 
Caminha", escrita em 1500, é 
considerada como um dos documentos 
fundadores da Terra Brasilis e reflete, 
em seu texto, valores gerais da cultura 
renascentista, dentre os quais destaca-
se: 
a) a visãodo índio como pertencente 
ao universo não religioso, tendo em 
conta sua antropofagia; 
b) a informação sobre os preconceitos 
desenvolvidos pelo renascimento no 
que tange à impossibilidade de se 
formar nos trópicos uma civilização 
católica e moderna; 
c) a identificação do Novo Mundo como 
uma área de insucesso devido à 
elevada temperatura que nada deixaria 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
produzir; 
d) a observação da natureza e do 
homem do Novo Mundo como 
resultado da experiência da nova visão 
de homem, característica do século XV; 
e) a consideração da natureza e do 
homem como inferiores ao que foi 
projetado por Deus na Gênese. 
 
13. (Uflavras) "O fato de Cabral não 
ter trazido consigo nenhum padrão de 
pedra - com os quais desde os tempos 
de Diogo Cão, os lusos assinalavam a 
posse de novas terras - já foi apontado 
como uma prova de que o 
descobrimento do Brasil foi fortuito e 
que a expedição não pretendia 
"descobrir novas terras, mas subjugar 
as já conhecidas". Isto talvez seja fato. 
Mas por outro lado, é preciso lembrar 
que a posse sobre aquele território já 
estava legalmente assegurada desde a 
assinatura do Tratado de Tordesilhas - 
independentemente da colocação de 
qualquer padrão." 
 
 (Eduardo Bueno. "A Viagem do 
Descobrimento - A verdadeira história 
da expedição de Cabral". 1998, p.109.) 
 
As alternativas abaixo correspondem a 
análises possíveis do trecho em 
questão. Todas são verdadeiras, 
EXCETO: 
a) o autor faz uma menção à "Tese da 
Casualidade da Descoberta". 
b) o autor é incondicionalmente 
favorável à segunda tese e justifica-se 
pelas características do Tratado de 
Tordesilhas. 
c) o autor se refere também à "Tese da 
Intencionalidade da Descoberta". 
d) para o autor, a questão dos "marcos 
de pedra" pode apoiar ambas as teses. 
e) o autor não atribui grande 
importância à questão dos "marcos de 
pedra". 
 
14.(ANGLO/SIMULADO/2000) Leia os 
excertos abaixo, compare-os e assinale 
a alternativa que contém a asserção 
correta sobre eles. 
Excerto I 
“Esta [língua tupi] é mui branda, a 
qualquer nação fácil de tomar (...): 
carece de três letras, convém saber, 
não se acha nela F, nem L, nem R, coisa 
digna de espanto porque assim não 
têm Fé, nem Lei, nem Rei e desta 
maneira vivem desordenadamente sem 
terem além disto conta nem peso, nem 
medida.” 
 
(Pero de Magalhães Gandavo – cronista 
português do séc. XVI. História da 
Província de Santa Cruz a que 
Vulgarmente Chamamos Brasil.) 
 
Excerto II 
“Ora sabereis que a sua riqueza de 
expressão intelectual é tão prodigiosa, 
que falam numa língua e escrevem 
noutra. (...) Nas conversas utilizam-se 
os paulistanos dum linguajar bárbaro e 
multifário, crasso de feição e impuro no 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
vernáculo, mas não deixa de ter o seu 
sabor e força nas apóstrofes, e também 
nas vozes do brincar. (...) Mas se de tal 
desprezível língua se utilizam na 
conversação os naturais desta terra, 
logo que tomam da pena, se despojam 
de tanta asperidade, e surge o Homem 
Latino, de Lineu exprimindo-se numa 
outra linguagem (...), que, com 
imperecível galhardia, se intitula: língua 
de Camões!” 
 
 
(Mário de Andrade. Macunaíma, cap. IX 
— “Carta pras Icamiabas”, 1928). 
 
a) O comentário do cronista sobre a 
língua e a cultura indígena contém uma 
ironia carregada de preconceito. Ao 
contrário disso, não há ironia cultural, 
só lingüística, no que Macunaíma diz da 
língua portuguesa. 
b) O cronista colonial observa a 
ausência de três letras na língua 
indígena, F, L e R, para concluir daí, sem 
nenhuma ironia, o estado de desordem 
em que viviam os aborígines. Também 
não há ironia no que Macunaíma diz da 
língua portuguesa. 
c) A visão do colonizador português, 
contida no excerto I, é idêntica à do 
colonizado, expressa no excerto II. 
Ambos se igualam na compreensão que 
revelam das diferenças lingüísticas e 
culturais. 
d) A ironia do colonizador (excerto I) 
desmerece a língua e a cultura 
indígena. A ironia do índio Macunaíma 
(excerto II) ridiculariza a colonização 
cultural dos brasileiros, quando 
escrevem numa suposta “língua de 
Camões”, latinizada e pomposa, que o 
próprio Macunaíma parodia em sua 
carta. 
e) O texto de Gandavo mostra uma 
compreensão da cultura indígena 
incomum para a sua época, ao tratá-la 
com respeito e seriedade, sem nenhum 
traço de ironia. O mesmo não se pode 
dizer do 
 
15. (Ufpe) As feitorias portuguesas no 
Novo Mundo foram formas de 
assegurar, aos conquistadores, as 
terras descobertas. Sobre essas 
feitorias, é correto afirmar que: 
a) a feitoria foi uma forma de 
colonização, empregada por 
portugueses na África, na Ásia e no 
Brasil, com pleno êxito para a atividade 
agrícola. 
b) as feitorias substituíram as 
capitanias hereditárias durante o 
Governo Geral de Mem de Sá, como 
proposta mais moderna de 
administração colonial. 
c) as feitorias foram estabelecimentos 
fundados por portugueses no litoral das 
terras conquistadas e serviam para 
armazenamento de produtos da terra, 
que deveriam seguir para o mercado 
europeu. 
d) tanto as feitorias portuguesas 
fundadas ao longo do litoral brasileiro 
quanto as fundadas nas Índias tinham 
idêntico caráter: a presença do Estado 
português e a ausência de interesses de 
particulares. 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
e) o êxito das feitorias afastou a 
presença de corsários franceses e 
estimulou a criação das capitanias 
hereditárias. 
 
16. (Ufrrj) "Até agora não pudemos 
saber se há ouro ou prata nela, ou 
outra coisa de metal ou ferro; nem lha 
vimos. Contudo a terra em si é de 
muito bons ares frescos e temperados 
como os de Entre-Douro e Minho, 
porque neste tempo dagora assim os 
achávamos como os de lá. (As) águas 
são muitas; infinitas. Em tal maneira é 
graciosa que, querendo-a aproveitar, 
dar-se-á nela tudo; por causa das águas 
que tem! Contudo, o melhor fruto que 
dela se pode tirar parece-me que será 
salvar esta gente. E esta deve ser a 
principal semente que Vossa Alteza em 
ela deve lançar. E que não houvesse 
mais do que ter Vossa Alteza aqui esta 
pousada para essa navegação de 
Calicute (isso) bastava. Quanto mais, 
disposição para se nela cumprir e fazer 
o que Vossa Alteza tanto deseja, a 
saber, acrescentamento da nossa fé!" 
 
("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de 
Portugal" em 1°/5/1500.) 
 
Seguindo a evidente preocupação de 
descrever ao Rei de Portugal tudo o 
que fora observado durante a curta 
estadia na terra denominada de Vera 
Cruz, o escrivão da frota cabralina 
menciona, na citada carta, 
possibilidades oferecidas pela terra 
recém-conhecida aos portugueses. 
Dentre essas possibilidades estão 
a) a extração de metais e pedras 
preciosas no interior do território, área 
não explorada então pelos 
portugueses. 
b) a pesca e a caça pela qualidade das 
águas e terras onde aportaram os 
navios portugueses. 
c) a extração de pau-brasil e a pecuária, 
de grande valor econômico naquela 
virada de século. 
d) a conversão dos indígenas ao 
catolicismo e a utilização da nova terra 
como escala nas viagens ao Oriente. 
e) a conquista de Calicute a partir das 
terras brasileiras e a cura de doenças 
pelos bons ares aqui encontrados. 
 
17. 
(GUIADOESTUDANTE/SIMULADO/2009) 
Leia os fragmentos abaixo: 
– a terra entre o povo Maxakali (vale do 
Mucuri, nordeste mineiro) 
“Antigamente os Maxakali mudavam 
muito. Por que os Maxakali mudavam 
muito? Há muito tempo atrás tinha 
muita terra. A terra Maxakali era muito 
grande e os Maxakali viviam mudando 
de um lugar para outro. Os poucos 
antepassados que ainda existiam 
vieram de uma parte e de outra e se 
encontraram aqui (...). Enquanto os 
Maxakali estavam aqui, com as terras 
grandes para eles, vieram os 
fazendeiros, tomaram as terras e 
dividiram-nas entre si.(...)”. 
Fonte: Maxakali Mônâyxop `Ãgtux Yõg 
Tappet. O Livro que Conta Histórias de 
Antigamente. 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPOMEC, Secretaria de Estado da Educação 
de Minas Gerais. Projeto Nordeste/ 
PNUD, 
1998. p.71. Trad. Rafael Maxakali 
 
– a terra entre o povo Munduruku 
(Amazonas, Mato Grosso e Pará) 
 “(...) A preocupação com a preservação 
da natureza tem feito com que muitos 
povos se organizem para defender seus 
direitos garantidos pela Constituição 
Federal, aprovada em 1988. Essas 
organizações indígenas sabem que a 
terra é sagrada e tudo o que for feito a 
ela hoje atingirá, mais cedo ou mais 
tarde, todas as pessoas do planeta." 
 
Fonte: MUNDURUKU, Daniel. Coisas de 
Índio – versão infantil. São Paulo, Callis 
Editora, 2003. p.51-2 
 
Entres os povos indígenas mencionados 
prevalecem as concepções de: 
a) valorização da propriedade coletiva 
da terra e vínculo com a ancestralidade. 
b) valorização da posse privada da terra 
e negação das tradições herdadas dos 
antepassados. 
c) valorização da posse coletiva da terra 
e negação de vínculos com a 
ancestralidade. 
d) valorização da posse privada da terra 
e negação dos valores ligados ao 
mundo espiritual. 
e) valorização da posse coletiva da 
terra com desrespeito à natureza 
entendida como bem mercantil. 
 
18. A descoberta de novas terras por 
navegadores portugueses e espanhóis 
alimentou a imaginação dos europeus e 
fomentou uma visão paradisíaca do 
Novo Mundo. Com respeito a essa 
“visão do paraíso” nos trópicos, é 
correto afirmar: 
a) Os europeus esperavam encontrar 
monstros e outras entidades 
mitológicas, o que se confirmou na 
presença de animais pré-históricos e 
seres humanos estranhos. 
b) Os temores com relação ao 
inesperado levaram muitas vezes os 
europeus a demonstrar uma violência 
desumana contra os nativos do 
chamado Novo Mundo. 
c) As descrições dos novos territórios, 
com suas florestas exuberantes e seus 
pássaros exóticos, vinham confirmar as 
expectativas de descoberta do Paraíso 
na Terra. 
d) O encontro com seres de uma nova 
cultura, em um ambiente natural 
diferente, criou um clima propício ao 
entendimento mútuo e ao respeito 
pela vida humana, como era pregado 
pelos religiosos europeus. 
e) Os primeiros colonizadores europeus 
ficaram maravilhados com a cultura 
indígena a ponto de sofrerem 
influência direta dos valores nativos. 
 
19. Pero Vaz de Caminha, em sua carta 
ao rei D. Manoel, ressaltava que a 
salvação dos índios era a mais imediata 
contribuição à terra. Algumas décadas 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
depois, o ensino colonial desenvolvia-
se fortemente influenciado pela cultura 
religiosa do colonizador. Sobre os 
primeiros educadores da fase colonial, 
é correto afirmar que eles: 
a) Conseguiram dissociar a 
evangelização do processo colonizador 
luso-brasileiro. 
b) Permaneceram alheios ou 
indiferentes aos abusos praticados 
pelos senhores de escravos. c) Presos 
às ideias etnocêntricas europeias, 
ignoraram as línguas indígenas. d) 
Pretenderam espalhar a fé, tomando 
novos súditos tementes a Deus e 
obedientes ao rei. e) Tinham por 
objetivo promover à Igreja Católica, 
mantendo intacta a cultura indígena. 
 
20. Sobre a organização econômica, 
social e política das comunidades 
indígenas brasileiras, no período inicial 
da conquista do território pelos 
portugueses, é correto afirmar: 
 
I. Os nativos viviam em regime de 
comunidade primitiva, em que a terra 
era de propriedade privada dos casais e 
os instrumentos de trabalho eram de 
propriedade coletiva. 
II. A divisão das tarefas era por sexo e 
por idade; as mulheres cozinhavam, 
cuidavam das crianças, plantavam e 
colhiam; os homens participavam de 
atividades guerreiras, da caça, da pesca 
e da derrubada da floresta para fazer a 
lavoura. 
III. A sociedade era organizada em 
classes sociais, sendo o excedente da 
produção controlado pelos chefes das 
aldeias, responsáveis pela distribuição 
dos bens entre os indígenas. 
IV. Os indígenas brasileiros não 
praticavam o comércio pois tudo que 
produziam destinava-se à subsistência, 
realizando apenas trocas rituais de 
presentes. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I e II. 
b) apenas I e III. 
c) apenas III. 
d) apenas IV. 
e) apenas II e IV. 
21) (UEPG/PR) "O trono real não é 
trono de um homem, mas o trono do 
próprio Deus. Os reis são deuses e 
participam de alguma maneira da 
independência divina. O rei vê de mais 
longe e de mais alto; deve acreditar-se 
que ele vê melhor." Sobre estas idéias 
de Jacques Bossuet, que inspiraram as 
monarquias absolutistas, assinale o que 
for correto: 
 
1 - O poderio e o esplendor dos 
monarcas absolutistas constituíam-se 
em obstáculos às navegações 
ultramarinas e ao comércio com o 
Oriente. 
2 - Os Estados Absolutistas procuravam 
identificar Nação e Coroa. 
4 - Parte significativa da nobreza 
apoiou a centralização monárquica, 
pois objetivava, entre outras, a 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
organização de um exército nacional, 
capaz de impedir as rebeliões dos 
camponeses. 
8 - Maquiavel foi um dos autores que 
buscou legitimar o poder real, 
afirmando que a obrigação suprema do 
monarca é manter o poder e a 
segurança do país que governa. 
16 - Procuravam legitimar o direito 
divino dos reis. 
 
SOMATÓRIA (_____) 
 
22) (PUC-MG) Na Península Ibérica, o 
Absolutismo Monárquico, forma 
política predominante do Antigo 
Regime, tem relação com as seguintes 
instituições, exceto: 
 
A - Parlamento Bicameral. 
B - Mercantilismo. 
C - Colonialismo. 
D - Igreja. 
 
23) (UESC/BA) Entre os séculos XV e 
XVIII, tomou forma na Europa um novo 
complexo de traços culturais. Tanto a 
forma quanto o conteúdo da vida 
urbana, em conseqüência, foram 
radicalmente alterados. O novo padrão 
de existência brotava de uma nova 
economia, (...) de uma nova estrutura 
política (...). 
(Munford, p. 376) A "nova economia" e 
a "nova estrutura política" citadas no 
texto referem-se, respectivamente: 
 
A - à servidão e aos Estados 
Teocráticos; 
B - ao artesanato e às Cartas de 
Franquia; 
C - ao capitalismo industrial e ao 
feudalismo; 
D - ao mercantilismo e aos Estados 
Nacionais; 
E - ao escravismo e ao governo das 
cidades-estado. 
 
24) (UFES) "A longa crise da economia e 
da sociedade européias durante os 
séculos XIV e XV marcou as dificuldades 
e dos limites do modo de produção 
feudal no último período da Idade 
Média. Qual foi o resultado político 
final das convulsões continentais da 
época? No curso do século XVI, o 
Estado Absolutista emergiu no 
Ocidente." (ANDRESON, P. Linguagens 
do Estado Absolutista. São Paulo: 
Brasiliense, 1985: 15.) Acerca das 
características do Estado Absolutista, 
não se pode afirmar que: 
 
A - se constituía como um aparelho de 
dominação feudal recolocado e 
reforçado que, ao manter submissas as 
massas camponesas, perpetuava o 
controle político exercido pela nobreza 
sobre a sociedade; 
B - se organizou a partir do incremento 
da autoridade pública e da crescente 
centralização administrativa, 
acontecimentos corporificados no 
poder absoluto do monarca cuja 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
fundamentação jurídica provinha do 
Direito Romano; 
C - empreendeu a retomada dos 
princípios tomistas vigentes no século 
XII, segundo os quais toda e qualquer 
autoridade terrena deveria submeter-
se á Santa Sé, razão pela qual os 
soberanos absolutistas faziam contar o 
seu tempo de reinado a partir da sua 
sagração em Roma; 
D - procurou superar os particularismos 
regionais e promover a integração do 
reino, o que significou a extensão do 
poder régio sobre territórios 
controlados de modo autônomo pelos 
senhores feudais, passando os 
monarcas absolutistas a revestir novos 
e extraordinários poderes diante da 
nobreza; 
E - se empenhava em fortalecer a sua 
posição diante dos outros estados rivais 
por intermédio da exportação de 
mercadorias, da proibição de 
exportação de ouro e prata e do 
controle monárquico sobre a produção 
manufatureira e o comércio, princípios 
que integravam a assim denominada 
"Doutrina Mercantilista". 
 
25)(UFRJ) O Absolutismo monárquico 
manifestou-se de formas variadas, 
entre os séculos XVI e XVIII na Europa, 
através de um conjunto de práticas e 
doutrinas político-econômicas que 
fundamentavam a atuação do Estado 
Nacional Absoluto. Dentre essas 
práticas e doutrinas, identificamos 
corretamente a: 
 
A - condenação da doutrina política 
medieval que justificava a autoridade 
monárquica absoluta através do Direito 
Divino dos Reis; 
B - concentração dos poderes de 
governo e da autoridade política na 
pessoa do rei identificado com o 
Estado; 
C - promoção política das burguesias 
nacionais, principais empreendedores 
mercantis da expansão econômica e 
geográfica do Estado Moderno 
Absoluto; 
D - adoção de práticas capitalistas e 
liberais como fundamento da 
organização econômica dos Impérios 
coloniais controlados pelas Monarquias 
europeias; 
E - rejeição dos princípios 
mercantilistas: dirigismo econômico e 
protecionismo alfandegário. 
 
26) (UFPA) Relativamente à história do 
absolutismo monárquico na Inglaterra, 
é possível sustentar que: 
 
A - a revolução que derrubou o governo 
de Jaime II, da Dinastia Stuart, não 
assinalou apenas o fim do regime 
absolutista inglês, mas, igualmente, o 
triunfo da burguesia e do Parlamento 
sobre a Coroa britânica. 
B - o regime absolutista instala-se na 
Inglaterra em conseqüência das guerras 
de religião, já que somente dispondo 
de um governo centralizado e 
autoritário é que Henrique VIII poderia 
implantar o protestantismo no país. 
C - o estabelecimento do regime 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
absolutista na Inglaterra foi prejudicial 
aos interesses do país, posto que a 
burguesia britânica, privada da 
liberdade política, emigrou em massa 
para a França e para a Holanda. 
D - o fim do regime absolutista inglês 
ocorre com a revolução comandada por 
Oliver Comwell, oportunidade em que 
as forças parlamentares sob a sua 
chefia depõem Carlos I e encerram o 
ciclo dos governos autoritários dos 
Tudor. 
E - comparados a outros governos 
absolutistas europeus, os ingleses 
foram mais tolerantes e maleáveis. 
Veja-se, por exemplo, que durante o 
reinado dos Stuart a liberdade de 
religião sempre foi respeitada na 
Inglaterra. 
 
27) (UPE) O Mercantilismo serviu de 
base para a exploração econômica das 
colônias e a expansão da dominação 
européia. O Mercantilismo defendia a: 
 
A - livre exportação de produtos, 
evitando taxações. 
B - mesma lógica econômica do 
feudalismo francês. 
C - exploração agrícola, apenas, nas 
colônias da América. 
D - prevalência das exportações sobre 
as importações. 
E - existência de uma ágil 
descentralização econômica. 
 
28) (UFGD/MS) O chamado Antigo 
Regime, que existiu em muitos países 
europeus ao longo da Idade Moderna, 
compreende um conjunto de 
características econômicas, sociais, 
políticas e culturais. Dentre essas 
características, é CORRETO incluir: 
 
A - na economia, o predomínio de 
relações capitalistas; e, na política, a 
hegemonia das ideias liberais. 
B - na sociedade, uma hierarquia 
determinada não pelo nascimento mas 
pelas riquezas que o indivíduo 
conseguisse acumular; e, na economia, 
as práticas monopolistas. 
C - na política, o predomínio de 
monarquias absolutistas; e, na 
economia, o intervencionismo estatal 
(mercantilismo). 
D - na economia, a generalização do 
princípio do laissez-faire; e, na 
sociedade, uma hierarquia constituída 
segundo critérios de estamentos e 
ordens. 
E - na cultura, o predomínio do 
pensamento racional e científico; e na 
religião o enfraquecimento da 
influência das igrejas protestantes. 
 
29) (UFMS) Metalismo ou Bulionismo, 
Comercialismo, Colbertismo e 
Companhias Comerciais Privilegiadas 
são termos que se referem a práticas 
econômicas do: 
 
A - capitalismo industrial; 
B - capitalismo monopolista; 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
C - liberalismo econômico; 
D - mercantilismo; 
E - neoliberalismo. 
30) (Fuvest 2012) Os indígenas foram 
também utilizados em determinados 
momentos, e sobretudo na fase inicial 
[da colonização do Brasil]; nem se 
podia colocar problema nenhum de 
maior ou melhor “aptidão” ao trabalho 
escravo (...). O que talvez tenha 
importado é a rarefação demográfica 
dos aborígines, e as dificuldades de seu 
apresamento, transporte, etc. Mas na 
“preferência” pelo africano revela-se, 
mais uma vez, a engrenagem do 
sistema mercantilista de colonização; 
esta se processa num sistema de 
relações tendentes a promover a 
acumulação primitiva de capitais na 
metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto 
é, o abastecimento das colônias com 
escravos, abria um novo e importante 
setor do comércio colonial, enquanto o 
apresamento dos indígenas era um 
negócio interno da colônia. Assim, os 
ganhos comerciais resultantes da 
preação dos aborígines mantinham-se 
na colônia, com os colonos 
empenhados nesse “gênero de vida”; a 
acumulação gerada no comércio de 
africanos, entretanto, fluía para a 
metrópole; realizavam-na os 
mercadores metropolitanos, engajados 
no abastecimento dessa “mercadoria”. 
Esse talvez seja o segredo da melhor 
“adaptação” do negro à lavoura ... 
escravista. Paradoxalmente, é a partir 
do tráfico negreiro que se pode 
entender a escravidão africana colonial, 
e não o contrário. 
Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na 
crise do Antigo Sistema Colonial. São 
Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado. 
Nesse trecho, o autor afirma que, na 
América portuguesa, 
a) os escravos indígenas eram de mais 
fácil obtenção do que os de origem 
africana, e por isso a metrópole optou 
pelo uso dos primeiros, já que eram 
mais produtivos e mais rentáveis. 
b) os escravos africanos aceitavam 
melhor o trabalho duro dos canaviais 
do que os indígenas, o que justificava o 
empenho de comerciantes 
metropolitanos em gastar mais para a 
obtenção, na África, daqueles 
trabalhadores. 
c) o comércio negreiro só pôde 
prosperar porque alguns mercadores 
metropolitanos preocupavam-se com 
as condições de vida dos trabalhadores 
africanos, enquanto que outros os 
consideravam uma “mercadoria”. 
d) a rentabilidade propiciada pelo 
emprego da mão de obra indígena 
contribuiu decisivamente para que, a 
partir de certo momento, também 
escravos africanos fossem empregados 
na lavoura, o que resultou em um 
lucrativo comércio de pessoas. 
e) o principal motivo da adoção da mão 
de obra de origem africana era o fato 
de que esta precisava ser transportada 
de outro continente, o que implicava a 
abertura de um rentável comércio para 
a metrópole, que se articulava 
perfeitamente às estruturas do sistema 
de colonização. 
 
31) (Fgv 2012) Analise o gráfico abaixo: 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
 
O tráfico negreiro foi um dos mais 
importantes elementos do domínio 
colonial entre os séculos XVI e XVIII. A 
mão de obra escrava proveniente da 
África foi empregada nas principais 
atividades desenvolvidas nas colônias 
americanas, por iniciativa dos Estados 
europeus. Considerando os dados 
fornecidos pelo gráfico, é possível 
afirmar sobre a economia colonial 
nesse período: 
a) A utilização de escravos africanos na 
América espanhola cresceu em escala 
progressiva e acompanhou o aumento 
da extração de prata e ouro até o final 
do século XVIII. 
b) A introdução de escravos africanos 
nas Antilhas Francesas está associada à 
produção canavieira desenvolvida por 
holandeses após a sua expulsão de 
Pernambuco na metade do século XVII. 
c) Os governantes ingleses impediram o 
tráfico de escravos em suas colônias e 
estimularam, em contrapartida, o 
desenvolvimento do povoamento 
europeu nos territórios americanos sob 
o seu controle. 
d) A utilização de escravos africanos no 
Brasil ocorreu, apenas, com a 
descoberta de ouro e pedras preciosas 
na região das Minas Gerais, no século 
XVIII. 
e) O número de escravos africanos 
trazido ao Brasil foi sempre superior ao 
volume de escravos destinados às 
demais áreas coloniais referidas no 
gráfico. 
 
32)(Unesp 2012) Os africanos não 
escravizavam africanos, nem se 
reconheciam então como africanos. 
Eles se viam como membros de uma 
aldeia, de um conjunto de aldeias, de 
um reino e de um grupo que falava a 
mesma língua, tinha os mesmos 
costumes e adorava os mesmos deuses. 
(...) Quando um chefe (...) entregava a 
um navio europeu um grupo de cativos, 
não estava vendendo africanos nem 
negros, mas (...) uma gente que, por ser 
considerada por ele inimiga e bárbara, 
podia ser escravizada. (...) O comércio 
transatlântico (...) fazia parte de um 
processo de integração econômica do 
Atlântico, que envolvia a produção e a 
comercialização, em grande escala, de 
açúcar, algodão, tabaco, café e outros 
bens tropicais, um processo no qual a 
Europa entrava com o capital, as 
Américas com a terra e a África com o 
trabalho, isto é, com a mão de obra 
cativa. 
(Alberto da Costa e Silva. A África 
explicada aos meus filhos, 2008. 
Adaptado.) 
 
Ao caracterizar a escravidão na África e 
a venda de escravos por africanos para 
europeus nos séculos XVI a XIX, o texto 
a) reconhece que a escravidão era uma 
 
 
 
 
 
PROF. PEDRO RICCIOPPO 
 
instituição presente em todo o planeta 
e que a diferenciação entre homens 
livres e homens escravos era definida 
pelas características raciais dos 
indivíduos. 
b) critica a interferência europeia nas 
disputas internas do continente 
africano e demonstra a rejeição do 
comércio escravagista pelos líderes dos 
reinos e aldeias então existentes na 
África. 
c) diferencia a escravidão que havia na 
África da que existia na Europa ou nas 
colônias americanas, a partir da 
constatação da heterogeneidade do 
continente africano e dos povos que lá 
viviam. 
d) afirma que a presença europeia na 
África e na América provocou 
profundas mudanças nas relações entre 
os povos nativos desses continentes e 
permitiu maior integração e 
colaboração interna. 
e) considera que os únicos responsáveis 
pela escravização de africanos foram os 
próprios africanos, que aproveitaram as 
disputas tribais para obter ganhos 
financeiros. 
 
33) (Unesp 2012) Leia o texto a seguir. 
Nas primeiras três décadas que se 
seguiram à passagem da armada de 
Cabral, além das precárias guarnições 
das feitorias [...], apenas alguns 
náufragos [...] e “lançados” atestavam a 
soberania do rei de Portugal no litoral 
americano do Atlântico Sul. 
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme 
Mota. História do Brasil: uma 
interpretação, 2008.) 
 
Os lançados citados no texto eram 
a) funcionários que recebiam, da Coroa, 
a atribuição oficial de gerenciar a 
exploração comercial do pau-brasil e 
das especiarias encontradas na colônia 
portuguesa. 
b) militares portugueses encarregados 
da proteção armada do litoral 
brasileiro, para impedir o atracamento 
de navios de outros países, 
interessados nas riquezas naturais da 
colônia. 
c) comerciantes portugueses 
encarregados do tráfico de escravos, 
que atuavam no litoral atlântico da 
África e do Brasil e asseguravam o 
suprimento de mão de obra para as 
colônias portuguesas. 
d) donatários das primeiras capitanias 
hereditárias, que assumiram 
formalmente a posse das novas terras 
coloniais na América e implantaram as 
primeiras lavouras para o cultivo da 
cana-de-açúcar. 
e) súditos portugueses enviados para o 
litoral do Brasil ou para a costa da 
África, geralmente como degredados, 
que acabaram por se tornar 
precursores da colonização. 
 
34) (Unicamp simulado 2011) Os ventos 
e as correntes marítimas constituíam 
um entrave considerável ao tráfico de 
escravos índios pela costa do Atlântico 
Sul. Ao contrário, nas travessias entre 
Brasil e Angola, zarpava-se com 
facilidade de Pernambuco, da Bahia e 
 
 
 
 
 
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do Rio de Janeiro, até Luanda ou a 
Costa da Mina. 
(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro, 
O trato dos viventes: formação do 
Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI e 
XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 
2000, p. 61-63.) 
 
Podemos relacionar as condições 
geográficas brasileiras ao sistema de 
exploração colonial na medida em que 
a) a dificuldade de fazer o tráfico de 
escravos índios do norte para o sul da 
colônia pela navegação litorânea levou 
os habitantes do sul a penetrarem o 
interior por terra, a fim de buscar uma 
outra via para a captura de nativos. 
b) a facilidade da travessia entre Brasil 
e Angola levou ao desenvolvimento do 
tráfico de escravos africanos, forma 
encontrada pelas capitanias do sul da 
colônia para compensar a falta de 
escravos índios para suas lavouras de 
café. 
c) o tráfico de escravos índios do norte 
para o sul era feito parcialmente por 
terra, expandindo o território além da 
linha de Tordesilhas, o que levou ao 
povoamento e desenvolvimento do 
interior da colônia em detrimento do 
litoral. 
d) a dificuldade da navegação litorânea 
para o tráfico de escravos índios e o 
alto custo da navegação atlântica para 
o tráfico de escravos africanos fizeram 
com que a lavoura paulista se 
desenvolvesse com a mão de obra livre. 
35). (Unesp 2010) Sobre o emprego da 
mão de obra escrava no Brasil colonial, 
é possível afirmar que 
a) apenas africanos foram escravizados, 
porque a Igreja Católica impedia a 
escravização dos índios. 
b) as chamadas “guerras justas” dos 
portugueses contra tribos rebeldes 
legitimavam a escravização de índios. 
c) interesses ligados ao tráfico negreiro 
controlado pelos holandeses forçavam 
a escravização do africano. 
d) os engenhos de açúcar do Nordeste 
brasileiro empregavam exclusivamente 
indígenas escravizados. 
e) apenas indígenas eram escravizados 
nas áreas em que a pecuária e o 
extrativismo predominavam. 
 
36) (Ufc 2010) Por aproximadamente 
três séculos, as relações de produção 
escravistas predominaram no Brasil, em 
especial nas áreas de plantation e de 
mineração. Sobre este sistema 
escravista, é correto afirmar que: 
a) impediu as negociações entre 
escravos e senhores, daí o grande 
número de fugas. 
b) favoreceu ao longo dos anos a 
acumulação de capital em razão do 
tráfico negreiro 
c) possibilitou a cristianização dos 
escravos, fazendo desaparecer as 
culturas africanas. 
d) foi combatido por inúmeras revoltas 
escravas, como a dos Malês e a do 
Contestado. 
e) foi alimentado pelo fluxo contínuo 
de mão de obra africana até o 
 
 
 
 
 
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momento de sua extinção em 1822. 
 
37) (Pucrs 2010) Entre 1500 e 1530, os 
interesses da coroa portuguesa, no 
Brasil, focavam o pau-brasil, madeira 
abundante na Mata Atlântica e 
existente em quase todo o litoral 
brasileiro, do Rio Grande do Norte ao 
Rio de Janeiro. A extração era feita de 
maneira predatória e assistemática, 
com o objetivo de abastecer o mercado 
europeu, especialmente as 
manufaturas de tecido, pois a tinta 
avermelhada da seiva dessa madeira 
era utilizada para tingir tecidos. A 
aquisição dessa matéria-prima 
brasileira era feita por meio da 
a) exploração escravocrata dos 
europeus em relação aos índios 
brasileiros. 
b) criação de núcleos povoadores, com 
utilização de trabalho servil. 
c) utilização de escravos africanos, que 
trabalhavam nas feitorias. 
d) exploração da mão de obra livre dos 
imigrantes portugueses, franceses e 
holandeses. 
e) exploração do trabalho indígena, no 
estabelecimento de uma relação de 
troca, o conhecido escambo. 
 
38) (Fgv 2009) "O primeiro grupo social 
utilizado pelos portugueses como 
escravo foi o das comunidades 
indígenas encontradas no Brasil. A 
lógica era simples: os índios estavam 
localizados junto ao litoral, e o custo 
inicial era pequeno, se comparado ao 
trabalhador originário de Portugal. (...) 
No entanto, rapidamente ocorreu um 
declínio no emprego do trabalhador 
indígena." 
(Rubim Santos Leão de Aquino et alii, 
"Sociedade brasileira: uma história 
através dos movimentos sociais") 
 
O declínio a que o texto se refere e o 
avanço da exploração do trabalhador 
escravo africano podem ser explicados:a) pelo prejuízo que a escravização 
indígena gerava para os senhores de 
engenho que tinham a obrigação da 
catequese; pela impossibilidade de a 
Coroa portuguesa cobrar tributos nos 
negócios envolvendo os nativos da 
colônia; pela presença de uma pequena 
comunidade indígena nas regiões 
produtoras de açúcar. 
b) pela forte oposição dos jesuítas à 
escravização indiscriminada dos índios; 
pelo lucro da Coroa portuguesa e dos 
traficantes com o comércio de 
africanos; pela necessidade de 
fornecimento regular de mão de obra 
para a atividade açucareira, em franca 
expansão na passagem do século XVI 
ao XVII. 
c) pela imposição de escravos do norte 
da África, por parte dos grandes 
traficantes holandeses; pela 
determinação da Igreja católica em 
proibir a escravização indígena em todo 
Império colonial português; pelo custo 
menor do escravo de algumas regiões 
da África, como Angola e Guiné. 
d) pelos preceitos das Ordenações 
Filipinas, que indicavam o caminho da 
catequese e não o do trabalho para os 
nativos americanos; pelo 
 
 
 
 
 
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desconhecimento, por parte dos índios 
brasileiros, de uma economia de 
mercado; pelos acordos entre o 
colonizador português e parte das 
lideranças indígenas. 
e) pela extrema fragilidade física dos 
povos indígenas encontrados nas terras 
portuguesas na América; pelos 
preceitos religiosos da Contra-Reforma, 
que não aceitavam a escravização de 
povos primitivos; pela impossibilidade 
de encontrar e capturar índios no 
interior do espaço colonial. 
 
39. (Ufpa 2008) Sobre os padres 
jesuítas, a Lei de 28 de abril de 1688 
determinava o seguinte: 
"serão obrigados a fazer os resgates 
não só nas missões ordinárias e suas 
residências, mas para este efeito 
entrarão todos os anos em diversos 
tempos pelos sertões com a gente que 
entenderem necessária e cabos de 
escolta a sua satisfação, que uma e 
outra coisa lhe mandara dar 
prontamente nas ditas ocasiões o meu 
governador e capitão-general". 
"Anais da Biblioteca Nacional do Rio de 
Janeiro", v. 66 (1948), p. 98. 
 
Essa Lei atribuía aos jesuítas a prática 
dos resgates, os quais consistiam em 
a) guerras contra os índios e a 
libertação de prisioneiros portugueses 
feitos por eles. 
b) lutas contra os muitos quilombos de 
africanos fugidos e o resgate desses 
escravos para devolução aos seus 
senhores. 
c) guerras contra os estrangeiros que 
invadiam os territórios da Amazônia 
portuguesa para escravizar os índios, e 
transformá-los em mão de obra nas 
propriedades agrícolas. 
d) expedições em direção ao sertão 
para a compra de prisioneiros índios 
cativados nas guerras entre as próprias 
nações indígenas, os quais eram 
considerados escravos pelos 
portugueses. 
e) capturas de índios do sertão pelos 
colonizadores, para a formação de 
núcleos próximos às grandes cidades a 
fim de evitar a formação de quilombos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: 
 
1) C 2) D 3) C 4) 1. Aliança rei; -
burguesia; 2. Reformas Religiosas; 3. 
Elementos Culturais 
5) Criação de um Exército Nacional; 
Controle do Legislativo; Controle sobre a 
Justiça; Controle 
sobre as Finanças e Burocracia Estatal. 6) E 
7) B 8) C 9) 10.E 11.D 12.D 13.E 14.D 
15.C 16.D 17.A 18.B 
19.D 20.E 21) 30 22) A 23) D 24) C 25) 
B 26) A 27) D 28) C 29) D 
30) e 32)c 33)e 34)a 35) b 36)b 37)e 38)b 39)d

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